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RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE PÓS- CIRÚRGICO DE FRATURA DE RÁDIO DISTAL: estudo de caso. PARACATU-MG 2011

RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

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Page 1: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

RICARDO GONÇALVES DA SILVA

REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE PÓS-

CIRÚRGICO DE FRATURA DE RÁDIO DISTAL: estudo de caso.

PARACATU-MG

2011

Page 2: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

FACULDADE TECSOMA

CURSO DE FISIOTERAPIA

RICARDO GONÇALVES DA SILVA

REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE PÓS-

CIRÚRGICO DE FRATURA DE RÁDIO DISTAL: estudo de caso.

Trabalho de conclusão de curso apresentado á

Faculdade Tecsoma, Paracatu/Minas Gerais,

como requisito parcial para obtenção do título

de Bacharel em Fisioterapia.

Orientadora: M Sc Michelle Faria Lima.

Orientadora: M Sc Cecília Maria Dias

Nascimento

PARACATU-MG

2011

Page 3: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

SILVA, Ricardo Gonçalves.

Reabilitação Fisioterapêutica em Paciente Pós-Cirúrgico de Fratura de Rádio Distal:

estudo de caso./Ricardo Gonçalves da Silva. Paracatu, 2011.

88f.

Orientadora: Michelle Faria Lima

Monografia (bacharelado) – Faculdade Tecsoma – FATEC, Paracatu – Minas Gerais,

Bacharelado em fisioterapia.

Bibliografia

1. Fratura de Rádio; 2. Reabilitação; 3. Protocolo. I. Faria, Michelle Lima; II. Faculdade

Tecsoma; III. Título.

CDU:615.8

1.

2.

Page 4: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

RICARDO GONÇALVES DA SILVA

REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM PACIENTE PÓS-

CIRÚRGICO DE FRATURA DE RÁDIO DISTAL: estudo de caso.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Curso de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma,

Paracatu/Minas Gerais, como pré-requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em

Fisioterapia.

Banca Examinadora

Orientador Geral:

___________________________________________________________

M Sc. Michelle Faria Lima

Faculdade Tecsoma

Orientador Metodológico:

___________________________________________________________

M Sc. Cecília Maria Dias Nascimento

Faculdade Tecsoma

Paracatu-MG, 07/11/2011.

Page 5: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

Dedico a todos que contribuíram de forma

direta ou indireta para a realização deste

trabalho, em especial minha mãe Luzia de

Fátima.

Page 6: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus por tudo que conquistei ate agora em minha vida, sei que não foi

nada fácil, mas passei por tudo sem me dar o luxo de ao menos pensar uma vez em desistir,

mais ainda peço a ele para que me dê força e sabedoria para conquistar muito mais e alcançar

objetivos maiores.

Agradeço aos meus pais José Levino e Luzia de Fátima pelo apoio e amor nas horas

fáceis e difíceis.

Agradeço aos meus irmãos Elizângela e Leonardo pelo afeto e carinho.

Agradeço minha vó Maria pelo amor, carinho e todo apoio dado a mim, durante essa

difícil etapa da minha vida.

Agradeço a minha noiva Ráida pelo amor, respeito e companheirismo.

Agradeço aos meus sobrinhos Hyara, Lara, Hyasmim, e Murilo que tive a felicidade e

a oportunidade de conviver e vê-los crescer.

Agradeço aos meus colegas e amigos que estiveram sempre ao meu lado

compartilhando um pouco desse sofrimento e sempre me apoiando nas horas difíceis.

Agradeço ao paciente participante da pesquisa pela compreensão e respeito.

“Agradeço “a minha mãe” postiça” dona Rosaria pelo amor e carinho a mim dados

como de um filho.

Agradeço aos professores Jomayer Facundini, Sheila Pimentel, Júnia Benedita e

Vanessa Mansur pela mão estendida ao longo desses quatros anos, hora seja para abraçar ou

para punir, porém sempre para nos ensinar a sermos uma pessoa melhor.

Agradeço as orientadoras Michelle Faria, Cecília Nascimento, e Sheila Pimentel por

terem contribuído nesse trabalho e na minha formação pessoal.

Page 7: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

“O valor das coisas não está no tempo que elas

duram, mas na intensidade com que

acontecem. Por isso existem momentos

inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas

incomparáveis”.

Fernando Sabino

Page 8: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

RESUMO

A fratura do radio distal é uma lesão de comum ocorrência no membro superior, acometendo

normalmente indivíduos jovens e ocorre devido a uma queda onde o corpo é projetado sobre a

mão espalmada, e a força é transmitida ao longo da diáfise resultando na fratura. Dentre as

fraturas de radio distal, a fratura de Colles é a mais comum, ocasionada geralmente por uma

queda sobre o cotovelo estendido, exercendo uma força sobre o braço para trás e para cima.

Uma lesão menos comum também encontrada seria a fratura de Smith, com um trauma

mediante uma flexão palmar do punho. Esta lesão é muito encontrada entre jogadores de

futebol, lutadores, ciclistas entre outros. As fraturas distais de rádio ocorrem com muita

freqüência, sendo a maior parte dessas fraturas tratadas pelo método conservador, seja pelo

uso de gesso ou por outros tipos de imobilizadores tendo bons resultados em geral. A fratura

distal de rádio poderá ter diversas classificações, mais o importante para um bom tratamento e

saber identificar a fratura se é intra-articular ou extra articular ou se apresentará deslocamento

ou não, simples ou cominutiva ou se esta aberta ou fechada .Durante o tempo de imobilização

deve-se manter a amplitude total das outras articulações, após a remoção do gesso devem ser

iniciados alongamentos e movimentos passivos e ativos de antebraço, punho e polegar para

evitar possíveis complicações. A reabilitação fisioterapêutica é indicada na prevenção de

complicações e deformidades que possam vir a surgir após a fratura distal do rádio,

objetivando restaurar a força, elasticidade dos tecidos vivo e a melhora da coordenação

motora do paciente, de forma que realize suas atividades funcionais sem dor ou limitação,

além disso visa também possibilitar o retorno mais breve do paciente à suas atividades diárias

normais sem grandes perdas funcionais para o mesmo.

Palavras Chaves: Fratura do rádio distal. Fratura de Colles. Fratura de Smith. Reabilitação

Fisioterapêutica.

Page 9: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

ABSTRACT

The distal radius fracture is an injury common occurrence in the upper limb, usually affecting

young adults and occurs due to a fall where the body is projected onto the outstretched hand,

and the force is transmitted along the shaft resulting in fracture. Among the distal radius

fractures, Colles' fracture is the most common, usually caused by a fall on the elbow

extended, exerting a force on the arm backward and upward. A less common injury was also

found Smith's fracture, with a trauma through a palmar flexion of the wrist. This injury is very

found among soccer players, boxers, cyclists and others. Fractures of the distal radio occur

very frequently, and most of these fractures treated by conservative method, or the use of

plaster or other types of immobilizers with good results overall. The fracture of the distal

radio may have different classifications, the more important for a good treatment and be able

to identify the fracture is intra-articular or extra articular displacement or present or not,

simple or comminuted or if it's open or closed. During the time immobilization should keep

the full range of other joints, after removing the plaster should be started stretching and

passive and active movements of the forearm, wrist and thumb to avoid possible

complications. The rehabilitation physical therapy is indicated for the prevention of

complications and deformities that may arise after the fracture of the distal radio, aiming to

restore strength, elasticity of living tissue and improvement of coordination of the patient in

order to conduct their activities without pain or functional limitation also aims also to enable

faster return of patients to their normal daily activities without major functional losses for the

same.

Keywords: Distal radius fracture. Colles fracture. Smith fracture. Physiotherapeutic

Rehabilitation.

Page 10: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Escala análogo-visual da dor durante o tratamento .................................................... 50

Figura 2 – Radiografia pós-cirúrgica com fixação percutânea com fios de Kirschner ................ 80

Figura 3 – Escala análogo-visual da dor ....................................................................................... 84

Page 11: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela demonstrativa da perimetria obtida nas três avaliações de membro

superior direito a partir do processo estiloide da ulna ................................................ 45

Tabela 2 – Tabela demonstrativa dos resultados do teste de força muscular de Kendall............. 46

Tabela 3 – Goniometria ativa da amplitude de movimento de punho direito e esquerdo

obtidos nas três avaliações do paciente. ...................................................................... 48

Tabela 4 – Goniometria passiva da amplitude de movimento de punho direito e esquerdo

obtidos nas três avaliações do paciente. ...................................................................... 48

Tabela 5 – Questionário de avaliação das atividades de vida diária. ........................................... 51

Page 12: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

LISTA DE ABREVIATURAS

FRC Flexor radial do carpo

FUC Flexor ulnar do carpo

ADM Amplitude de movimento

FSD Flexor superficial dos dedos

FPD Flexor profundo dos dedos

FLP Flexor longo do polegar

Page 13: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 13

1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................... 17 1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................................... 18 1.2.1 Objetivos Gerais .................................................................................................................. 18

1.2.2 Objetivos Específicos .......................................................................................................... 18

2 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................................... 19

2.1 ANATOMIA DO BRAÇO ..................................................................................................... 19

2.1.1 Músculos Flexores de Cotovelo .......................................................................................... 19

2.1.2 Músculos Extensores do Cotovelo ...................................................................................... 19 2.1.3 Músculos Flexores do Antebraço ........................................................................................ 20

2.1.4 Músculos Extensores do Antebraço .................................................................................... 22 2.1.5 Estruturas Musculoesquelética do Antebraço ..................................................................... 23

2.2 CINESIOLOGIA DO ANTEBRAÇO .................................................................................... 25

2.3 FRATURAS ........................................................................................................................... 27

2.4 TRATAMENTO CIRÚRGICO .............................................................................................. 29

2.5 AVALIAÇÃO ......................................................................................................................... 30 2.5.1 Escala análogo visual da dor ............................................................................................... 30 2.5.2 Teste de Força Muscular ..................................................................................................... 31 2.5.3 Perimetria ............................................................................................................................ 31 2.5.4 Goniometria ......................................................................................................................... 32

3 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA FRATURA DE RÁDIO .......................................... 33

3.1 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO .............................................................................. 33

3.1.1 Crioterapia ........................................................................................................................... 35

3.1.2 Alongamento ....................................................................................................................... 36

3.1.3 Mobilização Articular .......................................................................................................... 38 3.1.4 Fortalecimento Muscular ..................................................................................................... 39

Page 14: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

4 METODOLOGIA .................................................................................................................... 43

4.1 MÉTODO ............................................................................................................................... 43

4.2 POPULAÇÃO PESQUISADA .............................................................................................. 43

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................................. 45

6 CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 54

REFERÊNCIAS ......................................................................................................................... 56

APÊNDICES ............................................................................................................................... 61

ANEXOS ..................................................................................................................................... 82

Page 15: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

13

1 INTRODUÇÃO

A fratura da cabeça do rádio é a mais comum do membro superior, acometendo

normalmente os jovens e ocorre devido a uma queda onde o corpo é projetado sobre a mão

espalmada, e a força é transmitida ao longo da diáfise resultando na fratura (ADAMS;

HAMBLEN, 1994).

A parte distal do rádio é o osso mais comumente fraturado dos ossos do corpo, devido

a um reflexo de proteção onde na tentativa de impedir uma queda, leva a mão em extensão ao

chão ocorrendo à fratura acima da extremidade do carpo, esse tipo de fratura foi descrito pela

primeira vez por Abraham Colles, cirurgião Irlandês (GOULD III, 1993).

Dentre as fraturas de radio distal, a fratura de Colles é a mais comum, ocasionada

geralmente por uma queda sobre o cotovelo estendido, exercendo uma força sobre o braço

para trás e para cima. Uma lesão menos comum também encontrada seria a fratura de Smith,

com um trauma mediante uma flexão palmar do punho. Esta lesão é muito encontrada entre

jogadores de futebol, lutadores, ciclistas entre outros (PETERSON; RENSTROM, 2002).

A fratura localizada no terço distal do rádio se tornou a mais conhecida das lesões de

membro superior, chegando a um sexto das fraturas atendidas em prontos-socorros. Sendo a

forma anatômica do terço distal do rádio achatada no sentido ântero-posterior, sendo

constituído de tecido esponjoso recoberto por uma camada fina de osso cortical, o que torna a

região mais susceptível a uma fratura por trauma direto ou indireto (HEBERT et al., 2003).

A fratura de rádio pode ocorrer em qualquer faixa etária, geralmente ocorre devido a

uma queda sobre a mão a onde no momento do impacto o punho se encontrava em extensão,

dessa forma quanto maior for o grau de complexidade maior serão as lesões de tecidos moles,

Page 16: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

14

com isso o tratamento dependerá do tipo de fratura e o grau de complexidade. O tratamento

fisioterapêutico será indicado a fim de se prevenir as possíveis complicações ocasionadas pela

fratura (BARBOSA et al., 2009).

De uma forma geral todas as fraturas do colo do rádio que demostrarem desvios com

mais de quinze graus, deverão ser reduzidas, a colocação de hastes intramedulares serão

indicadas nas que apresentarem desvios de grau três ou naquelas com uma perda considerável

de fragmentos ósseos (VOLPON, 2008).

Uma articulação é definida pela união de um ou mais ossos, sendo divididas em três

grupos que são as sinartroses articulações fibrosas imóveis as anfiartroses articulações

semimóveis cartilaginosas e as diartroses as sinoviais de grande movimento. O rádio é um

osso longo que se situa ao lado da ulna articula-se com úmero e a ulna na parte proximal e na

parte distal com os ossos do carpo e a parte distal da ulna (MIRANDA, 2000).

A fratura distal de rádio poderá ter diversas classificações, mais o importante para um

bom tratamento e saber identificar a fratura se é intra-articular ou extra articular ou se

apresentará deslocamento ou não, simples ou cominutiva ou se esta aberta ou fechada. As

fraturas extra-articulares simples não deslocadas tendem a se consolidar com a imobilização

do segmento afetado, e terá o retorno total ou quase total dos movimentos após o tratamento.

Enquanto as intra-articulares ou cominutiva haverá uma diminuição da probabilidade do

retorno total do movimento. O tratamento após a fratura do radio será semelhante, não

importando qual método de tratamento seja utilizado seja conservador ou cirúrgico. O ganho

de amplitude de movimento e controle de edema é de fundamental importância na reabilitação

fisioterapêutica (PRENTICE; VOIGHT, 2003).

A articulação úmero radial está localizado lateralmente à articulação umeroulnar,

sendo composta pelo o epicôndilo do úmero e a extremidade proximal do rádio, também

sendo classificada como deslizante. A articulação radioulnar proximal é unida pelo ligamento

Page 17: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

15

anular que une a cabeça do rádio a chanfradura radial da ulna, é uma articulação em pivô que

realiza pronação e supinação do antebraço quando realiza rotação interna e externa do

antebraço promovendo o deslizamento do rádio sobre a ulna. A articulação rádiocárpica é

uma articulação condilóidea, onde se articula com os ossos escafóides, semilunar e piramidal.

Essa articulação realiza no plano frontal os movimentos de flexão, extensão, desvio radial e

ulnar (HALL, 2000).

Os músculos flexores do antebraço encontram-se situados na parte anterior do

antebraço e são separados dos músculos extensores do antebraço pelo rádio e a ulna, e nos

dois terços distais pela membrana Interóssea. Os tendões dos músculos flexores estão

localizados na parte anterior do punho e são estabilizados pelo ligamento carpal palmar e pelo

retináculo dos músculos flexores que são divididos em três grupos.

• Camada superficial: composto por quatro músculos pronador redondo, flexor radial

do carpo, palmar longo e flexor ulnar do carpo todos fixados na região proximal por um

tendão comum;

• Camada intermediária: composta pelo flexor superficial dos dedos;

• Camada profunda: composto por três músculos flexor profundo dos dedos, flexor

longo do polegar e pronador quadrado (MOORE; DALLEY, 2007).

Os ossos, articulações e tecidos moles sofrem perdas consideráveis devido à

imobilização. Com a inatividade resultará em perda de massa muscular e perda da densidade

óssea, tornado o osso mais suscetível a fratura. Os ligamentos apresentaram alterações a partir

de duas semanas de imobilização. Nas articulações haverá diminuição da elasticidade do

tecido conjuntivo, sendo uma das mais suscetíveis a alterações por sua nutrição ocorre através

do movimento das articulações (DELISA et al., 2002).

Os ossos se movem um em relação ao outro através de conexões articulares, isso

graças às forças exercidas pelos os músculos, dessa forma qualquer lesão ou contratura dos

Page 18: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

16

tecidos moles que envolvem as estruturas articulares irão interferir na amplitude de

movimento completo daquele membro afetado. Para que se mantenha a amplitude normal de

um membro afetado é necessário constante movimentos das articulações em sua amplitude

total.

• Amplitude de movimento passiva: é o movimento produzido totalmente por uma

força externa sem haver contração muscular voluntaria, a movimentação passiva pode ser

exercida pelo fisioterapeuta, pela gravidade, por um aparelho ou pela própria pessoa com

outra parte do corpo;

• Amplitude de movimento ativa: movimento produzido de forma voluntaria, através

da contração muscular ativa dos músculos que cruzam as articulações;

• Amplitude de movimento ativo-assistido: movimento produzido por uma força

externa no auxilio do movimento ativo dos músculos, devido à necessidade do mesmo em

completar o movimento (KISNER; COLBY, 1998).

Crioterapia é uma das modalidades terapêuticas mais baratas e mais utilizadas na

reabilitação de lesões traumáticas. A crioterapia significa de forma literal, terapia com frio.

Dessa forma qualquer método que venha utilizar gelo com fins terapêuticos se denomina

crioterapia. A crioterapia é utilizada na redução da dor, edema, lesões agudas e auxílio no

alongamento do tecido conjuntivo. Os maiores benefícios da crioterapia durante a reabilitação

fisioterapêutica é a diminuição da dor e do espasmo muscular dessa forma acelerando o

processo de recuperação, pois possibilita a mobilização precoce da área afetada prevenindo

perda funcional (KNIGHT, 2000).

O tratamento poderá ser conservador ou cirúrgico isso dependerá do tipo de fratura.

Durante o tempo de imobilização deve-se manter a amplitude total das outras articulações,

após a remoção do gesso devem ser iniciados alongamentos e movimentos passivos e ativos

de antebraço, punho e polegar para evitar possíveis complicações (GOULD III, 1993).

Page 19: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

17

A reabilitação fisioterapêutica é indicada na prevenção de complicações e

deformidades que possam vir a surgir após a fratura distal do radio, além de possibilitar o

retorno mais breve do paciente à suas atividades diárias normais sem grandes perdas

funcionais para o paciente (BABOSA et al., 2009).

1.1 JUSTIFICATIVA

A reabilitação fisioterapêutica é bastante utilizada no tratamento de fratura distal do

rádio, tal abordagem requer baixo custo e vem demonstrando cada vez mais que se torna

muito viável para as clínicas de fisioterapia, pois a fratura de rádio é um tipo de lesão de

grande ocorrência e acomete grande parte da população de ambos os sexos. A reabilitação

Fisioterapêutica tem por finalidade prevenir complicações, deformidades e restaurar suas

funções de forma precoce afim de que o paciente retorne a realizar suas atividades de vida

diária sem limitações funcionais ou dor, o que garante resultados satisfatórios e proporciona

uma melhora na qualidade de vida do mesmo.

Page 20: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

18

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivos Gerais

Demonstrar a eficácia de uma reabilitação fisioterapêutica no tratamento de um

paciente com fratura distal do rádio, e proporcionar o retorno precoce as suas atividades de

vida diária sem limitações funcionais.

1.2.2 Objetivos Específicos

• Avaliar o ganho de amplitude de movimento através da goniometria;

• Verificar o ganho de força muscular do paciente submetido à reabilitação

fisioterapêutica, através da escala de Kendall;

• Realizar perimetria para avaliar o ganho de massa muscular e a diminuição de edema

durante o tratamento fisioterapêutico;

• Quantificar a dor do paciente através da escala análogo visual da dor.

• Constatar se o paciente realiza com independência as atividades de vida diária após o

tratamento fisioterapêutico.

Page 21: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

19

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ANATOMIA DO BRAÇO

2.1.1 Músculos Flexores de Cotovelo

O braquial é um musculo uniarticular que não e afetado pela posição do antebraço ou

ombro, e participa de todo movimento de flexão do cotovelo. Já o bíceps braquial é um

músculo biarticular que atravessa o ombro e o cotovelo e insere perto do eixo de movimento

do rádio atua como supinador do antebraço e mais efetivamente como flexor do cotovelo

entre 80 e 100 graus. Braquiorradial funciona como estabilizador da articulação do cotovelo

(KISNER; COLBY, 1998).

2.1.2 Músculos Extensores do Cotovelo

A cabeça longa do tríceps braquial cruza ombro e o cotovelo, as outras duas são

uniaxial. A cabeça longa funciona de forma mais efetiva durante a extensão do cotovelo com

o ombro fletido simultaneamente. Enquanto o ancôneo estabiliza o antebraço durante o

Page 22: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

20

movimento de supinação e pronação e auxilia na extensão de cotovelo (KISNER; COLBY,

1998).

2.1.3 Músculos Flexores do Antebraço

O primeiro grupo muscular superficial é composto pelos músculos, pronador redondo

que realiza pronação e flexão do antebraço na articulação do cotovelo, origina-se no

epicôndilo medial do úmero e insere no meio da face lateral do rádio, sendo inervado pelo

nervo mediano. (FRC), flexor radial do carpo realiza flexão e abdução da mão (no punho),

origina-se no epicôndilo medial do úmero e insere na base do segundo metacarpal. Músculo

palmar longo realiza flexão da mão e tensiona a aponeurose palmar, origina-se no epicôndilo

medial do úmero e insere na parte distal do retináculo e ápice da aponeurose palmar. (FUC),

flexor ulnar do carpo realiza flexão e abdução da mão (no punho), origina-se no epicôndilo

medial do úmero e insere no quinto metacarpal sendo inervado pelo nervo ulnar (MOORE;

DALLEY, 2007).

O músculo supinador é um músculo profundo que esta em volta da articulação do

cotovelo na parte posterior até a face anterior. Origina-se no epicôndilo medial do úmero e

insere na face posterior do terço superior da diáfise do rádio, entre a tuberosidade do rádio e a

inserção do músculo pronador redondo. Realiza a supinação do antebraço sendo inervado pelo

nervo radial. O músculo braquiorradial recebe esse nome devido suas duas fixações sendo

uma no úmero e outra no rádio, tem origem no terço proximal da crista supra-epicondilar

lateral do úmero, inserindo na face lateral do processo estiloide do rádio. Auxilia na flexão de

Page 23: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

21

cotovelo e na pronação e supinação do antebraço, sendo inervado pelo nervo radial

(LIPPERT, 2003).

Os músculos pronador redondo e quadrado do antebraço auxiliam na flexão de

cotovelo e no movimento de prono e supino do antebraço. O pronador redondo origina sua

cabeça umeral acima do epicôndilo medial do úmero, e a porção ulnar tem origem no lado

medial do processo coronóide da ulna e insere no meio da superfície lateral do rádio,

auxiliando na flexão de cotovelo e pronação do antebraço, sendo inervado pelo nervo

mediano. O Pronador quadrado origina-se na parte medial anterior do quarto distal da ulna,

inserindo na parte lateral da superfície anterior do quarto distal do rádio. Realiza pronação do

antebraço, sendo inervado pelo nervo mediano (KENDALL et al., 2007).

Os músculos flexores da mão são compostos pelos músculos flexores radial do carpo

que tem origem no epicôndilo medial do úmero é insere no segundo e terceiro metacarpo,

auxilia na pronação do antebraço, flexão e abdução do carpo, sendo inervado pelo nervo

mediano. Palmar longo que origina-se no epicôndilo medial do úmero e insere na aponeurose

palmar, realiza flexão do carpo, sendo inervado pelo nervo mediano (MARQUES, 2005).

Os músculos flexores ulnar do carpo na sua porção umeral origina-se no epicôndilo

medial do úmero, e sua porção ulnar da borda medial do olécrano inserindo no osso pisiforme,

realiza flexão e adução do carpo. Flexores superficiais dos dedos que na sua porção umeral

tem origem no epicôndilo medial do úmero, a porção ulnar na face lateral do processo

coronóide e sua porção radial na margem anterior do rádio, inserindo quatro tendões na base

da falange média dos quatro últimos dedos, realiza flexão do carpo e flexão falange média e

proximal, sendo inervado pelo nervo mediano. Flexores profundos dos dedos originam-se na

parte medial da diáfise da ulna, na parte medial do processo coronóide, e na margem posterior

da ulna e na parte anterior da membrana Interóssea, realiza flexão do carpo e flexão das

Page 24: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

22

falanges distal, média, e da proximal sobre o metacarpo, sendo inervado pelo ramo anterior do

nervo mediano e de um ramo do nervo ulnar (FERNANDES et al., 2002).

O músculo flexor longo do polegar realiza flexão das falanges do polegar, origina-se

na face anterior do rádio e membrana interóssea adjacente e insere na base da falange distal

do polegar sendo inervado pelo nervo mediano. Pronador quadrado realiza pronação do

antebraço, origina-se no quarto distal da face da ulna e insere no quarto distal da face anterior

do rádio (MOORE; DALLEY, 2007).

2.1.4 Músculos Extensores do Antebraço

Os músculos extensores do antebraço são compostos pelo extensor radial longo do

carpo que se origina no terço distal da crista supra-epicondilar na parte lateral do úmero e

insere na face dorsal da base do segundo metacarpo, auxilia na flexão de cotovelo e realiza

extensão e abdução do carpo, sendo inervado pelo nervo radial (KENDALL et al., 2007).

O músculo Extensor radial curto do carpo origina-se no epicôndilo lateral do úmero e

insere na parte posterior da base do terceiro metacarpo, auxilia flexão de cotovelo e realiza a

extensão e abdução do carpo, sendo inervado pelo nervo radial. Extensor ulnar carpo tem

origem no epicôndilo lateral do úmero e na margem posterior da ulna, inserindo na base do

quinto metacarpo, auxilia na extensão de cotovelo e realiza extensão e adução do carpo, sendo

inervado pelo nervo radial. O extensor dos dedos origina-se no epicôndilo lateral do úmero e

insere quatro tendões na face posterior da base das falanges média e distal dos quatro últimos

Page 25: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

23

dedos, realiza extensão do carpo e dos dedos, sendo inervado pelo nervo radial

(FERNANDES et al., 2002).

2.1.5 Estruturas Musculoesquelética do Antebraço

Os ossos têm como função a proteção de órgãos vitais e a sustentação do corpo,

facilita a ação muscular e o movimento corporal. Os ossos podem ser classificados de acordo

com sua morfologia em longos, curtos e chato. As regiões específicas de um osso têm seus

nomes próprios, os ossos longos são definidos por suas diáfises, metáfises e epífises. A diáfise

é o corpo do osso longo, a metáfise é a dilatação nas pontas e a epífise é a ponta arredonda das

articulações (SCHENCK, 2003).

O rádio está localizado lateralmente a ulna, sendo osso mais curto do antebraço.

Possui uma extremidade proximal curta, o colo e a tuberosidade do rádio são voltados

medialmente. A face proximal superior é lisa e a discóide é côncava e articula-se com úmero

realizando flexão e extensão de cotovelo. A tuberosidade do rádio é oval localizado

distalmente à parte medial do colo do rádio e separa a extremidade proximal do corpo. A

diáfise do rádio aumenta gradualmente de tamanho no sentido distal ao contrário da ulna. A

extremidade distal do rádio forma uma concavidade, que abriga à cabeça da ulna à incisura

ulnar, sua face lateral distal é semelhante a uma crista, terminando no processo estilóide do

rádio, projetando-se dorsalmente, o tubérculo dorsal do rádio que se situa entre os sulcos

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24

superficiais para a passagem dos tendões e dos músculos do antebraço (MOORE; DALLEY,

2007).

A sustentação do cotovelo medial é dada pelo ligamento colateral ulnar enquanto os

ligamentos colateral radial, colateral ulnar lateral e colateral lateral acessório, sustenta a parte

lateral do cotovelo (STARKEY; RYAN, 2001).

A articulação radiocarpal do punho é uma articulação biaxial elipsoidal. O rádio

articula-se com o escafóide e o semilunar. Sendo que porção distal do rádio não é reta e, sim

angulada, em direção da ulna de 15º a 20º. O semilunar e o piramidal articulam-se também

com o disco cartilaginoso triangular. O disco cartilaginoso atua como uma mola para

articulação do punho na dissipação de cargas impostas ao punho e como estabilizador

importante da articulação radioulnar distal (MAGEE, 2005).

A articulação radiocárpica é uma articulação condilóide, que se encontra situada entre

a parte distal do rádio e os três ossos da primeira fileira do carpo, sendo que a ulna nem o

pisiforme participam, pois a ulna esta separada dos ossos do carpo por um anel

fibrocartilaginoso. Os principais ligamentos do punho são o ligamento ulnocárpico palmar e o

ligamento radiocárpico (RASCH; BURKE, 1986).

Os ligamentos do punho funcionam como estabilizadores da articulação, guiando os

movimentos e limitando os movimentos das articulações, também realizam transmissão da

força da mão ao antebraço, e para prevenir luxação dos ossos durante o movimento. São

compostos pelos ligamentos extrínsecos que conectam o rádio a ulna, e os metacarpianos aos

ossos do carpo, e os ligamentos intrínsecos que se encontram apenas entre os ossos carpais

(SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997).

Os ligamentos mais importantes do punho para estabilidade e controle dos

movimentos são os ligamentos radiocarpiano palmar, que se origina da superfície anterior do

rádio distal e avança obliquamente e medialmente, se dividindo em três segmentos

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25

individuais, sendo que cada um receberá o nome da estrutura que se insere, conhecidos como

ligamentos radiocapitato, radiotríquetro e radioescafóide. Juntos tem a finalidade manter o

alinhamento das estruturas articulares e a limitação do movimento de hiperextensão do punho

e da mão. Medialmente encontra-se o ligamento radiocarpiano dorsal sendo o único ligamento

importante da superfície dorsal do punho, com origem na superfície posterior distal do rádio e

processo estilóide, se inserindo ao lunar e tríquetro, tendo como função limitar o movimento

de flexão. Ainda encontram-se no punho, os ligamentos colateral radial que se origina no

processo estilóide é insere no escafóide e trapézio, tendo como função limitar o desvio ulnar e

o ligamento colateral ulnar que se origina no processo estilóide da ulna e que se insere no

tríquetro dorsalmente, tendo como função limitar o movimento de flexão e extensão

(STARKEY; RYAN, 2001).

2.2 CINESIOLOGIA DO ANTEBRAÇO

Os movimentos articulares do punho permitem quase todos os tipos de movimentos

com exceção da rotação. O desvio radial é compreendido pela inclinação do punho para lado

do polegar. Já o movimento de inclinação do punho para lado do dedo mínimo, é chamado de

desvio ulnar. A inclinação do punho, de modo que a palma da mão se aproxime da parte

anterior do antebraço é denominada como flexão e o movimento oposto é denominado

extensão (RASCH; BURKE, 1986).

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26

O movimento de flexão e extensão do cotovelo depende da articulação umeroulnar e

umeroradial enquanto que para a realização dos movimentos de supinação e pronação do

antebraço são necessárias às articulações úmeroradial, radioulnar superior e inferior

(STARKEY; RYAN, 2001).

A articulação umeroulnar é uma articulação em dobradiça, onde o movimento

primário é flexão e extensão de cotovelo. Já a articulação umerorradial é em dobradiça do tipo

pivô realizando flexão, extensão de cotovelo e supinação e pronação do antebraço. A

articulação radioulnar é uma articulação distinta onde a margem convexa da cabeça do rádio

articula-se com a incisura côncava radial da ulna e à medida que ocorre a pronação e

supinação do antebraço a cabeça do rádio desliza-se para o lado oposto ao movimento do

osso. A articulação radioulnar distal inferior é separada anatomicamente na extremidade distal

do rádio e da ulna e à medida que o antebraço roda, a cabeça do rádio desliza na mesma

direção que o movimento fisiológico (KISNER; COLBY, 2005).

A articulação mediocarpal é composta pelas fileiras proximal e distal do carpo, sendo

que o escafóide articula-se com trapézoide, trapézio e capitato, já o semilunar articula-se com

capitato, piramidal e com hamato. A articulação radiocarpal é formada pela parte distal

bicôncava do rádio e as superfícies dos ossos escafóide e semilunar. A extremidade distal do

rádio e da ulna é fixada por um anel fibrocartilaginoso triangular, que prende um ao outro e

separa as articulações radioulnar distal e a ulna da articulação radiocarpal. O punho realiza os

movimentos de flexão, extensão, desvio radial e ulnar através da articulação radiocarpal e

mediocarpal (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997).

A articulação do punho realiza os movimentos de flexão, na direção anterior,

aproximando a superfície palmar à superfície anterior do antebraço atingindo

aproximadamente 80° graus de amplitude. E o movimento de extensão é realizado na direção

posterior aproximando o dorso da mão à superfície posterior do antebraço atingindo

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27

aproximadamente 70° graus de amplitude de movimento. Os movimentos de desvio radial e

ulnar são realizados no plano sagital atingindo aproximadamente 35° graus de desvio radial e

20° em desvio ulnar. Já o movimento de circundação é a junção de todos os movimentos

juntos (KENDALL et al., 2007)

2.3 FRATURAS

A fratura do rádio em geral é proveniente de graves lesões. Devido a um trauma direto

ocasionando fratura no mesmo nível, normalmente quando ocorrer à fratura do rádio haverá

luxação da articulação mais próxima, como o rádio e a ulna são fortemente unidos pela

membrana Interóssea a fratura de um estará associado à luxação do outro. A fratura distal do

rádio é comum em jovens e adultos. As fraturas com mais de dois centímetros são

denominadas como fratura de Colles, sendo a mais frequente do antebraço. A fratura ocorre

devido a uma queda com o membro superior em extensão, onde no momento da queda o

indivíduo estende a mão para aliviar o impacto ao membro superior, acarretando assim a

fratura do rádio geralmente resultando em fratura cominutiva (MOORE; DALLEY, 2007).

A fratura pode ser considerada como uma interrupção total de um osso, de sua

continuidade ou apenas uma separação parcial. São classificadas de acordo com sua etiologia

sendo divididas em três grupos: O primeiro por traumas (são causadas por choques direto ou

indireto), o segundo grupo são as fraturas por estresse ou fadiga (ocorre devido ao estresse

repetitivo em longo prazo) e o último grupo são as fraturas patológicas que ocorrem devido a

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28

uma doença que se instalou na estrutura óssea, dessa forma, debilitando aquela estrutura,

ocasionando a fratura (ADAMS; HAMBLEN, 1994).

A maioria das fraturas ocorre devido a uma força aplicada quando o punho se encontra

em extensão e com antebraço estendido embora não sejam claros os mecanismos exatos da

fratura (HEBERT et al., 2003).

A extremidade distal do rádio é a mais suscetível à fratura do que qualquer outra

estrutura óssea do corpo. Ocorre quando o indivíduo sofre uma queda com braço estendido e a

mão apoiada sobre o chão em extensão. Com isso os músculos braquiorradial e pronador

quadrado produzem um grande estresse na junção do osso cortical com osso esponjoso na

extremidade do rádio (GOULD III, 1993).

Abrahan Colles foi o primeiro cirurgião a descrever a fratura de extremidade distal do

rádio, sendo compreendida como uma fratura no ângulo dorsal a cinco centímetros da

extremidade distal do rádio. Sendo semelhante a fratura de Smith se diferenciando apenas na

forma do ângulo que é voltado para face palmar (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2000).

As fraturas distais de rádio ocorrem com muita freqüência. Sendo a maior parte dessas

fraturas tratadas pelo método conservador, seja pelo uso de gesso ou por outros tipos de

imobilizadores tendo bons resultados em geral (BARBIERI et al., 2001).

As fraturas distais de rádio são comumente encontradas por ortopedistas em prontos

socorros atingindo em geral todas as faixas etárias estando relacionado à queda sobre mão

com o punho em extensão no momento do impacto. São várias as classificações quanto à

fratura de rádio, porém a mais utilizada é a de Frykman que determina que quanto maior for o

algarismo romano que classifica a fratura maior será sua complexidade e complicações em

geral. A fratura de rádio pode trazer diversas complicações entre elas a perda de força

muscular, perda de amplitude de movimento, instabilidade articular distrofia simpática reflexa

e alterações neuro-motoras, isso, devido a lesões do nervo mediano (BARBOSA et al., 2009).

Page 31: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

29

2.4 TRATAMENTO CIRÚRGICO

O objetivo do tratamento das fraturas distais do rádio são o retorno dos diversos

componentes ou fragmentos ósseos a sua posição anatômica inicial, existindo vários métodos

que possibilitem a correção da fratura. A fixação percutânea é uma opção comum no

tratamento, porque tem inúmeras vantagens quando comparada com imobilização gessada,

pois proporciona maior estabilidade e a manutenção da redução até consolidação, além de

apresentar número menor de complicações quando comparado a outros métodos (HEBERT et

al., 2003).

A escolha do tratamento cirúrgico dependerá do tipo da fratura. A fixação percutânea

com fios Kirschner é utilizada frequentemente em fraturas extra-articulares e intra-

articulares, quando ocorre separação dos fragmentos ósseos. Os fios são colocados na região

dorsal distal do rádio, promovendo a fixação dos fragmentos e favorecendo a consolidação da

fratura (CAMPBELL et al., 2006).

O objetivo do tratamento consiste em manter o comprimento do rádio e a inclinação

palmar, para possibilitar uma mecânica funcional. Os fios de Kirschner são dispositivos

metálicos finos que proporcionam a imobilização parcial no local da fratura. A fixação

percutânea é indicada nas fraturas instáveis distal do rádio, intra-articulares e extra-articulares.

Ajudam na estabilização da fratura e favorecem a consolidação e apresenta poucas

complicações quando comparada a outras técnicas, sendo uma técnica de fácil aplicação e

baixo custo (MONTEIRO; SANTANA, 2006).

A fixação percutânea é uma opção terapêutica comum, podendo ser realizadas por

meios de várias técnicas a mais conhecida e a técnica de Kapandji que utilizava dois fios

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30

Kirschner, porém um terceiro fio foi acrescentado com objetivo de aumentar a estabilidade.

Após a cirurgia ocorrerá a colocação de tala gessada que deve ser mantida durante a primeira

semana. Após á primeira semana o paciente deve ser orientado a retirar a tala gessada uma

vez ao dia e a realizar movimentos de flexão, extensão, desvio radial e ulnar até o limite da

dor. Estando a fratura consolidada a tala e os fios de Kirschner são removidos e o paciente e

encaminhado à fisioterapia (HEBERT et al 2009).

2.5 AVALIAÇÃO

2.5.1 Escala análogo visual da dor

A dor é um fenômeno complexo, difícil de ser avaliado e quantificado, por ser

subjetiva. Para avaliação da dor são usadas escalas análogas visuais que avaliam a dor do

paciente, sendo testes rápidos e simples que auxiliam no tratamento. Essa escala consiste de

uma linha que varia de zero a dez, cuja s as extremidades são adotadas para representar a dor.

A extremidade zero é caracterizada pela ausência de dor e a dez como dor mais forte. Pede-se

ao paciente que assinale um ponto que represente a intensidade de sua dor, as escalas devem

ser preenchidas pré e após o tratamento, sendo essas escalas uma fonte de dados que pode

ajudar métodos terapêuticos mais eficazes na redução da dor (PRENTICE; VOIGHT, 2003).

Page 33: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

31

2.5.2 Teste de Força Muscular

O teste de força muscular manual e utilizado com objetivo de determinar capacidade

do músculo ou de grupos musculares na realização do movimento através da contração ativa.

Os testes são definidos em graus. O grau normal demonstra a capacidade do músculo em

vencer uma resistência forte imposta pelo fisioterapeuta. Enquanto o grau bom significa a

capacidade do músculo em vencer uma resistência moderada. O grau regular significa que o

músculo consegue manter uma força contra resistência da gravidade, porém não consegue

vencer uma resistência imposta pelo fisioterapeuta. O grau ruim significa que o músculo

necessita de ajuda para vencer a força da gravidade, não conseguindo realizar o movimento

completo no plano sagital. O grau vestigial significa que o músculo apresenta contração fraca

que pode ser sentida com a palpação, porém não realiza nenhum movimento articular visível.

O grau zero significa que o músculo não possui qualquer contração muscular sentida ou vista

no musculo (KENDALL et al., 2007).

2.5.3 Perimetria

Na fisioterapia a perimetria terá como objetivo proporcionar ao profissional dados

através da mensuração da circunferência do membro afetado e do membro ileso onde servirá

como base de dados para diagnosticar volume de massa muscular e edemas. A avaliação é

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32

realizada através de uma fita métrica, essa técnica deve ser realizada sempre que necessário à

implementação de um programa de exercícios terapêuticos e para verificação do progresso

durante o tratamento. O aumento ou a diminuição na perimetria indica um aumento ou uma

diminuição da massa muscular ou a presença de edemas (ANDREWS; HARRELSON;

WILK, 2005).

2.5.4 Goniometria

Goniometria é a utilização de instrumentos para medir a amplitude de movimento das

articulações do corpo. Os goniômetros podem ser compostos por plásticos ou metal com

diferentes tamanhos. Possuem um corpo e dois braços sendo um móvel e outro fixo. A

avaliação da amplitude de movimento inicial servirá de base para determina um plano de

tratamento, e as reavaliações durante o tratamento serviram para determinar melhora da

funcionalidade durante tratamento (MARQUES, 2003).

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33

3 ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA FRATURA DE RÁDIO

3.1 TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

A cinesioterapia é definida pelo tratamento reabilitativo por meios de exercícios de

alongamento e fortalecimento para resgatar a harmonia do conjunto muscular. E a técnica

mais comumente utilizada por fisioterapeutas em clinicas de reabilitação. A reabilitação vai

depender da habilidade do sistema nervoso central para direcionar e coordena o movimento de

amplitude de movimento articular, integridade e estado que o tecido muscular se encontra e o

grau de incapacidade apresentado pelo paciente (LIANZA, 2007).

A fisioterapia é de fundamental importância no tratamento das lesões por trauma,

tendo como objetivo restaurar a força, elasticidade dos tecidos vivo e a melhora da

coordenação motora do paciente, de forma que realize suas atividades funcionais sem dor ou

limitação. A imobilização por longos períodos pode gerar rigidez e contraturas articulares,

afetando os movimentos finos realizados pelo membro afetado, com isso além de realizar

exercícios para ganho de amplitude de movimento e força muscular, também deveram ser

enfatizados exercícios voltados para restauração dos movimentos com destreza (PETERSON;

RENTRÖM, 2002).

O tratamento fisioterapêutico é importante para manter e ganhar amplitude de

movimento apropriado, melhorar as atividades funcionais cotidianas, preserva alinhamento

mecânico e manter a força. As metas do tratamento serão promover analgesia, reduzir o

Page 36: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

34

processo inflamatório, restaurar amplitude de movimento, promover ganho de força e retorno

gradual ás atividades de vida diária sem desconforto ou limitação funcional (DELISA et al.,

2002).

O objetivo do tratamento fisioterapêutico das fraturas distal do rádio consiste em

proporciona ao punho movimentos estáveis, indolor para realização das atividades de vida

diária. A duração esperada de um de um tratamento é de doze semanas, em lesões graves. A

reabilitação terá como objetivo restaurar amplitude de movimento, aumentar a força muscular

e ganhar coordenação motora na realização dos movimentos, proporcionando ao individuo

retorno as suas atividades de vida diária sem limitações funcionais (HOPEENFELD;

MURTHY, 2001).

Após a cirurgia podem ser iniciados exercícios isométricos intermitentes leves, para

prevenir aderências do tendão na bainha ou nos tecidos em volta e alinhamento do tecido

regenerado. Após imobilização realizar mobilização passiva dentro da amplitude segura ao

paciente, após algumas semanas deve-se iniciar mobilização articular para recuperar a

mobilidade articular e prevenir contraturas. O fortalecimento muscular resistido deve se

iniciado somente quando o paciente obtenha um nível funcional e flexibilidade. A intensidade

dos exercícios devem progredir conforme evolução do paciente até que consiga retornar

gradualmente a maioria ou a todas atividades funcionais (KISNER;COLBY, 2005).

O tratamento da fratura distal do rádio após a cirurgia deverá ser iniciado com

movimentação passiva de antebraço, punho e dedos, progredindo para ativa e depois resistida,

devendo associar outras modalidades terapêuticas para diminuição da dor e redução de edema

e melhora da mobilidade (MALONE; MCPOIL; NITZ, 2000).

A reabilitação das fraturas distais do rádio é fundamental para restaurar

funcionalidade. O objetivo principal do tratamento é minimizar o edema e mobilizar o punho

Page 37: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

35

assim que possível, inicialmente com movimentos ativos simples. Depois exercícios contra

resistência e fortalecimento podem ser progressivamente acrescentados (SCHENCK, 2003).

3.1.1 Crioterapia

A crioterapia é utilizada no tratamento de lesões por trauma no estágio agudo e

subagudo, auxilia na diminuição de edema e na diminuição do linear da dor, auxiliando na

reabilitação do paciente. Os efeitos fisiológicos são a diminuição da temperatura local,

diminuição do metabolismo, redução do fluxo sanguíneo, redução de edema, vasoconstrição

de arteríolas e capilares e analgesia local. Vários estudos demonstram maior eficácia do frio

quando utilizado juntamente com compressas, pois promove redução do metabolismo no

tecido lesionado. Durante o tratamento com gelo o paciente irá relatar quatro sensações

diferentes à primeira será um desconforto causado pelo frio, em seguida ardência, depois

coceira e por última dormência completa, devido à diminuição da velocidade da condução

nervosa (PRENTICE, 2004).

A aplicação direta do gelo nos tecidos traumatizados deve ser associada à compressão

e elevação do membro afetado para melhores resultados na redução do edema. Pois uma vez

que a lesão hipóxica secundária tenha ocorrido, a aplicação do gelo será ineficaz na redução

do edema, sendo indicada aplicação do gelo como componente único, somente após os

primeiros dias da lesão para melhores resultados. A aplicação do gelo promove a diminuição

do metabolismo e a permeabilidade vascular reduzindo assim os resíduos teciduais. A

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36

compressão aumenta a pressão externa vascular, auxiliando no controle da formação de

edema porque acelera a reabsorção do liquido presente no local. A elevação do membro

afetado reduz a pressão hidrostática capilar, auxiliando no controle de edema, uma vez que

evitará o extravasamento de líquido para fora dos capilares (KNIGHT, 2000).

A crioterapia é definida pela utilização do gelo com fins terapêuticos, sua aplicação

direta sobre a pele resulta em vasoconstrição cutânea imediata, por mecanismos reflexos

simpáticos e pelo estimulo direto da contração muscular. A crioterapia é extremamente eficaz

em lesões musculoesqueléticas pós-traumáticas, pois evita a formação de edema e processos

inflamatórios articulares, além de ser utilizada também no controle da dor e edema após

cirurgias ortopédicas (LIANZA, 2007).

A aplicação do frio inicialmente produzirá vasoconstrição que pode ser seguida pela

vasodilatação em alguns casos. Aplicação do gelo superficial promove a redução da atividade

metabólica, diminui a espasticidade e produz analgesia. Os tratamentos devem durar em

média vinte cinco minutos. Aplicação do gelo é indicada em lesões agudas, na redução de

edemas, na redução da pressão compartimental após a lesão e no aceleramento da recuperação

do paciente durante o tratamento (DELISA et al., 2002).

3.1.2 Alongamento

Alongamento é um processo no qual o músculo é alongado até o tolerado pelo

paciente, e a posição é mantida nesse comprimento máximo, de forma que o músculo que está

Page 39: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

37

sendo alongado sinta uma leve tensão de forma confortável e sem dor. Os objetivos do

alongamento é a melhora flexibilidade, aumento da amplitude de movimento, após uma lesão

musculoesquelética (BANDY; SANDERS, 2003).

Para que a reabilitação fisioterapêutica seja eficaz e de fundamental importância que o

fisioterapeuta avalie todo complexo articular, para determina se movimento fisiológico

normal apresenta restrições envolvendo as estruturas musculotendíneas, caso o movimento

esteja restrito deve-se iniciar um programa de alongamentos para melhorar a flexibilidade. As

técnicas de alongamentos apresentam melhores resultados quando realizados além da

amplitude normal do movimento, tendo como finalidade restaurar ou manter amplitude de

movimento total e prevenir lesões musculares (PRENTICE, 2004).

Alongamento é uma técnica fisioterapêutica elaborada para aumentar a mobilidade dos

tecidos moles e, consequentemente amplitude movimento, de estruturas que tiveram

encurtamento adaptativo e tornaram-se hipomóveis com o tempo. O alongamento deve ser

realizado através de uma aplicação de uma força externa de forma sustentada até final da

amplitude de movimento, de forma que ocorra alongamento das unidades musculotendíneas

encurtada e os tecidos Periarticulares, movendo a articulação restrita para um pouco além da

amplitude de movimento (KISNER; COLBY, 2005).

A flexibilidade é definida como a amplitude de movimento possível de uma

articulação. O objetivo de um programa de reabilitação fisioterapêutico e a restauração da

amplitude de movimento de uma articulação, através da extensibilidade das unidades

musculotendíneas que produzem o movimento nessa articulação. Os alongamentos estáticos

são a técnica mais utilizada por fisioterapeutas para alongamento dessas unidades

musculotendíneas, que com o tempo restabelecem a amplitude de movimento possível nas

articulações afetadas por lesões traumáticas (PRENTICE; VOIGHT, 2003).

Page 40: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

38

3.1.3 Mobilização Articular

Amplitude de movimento é definida como a capacidade do corpo humano de executar

movimentos livres e sem limitações, possibilitando movimentos efetivos do corpo e suas

extremidades. A amplitude movimento e dividida em três grupos de execução:

Amplitude de movimento ativo: É a capacidade de movimento articular

exercida unicamente pelo paciente através da contração muscular voluntária, sem ajuda de

forças externas.

Amplitude de movimento ativo assistida: É o movimento articular executado e

controlado em parte pelo paciente, recebendo auxílio de uma força externa para realização do

movimento desejado.

Amplitude de movimento passivo: É o movimento articular executado

unicamente por uma força externa, sem a presença de contração muscular voluntária do

paciente (BANDY; SANDERS, 2003).

A imobilização articular causa aderências intra-articulares, e alterações bioquímicas

no ligamento, tendão e na cápsula articular, levando a contraturas e enfraquecimento dos

tecidos moles. A mobilização articular passiva e ativa mantém a extensibilidade e a força dos

tecidos articulares. Na fisioterapia os exercícios de amplitude de movimento são utilizados

para manter a mobilidade das articulações, e minimizar a perda da flexibilidade dos tecidos e

a formação de contraturas, auxiliando no processo de reabilitação após uma lesão ou cirurgia

(KISNER; COLBY, 2005).

As técnicas de mobilização articular devem ser utilizadas sempre que houver

estruturas articulares contraídas ou não contráteis. Devem ser utilizadas em todas as

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39

amplitudes de movimento que estiverem restritas ao movimento ativo. As técnicas de

mobilização articular melhoram a mobilidade articular, reduzem edema e a dor articular,

permitindo assim o movimento articular completo, também promove efeitos proprioceptivos

que melhoram a consciência corporal do paciente (PRENTICE, 2004).

A mobilização articular é utilizada para tratamento da dor e rigidez articular, sendo

necessário primeiro o tratamento da dor e depois da rigidez. Para realizar a mobilização

articular deve-se realizar a tração da articulação que servirá para separação das superfícies

articulares, aumentando assim a mobilidade da articulação. Os princípios para realização da

mobilização articular são evitar dor durante o movimento, realizar movimentos uniformes e

regulares, repetir a técnica cinco vezes durante a sessão, mobilização diária para alivio da dor

e três vezes por semana para melhora da mobilidade (ANDREWS; HARRELSON; WILK,

2005).

3.1.4 Fortalecimento Muscular

A força muscular refere-se à capacidade do tecido contrátil de produzir uma tensão,

para vencer uma resistência imposta. A força funcional esta relacionada com habilidade do

sistema neuromuscular de produzir, reduzir e controlar forças pretendidas de forma suave e

coordenado durante a realização de suas atividades funcionais. O exercício resistido e

fundamental a qualquer programa de reabilitação para restauração das atividades funcionais

do paciente (KISNER; COLBY, 2005).

O fortalecimento muscular pode ser obtido por meio de exercícios isométricos ou

isotônicos, concêntricos ou excêntricos, ativos livres ou resistidos, ou através de exercícios

Page 42: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

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isocinéticos. O fortalecimento muscular promove hipertrofia muscular devido ao aumento do

número de miofibrilas, isso graças ao aumento da síntese protéica e a diminuição da

degradação de proteínas. Os exercícios de fortalecimento necessitam de uma resistência

contra qual o músculo deve trabalhar que pode ser através da aplicação manual ou por meio

de equipamentos terapêuticos (LIANZA, 2007).

A contração isométrica é compreendida pela contração muscular que irá produzir uma

força sem nenhuma alteração no ângulo da articulação, sendo dividida em concêntrica onde

que no momento da contração haverá um encurtamento muscular, já quando o músculo

alonga-se durante a contração esta é chamada de excêntrica. Já a contração isotônica é

compreendida pela contração muscular que ira produzir uma força, sofrendo alterações no

ângulo articular (SMITH; WEISS; LEHMKUHL, 1997).

Força muscular á a força mensurável exercida por um músculo ou grupo muscular

para vencer uma resistência em um esforço máximo. A força resultante pode ser usada na

realização do movimento. As contrações isotônicas provocam encurtamento ativo dos

músculos com alterações no ângulo articular, já as contrações isométricas produzem tensão

muscular sem alterações no ângulo articular. A potência muscular é compreendida pelo

trabalho produzido por unidade tempo ou produto de força e velocidade. Já resistência

muscular é a habilidade de contrair o músculo por várias vezes durante certo período de

tempo (O’SULLIVAM; SCHMITZ, 2004).

A contração isotônica é a capacidade dos músculos de se contraírem para levantar e

superar uma resistência constante, havendo um pouco de variação na tensão muscular devido

amplitude de movimento total, dessa forma sofrendo alterações na amplitude de movimento e

no comprimento do músculo (BANDY; SANDERS, 2003).

A contração isométrica é realizada contra um objeto imóvel, ou contra uma resistência

manual, sem que ocorra qualquer alteração no ângulo articular e com alteração mínima no

Page 43: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

41

comprimento muscular. A resistência pode ser imposta pelo fisioterapeuta, a utilidade do

exercício tornou-se público no começo dos anos 50 apresentado por dois alemães, Hettinger e

Muller. Mostraram o ganho de força muscular em 5% por semana através de contração

isométrica diária de seis segundos de duração, com dois terço da força máxima de contração.

A força muscular pode ser atingida através de contrações isométricas máximas ou

submáximas. De um modo geral o programa de tratamento deve ser realizado com contrações

isométricas máximas, com número menor de séries para melhores resultados (DELISA et al.,

2002).

O fortalecimento muscular deve ser realizado através do aumento gradual de carga,

sendo que todos os exercícios ativos de amplitude de movimento devem ser utilizados para

fortalecimento com uso de resistência manual, faixas elásticas, halteres, bolas ou qualquer

aparelho que auxilie no tratamento, iniciando sempre com uma resistência leve e progredindo

durante o tratamento. Os exercícios ativos resistidos de flexão, extensão, desvio radial, desvio

ulnar, supinação, pronação e apreensão palmar facilitam o recrutamento da musculatura

sinérgica melhorando controle e a coordenação motora para retorno as atividades diárias

(ANDREWS; HARRELSON; WILK, 2005).

O exercício ativo-resistido e utilizado na reabilitação para ganho de força muscular,

potência e resistência, com objetivo de restaurar a função o mais rápido possível. De uma

forma geral a sobrecarga durante o tratamento fisioterapêutico tem que impor uma demanda

ao organismo na medida em que vai se adaptando aquele peso, mais cargas devem ser

adicionadas, aumentando-se também o número de séries e repetições (GOULD III, 1993).

Exercício isométrico é definido pela contração muscular, no qual seu comprimento

permanece constante, enquanto a tensão atinge a força máxima contra uma carga fixa. Os

exercícios isométricos aumentam a força muscular, porém os ganhos são específicos não

Page 44: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

42

ocorrendo o aumento da força em outras amplitudes de movimento (PRENTICE; VOIGHT,

2003).

Page 45: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

43

4 METODOLOGIA

4.1 MÉTODO

Foi realizado um estudo de caso do tipo quantitativo, sendo que o estudo quantitativo

supõe uma população de objetos de observação comparável entre si. O método quantitativo

caracteriza-se pelo emprego da quantificação tanto das modalidades de coletas de

informações, quanto no tratamento delas por meio de técnicas estatísticas, desde as mais

simples, as mais complexas. O método quantitativo garante maior precisão dos resultados,

evita distorção de análise e interpretação, possibilitando, consequentemente maior segurança

quanto às interferências. É frequentemente aplicado nos estudos que procuram descobrir e

classificar a relação entre variáveis, bem como nos que investigam a relação de casualidades

entre fenômenos (RICHARDSON et al., 2010).

4.2 AMOSTRA PESQUISADA

Este estudo foi realizado com um paciente F.F. S, do sexo masculino, 18 anos,

solteiro, pardo, vendedor, praticante de atividade física e acometido por fratura distal do rádio

Page 46: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

44

residente da cidade de Paracatu-MG. Localizada no Noroeste de Minas com sua população

estimada em 84.718 habitantes.

O paciente foi selecionado após avaliação fisioterapêutica onde o critério de inclusão

foi não ter realizado fisioterapia após a fratura do rádio distal, o mesmo foi submetido à

avaliação de goniométria através de um goniômetro da marca carci, para avaliar a amplitude

de movimento, teste de força muscular através da escala de Kendall, perimétria através de

uma fita métrica da marca Fisiostore, para avaliar o trofismo muscular e edema, avaliação da

dor através da escala análogo visual da dor e avaliação da execução das atividades de vida

diária através aplicação de um questionário fechado.

O paciente foi selecionado e tratado individualmente sob supervisão fisioterapêutica

no período de 11 de agosto a 18 de outubro de 2011 totalizando vinte sessões, sendo que os

atendimentos foram realizados na Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma

situado na cidade de Paracatu- MG, o mesmo foi esclarecido sobre seu tratamento e sobre o

trabalho realizado, assinando, portanto um termo de consentimento livre e esclarecido sobre o

tratamento proposto, e aceitando participar da pesquisa.

Os métodos utilizados foram através da aplicação de um protocolo proposto pelo

acadêmico, que utilizará os recursos fisioterapêuticos, fazendo uso da cinesioterapia e

crioterapia, serão realizadas duas sessões por semana, com duração de cinquenta minutos

totalizando ao final vinte sessões, Também foram realizadas três avaliações sendo no início,

meio é fim do tratamento, que servirão de base para comprovação da eficácia e evolução do

tratamento fisioterapêutico, Todas as sessões foram relatadas e anexadas de forma escrita na

ficha de avaliação da paciente para que se pudesse ter um controle do tratamento que estava

sendo realizado. Os dados finais foram mensurados através do programa Microsoft Word

2010.

Page 47: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

45

5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram realizadas vinte sessões, sendo que todos os atendimentos foram realizados na

clínica escola da Faculdade Tecsoma, duas vezes por semana durante cinquenta minutos cada

atendimento, foram realizadas três avaliações sendo a 1ª dia 11/08/2011, a 2ª dia 15/09/2011 e

a última dia 18/10/2011, sendo que o mesmo apresentou cinco faltas.

Foram realizada análise de perimetria, goniometria, teste de força muscular através da

escala de Kendall, avaliação da dor através da escala análogo-visual da dor e aplicação do

questionário funcional.

Tabela 1 - Tabela demonstrativa da perimetria obtida nas três avaliações de membro superior direito a parti do

processo estiloide da ulna

Perimetria

1ª Avaliação

2ª Avaliação

3ª Avaliação

MSD MSE MSD MSE MSD MSE

00 cm 18,5 17,0 18,0 17,0 18,0 17,0

05 cm 18,0 19,0 18,0 19,0 18,5 19,0

10 cm 20,0 22,0 20,5 22,0 21,5 22,5

15 cm 24,0 26,0 25,0 26,0 25,5 26,0

20 cm 27,5 28,0 28,0 28,0 28,0 28,0

30 cm 27,5 29,0 28,0 29,0 28,0 29,0

35 cm 28,5 30,0 28,5 30,0 29,0 30,0

Fonte: o autor

De acordo com a tabela acima, observa-se que na primeira avaliação o paciente

apresentava edema e redução de massa muscular em membro superior direito sendo que o

edema predominava na região do punho, na segunda e terceira avaliação o paciente

apresentou redução de edema e ganho de massa muscular com o tratamento fisioterapêutico

baseado em crioterapia elevação e compressão do membro e treinamento de força.

Page 48: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

46

Prentice (2004), relatam que a aplicação do gelo na reabilitação fisioterapêutica é de

grande importância, pois apresenta resultados satisfatórios, além de ser uma técnica segura,

barata e de fácil aplicação. A duração do tratamento irá depender da espessura do tecido

subcutâneo a ser tratado, quanto maior a profundidade maior o tempo de tratamento e quanto

menor a espessura do tecido subcutâneo menor o tempo de tratamento, os tempos de

tratamento variam de cinco a quarenta e cinco minutos, para uma resposta mais satisfatória

deve se usar acima de quinze minutos. A reação inicial do frio é a vasoconstrição que

promove a redução de edema, isso graças a queda da pressão hidrostática local e a diminuição

da atividade fagocitária.

Estudos realizados por Cheing e colaboradores (2005), mostram a utilização da

crioterapia com elevação e compressão durante trinta minutos em cinco sessões para controle

da dor e edema agudo, em estudo realizado com oitenta e três pacientes acometidos por

fratura distal do rádio. Os resultados foram analisados antes da intervenção e após a

intervenção. Após cinco dias de tratamento com terapia de gelo e com o exercício leves, ficou

comprovada eficácia da crioterapia na redução do inchaço pós-imobilização para pessoas que

sofreram fratura distal do rádio.

Tabela 2 – Tabela demonstrativa dos resultados do teste de força muscular de Kendall.

Movimento 1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação

Direito Esquerdo Direito Esquerdo Direito Esquerdo

Flexão III V V V V V

Extensão III V IV V V V

Desvio Ulnar III V IV V IV V

Desvio Radial IV V IV V V V

Fonte: o autor

Na tabela 2 pode-se observar que o paciente apresentava altos índices de fraqueza

muscular onde nota-se que na primeira avaliação em quase todos os movimentos do membro

Page 49: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

47

superior direito exceto desvio radial, todos os graus foram III mostrando assim alto

comprometimento muscular. Na segunda avaliação pode-se perceber que o paciente através

das técnicas fisioterapêuticas de fortalecimento muscular começa a apresentar níveis de

fortalecimento muscular mais elevado chegando a IV nos movimentos de extensão, desvio

radial e ulnar e V em flexão. Ao final do tratamento o paciente apresentou resultados

satisfatórios apresentando nível IV apenas em desvio radial sendo que nos outros movimentos

apresentou grau V.

Conforme estudos realizados por Ferreira e colaboradores (1999), por doze meses com

40 pacientes que sofreram fratura da extremidade distal do rádio foi demonstrado que

incialmente todos apresentavam perda de força no membro lesado em especial no movimento

de preensão, mas no terceiro mês de tratamento já se notava melhora significativa se

comparada à avaliação inicial. Ao final do tratamento houve 74,19% de recuperação da força

em relação ao membro lesado.

Prentice; Voight (2003), relatam que exercícios utilizando pesos leves, thera-band ou

bola de borracha podem ser graduados para todos os movimentos do punho e do antebraço e

proporcionam gradualmente o fortalecimento muscular da região lesada, esses exercícios

podem ser realizados no solo com o auxilio de um colchonete, a evolução do tratamento pode

ser confirmada por testes específicos. Esse relato confirma os resultados encontrados no

presente estudo.

Luz e colaboradores (2009), mostram que o fortalecimento muscular é essencial a

qualquer programa de reabilitação. Onde em estudo realizado com vintes pacientes pós-

cirúrgicos com fratura distal do rádio, que receberam tratamento fisioterapêutico quatorze dias

após a cirurgia, utilizando um protocolo de base que priorizava controle do edema, dor,

movimentação articular passiva e ativa e exercícios para fortalecimento muscular progressivo.

Page 50: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

48

Após avaliação final observou ganho satisfatório de força muscular em todos os pacientes

submetidos ao tratamento.

Tabela 3 – Goniometria ativa da amplitude de movimento de punho direito e esquerdo obtidos nas três

avaliações do paciente.

1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação

MSD MSE MSD MSE MSD MSE

Flexão 35° 75° 60° 75° 75° 75°

Extensão 30° 80° 65° 80° 75° 80°

Desvio Radial 10° 45° 35° 45° 40° 45°

Desvio Ulnar 10° 30° 30° 30° 30° 30°

Fonte: o autor

Tabela 4 – Goniometria passiva da amplitude de movimento de punho direito e esquerdo obtidos nas três

avaliações do paciente.

1ª Avaliação 2ª Avaliação 3ª Avaliação

MSD MSE MSD MSE MSD MSE

Flexão 40° 80° 80° 80° 80° 80°

Extensão 35° 90° 70° 90° 90° 90°

Desvio Radial 10° 55° 40° 55° 50° 55°

Desvio Ulnar 15° 50° 35° 50° 40° 50°

Fonte: o autor

Nas tabelas 3 e 4 observa-se que o paciente apresentou melhora da amplitude de

movimento ativo em relação à 1ª avaliação, sendo que na 2ª avaliação se comparada com a 1ª

o paciente obteve um ganho de amplitude de movimento ativo de 25º de flexão de punho, 35º

de extensão de punho, 25º desvio radial e 20º desvio ulnar, e na última avaliação o paciente

apresentou uma melhora com relação à 2ª avaliação, sendo que houve aumento de 15º de

flexão de punho, 10º de extensão de punho, 5º desvio radial e 0º desvio ulnar.

Conforme estudos realizados por Aguiar e colaboradores (2010), no período de maio á

junho de 2010, em um paciente W.H.S de 48 anos com fratura distal do rádio do antebraço

esquerdo, que foi submetido ao tratamento cinesioterapeutico uma vez por semana, somando

ao final cinco sessões. A autora utilizou a goniometria para avaliação do ganho de amplitude

de movimento. Onde após o período de tratamento observou-se ganho na flexão ativa de

Page 51: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

49

punho que na avaliação inicial apresentou 40º e na final 52º, também se observou ganho na

extensão ativa de punho a inicial 44º e a final 48º, e na flexão passiva de punho inicial 60º e a

final 64º. Já na extensão passiva de punho não se observou ganho na amplitude de

movimento, permanecendo com valores iguais. Ao final observa-se que não houve um ganho

muito significativo da amplitude de movimento, que pode ser explicada pelo fato do pequeno

número de sessões realizadas pelos autores do artigo.

Estudos realizados por Öken e colaboradores (2011), em trinta setes pacientes com

diagnóstico de fratura distal do rádio. Foram submetidos à intervenção fisioterapêutica,

através da mobilização articular passiva e ativa e alongamentos leves de punho durante três

semanas, foram realizadas duas avaliações uma no inicio do tratamento e outra ao termino do

tratamento, onde utilizaram a goniométria para verificar o ganho de amplitude movimento

ativa. Após as avaliações observou-se ganho na amplitude de movimento que na avaliação

inicial apresentava uma média de 35º de flexão punho, 21,4º extensão de punho, 13,3º desvio

radial, 21,2º de desvio ulnar. Já na avaliação final apresentava uma média de 49,8º de flexão

de punho, 50,1º extensão de punho, 20,5º desvio radial e 28,6º desvio ulnar.

Page 52: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

50

0

1

2

3

4

5

6

1ᵃ Avaliação 2ᵃ Avaliação 3° Avaliação

Gra

du

açã

o d

a d

or

Avaliações

Escala Análogo-visual da Dor

Figura 01 – Escala análogo-visual da dor durante o tratamento

Fonte: O autor

O gráfico da figura-1 demonstra a presença de dor apenas na 1a avaliação, sendo a

mesma considerada baixa pela escala análogo visual da dor, grau 5 na escala de 0 a 10. Na 2ª

e 3ª avaliação o paciente não relatou nenhum tipo de dor.

Estudos realizados por Lyngcoln e colaboradores (2005), utilizaram a Escala Análogo

Visual da Dor, para avaliação subjetiva da dor que varia entre zero, ausência de dor, e dez, dor

intensa. Em quinze pacientes durante a reabilitação fisioterapêutica após a fratura distal do

rádio, sendo realizadas duas avaliações uma no início e a outra ao final do tratamento. Após

avaliação final ficou comprovado redução da dor nos quinze pacientes, a avaliação inicial

apresentava uma média 4,58 pela escala da dor, já na avaliação final a dor foi reduzida para

uma media 2,64 entre os quinze pacientes.

Netto (2007), realizou estudos semelhantes em um paciente T.P. S do sexo masculino

21 anos, com diagnóstico de fratura distal do rádio, pós-cirúrgico com colocação de fios de

Page 53: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

51

Kirschner durante o período de seis semanas. O paciente foi submetido ao tratamento

fisioterapêutico durante duas vezes por semana com duração de quarenta e cinco minutos cada

sessão, somando ao final três sessões. Para mensuração da dor foi utilizado escala análoga

visual da dor que na avaliação inicial o paciente apresentou 1,8 cm, e na avaliação final

apresentou melhora da intensidade da dor para 0,8 cm que equivale a uma redução de 45% da

dor, quando comparado com a primeira avaliação do paciente.

Tabela 5 – Questionário de avaliação das atividades de vida diária

ATIVIDADE 1ª AVALIAÇÃO 2ª AVALIAÇÃO

SIM/LIMITA

BASTANTE

SIM/LIMITA

POUCO

NÃO

LIMITA

SIM/LIMITA

BASTANTE

SIM/LIMITA

POUCO

NÃO

LIMITA

Comer

X

X

Banho

X

X

Vestir-se

X X

Escovar os

Dentes X

X

Direção

Automotiva

(Carro)

X X

Direção

Automotiva

(Moto)

X

X

Trabalhar

X

X

Prática de

Exercícios

Físicos

X

X

Assinar o

Nome X

X

Pentear o

Cabelo X

X

Levantar

Objetos

Pesados

X

X

Fonte: O autor

Page 54: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

52

De acordo com a tabela acima observa-se que o paciente apresentava limitações

importantes na realização de suas atividades de vida diária, interferindo na realização de

atividades básicas como higiene pessoal e trabalho, que ao serem realizadas o paciente

apresentavam dor e limitação. Após as vinte sessões realizadas o paciente obteve uma

evolução satisfatória com relação à execução das atividades de vida diária quando comparado

à primeira avaliação. Sendo que apenas uma atividade ainda proporciona limitação na sua

realização, porém quando comparada a primeira avaliação também apresentou melhora

significativa.

De acordo com estudos realizados por Kay; Mcmahon; Stiller (2008), em vinte oito

pacientes acometidos por fratura distal do rádio, que foram submetidos ao tratamento

fisioterapêutico. Demostraram a eficácia do tratamento na recuperação da funcionalidade.

Estes resultados foram medidos inicialmente, depois de três semanas e seis semanas. A

avaliação das atividades de vida diária foi através da aplicação de um questionário fechado,

que varia de um a cinco, sendo que um o paciente não apresenta nenhuma dificuldade e cinco

incapaz de realizar suas atividades. Após aplicação do questionário as respostas são

transformadas em uma pontuação de 0 a 100. Ao final do tratamento verificaram-se ganhos

satisfatórios na realização de suas atividades de vida diária, conseguindo realizar 95% das

atividades sem limitações ou dor.

Esses estudos estão de acordo com estudos similares realizados por Wakefield;

McQueen (2000), que também realizaram estudos em 96 pacientes acometidos por fratura

distal do rádio, submetidos ao tratamento fisioterapêutico utilizando apenas a cinesioterapia

como meio de tratamento. Para avaliação da melhora da funcionalidade foram utilizados

questionários fechados que mensuravam o grau de dificuldades na realização das atividades

de vida diária, sendo realizado uma avaliação inicial, outra após três meses e ao seis meses de

tratamento a avaliação final. Após as avaliações observou que aos três meses de tratamento os

Page 55: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

53

pacientes realizavam 88,3% de suas atividades sem limitações funcionais, e ao final do

tratamento realizavam 94,5% de suas atividades normais. Pode se observa após três meses de

tratamento os pacientes ainda apresentavam limitações significativas quando comparado ao

tratamento realizado por outros autores, que conseguiram resultados mais satisfatórios com

menor tempo de tratamento. Esse fato pode ser explicado devido idade média dos pacientes

que era de setenta e dois anos.

Page 56: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

54

6 CONCLUSÃO

Pode-se concluir que com a utilização da reabilitação fisioterapêutica o paciente

apresentou ganhos satisfatórios com relação à amplitude de movimento, pois inicialmente

pôde ser visto através da goniometria que o paciente apresentava uma amplitude de

movimento diminuída devido à lesão e após o tratamento notou-se um resultado satisfatório.

A reabilitação fisioterapêutica baseada no fortalecimento muscular mostrou-se

altamente positiva, pois com a lesão o paciente apresentava-se com elevados índices de

fraqueza muscular, fato que foi revertido com a utilização de técnicas fisioterapêuticas

baseadas no fortalecimento muscular.

Observou-se que com o evoluir do tratamento com base na utilização de técnicas

fisioterapêutica houve ganho de massa muscular e diminuição do edema que foram

constatados com a utilização da perimetria.

O estudo mostrou que através da escala análogo visual da dor observou-se que o

paciente apresentava quadro álgico o que muitas vezes impedia o mesmo de executar suas

atividades normais, notou-se, portanto que ao final do tratamento houve diminuição do quadro

álgico.

Através da reabilitação fisioterapêutica o paciente voltou a realizar com maior

perfeição algumas atividades que estavam limitadas, portanto o mesmo voltou a realizar as

suas atividades funcionais com maior exatidão.

Portanto o estudo confirmou que a reabilitação fisioterapêutica baseado em

cinesioterapia e crioterapia, é muito importante para o tratamento da fratura distal do rádio,

pois o paciente apresentou melhora da amplitude de movimento, recuperou a força muscular

Page 57: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

55

que havia sido perdida com a lesão, obteve ganho de massa muscular, diminuição de edema,

dor e melhorou o desempenho das atividades de vida diária, portanto podemos concluir que a

reabilitação fisioterapêutica é muito importante no tratamento da fratura do rádio distal.

Page 58: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

56

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Page 62: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

60

VOLPON, J. B. Osteossíntese das Draturas Diafisárias da Criança com Hastes

Intramedulares Flexíveis. Revista Brasileira de Ortopedia. São Paulo, vol. 43, nº 1, jul.

2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-36162 0080 0070 000

1&script=sci_arttext >. Acesso em: 07 jun. 2011.

Wakefield, A. E.; McQueen, M. M. The Role of Physiotherapy and Clinical

Predictors of Outcome after Fracture of The Distal Radius. Disponível em: < http:// web

.jbjs .org.uk/cgi/content/abstract/82-B/7/972 >. Acesso em: 01 nov 2011.

Page 63: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

61

APÊNDICE

APÊNDICE A – Questionário de Avaliação das Atividades de Vida Diária

QUESTIONÁRIO DE AVDS

ATIVIDADE SIM/ LIMITA

BASTANTE

SIM/

LIMITA POUCO NÃO LIMITA

Comer

Banho

Vestir-se

Escovar os Dentes

Direção Automotiva

(Carro)

Direção Automotiva

(Moto)

Trabalhar

Prática de Exercícios

Físicos

Assinar o Nome

Pentear o Cabelo

Levantar Objetos Pesados

Fonte: O autor

Page 64: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

APÊNDICE B – Protocolo de Reabilitação Pós-Operatório Fratura de Rádio

Distal

PROTOCOLO DE REABILITAÇÃO PÓS-OPERATÓRIO FRATURA DE RADIO

DISTAL:

1-fase

Objetivos:

• Promover analgesia;

• Ganhar amplitude movimento e

• Reduzir edema.

Semanas 0-2

• Mobilização articular passiva e ativa de punho (flexão, extensão, desvio radial e ulnar);

• Alongamento em (flexão, extensão, desvio radial e ulnar) de punho;

• Exercícios ativos de apreensão palmar;

• Exercícios ativos resistidos de flexão e extensão de metacarpofalângicas com digiflex;

• Alongamentos passivos e ativos de músculos supinadores e pronadores do antebraço e de

flexores extensores de cotovelo;

• Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com halteres de 1 kg;

• Contração isométrica em extensão e flexão de punho;

Page 65: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

• Compressa de gelo durante 15 minutos.

2-fase

Objetivos:

• Aumentar amplitude de movimento;

• Ganhar força muscular e

• Ganhar potencia e resistência muscular.

Semanas 2-4

• Mobilização articular ativa de punho (flexão, extensão, desvio radial e ulnar);

• Mobilização articular ativa de antebraço em prono e supino;

• Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com thera-bands e halteres de 2

kg;

• Exercício ativo de flexão e extensão de punho com rolo de punho e bastão;

• Exercícios ativos resistido em flexão, extensão, desvio radial e ulnar de punho com thera-

bands e halteres 1 kg;

• Exercícios ativos resistidos de flexão e extensão de metacarpofalângicas com digiflex;

• Exercícios ativos resistidos de abdução e adução de dedos com thera-bands;

• Alongamentos ativos e passivos de músculos supinadores e pronadores do antebraço;

• Alongamento em (flexão, extensão, desvio radial e ulnar) de punho;

• Continuar com compressas de gelos após os exercícios.

3-fase

Objetivos:

• Ganhar amplitude total do movimento;

Page 66: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

• Ganhar potencia e resistência muscular;

• Ganhar propriocepção e

• Retorno gradual as atividades funcionais.

Semanas 4-8

• Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com thera-bands é halteres de 2

kg;

• Exercícios ativos resistidos de abdução e adução de dedos com thera-bands;

• Exercícios ativos de circundução com bola tipo dente leite;

• Exercício ativo de flexão e extensão de punho com rolo de punho e bastão;

• Exercício ativo resistido de flexão e extensão de punho com auxilio de bastão com carga de

3 kg;

• Exercício ativo de rosca resistido de flexão e extensão de punho com auxilio de bastão com

carga de 2 kg;

• Exercício ativo resistido em flexão, extensão, desvio radial e ulnar de punho com thera-

bands e halteres 2 kg;

• Exercício ativo resistido de flexão e extensão de punho com rolo de punho com carga de 2

kg;

• Alongamentos ativos de músculos supinadores e pronadores do antebraço e de punho;

• Reiniciar gradualmente atividades de vida diária.

Page 67: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

APÊNDICE C – Condutas

Condutas

1ª fase do protocolo

1ª Sessão (11/08/2011)

1ª avaliação do paciente.

2ª Sessão (16/08/2011)

Aplicação de crioterapia com elevação e compressão de MSD durante 15 minutos;

Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador,

bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas

por 20 segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular passiva de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular passiva de antebraço realizando pronação e supinação em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos.

Page 68: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

3ª Sessão (18/08/2011)

Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador,

bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas

por 20 segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular passiva de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular passiva de antebraço realizando pronação e supinação em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de apreensão palmar com bola em 3 series de 10 repetições

com intervalo de 20 segundos;

Contração isométrica de punho em flexão e extensão em 3 series de 10 repetições

mantidas por 5 segundos com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 1 kg realizando flexão e extensão de cotovelo

em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos;

Aplicação de crioterapia com elevação e compressão de MSD durante 15 minutos.

4ª Sessão (23/08/2011)

Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador,

bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas

por 20 segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular passiva de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Page 69: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

Mobilização articular passiva de antebraço realizando pronação e supinação em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de apreensão palmar com bola em 3 series de 10 repetições

com intervalo de 20 segundos;

Contração isométrica de punho em flexão e extensão em 3 series de 10 repetições

mantidas por 5 segundos com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 1 kg realizando flexão e extensão de cotovelo

em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos;

Aplicação de crioterapia com elevação e compressão de MSD durante 15 minutos.

5ª Sessão (25/08/2011)

Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador,

bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas

por 20 segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular passiva de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular passiva de antebraço realizando pronação e supinação em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de apreensão palmar com bola em 3 series de 10 repetições

com intervalo de 20 segundos;

Contração isométrica de punho em flexão e extensão em 3 series de 10 repetições

mantidas por 5 segundos com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 1 kg realizando flexão e extensão de cotovelo

em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos;

Page 70: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

Exercício ativo resistido com digiflex 1.4 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos;

Aplicação de crioterapia com elevação e compressão de MSD durante 15 minutos.

6ª Sessão (30/08/2011)

2ª fase do protocolo

Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador,

bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas

por 20 segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular ativa de antebraço realizando pronação e supinação em 3 series

de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão desvio radial e ulnar

de punho em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo

em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com digiflex 1.4 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 10 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 15

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 15

repetições com intervalo de 20 segundos.

Page 71: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

7ª Sessão (01/09/2011)

Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador,

bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas

por 20 segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo

em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão desvio radial e ulnar

de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com digiflex 2.3 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 15

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 15

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com faixa elástica de cor

amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão e extensão de punho com faixa elástica de cor

amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos.

Page 72: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

8ª Sessão (06/09/2011)

Paciente não compareceu a sessão de fisioterapia, pois tinha exame de rua da alta

escola.

9ª Sessão (08/09/2011)

Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador,

bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas

por 20 segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo

em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão desvio radial e ulnar

de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com digiflex 2.3 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 15

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 15

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com faixa elástica de cor

verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Page 73: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

Exercício ativo resistido em flexão e extensão de punho com faixa elástica de cor

amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos.

10ª Sessão (13/09/2011)

Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador,

bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas

por 20 segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo

em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão desvio radial e ulnar

de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com digiflex 2.3 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 15

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 15

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com faixa elástica de cor

verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão e extensão de punho com faixa elástica de cor

verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos.

Page 74: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

11ª Sessão (15/09/2011)

2ª avaliação do paciente

11ª Sessão (15/09/2011)

Alongamentos passivos dos músculos flexores e extensores de punho, supinador,

bíceps, braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas

por 20 segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo

em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão desvio radial e ulnar

de punho em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão, extensão, desvio radial e ulna de punho com faixa

elástica de cor verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Page 75: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

Exercício ativo resistido de abdução e adução de dedos com faixa elástica de cor

amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos.

12ª Sessão (20/09/2011)

Alongamentos ativo dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps,

braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20

segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo

em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão de punho em 3 series

de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão, extensão, desvio radial e ulna de punho com faixa

elástica de cor verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de abdução e adução de dedos com faixa elástica de cor

amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos.

Page 76: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

13ª Sessão (22/09/2011)

Paciente não compareceu a sessão de fisioterapia, pois estava doente.

14ª Sessão (27/09/2011)

Alongamentos ativo dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps,

braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20

segundos com intervalo de 20 segundos;

Mobilização articular ativa de punho, em flexão, extensão, desvio radial e ulna em 3

series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com bastão em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão, extensão, desvio radial e ulna de punho com faixa

elástica de cor verde em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de abdução e adução de dedos com faixa elástica de cor

amarela em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 1 kg em flexão, extensão de punho em 3 series

de 15 repetições com intervalo de 20 segundos;

Page 77: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

Exercício ativo resistido com halter de 2 kg realizando flexão e extensão de cotovelo

em 3 series de 15 repetições com intervalo de 20 segundos.

15ª Sessão (29/09/2011)

3ª fase do protocolo

Alongamentos ativo dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps,

braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20

segundos com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo de circundução com bola tipo dente de leite em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com faixa elástica de cor

verde em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de rosca em flexão e extensão de punho com auxilio de

bastão, faixa elástica e halter com carga de 1 kg, em 3 series de 20 repetições com intervalo

de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 2 kg em flexão, extensão, desvio radial e ulnar

de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos.

Page 78: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

16ª Sessão (04/10/2011)

Paciente não compareceu a sessão de fisioterapia, pois tinha exame de rua da alta

escola.

17ª Sessão (06/10/2011)

Paciente não compareceu a sessão de fisioterapia. Sem justificativas.

18ª Sessão (11/10/2011)

Alongamentos ativo dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps,

braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20

segundos com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo de flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo de circundução com bola tipo dente de leite em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com halter de 2 kg em 3

series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 2 kg em flexão, extensão, desvio radial e ulnar

de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de rosca em flexão e extensão de punho com auxilio de

bastão, faixa elástica e halter com carga de 1 kg, em 3 series de 20 repetições com intervalo

de 20 segundos;

Page 79: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de flexão e extensão de punho com bastão e tornozeleira com

carga de 3 kg, em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de abdução e adução de dedos com faixa elástica de cor

amarela em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos.

19ª Sessão (13/10/2011)

Alongamentos ativo dos músculos flexores e extensores de punho, supinador, bíceps,

braquial, braquiorradial, pronador quadrado e redondo de MSD, em 3 series mantidas por 20

segundos com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo em flexão e extensão de punho com rolo de punho em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo de circundução com bola tipo dente de leite em 3 series de 20

repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com halter de 2 kg em flexão, extensão, desvio radial e ulnar

de punho em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido em flexão e extensão de cotovelo com faixa elástica de cor

verde em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de rosca em flexão e extensão de punho com auxilio de

bastão, faixa elástica e halter com carga de 1 kg, em 3 series de 20 repetições com intervalo

de 20 segundos;

Exercício ativo resistido com digiflex 3.2 kgs realizando flexão e extensão de

metacarpofalangianas em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Page 80: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

Exercício ativo resistido de flexão e extensão de punho com bastão e tornozeleira com

carga de 3 kg, em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos;

Exercício ativo resistido de abdução e adução de dedos com faixa elástica de cor

amarela em 3 series de 20 repetições com intervalo de 20 segundos.

20ª Sessão (18/10/2011)

Avaliação final do paciente

Page 81: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

APÊNDICE D – Radiografia pós-cirúrgica com fixação percutânea com fios de

Kirschner

Page 82: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO
Page 83: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

82

ANEXOS

ANEXO A - Ficha de Avaliação

Page 84: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO
Page 85: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

ANEXO B - Escala Análogo Visual da Dor

Page 86: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

ANEXO C – Código de Graduação para Força Muscular pela Escala de Kendall

0- Nenhuma contração é sentida ou vista no músculo.

1- O tendão torna-se proeminente ou uma contração fraca é sentida no músculo,

sem movimento visível.

2- A capacidade de mover por um arco parcial de movimento no plano horizontal,

sendo capaz de completar a amplitude de movimento no plano horizontal.

3- Mantém a posição de teste contra uma pressão discreta.

4- Mantém a posição de teste contra uma pressão moderada a forte.

5- Mantém a posição de teste contra uma pressão forte.

Page 87: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

ANEXO D - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

(Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96)

Eu,______________________________________________________,RG_________

_____, abaixo qualificado(a), DECLARO para fins de participação em pesquisa, que fui

devidamente esclarecido sobre o Projeto de Pesquisa intitulado: Reabilitação fisioterapêutica

em paciente pós- cirúrgico de fratura de rádio distal: estudo de caso desenvolvido pelo aluno

Ricardo Gonçalves da Silva, do curso de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, quanto aos

seguintes aspectos:

A fratura localizada no terço distal do rádio se tornou a mais conhecida das lesões de

membro superior, chegando a um sexto das fraturas atendidas em prontos socorros. A fratura

de rádio pode ocorrer em qualquer faixa etária, geralmente ocorre devido a uma queda sobre a

mão o qual no momento do impacto o punho se encontrava em extensão, dessa forma quanto

maior for o grau de complexidade maior serão as lesões de tecidos moles, com isso o

tratamento dependerá do tipo de fratura e o grau de complexidade. O tratamento

fisioterapêutico será indicado a fim de se prevenir as possíveis complicações ocasionadas pela

fratura.

A reabilitação fisioterapêutica será realizada duas vezes por semana no período de

agosto/2011 a outubro/2011 sendo realizados atendimentos na Clínica Escola de Fisioterapia

da Faculdade tecsoma com sessão de duração de cinquenta minutos.

Durante ou após a pesquisa, não haverá nenhum risco ou desconforto, bem como

benefícios sobre o entrevistado.

Page 88: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

O entrevistado tem a liberdade de recusar a sua participação ou retirar o seu

consentimento em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu

tratamento e cuidado. É garantido o sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos

na pesquisa. Os dados e informações provenientes deste trabalho serão utilizados com fins de

conclusão da graduação em Fisioterapia.

DECLARO, outrossim, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter

entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa.

Paracatu, de de 2011

QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Objeto da Pesquisa(Nome):...............................................................................................

RG:..................... .......Data de nascimento:........ / ........ / ........ Sexo: . M ( ) F ( )

Endereço: ............................................ nº ........................... .................. Apto: .........

Bairro:.............................................Cidade:...............................Cep:.....................Tel.....

_____________________________

Assinatura do Declarante

Page 89: RICARDO GONÇALVES DA SILVA REABILITAÇÃO

DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR

DECLARO, para fins de realização de pesquisa, ter elaborado este Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas no

Capítulo IV da Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntária, o

consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a realização desta

pesquisa.

Paracatu de de 2011

___________________________

Ricardo Gonçalves da Silva

Assinatura do Pesquisador