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~~' da Agri<e do Abaste
FD-1612000FD-PP-161.3
BIBLIOTECAfi>ONoÔ~\~
Cuidados básicos para o plantiomecanizado de soja em Rondônia
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1-510
BRondônia'
1. Introdução
A mecanização na agricultura visa melhorar as condiçõese a produtividade de trabalho das tarefas destinadas àprodução. Entretanto, como qualquer atividade queenvolve custos elevados e que altera o ambiente natural,só deve ser executada após planejamento criterioso edetalhado. Desta forma, são evitados desperdícios detempo, recursos financeiros e ambientais.
2. Preparo do solo
Compreende um conjunto de práticas que tem comoobjetivo a preservação das características físicas,químicas e biológicas do solo, oferecendo condiçõesideais para semeadura, germinação e desenvolvimentodas plantas. Esta operação é considerada uma das maisimportantes no manejo do solo, pois o uso excessivo deimplementos inadequados, rapidamente degradam o solo.Portanto, é necessário planejar o uso racional comimplementos adaptados às condições e tipos de solo,procurando manter ou aumentar o seu potencialprodutivo.
2.1. Preparo primário
A primeira etapa do preparo do solo consiste nasoperações mais profundas e grosseiras. O solo deve serrevolvido com profundidade de 20 a 40 em, visandoromper camadas superficiais adensadas/compactadas e oencrostamento. Podendo ainda, eliminar e enterrar aservas daninhas existentes. Os implementos empregadosnessa etapa são grade pesada, escarificador, arado dedisco e de aiveca.A grade pesada, inicialmente, foi o implemento de maioraceitação devido ao maior rendimento de trabalho,facilidade de operação e regulagem, podendo ser utilizadaem área com alta infestação de ervas daninhas.Entretanto, atualmente, esse implemento tem suarecomendação limitada devido ao trabalho raso(profundidade de 10 -15 cm) ao fato de deixar o solomais vulnerável à erosão, ocasionando camadassubsuperficiais compactadas, conhecidas como pé-de-grade. O arado de disco pode ser recomendado para árearecém aberta e incorporação de calcário, pois misturamelhor o solo e rompe camadas adensadas/compactadasna profundidade de 10 a 20 cm. Por outro lado,apresenta como desvantagens o baixo rendimento detrabalho, alto consumo de combustível e exposição dosolo aumentando o risco de erosão.
Com o arado de aiveca as vantagens e desvantagens sãosimilares ao arado de disco, embora com melhorpenetração no solo (20 a 30 em), E, finalmente oescarificador, que é considerado o implemento quemenos altera a estrutura do solo, eliminando as camadasadensadas/compactadas mais profundas (40 cm) sendo oúnico implemento que mantém a cobertura do solo sementerrar.A alternância de implementos de preparo primário do solocom respeito a profundidade de movimentação do solotem sido recomendada como uma alternativa para impedira formação de camadas compactadas. O plantio sempreparo (plantio direto) seria outra forma derecomendação, porém, para implementação destesistema, outros aspectos também são considerados e apesquisa deverá definir os procedimentos para adequaçãodesse sistema nas condições de Rondônia.É importante destacar que a umidade do solo podeinterferir nessa etapa, mesmo utilizando implementoadequado. Isso porque, o preparo em solo muito secoproporciona a sua pulverização e impossibilita trabalharna profundidade desejada, enquanto que em solo muitoúmido ocorre a aderência deste ao implemento, o queinviabiliza a operação.Uma forma prática de determinar o nível ideal de umidadedo solo é coletar torrões na profundidade a ser trabalhadae pressioná-Ios individualmente, entre os dedos polegar eindicador. O ponto ideal para realizar o preparo seráaquele em que o torrão desfizer-se facilmente e moldar-sesem aderir em um dos dedos.
2.2. Preparo secundário
Esta etapa visa destorroar e nivelar o solo parasemeadura. Pode ser utilizada antes da aração paraeliminar ervas daninhas, picar restos de cultura,incorporar adubo e herbicida, entre outros.Os implementos utilizados são a grade niveladora, ecomplementar a operação de nivelamento com "speedtiller". Recomenda-se realizar esta operação no períodopróximo ao plantio e ainda, no máximo, duas gradagens(passagens).
3. Plantio
A utilizacão de cultivar recomendada para a reqrao, aobtenção de sementes de boa qualidade (podergerminativo, pureza e estado fitossanidade), a realizaçãode tratamento e inoculação das sementes com oBradyrhizobium japonicum (bactérias fixadoras de N), aépoca adequada de semeadura, espaçamento e
população de plantas, correção e adubação adequada emanejo integrado de pragas, doenças e ervas daninhas,preconizadas pela pesquisa serão fundamentais para osucesso do cultivo da soja. Entretanto, outros aspectosdevem ser observados durante o plantio, que afetarão agerminação e o desenvolvimento das plantas, descritosabaixo.
3.1. Umidade do solo
A semente de soja precisa absorver água equivalente apelo menos 50% do seu peso seco. Portanto, a soja deveser semeada em solo úmido.A influência da umidade está relacionada com aprofundidade de semeadura. Contudo, geralmente, aumidade do solo pode aumentar o período de emergênciadas plântulas quando ocorrer veranico (estiagem) após oplantio ou plantio em solo seco. Neste caso além deretardar a germinação, expõe as sementes a pragas epatógenos de solo podendo afetar a sobrevivência dasbactérias fixadoras de nitrogênio (Bradyrhizobiumjaponicum) e a própria germinação das sementes.
3.2. Profundidade de semeadura
A definição da profundidade de semeadura deveconsiderar as condições de umidade e o tipo de solo, otamanho e qualidade da semente.A soja deve ser semeada a uma profundidade de 3,0 cm(solos pesados/argilosos) a 5,0 cm (solosleves/arenosos). A umidade do solo tende a aumentarcom o aumento da profundidade de semeadura, porém aprofundidade superior a 7,0 cm pode apresentar maiorresistência física à emergência das plântulas e assimafetar o estabelecimento e uniformidade da população deplantas ou ainda reduzir a germinação.
3.3. Temperatura do solo
A faixa de temperatura de solo recomendada parasemeadura da soja está entre 20 e 30°C, sendo 25°C oideal. Temperaturas elevadas (superiores a 40°C) podemprejudicar o processo de estabelecimento das plantas nocampo, como também, afetar a sobrevivência dasbactérias fixadoras de nitrogênio (Bradyrhizobiumjaponicum).
3.4. Posição da semente em relação ao adubo
Colocar o adubo ao lado e abaixo da semente, evitando ocontato direto entre ambos, pois prejudica a absorção deágua pela semente e pode matar a plântula em
desenvolvimento, especialmente, quando se aplicamdoses altas de potássio no sulco (acima de 100 kgKCI/ha).
3.5. Danos mecânicos na semeadura
Utilizar corretamente a disposição dos discos daplantadeira com furos de diâmetro adequado ao tamanhodas sementes. Portanto, uniformidade do tamanho dassementes é fundamental para evitar injúria às sementesdurante a semeadura.Fazer a regulagem de aplicação de adubo conforme asrecomendações oriundas da análise de solo, tanto quantoa quantidade a ser aplicada, bem como a posição onde oadubo é colocado.Outras importantes informações são: a regulagem daplantadeira deve ser feita nas condições de campo,verificando o correto nivelamento da plantadeira; utilizardiscos específicos recomendados pelo fabricante doimplemento e/ou pela firma produtora de sementes; aconservação e manutenção do implemento deve serconforme recomendação do fabricante.
4. Cálculo da quantidade de sementes e regulagem daplantadeira
4.1. Primeiro passo
O poder germinativo fornecido pela empresaprodutora/vendedora de sementes, geralmente é superiorao observado no campo, devido a perda do podergerminativo durante o período de armazenagem etransporte.Por isso, recomenda-se fazer um teste de germinação nocampo, utilizando quatro amostras de 100 sementescada. Essas sementes devem ser semeadas naprofundidade de 3 a 5 cm, em solo preparado e com boaumidade. Em baixa umidade, irrigar antes e após asemeadura, em quatro fileiras de 4 m cada.Fazer a contagem quando as plântulas apresentarem oprimeiro par de folhas completamente aberto(aproximadamente 10 dias após a semeadura),considerando apenas as vigorosas. A percentagem deemergência em campo (G) será obtida pela multiplicaçãodo número de plantas multiplicado por 100 e depoisdividido por 400.
4.2. Segundo passo
Definir a população de plantas, de acordo com a cultivarescolhida e o espaçamento adotado (E).
4.3. Terceiro passo
Determinar o número de plantas por metro linear atravésda fórmula:
o = [população de plantas x espacamento (m)]10.000
4.4. Quarto passo
Calcular o número de sementes por metro linear,utilizando a seguinte fqrmula:
- ",'
:.~'...,)\/-" ... ,.'n? semen'te/m = ( nO plantas/m x 100)
% de emergência em campo
4.5. Quirl"topassor' ',-
Calcular a quantidade de sementes que será necessáriapor hectare, com a seguinte fórmula:
Q = ( 1.000 x P x D)-G x E
Onde:Q = quantidade de semente necessária por hectare(kg/ha);P = peso de 100 sementes em grama (g);D = n? de plantas que se deseja por metro linear (no/m);E = espaçamento utilizado (cm);G = porcentagem de emergência em campo (%).
Portanto a quantidade de sementes a ser utilizada vaidepender do tamanho/peso da semente e do podergerminativo. Exemplificando, um lote de semente com80% de germinação poderá utilizar de 75 a 100 kg desementes por hectare.Conforme as condições de umidade, temperatura,preparo do solo, profundidade de semeadura entre outrosfatores, acrescentar pelo menos 10% como fator desegurança.
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