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Guia de Operação - Rosegarden Introdução O Rosegarden-4, que chamaremos daqui para frente simplesmente de Rosegarden, é uma ferramenta versátil de código aberto para criação musical. Combina aspectos de um seqüenciador MIDI, seqüenciador de áudio digital e criação de partituras, tudo em um pacote muito fácil de usar, porém, poderoso, que provê aos usuários uma interface consistente e muito intuitiva. O Rosegarden torna-se assim um dos mais poderosos e flexíveis subsistemas disponíveis para Linux. Em operações MIDI, o Rosegarden emprega a infra-estrutura do seqüenciador MIDI ALSA (Arquitetura de Som Avançada para Linux). Para rotear MIDI entrantes e de saída, pode gravar em qualquer número de entradas que estejam disponíveis simultaneamente, e os eventos de saída podem ser roteados para milhares de clientes MIDI. Para gravação e reprodução de áudio digital, o Rosegarden é uma das numerosas aplicações que fazem uso do Kit de Conexão de Áudio Jack (JACK), um servidor de áudio de baixíssima latência desenvolvido do zero para atender as necessidades de produções musicais profissionais. Com o JACK, o Rosegarden pode aplicar plugins LADSPA (Linux Audio Developer's Simple Plugin API) até reproduzir streams de áudio em tempo real, com um número enorme de efeitos que vão de equalizadores a reverbs, e, eventualmente, qualquer plug-in que seja aplicado pelo meio do caminho. Estes plug-ins podem ser postos em camadas, uns sobre os outros, para dessa forma tornar sem limites a aplicação destes efeitos. Cobrindo o vazio existente entre estas duas tecnologias, o Rosegarden é o primeiro seqüenciador MIDI que emprega a nova arquitetura de plug-ins DSSI (Disposable Soft Synth Interface = Interface de Síntese por Soft Disponível, ou melhor, sintetizadores virtuais). Os eventos MIDI são roteados através do ALSA até os plug-ins de síntese DSSI, e o áudio produzido por estes plug-ins é dirigido de volta através de plug-ins LADSPA e deste até o JACK. O Rosegarden possui três modos de visualização, edição e entrada de eventos MIDI, incluindo o poderoso editor de partituras que possui características que normalmente não são encontradas em outros seqüenciadores MIDI. Por baixo destes três editores, o Rosegarden traz um mecanismo baseado em segmentos para organizar blocos de dados de áudio e MIDI de forma que brinda com o potencial de um programa de edição de imagens baseados em camadas para o reino da música. Toda esta flexibilidade significa que podemos utilizar o Rosegarden como o centro de um poderoso estúdio de gravação e também como uma solução definitiva para composição musical em ambiente Linux. 0.1 Sobre este manual Este guia é em parte um tutorial e em parte um manual. Aqui mostraremos todas as características mais significantes do Rosegarden e daremos sugestões sobre como utilizar estas ferramentas para que você consiga chegar aos seus objetivos musicais. Este guia está organizado para ser lido desde o início até o fim, e proceder através das ferramentas do Rosegarden janela por janela de um modo lógico. Caso deseje ir diretamente a um tópico específico, o índice de conteúdo está completo e a versão WEB está totalmente hyperlinkada.

Rosegarden - Manual

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manual de uso do rosegardem, software livre para notação musical e produção de audi e midi

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Guia de Operação - Rosegarden

IntroduçãoO Rosegarden-4, que chamaremos daqui para frente simplesmente de Rosegarden, é uma ferramenta versátil de código aberto para criação musical. Combina aspectos de um seqüenciador MIDI, seqüenciador de áudio digital e criação de partituras, tudo em um pacote muito fácil de usar, porém, poderoso, que provê aos usuários uma interface consistente e muito intuitiva.O Rosegarden torna-se assim um dos mais poderosos e flexíveis subsistemas disponíveis para Linux. Em operações MIDI, o Rosegarden emprega a infra-estrutura do seqüenciador MIDI ALSA (Arquitetura de Som Avançada para Linux). Para rotear MIDI entrantes e de saída, pode gravar em qualquer número de entradas que estejam disponíveis simultaneamente, e os eventos de saída podem ser roteados para milhares de clientes MIDI.

Para gravação e reprodução de áudio digital, o Rosegarden é uma das numerosas aplicações que fazem uso do Kit de Conexão de Áudio Jack (JACK), um servidor de áudio de baixíssima latência desenvolvido do zero para atender as necessidades de produções musicais profissionais. Com o JACK, o Rosegarden pode aplicar plugins LADSPA (Linux Audio Developer's Simple Plugin API) até reproduzir streams de áudio em tempo real, com um número enorme de efeitos que vão de equalizadores a reverbs, e, eventualmente, qualquer plug-in que seja aplicado pelo meio do caminho. Estes plug-ins podem ser postos em camadas, uns sobre os outros, para dessa forma tornar sem limites a aplicação destes efeitos.

Cobrindo o vazio existente entre estas duas tecnologias, o Rosegarden é o primeiro seqüenciador MIDI que emprega a nova arquitetura de plug-ins DSSI (Disposable Soft Synth Interface = Interface de Síntese por Soft Disponível, ou melhor, sintetizadores virtuais). Os eventos MIDI são roteados através do ALSA até os plug-ins de síntese DSSI, e o áudio produzido por estes plug-ins é dirigido de volta através de plug-ins LADSPA e deste até o JACK.

O Rosegarden possui três modos de visualização, edição e entrada de eventos MIDI, incluindo o poderoso editor de partituras que possui características que normalmente não são encontradas em outros seqüenciadores MIDI. Por baixo destes três editores, o Rosegarden traz um mecanismo baseado em segmentos para organizar blocos de dados de áudio e MIDI de forma que brinda com o potencial de um programa de edição de imagens baseados em camadas para o reino da música.

Toda esta flexibilidade significa que podemos utilizar o Rosegarden como o centro de um poderoso estúdio de gravação e também como uma solução definitiva para composição musical em ambiente Linux.

0.1 Sobre este manual

Este guia é em parte um tutorial e em parte um manual. Aqui mostraremos todas as características mais significantes do Rosegarden e daremos sugestões sobre como utilizar estas ferramentas para que você consiga chegar aos seus objetivos musicais.

Este guia está organizado para ser lido desde o início até o fim, e proceder através das ferramentas do Rosegarden janela por janela de um modo lógico. Caso deseje ir diretamente a um tópico específico, o índice de conteúdo está completo e a versão WEB está totalmente hyperlinkada.

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Cada capítulo está dividido em duas partes. A primeira metade detalha o modo de utilizar os vários controles para manipular os dados de alguma forma. A outra metade enfoca em demonstrar como utilizar estes controles para alcançar os objetivos musicais comuns.

As opções de menu e as referências para diálogos então em negrito, com setas indicando a progressão através dos diversos menus. Por exemplo, se dizemos utilizar: File -> Import -> Import MIDI File, isto significa que devemos começar no menu File, encontrar a opção Import nesse menu e esperar até que o submenu se abra, para daí clicar em Imput MIDI File.

0.2 Versão e requisitos de sistema

Este manual descreve o Rosegarden-4, a última versão disponível. Algumas distribuições continuam trazendo o Rosegarden-2, que foi atualizado pela última vez em 1997. O Rosegarden-4 é uma aplicação KDE completamente atual, a versão 1 foi liberada em 2004.

O novo Rosegarden é uma aplicação nativa KDE que pode ser executada em qualquer sistema que possua instalado as bibliotecas KDE e QT, e atualmente requer como mínimo o KDE/QT 3.1 para funcionar. O Rosegarden depende de certo número de bibliotecas e características de arquitetura que atualmente somente é encontrado no sistema operacional Linux. Alguns poucos audazes estão tentando portá-lo para FreeBSD e OS-X, mas até o momento, ninguém conseguiu êxito, e portanto o Rosegarden segue, efetivamente, uma aplicação somente para ambiente Linux.

O Rosegarden precisa realmente de muitas bibliotecas novas para que todos os seus recursos funcionem corretamente. Os plug-ins de Synth especialmente requerem uma biblioteca que até o momento não vem em muitas das distribuições Linux. Caso algo que aqui esteja documentado pareça não existir, peça ao mantenedor de pacotes de sua distribuição que tome as bibliotecas necessárias e compile o Rosegarden com elas.

Versão do Linux

Quanto mais recente for a sua distribuição melhor. O Rosegarden e muitas aplicações relacionadas e interdependentes são todas muito novas. Nós o aconselhamos que corra atrás realmente da última versão da distribuição que você escolheu, no mínimo. Além disso, sugerimos que uma distribuição com especial ênfase para áudio em Linux, como AGNULA ou Planet CCRMA são de grande valia. O áudio no Linux é uma área em franco desenvolvimento atualmente, e estas distribuições especiais buscam exatamente transformar o seu PC em uma

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verdadeira estação de trabalho de áudio digital e produção musical.

0.2.1 Equipamento e software requeridoMuita gente está usando o Rosegarden com bastante êxito em hardware obsoleto e lento. Mas não é necessário dizer que quanto mais rápido for seu computador e mais memória RAM ele tiver melhor serão os resultados. A seguir apresentamos um pequena lista de requisitos básicos para satisfazer o que o Rosegarden precisa. Para gravação MIDI:

• Um teclado MIDI, guitarra MIDI ou qualquer outro dispositivo, também com:

• uma interface de hardware MIDI bem configurada e que seja suportada pelo protocolo ALSA:

• Uma porta MIDI joystick na placa de som e/ou

• Uma placa MIDI dedicada, e/ou

• Uma interface MIDI USB

• Ou um teclado virtual como vkeybd

Para reprodução MIDI:

• Uma placa de som ou interface MIDI configurada apropriadamente e compatível com o protocolo ALSA, e

• Um dispositivo MIDI externo como um teclado ou módulo de som, e/ou

• Um sintetizador de hardware suportado por ALSA, como a Sound Blaster Live! (emu10k1) e seus descendentes, com soundfonts carregados nela, e/ou

• Um softsynth ALSA, como QSynth com soundfont apropriado carregado na(saída de áudio via ALSA, o preferencialmente, JACK), e/ou

• Um plug-in sintetizador DSSI como FluidSynth DSSI, com soundfont carregado, e/ou um plugin Xsynth-DSSI (necessário soundfont analog synth) e ambos requerem um servidor JACK para a saída de áudio.

Para gravação de áudio:

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• Um servidor JACK apropriadamente configurado, e

• Uma placa de som compatível com JACK, e

• Um microfone ou um ou mais dispositivos capazes de produzir sons e de serem conectados na entrada apropriada da placa de som, e

• bastante espaço livre em disco.

Para reprodução de áudio:

• Um servidor JACK adequadamente configurado, e

• Uma placa de som compatível com JACK

2 Visão Geral

Quando abrirmos o Rosegarden nos é apresentada sua janela principal. Nela é apresentada uma visão geral do trabalho de sequenciamento, e será o ambiente onde controlaremos a maioria das configurações (settings) e parâmetros.

2.1 A janela Principal (Main Window)

O arquivo do Rosegarden é chamado de composição. A janela principal está dedicada principalmente à edição em nível de composição. Aqui também é o local onde nomeamos as trilhas (tracks) e atribuímos instrumentos, criamos e manipulamos trechos ou segmentos, e conseguimos ver o projeto como um todo além de reproduzi-lo. (Mais à frente explicaremos os conceitos com mais detalhes). Nesta janela também configuramos os parâmetros de segmentos como label (nome) e cores. As configurações de andamento e compasso (time signature) estão em nível de composição e podem ser editadas utilizando-se a régua de tempo (tempo ruler).

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2.2 Barras de ferramentas especiais

Uma das primeiras coisas que notamos no Rosegarden é que existem muitas barras de ferramentas dispostas acima da janela principal. Estas barras somadas ao controles standard compartilhados pela maioria das aplicações KDE, ...

... existem muitas barras específicas do Rosegarden. Poderemos utilizar várias ferramentas para selecionar e manipular segmentos a partir da barra de ferramentas Tools (Select, Move, Resize, New, Erase, Split) (Selecionar, Mover, Alterar tamanho, Apagar, Dividir), ...

... um subgrupo de ferramentas de controle (Transport Tools) disponíveis na barra de ferramentas Transport (não visível por padrão), ...

... as trilhas podem ser adicionadas, deletadas, ou movidas através dos botões da barra de ferramentas Tracks, ...

... e uma vez que um segmento tenha sido criado poderemos usar a barra de ferramentas Editors para abri-lo em um dos três editores disponíveis. Também encontraremos ícones no quantizador (Quantizer), o diálogo de configuração Studio, o administrador de plugins Synth Plugim manager, o administrador de arquivos de áudio e os mixers de MIDI e áudio.

Ao final de tudo isso encontramos o Zoom Slider, que utilizado para alterar a ampliação da forma de visualização dos segmentos (Segment Canvas):

2.3 A Lista de trilhas (Track List)

O Rosegarden é um seqüenciador baseado em trilhas. Cada entrada na lista de trilhas é uma trilha separada que pode ter configurações individuais para diferentes parâmetros. Cada trilha possui um rótulo (Label), um endereço de saída, e pode ser usada para gravar, reproduzir e administrar tanto dados de MIDI como de áudio, porém nunca ambos.

2.3.1 Instrumento vs. Nome

A lista de trilhas pode ser configurada para apresentar o nome que foi designado para a trilha, como o nome do instrumento a qual está conectada. Este comportamento é alterado com o comando Settings -> Show Track Labels. Explicaremos mais tarde isso em Administrando os Parâmetros do Instrumento.

Aqui vemos como os endereçamentos de instrumentos são apresentados na lista de trilhas. Neste exemplo as pistas estão configuradas para reproduzir usando os instrumentos #1 e #2,

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respectivamente no dispositivo "Roland SC-33".

2.3.2 Os LEDs das Trilhas

Aqui vemos os rótulos. Uma trilha, todavia, não foi nomeada, sendo assim permanece com o nome "<untitled>" (sem título).

Cada trilha possui dois LEDs. O azul é usado para mutar a trilha. Caso o LED azul esteja aceso, a trilha será ouvida enquanto durar a reprodução. Todos os LEDs azuis podem ser ligados/desligados am mesmo tempo com o comando Tracks -> Mute All e -> Un-Mute All.

O LED vermelho é utilizado para indicar que a trilha afetada está configurada como destino para uma determinada gravação.

DICA: os LEDs de mutar podem ser também usados para controlar quais trilhas serão incluídas quando exportamos a composição para um outro formato qualquer. As trilhas mutadas serão ignoradas durante a exportação, no entanto isto pode variar de acordo com o método de exportação selecionado.

2.3.3 Alterando o nome da trilha

Para alterar o nome da trilha, clique-duplo no rótulo. Um diálogo será apresentado permitindo o ingresso do novo nome.

2.3.4 Adicionando, Removendo, e Movendo as trilhas

As ferramentas localizadas na barra de ferramentas Tracks podem ser usadas para mover trilhas para cima e para baixo, para removê-las, ou para criar novas trilhas. Não é possível copiar uma trilha inteira.

2.4 Os segmentos e seus parâmetros

As composições no Rosegarden são constituídas de segmentos, e editar ao nível de

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composição inclui o fato de arrastá-los e reorganizá-los entre as diferentes trilhas. Os segmentos são repositórios universais que podem conter tanto eventos MIDI como eventos de áudio. São bastante similares as camadas de um programa de edição de imagens como o GIMP. Podem ser cortados, colados, divididos, recombinados, sobrepostos e reorganizados, sendo muito flexíveis. Embora existam, obviamente, algumas diferenças no modo em que os segmentos de MIDI de áudio se comportam, eles podem ser manipulados quase que exatamente do mesmo modo dentro da composição. As únicas limitações são que os segmentos de MIDI e de áudio não podem conviver na mesma trilha, e que os segmentos de áudio não podem ser alterados em seu tamanho.

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2.4.1 Criando novos segmentos

Podemos começar gravando (áudio ou MIDI) para criar um segmento, entraremos mais a fundo nisso mais tarde. Por enquanto, por que não desenhar (criar manualmente) um?

Utilizamos a ferramenta para criar um novo segmento. Clicamos e arrastamos pela duração desejada:

Agora que um segmento existe, podemos abrí-lo com um dos três editores. Voltaremos a esse passo mais tarde.

2.4.2 Movendo e Copiando

Usamos o cursor para selecionar um segmento:

Arrastá-lo para uma nova trilha:

Mantendo a tecla ctrl pressionada enquanto arrastamos criaremos uma cópia:

2.4.3 Dividindo e Juntando

Usamos o cursor para dividir um dos segmentos, logo o cursor é alterado para e

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arrastamos um dos pedaços de forma que se sobreponha ao segmento da outra trilha. Por padrão, este se moverá pelo espaço de tempo de semibreves entre os compassos, no entanto podemos evitar este comportamento simplesmente pressionando a tecla shift enquanto arrastamos o pedaço do segmento.

Selecionar o menor dos segmentos pode ser às vezes um pouco complicado, mas uma vez feito, podemos poderemos usar o comando Segments -> Joim para combinar vários segmentos em um só, da mesma forma como fazemos em um programa gráfico.

Também podemos mixar eventos MIDI de diferentes trailhas em um só segmento. Dessa forma os eventos serão combinados e mixados em um segmento na trilha que estiver atualmente ativa.

Os segmentos de áudio podem ser divididos, mas não podem ter os seus tamanhos alterados, ou unidos ou mixados. Caso divida um segmento de áudio, você poderá desfazer esta operação de forma a revertê-lo ao seu estado original, no entanto, não poderá, por exemplo, corta o meio e juntar os extremos. Nem tão pouco poderá mixar dois segmentos de áudio em um só, e obviamente também não poderá mixar segmentos de MIDI e áudio.

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2.4.3.1 Dividir por tonalidade

Caso possua um segmento em que as partes de baixo e agudos estejam juntos, talvez seja necessário dividir este segmento em dois no ponto DÓ da quinta oitava o por aí por perto. Você poderá usar o comando Segments -> Split and Joim -> Split by Pitch e efetuar as seleções para o ponto de divisão (split point), clave (clef handling), etc. A partir do diálogo que foi apresentado. Por padrão, esta característica, tenta dividir o segmento de forma inteligente, então, dessa forma, você poderá, com sorte, evitar as complicações que são inerentes quando possuímos notas agudas na parte de um baixo e vice versa.

Uma vez divididos os dois segmentos, estes ficarão sobrepostos exatamente na mesma trilha. É impossível selecionar um segmento que se esconde completamente debaixo de um outro, logo será uma necessário mover uma das metades para uma trilha diferente.

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2.4.4 Pré-visualização de Segmentos

Podemos ter uma idéia acerca do que representa um pedaço da música simplesmente olhando o display de segmento, o que é uma útil ajuda quando arrastamos objetos. Caso esta característica não esteja ativada, use o comando Settings -> Segment Previews. Dessa forma um Piano Roll em miniatura para os segmentos MIDI e um gráfico das formas de onda dos segmentos de áudio.

2.4.5 Segment Parameters (Os parâmetros dos segmentos)

Cada segmento pode ter um único rótulo e uma única cor. Neste exemplo, foi selecionada a cor mais óbvia para utilizar na parte do instrumento French horn, mas as cores são completamente configuráveis pelo usuário, pois estes valores por padrão são são apenas sugestões. Explicaremos no capítulo Estúdio como configurar as cores.

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2.4.6 Repetições

Cada segmento pode ser repetido. Este repetição se dará até o final do documento, ou até que outro segmento seja encontrado na trilha. As repetições são mostradas entre símbolos de repetição (retornelos) (|: :|) no editor de partituras.

Podemos converter todas as repetições em cópias de um só passo com o comando Segments -> Turm Repeats into Copies, ou podemos converter repetições individuais em cópias clicando nos retângulos coloridos.

2.4.7 Quantizador de segmentos

Alterando a configuração neste diálogo, imediatamente quantizaremos todas as notas neste segmento de acordo com as posições de grade configuradas. Moveremos os pontos iniciais para frente ou para trás para alinhá-los com o pulso mais próximo da resolução desejada. As durações das notas de forma nenhuma serão alteradas.

2.4.8 Transportando Instrumentos

Caso desejemos escrever partituras para transportar instrumentos, podemos introduzir um parâmetro e transposição dentro do diálogo Transpose . Isto fará com que a arte seja reproduzida em uma faixa diferente do que está escrito. Uma partitura de trompete em Sib deverá ter então -2 configurado aqui. Cobriremos este tópico com mais profundidade posteriormente no capítulo dedicado à Escritura de Partituras.

2.4.9 Delay

O parâmetro Delay nos permite alterar o tempo caso um segmento esteja fora de sincronismo. Isto é útil em vários casos, e é especialmente incrível transformando um arquivo MIDI interpretado para simular um concerto de banda de escola secundária.

2.5 Movendo-se dentro da composição

Caso você tenha seguido todos os passos deste manual até aqui, você não terá nada para reproduzir. Então este é o momento para carregar algum dos arquivos exemplos a partir da biblioteca do Rosegarden. Na primeira vez que utilizar o menu File -> Open, você deverá ver a biblioteca. Caso contrário, haverá um ícone na barra de acessos diretos para que você se dirija a estes arquivos.

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2.5.1 O Cursor de Reprodução

Perceba que existe uma barra vertical azul através dos segmentos. Esta barra é o cursor de reprodução, enquanto se movimenta ouvimos os segmentos por onde ela está passando.

Não podemos movê-lo diretamente, mas podemos posicioná-lo em qualquer ponto na composição bastando para isso clicar no ponto na régua cinza escura que se apresenta acima da área de segmentos, ou podemos usar o Transporte (control).

2.5.2 Loops

Podemos criar loops de um trecho da composição. Selecionamos um trecho para loop mantendo a tecla Shift pressionada enquanto clicamos na régua cinza, ao arrastar o trecho fica na cor branca.

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2.5.3 O Transporte

Devemos possuir uma janela Transporte separada e flutuando, como esta. Caso não esteja visível, ative-a com o comando Settings -> Show Transport.

Acreditamos que não é necessário explicar o que cada um dos botões faz, pois esta barra transporte é semelhante a qualquer barra transporte de qualquer programa seqüenciador. Mas se você nõ sabe o que cada um destes botões faz basta posicionar o ponteiro do mouse sobre cada um dos botões que automaticamente aparecerá um texto exsplicativo.

O botão altera-se entre vários modos de display, incluindo um metrônomo visual que se acende a cada pulso.

Os botões panic, metronome, e solo requerem menções especiais.

Caso não estejam sendo mostrados, ative-os clicando em .

O botão panic deterá qualquer instrumento que tenha parado de trabalhar normalmente por qualquer razão (o que acontece muito quando o sintetizador perde o segmento do estado do controlador sustain).

O metrônomo faz o que se espera dele. Podemos ligar o metrônomo durante uma reprodução normal, da mesma forma que durante uma gravação, e é uma ferramenta muito útil para se usar quando se está treinando através de uma reprodução. Para configurá-lo basta efetuar o comando Compositiom -> Studio -> Manage Metronome.

O botão solo força ao Transporte reproduzir somente a trilha que esteja selecionada atualmente, independentemente se está mutada ou não. (Para solar mais de uma trilha ao mesmo tempo, necessitaremos configurar o Mute para as trilhas individualmente, ou usar o comando Tracks -> Mute All Tracks e depois des-mutar as trilhas que desejamos).

O botao loop faz com que o Transporte repita o trecho definido na régua.

2.6 Andamento e Tempo

Como já foi mencionado, o compasso e o andamento são globais para toda a composição. Falaremos como manipular estes parâmetros no Capítulo 7, por enquanto você poderá manipular ambos intuitivamente, ainda mais se você for músico, pois são conceitos primordiais.

A régua de Tempo altera de cor para indicar alterações de andamento. Quando uma alteração ocorre, o andamento é mostrado através da metade superior da régua, e o compasso se apresenta na parte inferior. Caso cliquemos-duplo nesta régua aparecerá o editor de andamento e o de compasso.

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2.6.1 Novo Andamento

Para agregar um novo andamento clique no ícone , o diálogo Insert Tempo Change será apresentado:

Por padrão, os novos eventos que forem adicionados serão inseridos na posição em que foi clicado para abrir o editor de Tempo e Armadura de Compasso. Podemos alterar isto ajustando "Time of tempo change" caso seja necessário.

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2.6.2 Nova configuração de compasso

Clique no ícone para que o diálogo Time Signature seja apresentado:

Podemos visualizar o compasso no modo cut ou commom time, e também ocultá-lo. Normalmente devemos deixar sempre ativada a opção "Correct the durations of the following measures" (corrigir as durações dos compassos seguintes), a não ser que você possua uma boa razão para não fazê-lo.

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2.7 Marcadores do Documento

Os marcadores são eventos especiais que são utilizados para marcar trechos ou passagens particulares na música à nível de composição . Aparecem na régua e podem ser editados a partir do comando Compositiom -> Edit Markers... Com este comando se convoca o editor de marcadores. Aqui criamos um par de exemplos. A coluna "Marker Name" (nome do marcador) aparece na régua e a coluna "Marker description" serve para propósitos descritivos do compositor somente.

2.7.1 O diálogo Manage Markers (Administrador de marcadores)

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2.7.2 Criando um novo marcador

Clique no botão Add para criar um novo marcador. Será apresentado um marcador vazio na lista.

Para editá-lo, ou para editar um marcador já existente, clique-duplo no respectivo marcador. Aparecerá um editor como o mostrado abaixo que permite configurar o nome e a descrição, além de determinar a posição em que o marcador será apresentado.

NOTA: Os marcadores não podem ser arrastados ou editados de outra maneira a partir da régua. Devem ser posicionados e editados a partir destes dois diálogos usando os controles que são apresentados.

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2.7.3 Marcadores posicionados

Após fechar o diálogo, os marcadores que foram criados aparecerão na régua nas posições determinadas.

2.8 Miscelânea

Existem umas poucas características na janela principal que não cabem em nenhum outro lugar, mas que necessitam especial menção.

2.8.1 Importanto e mixando outras composições

Existem muitas opções disponíveis para importar e mixar material a partir de outras fontes. No menu File -> Import, podemos importar arquivos MIDI standard (*.mid) e arquivos Hydrogem (*.h2song). No menu File -> Merge, podemos mixar estas e outras fontes de dados (incluindo arquivos de composição nativos do Rosegarden (*.rg)) na composição existente.

2.8.2 Autosave (Salvamento Automático)

Caso aconteça um corte de energia ou algum outro tipo de interrupção anormal, na próxima vez que o Rosegarden for iniciado e carregarmos o arquivo que estava trabalhando anteriormente, teremos a opção de carregar, ao invés deste, o arquivo que foi salvo automaticamente (autosave). Caso o arquivo não tenha sido salvo anteriormente, o encontraremos no diretório ~/autosave como nome padrão: "untitled."

O intervalo de tempo para salvamento automático é por padrão 60 segundos. Configuramos este intervalo no menu Settings. Caso percebamos que o Rosegarden está roubando muita capacidade de processamento da CPU, sem nenhuma razão aparente, pode ser que seja a função autosave, sendo assim, podermos aumentar o intervalo de tempo ou desativar completamente esta característica.

3 O Studio

Agora que você já possui uma idéia geral sobre como funciona o Rosegarden, será um bom momento para informar ao Rosegarden alguma coisa sobre o equipamento MIDI que você pretende usar. Caso você não queira trabalha com MIDI no Rosegarden pode pular este capítulo.

Antes de iniciarmos, talvez seja necessário apresentar algumas informações básicas entendendo certos conceitos para podermos depois nos aprofundar neste assunto. Caso você seja um novato em MIDI, ou algo abordado neste capítulo lhe traga mais confusão do que compreensão leia o ABC do MIDI no Apêndice A deste manual.

3.1 O que é um Studio?

Cada arquivo de composição nativo do Rosegarden (.rg) possui uma definição de Estúdio em adição a todos os outros eventos de música. O Estúdio é uma definição de cada dispositivo MIDI que o Rosegarden pode detectar no transcurso da edição de uma composição. (Tudo o que já estava instalado, mais qualquer outro dispositivo que tenha sido incluído no setup durante o curso da edição).

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3.1.1 O que é uma conexão?

O Rosegarden possui um roteador MIDI integrado, este roteador administra o fluxo de eventos MIDI em estado puro para dentro e fora das portas pela infra-estrutura ALSA subjacente. Podemos compará-lo com um dispositivo que compartilha uma conexão de banda larga para vários computadores. Diferente da ethernet, o protocolo MIDI não é bidirecional sobre o mesmo cabo. Em conseqüência disso, todas as conexões no Rosegarden são unidirecionais; mesmo se ambas as conexões pertençam à mesma peça física de hardware. As conexões serão apresentadas como "read," "write," ou "duplex." Neste diagrama as conexões são representadas por setas pretas que apontam na direção dos dados que fluem através delas. O roteador MIDI do Rosegarden no permite arranjar estas conexões conforme for necessário, de forma a alterar o que está conectado e onde está conectado.

3.1.2 O que é um Dispositivo?

Um dispositivo é um tipo de modelo virtual virtual de uma peça individual de um equipamento MIDI. Equipamento, neste sentido, poderá ser um completo hardware MIDI externo, hardware interno como a Sound Blaster, ou hardware virtual como o QSynth ou o vkeybd. Cada dispositivo encapsula informação sobre as capacidades de um equipamento, e permite fazer uso dessas capacidades a partir do Rosegarden. De fato, quanto melhor seja o seu trabalho descrevendo um dispositivo em particular no Rosegarden, maior será o controle que você terá sobre esse dispositivo.

Por exemplo, caso você possua um bom teclado conectado no seu computador PC que aceite definição padrão de dispositivo General MIDI que acompanha o Rosegarden, você não estará capacitado para fazer uso de qualquer característica avançada do teclado a partir do Rosegarden até que seja configurada a definição de dispositivo de uma forma mais exata. Por outro lado, informar ao Rosegarden que possui um Roland JV-88 também não resolverá o problema, e caso você enderece qualquer instrumento a programas que não estão atualmente disponíveis no equipamento conectado, você não ouvirá som algum. (Mais sobre Instrumentos no próximo capítulo).

Um dispositivo como o seguinte, é típico tanto como de Qsynth como de uma SB Live! Após carregar um soundfont simples. Possui um set básico de controladores (que dependem das capacidades tanto do Qsynth como da SB Live!, os quais suportam um limitado número de controladores, e atualmente não possuem nada a ver com o soundfont em si mesmo), um set de programas General MIDI standard carregado no banco 0 0, e um set de kits de percussão extra estilo Roland GS, carregados no banco 10.

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3.1.3 Unindo conexões e dispositivos

Um Studio pde ser constituído de um só dispositivo, e talvez esta seja a configuração mais complexa que você possa vir a utilizar. O poder real tem a ver com a habilidade do Rosegarden para administrar numerosos dispositivos simultaneamente. Um Studio é, de fato, uma coleção de descrições de dispositivos e uma tabela de direcionamento assegurando que os dispositivos corretos estejam conectados ao equipamento MIDI correto do outro lado.

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3.1.3.1 Um Studio simples para Sound Blaster Live!

Apesar de ser um hardware simples e barato é possível ter mais de um dispositivo para administrar na Sound Blaster Live! Esta placa possui quatro conexões In (write) disponíveis de forma independente (atualmente, possui cinco conexões In (write), uma vez que traz consigo uma porta MIDI dupla exterior, mas isto não será descrito aqui). Todas elas compartilham o mesmo soundfont do lado do hardware, mas o Rosegarden não saberá disso até que você configure o Studio dessa maneira, carregando programas a partir do soundfont dentro de cada um dos quatro dispositivos de reprodução (daqui a pouco falaremos disso).

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3.1.3.2 Um típico Studio com QSynth

Outra configuração simples inclui um Qsynth para reproduzir MIDI e vkeybd como entrada. Podemos iniciar qualquer um deles logo após iniciar o Rosegarden, este os detectará e fará as conexões disponíveis de reprodução e gravação, incluindo um dispositivo de reprodução vazio.

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3.1.3.3 Um Studio mais complexo

QSynth, Hydrogen, e ZynAddSubFX rodando, acompanhados de um Roland Sound Canvas e uma placa Sound Blaster Live!. Um pouco complexo no papel, e seria pior se colocássemos aqui cada banco de variações GS, enquanto o mesmo Soundfont aparece carregado tanto na SB e no Qsynth, não é necessarimente a mesma coisa. Esta configuração apesar de ser complexa é muito simples de usar no dia a dia. E o Rosegarden torna as coisas ainda mais fáceis.

Considere que aqui não possuímos controladores para a SB Live!, para o Qsynth, e para o teclado Roland ("External MIDI GS Synth"), mas não possuímos nenhum controlador definido para o Hydrogen ou ZynAddSubFX. Isto se deve ao fato de que, até onde sabemos, nenhum desses softsynths podem fazer alguma coisa através de controladores. Ambos possuem seus próprios painéis de controle que devem ser ajustados manualmente, e isto não pode ser controlado automaticamente a partir do Rosegarden.

3.2 Como configurar o Studio?

O primeiro passo neste processo é abrir o diálogo principal através do comando Composition

-> Studio -> Manage MIDI Devices ou clicando no ícone .

Um diálogo similar a este será apresentado, desde que tenha sido totalmente configurado para

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funcionar em um Studio como o nosso. Este diálogo está dividido em duas seções; uma para dispositivos de reprodução e outra para dispositivos de gravação e suas conexões associadas. Também e nos apresenta como cada um dos dispositivos está conectado a dispositivos internos, externos, e softsynths. Neste exemplo, possuímos um dispositivo chamado "Roland SC-33" conectado ao "64:0 EMU101K MPU-401 (UART) (duplex)" e quatro dispositivos "SB Live (?)" conectados a partir do 65:0 até 65:3, que representam as quatro portas de saída da SB Live!, com suas conexões de gravação (write) associadas. Também possuímos três lugares reservados para softsynths, chamados "Soft Synth 1" até "Soft Synth 3", um dos quais está atualmente conectado ao KAMix, que é um mixer ALSA que funciona como cliente e pode ser controlado via MIDI. Estes são os dispositivos vazios que foram criados com o botão New.

3.2.1 Conexões

A realidade do roteador MIDI do Rosegarden é um pouco menos científica que o diagrama apresentado anteriormente. Aqui apresentamos o mesmo diagrama com os números de portas ALSA incluídos.

NOTA: O diagrama não representa exatamente o mesmo conjunto de dispositivos e conexões descritos na figura do diálogo que apresentamos acima.

Agora você deverá estar perguntando sobre estes nomes e números estranhos. O ALSA endereça números às portas em três faixas. 64: significa que é uma porta MIDI externa na primeira placa de som, que pode ser conectada a um teclado MIDI, módulo de som, ou qualquer coisa que produza sons, através de algum tipo de cabo. 65: significa que é uma porta virtual com um sintetizador interno suportado como o da SB Live!. Sintetizadores por software como Hydrogen, ZynAddSubFX e similares tomarão números no momento em que forem

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iniciados, começando em 128:. Somado ao número, a maioria destes, terão algum tipo de texto descritivo, como por exemplo "Emu10k1 Port 0 (write)." Estes nomes são proporcionados pelo driver do kernel, e nem sempre tem muito sentido. Devido a este fato o Rosegarden permite a nomeação dos dispositivos de uma forma mais adequada.

3.2.2 Dispositivos de Gravação

São dispositivos de gravação os teclados MIDI, teclados virtuais, guitarras MIDI, e etc. Como os dispositivos de gravação são muito menos complicados, falaremos deles primeiro. Com um dispositivo de gravação, não haverá nenhuma necessidade de descrever. A única coisa que o Rosegarden pode fazer é ler ou não dados provenientes deste. Você poderá nomear caso deseje, mas a seção Dispositivos de Gravação deste diálogo será o único lugar onde os nomes serão vistos.

O Rosegarden pode gravar simultaneamente a partir de qualquer número de entradas. Ele criará um dispositivo de gravação para cada conexão de leitura (read) que detectar. Cada um deles pode ser configurado para ser um dispositivo de gravação ativo clicando-se na opção associada. O Rosegarden mantem um registro sobre a portas a partir da qual vem os dados gravados, e sobre de qual canal foi utilizado para transmitir os dados, mas não faz nada atualmente com esta informação.

Neste exemplo, possuímos um dispositivo de gravação por hardware e um dispositivo de gravação por software. Estes dispositivos foram criados espontaneamente quando o Rosegarden detectou as conexões de leitura duplex e virtuais associadas. Marcamos ambas como "Actual" e por isso podemos gravar eventos a partir de qualquer dos dois canais ao mesmo tempo, ou a partir de um deles somente.

NOTA: O Rosegarden nem sempre seleciona automaticamente um dispositivo de gravação como Current. Caso você possua um teclado ou algo similar e o Rosegarden não esteja gravando nada, este diálogo é o primeiro lugar a ser visto para solucionar o problema.

3.2.3 Dispositivos de reprodução

Nos dispositivos de reprodução é encontrada toda a diversão e toda a complexidade. Como já mencionado, estes poderão ser teclados MIDI, módulos de sons, sintetizadores por software, samplers, e qualquer coisa que possa aceitar uma entrada MIDI, como por exemplo, o KAMix. (Os plugins sintetizadores são um pouco diferentes. Existe somente um dispositivo plugin Synth ao qual qualquer e todos os plugins são conectados, e não é um dispositivo MIDI de reprodução. Falaremos deles no próximo capítulo).

3.2.3.1 O caminho fácil (usar somente General MIDI)

Caso você possua somente um dispositivo de reprodução, e este utilize somente instrumentos General MIDI, provavelmente ele estará pronto para uso. Caso inicie o Rosegarden sem abrir nenhum arquivo, o Rosegarden abre um documento em branco por padrão, chamado autoload.rg. Inicialmente, este é documento de sistema padrão que foi instalado com o Rosegarden. Um set básico de instrumentos (patches) e controladores General MIDI será carregado, e a saída deste dispositivo será endereçada à primeira conexão de reprodução disponível. O dispositivo que aparece primeiro na lista é sempre o dispositivo padrão.

Tipicamente esta conexão de reprodução endereçará o destino correto dos dados MIDI. Portanto, tudo o que é necessário fazer é ajustar a tabela de direcionamento introduzindo as

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conexões apropriadas dentro das caixas de seleção das opções. Por exemplo, caso o Rosegarden dirija a saída para 64:0 (duplex) e você não possua nenhuma equipamento externo conectado ao computador, você deverá alterar para 65:0 ou algo como 128:0, conforme for apropriado.

3.2.3.2 O caminho mais difícil (carregando definições de dispositivo a partir da biblioteca)

Caso você possua necessidade além do uso de apenas um dispositivo General MIDI, você necessitará utilizar o editor de bancos. Para carregar ou criar um dispositivo, clique no botão Banks... para abrir o diálogo de edição de bancos.

Neste exemplo, você pode notar que importamos alguns programas soundfonts utilizados na SB Live!, e nomeamos os quatro dispositivos "SB Live! (1)" até "SB Live! (4)" simplesmente por pura conveniência. Este soundfont possui programas (instrumentos) disponíveis em quatro bancos. A coluna LSB no está visível nesta figura, mas os nomes dos bancos nos informam a maior parte do que precisamos saber. O último foi nomeado como percussão para ser configurado em separado, pois é nele que o soundfont armazena os kits de percussão e bateria.

Você também pode perceber que selecionamos um dispositivo chamado "Soft Synth 2", e estamos apontando na lista vazia de programas que o modelo virtual do Rosegarden criou para este dispositivo. De forma diferente do equipamento MIDI externo e interno, o Rosegarden endereça conexões para softsynths na primeira vez em que estes aparecem, o primeiro serve de base, baseado na ordem em que preferimos que as aplicações sejam iniciadas. É muito fácil se confundir com o "Hydrogen" que atualmente está conectado ao QSynth. Achamos melhor dar-lhes nomes genéricos e endereçar as conexões manualmente conforme for necessário, isto porque trabalhamos iniciando os softsynths somente quando precisamos deles.

3.2.3.3 Carregando um dispositivo a partir da biblioteca

Caso você possua a biblioteca do Rosegarden, esta já possui um set de bancos e definições de programas para serem utilizados. Para comprovar se você possui ou não esta biblioteca, clique no botão Import... Inicialmente será apresentada uma lista com arquivos .rgd pertencentes à biblioteca, que foram instalados juntamente com o Rosegarden. Você pode importar bancos a

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partir de ambos os tipos de arquivos: composições Rosegarden (.rg) e dispositivos Rosegarden (.rgd). Caso não encontre nada apropriado, provavelmente você deverá começar do zero, como será explicado mais tarde.

3.2.3.4 Convertendo um SoundFont em um dispositivo

"Soft Synth 2", no exemplo acima, é uma placa baseada em soundfont ou um softsynth. O modo mais simples e exato para definir um modelo de dispositivo para um sintetizador deste tipo é carregar os bancos de nomes de programas diretamente a partir do próprio arquivo soundfont .sf2. Simplesmente configure o Filter como Soundfont e navegue até o lugar onde se encontra o soundfont que deve ser carregado no sintetizador.

NOTA: Definir um dispositivo com o método que consiste em carregar programas a partir do um soundfont não está relacionado de nenhuma forma com carregar este soundfont dentro da Sound Blaster ou dentro do Qsynth. Apenas estaremos lendo o diretório dentro do arquivo .sf2 que descreve o modo em que os samples estão organizados em bancos, e estamos importando esta informação de texto para dentro do Rosegarden. Este método economiza muito tempo e traz resultados rápidos e exatos.

3.2.3.5 Uma vez feita a seleção

Além de selecionar e carregar um dispositivo já disponível da biblioteca, ou ter carregado os programas a partir de um arquivo .sf2, você precisará tomar algumas decisões.

Caso o arquivo possua modelos de mais de um dispositivo você poderá escolher qual deseja importar. Também existem algumas várias opções sobre quais detalhes deseja importar, e se deseja adicionar novos bancos dentro dos já existentes ou substituí-los completamente.

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3.2.3.6 O caminho mais difícil: criando uma lista de programas a partir do zero

Caso nenhum dos modelos de dispositivo que se encontram na biblioteca seja adequado, e você não possa converter um um dispositivo os nomes de programas a partir de um soundfont, você necessitará criar seus próprios modelos. Você poderá utilizar um arquivo já existente na biblioteca como ponto de partida, ou poderá criar uma nova definição de dispositivo completamente a partir do zero.

3.2.3.6.1 Nomeando um dispositivo

Para evitar confusões, provavelmente você irá querer substituir o nome do dispositivo padrão do Rosegarden "Anonymous MIDI Device 3" por algum nome que tenha mais sentido. Simplesmente clique duplo no nome existente e nomeie da forma que mais lha aprouver.

Agora que o seu "Dispositivo Externo Anônimo” tenha sido nomeado como "Roland SC-33" (no nosso caso) ou com o nome do dispositivo que você possui, agregue uma descrição de seus programas e controladores disponíveis ao modelo do Rosegarden.

3.2.3.6.2 Para que nomear programas e controladores?

Dependendo das capacidades deste dispositivo, poderá não ter sentido definir nomes de alterações de programas. No entanto, caso o seu intuito seja em transmitir programas, alterações de banco, ou controladores para o equipamento – inclusive se você somente quiser utilizar números – será necessário definir alguns pontos por aqui. O modelo de equipamento incluirá somente o que for definido neste passo, e qualquer coisa que fique vazio não estará disponível para utilização. Se você não permitir ao Rosegarden saiba que o programa número 97 pode reproduzir algo, este nunca lhe permitirá configurar uma pista para usar esse número de programa.

3.2.3.6.3 Coletando informação

O objetivo aqui é possuir tanta informação sobre o equipamento como seja possível. Você deverá saber quais programas pode utilizar, e como são numerados os bancos. Caso não tenha nenhuma idéia sobre isso, tente carregar "raw-numbers.rgd" (números em bruto) a partir da biblioteca que foi criada como um modo de prover um lugar genérico para todos e para tudo com o objetivo de preencher as caixas de seleção e permitir que as alterações de programas sejam transmitidas.

3.2.3.6.4 Variações

Alguns equipamentos usam um método de ordenamento de programas dentro de bancos de tal modo que os programas no banco 0 0 são os instrumentos General MIDI standard, e os programas no restante dos bancos são variações desses instrumentos. O standard Roland GS é um clássico exemplo disto. Banco 0 0, programa 1 é Piano 1 e banco 0 8, programa 1, é Piano 1w. Com o objeto de facilitar, o Rosegarden oferece a possibilidade de apresentar programas em bancos secundários como variações. Você poderá selecionar isso, e mostrar a lista de variações baseada em valores LSB ou MSB.

3.2.3.6.5 A opção Percussion

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Finalmente, você se dará conta de que o Rosegarden somente permite um set de alterações de programas por cada banco. A exceção a esta regra e que você definir um set paralelo de alterações de programa caso a opção Percussion esteja ativada. Por exemplo, caso você possua um sintetizador que interpreta alterações de programa standard no banco 0 0 no canal 10 como kits de percussão (como por exemplo Roland GS) você poderá informar ao Rosegarden para usa-lo.

O processo é um pouco estranho. Primeiramente você terá que utilizar o botão Add para criar um banco novo e vazio. Este irá tomar um número diferente de 0 0 porque 0 0 já estará em uso. Marque a opção Percussion para este novo banco e após selecione os valores LSB e MSB em 0 0 e entre com os nomes dos kits de percussão como programas.

3.2.3.6.6 Inclua suas próprias descrições de dispositivo

Uma vez definidos os nomes para suas alterações de programa, você poderá guardar a definição de dispositivo no HD com o botão Export...

3.3 Controladores Personalizados

O Rosegarden deve criar alguns poucos e básicos controladores padrão. Caso você possua necessidades especiais, ou se algum destes controladores não funcionem no equipamento para o qual você está definindo o dispositivo, edite estas configurações padrão clicando no botão Events.

Caso o seu equipamento não possa utilizar nenhum destes controladores, apague-os. Caso existam alguns controladores perdidos, agregue-os um a um. Utilize o botão Add. Isto criará uma nova entrada utilizando valores padrão. Clique-duplo e será apresentado um diálogo similar ao da figura abaixo.

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A maioria destes parâmetros deve óbvia para você, pois são baseados nas necessidades particulares do equipamento que você está descrevendo, porém os dois últimos merecem uma atenção especial. O parâmetro de cor é a cor que terá a informação deste controlador no diálogo Parâmetros de Instrumento na janela principal, e o parâmetro de posição determina onde se mostrará este controlador, e como será posicionado em relação a os outros controladores.

3.4 Propriedades Padrão de um documento

Antes de converter este documento em padrão, provavelmente você irá querer dar uma vista geral em suas configurações. Estas configurações não fazem parte especificamente do Studio, mas são armazenadas no arquivo autoload.rg, e qualquer documento novo que for criado começará com estas propriedades padrão. Para edita-las utilize Composition -> Edit Document Properties.

3.4.1 Cabeçalhos Lilypond

A aba About é iniciada com algumas propriedades padrão. Estas podem ser modificadas ou apagadas, e se pode agregar novas propriedades. Os quatro valores padrão serão transladados ao Lilypond no proceso de exportação. Caso queira outros textos em seus cabeçalhos do Lilypond, você os poderá agregar aqui criando novas propriedades com seus nomes apropriados, e após ligar a eles os seus textos especiais... Por exemplo, instrumento, dedicado, o poeta.

3.4.2 O Diretório Audio

Na aba Audio, podemos configurar um novo diretório para armazenar os arquivos de áudio. O

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Rosegarden usará esta pasta para gravar os novos arquivos. O Padrão é ~/rosegarden. Caso esta pasta não exista você não estará capacitado para gravar segmentos de áudio, então crie esta pasta ou configure o Rosegarden para gravar o áudio em outro lugar.

Mantenha o hábito de criar uma nova pasta para gravar áudio para cada documento que for criado, isto ajudará em muito na organização de seu trabalho.

3.4.3 Cores personalizadas

O Rosegarden pode colorir segmentos e controladores. As cores personalizadas são definidas neste lugar.

3.5 Salvando o seu Studio padrão.

Agora que você já possui o seu Studio todo configurado, torne-o o Studio padrão, e dessa maneira você poderá evitar ter que transitar por este caminho toda vez que iniciar uma nova composição.

O comando Composition -> Studio -> Save Current Document as Default Studio salvará o documento atual como o arquivo autoload.rg local. O que o tornará seu Studio padrão para todos os novos documentos que forem criados daqui por diante, no entanto esta configuração não efeito nenhum em arquivos que já foram criados anteriormente, ou em documentos que forem carregados a partir de outras fontes. O Sstudio pertence a cada composição individualmente.

Este Studio padrão é igual a qualquer arquivo .rg. o que significa que qualquer segmento, rótulo de pista, endereçamento de instrumento, etc., que possua o documento atual, serão gravados, e subsequentemente carregados cada vez que um novo documento seja criado.

4 Gerenciando Instrumentos

Vamos supor que queremos reproduzir uma determinada trilha em particular usando o som dulcimer ou, também, que temos uma trilha de áudio que esteja precisando de um pouco de equalização. Em qualquer dos dois casos, precisaremos de uma introdução ao conceito de instrumento. Os instrumentos são configurados no diálogo Instrument Parameters, e qualquer número de trilha pode ser endereçado para reproduzir através de um mesmo instrumento.

4.1 Instrumentos

O capítulo anterior apresentou o conceito de dispositivo, que não passa de uma construção que o Rosegarden usa para encapsular informação do que se encontra do outro lado de uma conexão de reprodução ou gravação, e fazer com que as capacidades deste equipamento estejam disponíveis para uso. Com o dispositivo em mãos estamos com o instrumento.

Cada dispositivo possui 16 instrumentos numerados de #1 até #16. Quando trabalhamos com dispositivos MIDI de reprodução, cada um destes instrumentos utiliza um canal de saída MIDI (o mesmo canal que o número do instrumento por padrão, desde que esta relação não tenha sido alterada), um endereçamento de banco/programa/variação, e qualquer controlador inicial que desejemos que afete o canal associado. Estes instrumentos nos permitem juntar até 16 coleções de programas/controladores por dispositivo e endereçar estas combinações a qualquer número de trilhas. Caso o seu servidor JACK esteja ligado e ativo, e caso você tenha compilado o Rosegarden adequadamente, você deverá ter ambos os dispositivos: Audio e Synth plugin, somados aos poucos ou muitos dispositivos MIDI que por ventura possua disponível. Cada um deles possuirá 16 instrumentos.

Quando trabalhamos com áudio e synth plugins, estes instrumentos cumprem o mesmo propósito que os canais MIDI, nos permitindo então configurar até 16 diferentes combinações de plugins LADSPA, configurações de volume, pan, programas (para synth plugins), e assim sucessivamente, para depois aplicar estas combinações em qualquer quantidade de trilhas diferentes.

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Vamos ilustrar este assunto com alguns diagramas que representam os três tipos de instrumentos comuns. Aqui apresentamos um exemplo de instrumento MIDI que reproduzirá usando o programa hammered dulcimer. Todas as trilhas que foram endereçadas para reproduzir através deste instrumento, reproduzirão utilizando a primeira porta de saída na SB Live!, programa 16 do banco 0 0, com volume inicial 100, e um volume de reverb inicial 97. Este instrumento se mostrará como "Sound Blaster Live! (1) #12 (Hammered Dulcimer)" no menu.

NOTA: Apesar do número do instrumento e do canal coincidir por padrão, é possível alterar esta relação. Isto será feito neste exemplo. O instrumento #12 será reproduzido no canal 6.

Este é um típico instrumento Synth Plugin. Seu som dependerá do Synth Plugin que utilizarmos, porém todas as trilhas endereçadas para reproduzir por este instrumento possuirão o mesmo som. Sua saída passará pelos plugins de EQ e Reverb, e se apresentará como Synth Plugin #12 no menu.

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Este é um típico instrumento de áudio. Qualquer trilha endereçada para reproduzir através deste instrumento possuirá sua saída conectada através de plugins de EQ e Reverb, e se apresentará como Audio #12 no menu.

Perceba que todos os exemplos são "instrument #12", no entanto, produzem resultados bem diferentes, isto porque cada um deles é o "instrument #12" de um dispositivo completamente diferente.

4.2 Endereçando uma trilha para um dispositivo e deste para o instrumento

O primeiro passo no processo de endereçamento é dirigir uma trilha até um dispositivo em particular. O dispositivo que for usado determinará se dados de MIDI ou de áudio poderão ser reproduzidos nesta trilha. Para efetuar este endereçamento de dispositivo, clique com o mouse na área correspondente, mantendo-o pressionado por um determinado momento até que seja apresentado um menu de contexto.

São apresentados dois menus, primeiramente o dispositivo e depois o instrumento da trilha.

Neste exemplo escolhemos o dispositivo “Roland SC-33", que está conectado através do Estudio Rosegarden para reproduzir por ALSA na porta 64:0, e sendo assim, o Roland Sound Canvas que está conectado no PC.

Logo após o endereçamos ao instrumento #6 deste dispositivo. Antes de capturarmos a tela, já o havíamos configurado para reproduzir usando o programa Piano 1 através do diálogo Instrument Parameters (daqui a pouco falaremos dele), e dessa forma o nome já aparece entre parêntesis no segundo menu. Caso um instrumento não tenha, todavia sido direcionado para fazer uso de um programa em particular, somente aparecerá o número de instrumento neste menu, como é o caso da maioria dos instrumentos que são apresentados.

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Repare também que o instrumento #10 possui (D) entre parênteses, indicando que este instrumento é utilizado para reproduzir percussão (Drums). Para que possa reproduzir sons de percussão dependerá das capacidades do equipamento MIDI ou do sintetizador por Software representado por este dispositivo, e provavelmente dependerá deste instrumento, o fato de permanecer com o endereçamento ao canal #10 por padrão. Neste exemplo, foi arranjado de antemão que o instrumento reproduza utilizando o kit de percussão Power. Os instrumentos restantes não estão endereçados, e na maioria dos equipamentos compatíveis com General MIDI, ou sintetizadores por software, estes instrumentos, provavelmente reproduzirão utilizando o programa de Piano por padrão, com volume e outros controladores configurados em valores neutros também por padrão. Alguns equipamentos somente reproduzem quando explicitamente é endereçado um programa de instrumento.

4.3 Parâmetros dos instrumentos MIDI

Estando a trilha com suas saídas endereçadas a um dispositivo MIDI de reprodução e a um instrumento, subentende-se que ela é uma trilha MIDI, o diálogo Instrument Parameters mostrará controles similares, estes controles permitem reendereçar o canal de instrumento e selecionar um programa de instrumento. Dependendo de como esteja configurado o sintetizador/soundfont, poderão acontecer situações diferentes aqui.

4.3.1 Instrumentos General MIDI Simples

Endereçar um programa "Harpsichord" para a um dispositivo básico General MIDI somente requer a utilização do menu Program para configurar o nome do instrumento adequado.

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4.3.2 Programas GS e variações de instrumento

Com qualquer dos dispositivos GS que estão na biblioteca podemos selecionar tanto o programa como a sua variação. Por exemplo, Church Org 3 é uma variação de Church Org 1. Para chegar aqui, selecione Church Org 1 dentro do menu Program, e depois selecione alguma das possíveis variações no menu Variation.

4.3.3 Instrumentos de percussão

A maioria dos equipamentos MIDI possui alguma forma de reproduzir percussões usando um banco de sons de percussão que está mapeado em várias teclas do teclado. Os equipamentos General MIDI básicos possuem somente um kit de percussão standard e não é necessário nada mais do que endereçar um instrumento para que reproduza no canal 10 com o objetivo de fazer uso dele. A maioria dos equipamentos de alta qualidade e muitos soundfonts oferecem alternativas a este kit standard.

4.3.4 Kits de percussão GS

Os kits de percussão GS e os programas Capital Tones/General MIDI funcionam ambos no banco 0 0. Caso um canal em particular no hardware esteja configurado em modo de bateria, este canal responderá a trocas de programa reproduzindo kits de percussão alternativos; de outra forma reproduzirá programas e variações do modo usual. Aqui, para nossos propósitos, é suficiente saber que o canal 10 normalmente é o modo de percussão por padrão.

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Com o objetivo de acessar o grupo de programas alternativos do banco 0 0, devemos marcar a opção [x] Percussion, e após selecionar um novo kit no menu Program. Neste exemplo selecionamos o kit Power para o Sound Canvas.

4.3.5 Percussões alternativas em outros bancos

O caminho para muitos outros equipamentos, e para a maioria dos soundfonts, consta em colocar kits de percussão alternativos dentro do banco 1:0. Para conseguir o kit TR 808 no soundfont "PC51f.sf2" que utilizamos normalmente na SB Live!, selecionamos o banco 1:0 e o programa 26.

NOTA: Preste particular atenção ao fato de que como estes programas de percussão não estão no mesmo banco que os programas GM, a opção Percussion não está selecionada.

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4.3.6 Botões de controladores

Podemos alterar os valores de controladores por padrão ajustando os botões giratórios (knobs). Um texto explicativo é apresentado (em inglês) informando o modo correto de utilizá-los.

NOTA: Caso os botões não possuam uma aparência clara como os que aqui são mostrados, possivelmente será necessário incrementar o contraste de cor no KDE. Contrastes baixos produzem muita opacidade, ajuste isto no Painel de Controle KDE (kcontrol), localizado em Aspecto e temas -> Cores.

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4.3.7 Configurando o volume inicial de uma trilha e outros parâmetros

Estes controladores iniciais localizados dentro do Instrumento nos proporcionam a configuração do volume inicial, pan, e configurações similares para a trilha (caso sejam suportados pelo equipamento). Qualquer trilha que esteja endereçada para reproduzir através deste instrumento compartilhará seus parâmetros.

Caso sejam efetuadas alterações nos posicionamentos dos botões de controles durante uma reprodução, as novas configurações devem ter efeito imediato. Caso contrário continuarão somente sendo valores iniciais para o instrumento, os novos valores terão efeito logo que a composição seja posicionada no início. Caso, por exemplo, você queira alterar o valor de pan no meio de uma composição, você o verá fazer inserindo eventos de controle a partir do editor da Lista de Eventos, ou a partir de uma régua de controle, tanto no editor de Matriz ou de Partituras, como será explicado mais a frente.

NOTA: Caso você perceba que os seus controladores iniciais não estejam fazendo efeito, o que pode acontecer quando uma alteração é efetuada no meio de uma composição, e esta tenha sido rebobinada até o início, deverá ser feita uma checagem Preferences -> Configurar Rosegarden -> Seqüenciador -> e marcar a opção Send all MIDI Controllers at start of playback (will incur noticeable delay) [x].

4.5 Parâmetros dos Instrumentos de Audio

Caso queira usar uma trilha para áudio, será necessário converte-la em uma trilha de áudio, bastando para isso endereçar nela o dispositivo Audio. (Caso não possua nenhum disponível, certifique-se de que o o servidor JACK esteja instalado e funcionando).

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4.6 Parâmetros dos Instrumentos de Audio

Os instrumentos de áudio possuem controladores no diálogo Instrument Parameters.

Existe um botão para alteração de estado entre mono/stereo,( ) e vários controles para adicionar plugins e ajustar níveis.

Caso queira adicionar plugins LADSPA ao instrumento use os botões "<no plugin>" para abrir um diálogo similar a este. Qualquer plugins pode ser usado a partir dos seletores Category e Plugin. Os botões giratórios da metade inferior deste diálogo serão alterados para refletir os controles que estão disponíveis para um determinado plugin: isto poderá variar de apenas um botão até uma tela cheia de botões.

Podemos sobrepor até cinco plugins para cada instrumento no dispositivo de Audio, tudo irá depender do hardware. Alguns plugins consomem muitos recursos do sistema, então, usar muitos plugins poderá causar problemas de performance.

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4.7 Parâmetros de Instrumentos Synth Plugin

Como foi mencionado na introdução, o Rosegarden é o primeiro seqüenciador em Linux que emprega a nova arquitetura de plugins DSSI. Caso o servidor JACK esteja corretamente instalado e em uso, e o pacote do Rosegarden tenha sido compilado corretamente, você deverá ter um dispositivo “Synth plugin” disponível. Quaisquer dos 16 instrumentos synth plugin podem tomar um synth plugin diferente, e podem possuir até cinco plugins LADSPA postos em cadeia acima do som básico que é produzido pelo synth plugin.

Comecemos endereçando uma trilha para este dispositivo, e após a um dos 16 instrumentos disponíveis.

4.7.1 Selecionando um Synth Plugin

Após endereçar uma trilha a um instrumento synth plugin, o diálogo Instrument Parameters mostrará um novo set de controles. Estes são similares aos controles de instrumentos de audio. Para configurar este instrumento synth plugin, clique no botão "<no synth>".

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Depois será necessário selecionar alguns dos plugins que foram instalados.

4.7.1.1 Xsynth

Após selecionar "Xsynth DSSI Plugin" no campo Plugin, o diálogo tomará esta aparência:

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Faça experimentações movimentando os botões para configurar os diversos parâmetros até conseguir um som interessante. Este synth plugin não chega nem perto da complexidade do ZynAddSubFX, mas possuí-lo instalado traz algumas vantagens.

Não é necessário configurar endereçamentos JACK, porque ele reproduz através da conexão JACK do Rosegarden.

Os valores dos botões são armazenados junto com a composição, o que nos permite criar instrumentos personalizados e grava-los junto.

Com 16 instrumentos de plugin, podemos possuir 16 Xsynths, cada um com o seu próprio patch (configuração de instrumento), e seu próprio set de plugins LADSPA.

4.7.1.1.1 Editor externo do Xsynth

Ao clicar no botão abre-se o editor externo do Xsynth para administrar seus controles de um modo um pouco diferente, alterar muitos parâmetros, e para administrar a conexão de instrumentos especiais. Apesar disso não ser necessário, ele é útil para guardar presets com seus próprios nomes no disco e através dele ficamos sabendo que a interface gráfica nativa do plugin é mais informativa que os botões do Rosegarden. O GUI é um módulo independente do Rosegarden, por isso é que sua aparência é tão diferente.

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Dica: Este diálogo é incomodamente grande demais para a tela do meu computador. Caso passe por este mesmo problema, lembre-se que ele pode ser arrastado inclusive deixando sua barra de título fora da tela.

4.7.1.2 FluidSynth

FluidSynth-DSSI é um plugin construído com o mesmo motor subjacente utilizado pelo QSynth. A implementação do plugin não muito amigável como a do QSynth, no entanto, possui a maioria de suas funcionalidades em um pacote que está integrado dentro da interface de usuário do Rosegarden.

Após selecionar "FluidSynth-DSSI Plugin" a partir do diálogo Plugin, o diálogo se transformará em:

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4.7.1.2.1 O editor externo de FluidSynth

Não existem botões, e tudo deve ser feito através da GUI externa. Clique no botão

.

Será necessário carregar um soundfont com o botão .

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4.7.1.2.2 Selecionando um Programa

Estando o soundfont carregado, podermos usar o menu Program para selecionar qualquer um dos programas disponíveis no soundfont, esta interface não separa os sons em bancos individuais por estilo. No entanto, todos os programas disponíveis no soundfont inteiro são apresentados desde o primeiro até o último da lista.

NOTA: No caso deste soundfont que foi carregado para este exemplo, os kits de percussão extra que se encontram normalmente no banco 10 (como no Qsynth ou SB Live!) estão localizados a partir do programa 128. Portanto, em decorrência disso, somente existe um banco gigantesco.

5 Gravando

São três modos diferentes de gravação no Rogarden. Caso você esteja vindo do mundo MIDI, a coisa mais óbvia a fazer será conectar o seu teclado MIDI e pressionar o botão Record para gravar um segmento MIDI em uma pista selecionada. Caso seu propósito seja áudio, logicamente você irá querer configurar a fonte de gravação desde o mixer e começar a trabalhar. Por último temos a disposição o modo de gravação Step (passo a passo).

Cobriremos o modo de gravação Step mais a frente. Por enquanto focaremos as operações de gravação que podem ser realizadas a partir da janela principal.

5.1 Gravando MIDI

Podemos gravar MIDI a partir de qualquer fonte que o Rosegarden reconheça como dispositivo de gravação, como foi mencionado com detalhes no Capítulo 4.

Para verificar, clique no ícone para obter uma vista geral do seu Estudio atual. Qualquer entrada que esteja disponível aparecerá nesta lista, e aqui poderão ser configuradas qualquer número de trilhas como fonte de gravação ativa, marcando as opções Current em cada uma delas. Neste exemplo, apresenta-se a porta MIDI externa da placa de som e um teclado virtual.

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5.1.1 Criando uma trilha MIDI

Para não deixar nada fora desta explicação, devemos mencionar o fato de que você deverá endereçar a saída da trilha para um dispositivo MIDI, ou para um dispositivo Synth Plugin, para que essa trilha se converta em uma trilha MIDI, e assim, seja capaz de servir como destino de operações de gravação MIDI.

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5.2 Gravando Audio

A gravação de áudio é mais complicada que a gravação MIDI, mas podemos simplificá-la bastante se estivermos com tudo configurado e organizado previamente.

5.2.1 Configurando uma nova pasta de áudio

Caso queira gravar áudio, a primeira coisa a fazer é criar uma nova pasta para armazenar os arquivos e configurar o diretório de gravação de áudio para esta composição através do comando Composition -> Edit Document Properties -> Audio. Este diálogo também apresenta o espaço livre existente no dispositivo de armazenamento (disco rígido), e estima o quanto poderá ser gravado em termos de arquivos de áudio.

Rosegarden grava arquivos com nomes como "RG-AUDIO-00001.wav" nesta pasta. Cada tomada, cada gravação vazia, onde o mixer esteja mal configurado, tudo terá um novo nome de arquivo acompanhado de um número. Caso você não organize estes arquivos de audio dentro de diretórios agrupados por projeto, será muito difícil achar um determinado arquivo quando isto for necessário, e caso isso aconteça, não haverá outra opção a não ser ouvir cada um dos arquivos que estiver armazenado na pasta. Portanto seja disciplinado quanto a isso. Lembre-se de criar sempre uma pasta nova de acordo com um projeto quando for gravar arquivos de áudio.

5.2.2 Criando uma trilha de áudio

Simplesmente enderece uma trilha para um instrumento que pertença a um dispositivo de áudio.

5.2.3 Configurando o Mixer

Caso queira grava áudio, será necessário que esteja disponível uma fonte de áudio, e será necessário configurar o mixer para gravar esta fonte. Afinar tudo com o objetivo de conseguir os resultados desejados pode ser um pouco trabalhoso.

5.2.3.1 Gravação vs. Reprodução

Qualquer placa de som que mereça ser considerada deve ser capaz de realizar operações full duplex. Isto significa que possa reproduzir e gravar de forma simultânea. No mixer, a gravação é configurada através da aba Capture.

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Na SB Live!, existe uma variedade de opções de captura. A aba Capture controla o nível geral de volume de gravação. Para gravar a partir do sintetizador Emu on-board (incorporado na placa SB Live!) ative Music Capture. Para gravar outros fluxos de áudio que o JACK possa estar reproduzindo, ative Wave Capture. As operações de captura restantes estão todas associadas com o botão "AC97 Capture". Este pode ser utilizado para gravar áudio que entre por um microfone (Mic) ou a partir de uma fonte de áudio que entre por linha, como por exemplo uma mesa de mixagem externa, um pedal de efeitos de guitarra, um sintetizador externo, ou coisas do gênero (Line).

Também pode ser usado para capturar a mixagem inteira (Mix) e muitas outras fontes. No entanto, somente uma delas pode ser selecionada por vez.

A reprodução é configurada nas abas Playback e Ext. Source Playback. Na SB Live!, os botões Master y PCM não possuem nenhuma utilidade, penso que podem ser utilizadas como saídas digitais para home theaters. Nada da aba Ext. Source Playback tem utilidade, exceto "AC97," que reproduz o que a fonte está capturando.

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5.2.3.2 Mixando para obter resultados

São muitos os caminhos possíveis para mixar. É impraticável descreve-los todos aqui. Obter resultados satisfatórios em uma mixagem tem a ver com, por exemplo, não deixar que a guitarra embole com o timbre de baixo que foi gravado anteriormente, ou com uma parte MIDI já existente. É muito importante evitar qualquer tipo de distorção (cliping).

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5.2.3.2.1 Distorções

A maior preocupação ao gravar áudio é não deixar que o nível de sinal distorça. Em geral a distorção ocorre quando um sinal é gravado muito alto, e os extremos superiores e inferiores da forma de onda são permanentemente cortados. Neste exemplo, a forma de onda verde de tipo Serra, se encontra confortavelmente dentro dos limites e não ocorre nenhuma distorção. A forma de onda vermelha, ao contrário, foi recortada severamente. Na realidade, será raro encontrar algo tão simples como o que está expresso nesta figura, no entanto, será muito comum deparar-se com um sample em que determinadas passagens soem perfeitas (com volumes moderados) e outras passagens mais altas estejam grosseiramente distorcidas.

O Rosegarden e o JACK evitam distorções convertendo os dados em um formato interno com muito mais resolução da que pode ser armazenada no disco rígido. Caso o volume de uma trilha esteja configurado demasiadamente alto, e isto venha causar distorção, nenhum dano permanente se dará nos dados gravados até que eles sejam gravados fisicamente no disco rígido em um arquivo .wav. De todos os modos, como o processo de gravação de áudio se supõe em um ciclo contínuo ao capturar segmentos de dados dentro de rm buffer e após gravar estes dados capturados no disco quando o buffer estiver cheio, as operações de gravação efetivamente supõem uma imediata conversão dos dados para um arquivo .wav.

Em suma, significa dizer que é de suma importância checar os níveis antes de começar realmente a gravar. Caso o ganho de entrada esteja alto, ocorrerão distorções permanentes, e a gravação não prestará. Sugerimos, pois, que você efetue vários testes de gravação durante cada nova sessão de gravação para se certificar de que os níveis estão a contento. Certifique-se de que as interpretações nestes testes sejam feitas com a mesma intensidade e volume das que serão realizadas na gravação propriamente dita. Caso o nível esteja muito alto, atenue no mixer. Uma gravação de nível baixo, porém não muito, pode ser facilmente melhorada, enquanto que uma gravação distorcida estará perdida para sempre.

5.2.3.2.2 Outras conseqüências não desejadas

Somado ao fato de não deixar ocorrer distorções, certifique-se que todo o resto das configurações e montagens esteja correto antes de começar a criar as melhores interpretações, atente aos menores detalhes tipo: não deixar que o som do metrônomo seja gravado junto com a voz e etc. As gravações efetuadas com microfones são extremamente complicadas, porque se pode ouvir as bases com as quais está improvisando com certeza o microfone também as captará. Utilize fones para reproduzir as bases e em determinados casos torne o metrônomo para atuar somente no modo visual (como é descrito no Capítulo 2). Não podemos imaginar que tipo de equipamento você tem a disposição, portanto as soluções para estas questões estão em suas mãos.

5.3 Revise a configuração

O Rosegarden o ajuda a entrar no tempo corretamente. Originalmente são dois compassos, mas isso pode ser alterado através do comando Settings -> Configure Rosegarden -> General -> Behaviour.

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5.3.1 Composição finita

Devemos adverti-lo que as composições do Rosegarden são de tamanho fixo, e não são expandidas de forma a acomodar eventos adicionais, caso você tente gravar ultrapassando o final determinado. Uma vez que o Transporte alcance o final, para-se tudo. Isto realmente é muito irritante. Os melhores grooves parecem ser sempre aqueles que perdemos quando ultrapassamos o limite final da composição. Para conviver com esta infortunada falha de desenvolvimento devemos antecipar de antemão quanto espaço necessitaremos e expandir a composição para um tamanho adequado ao que necessitamos através do comando Composition -> Change Composition Duration.

NOTA: Este problema já estará sanado na próxima versão.

5.3.1.1 Tempo de gravação de áudio

Caso esteja gravando áudio, o tempo de gravação será igual à duração da composição, determinado pelo andamento e número total de compassos, este limite de tempo de gravação é configurado em Settings -> Configure Rosegarden -> Sequencer -> Record and Mix.

5.4 Vamos reproduzir alguma coisa!

Aqui, tudo o que temos que fazer para gravar normalmente é pressionar o botão record

em qualquer dos vários transportes para que o Rosegarden comece a rodar.

Um diálogo de informação do tempo restante a ser gravado será apresentado, este tempo restante está relacionado com o ponto de onde a gravação foi iniciada até o ponto final da composição, ou até o limite de gravação de áudio ser alcançado. Caso o tempo esteja muito curto efetue os procedimentos que foram apresentados na seção anterior para dessa forma aumentar o tempo de composição e da gravação de áudio.

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Neste modo de gravação, a reprodução retrocederá pela quantidade que estiver configurada como número de compassos de contagem. Caso o ponteiro de reprodução tenha sido rebobinado até o início da composição, a gravação começará antes do começo propriamente dito. Caso o tenha movido para o início do compasso 6, por exemplo, o ponteiro retrocederá por dois compassos a mais (padrão), ou seja, para o compasso 4 e a gravação começará nesse lugar. Este recurso se comporta assim para que não corramos o risco de perder notas no caso de que estejamos diante do ponto de início selecionado.

5.4.1 Previews

Enquanto você tocar, um segmento vermelho aparecerá e irá se expandindo. Caso esteja gravando MIDI e tenha habilitado a pré-visualização de segmentos, esta pré-visualização será apresentada em tempo real enquanto a gravação estiver em curso.

Caso esteja gravando áudio, a pré-visualização não aparecerá até que a gravação tenha terminado.

5.5 Punch In

Somado ao modo normal de gravação, podemos iniciar a reprodução e em determinado ponto pressionarmos a barra de espaços para que comecemos a gravação nesse ponto.

7 Os editores

Até agora nos atemos somente à janela principal e não realizamos nenhuma edição. O Rosegarden possui três tipos de editor diferentes, cada um com sua própria janela de apresentação de dados. Podemos acessar uma lista de todos os eventos no Event List Editor, podemos trabalhar em modo piano roll com o matrix Editor, ou podemos trabalhar os dados em forma de notação musical com Notation Editor. Cada um destes editores trabalha em apenas um nível de segmento, de forma que devemos possuir um segmento selecionado para abrir um editor. Caso queiramos iniciar um editor sem nenhum dado a editar, devemos primeiramente criar um segmento vazio com a ferramenta lápis, como foi descrito no capítulo 2, e seleciona-lo.

7.1 O Event List Editor

O event list editor serve para editar a composição a nível de evento. Dos três editores é o que trabalha em um nível mais baixo de interação, portanto, um pouco difícil de usar.

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7.1.1 Eventos e Propriedades

O Rosegarden não é somente um seqüenciador MIDI, ele não armazena apenas eventos MIDI; ao invés disso, ele usa seu própiro formato interno, que é mais podereos e felxível. Existem vários tipos de eventos no Rosegarden. Notas MIDI, controles hairpins, de dinâmica, de performance, Claves e armaduras de claves, etc. Cada classe de evento possui seu próprio grupo de propriedades.

Abaixo apresentamos alguns exemplos de tipos de eventos com suas respectivas propriedades. Todos os tipos de eventos podem ser editados no event list editor.

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7.1.1.1 Event List View

O notation editor é o padrão, mas ele merece um capítulo só para ele. Por enquanto, vamos começar com o mais simples dos três. Pegue um segmento, e clique-direito nele. Selecione "Open in Event List Editor" no menu que é apresentado.

Caso o segmento selecionado esteja vazio, veremos isso:

7.1.1.2 Alterando o Time base

Podemos alterar a forma como o Rosegarden apresenta o timing dos eventos usando os botões

, apresentando o o time como Musical, Real, ou Raw.

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7.1.1.3 Filtrando os eventos

Caso possua um segmento muito complexo, talvez seja necessário usar um filtro para que sejam apresentados somente os eventos que realmente serão editados. Simplesmente marque ou desmarque as opções Event filters.

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7.1.1.4 Filtrando os eventos de uma determinada seleção

Podemos também usar o selection event filter . Para dessa forma criar uma seleção somente com os eventos significativos.

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7.1.1.5 Criando um evento novo

Ao clicar no ícone , será apresentado o diálogo Insert:

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7.1.1.6 Editando eventos já existentes

Podemos editar eventos usando o editor simples ...

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.. ou o editor avançado .

Deletamos eventos usando o ícone .

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7.1.2 Alguns exemplos de utilização

Apresentaremos a seguir algumas situações que consideramos serem as de maior dificuldade.

7.1.2.1 Inserindo um comando Mid-Composition Program Change

Eis algo que somente pode ser feito a partir do event editor, estamos falando de inserir um comando para troca de timbre de uma determinada trilha MIDI. Isto é muito útil, quando, por exemplo, queremos trocar um som de strings normal por um pizzicato sem a necessidade de gravar estes pizzicatos em uma outra trilha, o que também possibilitaria o endereçamento a instrumentos diferentes.

No Rosegarden o único modo de entrarmos com comandos MIDI Control Change é através de seus números de controle. Não temos como alterar o Banco de timbres somente os instrumentos, de forma que qualquer alteração efetuada diretamente nos segmentos só utilizará instrumentos que pertençam ao mesmo banco de timbres que a trilha está usando.

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7.1.2.1.1 Determinando o ponto de inserção do comando de troca de timbre

A maneira mais fácil de fazer isso é mover o cursor para o ponto desejado. Neste exemplo, estamos usando o transport no modo beat:bar para que tenhamos certeza que ponto onde o cursor está é o local exato, ou seja, no compasso 2, beat 1, tick 0.

NOTA: Lembre-se que o botão altera a forma de apresentação do transporte.

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7.1.2.1.2 Abrindo o Editor e criando um Evento

Caso clique direito no segmento e o abra na event list view, a janela apreentará o ponto de inserção. Neste exemplo, já existe uma nota neste ponto, o que de forma nenhuma nos impede de inserir um comando control program change no mesmo lugar. Agora, se você quiser inserir o comando control change em um ponto que esteja vazio, isto deverá ser feito manualmente.

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Clique no ícone para inserir um novo evento. O diálogo será aberto já apresentando o tipo de evento padrão, ou seja "note." Clique na seta que está localizada à direita do campo "Event type" para abrir uma lista onde são apresentados todos os tipos de eventos e selecione “programchange”.

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7.1.2.1.3 Criando o evento Program Change

Agora o diálogo deverá estar assim.

Precisamos agora selecionar o número do control change. Diferentemente dos números que são usados em outros lugares do Rosegarden (como por exemplo, os que aparecem ao lado do nome no campo Instrument Parameters), estes aqui são zero-based, em outras palavras, caso o programa "Acoustic Grand Piano" esteja sendo apresentado como program 1 no estúdio, devemos subtrair 1 e usar 0. Uma lista com os números zero-based de programas General MIDI está disponível no Appendix C. No nosso exemplo o porgrama "Pizzicato" é o programa 45.

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7.1.2.1.4 Alterando o Event Time (posição do evento)

Existem situações em que precisamos alterar o posicionamento de um ou vários eventos.

Clicando no botão qua está ao lado do campo "Absolute time" será apresentado um diálogo que nos permite inserir os valores exatos da posição, ou seja, 2:1:0. Então entramos com os valores Measure (2) beat (1) e 64ths (0) de forma que o evento tenha início nesta posição.

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7.2 O Matrix Editor

O matrix editor é baseado no piano roll que é muito conhecido em outros pacotes. Muito importante para deslocar manualmente notas onde a performance é mais importante que a sua notação musical em uma partitura. O matrix é o método preferido de sequenciamento de partes de percussão de vários usuários experientes, e deve ser usado sempre que o notation editor for incapaz de lidar corretamente com os dados.

7.2.1 Considerações especiais de Performance vs. Display

É muito importante lembrar que o Rosegarden não é puramente um sequencer MIDI, e por isso em nenhum momento os eventos MIDI podem ser editados diretamente. Os eventos são armazenados em um meta formato interno que traz consigo um número muito grande de informações sobre cada nota. Estes eventos criados pelo Rosegarden obviamente possuem informações fundamentais como pitch, velocity e duração, e também incluem atributos como direção da haste, beam state, accidental state, ties, slurs, slashes, acentuação e assim por diante. Para cada nota os eventos do Rosegarden manteem os valores de duração de forma independentes para reprodução e apresentação na tela. Isto torna possível a criação de composições que podem ter partituras bem escritas, e preservando todas as variações de andamento e dinâmica que são inerentes a uma performance humana.

Na versão 1.0, o matrix somente pode editar atributos de performance. Isto cria desafios interessantes tanto para performance como para notação. Caso você esteja trabalhando em uma performance humana, e criar notas com durações cheias na matrix, a característica da performance ficará um pouco danificada. Por outro lado, caso crie notas ligeiramente longas ou curtas aqui, ou faça com que o sincronismo fique um pouco fora da grade de quantização de forma intencional, a notação ficará de difícil leitura, ou seja, errada. Em ambos os casos, ajustes poderão se feitos para tentar compatibilizar ao máximo tanto a notação como a performance no Notation Editor, como será explicado no capítulo a seguir.

Uma particularidade interessante é que o Rosegarden armazena os eventos de notas ligadas com uma série de traços discretos aqui na matrix. Portanto, não é possível determinar se uma série de notas na mesma afinação soará como apenas uma nota ligada ou várias sem visualizarmos o Notation Editor.

7.2.2 Overview

Vamos começar com um segmento vazio de um compasso de duração. Crie o segmento, selecione-o, e então clique-direito nele para que seja apresentado um menu e escolha "Open in Matrix Editor". Você verá algo como isto:

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7.3 Local Cursor

Entraremos em mais detalhes sobre o local cursor no capítulo dedicado à Notação, mas ele também possui utilização aqui na matrix também. Caso você perca alguns segundos olhando as réguas, você verá que existe uma de cor magenta no topo da tela. Esta régua é para controlar o local cursor, que é uma versão magenta do ponteiro de reprodução. Podemos ajustá-lo da mesma que ajustamos o ponteiro de reprodução, e cada cursor trabalha de forma independente um do outro. A principal função do local cursor aqui na matrix é ajustar a posição de destino em operações de copiar/colar.

7.3.1 Adicionando Notas Novas

Vamos criar um loop de um compasso com o propósito de demonstração. Assim como na tela

principal, o ponteiro é utilizado para criar novos eventos. Neste caso entraremos com notas. Vamos criar algumas em afinações aleatórias:

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Você deve ter notado que a notas foram criadas com duração de semínimas. A fim de controlar a duração padrão de novas notas, você deverá alterar a configuração da grade. Vamos então entrar com colcheias. Primeiramente selecione 8th note no menu do botão grid:

Agora o valor padrão para as novas notas que serão adicionadas é a duração de colcheia:

Você poderá criar uma composição inteira dessa forma, se bem que isto será um pouco tedioso.

7.3.2 Ajustando as Notas Existentes

Você pode mover as notas utilizando o cursor .

As notas podem ser redimensionadas com o ponteiro , clicando em uma nota e a arrastando.

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Por padrão, as operações de redimensionamento seguem a grade de quantização. Caso você queira arrastar uma nota para criar uma duração arbitrária, fora da grade de quantização, mantenha pressionada a tecla shift enquanto arrasta a nota.

7.3.3 Selecionando e Modificando Várias Notas ao mesmo Tempo

Todas estas operações podem ser realizadas em mais de uma nota ao mesmo tempo. Para isso será necessário apenas selecioná-las.

Use o cursor para selecionar notas as notas, uma a uma, mantendo pressionada a tecla shift.

Caso deseje selecionar uma grande quantidade de notas, voce pode selecionar cada nota de uma determinada afinação com o cursor seta mais a tecla shift clicando nas notas do teclado. Cada clique selecionará todas as notas da afinação desejada, e poderão ser selecionadas qualquer quantidade de notas em várias afinações desta forma.

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Também é possível selecionar uma faixa ou diversas faixas de notas arrastando o cursor em forma de seta através das teclas do piano, mantendo sempre pressionada a tecla shift enquanto efetua o arrasto.

Finalmente, caso você tenha alguma necessidade de selecionar escalas de notas dentro de uma área menor que o segmento inteiro, você pode usar o filtro de seleção. Comece fazendo a seleção, e clique no ícone de filtro para abrir o diálogo. Feito isto você poderá marcar em vários critérios as notas que deseja que permaneçam após o filtro ser aplicado. Demonstraremos um uso para ele mais tarde ainda neste capítulo.

7.3.4 Velocity

O Velocity é um parâmetro MIDI que descreve o quanto de força foi empregado ao se tocar uma nota em um instrumento. Este parâmetro permite uma expressão mais precisa do volume do que o que pode ser realizado com o parâmetro de volume de canal MIDI. Caso voce possua um teclado MIDI sensitivo, este parâmetro é gravado juntamente com a nota MIDI.

7.3.4.1 Visualizando a régua Velocity

Caso os eventos que estão sendo editados possuam parâmetros de velocity, você os poderá

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editar através da régua Velocity. Caso ela não esteja visível, torne-a visível com o comando View -> Show Velocity Property Ruler.

Neste exemplo, todos os eventos possuem um velocity de 100, e estão sendo representados na cor laranja.

Eles podem ser alterados arrastando-se para cima ou para baixo, as tonalidades de cores refletem os valores de velocity. Aqui as organizamos para que você as possa ver em cada barra. Note que as notas no matrix possuem as mesmas cores.

NOTE: Certamente pode ser um tanto complicado saber que nota estamos ajustando se existirem diversas notas de mesma duração ao mesmo tempo. Quando as várias notas ocorrem ao mesmo tempo, use as teclas [ e ] para navegar entre as escolhas disponíveis, a seguir preste atenção à matriz acima para a mudança da cor que revela qual nota está sendo ajustada.

7.3.4.2 Configurando Várias Propriedades de Velocity ao mesmo tempo

É possível ajustar os valores de vleocity de toda uma seleção de notas. Adjust -> Velocity -> Set Event Velocities abre um diálogo que permite a escolha entre diversos patterns. O parâmetro Value varia de 0, que é o mais suave possível, a 127, que é o mais forte possível.

TIP: Caso encontre notas que por alguma razão não possuam velocity (uma barra na régua

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Velocity), você poderá usar o comando Set Event Velocities para criar.

7.3.5 Controllers

É possível transmitir dados controladores do matrix através de várias réguas de controle. Vamos adicionar uma régua Modulation. Selecione View -> Add Event Ruler -> Modulation Controller e dessa forma uma nova aba será apresentada na parte inferior do matrix.

Ao clicar-direito na régua poderão ser inseridos eventos de controle, ou toda uma linha deles.

Neste exemplo, selecionamos uma linha de controladores. Após efetuarmos a seleção no menu, o ponteiro do mouse se transforma em um dedo apontador. Ao clicar em um ponto inicial e arrastar para direita e para cima uma linha será criada:

Podemos mover os controladores individualmente para cima ou para baixo, ou ainda podemos selecionnar vários e os mover juntos. Perceba que os controladores selecionados possuem suas barras demonstrativas contornadas em vermelho.

Caso mantenhamos pressionada a tecla shift enquanto arrastamos as barras para cima ou para baixo, elas serão movidas todas junto.

7.4 Exemplos de Utilização

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7.4.1 Sequenciando um padrão de rítmo (Drum Pattern)

Por enquanto achamos muito difícil e tedioso criar baterias através do notation editor por diversas razões. Ele ainda não suporta a notação standard de bateria. Por essa razão, o matrix é a minha escolha para edição de parts de bateria.

NOTE: Quando o ritmo for muito complicado sugerimos que o construa no Hydrogen, e depois os importe no Rosegarden. Entretanto, isto pode representar alguns desafios porque os kits de bateria do Hydrogen normalmente não estão em padrão General MIDI standard. O que nos leva a tarefas árduas de ter que rearranjá-los para que sejam reproduzidos com perfeição em um equipamento GM e GS, deslocando as notas fisicamente para diferentes posições, ou re-endereçando as trilhas afetadas para um instrumento que esteja conectado ao Hydrogen. Neste último caso, não há formas de alterar o drum kit Hydrogen que está sendo usado sem manipular o seu GUI, de forma que é realmente impossível salvar um projeto Rosegarden que utiliza bateria Hydrogen com garantias de que ele será executado com perfeição sem o devido ajuste manual.

7.4.1.1 Criando um novo Segmento

A fim de dar espaço para colocar a bateria crie um novo segmento de quatro compassos.

7.4.1.2 Roteando a Trilha para um Instrumento de Percussão

para que possamos ouvir a bateria, necessitamos rotear a trilha para um instrumento de percussão na janela principal. Caso você possua um equipamento General MIDI conectado, a única coisa que precisará ser feita é rotear esta trilha para o instrumento #10 do dispositivo em questão.

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Neste exemplo em particular, estamos usando o kit de bateria TR-808 de um banco soundfont em uma Sound Blaster Live!, de forma que precisamos configurar bank 1 0 e configurar o programa para "TR 808." (Note que a opção [x] Percussion não está marcada. Isto se deve ao fato de não estarmos usando um dispositivo GS que possua drum kits no mesmo banco 0 0, o que é normal em programas General MIDI . Ao invés disso, este dispositivo possui um kit alternativo no banco 1 0).

7.4.1.3 Configurando a Grade e os pontos de Loop

Agora que a trilha está roteada para reproduzir usando sons de um determinado dispositivo, voltemos para a janela matrix. Será uma boa idéia configurar um resolução menor que uma semínima para a grade do matrix. Para esta parte, 1/16th (semicolcheias) será conveniente e isto é configurado no campo Grid.

Para ficar mais fácil, configure na régua de baixo o primeiro compasso para ser repetido. A régua de baixo serve para configurar loops.

7.4.1.4 Sequenciando o Pattern

O restante deverá ser feito na base da “tentativa e erro”. Ative o loop no controle de transporte clicando no botão e inicie a reprodução. Utilize as ferramentas de edição para inserir, remover e deslocar notas até que o pattern fique a seu gosto. Este exemplo usa um bumbo, uma caixa, e um grupo de hi-hat.

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7.4.1.5 Copiando o Pattern

Selecione todos os eventos e os cole três vezes. Utilize a régua de cima para ajustar o cursor na posição onde o pattern será colado. Feito isto você deverá obter algo como:

7.4.1.6 Encerrando com uma virada

Agora configure somente o último compasso para ser repetido.

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7.4.2 Ajustando valores de Velocity com Filtro de Seleção de Eventos

Uma vantagem de utilizar filtros de seleção é reconhecer rapidamente notas, de acordo com um foco determinado, dentro de uma seleção. Neste exemplo, possuímos um arpejo que foi criado com velocities médio, e queremos adicionar algum colorido e dinâmica acentuando algumas notas e atenuando outras.

7.4.2.1 Selecionando

A primeira coisa a fazer é selecionar todos os eventos nos quatro compassos do primeiro

acorde usando a ferramenta .

7.4.2.2 Ajustando o Filtro de Seleção

Em seguida, travamos as notas do meio, usando o ícone para abrir o diálogo do Filtro de Evento.

Após clicamos em para abrir um menu de opções de afinação, ou se preferir a nota. Neste caso, E3.

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Repetimos o processo para to: selecionando B#3. Desde que queiramos selecionar as notas que estão compreendidas entre estes dois extremos primeiramente, deixamos o campo configurado em "include." Isto fará com que todas as notas sejam incluídas entre as notas E3 e B#3.

7.4.2.3 Ajustando os valores de Velocity

Depois de clicar em OK para aplicar o filtro, resultará na seguinte seleção:

Agora que filtramos a seleção em uma determinada faixa de notas, vamos pressionar shift+seta para baixo para diminuir todos os valores de velocity, produzindo assim o seguinte resultado:

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Eu poderia ter usado o filtro a outra maneira também. Ajustando a caixa combo a "exclua" a escala, eu poderia ter selecionado e ter ajustado as notas elevadas e baixas a uma velocidade mais elevada...

Poderíamos ter usado o filtro de outra maneira também. Configurando o campo em "exclude", dessa forma selecionando e ajustando as notas acima e abaixo da faixa selecionada ...

Com o seguinte resultado ...