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rtro magazine Nº 21

RTRO #21

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RTRO #21 - Edicao de Maio/Junho

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magazineNº 21

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eEditorialO termo “laranja mecânica” tem sido largamente adoptado pelos

meios de comunicação e geralmente refere-se a uma destas 3 coisas: o filme da autoria de Stanley Kubrick, a selecção de futebol holan-desa (pelo menos nos seus tempos áureos) e a cor laranja, no geral. Apesar de ser a cor eleita pela RTRO para esta edição, o laranja que propomos não é mecânico: é orgânico, dinâmico, o mais humano e modelável possível.

É o melhor ponto de partida para uma edição recheada de pessoas com ideias e iniciativas que pretendem abanar a monotonia dos dias. De Marc Jacobs a Rick Owen, passando pela It Girl Elizabeth Olsen e pela blogger Ana, que pretende ir até ao infinito mais um, a RTRO traz-

-vos um conjunto de personalidades que dizem não ao conformismo.

E porque tudo o que é dinâmico e orgânico traz boas vibes, dedicámos uma parte da nossa edição ao Portugal Fashion. Evento incontornável da paisagem artística do país, o PF merece o nosso olhar atento, não só pelos produtos e criações que promove, como pela gestação de novos talentos que possibilita. É, para muitos jovens, uma janela de oportunidade quando tantas portas parecem fechar-se. Mas não são só os olhares dos nossos redactores Helena Martins e Pedro Resende que são explorados; entrevistámos alguns dos bloggers presentes para nos falarem das suas criações favoritas e da impor-tância do evento.

Não descurámos ainda as dicas de beleza e preparámo-vos já para a chegada em pleno do sol, com instruções de exposição solar e sugestões de produtos. Com o sol chega também a época de festi-vais. Nesta edição, descubram 6 sólidas razões pelas quais vale a pena visitar os festivais portugueses.

Sabem o que também vale a pena visitar e é gratuito? O merca-do vintage BUM, em Braga. Saibam porquê mais à frente.

Com ou sem sol, com ou sem álcool, com ou sem dinheiro, divirtam-se nas semanas académicas e na época de festivais que se avizinham! E adoptem o laranja como cor da estação: traz-vos vitalidade, boas energias e vontade de mexer. Sem mecânica, mas com muita dinâmica.

Boa leitura

Margarida CunhaEditora

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rtro

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e

editora

Margarida Cunha

redactores

rtrostaff

A rtro está sempre à procura de modelos, fotógrafos,stylists, maquilhadores, designers, que queiram colaborar, expor os seus trabalhos, se achas que tens o que é preciso contacta-nos para o nosso email.

[email protected]

Ana Rodrigues

Ana Cristina Silva

Catarina Oliveira

Catarina Alves Sousa

Beatriz Subtil

Helena Lopes

Helena Martins

Joana Vilaça

Margarida Cunha

Mariana Sá

Pedro Resende

Sara Guerreiro

Tiago Aice

paginação

Ana Dias

Manuel Costa

layout

Manuel Costa

fotografia

Ricardo Costa

Ricardo Ferreira

foto de capa

Carolina Gomes

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Índice Focus on DesignerRick Owens

6Blogger ChatAna Garcês

14Color meLaranja

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SessãoRiverside

34

Smells LikeHugo Red

74

ESPECIAL

Portugal Fashion 2013-2014

Desfiles

Bloggers Opinion

Pop Up Store + Exposição Bloom

42

Festival no Coração

76MET GALA 2013

82

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Here comes the sun…

26

it Girl

66

BELEZA:Qual a melhor Máscara para mim?

22

SessãoOnce Upona Time

58

28BUM - Braga Urban Market

Tendências Primavera/Verão 2013Fatos

54

20Say Yes To Pastel

it Boy

70

4 lições que aprendi com a série ‘Girls’

88Ler. Ver. Ouvir.

94Ligeiramente Casados

92Wishlist

96

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por Pedro Resende

Focus on

Designers

Moving across

the Globe

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Rick Owens6 – 7 | rtro

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Quando um designer descreve a sua peça principal e um dos seus maiores ícones esté-ticos colocando na mesma frase “Levi’s, biker e Vionnet”, a mistura está feita para que o estilo se torne inconfun-dível e completamente diferente do habitual.

Richard Saturnino Owens veio a tornar-se Rick Owens para o mundo da moda e a sua marca tornou-se símbolo irre-futável de um luxo obscuro que celebra, ao mesmo tempo, o glamour e o grunge. Uma mistura inusitada que só uma mente que se considera imaginativa num cenário de escuridão conseguiria traduzir em peças de vestuário.

Owens nasceu em 1962, no estado da Califórnia, e cedo se tornou um rebelde pelos meandros de uma estética rock que na altura reinava por nomes como Iggy Pop. Filho único, o designer não se conten-tou com a educação restrita que os pais lhe proporcionaram (não podendo mesmo ter uma televisão em casa até à idade de dezas-seis anos) e decidiu auto-educar-se nas ruas e no que delas se bebia. Nasce uma mente prodígio que ingressa no Otis Art Institute of Parsons School of Design e desiste dois anos depois por querer apenas aprender uma arte, um qualquer skill que o fizesse diferente. A ambição, essa diz que não a tinha ainda, na altura. Aprende a fazer padrões de tecelagem, e com Michèle Lamy, companheira de traba-lho e de vida, começam a explorar o sinistro como forma de inspiração para o fabrico de padrões e do próprio vestuário.

A fama? Essa veio um dia, nas páginas da Vogue Paris (que outra poderia ser?) quando Kate Moss aparece com a tal peça. A tal que mistura a Levi’s com o biker e com Vionnet, típico blusão de pele Rick Owens. Daqui, foi

Focus on designers

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um pulo. Começa a apresentar na New York Fashion Week em Setembro de 2002, conse-gue que as imagens da sua musa Kembra Pfahler fotografada por Annie Leibovitz apareçam nas páginas da Vogue Americana de Anna Wintour, e acaba por se juntar a um sem número de designers aclamado por celebridades e pelo mundo como génios cria-tivos da actualidade. Mas Owens não se ficou por aqui.

Depois de a Revillon, a companhia fran-cesa de peles fundada em 1723, o convidar a juntar-se à sua direcção criativa, a Europa cativou o criador que se muda então para Paris e é nessa capital eterna da moda mundial que começa a apresentar as suas novas propostas, ano após ano.

Prémio atrás de prémios, celebridades atrás de celebridades, Owens concentra em si um estilo inconfundível que não precisa de descrição. Qualquer dúvida? Uma barra castanha com o seu nome gravado distingue como etiqueta qualquer peça da sua cria-ção. Isso, caso se seja muito cego para não a distinguir com um só olhar. o para não a distinguir com um só olhar.

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por Catarina Oliveira

meColor

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Cor de laranja. Uns odeiam. Acham berrante demais e é difícil perceber porque estará na moda. Numa onda de minimalismo onde preto e branco são reis, o cor de laranja ganha terreno por uma simples razão: está calor. E a cor é a melhor forma de o celebrar.

Não sendo fácil de combinar, usar cor de laranja pode-se revelar muito divertido na tentativa de experimentar com que peças resulta mais. Na opinião da RTRO, arriscar compensa. O laranja dá vida ao branco e preto e parece ser feito para pares mais arrojados, como o rosa. Não há que ter medo de apostar em tecidos leves e abraçar a nova estação.

Prova de que o laranja resulta são as colecções de Primavera Verão da semana da moda. Cacharel apresenta um vestido que poderia sair da passerelle e ir directo para um passeio num jardim, sem esforço nenhum. Carolina Herrera usa o laranja num tecido que encaixa perfeitamente, a renda. Renda laranja é uma boa aposta para este Verão, que não deve ser passada ao lado. Remata com um cinto turquesa que dá ainda mais vida ao look. Narciso Rodriguez usa colorblocking com tons mais escuros e um pop de rosa choque está à espreita, tudo se traduz em conjuntos alegres e sofisticados.

Nem a maquilhagem fica de fora, com o batom laranja a ter mais evidência ainda. Ilumina um look mais simples e é uma boa alternativa primaveril ao vermelho de sempre. Para o dia-a-dia, Sabrina Meijer mostra-nos que usar calças laranja não é exagerado e pode ser conseguido com subtileza e muito estilo.

Ficam por fim as sugestões, desde o casual ao formal, para inspirar a escolha de peças laranja para um verão decididamente radiante.

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asos.com 45€

fashionunion.com 17€

topshop 72€

Color me

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jonhlewis.com 150€

zara 39,90€

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Blogger Chatpor Beatriz Subtil

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Ana Garcês, a blogger algarvia que acredita que existe um Infinito e como senão bastasse, acrescentou-lhe Mais Um.Cheia de vida e uma opinião bem formada sobre o Mundo, a Ana é a blogger do mês da RTRO.

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Blogger chat

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1. Ana, antes de mais, queres partilhar connosco o significado do nome do teu blog?

Essa deve ser a pergunta que mais me fazem. O nome do blog, apesar de parecer que tem uma grande ciência, tem a ver com uma brincadeira que tenho com o meu namorado, que depois passou a promessa de ficarmos juntos, independentemente de tudo, até ao infinito mais um.

2. O que te fez tomar a decisão de criar um blog?

Eu criei o blog por motivos egoístas. Precisava de um espaço só meu, em que tudo o que lá estaria era a representação da minha pessoa e personalidade. E lembrei-me de criar um assim numa tarde depois de uma conversa com a minha I. (que na altura tinha um blog diferente), e nesse mesmo dia nasceu o infinito mais um.

3. Qual é o teu maior objectivo como blogger?

Nunca pensei nisso, até porque não criei um blog com nenhum objec-tivo concreto em mente. Eu ainda me espanto com as coisas que consigo alcançar com ele e estou muito grata por isso: por tudo o que já veio e por tudo o que há-de vir. E é bom não ter objectivos concretos, assim a surpresa (e a felicidade) é maior.

4. Tens uma grande crença no Infinito. Qual é a tua ligação a esta palavra e ao símbolo do infinito?

Comecei a ter uma ligação especial com o infinito por causa do M. Porque a partir do momento que ele entrou na minha vida comecei a acredi-tar (e a sentir) que algumas coisas poderão mesmo ser para sempre. E depois essa crença foi crescendo.

5. Consideras-te uma blogger de lifestyle?

Eu considero-me uma blogger polivalente, na verdade, porque o meu blog não se foca num só tema.

6. O teu blog é reconhecido por algumas rubricas, em especial pela ‘’5 Things To Try This Weekend’’. De onde retiras as ideias? Experimentas criar o que sugeres?

As ideias para as 5 Things surgem de vários pontos: Pinterest, vonta-des minhas, algumas coisas que encontro por acaso noutros blogs. E sempre que consigo gosto de experimentar antes de sugerir porque assim sei se resultam ou não.

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7. Sentes muito feedback por parte dos teus seguidores em relação ao teu blog?

O feedback que recebo tem aumentado, o que é bom. É sempre fantás-tico receber um e-mail ou uma mensagem ou um comentário com palavras doces e sinceras de pessoas que lêem o meu blog. Faz-me sentir que estou a fazer alguma coisa incrivelmente bem feita e que as pessoas gostam.

8. És uma autêntica apaixonada por cinema e leitura. Conside-ras esses gostos a base do teu blog?

Não propriamente. Não existiu exactamente uma “base” para o blog, mas considero que o cinema e a literatura (entre muitas outras coisas e paixões) são o que o movem, sim.

9. Sentes que inspiras outras bloggers? Consideras isso bom ou mau?

Não sei até que ponto estou apta a responder a essa pergunta. Como disse anteriormente já recebi imenso carinho de pessoas que lêem o meu blog e que o seguem e fiquei extremamente contente! Mas não sei se inspiro alguém, mas se isso acontece fico radiante. Servir de inspi-ração para alguém é uma grande responsabilidade.

10. Fazes alguns trabalhos como web designer. O que sentes quando te pedem para usares a tua criatividade para algo que não é teu?

É sempre um privilégio quando algumas pessoas confiam em mim para criar isto ou aquilo e dar forma à ideia que tinham em mente. É algo que me agrada muito!

11. Trabalhas com várias bloggers e marcas. Gostas dessa parte do teu trabalho como blogger?

Gosto. É muito interessante ser procurada por este blogger ou aquela marca para realizar este ou aquele trabalho que normalmente envolve o uso das minhas capacidades (escassas) de web designing para criar alguma coisa que tanto a marca e/ou blogger goste. O meu maior feito nesse aspecto foi ter trabalhado com a NatusPurus.

Blogger chat

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12. Quais são os blogs em que mais te inspiras? Quais os que segues com maior frequência e que te entretêm mais?

Não sei indicar um ou outro blog que me inspire porque a minha inspi-ração vem de várias frentes: a natureza, as luzes, fotografias, filmes, livros. Quanto aos que sigo com maior frequência, tenho uma lista de leitura bastante reduzida e dessa lista acompanho todos religiosamente e entretêm-me bastante.

13. Por último, gostarias de deixar alguma mensagem para os leitores da RTRO?

Nunca fui boa nestas coisas de mensagens porque se espera que sejam no mínimo inspiradoras. Quero deixar um grande obrigada por terem tido paciência para ler esta entrevista e que são, certamente, fantás-ticos. Obrigada.

14. A nossa revista chama-se RTRO. O que é para ti ser RTRO?

Eu sempre disse em tom de piada que nasci na época errada, mas à medida que os anos passam por mim começo a pensar que talvez tenha alguma razão. Para mim ser RTRO é ser feminina, é estarmos confian-tes na nossa própria pele. É usar "o" batom vermelho para nos dar um boost de auto-estima. Ser RTRO é sermos nós próprias.

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SAY YESTO PASTEL!

Cor, cor e mais cor! Preparem-se para as estações mais despidas do ano. As tendências são extravagantes.

Há cores fortes, há preto e branco, mas os tons pastel chegaram para colorir ainda mais os nossos dias, mais precisamente os nossos rostos!

Podemos obter looks muito peculiares na base dos pastel, desde um lilásmate nos lábios a um verde menta nos olhos. De acordo com o famoso maqui-lhador Geoffrey Rodriguez, os tons pastel são fáceis e práticos de usar. No entanto, não esqueçamos que para uma boa maquilhagem tem que haver equilíbrio, para não sair o tiro pela culatra. Regra (quase) geral: se caprichamos nos olhos, damos menos destaque aos lábios e vice-versa, caso contrário o resultado final será confuso.

Como conseguir o look? Eis o top 3 de produtos que recomendo para esta estação:

Para uns olhos suaves mas com um toque de glamour, apresento-vos a Ombres Quadrilumières 06 Pastel da Yves Saint Laurent. Esta palete vem com quatro sombras de olhos mate, sendo uma delas mais escura para maior definição e as outras mais claras e primaveris.

Podem encontrar este produto nas lojas Perfu-mes e Companhia, Douglas ou através da loja online ragancesandcosmetics.com.

O blush Peony Petal da MAC vai ser o salvador de muitas mulheres para esta Primavera. Promete dar

por Tiago Aice

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Precisas de:

• 1 recipiente pequeno ( 5g)

• 3 amoras escuras bem lavadas

• 1/2 colher de chá de azeite extra-virgem

Preparação

Esmaga bem as amoras, junta o azeite extra-virgem até obteres uma textura viscosa. As tonalidades variam desde o violeta ao ameixa, dependendo da cor das amoras. Não te esqueças de guardar o teu lip stain no frigo-rífico, não deixa de ser um produto fresco e natural, portanto, terá uma validade estimada de uma semana de uso.

DIYComo criar o teu próprio lip stain através de amoras!

aquele toque saudável e acetinado às maçãs do rosto. Tem um pequeno toque de brilho, perfeito para uma definição suave. Podem encontrar este produto nas lojas MAC ou através de lojas online, como a amazon.

Por fim, mas não menos importante, os lábios. Sugiro os batons da Lime Crime, uma marca de cosmé-ticos inovadora que aposta em tons diferentes, para mulheres destemidas e modernas que não têm medo de usar cor no rosto. Com uma variada palete de cores, os batons da Lime Crime são cremosos, opacos e de longa duração. Um verdadeiro must have!

A Lime Crime não tem uma loja física em Portu-gal mas pode facilmente ser encontrada online.

Os batons rondam os 16 euros cada.

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Para a maior parte das mulheres que usam maquilhagem, sair à rua sem aplicar uma máscara nas pestanas é quase o mesmo que sair despida.Para uma festa ou até mesmo para o dia-a-dia, podemos encontrar vários tipos de máscaras para as pestanas, de grandes marcas ou até mesmo de marcas mais acessíveis, compradas nas perfumarias ou nos supermercados, o que não falta é escolha.A grande questão que se põe é: qual escolher?Como a RTRO está sempre a pensar em ti, decidimos trazer um guia prático e simples com as diferentes opções e suas vantagens e desvantagens na escolha de uma máscara para pestanas.

Usar máscara à prova de água: sim ou não?As máscaras à prova de água (waterproof) são conhecidas pela sua durabilidade, são super eficazes e resistem o dia todo, ao suor, lágrimas, etc…permanecendo nas pestanas 24h, no entanto, deve ser removida com um desmaquilhante bifásico (próprio para este tipo de máscara) pois contém uma percentagem rica em óleo, que ajuda a remover a pigmentação da máscara.Por outro lado, as máscaras não à prova de água têm uma duração mais curta, sendo então recomendadas para eventos mais curtos, no entanto, são mais aconselhadas pois a sua composição contém menos químicos que as waterproof.

BELEZA:Qual a melhor Máscara para mim?por Beatriz Subtil

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Máscaras Efeito Pestanas Falsas: será mito?Para todas nós que queremos um olhar intenso, umas pestanas gor-das e chamativas, esta é a melhor solução. Apesar da controvérsia gerada em torno destas máscaras quanto à veracidade da sua pro-messa, está comprovado que muitas delas aumentam o volume das pestanas 2x mais do que as máscaras normais.Os aplicadores destas máscaras têm a tendência a ser mais largos que os normais, para que a escova possa percorrer todos os cílios sem que estes se colem uns aos outros.

Máscaras de Extensão: como usar?Para as mulheres com pestanas mais curtinhas estas são as máscaras

indicadas para resolver os seus problemas. O seu maior objectivo é pentear e alongar as pestanas graças a escovas com hastes longas e cerdas curtas.Estas máscaras devem ser aplicadas sobre um sérum, pois na sua composição encontram-se fibras que vão proporcionar o alongamen-to dos cílios.

Máscara Transparente: vantagens.Se procuram umas pestanas pronunciadas, sem excessos e sem grandes pigmentações, este é o produto ideal para vocês. Estas más-caras são semelhantes a um gel que se aplica nas pestanas, existem de vários tipos, podendo ter propriedades que ajudam no crescimen-to das pestanas, são estas máscaras as chamadas sérum.

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Máscaras para Encurvar: será que resultam?Hoje em dia já não é preciso recorrer ao enrolador de pestanas para obter um efeito encurvado. Basta usar uma máscara com uma escova fina mas com uma ligeira curvatura e está o assunto arrumado.

Máscaras Esféricas: para que servem?Estas máscaras são o último grito no mundo da maquilhagem, o aplicador é completamente diferente de todos os outros, proporcionando assim novas formas de aplicação. A grande vantagem destas novas escovas é conseguirem alcançar todos os cílios, incluindo as nos cantos do olhar, assim podemos modelar o look da forma que quisermos.Este tipo de máscaras pode também ser usado como top coats, intensificando assim o olhar.

Qual a melhor Máscara para mim?

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Outros modelos: das que vibram às 3 em 1.Hoje em dia já podemos encontrar máscaras com pincéis vibratórios para facilitar a aplicação da máscara enquanto dão volume e alongam. Outras máscaras já fazem tudo num só aplicador, desde dar volume, alongar e encurvar.

E como não poderia deixar de ser, a RTRO preparou para ti um pequeno DIY de uma máscara que pode ser usada como base coat ou sérum e que podem preparar em casa.

Os passos são muito simples:Em primeiro lugar lava um frasco de verniz antigo, de seguida adiciona ¼ (medida do frasco de verniz) de óleo de Rícino, ½ de óleo de Vitamina E, ¼ de gel de aloé vera.Depois basta misturar o melhor possível com a escova da máscara e está pronto!Agora é só aplicar nas pestanas ou até mesmo nas sobrancelhas todas as noites antes de dormir, o óleo de Rícino vai engrossar as pestanas enquanto que o aloé vera vai ajudar a extensão das mesmas. A vitamina E acelera o crescimento e, em principio, depois de um mês as diferenças serão visíveis.

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Pele seca a muito seca

Lush British Nanny (pvp 39.95€

- 45gr) FPS30

Pele mista a oleosa

Vichy Capital Soleil Toque Seco

(pvp 13.95€ - 50ml)FPS50+

Here comes the sun…

Que se desengane quem pensa que o Sol só causa estragos no Verão. Ou na praia. Ou na beira da pisci-na. O Sol quando nasce, é para todos, e para todas as peles. Com maior ou menor índice de risco UV, o truque é prevenir, sempre.

Com a chegada da Primavera, os riscos aumen-tam porque estamos mais expostos, durante mais tempo. Assim, torna-se vital apostar numa protec-ção solar eficaz (Factor 30 ou superior, que contemple protecção UVA e UVB), e usá-la diariamente, sem excepção.

Felizmente, com o desenvolvimento de novas técnicas e fórmulas no mundo da cosmética, é possível actualmente encontrar um protector solar que se adeqúe a qualquer tipo de pele. Com ou sem cor, as opções são mais que muitas e não há qualquer razão para não andar protegido(a).

Nunca é demais referir a importância da protec-ção solar específica para lábios. A pele dos lábios, por ser mais fina, queima com muita facilidade, pelo que este passo não deve ser descurado.

Algo comum a toda a protecção solar é o seu prazo de validade após abertura. Todos eles têm um prazo máximo de 12 meses após abertura da embalagem, pelo que não devem guardar os protec-tores de um ano para o outro. Apesar de poderem não notar alterações físicas no creme, a protecção solar não é garantida após este prazo.

Assim, a receita é simples: Aplicar protector solar todos os dias, várias vezes ao dia se estiverem em contacto com a água, e não abusar da exposição solar nas horas de maior risco (entre as 11:00 e as 17:00). De resto, aproveitem!!!

por Sara Guerreiro

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Pele normal / sensível

Uriage Barié-sun Sem Perfume pvp 16.95€ - 50ml

FPS50+

Protecção com cor

Bioderma Photo-derm AR com Cor

(pvp 23.95€ - 30 ml) FPS50+

Protecção LabialPiz Buin In Sun

Labial (pvp 6.99€ - 4.9gr)

FPS20

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Estivemos à conversa com a Tânia Gomes, criadora do BUM – Braga Urban Market, a primeira feira de artigos em segunda-mão de Braga. Surgiu em Setembro de 2012 e estende-

-se até hoje. Vende-se de tudo: roupa, cd’s, vinis e acessórios e nas duas últimas edições contou também com concertos ao vivo. Um exemplo de criatividade que veio acrescentar mais vida à cidade de Braga!

BUMBraga Urban Marketpor Ana Rodrigues

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Rtro: Como surgiu a ideia de criar uma feira em segunda-mão em Braga?- Surgiu exactamente um dia após ter ido a um mercado no Porto e pensar “Somos tantos em Braga, estamos a crescer culturalmente a olhos vistos… porque não fazer uma feira cá sem ter que me deslo-car para outra cidade?” e BUM…

Rtro: Tens formação académica na área da Saúde, no entanto, enveredaste no mundo da Moda para criar este evento. Como explicas este teu “novo” interesse?- Bem… o BUM é bem mais que moda, tem todo o tipo de produtos usados. Se calhar este interesse pelas roupas usadas surge um bocado da moda com que nos deparamos, de se usarem peças vintage e de sentir a necessidade de ter algo na cidade onde eu gostasse de me dirigir para comprar.

Rtro: Tens tido a participação de amigos de outras áreas mais relacionadas com este tipo de eventos ou tens feito o trabalho sozinha?- O BUM é organizado por mim e pela Júlia, mas já tivemos apoios como a CEJ, a Brasileira, o Factory e agora temos o apoio da Câmara que nos ajuda essen-cialmente na divulgação, mas o trabalho é realizado por mim e pela Júlia basicamente.

Rtro: Esta feira é dirigida especialmente à venda de roupa em segunda-mão, mas temos reparado que tem tido algumas novidades (cd’s, vinis, etc). Queres contar-nos o quão abrangente tem sido o BUM em termos de ofertas?- Sinceramente tem tanta variedade que não seria fácil enumerá-las, mas temos maioritariamente roupa e depois vai dos cd’s, vinis, máquinas fotográficas analógicas, máquinas de café, carros de colecção, isqueiros de colecção, sistemas de som, chávenas de café etc etc etc. Tem de tudo e para todos!

BUM - Braga Urban Market

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Rtro: Estás satisfeita com a adesão do público ao evento? Quais têm sido as suas opiniões sobre o BUM?- Se estou… temos tido cada vez melhores feedbacks com o passar das edições e isso é óptimo para nós. Atendemos a várias sugestões que achamos possí-vel realizar e tentamos sempre melhorar. Mas de um modo geral as pessoas têm gostado; a opinião geral é que em Braga as pessoas ainda não estão educadas para a compra de artigos em 2ª mão, e por isso isto tem sido um grande desafio a este mercado… Educar os Bracarenses para comprar em 2ª mão.

Rtro: O BUM conta agora com música ao vivo já há duas edições. Como surgiu esta ideia? Quais os artistas que estiveram presentes nas últimas edições?- Desde a primeira edição que estamos envolvidas com actividades culturais: a 1ª edição integrou-se no festival Ponte Party People que para além de actividades musicais, como Killimanjaro, Memória de Peixe, The Shine, tiveram também uma peça de teatro. Nas edições seguintes sentimos a necessi-dade de ter também uma actividade que dinamiza-se o mercado, então na 2ª edição tivemos a actuação do Dj Bando, a 3ª contou com a participação de um guitarrista norte-americano que reside em Braga de momento, o Christian e esta 4ª e última edição contou com o trabalho dos New kind of Mambo, através da colaboração com o projecto Xerifes&Cáboys e do Quatorze|Espaço Cultural.

Temos também uma oferta para todos os que tenham uma proposta cultural. É um espaço aberto a todos, que se chama “Palco Factory - Deita cá para fora” e pretende ser um lugar para bandas emergen-tes, peças de teatro, dança, etc. Para participarem só têm de nos contactar através do nosso e-mail: [email protected]

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Rtro: O que mudou desde que te iniciaste como criadora do BUM Urban Market? Já tiveste alguma experiência engraçada no decorrer do teu trabalho?- Chego à conclusão que é mais fácil falar do que fazer!

Foi e continua a ser um enorme desafio para nós termos um evento todos os meses, porque não dedica-mos todo o nosso tempo à feira. Eu estou em estágio curricular e a Júlia trabalha e portanto é um grande teste à nossa gestão de tempo.

Bem… não tenho nenhuma história hilariante para contar, só sei que não levamos isto como um trabalho enfadonho, divertimo-nos a fazê-lo e dá-nos uma capacidade de desenrasque que ninguém imagina.

Rtro: Estás a preparar mais alguma surpresa para as próximas edições do BUM?- Estamos sempre com novas ideias, mas o dinheiro e o tempo disponível nem sempre possibilitam a reali-

zação destas ideias. Mas estamos a trabalhar para que o BUM evolua e para que as pessoas sintam que o BUM mais do que uma feira em 2ª mão seja também um bom local para se cultivar e ter um bom serão de sábado à tarde.

Rtro: Para terminar, tens algum objectivo especial para o futuro deste evento?- Ter um SUPER BUM em várias ruas do centro histó-rico, ao mesmo tempo.

BUM - Braga Urban Market

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Fotografia: Ricardo Costa (www.rcostafoto.com)Modelo: Carolina GomesMUA: Patrícia Jesus (makeuphooked.blogspot.pt)Assistente: Pedro PaisLocal: Pateira de Espinhel

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Uma edição em que tudo parecia ideal. Dias relativamente agradáveis, um misto de frio e sol que torna um evento de moda ainda mais apetecível, principalmente quando as propostas se destinam à estação fria. O Portugal Fashion na sua edição Vibe prome-tia ter tudo para dar certo.

E até deu! Colecções dos mais diversos criadores portugueses compuseram quatro dias de desfiles na Alfândega do Porto, apresentando tudo o que se faz na moda portu-guesa. Do industrial ao mais autoral, a moda portuguesa pareceu ganhar um novo fulgor em nomes como Diogo Miranda ou Felipe Oliveira Baptista, reafirmando a tradição de nomes como Luis Buchinho ou Luís Onofre e de marcas como Lion of Porches ou Dielmar.

Propostas para públicos diversos, num universo de moda que primou pelo traba-lho de malhas e de looks ultra femininos. Cinturas marcadas, materiais austeros, cores fortes combinadas com pastéis, e a estação parece resumir-se. Não que a complexidade não tenha sido superior a tudo isto, mas no final do evento este parece ser o balanço.

Do melhor dos melhores, os acessórios. Sapatos fenomenalmente pensados e construí-dos, óculos escuros que fazem desejar a chegada de um novo sol de Inverno, e uma série de malas e clutches que dão vontade de ostentar só por esse mesmo acto mais do que por qualquer necessidade de transporte.

O BLOOM? Esse é sem dúvida uma nova fonte de inspiração e de talentos. Propos-tas irreverentes, que primam essencialmente por detalhes de styling inovadores e quase inesperados, em cores maioritariamente escuras e sombrias. Estilos pessoais mais do que veias comerciais que provam que nem só daquilo que vende vive a moda (ou daquilo que se espera que venda!)!

por Pedro Resende

Portugal Fashion-VIBEOuntono/Inverno

2013-2014

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Vibe foi o tema desta última edição do Portugal. O termo em inglês surge da contracção de vibration. A moda sem dúvida que pode provocar uma vibra-ção com as suas combinações inspiradoras e as suas cores estimulantes.

O tema não poderia ter sido melhor escolhido, visto que foi esta a sensação que, sempre que uma modelo aparecia na passerelle, mostrando mais uma nova criação para o Outono-Inverno 2013-14, inundava a sala de desfiles.

Nove jovens designers, nove criadores consa-grados, nove marcas de vestuário e sete marcas de calçado tiveram a tarefa de nos transmitir a tal vibe de que tanto se falou, todos de formas diferentes, mas sempre muito bem conseguidas.

Katty Xiomara abriu o primeiro dia de desfi-les na Alfândega do Porto, onde as novas formas de arte urbana foram a lei de ordem, sempre aliadas aos ancestrais conceitos de decoração do patrimó-nio urbano, como é exemplo o tradicional azulejo português que serviu de tela a uma expressão simbó-lica do street art.

Seguiu-se Júlio Torcato, em que o Porto não foi só o local onde decorreu o desfile, mas também o tema da sua colecção. Um desfile repleto de inspira-ções clássicas, mas contemporâneas, onde não faltou música ao vivo.

Para encerrar o primeiro dia, Anabela Baldaque apresentou-nos uma mulher que volta a ser diva descontraída, sedutora, romântica, mas desta vez mais pop, onde assume uma obsessão por cores e texturas divertidas.

por Helena Martins

Desfiles3 Days of Vibe

Portugal Fashion - VIBE

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Cada vez mais os bloggers têm uma voz no mundo da moda e cada vez mais os vemos na primeira fila dos desfiles dos mais concei-tuados designers de moda. Os bloggers de moda portugueses não são excepção e por isso ninguém melhor do que eles para nos dar a sua valiosa opinião sobre este evento de moda português que, depois do seu primeiro dia ter acontecido em Lisboa, prosseguiu na Alfândega do Porto.

Tiago de OliveiraBlog: Oli Worlds

Highlights: Desfile de Felipe Oliveira Baptista e todos os desfiles no espaço bloom em geral, com especial destaque para o desfile de Cláudia Garrido e Estelita Mendonça.

Opinião: Portugal Fashion é um evento onde podemos apreciar a indústria nacional de moda em bruto. Qualidade, Produção e Criatividade cooperam em relação de simbiose em que o resultado é um evento cheio de acontecimentos e experiências positivas, inspiradoras e únicas. Temporada após temporada a evolução é notória, o que faz com que fique sempre ansioso e expec-tante pela próxima edição.

BLOGGERS' OPINION

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Apesar de Claúdia Garrido ter iniciado o segundo dia do Portugal Fashion no Espaço Bloom com uma colecção descontraída e divertida, foi Ricardo Preto, director criativo da Meam, que abriu a passerelle principal do evento, onde o futuro foi inspiração. O desfile começou e acabou com uma estimulante palete de cores, mas pelo meio foi impossível evitar as cores preto e branco.

Lady vs Boyish foi o tema da colecção apresentada por Diogo Miranda. Como o nome indica, foi um jogo entre peças femininas e peças masculinas, dois conceitos bastante distintos, mas que nesta colecção funcionaram incrivelmente bem. As cores oscilaram entre o azul navy, azul céu, verde petróleo, bordeau e, como sempre, o preto e branco.

A colecção Luís Buchinho Knitwear teve como grande influência o design industrial dos anos 70, o que se verificou em cada criação que desfilou na passe-relle. Grafismos simples e eficazes, que tornaram estas peças ideais para o uso diário. Com uma paleta de cores que se pode caracterizar como estranha, mas que se misturam mostrando a sua simplicidade.

Miguel Vieira celebrou 25 anos de carreira com uma colecção especial, onde regressou às suas origens e mais do que nunca se viu uma mulher forte, bela, sedutora, delicada, feminina, mas acima de tudo, uma mulher única, que é e tem orgulho de ser diferente e que luta pela sua individualidade.

O segundo dia encerrou com TM Collection by Teresa Martins com a colecção intitulada “Origens”. Uma colecção que logo no início nos lembra todas as sensações que o Outono nos transmite, as quais são carregadas durante todo o desfile, onde as lãs, linhos e algodões se desdobram em múltiplas propostas.

Portugal Fashion - VIBE

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Joana LeiteBlog: Style Traces

Highlights: Sem dúvida alguma posso afirmar que, de todos os desfiles que vi, o do Diogo Miranda foi o meu preferido! Comecei a noite a presentear os meus olhinhos com a fantástica colecção do já querido Diogo Miranda! Há colec-ções que gosto muito pela arte que apresentam e depois, há outras que além de apreciar como bonitas são as peças, consigo ficar doidinha de desejo por tê-las para mim, para o meu dia-a-dia! Com o Diogo Miranda é mesmo isto que acontece! Fico a sussurrar baixinho, quando elas passam devagarinho, "como eu tanto te queria para mim..." é como se a música tocasse longe, e a multidão que me rodeia lá não estivesse, os meus olhos prendem-se nas peças, no movimento que lhes é dado, como que estivéssemos longe, numa outra dimensão... e, assim que a última manequim leva a última peça para fora da sala, é como se tudo voltasse ao normal e a realidade me aterrasse de pés no chão! Adorei a colecção!" Uma outra colecção que me deixou de boca aberta e deliciada foi a de Carlos Gil! Feminina, sofisticada, e tão cheia de glamour! Os dias de chuva deixariam de ser tão entediantes, eu acho mesmo que até iria torcer para que chovesse, desde que pudesse ter no meu closet uma daquelas gabardines tão singulares, tão perfeitas, tão femininas!! Assim que o desfile começou, fiquei presa na mistura de matérias que ia entrando passo a passo na passe-relle, não mais consegui desviar os olhos até ao forte aplauso anunciar o fim de um desfile cheio de peças fantásticas! Claro que não podia deixar de mencionar o desfile de Luís Onofre, sapatos lindos, altos, elegantes, esguios, sim, nem só de altos saltos é feita a colecção mas, por defeito deste meu vício, fico presa aos saltos, bem altos, que tornam a mulher mais esbelta e sensual… como não ficar arrebatada e cheia de paixão sempre que à frente dos olhos passa mais uma colecção. As cores, os pormenores, as malas tão cheias de detalhes perfeitos, aiiiii dói demais vê-los passar sem saber quando, e se alguma vez, os irei agarrar!

Opinião: Adorei ver a azáfama nestas noites de moda que encheram de caras bonitas e sorrisos cheio de gosto, os corredores da Alfândega do Porto. Uns vindos de perto, outros de mais longe do que o habitual, e muitos outros que traziam a voz internacional. Desta vez éramos mais, muitos mais com vontade de partilhar a moda que por ali ia passando mas, com muita pena minha, desta

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O último dia do Portugal Fashion foi repleto de desfiles. Foi neste dia que as marcas de vestuário e as marcas de calçado tiveram o seu destaque.

Os desfiles começaram com a já habitual apresen-tação colectiva de marcas de vestuário nacionais. Concreto by Helder Baptista foi a primeira e não poderia ter começado de melhor forma. Uma colecção que nos fez desejar o inverno mais do que nunca, tornando-o opulento e acolhedor. Os tons sofisticados adicionaram intensidade a uma silhueta elegante e flexível. Seguiu-se Cheynne, que se dividiu em duas famílias, “Urban” e “Landscape”, com looks mais vintage e mais casuais, respectivamente. Mad Dragon Seeker by Alexandrine Cadilhe & Daniel Simões foi a marca que se seguiu e onde se viu uma grande mistura de tendências, tecidos estam-pados e cetins confortáveis fundiram-se com gangas e fazendas, criando uma colecção versátil. Com um toque italiano, a marca de pronto-a-vestir masculino e feminino Dom Colleto desafiou os padrões de funcio-nalidade e criou jogos inovadores de luz e volume com a sua colecção para a estação fria.

Quanto às marcas de calçado, marcaram presença Cohibas, Dkode, Fly London, Alexandra Moura + Golmud, J. Reinaldo, Nobrand e Silvia Rebatto.

Enquanto Cohibas e Nobrand mostram uma atitude mais rebelde e moderna, Dkode, J. Reinaldo e Silvia Rebatto apresentaram um estilo mais clássico, mas mesmo assim reinventando-se, já Alexandra Moura + Golmud apresentou uma colecção composta por linhas rectas e simples e Fly London continuou a fazer jus ao seu mote “sempre progressiva, nunca convencional”.

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vez a organização não nos conseguiu dar o melhor para que pudéssemos fazer da melhor forma o nosso trabalho. Talvez numa próxima edição já consigam ter em consideração que para que possa-mos levar o evento pela nossa voz temos que ter condições para o fazer.

Cátia Marques

Blog: Behind Cátis Eyes

Highlights: Alves Gonçalves, Joana Ferreira, Luís Buchinho, Diogo Miranda, Teresa Abrunhosa, Ricardo Preto, Andreia Lexim e Felipe Oliveira Baptista (não consigo escolher um só!).

Opinião: Adorei as colecções mas as que me dão mais inspiração são as dos designers mais recentes e menos conhecidos (Bloom), pela originalidade e irreverencia!

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A meio da tarde, Carlos Gil apresentou a sua colecção outono-inverno 2013-14, inspirada numa mulher citadina, segura da sua imagem e com um carácter forte, características que se traduziram em silhuetas de corte alfaiate onde a cintura ganhou protagonismo.

Depois de Vicri apresentar a sua colecção na passerelle principal do Portugal Fashion, no Espaço Bloom, Diana Matias, uma das jovens designers já entrevistada pela RTRO, apresentou-nos uma colecção com o já habitual negro e com linhas exactas, detectadas em casacos alinhados, sustentando a fluidez das malhas tricot.

No início da noite, a passerelle principal do Portu-gal Fashion viveu um dos momentos mais altos do dia. Felipe Oliveira Baptista propôs uma colecção em que as formas adquiriam uma primazia quase obses-siva. Tigres, coiotes, lobos e corujas foram avistados em muitos dos padrões da colecção.

Um homem com espírito boémio e criativo foi o público-alvo da colecção de Dielmar. Um playboy cosmopolita que recupera e ostenta elementos tradi-cionais, um pouco ao estilo Downtown Abbey, onde os termos vintage e retro são recorrentes.

Coube ao designer Luís Onofre encerrar o certame de moda, onde apresentou ao público a sua mais recente colecção de calçado e carteiras de senhora, intitulada “Black is Back”.

E desta forma, o Portugal Fashion voltou a provar que é nestes momentos mais difíceis que o país enfrenta, que a Moda nos pode dar mais alento, trans-mitindo-nos uma good vibe, que nos faz andar para a frente e enfrentar os dias de uma forma mais alegre.

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Helena Marques

Blog: Stylist Thinking

Highlights: Nesta edição do Portugal Fashion Vibe destaco Diogo Miranda em especial o lado

“lady” da sua colecção; Katty Xiomara pela leveza e feminilidade. Fiquei encantada com o plexiglass transparente nos saltos e aplicações metálicas apresentados na colecção de Luís Onofre. Felipe Oliveira Baptista disser-tou de modo soberbo o antagonismo rigidez/flexibilidade, realçando o motivo pelo qual se destaca no mercado internacional. E, obvia-mente, num registo de promoção da imagem nacional os criadores Susana Bettencourt e Stefano Ficetola no Bloom.

Opinião: Fiquei agradada com a realização dos desfiles no mesmo piso do Edifício da Alfândega do Porto, bem como o aproveitamento da frente ribeirinha para actividades de convívio social. Continuo a lamentar o atraso entre os desfiles e os critérios de selecção na atribuição de creden-ciais e convites.

Ivânia Santos

Blog: Ivânia Diamond

Highlights: Felipe Oliveira Batista foi sem dúvida a colecção feminina favorita. A junção dos volumes sensuais e a paleta de cores é no mínimo perfeita! DIELMAR, é outro dos pontos altos, além de ser a minha colecção masculina favorita, assisto a toda a preparação do desfile dentro do backstage desde há 3 edições, e nunca me arrependo. A coordenação de Dielmar é deveras perfeita.

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O Espaço BLOOM Portugal Fashion inaugurou a 5 de Abril a segunda edição da Pop Up Store Bloom, que decorreu até 5 de Maio no Península Boutique Center.

A Pop Up Store trata-se de uma loja temporária onde é possível comprar peças das colecções Primavera-Verão de 15 jovens designers que desfilam nesta plataforma do evento, que até agora só eram possíveis comprar pela Internet.

Potenciar comercialmente as novas gerações de criadores de moda foi o objec-tivo deste projecto, onde é possível comprar peças das colecções de Ana Segurado, Andreia Lexim, Claudia Garrido, Daniela Barros, Diana Matias, Estelita Mendonça, Hugo Costa, Carla Pontes, Carlos Couto, Elionai Campos, João Melo Costa, Joana Ferreira, Susana Bettencourt e Teresa Abrunhosa, aos quais se junta a marca Klar, apresentada no Espaço BLOOM por três jovens criadores.

Durante o mesmo período, a galeria comercial da invicta acolheu também a Exposição BLOOM SS13 WORKS, que revela uma abordagem mais artística e conceptual das colecções dos jovens criado-res de moda, e onde foi possível observar o seu talento que agora começa.

Este projecto pretende servir de montra aos criadores num ambiente mais informal e urbano, criando uma relação mais próxima entre o criador e o cliente.

por Helena Martins

POP UP STORE + EXPOSIÇÃO BLOOM

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Cátia BargeBlog: A Super Fashion Girl

Highlights: Carlos Gil foi sem dúvida o meu preferido, o ponto alto de todo o Portugal Fashion; segue-se Diogo Miranda e Miguel Vieira.

Opinião: O Portugal Fashion é o único evento de moda que consegue dar visibilidade ao que de melhor se faz em Portugal! E temos que começar a dar valor a isso - às dificuldades com que os criadores trabalham, falta de recursos e mais do que nunca - compradores. Por isso, é de valori-zar este evento enorme que se mantém pela 32ª edição consecutiva e que faz chegar até nós as colecções dos nossos criadores - que a meu ver, têm uma visão diferente e única da moda e que se enquadra perfeitamente na mulher portuguesa!

Opinião: O Portugal Fashion, para mim, é o mais importante evento de moda a nível nacio-nal. A sala onde se apresentam as colecções é a mais apropriada para o efeito, e o espaço nos bastidores é bastante acessível para todos os profissionais, o que desse modo acaba por facili-tar e muito o meu trabalho.

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por Joana Vilaça

Tendências Primavera/Verão 2013Fatos

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Os fatos sempre se encontraram associados a um certo rigor, austeridade, muitas vezes vistos apenas como uma indumentária de poder. É consensual a sua presença no seio da moda, até porque todos os dias, milhares e milhares de homens e mulheres vestem esta indumentária tão apreciada por uns e rejeitada por outros. A verdade é que “com um vestido preto, nunca me comprometo” e o mesmo poderá aplicar-se aos fatos, pois são amplamente universais e relativamente fáceis de combinar. Podem ser assim caracterizados como um eterno clássico.

Um fato preto, cinza ou azul-marinho é o padrão--norma, mas e os fatos vermelhos? Os fatos florais? Ou até mesmo os fatos às bolinhas? Esses também não podem nem devem ser esquecidos, afinal os gostos são tão singulares, diversos e únicos! Foi precisamente nisto que as grandes casas de moda tocaram, tentando desmistificar a conotação que um fato detém, construindo assim, novas formas, texturas e cores. É nesta linha de pensamento, que o típico blazer com calça/saia, assume novas formas, como por exemplo, blazer e calção. Surgem desta forma versões menos ortodoxas, como camisas com calções, no qual ambas as peças possuem

Tendências Primavera/Verão 2013

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exactamente o mesmo padrão. O efeito não é rigoro-samente o mesmo ao de um fato dito “normal”, mas como sabemos a moda, apesar de cíclica, invoca diferentes conceitos. Esta tendência é mais visível nas mulheres, pois muito mais facilmente encon-tramos esta variação de formatos e cores. As riscas, xadrez ou até mesmo os padrões coloridos repletos de flores demarcam-se pela sua originalidade. O resultado? Uma pluralidade de estilos, muitas vezes ousados, repletos de novas ideias, bastante frescas e criativas. Tal é visível com a Miroslava Duma que, por exemplo, já surgiu com um fato totalmente branco, vermelho e azul cobalto.

É neste contexto que os fatos tornam-se ainda mais democráticos, pois poderão ser usados de diferentes formas, dependendo somente do gosto pessoal. Se mais sóbrio, se mais ousado, apenas depende de cada um de nós. As mais aventuradas podem sempre conjugar um blazer floral com umas calças no mesmo padrão. No entanto, já que é uma peça-chave, deverá ser conjugado de uma forma relativamente minimalista. Assim, será sempre uma aposta ganha e divertida para os dias de calor que já se avizinham.

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Once Upon a Time

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Once Upon a Time

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Once Upon a Time

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Once Upon a Time

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Fotografia: Ricardo Ferreira Maquilhagem: Lejla Ascic Styling: Gabriela Azevedo & Patricia SilvérioRoupa: Boneca (www.bonecaboutique.com) Modelo: Filipa Cerqueira

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it girlpor Adriana Couto

outra Olsen com muito estilo

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Elizabeth Chase Olsen é a irmã mais nova das conhecidas gémeas Mary-Kate e Ashley Olsen, actrizes e, mais recentemente, designers de moda. Tal como as irmãs, Elizabeth começou a sua carreira de actriz com apenas quatro anos, fazendo parti-cipações especiais nos filmes das gémeas Olsen.

Desde cedo que os seus pais investiram na promissora carreira de Elizabeth, frequentando aulas de dança e canto, tendo-se licenciado na Tisch School of the Arts na Universidade de Nova Iorque, tendo frequentado, também, a Atlantic Theater Company.

Depois de papéis em filmes como “Martha Marcy May Marlene” no qual foi nomeada para diversos prémios, ou “Kill Your Darlings” com Daniel Radcliffe e“Very Good Girls” com Dakota Fanning, Elizabeth tem ganho destaque no mundo da moda devido ao seu estilo. Sem a conhecida irreverên-cia e ousadia das gémeas Olsen, “Lizzie” segue um estilo mais básico.

Arriscando, sem medo, nos estampados e nas cores neutras que fogem das luzes da ribalta, é bem conhecida a sua preferência por peças vintage, misturando assim o clássico com o moderno, num preferencial estilo boyish. Entre várias peças

masculinas como blazers compridos e mocassins, são os acessórios que ganham destaque no estilo de Elizabeth: óculos de sol, chapéus, lenços e jóias mais arriscadas, completam um estilo que em nada é deixado ao acaso, perfeito para todas as ocasiões.

Fã confessa de “cocktail dresses” para o dia-a--dia, sem nunca esquecer as sapatilhas aliadas a calças de gangas e a camisolas simples de malha, na red carpet a jovem Olsen aposta num estilo mais senhorial, quase sempre com modelagens simples e rectas, discretos, em que o destaque vai princi-palmente para os seus sapatos. Já algumas vezes foi criticada pelo seu estilo na passadeira vermelha, pois perde o ar jovem ao qual nos foi habituando.

Elizabeth Olsen, é a imagem da simplicidade usada a um ponto em que nunca nos fartamos dela. Dona de uma beleza natural, o seu look é comple-tado com o seu cabelo usado solto, apanhado numa simples trança ou levemente ondulado. A maquilha-gem segue o estilo, apostando nas sombras neutras, dando a sensação de não estar maquilhada. Só nos eventos mais importantes é que vemos o batom vermelho a ocupar o destaque na sua maquilhagem, na companhia de um pouco de rímel mais carregado.

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It girl

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por Pedro Resende

itboyNot only a Designer

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O It Boy deste mês podia perfeitamente encai-xar-se num Focus on Designers, mas nem só do design vive um homem a sua vida, e é outro contexto que aqui o traz hoje. As páginas que faz correr vão muito além daquilo que cria, quer para a sua marca homónima, quer para a sua segunda linha (mais jovial e descontraída), quer para a imponente maison francesa Louis Vuitton. Adivinha-se um nome? Marc Jacobs, claro está.

Mas aqui na sua condição de It Boy e não de génio criativo que é, se bem que uma possivelmente não existiria sem a outra. Mas It Boy porquê? Porque do nada consegue fazer com que o kilt não seja mais uma peça tradicionalmente irlandesa mas salte para as passerelles, para as ruas, para os ícones de estilo de uma sociedade andrógina e sem preconceitos? Ou porque do nada também consegue fazer do pijama um look da estação, ao aparecer no final de cada um dos seus desfiles em roupas de dormir de grandes marcas internacionais como a Kenzo?

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Marc Jacobs é um It Boy. E disso penso que ninguém duvida. Nascido em 63, testemunhou desde sempre a sua própria evolução de estilo e tornou-se apto a julgar as suas próprias escolhas. Irreverente q.b., tornou-se ainda mais icónico depois da sua transformação física, ao tornar-se num símbolo de masculinidade e muscularidade algures em 2007. Uma mudança física que se demonstrou em estilo e em exposição, por exemplo, na campanha de Bang, a primeira fragrância da marca.

E o que há de interessante neste It Boy? Mais do que tudo, a sua internacionalidade. Alguém que consegue apresentar a sua colecção em Nova Iorque, a do gigante francês em Paris e mantém a atenção quase tão focada em si mesmo como no desfile que apresenta é, sem dúvida, um It Boy. Porque o It não se caracteriza, mas é intrínseco.

It boy

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Smells like…

Hugo Redby hugo boss

por Adriana Couto

O perfume mais recente da família Hugo Boss já chegou às prateleiras das perfumarias de todo o mundo e promete conquistar a legião de fãs dos perfumes do estilista alemão.

O novo Hugo Red tem como imagem de marca a inovação com que se apresentou ao mundo. O cheiro só não interessava. A imagem, neste novo perfume, valia ouro. Com um frasco a manter as linhas originais de antigos perfumes Hugo Boss, este distingue-se pelo vermelho que tinge o seu corpo, chamando à atenção de quem passa por ele nas prateleiras das perfumarias e lojas de cosméticos. Uma das carac-terísticas mais curiosas sobre o perfume é o frasco termossensível: muda de cor de acordo com a tempe-ratura ao qual é sujeito.

Já não é a primeira vez que a marca aposta forte na imagem e o lançamento deste perfume veio refor-çar a importância que isso tem para a equipa. Esta esteve vários meses a pesquisar soluções para tornar o vídeo do Hugo Red, um dos mais originais a circular na rede. Para isso, a equipa de Hugo Boss recorreu ao fenómeno das redes sociais. Com uma grande ajuda do YouTube, o público foi conhecendo perspecti-vas únicas de um perfume que, antes de nascer, já

prometia ser um sucesso. Para este novo perfume, as pessoas votavam nos vídeos mais originais, começan-do a ter, assim, um papel mais activo no desenrolar de uma campanha de marketing eficaz.

Para a marca, o Hugo Red é dedicado ao homem e pretende incentivá-lo a quebrar fronteiras e a ultra-passar limites e isso só é possível quando se cria algo novo e único, pois consideram que é quando as ideias mais originais e as melhores performances aconte-cem. Trata-se então de um perfume sobre inspiração?

Com um cheiro forte mas ao mesmo tempo doce, Hugo Red combina vários ingredientes que junta o tradicional ao contemporâneo, levando-nos para locais quentes e frios, dando-nos a conhecer um perfume criado de contrastes e que por isso se adapta na perfeição a qualquer ocasião. Numa combinação entre o aroma frutado com origem na Toranja e a cor dada pela planta Ruibarbo, sem esquecer um “líqui-do Heat” que tem como características o melhor da madeira de cedro e âmbar quente, que nos teletrans-porta para a cultura oriental.

Podemos encontrar esta gama em Eau de Toilette mas também em After-Shave, Gel de Banho e deso-dorizantes spray ou roll-on.

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Festival no Coração6 motivos para visitar os palcos portuguesespor Margarida Cunha

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Em Julho de 2012, o Jornal de Notícias (JN) publicou o artigo Portugal é a nova meca de festivais. Podia ler-se que, nesse ano, esses eventos foram responsáveis por atraírem cerca de 30.000 turistas estrangeiros. Só no Optimus Alive foram 16.000; no Optimus Primavera Sound a maioria dos festivalei-ros vinha de fora do país, correspondendo a 12.000, num total de 22.000. O JN apurou ainda que “no seu conjunto, os sete principais festivais portugue-ses envolvem verbas que rondam os 45 milhões de euros, mais de metade dos quais gerados pelo Rock in Rio Lisboa”.

Já em Março deste ano, por ocasião do Talkfest'13 – segunda edição de um evento de discus-são sobre o futuro dos festivais em Portugal – Álvaro Covões, organizador do Optimus Alive, sublinhou a importância dos festivais para a criação de riqueza, rematando que nem o futebol conseguia atrair tanto público – à excepção dos jogos mais importantes do Euro 2004.

Considerando estes números e os nomes cada vez mais sonantes que protagonizam os cartazes dos principais festivais de música portugueses, resolve-mos deixar o discurso fatalista de lado e realçar os aspectos que fazem com que valha mesmo a pena visitar um festival em território luso.

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Oferta variada e bons cartazesSe é verdade que, afinal, os gostos se discutem e

que nem sempre é possível agradar a gregos e troia-nos, é igualmente verdade que a oferta de festivais em Portugal tem crescido, não só em número como em diversidade. Do Sudoeste ao Marés Vivas, passando por Paredes de Coura, Neopop, Músicas do Mundo até ao Milhões de Festa, há uma variedade de carta-zes, dos mais genéricos aos mais temáticos, que promete agradar aos mais cépticos.

Mas não se trata apenas de quantidade. As organi-zações tornaram possível a vinda ao nosso país de nomes como Massive Attack, Pearl Jam, Moloko, Björk, The Cure, Daft Punk, Radiohead, Franz Ferdi-nand, Editors, etc, etc, etc. Se os nossos horizontes musicais se têm alargado, em muito o devemos aos festivais portugueses.

Boa comidaPode haver um conjunto de factores desfavoráveis

a que constantemente apontamos o dedo, quando o assunto é Portugal. Os políticos, as empresas, a imprensa... Mas se há tópico que costuma reunir consenso entre os lusitanos é a qualidade da nossa gastronomia. Enquadrados numa economia que fomenta o consumo de refeições pré-preparadas e a comida de plástico, os nossos pratos distinguem-

-se não só pelo sabor, como pelas texturas e aromas característicos das nossas paisagens. Da nossa pica no chão, até às tripas à moda do Porto, passando pelo típico cozido à portuguesa, pelo caldo verde e pelo bacalhau à Zé do Pipo... e que dizer sobre os nossos doces? As rabanadas, o pão-de-ló, o pudim Abade de Priscos, os ovos moles, os pastéis de Tentú-gal, os pastéis de Belém... Uma amiga chegou até a dizer-me que a mãe, emigrante em França, abaste-cia-se de rissóis sempre que cá vinha, pois não os encontrava em terras de Voltaire. Se os homens se conquistam pelo estômago, então Portugal é um sedutor profissional.

Gente simpática e calorosaTodos temos experiências pouco enriquecedoras

com esta ou aquela classe profissional, ou com esta ou aquela instituição, mas a verdade é que, globalmente, somos um povo simpático, caloroso e tolerante. Os portugueses distinguem-se de muitos outros povos

Festival no Coração

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Se os nossos horizontes musicais se têm alargado, em muito o devemos aos festivais portugueses

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Adaptamo-nos bem aos outros e esforçamo-nos genuinamente para que quem nos visita usufrua de uma experiência positiva

É difícil ter um olhar objectivo sobre o nosso próprio país,

tornando assim injusta uma generalização que parte de problemas específicos para

julgar todo um território

por não só saberem receber como por terem todo o gosto em fazê-lo. É algo que os turistas notam em nós. Outro aspecto é o nosso domínio da língua inglesa. Apesar de acharmos o contrário, Portugal é um país que fala bem Inglês. E mais: assim que conhecemos a nacionalidade de um turista, tentamos de imediato falar a sua língua, mesmo que apenas tenhamos ouvido uma palavra num qualquer filme europeu que passou na TV às tantas da madrugada. Adaptamo-

-nos bem aos outros e esforçamo-nos genuinamente para que quem nos visita usufrua de uma experiên-cia positiva. Os nossos cofres podem estar vazios, mas compensamos com um coração cheio.

Clima convidativoGeralmente visto como a cereja no topo do bolo,

o nosso clima mediterrânico é o principal respon-sável pela afluência de turistas. Ninguém resiste ao nosso calor e às nossas tardes solarengas debaixo do guarda-sol ou da árvore. Embora tenhamos tido Verões muito quentes e este Inverno tenha sido muito rigoroso, as nossas temperaturas inscrevem-

-se sempre nos limites do suportável e funcionam como um óptimo cartão de visita. Além de que vários especialistas sublinham a influência que o sol tem na disposição das pessoas – e não é apenas psicológico: 15 minutos de exposição diária bastam para suprir-mos a nossa necessidade de vitamina D.

Num país que atravessa um profundo momento de crise, o nosso clima é das poucas coisas que nos vai pondo um sorriso nos lábios.

Preços acessíveisApesar de exigirem algum investimento, os festi-

vais dispõem de opções de preços que, com algum espírito de poupança, estão ao alcance da maior parte dos portugueses. Sobretudo se considerarmos a quali-dade dos artistas que cá vêm. Não é qualquer um de nós que pode ir a todos os dias do evento, mas, à

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partida, qualquer um pode ir um dia. Se isto é válido para nós, imaginem para os turistas estrangeiros, que auferem salários bem mais chorudos do que os nossos. Segundo os criadores dos UK Festival Awards (que fizeram parte do painel do já referido Talkfest'13), para os britânicos é mais económico vir a um festival em Portugal do que fazer férias em família.

Os preços acessíveis não se ficam pelos bilhe-tes. Da alimentação ao alojamento, passando pelas compras e viagens, fazer férias em Portugal é a garan-tia de ter uma experiência de lazer de qualidade a baixo custo.

Paisagens deslumbrantesSe dúvidas houver quanto à beleza das nossas

paisagens, sugiro que apanhem o primeiro comboio que encontrarem e que desfrutem das vistas no decurso da viagem. Desde nascentes a campos, passando por montes, vales e serras, Portugal é detentor de uma paisagem natural rica e variada – praticamente inexis-tente nos países industrializados.

Não se trata aqui de glorificar o ruralismo nem a falta de condições de habitabilidade – claramente manifestos em muitos recantos esquecidos do país. Trata-se de valorizar um conjunto de caracterís-ticas naturais que nos tornam numa agradável atracção turística.

Por fim, é difícil ter um olhar objectivo sobre o nosso próprio país, tornando assim injusta uma generalização que parte de problemas específicos para julgar todo um território. Há que separar realida-des e perceber que coisas boas coexistem com coisas menos boas, e que umas não anulam as outras. Temos sólidos motivos para acreditar que a nossa posição na rota internacional dos festivais venha a conso-lidar-se. Mas, como afirmou Álvaro Covões, “é um trabalho de formiga”, sobretudo porque “ a música é sempre o parente pobre das elites políticas”.

A música é apenas o argumento que faz com que os turistas venham. É preciso criar uma rede alargada de motivos que os façam ficar. Neste artigo tentá-mos enumerar alguns.

Portugal é um país bonito de se ver. Quem vem de fora sabe disso. Cabe-nos a nós adoptar um outro olhar. Ou alargar o nosso campo de visão.

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Met Gala 2013por Catarina Oliveira

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A exposição PUNK: Chaos to Couture estendeu-se à passadeira vermelha. Dezenas de celebridades aderiram ao tema da Gala do MET para se exibirem de uma maneira mais rebelde. Muitas marcaram a diferença, pela positiva e pela negativa. Muitas jogaram pelo seguro. A RTRO escolheu as 5 melhores e as 5 piores nesta galeria da gala mais excêntrica de sempre.

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1) Rooney Mara. Fiel a Given-chy, Rooney Mara aposta num vestido couture branco. A delicadeza do folho e brocado do tecido contrasta com o metal dos fechos e das sandálias, que convertem uma escolha já previsível para a actriz num look muito adequado e parti-cularmente belo.

2) Dakota Fanning. A jovem actriz marca presença num vestido com pormenor de costas que não deixa ninguém indiferente. Da autoria da casa Rodarte, o resultado teria de ser surpreendente e nem por isso demasiado excêntrico. Uma escolha fantástica para o MET.

3) Katy Perry. A cantora aborda o punk de uma perspec-tiva muito única e vira olhares ao mostrar o conjunto Dolce & Gabbana. Se se pergunta se é punk, ou não, o que acaba por importar é a extravagância elegante que Katy, arriscando imenso, consegue.

Met Gala 2013

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4) Cara Delevigne usa um decote super profundo e passa todo o feeling punk num incrí-vel vestido Burberry. Um vestido que assenta que nem uma luva à divertida modelo.

5) Sarah Jessica Parker. Uma escolha digna de MET ball, ousada e showstopper, com uma coroa mohawk de parar o trânsito. O vestido Giles Deacon é a opção acertada para a actriz.

O Melhor

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1) Zooey Deschanel. Num vestido Tommy Hilfiger a carismática actriz perde-se no meio da multidão. Com um tecido que pode fazer lembrar lençóis de cama a alguns, a RTRO não tem muito a dizer, apenas bocejar.

2) Miley Cyrus. Se o vestido Marc Jacobs poderia ter alguma graça, o cabelo grita Punk demasiado literalmente, e nem por isso lisonjeia Miley. Uma tentativa de se associar ao tema acaba traduzida num bad hair day.

O Pior

Met Gala 2013

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3) Jessica Biel. Saias por cima de calças voltou em força às passerelles mas a interpreta-ção de Jessica Biel acaba por ser mal conseguida, num look de leggings de rede que retira qualquer charme possível à actriz e torna o conjunto de Giambattista Valli barato. Ponto positivo: o falso piercing no nariz que marca uma ousadia bastante subtil por parte de Biel.

4) Madonna. Levou demasiado à letra a ideia da Gala, como se fosse uma pessoa punk que tivesse crashado a festa. O combinado Givenchy prima por um casaco com grandes tachas que acaba por se tornar vulgar, dada a falta de parte de baixo e os sapatos rosa choque total-mente desenquadrados.

5) Coco Rocha. A modelo perde-se no meio do exagero leopardo de Emanuel Ungaro. Há demasiado a acontecer, incluindo as botas enverniza-das, que impedem este look de conseguir ser excêntrico e ao mesmo tempo bonito.

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Se pensavas que era difícil ser estudante, experimenta tentar arranjar emprego.

Com o início da vida adulta propriamente dita começam também os problemas típicos desta fase da vida e, para piorar tudo, as poucas séries sobre mulheres que vivem em grandes cidades são tudo menos realistas e tornam impossível revermo-nos nas suas personagens ultra-privilegiadas- esta é para vocês, Carrie Bradshaw e Blair Waldorf!-, pelo menos até agora.

Refiro-me à série ‘Girls’ da HBO, cuja segunda temporada terminou no mês passado e já foi renovada para uma terceira, a ser transmitida ainda este ano numa data por determinar.

Devorei as duas primeiras temporadas como se de matéria para um teste do dia seguinte se tratasse. E, acreditem ou não, aprendi umas coisinhas com ela. Ou pelo menos redescobri.

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4 lições que aprendi com a

série ‘Girls’por Catarina Alves de Sousa

O teu curso superior não te prepara para nada

You know what the weirdest part about having a job is? You have to be there everyday, even on the days you don't feel like it. - Jessa, Girls

O que aprendem na sala de aula não vos vai ajudar muito no sentido prático da coisa. Com sorte, um estágio curricular (só ou dois no máximo, porque não andamos aqui para trabalhar de graça), poderá dar-vos uma pequena ideia da ética de trabalho do mundo “real”. No caso da Hannah, a personagem principal da série, as experiências profissionais não a ajudaram muito a avançar na sua carreira. É-lhe ofere-cida uma oportunidade daquelas que só acontece uma vez na vida - escrever um e-book, apesar de não ser uma escritora conhecida ou sequer com trabalhos publicados -, mas Hannah vê-se tão pressionada que não consegue passar da primeira página.

Esta é uma lição que aprendi sozinha, mas soube bem aperceber-me que este é um mal generalizado, se bem que tenha acabado de me dar conta do quão egoísta isto parece sob a forma escrita. Adiante.

Aceitar um trabalho que não nos preenche não significa desistir

You know who ends up living their dreams? Sad messes like Charlie. - Marnie

Pelo contrário, significa resistir.O melhor exemplo em ‘Girls’ é do de Marnie, a

melhor amiga de Hannah. É despedida da galeria de arte onde trabalhava e depara-se com a (triste) realidade: não há praticamente postos de trabalho para curadores de arte na cidade de Nova Iorque. E o que faz Marie? Procura trabalho na sua área, pois claro. Mas quando não há, não há e não vale a pena deprimir e baixar os braços. Assim, e porque é bastante bonita, Marie arranja um dos trabalhos que os amigos apelidam de pretty people jobs e torna-se promotora num bar. Foi o único trabalho que arranjou, não gosta dele e sente-se até envergo-nhada por ele, mas é o que tem e nem só de sonhos nos podemos alimentar. Algo melhor virá, mas até lá...

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Sê honesta contigo mesma

Please don't tell anyone this, but I wanna be happy. - Hannah

O medo de falharmos leva-nos muitas vezes a não reconhecermos perante ninguém algo que realmente desejamos. Quer seja um emprego praticamente impossível de conseguir, quer seja simplesmente o desejo de ser feliz.

Não há mal em ter medo. O que importa é saber-mos o que queremos e não queremos. Igualmente importante é admitirmos que não sabemos o que queremos. No fundo, o que realmente importa é sermos honestos connosco mesmos.

Rodeiem-se de pessoas positivas

I can't be surrounded by your negativity while I'm trying to grow into a fully formed woman. You hate everything! - Shoshanna

Uma das coisas que mudam na casa dos 20 anos é o estreitamento do nosso círculo social. É aqui que começamos realmente a “separar o trigo do joio” e

distinguimos mentalmente os nossos amigos, dos conhecidos, dos colegas e dos “amigos das saídas”.

É óbvio que nos sentimos melhor quando as pessoas à nossa volta demonstram atitudes positi-vas, tal como o contrário também se verifica, mas isso não significa que não devemos dar apoio aos nossos amigos quando estão em baixo. Devemos sempre estar cá para e por eles, afinal também gosta-mos de falar com alguém nos nossos piores dias.

No entanto, se há alguém a ser constantemente desagradável e depreciativo em relação a nós, a outros ou a episódios da vida em geral, se calhar o melhor é mantermos uma distância saudável. Não é por acaso que esta é a altura de filtrar amizades.

4 lições que aprendi com a série ‘Girls’

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Ligeiramente Casados

Um romance apenas “ligeiramente” histórico

por Ana Cristina Silva

Situado na Inglaterra do Século XIX, mais concre-tamente, em 1814, aquando do rescaldo das Guerras Napoleónicas, este romance conta-nos a história de Aidan Bedwyn e Eve Morris. Ele, o segundo filho de uma família aristocrática e conhecido pela sua arrogância, é um soldado que leva o seu sentido de honra a extremos. Ela, filha de um rico mineiro, é uma mulher doce mas segura de si mesma.

Cumprindo uma promessa que fez ao irmão de Eve no seu leito de morte, Aidan propõe-se a proteger e cuidar dela. O único problema é que Eve recusa a sua protecção até que, em riscos de perder a casa, se vê “forçada” a aceitar o honrado pedido de casamento de Aidan. O casamento realiza-se e, apesar de inicialmente não ser mais do que um casamento de conveniência, o amor tinha outros planos para os dois.

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Aidan foi no início um herói difícil de gostar devido à sua aparente frieza, mas à medida que lentamente se apaixona por Eve, muda também o modo como o vemos; ele começa a abrir-se à possibi-lidade de uma vida de felicidade com ela – algo com que nunca sonhou quando lhe propôs casamento. E começamos também nós a apaixonar-nos e suspi-rando aos poucos por ele, assim como acontece com Eve (como quando Aidan lhe sorri pela primeira vez ou arranja inúmeras desculpas para adiar a sua partida).

Já Eve aparece como uma verdadeira heroína, forte e decidida. A candidata menos provável para casar com um dos aristocráticos irmãos Bedwyn. Apesar dos contratempos, Eve mantém sempre a cabeça erguida e chega mesmo a enfrentar a família Bedwyn, em particular o Duque de Bewcastle (este sim, demasiado arrogante e frio), mantendo sempre a sua integridade.

O romance entre os dois constrói-se lentamente, já que ambos têm dificuldade em compreenderem-

-se, vivendo em circunstâncias sociais tão diferentes. Mas, eventualmente, como em todas as boas histó-rias de amor acabam por descobrir facetas um do outro que apenas tornam mais difícil separarem-se, independentemente de tudo o resto.

“Li algures que, muitas vezes, passamos a vida inteira à procura de algo que já temos.”

Mary Balogh in “Ligeiramente casados”

O que tornou a relação de Eve e Aidan realmente credível foi que realmente assistimos à sua constru-ção – antes dos acontecimentos iniciais do livro eles não se conheciam e não houve qualquer tipo de amor à primeira vista entre os dois (sempre um pouco irrealista). Pudemos ver/ler alguma atracão e química entre os dois, bem visível nas (infelizmente) poucas cenas de amor entre os dois. Formam um par inespe-rado e, no entanto, perfeito, na medida em que se

complementam muito bem. Eve e Aidan são um exemplo do cliché “os opostos atraem-se”: o emocio-nal vs. o prático, o fogo vs. o gelo; uma espécie de Elizabeth e Darcy.

“Ligeiramente casados” é uma história completa-mente focada nas emoções dos dois protagonistas românticos e na relação que cresce entre eles apesar das suas “melhores” intenções. Mary Balogh tem uma escrita bastante fluída, dando particular atenção às descrições dos espaços, do ambiente; ao contexto social, mas não histórico, da altura. O livro não deveria, pois, ser apelidado de histórico pois quase nada nos oferece sobre factos históricos, é sim um livro de época que nos traz uma bela história de amor.

“Ligeiramente casados” é, à semelhança de outros livros de Mary Balogh, essencialmente, um conto de fadas em que duas personagens de mundos ligeira-mente diferentes se vêem unidas pelas circunstâncias da vida. Durante as cerca de trezentas páginas do livro e por entre retratos da sociedade da altura, assistimos ao construir de um amor que só podia ter um final feliz.

Título: Ligeiramente Casados [Bedwyn #1]

Título original: Slightly Married

Autora: Mary Balogh

Tradutor: Margarida Luzia

Editora: Asa

Edição: Março de 2013

Páginas: 336

Género: Romance Histórico

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lEr.VEr. ouVir.por Mariana Sá

LerA Guerra dos Tronos: As Crónicas de Gelo e Fogo

Autor: George R. R. Martin

Editora: Saída de Emergência

Ano: 1996

Se andas à procura de literatura épica de qualidade… Se andas à caça de um substituto para o Senhor dos Anéis ou O Hobbit, não procures mais!

Provavelmente já ouviste falar da Guerra dos Tronos (Game of Thrones, no original). Se não nos livros, pelo menos da série da HBO (e do popular meme “Brace yourselves, Winter is coming!”) que anda na boca do mundo por óptimas razões. Não tem um Hot Jesus, mas tem um anão (O Imp, uma das personagens mais marcantes) que batalha por reconhecimen-to paternal e está envolvido nos jogos de poder.

As crónicas têm 3 histórias centrais, que se vão interligando. A guerra civil e crise dinástica entre várias famílias concor-rentes pelo controlo dos 7 Reinos; a ameaça de criaturas sobrenaturais que vivem para além da muralha que prote-ge o Norte, vista pelos olhos de John Snow; e a ambição de Daenerys Targaryen, filha exilada do rei assassinado, de regressar ao trono.

A série tem sido bastante fiel aos livros, por isso, para quem quer mergulhar a sério nesta história épica, espectacular-mente idealizada por R.R. Martin, não vale perder tempo. Agarra nos livros e devora-os. A série é viciante e o melhor é que o autor ainda continua a alimentar a história. Para já, estão publicados 5 volumes, mas estão previstos mais dois.

Brace yourself, winter is coming! (Pelo menos, na HBO a série já voltou, toca a ler os livros antes!)

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VerComboio Nocturno para Lisboa

Realização: Bille August

Elenco: Jeremy Irons, Mélanie Laurent

Ano: 2013

Género: Romance/ Thriller

Quando estiveram em Portugal o alarido foi enorme. Jeremy Irons estava de volta para filmar em solo luso. Uma produ-ção internacional com selo suíço, alemão e português, com a participação de actores portugueses, ainda que em papéis secundários.

O filme, inspirado no romance filosófico de Pascal Mercier (2004), conta a história de Raimund Gregorius (Jeremy Irons). Professor de Latim de 57 anos, que vive em Berna (Suíça) uma vida perfeitamente organizada e insípida. No entanto, tudo muda quando, após impedir uma mulher de cometer suicídio, acaba por se salvar a ele próprio.

Tudo porque, inesperadamente, a mulher misteriosa desa-parece e deixa com o professor um casaco vermelho com o livro “Um Ourives das Palavras” de um médico, poeta e resistente português, Amadeu do Prado. O professor, preso a uma vida simples e monótona, apanha o comboio para Lisboa em busca de respostas sobre quem era a mulher do casaco vermelho e conhecer o passado de Amadeu. Pretendia descobrir mais sobre o autor, um aristocrata rebelde que esteve envolvido com as forças da resistência que levaram à revolução dos cravos. O livro coloca as mesmas perguntas que têm assombrado Raimund há anos: "Existe um segre-do debaixo da superfície da actividade humana?"; "E se nós realmente apenas vivemos uma parte do que temos dentro de nós, o que é que acontece ao resto?"...

À medida que desvenda a vida de Amadeu de Prado, Gregorius revive a sua própria vida e mata a monotonia...

OuvirThe Face EP

Autor: Disclosure

Editora: Greco-Roman

Ano: 2012

Género: Eletrónica, House, Electropop

Em Fevereiro deste ano, a NME escrevia sobre “White Noise” com Aluna George: Os Disclosure acabam de lançar uma das melhores músicas de dança do ano. Podia ser considerado um comentário precoce, mas duvido que alguém mude de ideias…

A verdade é que este dois irmãos têm produzido material de alta qualidade, desde que em 2010 (na altura com 15 e 18 anos) mostraram ao mundo as suas produções e rece-beram louvores da media especializada. Não pode ser mera coincidência. Howard e Guy Lawrence lançaram o “The Face EP” a meio de 2012 e no mês seguinte a versão remix.

As músicas são altamente viciantes e conseguem entrar nas playlists de rádios mainstream. Aliás, certamente já ouvis-te alguma música do duo britânico. Por exemplo, “Latch” com participação de Sam Smith ainda está em alta rota-ção nas rádios portuguesas.

Mas vem por aí muita novidade. A 3 de Junho deste ano, deve sair o primeiro álbum pela etiqueta PMR.

O duo está actualmente em digressão mundial e Portugal está na lista de actuações. Aliás, estas prometem ser bem interessantes, já que ao vivo não se apoiam apenas na tecnologia. Servem-se de instrumentos para complemen-tar as suas produções. Portanto, se quiserem compro-var o hype, marquem nas vossas agendas: 12 de Julho, Optimus Alive!

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vspor Ana Rodrigues

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3

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Chic

Wishlist 1MTWTFSS Weekday, aprox.

28€

2RAG & BONE, aprox.

270€

3Vagabond, aprox. 72€

4New Balance, aprox. 72€

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vs1 2

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Cheap!

1Topshop, aprox. 12€

2Pull & Bear, aprox. 30€

4Topman, aprox. 36€

3Zara, aprox. 46€

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