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Novos tempos para o bairro O prédio do Mercado Público também integra o projeto de revitalização do Centro Histórico da Capital, capitaneado pela prefeitura, por meio do Programa Viva o Centro. Leia na página 03 O Natal está no ar Na Galeria Chaves, história e modernidade se confundem e e dão o tom do Natal. No Centro de Porto Alegre, outras manifestações estão programadas para comemorar a data. Páginas 06 a 09 ANO I - Nº 01 2ª quinzena Dezembro de 2011 CENTRO HISTÓRICO IVO GONÇALVES/PMPA Os enfeites anunciam a melhor época de todo o ano DANILO FERRAZ

Rua da Praia # 01

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O jornal do Centro Histórico de Porto Alegre.

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Page 1: Rua da Praia # 01

Porto Alegre - Ano I - Nº 012ª quinzena - Dezembro de 2011

Novos tempos para o bairro

O prédio do MercadoPúblico também integra o

projeto de revitalização doCentro Histórico da Capital,

capitaneado pela prefeitura, por meio do Programa Viva o Centro.

Leia na página 03

O Natal está no ar

Na Galeria Chaves, história e modernidade se confundem e e dão o tom do Natal. No

Centro de Porto Alegre, outras manifestações estão programadas para comemorar a data.

Páginas 06 a 09

ANO I - Nº 012ª quinzenaDezembro de 2011

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Os enfeites anunciam a melhor época de todo o ano

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Informativo e engajadoOs problemas sociais em

nosso País tomaram dimensões que os go-vernos sozinhos não

podem resolver. Necessitam, ou-trossim, da participação ativa da sociedade. Por isso, ganha corpo no Brasil a discussão sobre o pa-pel das empresas e das ONGs – Or-ganizações Não Governamentais – como agentes no processo de desenvolvimento social. A socie-dade e o empresariado se dá con-ta da sua responsabilidade frente à valorização do ser humano, ao desafio da educação, da saúde e

à defesa do meio am-biente. A co-partici-pação dessas entida-des assume conduta ética nos seus rela-cionamentos com o comércio, funcioná-rios, fornecedores, cli -entes, governo e co-munidade.

Pensando neste assunto, resolvemos tomar a iniciativa de criar um jornal temático: o Rua da Praia, em parceria com alguns colaboradores e profissionais do

ramo. Queremos fa-zer um jornal dife-renciado, que conte um pouco da história do Centro Histórico de Porto Alegre, do cotidiano, da riqueza cultural, das trans-formações que vem sendo realizadas, do folclore, das progra-mações artísticas e outros assuntos do

dia-a-dia, que muitas vezes an-dando pelo nobre bairro, acaba-mos nem tomando conhecimento.

O jornal não se restringirá tão somente a estes temas. Vai traba-lhar, também, assuntos polêmicos, como por exemplo a saúde do nos-so povo e as necessidades da po-pulação, mas com uma abordagem diferenciada, ou seja, buscando as soluções práticas, sem discriminar ou ser discriminado.

Desde já, esperamos con-tar com a colaboração de todos, pois nosso intuito é de melhorar a qualidade de vida do cidadão.

Dámaso MacmillanDiretor Executivo

Rua dos Andradas, 1560 - 6º andar - Galeria MalconCentro Histórico - CEP: 90020-012 - Porto Alegre - RSFone: 51 3433.7640

ht tp: / / jornal ruadapra ia .b logspot .com

Diretor Executivo: Dámaso Macmillan

Editora: Eliana Freitas MainieriJornalista Diplomada - Reg. Prof. MTB 4665/RS

Conselho editorial:Dámaso Macmillan, Eliana Freitas Mainieri e José Francisco Alves

Fotografia: Danilo FerrazE-mail: [email protected] - Fone: (51) 9102.3364

Design Gráfico e Criação Publicitária: José Francisco Alves – F.: 51 9941.5777

Colaboradora desta edição: Soyla Cidade (Cerimonialista)

O jornal Rua da Praia é um veículo de comunicação de grande circulação, que enfoca o cotidiano e os aspectos mais destacados do bairro Centro Histórico da Capital gaúcha e de suas cercanias. O periódico traz, em suas páginas, os assuntos mais variados, passando por cultura, gastronomia, história, curiosidades e contempla todo o tipo de informação indispensável para cada um dos públicos que reside, trabalha ou transita nesta nobre e tradicional região da cidade de Porto Alegre.

Os artigos e anúncios são de responsabilidade exclusiva de seus autores e agências. Portanto, não representam a opinião do jornal Rua da Praia. A reprodução do conteúdo da edição é expressamente proibida sem consulta prévia à editoria.

Primeiro provedor de Inter-net da cidade de Porto Alegre, o PortoWeb foi criado pela PRO-CEMPA em 1996. Oferece à co-munidade os serviços de acesso à Internet, correio eletrônico e hospedagem e desenvolvimento de sites. Seu portal disponibili-za conteúdo próprio, tendo como diferencial o foco local e as ações sociais. Integram o portal os hotsites PW Tambor (música), PW Cidadão, PW Datas Comemo-rativas e PW Verde, além do Por-tal da Solidariedade. Esse último

consiste em um programa que desenvolve e hospeda, gratuita-mente, sites para organizações não-governamentais e entidades sem fins lucrativos.

Em 2010, o PortoWeb con-quistou dois importantes prê-mios em nível nacional: o Prêmio Converge de Inovação Digital, na categoria Projetos Sociais (pelo Portal da Solidariedade), e o Prê-mio ARede – modalidade setor público, categoria serviços ao cidadão, pelo projeto “A Internet Social de Porto Alegre”.

Portal da SolidariedadeVinculado ao PortoWeb, o

Portal da Solidariedade desenvol-ve e hospeda, sem ônus, páginas na Internet para Organizações Não Governamentais e entidades sem fins lucrativos. São contem-pladas as organizações inscritas através do formulário disponível no próprio portal, e que compro-vadamente tenham como missão desenvolver atividades em bene-fício da população. Para conce-der o benefício, são considerados fatores como ordem de inscrição,

organização do material a ser divulgado, e serviços prestados pela entidade.

Desde o início do programa, em 2006, até o final de 2011, o Portal da Solidariedade beneficiou 67 organizações. A lista de ONGs Parceiras ativas, o formulário de inscrição e as regras do programa podem ser acessadas em:

PortoWeb – A Internet Social de Porto Alegre

ABER

TURA

EDITORIAL

RESPONSABILIDADE SOCIAL

www.portoweb.com.br/solidariedade.

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C rescimento do índice populacional, valoriza-ção dos imóveis resi-denciais e comerciais e incremento no setor

comercial e de serviços, com a abertura de lojas conceito, novos restaurantes e revitalização de antigos espaços são alguns dos impactos positivos provocados pelo projeto de Revitalização do Centro Histórico da Capital, capi-taneado pela prefeitura, por meio do Programa Viva o Centro.

Entre as intervenções de maior impacto na área central, es-tão a revitalização do Largo Glênio Peres, que deu uma nova imagem àquela área com a colocação de deques e mobiliário qualificado nos bares do Mercado Público, numa parceria da prefeitura com a Coca-Cola e Grupo Vonpar; a mo-dernização e ampliação do Chalé da Praça XV e reurbanização da mesma praça; a recuperação de mais de 20 prédios históricos, por meio do Projeto Monumenta; o Camelódromo, que retirou os co-

merciantes informais do Centro e organizou-os num espaço qualifi-cado; entre tantas iniciativas que resultaram numa área mais atrati-va, ressalta Glênio Bohrer, coorde-nador do Projeto Viva o Centro.

O último censo realizado re-gistra crescimento populacional de 6,2% no bairro Centro Histórico, enquanto o índice de crescimento em toda a cidade foi de 3%, infor-ma Bohrer. O reflexo é sentido no número de marcas comerciais que se instalaram na área em grandes espaços como a Gaston/Paque-tá, a Petiskeira, as temakerias do Mercado e da Siqueira Campos, o MacDonald´s, a loja conceito da Renner que será inaugurada no prédio da antiga Livraria do Globo e a nova Galeria Chaves que tam-bém passou por todo um processo de revitalização, conclui.

Obras em andamento ou em fase de conclusão qualificarão ainda mais o Centro Histórico, nos próximos meses. A restauração da Igreja das Dores está com entre-ga prevista para o final do ano,

a reconstrução do antigo casarão da Duque de Caxias, que abrigará a Pinacoteca Ruben Berta, deve estar concluída no primeiro tri-mestre de 2012, a revitalização da Praça da Alfândega, a ilumina-ção cênica da Usina do Gasômetro pelo Projeto Reluz e a recupera-ção do Túnel da Conceição.

AtrativosNovos projetos, alguns em

fase de licitação, outros já aprova-dos, prometem transformar o Cen-tro Histórico no mais importante atrativo turístico da Capital. Para atender o público que deverá mi-grar para essa área, em função da repercussão do megaempreendi-mento do Cais Mauá, que vai proje-tar a cidade internacionalmente, a prefeitura trabalha na implantação das garagens subterrâneas, cuja manifestação de interesse está em andamento; na construção de viaduto ligando as avenidas Júlio de Castilhos e Castelo Branco, que eliminará o xis da Rodoviária.

Projetos de impacto na cida-

de trarão importantes benefícios para o Centro Histórico. A im-plantação do Metrô e o projeto de novo mobiliário urbano represen-tarão um avanço na qualificação da acessibilidade e das condições ambientais ao reduzir o tráfego pesado e desenhar uma nova ima-gem de espaço público.

CulturaA oferta de equipamentos

culturais será incrementada pelo Teatro da OSPA, pela construção da Pinacoteca Municipal e do Centro Cultural da Caixa, que prevê para 2012 sua abertura, disponibilizan-do uma sala de espetáculos para 600 pessoas e salas de exposições, através da recuperação do prédio do antigo Cine Imperial.

A recuperação do Centro his-tórico de Porto Alegre se alinha ao movimento internacional de recuperação de sítios históricos, principais polos geradores de tu-rismo nas grandes cidades e re-ferência da memória e cultura de seus habitantes.

Revitalização do Centro atrai investimentos e valoriza espaços

CENTRO HISTÓRICO

Chalé da Praça XV foi

modernizado e ampliadoLU

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O Caminho dos Antiquários é um projeto desenvolvido pela Prefeitura de Porto Alegre em parceria com a comunidade e é uma iniciativa que está inserida no Programa de Revitali-zação do Centro. Tem como objetivo valorizar o trecho que

liga a Praça Daltro Filho à Praça Marquesa de Sevigné, compreendendo trechos das ruas Marechal Floriano Peixoto, Demétrio Ribeiro, Coronel Genuíno e Fernando Machado. Esta região caracteriza-se pela grande concentração de estabelecimentos que comercializam antiguidades.

O espaço, já repleto de lojas de antigidades, foi transformado em uma grande feira a céu aberto que acontece todos os sábados. A Rua Marechal Floriano, entre as ruas Fernando Machado e Demétrio Ribeiro é fechada e as lojas colocam seus produtos na rua. A Praça Daltro Filho recebe mais de 20 expositores de toda a cidade. Por meio dessa iniciativa foi possível resgatar parte da história e da identidade da capital gaúcha, incentivando a formação de mais um ponto turís-tico em Porto Alegre.

Feira do Caminho dos AntiquáriosTodos os sábados das 10h às 16h (Exceto em dias chuvosos)Antiguidades – artesanato - artes plásticas - atrações culturais.Na última quadra da rua Marechal Floriano Peixoto e Praça do Ca-pitólio.

Mais informações:Telefone: 51 3224 2889Página oficial: www.caminhodosantiquarios.com.br

Um convite à arte eà cultura

CAMINHO DOSANTIQUÁRIOS

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Uma grande feira a céu

aberto acontece todos os sábados

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O movimento “Porto Ale-gre: Eu curto. Eu cuido” conta com nova parce-ria para revitalização do

calçadão da Rua dos Andradas, no projeto Minha Calçada. No dia 9 de dezembro, a prefeitura firmou termo de compromisso com a As-sociação dos Bancos do Estado e o Sindicato dos Bancos nos Estados do Rio Grande do Sul e Santa Ca-tarina, que doarão ao município o projeto técnico. A prefeitura será responsável pelo investimento na execução da obra.

O projeto Minha Calçada vai revitalizar as calçadas da cidade e conscientizar os cidadãos sobre as suas responsabilidades no proces-so de conservação dos passeios públicos. Para dar o exemplo na iniciativa, a prefeitura iniciou a ação pelos próprios municipais. A avenida Borges de Medeiros, embaixo do viaduto Otávio Ro-cha, está recebendo a primeira intervenção. A partir do dia 10 de dezembro, começaram as notifi-cações aos proprietários dos imó-

veis privados, no Centro Histórico e na Cidade Baixa.

Na solenidade de assinatu-ra do convênio, o prefeito José Fortunati enfatizou a importân-cia das parcerias que o municí-pio estabeleceu para implantar o projeto. “A prefeitura está empe-nhada em fazer a sua parte na re-cuperação dos passeios dos pró-prios municipais e dar o exemplo à população da responsabilida-de de cada um. Esse ato marca também o comprometimento da associação em apoiar a recupe-ração de um espaço muito caro ao cidadão porto-alegrense”, re-forçou Fortunati, destacando o apoio do Ministério Público na construção do projeto.

Para o presidente da As-sociação dos Bancos do Estado, Túlio Zamin, o objetivo da enti-dade é dar a sua contribuição no resgate da Rua da Praia. Confor-me a coordenadora do Gabinete de Articulação Institucional, Ana Pellini, a Associação irá contratar um diagnóstico para recuperar a

extensão da Rua dos Andradas na área do calçadão. O trabalho inclui projeto para as redes sub-terrâneas de serviços, como água, esgoto, energia e rede lógica. O tipo de cobertura para o passeio será definido após o estudo, com base nas normas já definidas pela legislação municipal. A proposta técnica deve ser concluída em seis meses, com início das obras, após licitação, até o final de 2012.

Minha CalçadaA implantação do projeto

acontecerá em toda cidade de for-ma gradual. A prefeitura está lan-çando mais um edital, que abran-gerá um segundo trecho formado pelos seguintes eixos: Rua da Conceição; avenida Castelo Bran-co, rua Câncio Gomes e avenida Cristóvão Colombo.

A iniciativa envolve par-cerias com o Ministério Público Estadual, por meio do projeto Andanças, Câmara dos Dirigen-tes Lojistas (CDL), Sindilojas, Sindpoa, Crea, Orçamento Parti-

cipativo, Banrisul, Setcergs, As-sociação dos Bancos do Estado, Associação dos Carros Fortes, CEEE e concessionárias que uti-lizam redes subterrâneas.

Consulte sua calçadaTodas as informações sobre

as calçadas vistoriadas e incluí-das na primeira etapa do projeto estão disponíveis na Internet (veja abaixo). Orientações tam-bém podem ser obtidas no Fala Porto Alegre, pelo telefone 156.

Para maiores detalhes:www.falaportoalegre.com.br/

minhacalcada

Cronograma dos passeios de responsabilidadeda prefeitura:

Novembro - Início da obra de recuperação do calçamento do Viaduto Otávio Rocha.

Dezembro - Início das obras em frente à escola municipal Pau-lo Freire, no Largo Zumbi dos Pal-

mares e na Casa da Harmonia (av. Loureiro da Silva esquina com rua Sarmento Leite).

Em um investimento de maior porte, será contratada uma refor-ma de toda a Andrade Neves. A via será alargada e serão recuperados todos os passeios. O valor é de cer-ca de R$ 400 mil. A obra deve ser iniciada só em janeiro devido ao movimento de final do ano.

Janeiro - Será trocado todo o calçamento ao redor do Mercado Público. Em parceria com a Coca Cola/Vonpar será recuperado o Largo Glênio Peres, substituindo a pedra portuguesa por paralelepí-pedo e o basalto por concreto com desenhos que imitam os atuais. A obra se iniciará depois das festas de fim de ano, a pedido dos per-missionários do Mercado.

Fevereiro - Será lançada a licitação para trocar todo o piso da Praça XV (José Montaury). O projeto está em fase final de elaboração, por isso, só será lici-tado em fevereiro. Investimento de R$ 900 mil.

Firmado termo de compromisso para arevitalização da calçada da Rua da Praia

PARCERIA

José Fortunati, prefeito de Porto Alegre, assina acordo em prol da Rua dos Andradas... ...com Túlio Zamin, presidente da Associação dos Bancos do RS

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Galeria Chaves: ontem e hoje com muito charme

O prédio que abriga a galeria comercial mais antiga de Porto Alegre está sendo totalmente

recuperado e devolvido ao uso pleno da comunidade porto-ale-grense. A recuperação começou a partir de 2009, e em março de 2012 será inaugurado o piso da Rua José Montaury, com mais 14 lojas e a primeira Central de Cashs Bancários para pagamentos, re-cebimentos e saques, envolvendo todas as instituições bancárias, conforme o Administrador da Ga-leria Chaves e idealizador do pro-jeto, Rogério Wagner.

No ano de sua inauguração, em 1936, a Galeria Chaves conta-va com 30 lojas e 30 escritórios, e em março serão 45 lojas. Fo-ram acrescidas ao projeto de re-cuperação duas escadas rolantes fazendo a ligação da Rua dos An-dradas com a Rua José Montaury e vice-versa. Os dois elevadores antigos, que tiveram como ascen-sorista Leonel de Moura Brizola,

foram recuperados e contam com equipamentos modernos, mas mantendo a estrutura antiga, com grades. Foram restaurados os vitrais internos, claraboia, pi-sos e as fachadas internas e ex-ternas, além da recuperação das coberturas e instalações elétrica e hidrossanitária.

Conforme Rogério Wagner, todos os detalhes da construção foram mantidos e a estrutura pre-servada, recebendo nova pintura e muitos cuidados especiais, numa demonstração de que “preservar é chique”! E para mostrar às novas e antigas gerações a beleza e a trajetória histórica do local, no

mural do térreo da Galeria Chaves haverá, a partir de janeiro, uma exposição de fotos da época anti-ga, de pessoas que vinham passe-ar na galeria e eram fotografadas. “Nelas, aparecem os netos de on-tem que hoje são avós”, comenta.

Quem tiver imagens antigas do local e quiser colaborar, pode ceder o material no 4° andar do prédio, no conjunto 41 da Gale-ria Chaves (Rua dos Andradas, 1.444, Centro Histórico). As fotos serão escaneadas e devolvidas no ato. Mais informações a respeito podem ser obtidas pelo telefone (51) 3221.9776.

Um pouco de história...O prédio foi projetado em

1936 pelo arquiteto, escultor e mestre Fernando Corona, com a colaboração de Nilo de Lucca no planejamento, sendo executado por Azevedo, Moura & Gertum. Em estilo neo-renascentista e estrutura de concreto armado, a edificação é constituída por

A recuperação da Galeria Chaves compõe um conjunto de intervenções que está mudando o visual da área central da cidade, requalificando o Centro Histórico. Por meio do Projeto Viva o Centro, diversas ações estão previstas para a região.

Fachadas decoradas... ...e intensa movimentação

BOAS FESTAS

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Presença do Papai Noel mantém a

tradição do Natal

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07porão, térreo, entre-solo ou me-zanino e quatro pavimentos na parte superior.

A imponente fachada junto à Rua da Praia, com amplo por-tal de entrada ladeado por duas colunas jônicas e pórtico de qua-tro colunas da mesma ordem no primeiro pavimento, todas em granito róseo, lembra os palá-cios renascentistas. Arrematada por cornija, revestida com pó de pedra aglutinado em tom grafi-te, é articulada por três planos principais:

• O embasamento compos-to pelo térreo e entre-solo, com revestimento imitando pedra aparelhada;

• uma área constituída pelos três andares intermediários, com janelas retangulares com venezia-nas e sacadas com gradis, agrupa-das de três a três, com desenho variado, separadas por pilastras lisas, que se distingue do térreo por um parapeito no primeiro pa-vimento configurado por uma ba-laustrada contínua;

• o último pavimento com uma sequência de aberturas em arco pleno, separadas por peque-nas colunas jônicas.

A Galeria Chaves também apresenta um portal de entrada na face de Rua José Montaury, que conduz, através de um lon-go corredor, ao nível superior da Galeria, junto à Rua dos Andra-das, que é iluminada por lustres de ferro, uma clarabóia e vitrais. O piso é revestido com placas de vidro trabalhado que permitem a iluminação do porão central.

O pavimento térreo é ocu-pado pela galeria comercial, por dois elevadores de ferro gradea-do, uma escada que conduz aos pavimentos superiores e outra que leva ao entre-solo, composto por salas comerciais com abertu-ras envidraçadas para a Rua dos

Andradas e para a Galeria. Origi-nalmente ocupadas por consultó-rios médicos, atualmente abrigam alguns restaurantes. Os pavimen-tos superiores, constituídos por apartamentos residenciais, passa-ram a abrigar lojas de comércio e serviços especializadas em artigos musicais.

A edificação, que abriga a galeria comercial mais antiga de Porto Alegre, foi tombada pelo Município de Porto Alegre em 17 de abril de 1986, com o nº 24.

(Fonte: www.portoalegre.rs.gov.br/culturawww.pt.wikipedia.org/wiki/Galeria_Chaves_(Porto_Alegre)

Presépio... ...e decoração natalina

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Neste Natal deixe a magia tomar conta da sua famí lia e envolver todos com o poder da união e da esperança.

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O Natal Verde do Centro Histórico foi lançado ofi-cialmente sábado, dia 3 de dezembro, na Esqui-

na Democrática da Capital, e se-gue com a realização de grandes atrações e eventos culturais até dia 20. A iniciativa pretende di-fundir pela Capital a celebração natalina comunitária, ressaltan-do a importância do desenvolvi-mento sustentável para garantir a preservação da natureza e a biodiversidade do planeta.

O projeto foi idealizado pelo Gabinete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa), em ação conjunta com a Rede de Amigos do Centro Histórico de Porto Ale-gre (AMICH) e conta com o apoio da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL- POA) e a Caixa Econômica Federal.

A programação iniciou com a apresentação da banda da Briga-da Militar, shows de malabaristas vestidos de Papai Noel, solistas de saxofone interpretando can-ções natalinas e o lançamento da Árvore Natalina Sustentável de cinco metros de altura, produzida e revestida de material reciclado, com mais de 1,5 mil garrafas Pet, construída pelo artista plástico Émerson Otharan, uma realização da CDL Porto Alegre. Na sequên-cia, o público pode conferir de perto no Mercado Público o Coral da Acirs (Sociedade Italiana do RS) e a Maratona Musical de 12 horas do Chalé da Praça XV.

Na cerimônia de abertura,

o secretário municipal do Meio Ambiente, Luiz Fernando Záchia, ressaltou que ações como esta são fundamentais para promover e incentivar a consciência am-biental na sociedade. De acordo com o coordenador-geral do Ga-binete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa), Newton Braga Rosa, o Natal Verde tem também um caráter lúdico e institucional. “A grande proposta é inovar sempre para divulgar e chamar a atenção sobre a importância da susten-tabilidade sócioambiental. Este projeto está integrado também a outras atividades de incentivo e inclusão social, como o Natal Bem Legal, promovido pela pre-feitura, através do Gabinete da Primeira-Dama. Durante o perío-do de realização do evento, estão sendo disponibilizadas caixas de recolhimento de presentes para crianças carentes, em diversas lojas, entidades e instituições do Centro Histórico.”

Diversas atrações compõem a programação do Natal Verde. Eventos sociais, ações e ativida-des culturais como uma Feira de Antiguidades no Mercado Públi-co, brechó, artesanato e oficinas sustentáveis serão promovidos, durante o período. Distribuídos em diferentes locais do Centro Histórico de Porto Alegre; como a Esquina Democrática, a esca-daria da Rua 24 de Maio, o Mer-cado Público e o Viaduto Otávio Rocha, grande parte da progra-mação é gratuita.

Natal Verde resgata o espírito natalino no Centro Histórico

Feira é destaque no Mercado PúblicoTeve início, também, a Feira do Natal Verde no

Mercado Público. Baseada em conceitos ecológicos e ambientalmente responsáveis, conta com uma exposi-ção de antiguidades, brechó, artesanato ecológico e a promoção de oficinas de reciclagem.

A programação é distribuída em diferentes locais do Centro Histórico como a Esquina Democrática, a escadaria da Rua 24 de Maio, o Mercado Público e o Viaduto Otávio Rocha, contemplando diariamente di-versas atrações lúdicas como corais natalinos, saraus e orquestras jovens. Todos os eventos são abertos ao público e gratuitos.

O projeto foi idealizado pela prefeitura, por meio do Gabinete de Inovação e Tecnologia (Inovapoa), em ação conjunta com a Rede de Amigos do Centro Histó-rico de Porto Alegre (AMICH) e conta com o apoio da CDL Porto Alegre e Caixa Econômica Federal.

CELEBRAÇÃO COMUNITÁRIA

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PAÁrvore Natalina reciclável é um dos destaques na Abertura do Natal Verde no Centro Histórico

Feira do Natal Verde no Mercado Público é baseada em conceitos ecológicos

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Alimentação leve durante o dia é

importante para compensar os

alimentos calóricos das ceias

Por Soyla Cidade - [email protected]

ETIQUETA

Porto Alegre - Ano I - Nº 012ª quinzena - Dezembro de 2011

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Fim de ano se aproximando é sinônimo de muitas festas e comemorações. Normalmen-te os alimentos consumidos

nessas reuniões são extremamen-te calóricos, ricos em gorduras, doces, sobremesas e bebidas ca-lóricas. Realmente esse não é o momento ideal para se iniciar um regime alimentar, mas sempre é hora de começar uma reeducação alimentar. De que forma?

• Na véspera de Natal e no Reveillon normalmente comemos muita variedade de pratos e com isso consumimos calorias em ex-cesso. Por isso durante o dia pro-cure fazer uma alimentação mais leve à base de carnes magras, ve-getais folhosos e frutas variadas.

• Antes das festas faça um lanche saudável utilizando frutas,

Ceia: um prazer que exige cuidados!

cereais integrais e queijo light. Esta é uma dica muito importan-te para não exceder na quantidade ingerida durante os eventos.

• O ideal é diminuir a quan-tidade de alimento a ser ingerido, e na medida do possível combinar pratos mais calóricos e elaborados com saladas variadas (utilizar vá-rios vegetais folhosos como por exemplo alface americana, rúcula, agrião, repolho, etc.), pois promo-vem a sensação de saciedade.

• Nas preparações dos ali-mentos substitua os produtos con-vencionais por lights (maionese, creme de leite, margarina, etc.).

• Dê preferência às prepara-ções assadas e grelhadas. Evite as frituras.

• Para as sobremesas abuse nas frutas e nos sucos. Utilize as

frutas da época, pois são baratas e de excelente qualidade: abacaxi, ameixa, goiaba, laranja, mamão, manga, maracujá, melancia, nec-tarina, nêspera e pêssego.

• Tire o foco da comida. O mais importante é estar com as pessoas, se confraternizar e até planejar em grupo uma mudança de padrão alimentar para o próxi-mo ano. Combinem para que nos próximos eventos as preparações sejam mais saudáveis.

• Priorize suas escolhas e não fique pensando (principalmen-te quando chegar em casa) no que não comeu... coma devagar até para perceber o quanto é suficien-te para você!

No mais, divirta-se, tenha um excelente Natal e Ano Novo cheio de realizações!

O panetone é um alimento tradicional da época de Natal de origem milanesa, do norte da Itá-lia. Várias lendas tentam explicar a sua origem. O pão doce de na-tal possui fragrância discreta de baunilha e recheio de frutas secas

A origem do panetonetais como damasco, laranja, limão, figo, maçã, cidra e a uva passa.

Durante sua fabricação a massa passa por um processo de fermentação natural que bus-ca garantir que o panetone fique com uma consistência macia. Com o tempo a receita sofreu diversas inovações, e aprimorada deu ori-gem ao Chocotone, Sorvetone e a Colomba Pascal, variações mais conhecidas da receita.

A palavra panetone (do ita-liano panettone) tem sua origem no vocábulo milanês panattón, de origem e significados controversos.

LendasUma antiga lenda diz

que o panetone foi criado no século XVII por um padeiro da região da Lombardia cha-mado Toni que se apaixonou por uma moça e para impres-sionar seu sogro criou uma nova receita de pão recheada com frutas cristalizadas. Com o tempo esse pão recebeu o nome de “pao di toni” ou seja o pão do toni que atualmente é chamado de panetone.

(Fonte: Wikipédia)

É fim de ano, e para que você possa aproveitar os even-tos corporativos, e para que estas festas não se tornem uma armadilha em sua carreira profissional, alguns cuidados devem ser tomados. Lembre-se de que apesar de muitas vezes mais informais do que o ambiente de trabalho, elas continuam sendo momentos onde a postura profissional não deve ser esquecida de forma alguma.

A festa é um prosseguimento da rotina da empresa, e junta-mente com a diretoria neste ensejo todos estarão reunidos em mo-mento festivo. Porém a festa acaba, o ano acaba, mas se você co-meter alguma falha, com certeza será lembrado nos dias seguintes.

Para que você mantenha sua imagem em alta, aqui vão algumas dicas:

- Evite decotes exagerados, roupas curtíssimas e transparên-cias, a melhor opção é uma roupa bonita, porém discreta.

- Ao comer mantenha-se como é de seu costume, nada de exageros.

- Cuidado com excesso de bebida, ficar alcoolizado na frente do chefe, falar besteiras para um colega de trabalho é péssimo para a imagem de uma pessoa.

- Evite assuntos de trabalho, principalmente com o chefe, não é o momento adequado para resolverem pendências funcionais.

- Jamais mostre seus dotes de dançarina neste tipo de ambien-te, isto com certeza irá abalar sua imagem! Lembre que os exageros serão comentados no dia seguinte, e mesmo colegas que lá não com-pareceram tomarão conhecimento deste episódio notório.

- Demonstre simpatia e mostre o seu lado divertido para os colegas, agregando a todos, porém, sem se tornar o centro das atenções.

- Dance comportadamente, procure acompanhar seus colegas se estiverem se divertindo sem jamais mostrar aquelas dancinhas exageradas.

- Tirar o calçado para acompanhar uma colega que está fazen-do isto é de péssimo gosto, mantenha-se em cima dos saltos.

- Mesmo com todos os cuidados, se perceber que a bebida insiste em tomar conta, afaste-se um pouco, tome um copo d’água, e só retorne ao grupo quando sentir-se bem segura.

Lembre-se que o clima é de festa, mas quando tiver que re-tornar ao trabalho vai precisar do ambiente sadio para conviver em bom nível com seus colegas e superiores.

Outra dica muito importante é não ‘ficar’ com colegas de tra-balho durante a festa, esse é um segredo difícil de esconder, e com certeza vai ser comentário geral. Se estiver interessado por alguém do trabalho, não deixe de viver seu bom momento, discretamente. Marque data e local fora deste ambiente e boa sorte.

Estas dicas irão contribuir para que as festas de fim de ano não sejam o fim de sua carreira. Um feliz 2012!

Confraternizações de final de ano em empresas

TRADIÇÃO

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PICO

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Tradicional rua do Centro Histórico da Capital, a General An-drade Neves passará por revitalização. Segundo o secretário mu-nicipal de Obras e Viação, Cássio Trogildo, as intervenções devem iniciar logo no início de 2012. “Com a conclusão da licitação, aguardaremos o fim do processo de contratação e a passagem deste período de fluxo intenso naquela região, em função do comércio”, informa o titular da Smov.

Com investimento de R$ 410.910,52, a obra contemplará o alargamento da via, que hoje conta com 3,8 metros de largura, em média, para 6 metros. Além disso, haverá o alinhamento e recu-peração do passeio, nova pavimentação e iluminação. “Esta obra atenderá uma reivindicação dos comerciantes de revitalização da-quela região e qualificará bastante a circulação tanto de pedestres, como de veículos”, acrescenta Trogildo. Executada pela empresa Contrulix, a obra tem previsão de durar 120 dias.

Andrade Neves passará por renovação

Para melhorar o atendimento aos cidadãos, os telecentros da Ca-pital estão em constante modernização e aprimoramento. No dia 2 de dezembro, foram entregues 11 novos kits no Telecentro do Mercado Público. A unidade funciona no 2º andar, sala 106, e foi a primeira a ser modernizada em virtude da relevância, por ser o centro que mais tem acessos (cerca de 3 mil por mês, aproximadamente 300 a 400 acessos ao dia). A infraestrutura de rede e acesso à Internet foi provida pela Procempa.

A solenidade de entrega no tradicional ponto de encontro dos gaúchos contou com a participação do secretário municipal de Direi-tos Humanos e Segurança Urbana, Nereu D’Avila, da coordenadora de Inclusão Digital e Acesso à Tecnologia (Cidat), Carla Gut Nassif, e do presidente do Sindilojas Porto Alegre, Roberto Neto Sielichow. A troca de equipamentos foi motivada pelo elevado tempo de uso dos compu-tadores, que já era de 5 anos.

De acordo com Nereu D’Avila, a expectativa é de que, até feverei-ro de 2012, todos os 32 telecentros estejam com novo layout e moder-nizados com os novos equipamentos. “O telecentro irá contribuir para a inclusão digital e social da comunidade, já que é um meio de fortalecer a cidadania, auxiliando e ensinando os cidadãos a obter os recursos e facilidades através da tecnologia”, destacou.

Incentivo nacionalO Telecentros.BR é uma iniciativa nacional, de responsabilidade da

Secretaria de Inclusão Digital, vinculado ao Ministério das Comunica-ções, que fomenta o acesso aos meios digitais nas comunidades.

Telecentros recebem novos computadores

Antônio Augusto Borges de Medeiros (Caçapava do Sul, 19 de novembro de 1863 — Porto Alegre, 25 de abril de 1961) foi advogado e político, foi presiden-te (era como se chamava os go-vernadores de estado na época) do estado do Rio Grande do Sul por 25 anos, durante o período conhecido como República Velha, sendo sucessor de Júlio de Casti-lhos. Chefiou os chimangos tam-bém conhecicos como borgistas na revolução de 1923.

Avenida Borges de Medeiros

INFORMES

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SAÚD

EPorto Alegre - Ano I - Nº 01

2ª quinzena - Dezembro de 2011

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Muito tem se falado sobre doação de órgãos e transplantes. Para melhor informar aos nossos leitores sobre tão importante tema, transcrevemos a seguir algumas informações e orientações apresentadas pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO):

Doar órgãos é doar vida!

Como poderei ser doador de órgãosapós a morte?

Para ser doador não é ne-cessário deixar nada por escrito, mas é fundamental comunicar à sua família o desejo da doação. A família sempre se aplica na reali-zação deste último desejo, que só se concretiza após a autorização desta, por escrito.

Como procedercom o potencialdoador cadáver

Considera-se como Potencial Doador todo paciente em morte encefálica.

No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é definido pela Resolução CFM Nº 1480/97, de-vendo ser registrado, em prontu-ário, um Termo de Declaração de Morte Encefálica, descrevendo os elementos do exame neurológico que demonstram ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como o relatório de um exame complementar.

Para constatação do diag-nóstico de Morte Encefálica é, ini-cialmente, necessário certificar-se de que:

1. O paciente tenha identifi-cação e registro hospitalar;

2. A causa do coma seja co-nhecida e estabelecida;

3. O paciente não esteja hipotérmico (temperatura menor que 35º C);

4. O paciente não esteja

usando drogas depressoras do Sis-tema Nervorso Central;

5. O paciente não esteja em hipotensão arterial.

Após essas certificações, o paciente deve ser submetido a dois exames neurológicos que avaliem a integridade do tronco cerebral. Estes exames são realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e trans-plante. O intervalo de tempo entre um exame e outro é definido em relação à idade do paciente (Reso-lução CFM 1480/97).

Após o segundo exame clíni-co, é realizado um exame comple-mentar que demonstre: ausência de perfusão sanguínea cerebral, ausência de atividade elétrica ce-rebral, ou ausência de atividade metabólica cerebral.

Consentimento familiarApós o diagnóstico de mor-

te encefálica, a família deve ser consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos. A entrevista deve ser clara e obje-tiva, informando “que a pessoa está morta e que, nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante”. Esta conversa pode ser realizada pelo próprio médico do paciente, pelo médico da UTI ou pelos membros da equipe de captação, que prestam todas as informações que a família neces-sitar. Este assunto deve ser abor-dado em uma sala de ambiente

calmo, com todas as pessoas sen-tadas e acomodadas.

Principais causasde morte encefálica

Traumatismo Crânio Encefá-lico; Acidente Vascular Encefálico (hemorrágico ou isquêmico); En-cefalopatia Anóxica e Tumor Cere-bral Primário

O que fazer apóso diagnóstico demorte encefálica?

Após o diagnóstico de mor-te encefálica, deve acontecer a notificação às Centrais de Noti-ficação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDOs). Para isso, o médico deve telefonar para a Central do seu Estado informando o nome, idade, causa da morte e hospital onde o paciente se en-contra internado.

Essa notificação é compul-sória, independente do desejo fa-miliar de doação ou da condição clínica do potencial doador de converter-se em doador efetivo.

O óbito deve ser constatado no momento do diagnóstico de morte encefálica, com registro da data e horário do mesmo.

Pacientes vítimas de mor-te violenta são obrigatoriamente autopsiados. Após a retirada dos órgãos, o atestado de óbito é for-necido por médicos legistas (Ins-tituto Médico Legal). Pacientes com morte natural (Acidente Vas-

cular ou Tumor Cerebral) recebem o atestado de óbito no hospital

Quem pode serdoador em vida?

O doador vivo é um cidadão juridicamente capaz, que, nos ter-mos da lei, possa doar órgão ou tecido sem comprometimento de sua saúde e aptidões vitais. Deve ter condições adequadas de saú-de e ser avaliado por médico para realização de exames que afastem doenças as quais possam compro-meter sua saúde, durante ou após a doação. Pela lei, parentes até quarto grau e cônjuges podem ser doadores; não parentes, somente com autorização judicial.

Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador vivo?

Rim: doa-se um dos rins (é a doação mais frequente intervi-vos);

Medula óssea: pode ser ob-tida por meio da aspiração óssea direta ou pela coleta de sangue periférico;

Fígado: parte do fígado pode ser doada;

Pulmão: parte do pulmão (em situações excepcionais);

Pâncreas: parte do pâncreas (em situações excepcionais).

(Fonte: Associação Brasileira de Transplantes de

Órgãos - www.abto.org.br)

de doação e colaboração com quem precisa. Para o desenvolvimento do projeto, o Banco de Remédios conta com a participação efetiva de voluntários dis-ponibilizados por entidades reconhecidas, como a “Parceiros Voluntários”.

Você pode colaborar levando remédios até a Rua dos Andradas, 1560, 6º andar (Galeria Mal-con), de segunda à sexta-feira, das 9 às 12h e 13h30min às 17h, ou ligando para (51) 3433.7640 ou pelo e-mail [email protected] para obter mais informações.

Banco de Remédios arrecada e distribui medicamentos

Eliminar ou reduzir ao mínimo a permanência de medicamentos em desuso nos lares; diminuir o risco de acidentes caseiros com crianças; eliminar ou reduzir o desperdício de medicamentos; amenizar as despesas das famílias de baixa renda com a aquisição de medi-camentos são alguns dos objetivos do Banco de Remé-dios. Ao invés de se jogar fora essa sobra, o Banco de Remédios cumpre o papel de arrecadar e distribuir tal excedente, evitando o desperdício. Isso proporciona a outras pessoas de menor poder aquisitivo a utilização do medicamento. Cria-se desse modo uma grande rede

SOLIDARIEDADE

Órgão Tempo máximo Tempo máximoTecido para retirada de preservação extracorpórea

Córneas 6 horas Pós Parada Cardíaca 7 diasCoração Antes da PC* 4 a 6 horasPulmões Antes da PC* 4 a 6 horasRins Até 30 min Pós PC* Até 48 horasFígado Antes da PC* 12 a 24 horasPâncreas Antes da PC* 12 a 24 horasOssos 6 horas Pós PC* Até 5 anos*PC: Parada Cardíaca

Órgãos e tecidos que podem ser doados

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HIST

ÓRIA

Porto Alegre - Ano I - Nº 012ª quinzena - Dezembro de 2011

12A Rua da Praia, cujo nome oficial é Rua dos Andradas, é um das logradouros mais tradicionais de Porto Ale-gre, bem como o mais antigo da cidade. A despeito de a denominação oficial ter sido estabelecida em 1865, o nome antigo ainda persiste na voz popular, e com ele esta rua tem sido celebrada por muitos cronistas e poetas locais.

Uma rua de todas as praias

A Rua da Praia existe des-de a fundação da cidade, sendo aquela que corria exatamente à margem do

Guaíba defronte ao antigo porto de Viamão, onde primeiro se estabe-leceu uma colônia de povoamento na área da futura Porto Alegre. Na Rua da Praia se fundou a primeira igreja da cidade, a hoje desapare-cida Capela de São Francisco das Chagas. Em sua extremidade oeste foram desde cedo erguidos os ar-senais da Marinha e os Armazéns Reais, numa época em que as ca-sas da rua ainda eram cobertas de palha. Seu trecho central, onde hoje é a Praça da Alfândega, era a área onde se concentravam os comerciantes, já que ali existia o cais de desembarque, e recebeu seu primeiro calçamento em 1799, por ordem do ouvidor Lourenço José Vieira Souto

Nestes primeiros tempos a Rua da Praia terminava no cruza-mento com a antiga Rua da La-deira, atual General Câmara, e o trecho que sobe até a Praça Dom Feliciano era chamado de Rua da Graça. Mas a denominação des-te trecho, ainda que presente em todos os documentos oficiais, não se fixou, e popularmente o apelido

Rua da Praia se estendeu a todo o seu curso. Depois de 1843, quando a rua recebeu suas primeiras placas indicativas, o nome Rua da Graça não aparece mais.

Todos os viajantes estran-geiros que visitaram Porto Alegre no século XIX se referiram à Rua da Praia em termos elogiosos. Au-guste de Saint-Hilaire a descreveu em 1820 como “extremamente movimentada (...) com lojas mui-to bem instaladas, de vendas bem sortidas e de oficinas de diversas profissões”. Em 1858 o alemão Avé-Lallement fala dela como pos-suindo “casas muito majestosas de até três andares”, o que atesta seu rápido desenvolvimento.

O nome Rua dos Andradas foi adotado oficialmente em 17 de agosto de 1865, a fim de preparar a comemoração do dia da Indepen-dência daquele ano, e em seguida a rua passaria a ter seu primitivo calçamento substituído na parte central. Sua extensão completa só terminou de ser calçada em 1874. Nova substituição das antigas pedras irregulares por paralelepí-pedos ocorreu a partir de 1885, prolongando-se por vários anos, e em 1923 outra mudança, agora para paralelepípedos de granito em

mosaico, que perduram ainda em alguns trechos intocados na der-radeira modificação, na gestão do prefeito Guilherme Socias Villela.

Com os sucessivos aterros da margem do Guaíba a Rua da Praia afastou-se do Litoral, e em meados do século XX sua ocupação passara de ponto dos atacadistas para o comércio elegante e local de reunião popular em eventos cívicos, atraindo também inúme-ros cafés, confeitarias, cinemas e restaurantes. Por ser o local prefe-rencial para reuniões populares, a Rua da Praia testemunhou eventos violentos, como em 1890, 1915, 1923 e 1954, quando manifesta-ções de cunho político resultaram em diversas mortes. Sua vocação agregadora se mantém até hoje, e o cruzamento da Rua da Praia com a Avenida Borges de Medei-ros é conhecido como a Esquina Democrática, ponto consagrado de concentração de comícios e manifestações populares de varia-da natureza. Na atualidade toda a extensão da rua está densamente edificada.

Na literaturaA Rua da Praia ensejou a cria-

ção de um folclore urbano onde ela

é o cenário e o protagonista de anedotas e casos pitorescos, tendo servido de inspiração para vários escritores locais. Já em 1852 José Cândido Gomes, nas páginas de O Mercantil, discorria sobre suas peculiaridades. Zeferino Brasil e Aquiles Porto Alegre também o fi-zeram, e Erico Veríssimo a tomou como cenário para várias cenas em seus romances.

AtraçõesNa Rua da Praia se locali-

zam alguns dos principais pontos turísticos de Porto Alegre, como a Casa de Cultura Mario Quintana e a Igreja das Dores, e nela tam-bém estão situados outros pontos de interesse, como a Galeria Cha-ves, a Livraria do Globo, o Museu Hipólito José da Costa, o Museu do Comando Militar do Sul, Rua da Praia Shopping, o Correio do Povo, o Museu do Trabalho, o Cen-tro Cultural CEEE Érico Veríssimo, a antiga Previdência do Sul, e em seu término ocidental faz frente à Usina do Gasômetro.

(Fonte: FRANCO, Sérgioda Costa. Guia Histórico de Porto Alegre. Porto Alegre: UFRGS, 2006. pp. 29-31)

O BERÇO DA CAPITAL

Rua da Praia é um dos principais pontos

turísticos da Capital

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