24

Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -
Page 2: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar142

FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ

Empresa de Comunicação Soares Ribeiro LtdaCNPJ 00.815.984/0001 - 69 Rua 13 de Maio, 20 - Centro 35620.000 - Abaeté - MG

Diretora de Redação:Christiane Ribeiro - Mtb 4.815/MGDiretor Financeiro: Prof. Modesto PiresAssistente de Redação: Monique Soares de SousaAdolescente Aprendiz: Jéssica Taís

José Carlos de Medeiros Pereira (BH/MG), José Júlio Pereira (BH/MG), Walter Rodrigues e Silva (BH/MG), Ronan Soares de Oliveira (BH/MG), Nilson do Espírito Santo (Aba-eté/MG), José Osvaldo Alves de Assis (Bonito/MS), Fernando Alves de Andrade (BH/MG), Maria Dalca Santos Oliveira (Pompéu/MG), Ro-gério Arruda Luz (BH/MG), Dr. Ar-naldo da Cunha Pereira (Abaeté/MG), Dr. Osvaldo José de Campos Melo (Rio de Janeiro/RJ), Dr. Wilson Carlos Pereira (Abaeté/MG).

Tels: 37 3541-2203 37 9929 3967 / 9131-5050

REDAçãO

ASSINANTES BENFEITORES

[email protected]

Os artigos assinados não representam, necessariamente, a opinião do jornal.

EM ABAETÉSemestral: R$ 25,00

Anual: R$ 35,00

DEMAIS CIDADESSemestral: R$ 35,00

Anual: R$ 50,00

ExTERIORSemestral: R$ 60,00

Anual: R$ 100,00

ASSINANTE BENFEITORA partir de R$ 100,00

ASSINATURAS:

Impressão: iGráfica Editora Ltda - Brasília(61) 3356-7654 / 8605-7876Tiragem: 1.800 exemplaresTransporte: Viação Sertaneja (cortesia)

ImpOrtante: ao fazer o depósito em conta, lembre-se de enviar o comprovante, para que possamos atualizar nossos registros.

ONDE ASSINAR O NOSSO JORNAL

Redação do Nosso JornalRua 13 de maio, 20 (3541-2203)Banca de Revistas do AdrianoPça. Amador Álvares (3541-2962)Professor Modesto (3541-1231)Helenice Soares (3541-2008Lindalva Carvalho (9929-4710) “a mesma rocha que bloqueia o caminho poderá funcionar como um degrau.” (Osho)

Capa: Fotos de Ana Lúcia Lopes

(Serra da Saudade) e outros.

Arte de Rodrigo Bastos

Parabéns, Christiane e toda equipe do Nosso Jornal, pela brilhante matéria “Na saga dos anos 60”, sobre a trajetória do jornalista abaeteense Carlos Olavo.

Quando eu era criança, ouvia meu pai contar aquelas histórias. Sempre ficava fascinado com as narrativas. Confesso que “viajei” no tempo len-do a entrevista descontraída, reveladora da per-sonalidade simples, espontânea e realista desse quase “super herói” da minha infância.

Justa homenagem a um personagem impor-tante da nossa história, que enfrentou persegui-ções implacáveis de regimes autoritários repres-sivos e exterminadores.

Graças a pessoas como Carlos Olavo, hoje podemos viver e manifestar com liberdade, nu-ma democracia em ascensão. Show de bola!

Luiz Carlos Vieira Xavier, Rio de Janeiro (RJ)

Parabéns pela matéria sobre a vida do ilustre conterrâneo comunista Car-los Olavo. Quando o conheci, já nos anos 90, assim o chamava, o gran-de comunista brizolista. Foi assessor de Darcy Ribeiro, uma das maiores inteligências de todos os tempos em nosso país. Na convivência com Darcy Ribeiro, Carlos Olavo nos mostra esse seu lado combativo e lutador. Aos 90 anos, continua ativo, jorra experiência e sabedoria de sua vida em defesa da liberdade. Carlos Olavo é um exemplo vivo para os jovens e adultos de Aba-eté e do Brasil! O Nosso Jornal merece um prêmio por essa reportagem.

Wagner Túlio de Faria Andrade, Belo Horizonte (MG)

na saga dos anos 60

Rumo à RegionalizaçãoCom a publicação das ma-

térias gentilmente escritas, em espírito colaborativo, pelas jor-nalistas Ana Lúcia Lopes e Ber-nadete Ribeiro, o Nosso Jornal ensaia os primeiros passos rumo à regionalização.

Esta edição destaca a poesia e graciosidade do menor municí-pio de Minas, Serra da Saudade, localizado a 85 quilômetros de Abaeté. E enfatiza o excepcional trabalho do escritor Rubens Fiú-za, de Dores do Indaiá, com as mais inéditas e surpreendentes histórias da nossa região.

A ideia é que a “Folha Co-munitária de Abaeté”, criada há mais de 18 anos, transforme-se, aos poucos, na “Folha Comuni-tária do Alto São Francisco”, no desafio de ajudar a promover uma maior integração e divulga-ção de toda a região.

Com a participação ativa das pessoas e comunidades de Aba-eté, Dores do Indaiá, Quartel Ge-

ral, Paineiras, Biquinhas, Morada Nova de Minas, Cedro do Abaeté, Martinho Campos, esperamos apresentar, nas páginas do Nos-so Jornal, a força, a beleza, os projetos, a potencialidade, bem como os problemas, carências, desafios e reivindicações de nos-sa gente, de cada município.

Quem sabe, juntos, podemos debater problemas e desafios comuns da região, trocando ideias e experiências, na busca do desenvolvimento de todos? Quem sabe um projeto desenvol-vido por uma pessoa ou um gru-po de Dores do Indaiá ou Morada Nova possa ser um modelo para outras cidades da região?

É uma ideia. A concretização desse projeto depende do inte-resse e da participação de cada um, das várias comunidades da região. Afinal, “sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”.

Page 3: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar14 3

“Em si, a vida é neutra. Nós a fazemos bela, nós a fazemos feia; a vida é a energia que trazemos a ela.” (Osho)

População protesta contra abusos dos carros de som no carnaval

O que pode ser feito, nos próximos anos, para evitar o abuso de dezenas de carros com sons super-potentes que estacionam próximos uns dos outros na região da Praça da Prefeitura e ligam suas caixas na última potência, cada um tocando um funk diferente e concorrendo com o vizinho?

“É um terror! Ninguém aguenta. Isso nunca foi

e nunca será carnaval. São 200 ou 300 pessoas parecendo curtir e 5.000 odiando. Será que a maio-ria da população concorda que a Prefeitura conceda alvarás para essa competi-ção de sons automotivos?”, questiona Camila Andrade, no grupo Nosso Jornal, no Facebook.

“Chega a doer no peito a batida do som. Este ano, ficou impossível levar crian-

ças e os mais idosos para ver, mesmo que de longe, o carnaval na praça. Nin-guém estava aguentando aquele barulho estridente até meia noite. Isso es-tragou o nosso carnaval”, completa Valnice Val.

Além de várias denún-cias e desabafos nas ruas e rede social, a contravenção penal da perturbação ao sossego e trabalho alheio foi responsável pelo maior

Fogos Herculano Sousa

número das ocorrências policiais registradas du-rante o carnaval, segundo a comandante da 141ª Cia de PM, Tenente Marianna Atatília. “Tivemos que atuar de forma incisiva, com mul-tas, apreensão de alguns veículos e condução dos proprietários à delegacia

de polícia civil”, informa a comandante.

Mas, apesar de adver-tidos, muitos carros com “paredões de som” não puderam ser apreendidos pela polícia, por estarem de posse de alvará e TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) assinado pelo

Ministério Público, Poder Judiciário e Prefeitura.

Nem a polícia, nem a Prefeitura dispõem de equipamentos de medição sonora. A expectativa geral é que esta regulamenta-ção seja revista, para evi-tar esses transtornos nos próximos carnavais.

Page 4: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

Período: 03/02/2014 a 28/02/2014

COOPERATIVA DE CRÉDITO DE LIVRE ADMISSÃO DO OESTE DE MINAS GERAIS LTDA

SICOOB CREDIOESTE

Demonstrações Contábeis R$ 1

71.925.065,78 701.173,66

21.004.756,93 1.091,72

21.003.665,21 48.774.932,38 50.760.780,16

(1.985.847,78) 1.111.227,07

10.867,92 74.523,97

1.027.130,44

(1.295,26) 332.975,74 301.047,98 31.927,76

4.339.090,39 3.183.980,09 3.183.980,09 1.103.674,80

368.884,85 694.139,15

(386.730,47) 427.381,27 27.683,61 27.683,61 23.751,89 49.477,48

(25.725,59) 76.264.156,17

55.398.637,62

38.596.067,42 13.110.357,09 25.485.710,33 13.490.410,90 13.490.404,09

6,81 34.108,76 34.108,76

175.000,00

175.000,00 175.000,00

3.103.050,54

53.979,69 640.074,34 154.567,25

2.254.429,26 20.540.243,45 14.526.787,79 14.854.962,88

(328.175,09) 5.436.170,13

577.285,53 325.275,10

2.394.595,12 (2.037.562,56)

1.433,14 (91,69)

(33.098,91)76.264.156,17

ATIVO CIRCULANTE DISPONIBILIDADES RELANÇÕES INTERFINANCEIRAS Correspondentes Centralização Financeira - Cooperativas OPERAÇÕES DE CRÉDITO Setor Privado (Provisão para Operações de crédito de Liquidação Duvidosa) OUTROS CRÉDITOS Créditos Por Avais e Fianças Honrados Rendas a Receber Diversos (Provisão para Outros Créditos de Liquidação Duvidosa) OUTROS VALORES E BENS Outros Valores e Bens Despesas Antecipadas PERMANENTE INVESTIMENTOS Ações e Cotas IMOBILIZADO DE USO Imóveis de Uso Outras Imobilizações de Uso (Depreciações Acumuladas) Outros INTANGÍVEL Ativos Intangíveis DIFERIDO Gastos de Organização e Expansão (Amortização Acumulada) TOTAL DO ATIVO

PASSIVO CIRCULANTE DEPÓSITOS Depósitos à Vista Depósitos a Prazo RELAÇÕES INTERFINANCEIRAS Repasses Interfinanceiros Correspondentes RELAÇÕES INTERDEPENDÊNCIAS Recursos em Trânsito de Terceiros OBRIGAÇÕES POR EMPRÉSTIMOS OBRIGAÇÕES POR REPASSES NO PAÍS - INSTITUIÇÕES OFICIAIS Outras Instituições OUTRAS OBRIGAÇÕES Cobrança e Arrecadação de Tributos e Assemelhados Sociais e Estatutárias Fiscais e Previdenciárias Diversas PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital De Domiciliados no País (Capital a Realizar) Reservas de Lucros Sobras ou Perdas Acumuladas CONTAS DE RESULTADO Receitas Operacionais (Despesas Operacionais) Receitas Não Operacionais (Despesas Não Operacionais) (Participações no Lucro) TOTAL DO PASSIVO

Page 5: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar14 5

As 10 composições iné-ditas que encantaram e animaram o público pre-sente ao 1º Concurso de Marchinhas de Abaeté, no sábado de carnaval, já estão gravadas em um CD, que será lançado dia 19 de abril, na inauguração da Casa da Cultura.

O grande destaque do evento foi Lúcia Pereira, autora de 80% das músi-cas. Dentre elas, a cam-peã, Marchinha da Vovó. “Embora tenha sido tudo de última hora, sem muito tempo para a divulgação, achei o 1º Concurso de Marchinhas um sucesso surpreendente. Não tinha aquele clima de competi-ção, todos os participantes estavam muito alegres, unidos, querendo apresen-tar alguma coisa. Foi formi-dável!”, avalia Lucinha.

A presidente da Casa da Cultura, que fez sua primeira música aos 16 anos de idade, contabiliza mais de 100 composições

de sua autoria e dois CDs gravados, anuncia que já tem três marchinhas prontas para o concurso do próximo ano. “Estão às ordens para quem quiser cantá-las”, oferece Lúcia.

Este ano, algumas de suas músicas foram in-terpretadas por Luciana & Divina e por Fábio Alexan-dre, que ficaram, respec-tivamente, em segundo e terceiro lugares com Falta Você e Amanhã tenho que trabalhar.

Outros compositores

que se revelaram no con-curso foram André Vian-na e Caíque, autores de O palhaço na avenida e Cortaram a minha água. “A expectativa é que, no ano que vem, consigamos ter uma maior divulgação do evento. E tomara que ele seja mais longo, para irmos, aos poucos, suge-rindo um outro carnaval, para as pessoas que te-nham essa identificação com o carnaval de rua, de marchinhas, alegre, feliz por si mesmo, sem tantos

Concurso de Marchinhas revela novos talentos de Abaeté e anima foliões

artifícios”, declara André.O Concurso de Marchi-

nhas integra o projeto Aba-eté em Festa, promovido através da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, com o objetivo de resgatar essa tradição, valorizar a mú-sica carnavalesca, seus compositores, intérpretes, a brincadeira lúdica e a criação popular. Foi orga-nizado por Nenety Eventos, Casa da Cultura, Prefeitura Municipal e Secretaria da Cultura, com patrocínio da Ambev.

Um jovem talento revelado pelo concurso é Fá-bio Alexandre Alves de Sousa Júnior, 16 anos, aluno do 2º ano da E. E. Dr. Edgardo da Cunha Pereira, que interpretou duas marchinhas compostas por Lúcia Pereira, recebendo o troféu de terceiro colocado.

Ele conta que toca violão, teclado e começou a cantar aos 7 anos de idade, no Coral Mirim Frede-rico Zacarias, depois no grupo Mi-do-si-sol-la-re, coordenado pela professora Marta Álvares.

Hoje, Fabinho se apresenta em casamentos, for-maturas, aniversários e outros eventos, geralmente em parceria com o amigo e colega de escola Caí-que Miguel, também com 16 anos. Já conhecido e admirado por sua habilidade em tocar cavaquinho, violão, viola e guitarra, Caíque começa a se revelar agora como compositor.

Geração promissoraLúcia Pereira, autora de 8 das 10 marchinhas apresentadas, já tem três composições prontas para o concurso do próximo ano, à disposição de quem quiser interpretá-las.

“Deixe que o riso seja o seu templo, e você se sentirá em profundo contato com o divino.” (Osho)

Fotos Cristian Fagundes

Page 6: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar146

“Torne-se comum e você será extraordinário; tente se tornar extraordinário e você continuará sendo comum.” (Osho)

Você tem alguma dú-vida, reclamação, proble-ma, sugestão ou denún-cia referente a tráfico de drogas, criminalidade em geral, ação policial, per-turbação do sossego ou outras questões relaciona-das à segurança pública em Abaeté? Esses e ou-tros temas são debatidos todos os meses nas reu-niões do Conselho Comu-nitário de Segurança Pú-blica (Consep), realizadas na segunda terça-feira de cada mês, às 9 horas, na Câmara Municipal de Abaeté. O próximo encon-tro será dia 08 de abril.

“Muitas pessoas têm receio de fazer uma de-núncia direta à polícia, mesmo que anonima-mente, porque falam que na Delegacia ou no Quar-tel da PM tem bina. Essas pessoas podem fazer es-sa reclamação através do Consep, que direciona a demanda para a entida-de competente”, orienta o empresário Éverton de Oli-veira Campos.

Dia 11 de março, ele foi empossado como o novo presidente do Conselho, ao lado do vice-presidente Augusto Faria, do secre-tário Anselmo Botelho, do tesoureiro Luiz Mendes e dos conselheiros fiscais Claudionor Santana, Flávio Nicoli, Paulo Oliveira e Lei-la. A intenção da equipe é montar um escritório, com telefone sem bina, para um melhor atendimento ao público.

Éverton explica que o Consep é um órgão que faz um laço entre a socie-dade e as entidades res-ponsáveis pela segurança pública: Ministério Público, Poder Judiciário, Polícia Ci-vil, Polícia Militar, Conselho Tutelar, Prefeitura, Comis-sariado de Menores. “Nes-se trabalho em conjunto, já foram desmanchados oito pontos de drogas no município”, informa.

Além de fazer, receber e encaminhar denúncias, debater e buscar soluções para questões envolven-do segurança pública, o

Consep ajuda a resolver problemas como a falta de viaturas policiais, des-pesas de manutenção, dentre outros. É que o ór-gão recebe e administra verbas repassadas pelo Ministério Público e Judi-ciário, através de multas, transações penais, Ter-mos de Ajustamento de Conduta, fazendo presta-ções mensais aos órgãos competentes. Este ano, recebeu, por exemplo, R$ 18 mil provenientes do TAC do carnaval.

“Dentre outras ações, o Consep já conseguiu uma viatura para a PM, custear a pintura do Fó-rum, resolver, através da Prefeitura, problemas de infraestrutura do Conselho Tutelar. A população nem imagina o quanto o Con-sep é importante para a cidade. Queremos desen-volver um trabalho melhor ainda, com a participação da comunidade”, finaliza Everton, convidando os in-teressados para a próxima reunião, dia 08 de abril.

Segurança Pública, direito e responsabilidade de todos

Integrantes da nova diretoria do Consep

Participantes da última reunião do Consep, dia 11 de março.

Flashes do Abaeté Folia

O show da banda baia-na Psirico marcou o auge do Abaeté Folia 2014, le-vando milhares de foliões ao Campo do Atlético, na terça-feira de carnaval, dia 04 de março.

Um momento emocio-nante do show foi quando o cantor Márcio Vítor viu e pediu para subirem ao palco a jovem cadeirante Luísa Maia, que não se conteve de tanta alegria, dançando e cantando o

“Lepo Lepo”. A gravação deste mo-

mento pode ser conferida no site www.abaetexas.com.br, recém lançado com a proposta de ser “um point de encontro pa-ra aqueles que, mesmo estando longe, queiram estar por dentro do que acontece em Abaeté”.

Outra atração que brilhou e não deixou nin-guém parado no Abaeté Folia foi a dupla sertaneja

Henrique & Juliano. Já a cantora Anitta foi conside-rada o ponto negativo da festa, com atrasos e falta de interação com o públi-co.

Este ano, o trajeto do trio elétrico ficou restrito ao quarteirão do Campo do Atlético, o que frustrou muitos foliões que não compraram o abadá e esperavam participar da festa, como nos anos an-teriores.

Page 7: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar14 7

Onze equipes disputam a 4ª Co-pa Rivas Sport de Futebol de Campo, que teve início dia 08 de março, com partidas em Luz, Bom Despacho, Pompéu e Abaeté.

Na abertura do torneio, o público lotou o Campo do Independente pa-ra assistir ao clássico São José X CIA, que terminou empatado em zero a zero na categoria aspirante. Na ca-tegoria principal, o São José venceu o Independentespor 1 X 0.

O Independente é o vice-líder do turno no grupo C, após empatar em 1 a 1 com o Cristalino, em Pompéu, na rodada do dia 22 de março. No pró-ximo sábado, dia 29, a partir 13:30hs, o CIA enfrenta novamente a equipe pompeana no Estádio Dr. Eduardo Soares de Faria, valendo pelo retur-no.

Já o São José está em terceiro lu-gar no grupo, após empatar com a Seleção de Martinho Campos no últi-mo fim de semana.

Também disputam o campeona-to os times Cruzeiro (Luz), Cristalino E. C. (Bom Despacho), Famorine (Bom Despacho), Associação de Arcos, Avaí (Pompéu), Araújo F. C e Associa-ção de Bom Despacho.

(Colaboração J. Costa)

Copa Rivas de Futebol movimenta esporte na região

“Se você estiver feliz, o amor fluirá em sua direção… não há necessidade de pedi-lo.” (Osho)

No mês de abril, Abaeté será destaque em um dos programas da Viação Cipó, da TV Alterosa (SBT). Dias 20 e 21 de março, o apresentador Otávio Di Toledo esteve na cidade com a produ-ção, fazendo reportagens em vá-rios pontos da município, como Casa da Cultura, WG Reciclagem, Frutuai, Balneário, Fazenda Bom Sucesso, enfocando também o aquecimento para a cavalgadas Sem Rumo, jovens tocadores de sanfona, viola e violão, artistas locais. Não foi divulgada a data de exibição do programa.

Cultura de Abaeté em destaque na TV AlterosaFotos Jéssica Taís

Page 8: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar148

“Ser feliz é a maior coragem. Todo mundo é capaz de ser infeliz; para ser feliz é preciso coragem – é um risco tremendo.” (Osho)

iver um dia d e c a d a vez, reco-nhecendo,

com humildade, que é impotente perante o álco-ol e as drogas, enquanto celebra, passo a passo, a construção de uma nova vida, alicerçada na fé, no amor, na família, na deter-minação de vencer o vício e ser feliz. Assim tem sido o dia a dia de Alessandra Martins, 32 anos, desde a sua volta para casa, no Bairro São João, dia 09 de março, após passar nove meses em tratamento na Fazendinha Vida Nova, em Papagaios.

Ao lado de três dos seus seis filhos, ela mostra, com orgulho e alegria, o diplo-ma que recebeu pelo seu processo de recuperação. “Parece que eu nasci no dia da minha graduação. Após alguns anos de muito sofrimento, sou uma nova mulher”, declara. “É muito bom ter sobriedade. É mui-to bom levantar de manhã, estender a cama, fazer o café pros filhos... A emo-ção é outra, sabe? Antes, não tinha prazer em nada. Hoje, eu tomo um copo de água e acho gostoso”, completa, sorrindo.

A força para lutar con-tra o vício e enfrentar o duro processo de desin-toxicação na fazendinha, Alessandra encontrou no companheiro Bosco e nos filhos. “Eles foram a razão da minha luta diária lá. O anjo de guarda de meu marido me acompanhou na minha caminhada in-teira, sempre esteve ao meu lado, me apoiando. Eu ficava firme de dia, mas à noite eu chorava, pensava em desistir. Daí falava que não podia desistir, porque tinha frutos lá fora, crianças que precisavam de mim. Cada dia, eu colocava um na minha cabeça. Dizia: hoje eu vou lutar pela Bru-

na, hoje eu vou lutar pelo João Vitor... Depois pela Emily, pelo Alessandro, pela Ketellyn, pela Maria Vitoria... Quando eu senti que estava forte, falei: não, hoje é por mim mesma, porque, pra eles serem felizes, eu preciso ser feliz. Se eu não estiver bem comigo mesma, não tem como ficar bem com mais ninguém, não tem como eu falar ‘eu te amo’ se eu não me amar”, reflete.

Ao recordar sua expe-riência no submundo do álcool e das drogas, Ales-sandra manda um recado, principalmente aos jovens: “Não aconselho ninguém a cair nessa. E pra quem já está nessa, que tenha muita força de vontade. Sair não é fácil, mas tam-bém não é impossível. Pra Deus, tudo é possível”, acredita.

A experiência com o vícioComo muitos adoles-

centes, ela começou a beber muito cedo, aos 13 anos, por curiosidade. Rapidamente, se viciou na cachaça e no cigarro, a exemplo do pai, que tam-bém era alcoólatra. Aos 15

anos, saiu de casa para morar com um homem que tinha mais que o dobro de sua idade. Dessa relação, nasceu a primeira filha, Bruna, hoje com 16 anos. Depois, teve outros compa-nheiros e mais dois filhos, Vítor e Emily, de 8 e 5 anos, respectivamente, até se casar com o atual marido, Bosco, pai de Alessandro, 4 anos, Ketellyn, 2, e Maria Vitória, 11 meses.

A b e b i d a s e m p r e acompanhou esses rela-cionamentos, provocando brigas, conflitos e ocorrên-cias policiais. “Bebi até vin-te e tantos anos, todo dia. Depois de muito problema com o Conselho Tutelar, de muita briga de faca com o meu marido, com a polícia na porta quase todo dia, nós largamos o álcool. Mas aí eu passei pro crack”, conta Alessandra.

Ela diz que fumou a primeira pedra após uma discussão com o marido, quando estava grávida de 8 meses do quarto filho. “Eu tinha curiosidade de conhecer a vida, a gente acha que pode tudo né? Aí eu me envolvi com o crack e vivi dois anos e meio de

sofrimento, onde cheguei quase no fundo do poço. Não vendi nada de dentro de casa porque o Bosco não deixava, mas as rou-pas do corpo, o que era pertence meu, eu levava tudo lá pra cima. Chegava a avançar nas minhas vasilhas de alumínio pra vender no ferro velho, pra arrumar 2 ou 3 reais, ficava doidinha”, lembra.

Apesar disso, mesmo no auge do desespero para fumar a pedra, ela garante que nunca rou-bou dinheiro de ninguém. “Roubei a saúde do meu marido e a felicidade dos meus filhos”, reconhece. “Quando comecei com as drogas, eu ainda traba-lhava. Sempre fui traba-lhadeira, graças a Deus, e nunca mexi em nada dos outros, mesmo usando o crack. Só que eu comecei a perder a responsabilidade, chegava atrasada no em-prego, não tinha ânimo pra mais nada. No final, não tomava banho, ficava toda desleixada, não conseguia cuidar das crianças, xin-gava e brigava com todo mundo, o Conselho Tutelar vinha aqui, ameaçava tirar

meus filhos de mim, era um inferno!”

Ela diz que é importante se lembrar dos momentos tristes do passado para sentir a dor e não cometer erros de novo. “Eu errei demais, machuquei muitas pessoas, principalmente os meus filhos, fiz coisas que achava que Deus nem ia me perdoar”, reconhece.

Foi no parto de Maria Vitória que Alessandra tomou a decisão de mu-dar de vida. “Fumei crack durante minha gravidez inteira, e o bebê ficava até dois dias sem mexer na minha barriga. Na sala de parto, escutei a enfermeira dizer que achava que o ne-ném tinha morrido. Fiquei desesperada e falei: ‘Se-nhor, se minha bebezinha nascer, vou dar um jeito na minha vida, e o nome dela vai ser Maria Vitória’. Graças a Deus, ela nas-ceu, está forte, saudável, alegre, minha cunhada cuidou bem demais dela quando eu estava inter-nada”.

Nesse processo de in-ternação e tratamento, ela agradece o apoio que teve da equipe do Creas,

do Conselho Tutelar, da assistente social do Fórum e, especialmente, do em-presário Edson Antônio Batista, que pagou todo o seu tratamento. “Na fazendinha, eu aprendi a me perdoar. Até agradeço por ter passado pelo crack e ter bebido álcool, porque foi através desse sofrimen-to que eu conheci o amor de Deus e sei que Ele é maravilhoso na minha vida. Antes, eu nem ligava pra religião. Hoje, eu sou católica, apaixonada por Jesus. Quando fico nervo-sa, ouço louvor o dia intei-ro”, conta, na consciência de que sua luta contra o vício continua.

“Todo dia, eu tenho que admitir que sou impoten-te perante o álcool e as drogas. A doença fica no sangue. Pra eu ficar livre, limpa mesmo, são 10 anos. Então, é uma luta diária. Por hoje, tenho certeza, coloco na cabeça, bato meu pé que não bebo e nem fumo. Mais tarde, quero parar com o cigarro também. Estou me sentin-do, nem sei explicar, como uma águia, cheia de von-tade de viver”, finaliza.

O sabor da vitória na luta contra o vício

Alessandra, ao lado dos filhos Emily, Vitória e Alessandro: “após anos de muito sofrimento com bebidas e drogas, sou uma nova mulher”.

VChristiane Ribeiro

Page 9: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar14 9

De volta ao Bra-sil após estu-dar um ano no

Canadá pelo programa Ciência sem Fronteiras, o abaeteense Felipe de Oli-veira Andrade, 23 anos, prepara-se para formar-se em Engenharia Civil pela UFMG e não descarta a possibilidade de retor-nar à École de Technologie Supérieure, em Montreal, para fazer um mestrado e aprofundar os estudos em uma nova tecnologia que pode baratear muito o as-faltamento e manutenção de estradas. Ele falou so-bre essa experiência, em entrevista ao Nosso Jornal, durante uma visita a Aba-eté, no carnaval.

Fale sobre a experiên-cia de estudar um ano no Canadá. O que foi mais marcante para você?

Bom, a princípio foi a diferença de temperatura. Saí daqui no verão, em janeiro do ano passado, e cheguei ao Canadá em um inverno muito rigoro-so, uma diferença de 60 graus daqui pra lá, algo que eu nunca tinha vivido. Na volta, foi o mesmo cho-que, estou ainda me acos-tumando com o calor. Saí de uma temperatura de -25º e encontrei uma de

30º aqui.Outro choque foi em

relação à língua. O Ca-nadá é um país de língua inglesa, mas eu estudei na província do Québec, que é majoritariamente francesa, e todos os meus estudos foram em francês. Na verdade, o país é bilin-gue, as pessoas se cum-primentam falando “Bon-jour Hi”. “Bonjour” é bom dia em francês e “hi” em inglês. Se você responder “bonjour”, eles continuam a falar com você em fran-cês. Se falar “hi”, a conver-sa prossegue em inglês.

No aeroporto, assim

que eu cheguei, já foi as-sim: “Bonjour Hi”. Eu tentei “bonjour” e não deu muito certo, tive que passar para o inglês. Mas logo come-cei um curso de francês e, depois de seis meses, já falava fluentemente.

As diferenças culturais também são enormes. Nos países nórdicos, como o Canadá, o frio acaba mexendo muito com a ca-beça das pessoas. Elas fi-cam mais agressivos, é to-talmente diferente de um país sulista como o nosso.

O que eu notei é que o humor das pessoas varia muito com o tempo. No

Canadá, o inverno dura praticamente seis meses, e é muito frio. No ano pas-sado, até abril ainda esta-va nevando e às 4 horas da tarde tudo escurecia. Aí já era noite, o comércio fe-chado, você não via mais ninguém na rua, só aque-la nevasca, aquele frio ab-surdo. E as pessoas ficam muito depressivas nessa época, o país desenvolve campanhas de prevenção ao suicídio.

Por outro lado, elas aproveitam o verão ao máximo, todo mundo fica nas ruas até uma ou duas da manhã. É como se a

cidade estivesse em festa, até de madrugada as ruas ficam cheias de pessoas. No verão, lá escurece por volta de 9 e meia da noite, com muito calor e muita umidade, como se você estivesse na praia.

A primavera também é muito bonita e, no outono, quando as folhas come-çam a cair, todas as ruas ficam cobertas com aque-le vermelho, alaranjado, amarelo, que é lindo, o cartão postal da cidade. O símbolo do Canadá é aquela folha vermelha.

Você se adaptou bem

à comida?Sim. O Canadá não tem

uma cultura tão forte em relação à culinária. Tem praticamente um prato tí-pico que chama “Poutine”, uma mistura de batata fri-ta, queijo e molho de car-ne cozida. No mais, lá você encontra comida de todos os cantos do mundo.

Como o Canadá é um pais enorme, o segundo maior do mundo, mas muito pouco povoado, há um tempo atrás, eles abri-ram bem as fronteiras, e gente do mundo inteiro foi para lá.

Continua na pág. 10

Uma experiência para toda a vida

Felipe, andando em trenó de cachorros perto de Québec City e em frente a uma cachoeira congelada, em Val-David, no Canadá.

“Opte por aquilo que faz o seu coração vibrar... Apesar de todas as consequências”. (Osho)

Page 10: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar1410

“Quando seu coração está pleno de gratidão, qualquer porta aparentemente fechada pode ser uma abertura para uma bênção maior.” (Osho)

Qualidade e confiança no LÍDER de sempre!

Felipe, você sentiu von-tade de ficar no Canadá?

Senti sim. Eu fiz, inclusi-ve, um elo para fazer um mestrado, os professores gostaram bastante do meu trabalho. Mas morar mesmo no Canadá, eu não sei.

Eu fiquei em Montreal, uma cidade maravilhosa, com qualidade de vida boa, transporte público que funciona, ciclovias, parques bem cuidados. Eles têm um sistema inte-ressante, que eu já vi tam-bém no Rio de Janeiro, de aluguel de bicicletas. São vários pontos espalhados na cidade. Então, você faz um plano, paga 60 dóla-res anuais, pega a bici-cleta num lugar e devolve no outro ponto da cidade. Isso é maravilhoso! Você anda pela cidade inteira sem precisar pegar me-trô, ônibus, inclusive de madrugada. Como tinha um ponto na porta da mi-nha residência, que era em frente à faculdade, eu podia ir a qualquer lugar e voltar de bicicleta. A ci-dade é muito plana e tem uma qualidade de vida imensa.

Mas o inverno é mui-to rigoroso, não sei se conseguiria viver lá. Tam-bém senti muita falta do calor do povo brasileiro. Eles não são acolhedores como a gente. Nós temos a necessidade de fazer os outros se sentirem bem, todos os estrangeiros que vêm para o Brasil saem

daqui maravilhados com tudo, tanto com o clima, com a comida, mas princi-palmente em como o bra-sileiro acolhe bem e faz com que eles se sintam em casa e à vontade.

Os canadenses não têm essa preocupação, mas Montreal é uma ci-dade tão cheia de cultura que eu não me senti es-trangeiro. Tinha amigos de todas as partes do mun-do. Quando comemorei o meu aniversário lá, contei pessoas de sete nacionali-dades diferentes, gente do mundo inteiro.

E na universidade, como foi a experiência?

Em relação ao nível de estudo, eles são muito mais práticos, realmente botam a mão na massa. No Brasil, as universidades federais são mais teóricas, não passam muito a parte prática. No Canadá, meta-de da carga horária é teó-rica e metade prática, nos laboratórios, ou mexendo com softwares, com proje-tos. Eles saem da faculda-de bem mais técnicos.

Outra coisa diferente é que, a cada ano, eles pa-ram os estudos e fazem quatro meses de estágio. São dois quadrimestres de estudo e um de está-gio a cada ano. E eles só têm um mês de férias, em agosto. Fora isso, é prati-camente uma semana de folga entre um período e outro. Tem o spring break, uma semana sem aulas

após os quatro primeiros meses do ano, e o win-ter break, também uma semana, nos feriados de Natal e Ano Novo.

Você chegou a fazer estágio no Canadá?

Sim, trabalhei em um laboratório de asfalto e pavimentação e desen-volvi um projeto, junto com dois professores da facul-dade, sobre a reutilização de borracha de pneu reci-clado para fazer a camada de superfície do asfalto.

Trabalhei em um labo-ratório com tecnologia de ponta e, a partir da segun-da semana, eu já estava fazendo todos os ensaios e as notas do projeto. Esse projeto teve um andamen-to bom, conseguimos dar sequência, chegar a um material menos poluente e mais barato, com diminui-ção do betume e utilização da borracha reciclada. No final, eles me pediram para escrever um relató-rio, os professores estão tentando fazer uma publi-cação acadêmica desse artigo, que valeu também como minha monografia aqui no Brasil.

Você acredita que essa tecnologia seria aplicada aqui no Brasil, com uma redução considerável nos custos de asfaltamento e manutenção de estradas?

Com certeza. Seria um material mais barato e daria um fim aos pneus velhos, além de reduzir a

poluição, uma vez que di-minui a quantidade de be-tume, que é a parte colan-te, o ligante do asfalto, que vem do petróleo, é o que mais polui e o mais caro. Com a aplicação desse projeto, estaríamos fazen-do um asfalto de baixo custo, com propriedades mecânicas melhores e ainda utilizando material reciclável.

Uma professora que dá aula de estradas na UFMG me falou que aqui também há projetos de utilização de betume com aditivo de borracha. Aqui, não seria um processo químico com aditivos, o que encareceria muito a obra, mas uma mistura quente, feita no caminhão, no momento da aplicação do asfalto. Ela disse que a maior dificuldade está na mão de obra, que não é qualificada, e nos estudos que ainda não são conclu-sivos, nem aqui, nem no Canadá.

Você pretende conti-nuar trabalhando nesse projeto?

Pretendo. Já conversei com os professores sobre a possibilidade de retor-nar ao Canadá, para fazer um mestrado e continuar trabalhando nesse projeto de pesquisa por mais um ano e meio, escrever uma tese mais aprofundada. Eles chegaram, inclusive, a me apresentar um projeto de bolsa de estudos. Estou estudando a possibilidade

de retornar em agosto, as-sim que eu me formar na UFMG, para a sessão de outono.

Você gostaria de fazer mais alguma observação?

Vejo muita gente que vai participar desse programa e fica muito fechado, não procura se misturar, se integrar com o povo, com a cultura do lugar. Muitos

Felipe Andrade, a vivência de um estudante abaeteense no Canadá

(Continuação da entrevista iniciada na página 09)

ficam só entre brasileiros lá e acabam perdendo a oportunidade de ouro de aprender a língua, fazer novas amizades, adquirir novos conhecimentos. En-tão, se fosse dar alguma dica para quem está indo, eu diria para aproveitar essa oportunidade e pro-curar se integrar, conhecer o máximo de estrangeiros possível.

Filho da abaeteense Márcia Oliveira e do dorense Paulo Andrade, Felipe estudou por um ano na École de Technolo-gie Supérieure, no Canadá. Abaixo, placas de asfalto, com aditivo de borracha, prontas para serem ensaiadas.

Page 11: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar14 11

“Compartilhar é uma das maiores qualidades espirituais. O milagre é que quanto mais você compartilha sua felicidade, mais você tem”. (Osho)

É mesmo!Já falaram pra mim

que eu só escrevo miude-zas, coisas assim-assim, que minhas crônicas são como chazinho de bebê, aguinha doce...

Então, de vez em quan-do, tento mudar...

“Onde já se viu ficar omissa (ai, que palavra mais complicada!) com tanta violência, fome, bombas, analfabetismo?”

É mesmo!Bem que perco o sono

com tanta tristeza.Bem que perco o sono!Mas... como escrever

feito vó, feito economista, se o céu de Dores do In-daiá está jogando tanto azul e tanto ouro no meu olhar?

Como ficar sorumbáti-

ca, se o sol caipira do in-terior não me dá sossego e fica me chamando com voz quente, com a cara in-teira na minha janela?

Se olho pras casas com a pintura descascada, pu-lo o olhar lá pra dentro e penso nos sonhos que elas abrigam...

Água Doce

Troco.Objeto pessoal.Usado.

O tenho comigo desde nascido.Já o entreguei pra outras pessoas.Mas ele sempre voltou pra mim.Razoável estado de conservação.Um pouco empoeirado pela solidão.

Durante a vida,Sofreu quedas e arranhões.Restaram marcas,Gravadas pra sempre.

Possui algumas cicatrizes de tristezas,Mas também tem cravejado em suas paredes,Pérolas de felicidade.

Às vezes sente dor e chora.Esteve vazio por um tempo,Mas então eu vi você.A vida o deixou endurecido por várias vezes.Mas hoje recuperou o seu rubor.

Condições de troca:Dou meu coraçãoPor um pouco do teu amor.

Poetar é fertilizar os diasÉ regar as flores que nascem em cada coraçãoÉ manter as abertas janelas da almaPara que o raiar da poesia ilumine os caminhos da vida.

Poetar é deixar levar-se pelo sopro azul da manhãÉ eternizar-se nas coisas efêmerasÉ ouvir o trêmulo silêncio das matasÉ ver luzir na noite escuraO rosto sereno da esperança.

Poetar é fecundar os sonhosÉ ver a beleza no olhar do mendigoÉ como repousar no remanso do ÉdenÉ a sobriedade lírica dos bêbadosÉ transbordar-se de alegria e féE pode até ser oração para os incrédulos.

Poetar é o delírio divino do homemÉ ter nas mãos os mistérios do mundoÉ ter no peito sentimentos etéreosPoetar é a sublime sapiência dos loucosQue descobrem o que é amar.

Cantinho da Poesia

*Clay Regazzoni Chagas, 33 anos, é natural Belo Horizonte e residente em Abaeté. Apresenta-se como franciscano, filho e irmão, cruzeirense, amante de lite-ratura, música, cinema e teatro. Publica seus poemas no blog http://relicariodapoesia.blogspot.com.br

Clay Regazzoni*

ANÚNCIO DE JORNAL

POETANDOClay Regazzoni*

Maria das Dores Caetano Guimarães (D. Branca), de Dores do Indaiá

Claro! Eu também sinto saudades das pedras an-tigas da minha avenida. Mas meu olhar se encanta com a alegria dos jovens que pisam o asfalto no-vo...

Pois então. Nasci as-sim mesmo, alegrinha, água doce. Fui benta por

uma fada sonsinha que não deixa meu coração virar pedra.

Afinal, alguém precisa estar alerta, descobrir os pássaros no meio do ma-to, descobrir o vento, des-cobrir a esperança que mora nas escolas, desco-brir o azul, a poesia...

Pois então. Nasci as-sim mesmo... Uma água doce...

Choro com a falta de paz. Choro pelas crian-ças famintas, pelos jovens sem rumo certo.

Mas, choro sozinha, à noite, sem ver o céu.

Porque, se deixar uma fresta na janela...

Ah, o céu de Dores do Indaiá me chama e eu embarco no seu brilho. A culpa é dele...

Verificando meu reli-cário, deparei com fotos dos bons tempos do “Nos-so Clube”, onde arrisquei meus primeiros passos de dança. Onde “estreei” meu primeiro terno, ape-sar de tê-lo adquirido em segunda mão...

“Nosso Clube” foi fun-dado pelos políticos do PSD (Partido Social Demo-crático), enquanto o “Aba-eté Clube” fora fundado pela UDN (União Demo-crática Nacional).

Abaeté Clube era mais elitista. Nosso Clube, do qual comprei minha cota,

já que eu me enquadrava ali, era mais popular.

Saudades dos verda-deiros carnavais, anima-dos por conjuntos, hoje chamados de “bandas”, com trombones, clarine-tas, trompetes e bateria, tocando as saudosas mar-chinhas. Ambiente seleto. Forasteiros e visitantes só entravam apresentados por um sócio efetivo.

Havia as chamadas “horas dançantes”, bailes de gala, as famosas qua-drilhas conduzidas pelo saudoso maestro Niqui-nho e animadas pelo Si-

mião Sanfoneiro. Eu esperava ansioso

um baile de gala para que pudesse estrear minha fa-tiota. Certa vez, sabendo que haveria um baile em Nosso Clube, liguei para lá e fui atendido pelo ge-rente Zé Negrinho, o po-pular Zé do Clube. Após me identificar, perguntei se o baile era social (Que-ria saber como seriam os trajes).

Ele, rindo, me disse que o baile era social, mas que eu poderia ir assim mes-mo, ele me quebraria o galho... Assim, finalmente

pude estrear meu terno, comprado a duras penas e a prestações. Fiquei todo “intimando”...

Os artistas da foto, do conjunto “The Raiders Boys”, que animavam as horas dançantes, são Ro-naldo Soares, Élio Romual-do, Geraldo Toledo e Mo-acir Araújo. Não consegui identificar o baixista.

O prédio onde funcio-nava o clube hoje é um hotel. Guardo com carinho os recibos das mensalida-des.

Bons tempos que não voltam mais...

SAUDADES DE NOSSO CLUBEHerculano Vanderli de Sousa

Page 12: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar1412

“Somente aquilo que a morte não pode levar embora é real. Tudo o mais é irreal; é feito da mesma substância de que são feitos os sonhos” (Osho)

n t r e m u i t a s

montanhas e

com um nome

poético, está Serra da Sau-

dade, segundo dados do

IBGE, o menor município

mineiro, com 825 habi-

tantes. Já em nível Brasil,

perde apenas para Borá,

em São Paulo, que é con-

siderado o menor do país.

As pequenas dimen-

sões geográficas e de-

mográficas não são com-

paráveis com a enorme

hospitalidade, belezas de

suas paisagens e da gente

especial e hospitaleira que

ali habita.

Com um clima tropical

e ar puro, a cidade está

localizada no centro-oeste

mineiro, a 230 Km de Belo

Horizonte e a 85 km de

Abaeté, tendo como vi-

zinhos os municípios de

Dores do Indaiá, Quartel

Geral, São Gotardo e Es-

trela do Indaiá.

O registro do surgimen-

to de Serra da Saudade

tem um encontro com a

história da construção de

Brasília, pois a Estrada

de Ferro Belo Horizonte-

Paracatu seria o caminho

mais perto para se chegar

lá na época e necessitava

passar pela serra, o que

fez aumentar o progresso

na região, dando origem

ao lugarejo. Ali era ponto

de parada para viajantes

que transportavam mate-

rial para a construção de

Brasília.

Uma lenda de Serra da

Saudade

Há muitos anos, por

volta do século 18, vivia

no lugarejo uma tribo in-

dígena, que, por motivos

desconhecidos, acabou

sendo dizimada, restando

ali apenas uma índia. Esta,

por sua vez, vivia em total

abandono e solidão. Até

que, um dia, parentes que

moravam na Bahia lhe es-

creveram uma carta.

No entanto, naquela

época, as correspondên-

cias eram transportadas

por carros de boi, char-

retes, trens de ferro, au-

tomóveis, onde as malas

se molhavam e secavam.

Tudo isso acabou danifi-

cando a correspondência

destinada à índia.

Quando a carta chegou

ao seu destino, ela já tinha

falecido de desgosto e

saudades de seus entes

queridos. Os moradores

da época abriram a cor-

respondência, e a única

palavra que se podia ler

era SAUDADE. Daí o nome

de Serra da Saudade.

Os túneis da Estrada

de Ferro Belo Horizonte-

Paracatu ainda lá estão.

São dois, inaugurados em

1925, em arco pleno, e

desativados em 1968. Hoje,

são pontos turísticos da

cidade, que mantém a

preservação da paisagem

aos seus redores. Uma

boa opção de passeio com

história, encanto e cheiro

de natureza.

Ao andar pelas ruas, é

fácil perceber a hospitali-

dade de seus moradores

com um “opa, bom dia”

que quer traduzir: “sei que

você não é daqui, mas seja

bem vindo!”.

Hospitalidade esta que

podemos observar ao en-

trar na Sabores da Serra,

nome sugestivo para a

única padaria da cidade.

O local é administrado por

Aloísio Alves, 49, e conta

com o apoio da família

nos trabalhos. Existe há

três anos.

Serra da Saudade: poesia e graciosidade em um único e pequeno lugar.

Serras e mais serras envolvem a “cidade saudade”. Verde a se perder de vista.

Graciosidade e preservação da história. Rua principal: limpeza, leveza e calma. Os túneis linha Belo Horizonte Paracatu, pontos obrigatórios para os turistas.

Page 13: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar14 13

“Se alguém ama você, seja grato, mas não exija nada - porque o outro não tem obrigação de amá-lo. Se uma pessoa ama, trata-se de um milagre. Emocione-se com o milagre.” (Osho)

bolos.

Outra peculiaridade da

cidade é a marca de mãos

femininas em sua admi-

nistração. Em 1963, após

a fundação da prefeitura

municipal e a emancipa-

ção do município, quem o

administrou foi Elza Soares

Moreira.

Hoje, a administração

pública também conta

com uma mulher, Neusa

Maria Ribeiro. Ela afirma

que procura levar o desen-

volvimento ao município,

mas dentro do contexto

tradicional de preservar

a tranqüilidade do povo,

neste cenário de pequena

cidade.

Em Serra da Saudade,

a vida segue em silêncio.

Emancipada em 1963 de

Dores do Indaiá, mantém

o ar de interior com or-

gulho.

Possui um total de cinco

ruas, dois bairros, uma

rádio, uma padaria, um ar-

mazém, uma casa lotérica,

duas escolas, que atendem

250 alunos, acesso a saú-

de, dentistas, religiosidade,

festas tradicionais, a praça

aos pés da Igreja Matriz

e a Praça Ademar Ribeiro

de Oliveira (Praça Central).

Esta é ponto de encontro

de muitos ao final da tarde

e dos jovens nos finais de

semanas. Tudo com um

ritmo próprio.

Texto e fotos: Ana Lúcia Lopes, de São Paulo / Dores do Indaiá

Antes disso, os mo-

radores tinham acesso

ao pãozinho para o café-

da-manhã somente às

segundas e sextas-feira,

quando eram trazidos de

Estrela do Indaiá.

Hoje, ao chegar, há

orgulho e bom preço para

servir os visitantes e mora-

dores, com quitandas que

vão desde o tradicional

pão-de-sal, aos biscoitos

com nomes bem mineiros

como Peta, Cinco Pratos e

51 anos de emancipa-

ção política

Em primeiro de março,

a cidade completou 51

anos de emancipação.

Comemorou com festa,

cultura e levou a arte da

palhaçaria à população,

segundo Deusdedit Fran-

cisco Rosa (Deth), criador

do projeto cultural “Godo-

fredo e amigos”, um grupo

de teatro formado por

pessoas que se dedicam

à arte em Dores do Indaiá,

Abaeté, Quartel Geral e

Martinho Campos. Foi um

momento de levar a arte

do palhaço em um dia

especial para a cidade e

fazer do paspalho a criatu-

ra que leva sorriso e leveza

para todos.

Serra da Saudade sus-

tenta e quer manter o título

de menor cidade de Minas

em número de habitantes,

mas tem características

onde quer ser única. “Aqui

todo mundo é amigo”, afir-

ma orgulhosa Rafaela Al-

ves, estudante de 15 anos,

que sonha ser médica. E

é fácil compreender esta

verdade, pois o município

não registra um único ho-

micídio há 50 anos.

Serra da Saudade, fá-

cil de chegar e mais fácil

compreender porque tudo

tem seu ritmo, seu estilo e

suas peculiaridades.

Serras e mais serras envolvem a “cidade saudade”. Verde a se perder de vista.

Aloísio Alves, 49, ao lado da filha Rafaela Alves, 15. “Sabores da Serra, Um sonho realizado”, afirma o orgulhoso por estar com seu próprio negócio.

Os túneis linha Belo Horizonte Paracatu, pontos obrigatórios para os turistas.

Paspalhos de Dores do Indaiá e Martinho Campos marcaram presença nas comemorações dos

51 anos de emancipação de Serra da Saudade.

Com seu relógio Tagus lá está a igreja: tradição e fé.

Foto: amomartinhocampos.com.br

Page 14: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar1414

E D I T A LCONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURALPESSOA FÍSICAEXERCÍCIO DE 2014A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA,

em conjunto com as Federações Estaduais de Agricultura e os Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais com base no De-creto-lei nº 1.166, de 15 de abril de 1.971, que dispõe sobre a Contribuição Sindical Rural - CSR, em atendimento ao princípio da publicidade e ao espírito do que contém o art. 605 da CLT, vêm NOTIFICAR e CONVOCAR os produtores rurais, pessoas físicas, que possuem imóvel rural ou empreendem, a qualquer título, ativi-dade econômica rural, enquadrados como “Empresários” ou “Em-pregadores Rurais”, nos termos do artigo 1º, inciso II, alíneas a, b e c do citado Decreto-lei, para realizarem o pagamento das Guias de Recolhimento da Contribuição Sindical Rural do exercício de 2014, devida por força do que estabelecem o Decreto-lei 1.166/71 e os artigos 578 e seguintes da CLT, aplicáveis à espécie. O seu recolhimento deverá ser efetuado impreterivelmente até o dia 22 de maio de 2014, em qualquer estabelecimento integrante do sis-tema nacional de compensação bancária. A falta de recolhimento da Contribuição Sindical Rural até a data de vencimento acima indicada, constituirá o produtor rural em mora e o sujeitará ao pagamento de juros, multa e atualização monetária previstos no artigo 600 da CLT. As guias foram emitidas com base nas informa-ções prestadas pelos contribuintes nas Declarações do Imposto Sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR, repassadas à CNA pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, com amparo no que estabelece o artigo 17 da Lei nº 9.393, de 19 de dezembro de 1.996, remetidas, por via postal, para os endereços indicados nas respectivas Declarações. Em caso de perda, de extravio ou de não recebimento da Guia de Recolhimento pela via postal, o con-tribuinte deverá solicitar a emissão da 2ª via, diretamente, à Fede-ração da Agricultura do Estado onde têm domicílio, até 5 (cinco) dias úteis antes da data do vencimento, podendo optar, ainda, pela sua retirada, diretamente, pela internet, no site da CNA: www.canaldoprodutor.com.br. Eventuais impugnações administrativas contra o lançamento e cobrança da contribuição deverão ser fei-tas, no prazo de 30 (trinta) dias, contados do recebimento da guia, por escrito, perante a CNA, situada no SGAN Quadra 601, Módulo K, Edifício CNA, Brasília - Distrito Federal, Cep: 70.830-903. O protocolo das impugnações poderá ser realizado pelo contribuin-te na sede da CNA ou da Federação da Agricultura do Estado, podendo ainda, a impugnação ser enviada diretamente à CNA, por correio, no endereço acima mencionado. O sistema sindical rural é composto pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil–CNA, pelas Federações Estaduais de Agricultura e/ou Pe-cuária e pelos Sindicatos Rurais e/ou de Produtores Rurais.

Brasília, 26 de março de 2014. Kátia Regina de Abreu, Presidente

“Se você é capaz de ser feliz quando está sozinho, você aprendeu o segredo de ser feliz.” (Osho)

COLôNIA Z-25 DOS PESCADORES ARTESANAIS E AQUICULTORES DE ABAETé MG

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

Pelo presente Edital de convocação, faço saber que no dia 14/04/2014 (quatorze de abril de dois mil e quatorze), horário das 08:00 (oito) horas as 17:00 (dezessete) horas, na sede da Colônia Z-25 dos Pescadores Artesanais e Aquicultores de Aba-eté MG, será realizada a eleição para composição da Diretoria, Conselho Fiscal e respectivos suplentes, para o mandato de 15 (quinze) de maio de 2014(dois mil e quatorze) a 14 (quinze) de maio de 2017 (dois mil e dezessete). O prazo para registro de chapas é de 10 (dez) dias contados da data de publicação deste Edital. O requerimento acompanhado de todos os documentos exigidos para o registro será dirigido ao Presidente da entidade, podendo ser assinado por qualquer candidato componente da chapa, devidamente formalizado em duas vias. A Secretaria da entidade funcionara no período destinado ao registro de chapas, no horário das 08:00 (oito) horas as 11:00 (onze) horas e das 12:00 (doze) horas as 17(dezessete) horas, onde encontrara a disposição dos interessados, pessoa habilitada para atendimen-to, prestação de informações concernentes ao processo eleito-ral, recebimento de documentação e fornecimento do corres-pondente recibo. A impugnação de candidatura devera ser feita no prazo de 02 (dois) dias a contar da publicação da relação das chapas registradas. Serão garantidas por todos os meios possíveis, a lisura e a democracia do pleito. Abaeté, 14 de Fevereiro de 2014. A Vandelio Jose Ribeiro – Presidente da Colônia Z-25 da Colônia dos Pescadores de Abaeté MG.

Ligue os pontos e aprenda a desenhar o nosso amigo Reciclonaldo

Depois, faça um

colorido bem bacana!

CRUZADINHAVamos aprender um pouco mais sobre os materiais

recicláveis? Responda e preencha a cruzadinha:1 - O que pode ser transparente ou colorido e é

feito de areia?2 - O que é formado pelo petróleo e está presente

na maior parte dos brinquedos?

3 - O que vem das árvores, é branco e fininho?

4 - O que é usado para fazer latinhas de refrigerante?

Resp

ostas

: 1 -

VIDR

O; 2

- PLÁ

STIC

O ; 3

- PA

PEL;

4 - M

ETAL

Criação: Jéssica Taís

Dia 02 de março, a Mo-cidade Espírita Sementes de Luz completou dois anos de atividades. Trata-se de um grupo de adolescentes e jovens espíritas, que se reúnem em prol do objetivo comum de estudar a Dou-trina Espírita e o Evangelho de Jesus e vivenciar estes ensinamentos através do trabalho espírita cristão.

Para participar, é preciso ter 12 anos completos, com-promisso e dedicação, para que os encontros sejam de

Mocidade Espírita Sementes de Luzforma espontânea e gra-dativa, oferecendo sempre oportunidades de trabalho, estudo, apoio, seguran-ça, confiança, incentivo e respeito à sua capacidade como espírito, permitindo o diálogo e a troca de experi-ências dentro de uma convi-vência fraterna.

Utilizamos os recursos valiosos que os jovens ofe-recem, como entusiasmo, boa vontade, energia, ale-gria e conhecimento.

Realizamos ações filan-

trópicas, buscando ajudar ao próximo, a comunidade, aos menos afortunados e às instituições que abrangem essa causa.

Nesse grupo, há também muita diversão com ensaios e apresentações musicais, peças teatrais, confraterni-zação e retiros espirituais.

As reuniões aos sábados são compostas de músicas, palestras, dinâmicas, filme, debates e estudo, onde os jovens podem questionar e tirar as suas dúvidas.

Os integrantes do grupo contam com o apoio do coor-denador geral Fábio Júnior, um jovem muito dedicado e empenhado do sucesso e crescimento do movimento jovem espírita na nossa ci-dade.

A coordenação de in-tegração musical fica por conta do André Luiz, muito alegre, animado, carismá-tico, super talentoso e que contribui muito para o forta-lecimento do grupo.

(Vera Lúcia e Margarete)

Page 15: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar14 15

Sejam bem-vindos os peque-ninos cidadãos recém-che-gados à Cidade -Menina: Vic-tor César (dia 20/02, filha de Sirlei Aparecida e Romário), Letícia Emanuelly (dia 24/02, filha de Maria Geralda e Edu-ardo Henrique), Thaila Sophie

(dia 23/02, filha de Elzele Aparecida e Wanderson Aparecido), Manuela (dia 25/02, filha de Cinara e Rubens Mateus), Filipe Gabriel (dia 26/02, filho de Jaqueline Aparecida e José Maria), Manuella Victó-ria (dia 26/02, filha de Karine Carla e José Maurício), Michaell Henrique (dia 26/02, filho de Keila Luana e Willian Henrique), Matheus Henrique (dia 27/02, filho de Neuza e Ronei), Carlos Fabian (dia 02/03, fi-lho de Karla Fabiana e Fabiano), Isabella (dia 05/03, filha de Rejane Aparecida e Nivaldo Aparecido), Emanuelly (dia 06/03, filha de Amanda Aparecida e Wellington), Maria Eduarda (dia 06/03, filha de Da-niela e Robson), Henzo Rodrigo (dia 09/03, filho de Talita Lorraine e Rodrigo), Levi Victor (dia 09/03, filho de Aldeneide e Wagner), Guilherme (dia 10/03, filho de Mônica Aparecida e Geraldo), Davy Taylor (dia 11/03, filho de Priscila e Johnata), Ana Cecília (dia 13/03, filha de Tamires Antônia e Fabiano), Samuel Lucas (dia 19/03, filho de Lídia Priscila e Marlúcio Francisco), Alice Vitória (dia 20/03, filha de Brenda e Marcos Antônio), Arthur Gabriel (dia 20/03, filho de Jéssica Caroline e Marcos Antônio).

Noticiamos a partida dos seguintes conterrâneos de volta à Pátria Espiritual: Jorge Alves do Nascimen-to (Jorge da Camig, dia 25/02, nasc. 26/04/1934), Maria José de Fátima Carmo (filha da Ana do Ti-

móteo, dia 26/02, nasc. 16/02/1954), João de Pau-la da Costa (dia 26/02, nasc. 26/06/1957), Valdoir Campos de Almeida (irmão do Nenê pedreiro, dia 28/02, nasc. 16/03/1955), Lucimar Regina Valen-tim (irmã da Lucília da Policlínica, dia 01/03, nasc. 29/06/1951), Iracema Simões da Cunha (dia 04/03, nasc. 08/09/1925), Joaquim Dias de Oliveira (sogro do Orlando Amorim, avô do Guilherme vendedor, dia 08/03, nasc. 20/05/1928), Terezinha Ferreira da Cruz (Terezinha do Zé Miguel, dia 09/03, nasc. 07/06/1933), Terezinha Afonso de Almeida (dia 09/03, nasc. 11/06/1928), João de Oliveira Campos (João Batista, dia 11/03, nasc. 03/09/1941), João Lu-cindo da Silva (interno da Vila Vicentina, irmão gêmeo do José Lucindo, dia 13/03, nasc. 21/03/1942), Túlio Alves Teixeira (pai do Pé de Manga, dia 19/03, nasc. 01/09/1929), Valdemar José de Andrade (Demar do Táxi, dia 19/03, nasc. 03/04/1949), Maria Lúcia Bal-doíno da Silva (Lucinha, dia 20/03, nasc. 06/10/1973), Maria Nazaré de Vargas (mãe do Eli caminhoneiro, dia 20/03, nasc. 20/05/1936), Giselda Maria de Lima (irmã do Dr. José Eustáquio de Lima, dia 23/03, nasc. 24/09/1947), Celso Luís de Oliveira (Cé, esposo da D. Arminda, dia 26/03, nasc. 25/12/1924).

Banda de música, mis-sa festiva, inauguração de busto, apresentação musi-cal e apresentação de um DVD com a história de sua vida marcaram as come-morações do centenário de nascimento de Frei Orlando Álvares da Silva em Abae-té, dia 16 de março.

Este mês, a vida do capelão do exército brasi-leiro, falecido durante a II Guerra Mundial em 1945, foi celebrada pela Diretoria de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Brasi-leiro em todas as cidades pelas quais Frei Orlando passou.

Nascido na região de Morada Nova, em 13 de fevereiro de 1913, Frei Or-lando foi criado em Abaeté pela família de um farma-cêutico, pois perdeu os pais muito cedo.

Em 1925, foi para o seminário menor em Divi-nópolis. Seis anos depois, embarcou para a Holanda, onde fez o noviciado, filo-sofia e o primeiro ano de teologia. Voltou ao Brasil em 1935. No ano seguinte, foi ordenado diácono e, em 1937, presbítero em Divinópolis.

Homenagem a Frei OrlandoEm 1938, foi nomeado

diretor espiritual do Colé-gio, em São João Del-Rei. Caridoso, o jovem padre inaugurou uma obra de assistência social chama-da “Sopa dos Pobres” e, daí em diante, começaram os contatos com o Exército na cidade em busca de auxílio para a obra de caridade.

No dia 15 de março de 1944, de forma voluntária, Frei Orlando apresentou-se para ser capelão do Exér-cito Brasileiro na II Guerra Mundial. Seu embarque aconteceu em 22 de se-tembro, levando consigo um cachimbo e uma gaita. A primeira missa celebrada em território italiano foi na cidade de Pisa.

No campo de batalha, ele tinha tanto preocu-pação com a assistência espiritual dos soldados, como a ajuda às famílias italianas em estado de grave pobreza devido à guerra. Preferia a frente de batalha, ao invés da retaguarda. Em uma de suas folgas, foi até Roma, onde se encontrou com o papa Pio XII.

No dia 20 de fevereiro de 1945, enquanto se diri-

gia de Docce para Bombia-na para levar assistência espiritual aos soldados, às vésperas da tomada de Monte Castelo, o jipe no qual estava ficou preso a uma pedra e, na tentativa de retirá-la, um oficial acer-tou, acidentalmente, um disparo na direção do frei, que morreu nesse instante. Tinha 32 anos.

Seus restos mortais e também de outros com-

batentes foram trazidos ao Brasil em 1960, sendo de-positados no Monumento Nacional aos Mortos da II Guerra, no Rio de Janeiro. Em 2009, foram transferi-dos para São João Del Rei.

Ao final da Guerra, o governo brasileiro instituiu Frei Orlando como patrono do Serviço de Assistência Religiosa do Exército, cria-do, em caráter permanente por decreto-lei, em 1946.

Músicos de Abaeté apresentaram uma canção composta por Lúcia Pereira de Andrade, em homenagem ao frade de bom humor, dedicado aos pobres, simples e de “boa prosa”.

funcionando com clientela fixa, ao lado da rodoviária e do Disk Gole do Juliano. Ótima oportuniDaDe De ser Dono Do prÓprio neGÓcio: (37) 9138-2000 (Vivo)

VenDo barato, ou troco por carro, moto etc., restaurante self-serVice

“a maior liberdade é ser livre de nossa própria mente.”

Page 16: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar1416

- Projeto de Lei 005/2014 - “Autoriza inclusão de programa de Governo na Lei nº 2.628/2013, que dispõe sobre as Diretrizes para elaboração da Lei Orça-mentária de 2014 e na Lei 2.637/2013 que Dispõe sobre o Plano Plurianual do Município de Abaeté/MG para o período finan-ceiro de 2014 a 2017. Au-toriza a abertura de Crédi-to Adicional Especial e dá

VISITE O SITE DA CAMARA MUNICIPAL DE ABAETÉ/MG E FIQUE POR DENTRO DOS TRABALHOS DO LEGISLATIVO.

Na reunião ordiná-ria do dia 19 de março, o Presidente do Conse-lho Municipal de Saúde, Norberto dos Santos, fez uso da palavra na Tribu-na Livre desta Câmara e trouxe aos vereadores e também à população alguns pontos discutidos na última reunião do Con-selho.

Disse que, dentre outras atribuições do Conselho, destaca-se a fiscalização da aplicação dos recursos destinados à Saúde, assim como auxiliar nos caminhos e soluções nas questões que apresentarem defici-ências e insatisfação da população.

PROjETOS DE LEIS APRECIADOS NA CâMARA MUNICIPALoutras providências”, de autoria do Executivo.

- Projeto de Lei 006/2014 - “Autoriza a abertura de Crédito Su-plementar e dá outras providências”, de autoria do Executivo.

PROjETOS DE LEIS EM TRAMITAçãO:

- Projeto de Lei 007/2014 - “Autoriza a

Fazenda Pública Muni-cipal através de seus re-presentantes a celebrar acordo em processos ju-diciais e administrativos, de autoria do Executivo.

- Projeto de Lei 009/2014 - “Dispõe so-bre repasse a título de contribuição financeira ao Clube Independentes de Abaeté e dá outras pro-vidências”, de autoria do Executivo.

Participe das reuniões ordinárias da Câmara Municipal de Abaeté, às segundas-feiras, às 20 horas. Sua resença é muito importante.

www.camaraabaete.mg.gov.br

A partir de estudos fei-tos pelos integrantes do Conselho, divididos em várias comissões temáti-cas como setor financeiro, físico, recursos humanos, funcionalismo, salários, foram determinadas vá-rias deliberações, todas embasadas em lei e ho-mologadas pelo Prefeito.

O Conselho verificou, por exemplo, que os re-cursos destinados à saú-de não estavam sendo aplicados e aproveitados da melhor forma, muitas vezes ocorrendo em des-perdício, especificamente na telefonia e no trans-porte de pacientes que fa-zem tratamento de saúde fora do domicílio.

Desta forma, o Conse-lho apresentou algumas

orientações e delibera-ções que foram acatadas

Prestando esclarecimentos sobre a Saúde Públicapelo Prefeito Municipal e Secretária de Saúde, procedendo desta forma a adoção de novas me-didas, contribuindo para o melhor funcionamento, desempenho e atendi-mento da Secretaria Mu-nicipal de Saúde.

Dentre as delibera-ções, ficou determinado que o transporte de pa-cientes para tratamentos em outros municípios (TFD) será concedido ex-clusivamente a pacientes atendidos na rede pública ou conveniada contratada do SUS. As pessoas que fazem tratamento particu-lar ou via convênios mé-dicos só serão transpor-tadas quando sobrarem

vagas.Também está veda-

da a autorização de TFD para acesso de pacientes a outro município para tratamentos que utilizem procedimentos contidos no piso de atenção básica PAB, casos que podem ser resolvidos em Abae-té.

Segundo Norberto, estas deliberações estão embasadas na Portaria 55 de 24 de fevereiro de 1999 da Secretaria de As-sistência de Saúde, que dispõe sobre a rotina do tratamento fora de domi-cílio do Sistema Único de Saúde, estabelecendo os pré-requisitos para a utili-zação do serviço.

Page 17: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar14 17

“Não há necessidade alguma de ter medo. Você pode perder apenas aquilo que tem que ser perdido. E é bom que perca logo – porque quanto mais tempo ficar, mais forte aquilo se torna.” (Osho)

Às vezes, penso que a vida se traduz em on-

das e, como as do mar, elas despejam algumas vezes, em nossa praia do cotidiano, algumas boas surpresas. E este é um dos motivos da vida ser tão fascinante.

Um destes dias em que tudo apontava pa-ra uma rotina maçante, recebi uma carta. Já era diferente, porque se trata-va de uma carta, meio de comunicação ameaçado de extinção. A caligrafia pequena, bem traçada e cuidadosa, não me era estranha.

O missivista era nin-guém mais, ninguém me-nos, do que o melhor pro-fessor que já tive na vida. E olha que não o encontrei

Histórias Perdidas... e reencontradasBernadete Ribeiro, de Belo Horizonte

na faculdade, e sim nos tempos do Colégio Nossa Senhora de Fátima, em Abaeté.

Ele me ensinou mui-to mais que português e filosofia. Ele me ensinou, com seu exemplo, princí-pios de caráter e retidão. Ele me ensinou a gostar de ler e de escrever. Por isso, escolhi o jornalismo como profissão. Há mui-tos anos, fui a Paineiras dizer isto pessoalmente a ele. Cheguei no dia do seu aniversário. Creio que ele recebeu o elogio como um presente dado com since-ridade.

O professor Leonído, depois da aposentadoria, se recolheu à sua fazenda em Paineiras. Para lá, se retirou também uma das mais brilhantes e profun-

das mentes que pude co-nhecer. Sei que ele me lê neste momento com ar de reprovação. Me pediu um dia que, se contasse esta história, o poupasse dos elogios que sabia que eu iria fazer, por não achar-se merecedor. Perdoe-me, querido professor, mas estes são apenas peque-nos e merecidos gravetos que não farão crepitar qualquer fogueira de vai-dade, discórdia ou inveja alheias.

Depois da primeira carta, se sucederam mui-tas outras. Fiquei feliz por poder sustentar um diá-logo escrito, do mais al-to nível. Costumo brincar que, quando recebo uma carta do Professor Leoní-dio, tenho que convocar às pressas todos os meus

neurônios. A correspondência

gerou frutos. Leonídio me enviou seus belos livros de poesia, além de outros dois livros do escritor Ru-bens Fiúza, que me reve-laram as mais inéditas e surpreendentes histórias sobre a região onde está Abaeté. Os títulos são: “Do São Francisco ao Indaiá” e “Águas de Piraquara”.

Natural de Dores do Indaiá e falecido em 2000, aos 77 anos, Rubens Fiú-za é daqueles geniais es-critores e pesquisadores que, infelizmente, passam despercebidos pelo mun-do. Sua biografia, por si só, já merecia um livro à parte. Nela consta que "sofreu várias tentativas de sequestro e assassinato,

das quais escapou ileso, apesar de não ter nenhu-ma ligação com partidos políticos e viver exclusiva-mente em função de sua atividade intelectual". Me-recia ter recebido home-nagens literárias, de histo-riadores, e placa de rua e busto em sua cidade natal (perdoem-me dorenses, se já o fizeram).

Rubens Fiúza escre-ve a história com poesia, com maestria. Transforma seus livros em verdadeiros filmes escritos, que mere-ciam serem levados para as telas de cinema. Sobre eles, o próprio Leonídio escreveu : "Sob o pretexto de historiar Dores do In-daiá, traça, holisticamen-te, a geografia, a história política, a antropologia da região entre os dois rios,

concluindo por conectá-la à História de Minas, do Brasil e do Mundo. A obra nos leva a pensar que, de-pois dela, nada mais resta a dizer, tão vasta a pes-quisa que a precedeu".

E o mais impressionan-te. Tudo acontecido nos nossos sertões, na imen-sidão das terras compre-endidas entre os rios São Francisco e Indaiá. É por isto que quero convidá-los a viajar comigo por estas narrativas que me trouxe-ram tantas descobertas.

A partir deste número do Nosso Jornal, vou es-crever sobre as histórias contadas por Rubens Fiú-za, que são verdadeiras e amparadas por detalha-dos documentos e enu-merados em seus livros. Continua nas pág. 18 e 19

Page 18: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar1418

“O amor deve ser como a respiração. Não é uma questão de estar amando alguém, é uma questão de ser amor.” (Osho)

Quero começar com aquela que mais me sur-preendeu. Sob o título “A cabeça do Alferes”, o autor conta em detalhes como a cabeça de Tiradentes foi roubada do poste em que se encontrava exposta na antiga Vila Rica, e trazida para a fazenda chamada Santiago, em Quartel Ge-ral, onde foi enterrada.

O surpreendente re-lato nos conta como os maçons, homens enrique-cidos pelo tráfico de dia-mantes para a Inglaterra e Holanda, planejaram me-ticulosamente o resgate da cabeça de Tiradentes, exposta em praça pública como punição pela trama da Inconfidência Mineira.

Há trezentos anos, a fazenda pertencia a Ju-ca de Souza, que por si só merece um capítulo à parte. Sua vida é digna de livro e filme. Dorense, Juca de Souza era o mais in-fluente maçom e traficante dos diamantes da região compreendida entre o Rio São Francisco e o Indaiá. Neste rio, mantinha um garimpo.

Numa reunião secre-ta da maçonaria mineira, ficou decidido que a cabe-ça do Tiradentes, exposta dentro de uma gaiola de ferro para não virar ali-mento de abutres e vigia-da dia e noite em Vila Rica, seria roubada e enterrada na fazenda Santiago, em Quartel Geral. Cumpriam assim o que considera-vam uma missão cristã, de enterrar o companheiro de

revolução. Nem que este ato católico se resumisse no enterro do que sobrou do corpo de Tiradentes.

Foi assim que, numa das noites mais frias, ene-voadas e chuvosas da an-tiga Vila Rica, um homem baixo, de olhos azuis, acompanhado por um escravo e puxando uma

carroça com um carrega-mento de vinho, se aproxi-mou do único guarda que vigiava os despojos de Ti-radentes.

No início, eram quatro guardas. Com o tempo, e o arrefecimento do susto e das emoções populares, a vigia passou a ser feita por um único guarda. Os ma-

estavam também a viúva de Tiradentes, Dona Eu-gênia, e o filho dela e de Tiradentes, João Almeida Beltrão, menino de gênio taciturno e depressivo, que se suicidaria 46 anos mais tarde.

Enquanto os viajantes tratavam de salvar as pró-prias vidas, a garrafa com a cabeça desapareceu. Mas depois que as águas baixaram, um escravo a encontrou entre as cordas de uma rede que ficara presa ao rabo de uma mula, o único animal que sobrevivera, e que garan-tiu também a sobrevivên-cia do grupo.

Montados nela, Eugê-nia e o filho, com o Padre e o escravo com águas correntes pelos joelhos, a velha mulazinha garantiu seu lugar na história ao “marchar em trotezinho fir-me e seguro pela cismeira submersa da lombada, até os altos barrancos do Porto da Piraquara”.

Tanto o filho de Tira-dentes quanto sua mulher Eugênia trocaram seus so-brenomes para não sofre-rem perseguições. Assim, Eugênia Joaquina da Silva passou a se chamar Eugê-nia Maria de Jesus.

É incrível, mas muitos dos descendentes de Tira-dentes com o sobrenome Beltrão estão espalha-dos por nossa região, in-cluindo Abaeté, sem que saibam que carregam o sangue do mártir da in-confidência.

(Continua)

A CABEÇA PERDIDA DE TIRADENTESBernadete Ribeiro, de Belo Horizonte - continuação da matéria iniciada na página 17

çons esperaram paciente-mente pela melhor hora para executar o plano.

O velho se aproximou e ofereceu um bom e legí-timo vinho do Porto ao tiri-tante guarda. Disse que le-vava um carregamento de vinho e que sempre havia alguns abertos para noites como aquela. Iniciou uma

conversa regada a copos e mais copos, que só ter-minou quando o guarda se entregou a Morfeu, dormindo pesadamente. Só de manhã, quando um menino gritou: “cadê a ca-beça do condenado? - é que deram pela coisa.

A cabeça, já seca, foi colocada em uma espécie de odre de couro que en-volvia uma garrafa com vi-nagre, porque, a essa altu-ra, mal cheirava a léguas. E o velho que levou a cabo o plano dos inconfidentes era ninguém menos que o Padre Francisco de As-sis Garcia, também ele um maçom e inconfidente, apesar de português.

A história da vinda des-ta cabeça, transportada em carro de boi de Ouro Preto até Quartel Geral, também merece ser con-tada à parte. É o que farei em outra edição.

Basta dizer que até o carro de boi foi perdido, com bois e tudo, carrega-dos pela maior enchente daqueles anos do lagoão da Piraquara, uma vasta reserva de água doce do Rio São Francisco, tão gran-de que parecia um mar in-terior. Ficava no município de Bom Despacho, e hoje não existe mais nenhum vestígio desta imensidão de água que, acreditem, media mais de 100 quilô-metros de comprimento. Também contarei depois sobre a Piraquara.

Bem, mas voltando à nossa estória......

Nesta mesma viagem,

Acreditem. Com os livros do professor, jornalista e escritor Rubens Fiúza, é possível sonhar acordado com as incríveis histórias do passado de nossa região.

Page 19: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar14 19

empolgantes do que os que estão nos livros. E que se não fosse a perseverança e cora-gem de uma outra cabeça - a de Rubens Fiúza, talvez nunca ficássemos sabendo sobre a cabeça perdida de Tiradentes, nem de outras fascinantes his-tórias.

E fiquei pensando também se todo o empenho de Fiúza não se deve ao fato de ser, ele mesmo, um descendente da sétima geração do próprio Tiradentes. Esta é uma das surpresas do livro, quando o autor menciona um a um seus ascendentes, até chegar ao herói da Inconfidência.

Nos acompanhe nesta viagem. Vamos desenterrar outras estórias perdidas no tempo, que embalaram vá-rios dos meus dias, e os dias (e noites, aposto) do professor Leonídio. Acreditem. Com os livros do professor, jornalista e escritor Rubens Fiúza, é pos-sível sonhar acordado com as incríveis histórias do passado de nossa região.

E isto também é de perder a cabeça. (Bernadete Ribeiro)

““O amor não é uma relação entre duas pessoas. É um estado de espírito dentro de si mesmo.” (Osho)

Desde que tomei conheci-mento desta história desper-tou em mim o lado detetives-co que todo jornalista, bem lá no fundo, carrega. Decidi que iria procurar a velha fazen-da Santiago, palco de tantos acontecimentos, e tentar loca-lizar o pequeno cemitério de garimpeiros próximo à sede, e "com vista para a lagoa", como é descrito o local onde foi enterrada a cabeça.

Como nada é por acaso, recebi, em um belo dia, um telefonema entusiasmado do professor Leonídio, me di-zendo que havia descoberto quem era o dono atual da fazenda Santiago: Élio Romu-aldo, um de meus melhores amigos em Abaeté. Então cheguei à casa dele e lhe entreguei o livro, dizendo-lhe que precisava ler o capítulo sobre a cabeça do alferes. Em pouco tempo, eu tinha um in-teressadíssimo companheiro de busca.

E foi assim que, no final de 2013, em pleno domingo, teve início a saga dos caçadores da cabeça perdida de Tira-

dentes. Na primeira missão, par-

timos eu, Élio e Maria Amália rumo a Quartel Geral, para conversarmos com o Sr. Si-mão, que guarda, em sua ain-da aguçada memória, toda a estória daquela região. Ele por certo haveria de nos dizer on-de ficava a sede antiga.

Sr Simão, depois de ouvir pacientemente a leitura de dois capítulos inteiros, feita pe-lo Élio, nos explicou que a fa-zenda Santiago original, cujas terras ocupavam mais um mu-nicípio, foi desmembrada em várias com o passar dos anos. Muitas delas conservaram o mesmo nome. Então ele nos falou de algumas possibilida-des, apontando as direções.

Mas...ah, o tempo. Sempre ele. Faltou tempo. Precisava voltar para não perder minha carona para BH. Assim, nossa procura pela cabeça perdida de Tiradentes teve que esperar por uma nova oportunidade.

Mas uma coisa já está cer-ta, a viagem seguinte terá mais pessoas. Ao saberem da histó-ria, muitas se entusiasmaram.

Minha amiga, a Lourdinha do Gelito, já confirmou presença na "expedição" e até me con-fidenciou que ouviu dizer que por lá aparece um certo fan-tasma. Será ele um barbudo? Mais um mistério a esclarecer.

Por certo, não encontrare-mos o cemiteriozinho de ga-rimpeiros, que já se encontra-va em estado de abandono há cerca de 300 anos. Muito me-nos a garrafa enterrada, por-que é como achar uma agulha no palheiro, já que não foi feita nenhuma lápide. Isto já é tra-balho para profissionais. Mas que vamos encontrar a Santia-go original, ah, isto vamos!

E quem sabe ainda colo-camos Abaeté, Dores do In-daiá e Quartel Geral no roteiro turístico histórico de Minas?!! Menos, não é gente? Mas que teremos assunto por muitos anos, ah, isto teremos.

Enquanto isto, já de volta (infelizmente) a Belo Horizonte, olhando a lua cheia, fico pen-sando em quantas lacunas nossa história oficial deixou. Quantos fatos deixaram de ser contados, alguns muito mais

Fique atento para acertar:1 - não “se o diz”. É errado juntar

o se com os pronomes o, a, os, as. assim, nunca use: fazendo-se-os, não se o diz (não se diz isso), vê-se-a, etc.

2 - acordos “políticos-partidá-rios”. nos adjetivos compostos, só o último elemento varia: acor-dos político-partidários, medidas econômico-financeiras, bandeiras verde-amarelas, partidos social-democratas.

3 - andou por “todo” país. todo o (ou a ) é que significa inteiro. toda a tripulação (a tripulação inteira) foi demitida. Sem artigo, todo quer dizer cada, qualquer. todo homem (cada homem) é mortal. toda nação (qualquer nação) tem inimigos.

“todos” amigos o elogiavam. no plural, todos exige o artigo: todos os amigos o elogiavam. era difícil apontar todas as contradições do texto.

4 - Favoreceu “ao” time da casa. Favorecer, nesse sentido, rejeita o artigo: favoreceu o time da casa. a decisão favoreceu os jogadores.

5 - ela “mesmo” arrumou a sala. Mesmo quando equivale a próprio, é variável - ela mesma (própria) arrumou a sala. as vítimas mesmas recorreram à polícia.

professor Modesto pires

A SAGA DoS CAçADoRES da cabeça perdida de Tiradentes

Page 20: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

informe publicitário20

Dia 10 de março, foi realizada a licitação para construção da UPA - Uni-dade de Pronto Atendi-mento, no valor de R$ 1.011.176,62 (um milhão onze mil cento e setenta e seis reais e sessenta e dois centavos). As obras serão iniciadas na primei-ra quinzena de abril.

Confira outros recur-sos e obras que devem chegar ao município em 2014, de acordo com várias emendas apre-sentadas na Câmara dos Deputados, no mês de março:

- Emenda do Depu-tado Federal Eduardo Barbosa no valor de R$

Nas ações de combate à Leish-maniose da Secretaria Municipal de Saúde de Abaeté, foram realizados 387 testes rápidos na população canina no ano de 2013 e 296 em 2014, com eutanásia dos animais portadores de doença infectocon-tagiosa incurável, a Leishmaniose Visceral, a partir de exames clíni-cos e autorização dos proprietá-rios. Todas as ações realizadas pela equipe de zoonose seguem estritamente as diretrizes e proto-colos do Ministério da Saúde.

Ainda não foi possível implantar o programa de controle popula-

O Prefeito Municipal, Armando Greco Filho, juntamente com a Se-cretária Municipal de Saúde, Célia Lage, conseguiram três novos médi-cos para atender a nossa população, através do PROVAB - Programa de Valorização do Profissional de Aten-ção Básica.

Dr. Rafael Ribeiro de Assis está em atendimento ao PSF Rural, Dr. Leonardo de Magalhães Machado Nogueira Batista no PSF Terezinha Nicoli e a Dra. Heloísa Aparecida La-cerda e Silva no PSF Feliciana Lage.

A Secretaria Municipal de Cultura e Casa da Cultura de Abaeté convidam to-dos os abaeteenses para o 4º Encontro de Capoeiristas da Universidade Brasi-leira Capoeira de Sol Nascente, dias 02, 03 e 04 de maio, na Praça Dr. Amador Álvares. Organizado pelo Contra mestre Matheus (Gato Preto), com supervisão do Mestre Romeu, o evento vai reunir capoeiristas de sete estados: Bahia, Piauí, Distrito Federal, Goiás, São Pau-lo, Pará e Minas Gerais. Participe!

Construção da UPA será iniciada em abril

512.000,00 (quinhentos e doze mil reais) para construção da Unidade Básica de Saúde Heliana Valadares;

- Emenda do Deputa-

do Federal Vitor Penido para compra de equipa-mentos das Unidades Básicas de Saúde do Município no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil

reais);- Emenda do Depu-

tado Federal Eduardo Barbosa para compra de equipamentos das Uni-dades Básicas de Saúde

do Município no valor de R$ 220.000,00 (duzentos e vinte mil reais).

- Emenda do Deputa-do Federal Marcus Pes-tana para construção da

passarela sobre a ponte do rio Marmelada que liga o Bairro São Lucas aos Bairros São Pedro e Progresso, no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais);

- Emenda do Deputa-do Federal Miguel Correa no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para com-pra de três veículos para a Assistência Social;

- Emenda do Depu-tado Federal Marcus Pestana no valor de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) para pavimentação asfáltica no município;

- Emenda do Deputado Federal Vitor Penido para compra de três veículos para nosso município.

Prefeitura traz três novos médicos para Abaeté

A Secretaria Municipal de Saúde atuante contra a Leishmanionecional de cães e gatos através da esterilização cirúrgica devido à ine-xistência de local adequado para o pré e pós operatório, ou seja, para a permanência no tempo mínimo necessário para a recuperação dos animais.

Trata-se da criação de um ca-nil municipal (Lei Municipal nº 2130/2003), cuja medida impõe ao poder público um investimento bastante elevado, tanto a nível de estrutura física, como para a ma-nutenção dos animais dentro das normas adequadas de sanidade (recursos humanos/ custeio da ali-

mentação, higienização, vermifu-gação, medicação, etc).

A SMS informa que toda a po-pulação de cães errantes recebe a vacina antirrábica anualmente, no mês de setembro.

Frente às diversas e crescen-tes demandas da área de saúde, a SMS ainda não pôde disponibilizar recursos suficientes e necessários para a criação e manutenção de um canil municipal.

Mas todas as ações passíveis de serem executadas sem a cria-ção do canil estão sendo realiza-das pela equipe de zoonose.

FIQUE POR DENTRO: EM 2013, A PREFEITURA MUNICIPAL INVESTIU R$10.364.940,34 NA ÁREA DA SAúDE. Foram R$7.421.501,30 em recursos próprios (71,6%) e R$2.943.439,04 repassados pela União e Estado (28,4%).

Grande evento cultural

Page 21: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -
Page 22: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar1422

Três anos se passaram e, até hoje, não con-seguimos nos acostumar com a sua ausência.

Temos sauda-des profundas de coisas co-muns, das boas risadas, da sua voz, sempre cha-mando a todos com cordialidade e alegria, de vá-rios momentos marcantes, se-jam eles alegres ou tristes, dos breves e longos

momentos, onde a sua companhia foi essencial e hoje não é mais a mesma.

Saudades eternas de seus famíliares.

Túlio, inhô, pai, Tio, vô, biSo e muitos outros nomes recebeu nesta vida.

veio para educar, criar e nos fazer rir. parte para mais uma etapa, deixando saudade

e o muito que nos ensinou. agradecemos a Deus por fazer parte de nossas vidas.

Saudades que jamais se apaga em nós.Esposa, filhos, genro, noras, sobrinhos,

netos e bisnetos.

José balbino de almeida * 21/10/1923 + 03/03/2011

DEuS noS DEu um prESEnTE DuranTE anoS

DE noSSaS viDaS!

Túlio alves Teixeira 01/07/1929 - 19/03/2014

“Aqueles que amamos nunca morrem. Apenas partem antes de nós”.

Sentimos sua falta todos os dias.

Você partiu, mas sua lembrança

continua sempre viva entre nós.

Eternas saudades.Esposa, filhos, genro,

noras e netos

“Ninguém parte na véspe-ra. Todos temos o momento certo para seguir adiante. Às vezes, a morte não pa-rece justa. Contudo, neste mundo que vivemos, de

caminhos intrincados, tudo acaba seguindo para um

único e determinado ponto. Não sabemos o porquê”.GRATIDÃO E SAUDADES!!!!

JOÃO BATISTA03/09/1941 - 11/03/2014

JorgE alvES Do naScimEnTo

* 26/04/1934 + 25/02/2014

“A menos que você aceite com gratidão tudo o que a vida traz, você está deixando escapar o sentido.” (Osho)

Page 23: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar14 23

Presidente: Heleno César da Cunha (Macal)Vice-presidente: Ewerton de Oliveira Campos (Liderança Auto-Peças)1º Secretário: Fabiana Aparecida da Silva (Sonho Infantil)2º Secretário: Ediley Ângelo Jorge (Security)1º Tesoureiro: Maria José Pereira (Pezinho & Cia)2º Tesoureiro: Artur José Andrade (Credioeste)Diretor Administrativo: Maurício Elias Gomes (Loja do Darci)Eventos com. e exp.: Rita de Cássia C. Pereira (Fofa)Produtos e Serviços: Emerson Mariano da Silva (Mersinho Calçados)

Conselho FiscalEfetivos: Elismar Maria Noronha (Mobiliadora Noronha)Vitor Hugo Ferreira (Hugo Calçados)Cássio Arruda da Silva (Selaria Imperial)Suplentes:Márcio Antônio Pereira (Credioeste)Claudinei Antônio Rodrigues (Tucano Motos)Rivelino Gomes de Sousa (Riva’s Sport)

Colaboradoras: Cristiane e Isabel

ACIAB 36 anos UNIãO + TRABALHO = VITóRIA

“Unir-se é um bom começo, manter a união é um progresso e trabalhar em conjunto é a vitória” (Henry Ford)

A nova diretoria con-vida todos os associados e interessados a parti-ciparem das reuniões mensais realizadas na ACIAB (2ª quarta-feira de cada mês - das 7:30 às 8:30 da manhã).

É muito importante contar com o prestígio e confiança de todos. Este é, sem dúvida, nosso maior estímulo em bus-ca de ideias e troca de informações para supe-rarmos problemas e pro-duzir soluções criativas.

Aguardamos todos para uma “tempestade de ideias”.

A colaboração de todos é essencial para o sucesso da ACIAB e, consequentemente, para o sucesso de todos nós, comerciantes.

Nova sede: Rua Almirante Barroso, 460 - Loja 2 - Centro - Abaeté - MG(ao lado da Loja do Evando) - Fone: (37) 3541-1699

Sou uma bênção de Deus.Sou herança do Senhor.Sou o presente mais precioso,Que, aos meus pais, Deus enviou.Faz um ano que só dou alegria e felicidade

Moema, 08/02/2014

Júlia HelenaQue Deus a ilumine e proteja! Papai Otávio, Mamãe Taísa, vovô Orlando e vovó Dorotea.

Sou de Moema. Vocês me conhecem?

JulianaParabéns,

filha querida.Você como meu primeiro fruto é

muito importante pra mim, minha jóia

preciosa. Te amamos muito.

Feliz aniversário

De sua mãe Vilma, pai edmundo e

irmãos Cristiane, Flávia, Rodrigo,

Renata, Wagner, seu marido edson e seu filho Kelvin.

Renata LeãoParabéns pela sua Formatura em Farmácia, por sua determinação e por seu esforço ao longo dessa caminhada! esta-mos orgulhosos de você, por esta grande conquista. Pedimos a Deus que abençoe e ilumine seus pas-sos nessa nova etapa de sua vida. Sucesso e muitas felicidades!

amamos você! tia Lusia e familiares.

Parabéns pelo seu 1º aninho de vida, que será

completado dia 23 de abril. Que o menino Jesus sem-pre ilumine seu caminho. De seus pais Kennedy e Fernanda e sua avó iva.

A ACIAB nomeia a sua nova diretoria para gestão 2014/2016, composta pelos seguintes membros:

Desde 14/04/1978

leTíCia CeCíliaParabéns aos queridos aniversa-

riantes GeRaLDo (dia 01/03) e FRancyaRa (31/03). Que Deus os abençoe neste novo

ano de Vida. Beijos de Francisca, Robson e Rouglas.

Page 24: Rumo à Regionalização - Nosso Jornal Abaeté · PDF file2 nossojornal / mar14 FOLHA COMUNITÁRIA DE ABAETÉ. Empresa de Comunicação Soares Ribeiro Ltda. CNPJ 00.815.984/0001 -

nossojornal / mar1424

“O único modo de evitar os erros é adquirindo experiência, mas a única maneira de adquirir experiência é cometendo erros”.

Empossada a nova diretoria do Sindicato Rural de AbaetéPromover o 6º Churras-

cão Solidário de Abaeté, dia 19 de abril, dar conti-nuidade aos leilões quinze-nais e iniciar a construção imediata de uma arena de 4.100 m2 para julgamento de animais e concurso de marcha de cavalos, com gramado, cerca, arquiban-cada e caixa d’água, são os dois primeiros desafios da nova diretoria do Sindi-cato dos Produtores Rurais de Abaeté, empossada dia 14 de março. “A verba para esta obra já está em nosso

caixa, graças a um convê-nio firmado entre a gestão anterior e a Secretaria Esta-dual de Agricultura. Temos muito trabalho pela frente, e nossas expectativas são as melhores possíveis”, otimiza o presidente Getúlio Lopes.

Nessa empreitada, ele conta com o apoio dos par-ceiros, produtores rurais, colaboradores e compa-nheiros da diretoria (o vice presidente Nilson José da Silva, o tesoureiro Juliano Aguimar de Faria , o secre-

tário Luiz Mauro Machado e os suplentes João Luiz da Silva, Dr. Orestes Campos Menezes, Heleno César da Cunha e Renato Vieira de Freitas).

Outra meta da equipe é promover a Exposição Agropecuária completa em 2014, com a terceiriza-ção da parte de shows e rodeios. “Já iniciamos con-tatos nesse sentido. Como está muito em cima da hora, temos o Churrascão em abril, muita burocracia na mudança de diretoria

e a Copa do Mundo em junho e julho, devemos realizar a exposição em se-tembro, mesmo correndo o risco de chuvas”, planeja Getúlio.

Ele pretende também dobrar a área do salão de festas, num projeto orçado em R$ 600 mil, com parte dos recursos da venda de uma área ociosa atrás do parque de exposições, avaliada em R$ 1,2 milhão. “Essa negociação já foi aprovada pelos associados em assembleia”, informa

Getúlio, disposto a cumprir todo o seu programa de governo. “Não tenho o dom da oratória, mas pretendo trabalhar muito”, garante.

Na solenidade do dia 14 de março, também foram empossados os membros do Conselho Fiscal, Ama-dor César de Faria, Felipe Antônio de Castro, Fran-cisco Pereira de Amorim e José Pereira de Lima, com os suplentes Ricardo Cordeiro de Toledo, Carlos Roberto de Oliveira e Sueli Ferreira Alves.

Fotos: www.festasvip.com.br