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S —* mm-!*»*.. «.
O Sr. Osvaldo Aranha Não E' Candidato«
Rio 12 (A RAZÀO)—O «Globo» ouviu, hoje,Idor brasileiro respondeu: «De modo nenhum,
sr. Osvaldollranha sobre o problema da su- Os que me conhecem sabem que não é do
cessão presidencial. v . |meu feitio agir manhosamente
Interrogado se seria candidato, o embaixa
¦ri
na penumbra, até
o momento de desferir o golpe».
Referindo-se a sua recente viagem ao RioGrande do Sul declarou:
«Minha missão ao Rio Grande foi coroada deêxito». (H)
<
ANO I :: Sábado, 13 de Fevereiro de 1937 NUM. 219
O JORNAL QUE SERÁ SEMPRE O DEFENSOR DAS CAUSAS JUSTAS E POPULARES
Dlrelon-JEHOVAH MOTTA
O Agente Do Komitern QueSerá Expulso Do Brasil
As Declarações Do Judeu David Levinson A' Im-
prensa—Impossibilitado De Defender Prestes E
Berger, Constituirá Advogados
O Salário Que ReceberáCom o propósito de achincalhar a nossa po-licia, encontra-se nesta capital, por ordens do
Komintern, que o nomeou advogado de Luiz Carlos
Prestes e Harry Berger, o judeu David Levinson.
Acompanhado de sua senhora, esse asque-
roso individuo que, por um gesto de complacen-
cia das nossas autoridades ainda se encontra em
liberdade, aqui aportou em 28 de janeiro, insta-
lando-se, comodamente, num dos mais luxuosos
apartamentos do Hotel Gloria.
A Entrevista Dada Por LevinsonsV
Entrevistado pela imprensa que desejava
arrancar-lhe, com bastante subtileza, uma formal
confissão sobte os reais intuitos que o levaram a
empreender essa viagom para o Brasil, David Le-
vinson, sagaz como todo judeu, recebeu
os representantes dos jornais com a -gen-
tileza que carateriza os individuos inescrupulo-
sos, pestilentos e cínicos.
Um Apaixonado Por QuestõesInternacionais
Interrogado se viera ao Brasil apenas como
causidico para defender Harry Berger e Luiz
Carlos Prestes, este judeu que ora abusa tão in-
80litamente de nossa hospitalidade, declarou
afirmativamente, sem entretanto ocultar o seu
embaraço.Afim de evitar indiscreções que o pudessem
comprometer, David Levinson resolveu, de prontoexternar-se passando a relatar as preliminares
que motivaram a sua "inesperada" viagem. Disse
Sue fora procurado, em seu escritório em Fila
elfia, por sete pessoas, inclusive uma mulher
que lhe pediram "insistentemente", defender os
dous cabeças da '.intentona comunista de 1935
acrescentando que a sua "aquiescência" se pren-de á sua "paixão"
por questões internacionais...
A Mordacldade Dos Jornalistas
Ante a mordacidade dos jornalistas que de-
monstravam claramente n&o estarem dispostos a
acreditar em suas palavras e como alguém hou-
vesse perguntado se era comunista, David Levin-
son, já então receioso da pergunto inteligente,
respondeu que nos Estados Unidos ninguém cogi-
tava saber qual o credo politico que esse ou
aquele individuo acaso professasse.
Interrogado, ainda, sobre o salário que iria
receber* por tais "serviços", o judeu, meio con-
fuso, passando as mãos por sobre seus cabelos
completamente crespos como quem procura res-
ponder sem se comprometer, referiu-se á impor-
tancia de 1.200 dólares.
Riso Geral
Todos, ante a ridícula resposta, riram gos-tosamente. pois, só as passagens absorveriam
1.000 dólares, restando-lhe* apenas, 200 dólares
para as demais despesas. Como poderia manter-
se o "causidico", se essa quantia é insuficiente
para cobrir pequenas despesas? Vivendo, assim,
em luxuoso apartamento do Hotel Gloria, desfru-
tando uma vida de nababo, é-lhe totalmente im-
possivel manter-se com tão pouco dinheiro.
Perturbado
Entretanto, readquirindo a sua calma"mascarado" agente do "Komintern", querendoconvencer aos jornalistas que agia, apenas, como
profissional, mostrou um telegrama que havia re-
cebido de uma mulher chamada Minar Ewert,"irmã" de Harry Berger, residente em Elgin
Avenue, solicitando o seu concurso para a suariof pfifl
Disse não ter procuração de Prestes para
proceder á sua defesa, porém, que obteria a sua
permissão.
Desconhece A Nossa Língua
O apelo da mãe de Sérgio Trotskyá conclencia do mundo
MÉXICO, 12—A senhora Trotsky lançou umapelo á conciencia do mundo inteiro afim desalvar a vida de seu filho Sérgio, que está pre-so em Krasnoiarsk.
«Meu filho, diz a senhora Trotsky, não élouco. Foi vitima de uma falsa acusação. Atra-vés dele, os acusadores procuram atingir o pai ea mãe, mas a vitima imediata continua sem de-fesa. O fim da acusação è provocar o ódio dasmassas incultas contra o pai.
E' um absurdo o envenamento em massados operários que trabalham ao lado de Sérgiona mesma usina. No tempo do Czar espalhavam-se boatos de que os estudantes revolucionáriospropagavam o cólera entre o povo. Iguais acu-sações caraterizaram hoje o periodo sombrio dareação».
A Dissolução Da AçãoPopular
Carta Aberta De Gil Robles Ao Seu De-legado Em Valladolld
ÁVILA, 10 — De Lisboa, onde reside, o se-nhor Gil Robles, chefe do Partido «Ação Popu-lar», dirigiu uma carta aberta, que teve a maiorrepercussão, ao seu delegado em Valladolid, sr.Luciano de Zaliada. O ex-ministro julga oportu-no nessa carta precisar o que é a «Ação Popu-lar» e o que ela significa hoje. Após haver de-clarado que o governo que dirigiu foi instaura-do para unir tanto quanto possível todos os es-
panhois e que quer na oposição, quer no poder,nunca teve outro intuito que o de defender osinteresses supremos do país, acrescentou o se-nhor Gil Robles: «Graças a nós foi possivel aformação de uma consciência nacional. Graçasao nos so ideal e ao sangue derramado pelosnossos companheiros, foi possivel a esplendidacolheita atual».
Anuncia o senhor Gil Robles que a «AçãoPopular», cessando a sua atividade politica par-tidaria, «não é mais que uma milicia cujos mem-bros têm o orgulho de combater sob a disciplinado exercito».
O senhor Gil Robles termina ordenando aosseus milicianos que renunciem aos louvores da
publicidade e concita-os a lutar ao seu lado con-tra o inimigo comum.
Considera-se que essa carta marca, comefeito, o fim das atividades politicas da «Ação .Popular», pois deixa mesmo prever o seu proxi-,mo desaparecimento. Após a militarização dos«requets» e falangistas, o gesto de Gil Robles éuma etapa nova para supressão de todos os par-tidos, de todos os movimentos, para fundi-losnum só, sob a direção única do generalissimo.hoje o único imperador e o único senhor do des-tino da Espanha.
4
f.1
Dr. R. Plácido TeixeiraDiplomado pela Universidade de Minas Gerais
Especialista em doenças do estômago,: : : : do figado e dos intestinos. : : : :
Edifício Granito, 2\ andar, sala 4
Das 2 ás 5, diariamente
Residência: Palace Hotel—Fone, 197
nossa linreclamaria
passando a agir
Desconhecendo completamente
gua, o judeu Levinson declarou quea assistência de um interprete,na qualidade de conselheiro.
Advogado De Dlmltrov
Reportando-se ao caso do incêndio do Rei-chstag, disse como defendera Dimitrov e acres-cantou que saberia agir... Negou ser agente co-munista, fugindo a responder quaisquer pergun-tas que o incriminasse.
Sob As Vistas Da Policia
Essa entrevista que veiu positivar as des-confianças. da Policia, em torno de sua pessoa,bem revela a astucia e a audácia dos agentesdo Komintern, que não medem conseqüências paracolimação dos seus objetivos.
A Delegacia Especial de Segurança Politicae Social vem acompanhando os passos de DavidLevinson, desde o seu embarque em Nova-York.
#
"ÍW *J
O Embaixador Osvaldo Aranha aw-
plica As Ligações Existentes Entre O
Seu Nome E As Atividades Do Judeu
David Lavinson
Rio, 12 — (A RAZÃO) — O vespertino «O
Globo» ouviu hoje o embaixador Osvaldo Ara-nha a respeito das relações que poderiam haverentre David Lavinson, advogado internacional, eo embaixador brasileiro, ao que este declarou:«Não conheço nem nunca falei a David Lavinson.
O equivoco surgiu como vou relatar: Fui pro-curado, aqui. no Rio. pelo Secretario da Embai-
xada norte americana, que me pediu, em caratea
particular, informações sobre os meios mais fa-
ceis de conseguir-se licença para que Lavinson
advogasse no Brasil. Sem tomar qualquer atitu-
de oficial a embaixada dos Estados Unidos pro-curava encaminhar David Lavinson. Respondi,
então, que Lavinson devia procurar imediatamen-
te o presidente da Ordem dos Advogados porquesomente ele poderia conceder ou não a indis-
pensavel licença para que advogasse no Bra-
sil». (H.).
Constituirá Advogados ParaE Berger
Prestes
Impossibilitado de exercer a sua "profissão"
em virtude de desconhecer o portuguez e nãoestar identificado com leis do nosso pais, o judeuLevinson se entendeu com o presidente do Ins-
tituto da Ordem dos Advogados, manifestando o
seu desejo de constituir advogados para defen-
der Harry Berger e Luiz Carlos Prestes.
A RAZÃO Sábado 13 de Fevereiro de 1937
avisam ao commercio
e aos seus distinctos
amigos e freguezes,
f J. LOPES & CIA.,
que transferiram sua séde para o Edifício Lopes, á Rua Major Facundo,
286/294, com fundos para a Rua Barão do Rio Branco, 795/801, onde
mantêm um colossal sortimento de tecidos, miudezas e ferragens, e con-
tinuam a vender por preços sem competidores. Desde já agradecem aquelles
que se dignarem visitar suas novas e modernas Ínstallações.
NO LAR E NA SOCIEDADEAniversários
HOJE
A data de hoje as-sinala a passagem doaniversário nataliciodo nosso prezado a-migo Padre Godofre-do dos Santos, vir-tuoso vigário de Pa-catuba.
Cumpridor fiel dosseus deveres o dig-no sacerdote distin-
gue-se pelas suasvirtudes; merecendo
por isso a coníiancae a estima de quan-tos privam de suasrelações.
E'-nos grato regis-trar o seu natalicio,ilustrando com o seuclichê as nossas co-lunas, e associandoás justas manifesta-ções de que será alvoneste dia os nossosparabéns.
ONTEM
CLEIDE. Decorreu ontem adata aniversaria da graciosamenina Cleide Lucí de Holan-da Borges, dileta filha do dis-ciplinado militar tenente Ce-zar Borges e da sua dignaesposa d. Cecília Borges.
A's manifestações que, decerto recebeu a inteligenteaniversariante, a «A Razão»tem o prazer de associar osseus parabéns extensivos aos"distintos
pais.SENHORINHA LILÍ BEZER-
RA MAIA. Teve ontem, o diado seu natalicio a prendadasenhorinha Lilí Bezerra Maia,elemento de destaque em nos-sa sociedade e entusiasta ca-misa-verde.
A «A Razfio», resgistrandoo seu genetliaco, une os seus
parabéns ás manifestações
que, de certo, recebeu desuas inúmeras amiguinhas.
Horário De Oni-— bus —
Oias Uleis
Para Maranguape—ás 8,15,10 e 16 hs.
De Maranguape—ás 6, 10,40e 11,30 hs.
Aos Domingos
Para Maranguape—ás 6,10,7,15, 8,10, 11,50 13,40 e 16,18.
De Marancjuape —ás 4,15, 5,6,50, 10, 11,15, 2,40 e 16 hs.
Aos Sábados
Os mesmos horários dosdias úteis e mais os seguin-tes.
Rira Maranguape—ás 13,40e 17.30 hs.
De Maranguape—ás 14.30 e16 hs.
Informações á rua Barão doRio Branco, 1040.
PADRE GODOFREDO DOS SANTOS
Falecimentos
D. TOTONIA. Faleceu haalguns dias nesta capital, emsua residência, cercada doconforto e carinhoso desvelode sua familia, a digna senho-ra d. Totonia Ferreira Pas-sos, que, submetida a umaoperação na Casa de SaúdeDr. Cezar Cais foi vitima doinsucesso da mesma.
Senhora de nobres senti-mentos cristãos, portadora deraros predicados e possuído-ra de um coração generoso,era um modelo perfeito devirtude e bondade, razão porque a sua morte inesperadaferiu profundamente o cora-
ção de todos aqueles que aestimavam.
A pranteada extinta quepertencia á Ordem TerceiraFranciscana deixa órfãos osseguintes filhos: Antônio, ca-sado com a distinta senhorad. Milta de Oliveira Passos;Josefina, esposa do sr. Anto-nio Bastos; João, casado coma exma. senhora d. Odete deOliveiras Passos; Vicente, ca-sado com a digna senhora d.Maria Uchôa Passos e a in-consolavel senhorinha Anasi-ta F. Passos.
A' enlutada familia da ve-neranda morta a «A Razão»apresenta o seu profundo pe-zar.
Graças Alcançadas
Maria Farias agradece a N.S. da Salete 3 graças alcan-çadas em favor de seus filhos.
Felina Campeio agradece aN. S. da Salete uma grandegraça que alcançou em favorde seu filho.
Lair Golinac agradece abôa mãe da Salete uma gra-ça alcançada em seu favor.
Maria Moreira agradece aN. S. da Salete uma graça ai-cançada em seu favor.
PARA melhor êxito em
seus negócios, man-de seu anuncio para aA RAZÃO.
Porque VendeBarafo
A Loja O Gabriel ven-de barato porque rece-be em quantidade das ía-bricas.
CINEMAO que vamos assistir
hoje:Moderno
A's 7,30 horas «Sessão Co-losso»—3S300
Pesca de Arrastão em Altomar—nacional.
Fox-Movietone News 18x64jornal
As Oito em Ponto — Umaprodução musical da «Para-mount», com George Raft eAlice Faye.
Vivo para o Amor — Umamaravilhosa da «Ufa», com aformosa Dolores Del Rio eEverett Marshall.
Majestic
A's 12,10 horas «Passatem-
po» $600A Ultima palha — desenho.O Sertão Desapparecido—
2a. serie, com o famoso do-mador de feras Clyde Beatty.
A's 3,30 horas: «Vesperal»1S600.
Reformador modelo—nacio-nal.
Os três leitozinhos — dese-nhos colorido
A Mulher que soube Amar—Uma produção da «Radio»,com Fred Mac. Murray e Ha-tharine Hepburn.
A's 7,30 hs: «Sessão Colos-so» 2$200
As Laranjas do Brasil—na-cional.
Salada musical—short.O Yacht da Fuzarka — com
Sydeney Fox.O Primeiro Beijo-Um dra-
ma da «Warner», com KayFrancis e George Brent.
Politheama
A's 7,30 horas:—8$00—4S00O Sertão Desapparecido—
3*. serie, com o famoso do-mador de feras Clyde Beatty.
O Crime nas Nuvens—Umdrama policial da «Warner»,com Lyle Talbolt e Ann Dvo-rack.
Bemfica'
O Sertão Desaparecido—Ia.serie, do formidável film se-riado da «Universal, com ofamoso domador de ferasClyde Beatty.
Centro
Quando Extranhos se Ca-sam — Formidável drama da«Columbia», com Jack Holt.
Odeon
A Sombra Misteriosa — 1*.berie—com Giisiuw S te vens.
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A Sombra Misteriosa — 2*.serie—com Onslow Steveus.
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*
Sábado 13 de Fevereiro de 1937 A RAZÃO
•
«Memento homo...» Morrem no espaço os ul-timos ecos dos últimos cordões; ha nos ouvidos,o rumor surdo e insistente dos últimos sambas; o
clamor das multidões alegres. Lá se foi o Car-
naval...No contraste entre os tres dias de Folia e o
dia lilaz das Cinzas, a Igreja nos inspira o mais
impressionante dos simbolismos. E' nesta manhã,
única no ano, que o Homem ha de se lembrar
que é pó e em pó se tornará.Nestas horas fatigadas, ha um recolhimento
para todas as sensibilidades finas. Deve também
esse vago sentimento de amargura o ao mesmo
tempo de realidade, penetrar a alma de uma Na-
ção.Sobre a testa do Brasil, podemos também fa-
zer uma cruz de cinza. Com a cinza dos escom-
bros do Qurtel do 3\ Regimento. Talvez com a
cinza dos próprios filhos deste paiz que tomba-
ram mortos na defesa da honra nacional.Memento Pátria!Sim: lembra-te, Pátria, que poderás mais ra-
pidamente transformar-te em cinzas.E' certo que todos os povos e todas as na-
ções passam. E' certo que os séculos desfilam e
sobre velhas humanidades nascem humanidades
novas. Sim; é bem certo. Mas é certo também queha povos que desaparecem deixando uma lem-
branca de dignidade e de força; e outros ha quesucumbem, rapidamente, deixando uma recorda-
ção de miséria e de cativeiro.Hoje, o camisa-verde toma também um pou-
co de cinza das revoluções freqüentes que teem
ensangüentado o solo brasileiro; a cinza dos oam-
CINZAS...PLINIO SALGADO
pos devastados nas revoluções de 24, em S. Pau-lo e no Rio Grande; a cinza das destruições noNordeste e nos planaltos do Paraná, junto a Ita-raré; a cinza das cidades saqueadas, dos sitiosdepredados, das fazendas arrazadas, da guerrade 1932; essa argila empapada pelo sangue dosmoços paulistas, nordestinos, gaúchos, mineiros,
paranaenses e pelas ultimas lagrimas dos quemorreram bravamente, com um retrato de mãe,de esposa, de noiva, de filha, no bolso da farda,e é com essa terra da nossa terra, com esse san-
gue do nosso sangue, que o camisa-verde ungea tua fronte, ó Pátria, perguntando-te:
—Até quando permitirás que partidos esta-dualistas armem os brasileiros contra seus pro-pri08 irmãos?
Penetrado pela meditação profunda sobre osteus destinos, ó Pátria, o camisa-verde sofre a tuaescravidão ignominiosa ao argentarismo estran-geiro; a tua humilhação, vilipendiada pela propa-ganda bolchevista, que fere as tuas tradições dehonra e delicadeza de sentimento, e pergunta:
—Até quando, Pátria, consentirás em serin-feliz escrava, quando podes levantar-te para se-res senhora soberana?
Olhando para os campos, as matas, os cha-
padões da nossa terra, o camisa-verde vê seusirmãos caboclos, sofrendo na gleba, ha cento etantos anos. Sente o abandono e a dôr do serin-gueiro do Amazonas, do vaqueiro do nordeste, dogarimpeiro de Goiaz e Mato Grosso, do hervatei-ro, do boiadeiro, do sitiante, do colono, do agre-gado, do jornaleiro, dos remeiros, dos peões, doscarreteiros, e pergunta:
—Até quando, Brasil, teu povo ha de ser,assim, tão pobre e tão trabalhador; tão caluniadoe tão honesto; tão desprezado e tao hospitaleiro;tão injuriado e tão valente?
E, pondo os olhos nas fabricas, nos quartéis,nos bairros operários, nos mocambos, nas fave-Ias, nos canudos, onde uma população de opera-rios, de soldados, de párias, curte todas as pri-vações ignoradas, o camisa-verde exclama:
—Até quando os construtores de tuas rique-zas, Brasil, no desespero de seu sofrimento, sedeixarão arrastar pelas idéas dissolventes, escra-vizar-se por aqueles que pretendem transforma-los em maquinas humanas, sem familia, sem Deus,sem liberdade, como já acontece na Rússia?
Por mais que os politicos charlatães cantem acanção do otimismo com que embalam a inconcien-cia das massas populares, tão sofredoras e tãoalheias ás causas de seus males; os camisas-ver-des dizem-te, neste dia, a verdade suprema, deuma grandeza trágica, marcando-te a fronte, óPátria, com as cinzas de todos os teus desastrese de todos os teus crimes, e de todos os teus so-frimentos:
—Lembra-te, Pátria, que viverás com os ca-misas-verdes e sem eles desaparecerás!
HOMENS E FAVOSA ingenui-dade de An-dre" Gide
Muito setem falado
e escrito, acerca do
decantado «Retour de
I/U.R. S. S.».Opro-
prio autor aguarda-va, e não foi desen-
ganado, um sucesso...
de livraria, mas uma«aparente vantagem
para os partidos ini-
migos....
O aspecto que nos
interessa realçar nes-
te depoimento sensa-
cionalista, depreen-
de-se logo ás primei-ras linhas da penosaconfissão de Gide.
Queremos nos refe-
rir á «ingenuidade»
do depoente, e aqui
ingenuidade significa
um lyrismo côr de
rosa, pouco exigente,derramando-se em
catadupas ante o ma-
is banal espetáculohumano, acessivelásmais extensas loas
e aos mais desre-
grados tropos roman-ticos. Ora, era de seaguardar outra sere-nidade e outra objeti-vidade por parte de
quem tem tido tão
grandes exigências
para com as manifes-tações «burguezas»
de qualquer caráter...
Nobre exemploa registrar
Barulho na Dieta
japoneza, Parlamen-tares criticam a poli-tica do governo. Ummais veemente, in-veste contra certainfluencia politica demembros do Exercito.
O chefe do gover-no repele o discursodo deputado como uminsulto ao Exercito.
O representanteoposicionista replica:«Farei imediatamen-te o «Harakiri» se asnotas stenographicasrevelarem que falteio respeito ao Exer-cito».
As forças armadas,
que sustentam a in-tegridade da Pátria e
as aspirações nacio-naes, são sagradasentre os povos quetêm uma forte noçãoda honra e do dever.Por isso nem se ad-mite a possibilidadede um desrespeito aoExercito no Japão.
Aqui, entretanto,dentro e fora do Ex-ercito, vivem tran-
quillamente, impune-mente, os que fomen-tam a indisciplina, os
que creiam a confu-são, os que intrigam,os que lançam os sol-dos nas lutas entr<5os partidos e os Es-tados, os que, diretaou indiretamente,concorrem para des-
prestigiar e enfraque-cer as forças arma-das da Nação.
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Ferimento e Atro-
pelamentoFeriu-se, hontem ás
8,20 horas ao descerde um bonde, na ruaBarão do Rio Branco,o cidadão RaimundoOsmundo da Costa, quese apresentou na Assis-tencia Municipal sendoali medicado.
*
A*s 9 e 30 de hontemfoi atropelado, a rua Gui-lherme Rocha pelo au-tomo vel n. 621 A, guia-do pelo chauffeur Gra-ciano Façanha da Silva,o vendedor ambulantede frutas, Antônio Ro-drigues de Souza, quefoi medicado na Assis-cia Municipal pelo Dr.João Vitorino.
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Em virtude da Portaria n* 177, de 7 docorrente, do exmo. sr. dr. Chefe de Poli-cia, esta Delegacia iniciará a 1' de março
próximo, o serviço de identificação profis-sional, obrigatória, de domésticos (ambosos sexos) : pessoal de cozinha, copa, ar-rumação, cuidado de creanças, etc. -
Afim de não prejudicar os trabalhosdomésticos, fica estabelecido, a começardaquela data, o horário das 13 ás 15 ho-ras, para as mulheres, e das 19 às 21 ho-ras, para homens comparecerem a estaDelegacia, afim de se preencherem os re-
quisitos regulamentares da indentificaçãoAté 30 de abril a caderneta profissio-
nal será expedida «Gratuitamente», e, ter-minado o prazo da identificação, a Poli-cia agirá, energicamente, contra os, pro-fissionais domésticos não identificados.
Delegacia Auxiliar de Policia do Es-tado, em 12 de fevereiro de 1937.
Hugo VictorDelegado Auxiliar
A alimentação
das creanças
(È preciso redo-brar de cuidado)
Durante o verão é precisoredobrar de cuidado com aalimentação das creanças.
A regra geral para a ali-mentação dos lactentes é aseguinte: «o leite materno éinsubstituivel ás creanças até6 mezes de idade». Esta re-
gra deve ser diffundida entretodas as mães, para que asigam, rigorosamente, a bemdos filhos. Como se sabe, ain-da ha muitas mães que dãoaos bebês bolachas, pedaçosde pão ou de banana ou mes-mo as taes «bonecas» embe-bidas em água com assucar,causadoras de fermentaçõese desordens gastro-intestina-es.
As creanças até 6 mezes,além do leito materno, só de-vem receber colherinhas decaldo de laranja, duas vezesao dia. Quando a mfte tiver
pouco leite, deverá consultarum medico pediatra sobre amelhor maneira de alimentaro filho. Se fossem observa-dos estes cuidados, não mor-reriam tantas cre ancinhas! Nocaso de se manifestarem de-sordens gastro-intestinaes, in-dicam-se além do regimemalimentar, os caseinatos decálcio e o Eldoformio da CasaBayer, os quaes corrigem asdejecções líquidas ou semi-li-
quidas, combatem as fermen-tações e defendem as muco-sas intestinaes das irritações.
Vende-se no
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possibilitados de fa-zer sua ficha elei-toral á comparecerna Sede Municipalás 19 1/2 horas das2a., 4a. e Sextas.
A. CARVALHOSecretario
Antônio Balbino Fer-reira
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de Redfe
225 Rua 25 de Março 225—• « Fortaleza—Ceará » »—
Assim Também!...
Está trancafiado nas
grades da. Policia Mari-tima, o indivíduo Alfre-do Tupinambá, por terhontem, depois de to-mar banho procurado in-cendiar o banheiro damercearia do sr. Fran-cisco Lemos sito á ruaBoris n. 286.
Dado o alarme, foi ofogo apagado pelo pro-prietario do mesmo au-xiliado por alguns po-pulares.
Alfredo Tupinambáevadiu-se, sendo porémhoras após preso peloguarda n. 139.
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Acham-se detidos, noposto policial da Praiade Iracema, três menò-res de 10 a 15 anos.
Estes três menoresvêem agindo na praia,larapiando caroço dealgodfto e cimento, osquais foram apreendidospelo guarda cívico den. 139.
E' lastimável que detfto pequena idade, jáse entreguem a tais atos,que bem evidencia o a-bandono em que vivem.
Aquela Repartição,parece estar para sertransformada em arma-zenagem, pois ali exis-tem 9 sacas de caroçode algodão apreendidaspelos fiuardas da mesma
DESEJA V. S. um a-
núncio que recomen-de a sua casa?Anuncie na A RAZÃO.
Sindicato dos Tra-
balhadores Grafi-
cos de Fortaleza
Recebemos e agrade-cemos:
«Fortaleza, 8 de feve-reiro de 1937.
Exmo. senhor Redatord'A RAZÃO.
Em nome do ConselhoExecutivo do Sindicatodos Trabalhadores Gra-ficos, tenho a honra deconvidar a V. Excia. eExma. Familia para a-briihantarem a sessão so-Iene em comemoraçãoao 7* aniversário de suafundação, e, assim comoo recebimento da cartade reconhecimento des-te Sindicato junto aoMinistério do Trabalho,Industria e Comercio,
que terá lugar no dia 14deste mês, em sua sedesocial, ás 14 horas.
Na certeza de vossoacolhimento a este con-vite subscrevo-me
Muito atenciosamente
pelo Sindicato dos Tra-balhadores Gráficos.
Paulo Silva PortoSecretario
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Sábado 13 de Fevereiro de 1937 A RAZÃO
Os Integralistas Devem Ir Para Os Sindicatos Onde Melhor Pode-
rão Defender Honesta E Desassombradamente Os Interesses Dos
»_« »_« »—« Trabalhadores. »—« »—« »—«
Trabalhadores do Brasil
Uni-vos contra o Capita-
lismo e o Comunismo SIÍÍÕ€ÂUSM@O Integralismo dará aos
trabalhadoresTrabalho,
Salário justo e Educação
—I
Visitando A Lignl0 Estado De Miserabilidade E De Falta De Higiene—Ferias Força-
das—Trabalhadores Com Salários De 35400—Exploração Revol-
»--« tante Do Operário
Conforme anunciámos na ultima edição da
nossa «Pagina Sindical», iniciamos hoje a sensa-
cional reportagem sobre o estado do trabalhadorda Light, que ha muito vive sofrendo as terríveisconseqüências da crise economica que atravessa
o Ceará.Mas, estávamos longe de supor que a situa-
ção do seu operariado fosse tão angustiosa. A
miséria campeia em geral. A sub-alimentação é
intensa, a companhia inglesa abusando do cara-
_ter suave das leis trabalhistas continua a desres-
peitar os mais sagrados direitos do Homem tra-
balhador. A falta de higiene reinante é um aten-
tado á saúde do operário, que obrigado pela fo-
me, se sujeita a um trabalho forçado péssima-.mente remunerado.
A Usina
Com o fim de dar aos leitores deste jornal a
idéaclara da situação do proletário da Light, vi-
sitámos ontem a Usina, onde trabam mais de 100
operários, divididos em turmas, exercendo cada
grupo as varias divisões de trabalho, como se-
jam mecânicos, eletricistas, foguistas, carvoeiros,
praticantes, auxiliares, etc.Na sessão de foguistas trabalham seis ope-
rarios, sendo que dois ganham 7$200, três perce-•
bem 8$000, e um 8$100.A função do foguista é dura e áspera, exi-
gindo por parte da gerencia o máximo carinho.
Entretanto, tal não se dá. o operário é conside-
rado como paria do capitalismo extrangeiro.Ha um moço trabalhador, cumpridor dos seus
deveres, e que tem prestado os mais relevantes
serviços á Companhia em 19 anos de trabalho, e
que percebe a insignificancia de 8$000!Numa sessão denominada Instenção, o ope-
rario trabalha incessantemente durante 8 horas
por dia para receber o insignificante salário de
3$4000.Como pode um homem sustentar a sua es-
posa e vários filhos, ministrar-lhes educação, for-
necer-lhes roupa, percebendo 3$400 diário, com
feijão a 1$600 e carne do sul a 4$000?A turma de vigia deveria ter uma media por
dia 6$000, mas com os descontos de aposentado-rias, etc, ficou reduzido a 4$000 calculadamente.
De forma que o vigia sofre um desconto no
seu salário de 2$000, que muito poderia contri-
buir para a melhoria de sua situação economica.Fatos como estes provocam o justo e geral
descontentamento no seio da classe,a tabela organizada pela gerencia, é a se-
guinte, sobre a qual teceremos posteriores co-mentarios.
MaquinistaAjud. MaquinistaOperador A. T.Operador B. T.FoguistaFoguista Aux.CarvoeiroCarreiroSerralheiroMecânico deCaldereiro
1$000
$750
$750
$600
1$000
$900
$790$550
1$000
$950 a 1$300
$700
Ajud. Caldereiro
Eletricista
OperárioSala de MaquinasVigiaCarpinaPedreiro
$5501$000$500
$500$900
1$000
De um modo geral, a situação é péssima e
dolorosa.O trabalho de maquinista, foguista, calderei-
ro é, sem duvida, o mais árduo, e que exige o
maior gasto de energias.A falta de higiene aí existente torna um foco
propicio de propagação de gripe, e outras mo-
Ififl ______
As caldeiras têm cobertas insuficientes, tor-
nando-se um verdadeiro atentado á saúde do tra-
balhador.O caldereiro, que percebe 5$600 diário, tra-
balha excessivamente. Raros não são os casos
em que o caldeireiro suado, e próximo do fogo,
apanha chuva, ou leva vento.A saúde publica, que tem a obrigação de
velar pelo bem estar físico da população, precisaintervir decididamente na Light.
O ajudante de caldereiro, cujo salários é de
4$400 sofre tambem as conseqüências desastrosasdo descuido da gerencia, que deveria melhor ve-
lar pelos interesses de seus empregados, e cons-
truir melhores cobertas.Não podemos prolongar a nossa reportagem.
Entretanto a impressão que tivemos de nossa vi-
sita ás usinas foram péssimas, tudo nos levandoa crera necessidade urgente de melhores salários.
Sessão de Trafego
Continuando a nossa reportagem procura-
mos ontem ouvir vários empregados do trafego.
As opiniões foram unanimes embora a situa-
ção fosse melhor do que nas usinas, o motornei-
ro ou mesmo o fiscal sofriam as conseqüências
do descaso da Companhia extrangeira.
Todos eles nos revelaram a simpatia com
que estava sendo recebida a «Pagina Sindical»
nos meios trabalhistas, que estava defendendo
intransigentemente os interesses do trabalhador.
A tabela é a seguinte:
Fiscal de Ia. Classe JJ10JFiscal de 2a. classe 1$000Fiscal de 3a. classe J900Motorneiro de Ia. classe $850
Motorneiro de 2a. classe >750
Motorneiro de 3a. classe $650
Condutor de Ia. classe $800Condutor de 2a. classe $700Condutor de 3a. classe $o00
Os praticantes estão sujeitos a 1 ou dois
meses de serviço sem perceberem um real de
vencimento, salvo se trabalharem nas oficinas da
Companhia até passarem o pronto.
Ouíros Casos
Ha dois casos profundamente revoltantes.
CONFRATERNIZA-
CÃO E TRABALHOJehovah Motta
A hora é de confusão extrema, de con-
juras, de choque violento de interesses, deexaltamento coruscante de indisciplinas, de
apetites exacerbados. O Brasil vive um dosseus momentos delicadíssimos, e está sujeitoaos perigos mais dolorosos.
A luta pela sucessão, a trama comunis-ta sempre e cada vez mais viva, o impériomais e mais acentuado da exploração dos for-tes sobre os fracos, o espetáculo revoltanteda miséria generalizada ao lado do acintosodes-enrolar do fausto de uma minoria de trafican-tes, tudo concorre para que se desdobremsobre nossos dias as nuvens negras das tem-
pestades próximas.Para que o Brasil possa lutar com van-
tagem contra esses tormentos faz-se mister
que o Integralismo acentue a sua marcha, in-
tensifique os seus trabalhos de ,propagandae de ação sobre o povo.
Nunca o Integralismo exigiu como estáexigindo agora a dedicação, o entusiasmo e
a energia dos camisas-verdes. A hora é. sin-
gularmente bela e singularmente imperiosa.A soma de tarefas que ela coloca nas nossasmãos é tal, que ninguém pôde ficar á margem,
que a todos é preciso apontar uma trinchei-ra de luta.
E' necessário que se desdobrem sobretodas as consiencias integralistas, como um
imperativo, as seguintes palavras': «confrater-
nização e trabalho».Confraternizar cada vez mais, para que
o Brasil surja vitorioso dessa tremenda crise.
Trabalhar, cada vez mais, para que o Inte-
gralismo acerque-se com mais velocidade do
poder.Diariamente, pelo país inteiro, novos bra-
sileiros engrossam nossas fileiras. Brasilei-ros de todas as profissões, operários, medi-
cos, militares, fogem da desordem ambientee se recolhem á nossa disciplina e ao nosso
exaltamento renovador.Mas é contigencia dramática dos movi-
mentos politicos essa exigência diária de mais
ação e mais dinamismo.Quando se está fazendo politica, toda
vitoria traz, envoltas com a6 alegrias e os
entusiasmos, as responsabilidades maiores e
as maiores exigências de luta.Eis porque no limiar deste ano os inte-
gralistas do Ceara se defrontam com tantas
tarefas, tantas missões, e tambem porque os
seus semblantes acusam por igual a alegria
do dever cumprido e a gravidade e a inquie-
tação em face dos deveres a cumprir.
Vários elementos novos, porque possuem
pistolões, estão tendo idêntico salário aos quetrabalham a muitos anos.
Verificámos, tambem, que um operário obte-
ve de 1930 até 1937 a insignificancia de $635.
(Continua na ultima pagina)
Atiça
Sensacional Reportagem Sobre A LigníRevelou A Situação Angustiosa Do SeuOperariado—O Trabalhador Espera Jus-
Em Torno Do Momeníoso Caso Das «Fe-Forçadas» Ou «Ferias Da Fome»
A RAZÃO Sábado 13 de Fevereiro de 1937
"N
BLOC NOTES
O horrível crime de um negro
Um crime misterioso, cujos detalhes lem-bram, estranhamente, o recente assassinio dabela atriz Nancy Títterton por John Fiorenza,apaixonou a opinião publica de Nova York, a 12
de janeiro ultimo.Naquele dia, voltando de seu escritório, um
industrial nova-yorkino, Sr. Frank Case, des-cobriu, inteiramente despido e
'.mergulhado numa
banheira, cujas torneiras estavam inteiramenteabertas, o cadáver de sua mulher, Sra. MaryCase, conhecida artista, que fora assassinada, deuma maneira selvagem, em seu apartamento de
Jackson Heights. Uma luta violenta devia ter
Sido travada entre a vitima e o seu agressor,
porque, de uma profunda ferida na cabeça, cor-ria um fio de sangue, e, além disso, uma mechade cabelos estava apertada numa das mãos cris-
padas da Sra. Case.Uma pesquiza no apartamento permitiu aos
policiais descobrir um martelo e uma calça dehomem abundantemente manchados de sangue. Oroubo não parecia ter sido o movei do crime,
porque nenhum dos objetos de valor desapareceu.Apenas um terno de roupa, pertencente ao Sr.Case, foi levado pelo assassino.
Mais de cem detetives lançaram-se á catado criminoso. E, pouco depois, das investigaçõesresultava a prisão de um" preto, do quarteirão deHarlem, de nome Green, de 30 anos de idade, e
que era o porteiro da casa onde os Case tinhamo seu apartamento.
Depois de algumas horas de interrogatório, onegro acabou confessando o seu crime. Declarou
que se introduzira no apartamento sob o pretextode no mesmo fazer uma limpeza. Depois, agar-rando a sua vitima pela garganta, desferiu-lhevarias marteladas na cabeça. Receioso da apro-ximação de um outro empregado, cujos passosouviu, numa escada, saiu, porém pouco depoisvoltou. E como notasse que o corpo ainda esta-va quente, abriu as torneiras da banheira e nelamergulhou o cadáver.
A policia não conseguiu explicar bem osmoveis deste crime, acreditando tratar-se do atode um sádico.
Na ocasião em que o preto Green era con-duzido da prisão para a Corte Suprema, cerca de50 mulheres enfurecidas tentaram feri-lo, procu-rando furar os seus olhos com a ponta de seus
guarda-chuvas, gritando: "Lincha! Lincha!" Foi
com o maior trabalho que os policiais consegui-ram livrar o assassino de terrível castigo que lheteria sido infligido, si caísse no meio dessa mui-tidão exasperada.
Estranho sacrifício
Em New-Delhi, nas índias Inglezas, a 14 de
janeiro p. findo, na ocasião em que era cremadoo cadáver de um indivíduo, sua viuva, uma hindu,subiu, voluntariamente, para a pira onde ardiamos restos mortais de seu marido, e, perante umamultidão numerosa, deixou-se queimar viva. an-tes que a policia pudesse intervir.
Esse antigo costume da religião brahmanicaestava proibido pelas autoridades inglezas desde1829, mas alguns casos isolados foram, desde en-tão, registrados, notadamente em Nepal, Estadohindu não sujeito á lei, quando varias mulheresde um soberano defunto deixaram-se queimarvivas, em meio a uma grande pompa, deante dosdignatarios da Corte.
Por alma de Mermoz
Por iniciativa do Partido Social Francez,mais de tres mil missas foram celebradas, emtoda a França, ao meio-dia de 14 de janeirotransacto, por alma de Jean Mermoz e de seusbravos companheiros de infortúnio e de gloria.
Na famosa igreja da Notre-Dame, em Paris,a missa foi celebrada pelo Rev. Padre Guy, ami-go pessoal do grande piloto desaparecido, tendosido a absolvição dada por Mons. Beaussard.
Uma multidão numerosíssima, compreenden-do centenas de creanças, comprimia-se na vastanave da catedral parisiense, e se estendia pelo
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seu átrio, apezar da chuva que então caía.Nenhum ornamento fúnebre se distinguia.
Apenas, na extremidade do coro, uma enormebandeira tricolor lembrava que tinha sido pelaFrança que o -Cruzeiro do Sul" partira por so-bre o Atlantico-Sul para nunca mais voltar.
Na primeira fila da assistência, via-se umgrupo patético: o das famílias dos desapareci-dos. O Coronel de La Rocque, presidente doPartido Social Francez, e o Sr. Ybarnegaray,vice-presidente, rodeavam a mfte e a mulher deJean Mermoz.
Notavam-se, em seguida, os Srs. Couhé, di-retor da Aeronáutica Civil, do Ministério do Ar;Allégre, diretor geral da ("Air France", e umadelegação da Administração e dos pilotos dessacompanhia, devidamente uniformizados.
0 Sr. Bour, vice-presidente, representava oConselho Municipal de Paris. Numerosos parla-mentares. diplomatas, generais, conselheiros mu-nicipais. personalidades da aviação, foram tam-bem prestar uma ultima homenagem á equipaLiem do "Cruzeiro do Sul" e ao seu ilustrechefe.
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As camas «VALLIG», de ferro, para solteiros,resistentes e de acabamento perfeito, teem apreferencia de Hospitaes, casas de Saúde,Colégios, Conventos, Quartéis e outros es-tabelecimentos congêneres do sul do paiz.
depositários: Lima & AlbuquerqueRUA BARÃO DO RIO BRANCO, 910
:U39
i.
Sábado 13 de Fevereiro de 1937 A RAZÃO
COLABORAÇÃO
DOS NOSSOS LEI-
TORES
Recebemos:limo. Snr.Redator d'A RAZÃONesta.Ha duas semanas com-
prei a um homem, queandava oferecendo noJacarecanga, um unifor-me.
Decorridos dias apa-receu em minha casaum secreta da Policia e,embora que eu estives-se ausente, trouxe a rou-
pa para a delegacia.Quando voltei a casa,
á noite, soube com sur-
presa da noticia. Os vi-
sinhos então me disse-ram que aquele funcio-nario da Policia andavarehavendo objetos queumtecelão havia rouba-do na fabrica onde tra-balhava.
Eu estranhei, sr. Re-
dator, a atitude do ho-mem da Policia, entran-do numa casa de fami-lia, embora que a de um
humilde operário, e semmenor alegação condu-zir uma roupa que esta-va no prego.
Ninguém pôde se livrardos larápios. Aqui, emtodo o bairro, individuoscruzam vendendo fazen-das de todas as espéciesOs ladrões não possuemmarcas.
No final a vitima é o
pobre. Faz esforços e
passa necessidades pa-ra comprar uma roupade tecido ordinário e de-
pois o empregado da Po-licia entra em casa e.sem articular uma pala-vra, leva aquilo que eus-tou tantos dias de suor!
E' sempre a eternatragédia do infeliz ope-rario!
Fortaleza, 11 de Feve-reiro de 1937.
Ygino Augusto de Sou-za.
Delegacia Fiscal
O Delegado Fiscal doTesouro Nacional nesteEstado Bel. RaimundoBrigido Borba, recebeuda Diretoria das RendasInternas a ordem tele-
grafica s/n, de 10 do an-dante, infra transcrita:
«Rio— 10 de fevereirode 1937 —Delegado Fis-cal— Ceará. Comunico-vos devidos efeitos Sr.Ministro Fazenda acordo
parecer imitido esta Di-retoria processo 86.781,de 1936, resolveu despa-cho 18 janeiro ultimomandar suspender ope-rações Sociedade Eco-noinica Coletiva Lar Na-
cional S, A. bem comocassar carta patente ex-
pedida favor mesma comfundamento artigos 21
parágrafo primeiro e 24decreto 24.503 de 29 de
junho de 1936.
(a) Álvaro Carrilho —
Diretor das Rendas In-ternas».
Na Secretaria da De-legacia Fiscal neste Es-tado precisa-se falar como snr. Miguel Archanjode Oliveira, guarda-fiosde 2a. classe da Dire-toria Regional dos Cor-reios e Telégrafos, a ne-
gocio de seu interesse'
III i
0 DESASTRE DO KIL0METR0 113E
Seguro Contra Accidentes Pessoaes
MAIS UM PECÚLIO DE
RS. 40:000$000= PAGO PELA .
Sul America Terrestres,
Marítimos e Accidentespelo fallecimento do Engenheiro
Francisco Hermogenes de Oliveiraem 29 de Dezembro ultimo num desastre de
na Estrada de FORTALEZA-RUSSAS.
automcvel
A Companhia recebeu da Exma. Viuva a seguinte e
honrosa carta:—Fortaleza, 28 de Janeiro de 1937.«Illmos. Snrs. V. CASTRO & FILHODD. Agentes Geraes da »„¦»„.
SUL AMERICA TERRESTRES, MARÍTIMOS E ACCIDENTES
Companhia de Seguros NestaAmigos e Snrs.
Tendo sido realisado, nesta data, o pagamento do
pecúlio instituido por meu saudoso marido, Engenheiro
Dr. Francisco Hermogenes de 01iveira,a meu favor
e de meus filhos, por uma apólice de seguro Contra Acci-
dentes Pessoaes, que mantinha na conceituada Companhia
Sul America Terrestres, Maritimos e Accidentes, da qualsois dignos Agentes Geraes neste Estado, cumpre-me o
dever de, não somente agradecer á referida Companhia
a prestesa com que procederam a liquidação, como tam-
bem a VV. SS., pelo muito que fizeram para que assim
fosse, prestando-me toda a assistência necessária paraa obtenção dos documentos exigidos. :I'
",l_ *''_*'_
Autorisando a divulgação da presente, como VV. SS. entenderem conveniente
á propaganda de tão útil seguro e esperando que o meu exemplo sirva de advertej-
cia para os chefes de familia que ainda não se decidiram a realisar um seguro tão
em caso de fatalidade, subscrevo-me com a mais alta
aW^^B ¦
WiâmM' ¦
Engenheiro Dr. FranciscoHermogenes de Oliveira
necessário á proteção dos seusconsideração,
. de VV. SS.
a) MARIA AUGUSTA VIEIRA DE OLIVEIRA
Façam já um seguro contra
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custa pouco e vale muito
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Avenida Alberto Nepomuceno. n. 26-FORTALEZA-Caixa 27
Um Bom Dl-cionario
Faz parte da vida quo-tidiana. Não pôde haveruma escrita perfeitasem um bom dicionárioda língua. Por isso, aLivraria Teixeira de SãoPaulo, num esforço dig-no de louvor iniciou a
publicação do conheci-do «Dicionário PopularIlustrado da Lingua Por-tugueza», do Prof. A.Lopes dos Santos, queha tempos estava exgo-tado. E' este um dicio-nario completissimo dalingua, de grande rique-za de vocabulário, poiscontém mais de 50.000vocábulos ainda não re-
gistrados nos mais com-
pletos dicionários dalingua, concorrendo paraisso mais de 10.000 vo-cabulos de uzo correnteno Brasil, sendo estasegunda edição revistae ampliada pelo ilustre
prof. J. Rodrigues, co-nhecedor profundo dalingua portugueza e queteve o cuidado de colo-car na presente ediçãoas duas ortografias, ade Portugal, e a mixta,uzada no Brasil. Mais de1.000 gravuras, quadrose mapas ilustram a obra,
que será sem duvida omais completo dos di-cionarios da lingua, tor-nando-se assim indis-
pensavel a professores,estudantes, homens deletras, jornalistas, em-fim, a toda a gente quetem necessidade de umbom dicionário portátil.Pela modicidade de seu
preço será o dicionáriomais barato de quantosse conhecem.
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ANO I Fortaleza, (Ceará) Sábado, 13 de Fevereiro de 1937 NUM. 219
*
Tragédia De SangueNa Rua Dr. João
Moreira
Duas Mulheres Apunha-ladas
Uma Morta E Outra Gravemen-te Ferida
A imprensa de Fortaleza, tem, por vezes,
denunciado a falta de respeito ao decoro publi-co em certas ruas movimentadas de nossa capi-tal, entre as quais a rua Dr. João Moreira.
Sendo uma via bastante transitada, por isso
que leva a estação Central, é teatro, mesmo du-
rante o dia de palavreados e pelherias obcenas.Desde as primeiras horas da noite, então,
torna-se um antro de imoralidades, de crimes ee tragédias.
Hontem, ás 8 1/2 da noite realizou-se aliuma sanguinolenta e barbara cena de sangue,
Naquela rua, á casa n. 471 reside a mulherMaria Alice. Com ela, mais seis colegas suas.
A'quela hora chegara á porta da referidacasa o indivíduo Ildefonso de Souza, de 21 anos,casado, pernambucano, auxiliar do comercio, emSobral, tendo vindo a esta capital tratar de suasaúde.
Espargindo cloretil sobre as mencionadasmulheres, estas, conforme declararam, repreen-deram-no dizendo ser proibido pela policia.
Seguiu-se escabrosa tempestade de pala-vrões injuriosos contra o rapaz ao que este res-
pondeu investindo sobre as mulheres que repe-liram a taponas e pancadas de cadeiras.
Isto,—segundo declarou Ildefonso de Souza,—depois que instigara a entrar para
"apanhar
de mulher"—o sr. chama o proprietário do bo-tiquim visinho.
No meio dessa luta Ildefonso sacou de umafaca, apanhando a infeliz Maria do Carmo, queteve morte imediata e a sua amiga Francisca Pi-menta, que ficou gravemente ferida.
Dado o fatal desfecho foi o criminoso inti-mado por soldados de policia e do 23*. B{C a seentregar á prisão. Este, porém, estava furioso enão atendeu a intimação.
Acorreu ao local o guarda n. 147, Can-dido Machado, que com energia e intrepidezefetuou a prisão. Em seguida chegaram ali ou-tros guardas, soldados da policia especial e do23*. BiC.
Sendo tomadas todas as providencias neces-sarias.
A vitima sobrevivente foi conduzida pelaAssistência á Santa Casa e a falecida ao Necro-terio. Foi assim que a tragédia abalou a vizinhan-
ça, que, alarmada, acotovelava-se no local, eu-riosa por conhecer o ocorrido, do qual foramtestemunhas as mulheres: Maria Gomes Prazer,Lúcia Ramos de Oliveira, Julia Pedro, Luiza Se-verina da Silva e o sr. Mecenas de tal.
Cumpre acrescentar que o criminoso, se-
gundo podemos colher, é auter de outros delitosconstando que hontem, antes do crime que pra-ticou já havia esbefeteado uma mulher á rua daTrindade.
Turistas Qua visitam O Brasil
Rio, 12 (A Razão) — Chegam amanhã aesta capital, a bordo do «Lacouia» 451 luri-lasamericanos que permanecerão vários dias noRio. (H)
A Câmara MunicipalEm Sessão
O Sr. Prefeito Municipal Acu-sado De Agir Discriciona-
riamente, Em Pleno RegimeConstitucional
Em mais uma sessão extraordinária reuniu-sehontem a Câmara Municipal de Fortaleza, sob apresidência do sr. Antônio Mendes.
Lida a ata da sessão anterior, foi a mesmaaprovada, iniciando-se logo após os trabalhos doexpediente, o qual constou do seguinte:
A)—Redação final do Projeto n. 28, referen-te a subvenções.
B)—Leitura de um oficio do sr. Prefeito Mu-nicipal, remetendo á Câmara copia do DecretoMunicipal n. 377, de 6 corrente, abrindo um cre-dito especial (sic.) de 100:000$000, para fazer facea angustiosa situação que ora atravessa a popu-lação de Fortaleza com a falta de carne verdeno mercado.
O referido oficio do sr. Prefeito Municipalnão foi tomado cm consideração pela Câmara,devez que, o Decreto em apreço não fora subme-tido á anterior aprovação daquela Casa.
Sobre o assunto usou da palavra, em pri-meiro logar, o sr. vereador Luis Nunes Brigidocriticando o modo ilegal de agir do sr. Prefeitosobre o qual teceu judiciosos comentários.
Em seguida usou da palavra o vereador in-tegralista dr. Luís de Oliveira abordando o mesmoassunto e fazendo sentir á Câmara a irregulari-dade do referido Decreto. Disse ainda s. s. que,ha dias, o órgão perrepista, neste Estado, haviataxado os representantes integralistas, naquelaCasa, de comunistas, pelo simples fato de osmesmos discordarem da opinião do sr. PrefeitoMunicipal, em matéria de administração.
Continuando disse: certamente, talvez, ama-nhã, o referido orgftò viria lançar as mesmas in-justas acusações, pelo fato de mais uma vez, osintegralistas discordarem e criticarem atos ver-dadeiramente ilegais e absurdos do sr. Prefeito,contudo, outra nfto poderia ser a sua atitude,
porquanto não poderiam concordar com os errosdo sr. Prefeito que, ao que parecia, assim |agia,com o fito de lançar contra ele, os vereadoresnão perrepistas a opinião publica e depois acu-sá-los de comunistas... e dê quererem dificultarasua administração, etc. etc...
O senhor Prefeito Municipal errou. Deveriater, antes, enviado á Câmara a necessária e im-prescindivel prestação de ;conta do credito de100:000$000 destinado á compra de gado, e jáquasi esgotado; deveria ter, após, aberto o novocredito, como julgava justo mas para tanto, solici-tando a devida aprovação do Legislativo Muni-cipal. Não o fazendo, aquela autoridade passoupor cima da lei e menosprezou o Legislativo. 0artigo 102, da Constituição, em que se baseou osenhor Prefeito para agir discricionariamente,não prevalece, de vez que não estamos em es-tado de calamidade, pelo menos, assim ainda nãoconsiderou o poder publico.
Sobre o mesmo assunto falou, ainda, o ve-reador Antônio Gomes de Freitas, o seu colegaMarcos Botelho e finalmente o senhor José Agos-tinho da Silva que declarou não mais assistiriao expediente da Câmara.
O vereador Euclides Timóteo apresentouum longo requerimento e solicitando varias in-formações ao snr. Prefeito Municipal, o qual, foipor unanimidade aprovado.
Na ordem do dia, foi coulhiuada a discuti-sfto em torno da aprovação do Código de Postu-ras do Municipio.
A Exposição Dos Car-roí Renault 1937
Atendendo o atencioso convite dos srs. Na-hum Rabay & Cia., representantes, nesta praça,dos modernissimos e luxuosos automóveis fran-cesês RENAULT modelo «Primaquatre» 1937, com-parecemos ontem, á exposição desses conforta-veis carros, realizada á Praça do Ferreira, n/203, onde se acha instalada a agencia dos mes-mos.
A* referida exposição, inaugurada, oficial-mente, ás 14 horas de ontem e que se seguiráhoje e amanhã, compareceu grande numero depessoas entre as quais figuras de destaque emnosso meio.
Ao champagne falou em nome da firma emapreço o sr. Leandro Pimenta Lira.
Usando da palavra o dr. José Martins Ro-drigues, secretario do Interior e da Justiça, con-gratulou-se com a operosa agencia e felicitou-ao povo por aquela realização.
O «RENAULT» de 1937 é um carro perfeito.NeJe se patenteiam o avanço aperfeiçoador
da engenharia moderna e o surto do progressodos fabricantes dessa marca de automóveis.
De porte elegantíssimo, é um carro confor-tavel e seguro, veloz e econômico.
a A RAZÃO agradecendo as gentilezas dis-pensadas ao seu representante, congratula-secom os dignos srs. Nahum Rabay & Cia. aquem leva os seus aplausos pelo novo triunfo eparabeniza ao povo pela oferta.
Visitando A Light(Continuação da quinta pagina)
Ferias Forçadas
O sensacional caso das ferias forçadas estáprovocando grande revolta no seio dos seus tra-balhadores.
Dando uma falsa interpretação da lei traba-lhista, a Light impôs ferias forçadas aos seus em-pregados sem o justo e natural pagamento dosseus salários.
O Ministério do Trabalho interviu, estando ocaso dependente da Junta de Conciliação, dequem os trabalhadores esperam justiça.
Satisfeitos com as informações, que nos fo-ram prestadas, despedimo-nos dos nossos infor-mantes, certos de que o trabalhador necessita deuma ação conjunta e enérgica pelas nuas reinvi-dicações.
No próximo sábado, a nossa reportagem vi-sitará as oficinas, onde o estado de penúria emiséria é sem duvida alarmante.
Cousa Louca IRapaziada! « O MaRTIM » não
anuncia mais; porque? Porque vende osmelhores "aperitivos" e serve com dis-tinção,
—Tem razão; por isso mesmo, damosnossa preferencia ao
« O M A R TI M »
Rua Dr. Pedro Borges, 152
FIQUE RICO! !!Já se acham á venda os bilhetes da GRANDE LOTERIA
de 1.000 CONTOS — Extração de 6 de Março de 1927
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