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SÃO PAULO, 22 A 24 DE MARÇO DE 2014

SÃO PAULO, 21 DE MARÇO DE 2013 - prefeitura.sp.gov.br · Você fez uma foto da Oca em 1954 que virou um clássico. Ela mostra uma ... aquele monte de sujeira, uma avacalhação

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SÃO PAULO, 22 A 24 DE MARÇO DE 2014

23/03

22/03

DOMINGO NO PARQUE

Ele diz que tenta, mas não consegue. Não consegue o quê, Lorca? Tomar suco

de laranja sem açúcar. "É que sou muito agitado, preciso de energia extra", ri.

Bobagem comentar que sacarose não combina com a diabete mencionada

momentos antes. German Lorca, 91 anos, está um lance de escada à frente,

no estúdio de fotografia dos filhos, no bairro da Vila Mariana. Lá em cima saca

um par de luvas brancas, me oferece outro e começa a puxar da prateleira a

primeira caixa de fotos em tamanho família, 40 cm x 50 cm. Está ansioso para

mostrar a série de imagens que fez do Parque do Ibirapuera, no período de

1998 a 2001. Algumas entraram para a coleção do MAM-SP, mas a maioria é

inédita, e teria chegado o tempo de revelá-las.

Esse garoto nascido no Brás descobriu cedo que a fotografia lhe adoçava a

vida. Aos 13 anos fez sua primeira foto, um retrato dos pais no quintal de casa.

Usou uma Kodak Bullet 127, que custou baratinho. Com a mesma máquina

tirou uns flagrantes de Maria Eliza quando ainda eram noivos e percebeu que,

intuitivamente, sabia enquadrar. Um pé no escritório de contabilidade não

impediu que o outro ingressasse no Foto Cine Bandeirante. Ali fez estripulias

ao lado de Geraldo de Barros: cortes, desfoques, jogo de sombras,

geometrismos. Ousadias de modernistas, gente ligada na velocidade da

metrópole.

Metrópole que esse filho de espanhóis nunca abandonaria. Lorca foi o fotógrafo

oficial das comemorações do Quarto Centenário e dos 450 anos de São Paulo.

Acompanhou Nelson Rockefeller em sua visita à capital do Estado. Fotografou

o casamento de Maysa com Andrea Matarazzo na Catedral da Sé. Afora os

transeuntes que cruzaram seu dia a dia. "Eu gostava de reportagens, de coisas

mais humanas." Eis um dos motivos para a sua incursão no Parque do

Ibirapuera. Os outros ele explica a seguir - com açúcar, afeto e uma pitada de

fel.

Por que o Ibirapuera?

Porque é o parque do povo. E porque eu moro perto dele, em Moema. Cheguei

a fotografar, por muitos anos, a mata de eucalipto do parque. Uma avenida

atravessava esses eucaliptos e terminava onde eu construí uma casa. Sabe

como se chamava? Avenida Rodrigues Alves. Quando fui passar a escritura,

perguntei: Avenida Ibirapuera? "Não, senhor. Rodrigues Alves." Ainda tem

eucaliptos por lá, mas muito menos.

Você fez uma foto da Oca em 1954 que virou um clássico. Ela mostra uma

senhora de mão dada com um menino, os dois caminhando na direção do

'disco voador' de Niemeyer. A senhora é sua avó; o menino, seu filho. Nestas

fotos, tiradas há dez anos, alguma foi posada ou com gente conhecida sua?

Nenhuma. Eu abria a bolsa e tchá, tchá, tchá. Tudo com filme rápido, só os 400

ASA faziam isso. Alguns percebiam que podia ser em sentido profissional, mas

nunca falaram nada. Tudo é tiro espontâneo: o pessoal se exercitando, lendo,

descansando; as bicicletas; as pipas; os festivais; os casais; os artistas. Vida

no parque é isso. Tem que ter um pouco de romance, de poesia, sem a

poluição de hoje. Concorda ou não?

De que poluição você fala?

Do estacionamento, por exemplo. Parque não é lugar para estacionar. Devia

ser como o Central Park, com metrô dos dois lados. Podiam providenciar

transporte, linha especial, ou então deixar parar na Assembleia Legislativa do

outro lado, nos fins de semana. A Assembleia não é do povo? Fora os

vendedores lá dentro, aquele monte de sujeira, uma avacalhação. O local não

é para esse excesso. O parque é bonito, mas devia ser mais parque do que

loja de plástico.

Continua fotografando o Ibirapuera, mesmo assim?

Sim, vou direto, para flagrar essa barbaridade. Mas vou de táxi. Não vou de

carro porque estaria indo contra minha acusação. Seria criminoso.

A São Paulo viciada em corridas

A corrida de rua é um esporte barato, saudável e que atrai cada vez mais

adeptos.

São 107 competições só neste ano na cidade

Movimentação no Parque do Ibirapuera, em São Paulo. / Renato S. Cerqueira (Futura Press/Folhapress)

Basta um passeio pelo Ibirapuera, o grande parque urbano da zona sul

paulistana, para ver que a corrida é um esporte popular entre os habitantes de

São Paulo. Os atletas se alongam, aqueles que podem tiram a camisa nos dias

mais quentes, alguns trotam em grupo, outros disparam sozinhos com seus

fones de ouvido. Cenas que se repetem a qualquer hora do dia em diversas

áreas verdes da cidade e até mesmo em grandes avenidas, ainda que chova. A

impressão de que o interesse pela corrida aumentou se confirma com o

número eventos do gênero na cidade, 107, sendo que "90% deles são pagos e

realizadas por empresas especializadas", informa a prefeitura de São Paulo.

Sem contar a tradicional São Silvestre, que teve início na década de 1920, e

que atraiu mais de 27.000 pessoas em 2013.

Sérgio Félix Pinheiro, professor de educação física de 71 anos, que corre

"desde que era criança", garante que o aumento de adeptos ao esporte é

recente. "Antigamente, quando encontrávamos um grupo de dez pessoas

correndo no parque já parecia que estava cheio de gente", conta Pinheiro,

dono de uma barba branca que disfarça sua habilidade de correr até 75

quilômetros sem parar, marca esta alcançada no ano passado. O que mais lhe

chama a atenção é a quantidade de mulheres, algo que não era comum até

pouco tempo atrás.

Segundo dados da Associação de Corredores Urbanos Paulistanos, a Corpore,

os homens de fato são mais ativos que as mulheres. Mas, na faixa dos 25 aos

35, elas são maioria. Patrícia Pastich, vendedora de 35 anos, faz parte deste

grupo e busca o prazer na corrida. Desde pequena jogava bola mas hoje, a

pernambucana de nascimento adotou o esporte aprendendo a respeitar seus

limites. "Corro porque gosto e porque meu filho também pratica esporte. De

certa maneira, é uma forma de estar mais próxima dele", conclui.

Outro indicador de que a corrida está se tornando um vício paulistano é o

número de participantes do Circuito Popular de Corridas de Rua, criado em

2008 pela Secretaria de Esportes, Lazer e Recreação (SEME). No primeiro ano

dos eventos organizados pela prefeitura, foram 20.000 participantes. Ano

passado o número de inscritos foi de 62.000. A Corpore também tem registro

deste aumento de participantes nas corridas que organizam. A entidade, que

tem 430.000 corredores amadores cadastrados, passou de 4.300 inscritos em

1994 para 89.000 em 2013.

O interesse e objetivo de cada um varia. Constam aqueles que correm pelo

prazer do exercício físico, como complemento de outro esporte, por saúde ou

vaidade. Mas os motivos para escolher a corrida e não outro esporte parece

ser óbvia para os entrevistados pelo El País, que a consideram uma atividade

muito econômica. "É um esporte barato. Basta um tênis sem solado duro e uma

roupa confortável", diz a assessora esportiva Vanessa Furstenberger, que

trabalha em um dos grupos que oferecem treinos ao ar livre no parque do

Ibirapuera, o Mahamudra, que tem 240 alunos. Enquanto explica os benefícios

de fazer exercício em grupo, motiva, aos gritos, cerca de 12 alunos, que sobem

uma rampa correndo para voltar caminhando. Alguns, ao retornar da disparada,

reclamam que estão cansados. Furstenberger, que pratica corrida desde os 14

anos, rebate: "Vamos lá, só faltam mais três", e os olhares de desespero se

animam novamente para empreender o desafio.

O salto das corridas individuais para as competições parece ser natural entre

os corredores. João Máximo, empresário de 47 anos, vai participar de "oito ou

dez maratonas" este ano, só "como treinamento". Duas delas no exterior, uma

no Ushuaia, na Argentina, e outra na Ilha de Páscoa, no Chile. Ele garante que

prefere "correr dez quilômetros ao invés de tomar uma cerveja". O diretor da

Corpore, Edgar Santos, acredita que isso ocorra por uma evolução do próprio

atleta. "Depois que ele já correu algumas provas de 10 quilômetros, evolui para

15. E o próximo passo será a meia maratona, de 21,1km", explica. Mas não é

uma regra. Há um ano, a estudante de psicologia Michele Abensur, de 26,

começou a correr com a Guarda Civil Metropolitana, que tem um projeto no

parque do Ibirapuera de segunda, quarta e sexta-feira das 8h às 11h. "É bom

para quem começa", recomenda. Abensur, que também corre com seu

cachorro vira-lata Hadji, explica que não compete porque corre

"terapeuticamente sozinha", e garante que, ainda que passe períodos sem

fazer exercício, para voltar é simples: "nada que uma boa música não resolva",

diz, recomendando o estilo rock pesado para motivar.

Lilian Prieto, professora de idiomas de 31 anos, é uma viciada na corrida

solitária ao som do rock. "Estava escutando Metallica", conta rindo. Diz que foi

incentivada pelo pai, irmã e prima, que correm e competem. Sobre ela, conta

que fez "somente provas pequenas" e que gosta de correr porque assim se

"sente mais disposta". A também vocalista da banda de funk-rock Madame

Bloesy confessa que hoje está mais consciente, mas que já exagerou. "Quebrei

duas tíbias e fiquei três meses parada", conta.

Marcos Soares, especialista em fisiologia do exercício e diretor da Equipe

Trainer, que também realiza atividades ao ar livre no Ibirapuera, explica que o

que aconteceu com Prieto é mais comum do que se imagina. "Para praticar

corrida não tem contra-indicação, mas deve-se tomar precauções, como saber

se está livre de lesões nas articulações, joelho, quadril, zonas do corpo onde o

impacto é maior" e, além disso, "é fundamental verificar se não tem nenhuma

cardiopatia, porque é uma atividade intensa e vigorosa". Soares entende que a

corrida em São Paulo ficou muito popular nos últimos anos porque "houve uma

migração dos alunos da academia tradicional para espaços ao ar livre", além

de se tratar de "uma atividade de gasto calórico elevado e onde a competição é

com você mesmo", conta o profissional, cuja aluna mais experiente tem 91

anos.

22/03

Captação de água da chuva auxilia na preservação

do meio ambiente

No Dia Mundial da Água, a Transportes Ouro Negro mostra o trabalho

realizado para garantir a preservação deste bem tão precioso

Cada vez mais a sustentabilidade e o uso consciente da água vêm tomando

espaço em discussões e tornando-se essencial para que, no futuro, este

bem precioso seja preservado para as gerações que ainda estão por vir.

Cuidar da água vai muito além de campanhas especiais, é preciso que

ações sejam realizadas para garantir a conservação dos recursos hídricos.

A Transportes Ouro Negro, desde 1995, trabalha com a reutilização da água

da chuva para a lavagem dos caminhões da frota. “Em 2008 ampliamos um

sistema que já estava em funcionamento desde 1995, em proporções

menores. Fazemos a captação da água da chuva que cai diretamente em

uma cisterna de oito mil litros. Daí, a água corre por uma tubulação até cair

em um reservatório bem maior, de aproximadamente 50 mil litros. É essa

água que é reutilizada para a lavagem dos caminhões”, explica o

encarregado de frota, Helio Guimarães.

Segundo Helio, o investimento realizado foi muito importante. “Depois dessa

ampliação não precisamos gastar mais com água. É um investimento que

vale a pena, não tem manutenção, vale para um grande período e

principalmente ajuda na preservação do meio ambiente. Nas épocas de

seca, fazemos o controle para que a água captada não seja desperdiçada e,

desta forma, vamos fazendo a nossa parte”, ressalta.

A captação da água da chuva auxilia na lavagem de cerca de 40 caminhões

da empresa.

Colaboração: Jessica Pereira/Novo Texto Comunicação

22/03

10 parques gratuitos para curtir o fim de semana em São Paulo

O fim de semana está aí, você com a grana curta e agora o que fazer? Que tal

aproveitar os dias quentes e passear no parque?Afinal nem só de restaurantes

e baladas São Paulo é feita. Infelizmente não somos como Curitiba (a

metrópole mais verde da América Latina), mas temos várias opções de

parques nos quatro cantos da cidade. Ao pensar num parque em São Paulo, o

primeiro em que se pensa é o Ibirapuera. Mas temos outras opções bem

interessantes em diversas regiões da cidade e, o melhor: tudo gratuito. Confira:

Parque Buenos Aires

Este parque é bem conservado e ótimo para levar seu cãozinho para passear,

ou relaxar entre as árvores.

Parque da Aclimação

Tem um belo lago para você contemplar, pista de cooper e algumas quadras.

Parque Ecológico do Tietê

Infelizmente o parque tinha tudo para ser bacana, mas está muito sucateado.

Porém para quem estiver perto da Rodovia Ayrton Senna, vale dar uma volta

de pedalinho e contemplar o lago.

Parque Ecológico Guarapiranga

O parque é simples, mas tem a Trilha da Vida, um caminho sensorial que vale

a pena ser percorrido.

Parque da Juventude

Pertinho do metrô Carandiru o parque tem quadras e áreas para prática de

diversos esportes.

Parque Cidade Toronto

O parque com brinquedos e paisagem canadenses tem um belo lago e áreas

verdes ideal para quem está perto de Pirituba.

Parque Villa-Lobos

Aluga bicicletas e patins, e tem bosques e áreas verdes ótimas para curtir com

toda família.

Parque Burle Marx

Pistas de cooper, pequenas trilhas e os belos jardins de Burle Marx fazem

deste parque uma boa opção para curtir o fim de semana.

Parque Estadual do Jaraguá

O parque tem churrasqueiras e por isso muitos famílias curtem o fim de

semana por lá. Quem se animar pode fazer a trilha ou ir de carro até o Pico do

Jaraguá e contemplar uma bela vista de São Paulo.

Parque Estadual Juquery

Último remanescente de cerrado da região metropolitana de São Paulo, este

parque tem trilhas de diversos níveis e paisagens interessantes.

22/03

Nada de homens! Mulheres têm aula exclusivas de skate no Ibirapuera

http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-esporte-sp/v/nada-de-homens-mulheres-tem-

aula-exclusivas-de-skate-no-ibirapuera/3229254/