17
SÃO PAULO, 24 DE NOVEMBRO DE 2016.

SÃO PAULO, 24 DE NOVEMBRO DE 2016. - prefeitura.sp.gov.br · Ainda assim, de uma forma ou de outra, a natureza sobrevive e nem todas as mudanças são tão desagradáveis. Uma das

Embed Size (px)

Citation preview

SÃO PAULO, 24 DE NOVEMBRO DE 2016.

Ministro defende fortalecimento do FNMA

Fundo Nacional do Meio Ambiente deverá criar mecanismos para assegurar a

efetivação na aplicação dos recursos, diz Sarney Filho.

23/11/2016

Na abertura da 72ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do

Meio Ambiente (FNMA), realizada nesta quarta-feira (23/11) em Brasília, o ministro

Sarney Filho defendeu a adoção de mecanismos capazes de assegurar a efetividade

dos recursos aplicados pelo fundo.

“O FNMA deve ser fortalecido para atender a grande demanda por capacitação,

garantindo a adequada execução física e financeira dos projetos”, disse ele. Sarney

Filho abriu a reunião ao lado do diretor do Fundo, Jair Vieira Tannus.

Para o ministro, a renovação dos quadros do Conselho Deliberativo, que alterou 13 dos

17 membros do colegiado, dá novo fôlego para “uma guinada rumo a um papel de

destaque ainda maior (do FNMA) na política ambiental”. Ele reforçou que a aplicação

dos recursos deve priorizar os aspectos social e ambiental.

O ministro salientou a importância das parcerias e do controle social do organismo de

fomento a projetos ambientais. “As organizações sociais são parceiras fundamentais

do trabalho do FNMA”, afirmou Sarney. Os representantes da sociedade civil atuam na

análise, concepção e realização das ações promovidas com recursos do fundo.

Pioneiro no fomento de ações que contribuem para o desenvolvimento sustentável e

preservação dos biomas brasileiros, o fundo completou 27 anos. Em 2010, com a

redução dos recursos disponíveis, passou a contar com o apoio financeiro de outros

agentes de fomento. O ministro destacou a importância do apoio, especialmente do

Fundo Socioambiental da Caixa (FSA). Lembrou, também, as parcerias com o Fundo

Clima (FNMC), Fundo de Defesa dos Direitos Difusos (do Ministério da Justiça) e Fundo

Nacional de Desenvolvimento Floresta (FNDF).

EDITAIS 2017

Na reunião, realizada durante todo o dia, os novos conselheiros do FNMA aprovaram

as três propostas de elaboração de editais para 2017:

- Remodelagem da demanda espontânea do FNMA, por meio do lançamento de editais

temáticos entre R$ 100 e R$ 300 mil. “Serão projetos locais, voltados a pequenos

municípios ou instituições sem fins lucrativos que tenham interesse em projetos

inovadores e replicáveis”, explica a diretora substituta do Fundo, Miram Jean Miller.

- Proposta de edital de apoio às cadeias produtivas da sociobiodiversidade e

fortalecimento da agroecologia na região do Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e

Bahia). A região é uma fronteira agrícola com forte remanescente de Cerrado.

- Apoio a consórcios de resíduos sólidos para ações de coleta seletiva e processamento

de resíduos orgânicos. “Serão apoiados projetos modelo para que sejam replicados em

outras regiões”, enfatizou Miriam.

Como São Paulo se tornou a cidade dos mil papagaios?

24/11/2016

Ela não é apenas a cidade mais populosa do Brasil, mas também uma das duas maiores do continente americano. Com mais de 12 milhões de habitantes, São Paulo é considerada a 14ª cidade mais globalizada do planeta com moradores nativos de 196 países diferentes, e claro, lar de nada menos que 464 espécies de aves. Hoje, praticamente dominada pelos seres humanos, é muito diferente daquela pequena povoação batizada de São Paulo de Piratininga, há mais de 460 anos atrás. Alguns séculos se passaram e a região sofreu as consequências de uma acelerada urbanização que levou a mudanças drásticas da paisagem e profundas alterações da fauna e flora. Ainda assim, de uma forma ou de outra, a natureza sobrevive e nem todas as mudanças são tão desagradáveis. Uma das aves mais inteligentes do país, o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), alegra moradores da maior metrópole da América Latina, voando pelos céus da cidade. Você pode ficar surpreso em saber, mas a chegada desta espécie a São Paulo é envolta em um clima de mistério repleto de curiosidades, começando pelo fato de que esta bela ave não é nativa da região e, sim, do interior do país. O papagaio-verdadeiro habita originalmente a região Nordeste (Piauí, Pernambuco, Bahia), o Brasil

central (Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso) até o Rio Grande do Sul, sendo ausente nas áreas litorâneas. Ainda assim, a ave tem sido observada com frequência em São Paulo, nos últimos 10 anos, relatos e registros fotográficos se multiplicam na internet, não apenas um ou dois, mas até mesmo bandos de mais de 20 indivíduos já foram registrados por diversas vezes na cidade. Estes mesmos registros já permitem estimar que, hoje, vivem na cidade, em total liberdade, no mínimo, 1200 papagaios.

Mas, diferente do que algumas pessoas imaginam, o papagaio-verdadeiro não chegou a São Paulo voando. Especialistas de instituições de renome apontam que os grandes responsáveis por sua chegada à cidade foram os próprios moradores: eles trouxeram as aves, inicialmente, como animais de estimação. Depois, estas fugiram ou foram libertadas. Vale ressaltar que, não estamos falando de uma ave qualquer, mas sim do papagaio-verdadeiro, possivelmente a mais popular de todas as aves brasileiras e um dos maiores alvos do comércio ilegal de animais silvestres no mundo. Isso pode ser facilmente confirmado em uma breve análise de dados disponibilizados por instituições como os Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS), órgão responsável por receber animais apreendidos em operações de fiscalização do Ibama: somente entre 2008 e 2010, nada menos que 2.145 papagaios chegaram aos CETAS. Já o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), do Mato Grosso do Sul (IMASUL), recebeu cerca de 503 filhotes, entre 2004 e 2006 . Outros 4.270 indivíduos da mesma espécie foram recebidos pela mesma instituição entre 1988 e 2010. Uau! Mas afinal quantos indivíduos seriam anualmente comercializados ilegalmente no país? Ainda não se sabe ao certo, mas possivelmente milhares. Em estudo realizado na Bolívia, em 2011, os pesquisadores Herrera e Maillard estimaram que aproximadamente 22 mil psitacídeos, em grande maioria pertencentes à espécie Amazona aestiva, são comercializados anualmente naquele país. É possível supor que os dados disponíveis para o Brasil sejam apenas uma pequena amostra da realidade, ou seja, é a ponta do iceberg do total de papagaios comercializados anualmente, muitos dos quais há décadas destinados, pelo comércio ilegal, à São Paulo. Isso suporta a ideia de que a verdadeira origem dos papagaios que habitam a cidade, hoje, recai sobre solturas e fugas de aves mantidas ilegalmente em cativeiro. Mas, como estes papagaios inexperientes sobreviveriam, em liberdade, em uma cidade tão gigantesca? Parte da resposta pode estar intimamente ligada ao fato de que estas não são aves comuns. Os papagaios são Psitacídeos, família de aves que, segundo cientistas, abriga alguns dos maiores gênios do mundo animal.

Desde 1990, a pioneira pesquisadora Dra. Irene Pepperberg, da Universidade de Harvard, investiga aspectos relacionados à inteligência e à comunicação de um primo próximo do nosso papagaio-verdadeiro, o papagaio-cinzento (Psittacus erithacus). Segundo Pepperberg, que dedicou a vida ao estudo destas aves, os papagaios desta espécie são capazes não apenas de imitar a fala humana, mas de aprender o

significado das palavras e efetivamente se comunicar e até realizar operações matemáticas. Atualmente, dezenas de outras pesquisas focadas em investigar as extraordinárias habilidades dos papagaios já foram publicadas em algumas das mais importantes revistas científicas do mundo.

Em 2011, artigo publicado na revista Biology Letters pela Dra. Sandra Mikolasch, da Universidade de Viena, comprovou que indivíduos desta mesma espécie podem ser tão inteligentes quanto alguns grandes primatas, como os chimpanzés ou, mesmo, crianças de 4 anos de idade. Pesquisas desenvolvidas pela Dra. Alice Auersperg, como o artigo publicado na revista PlosOne, no mesmo ano, já evidenciaram, por exemplo, que o papagaio-da-nova-zelândia (Nestor notabilis) é uma das espécies de aves mais inteligentes do mundo, sendo capaz de utilizar ferramentas, solucionar problemas e, até mesmo, planejar o futuro. Mas e quanto ao nosso famoso papagaio-verdadeiro? Seria a espécie que sobreviveu ao caos da metrópole tão inteligente quanto seus primos estrangeiros? Foi exatamente o que a pesquisa da Dra. Olívia de Mendonça-Furtado do Laboratório de Etologia Cognitiva, do Instituto de Psicologia da USP, descobriu e revelou em pesquisa publicada na revista Animal Cognition, em 2008. Assim como seus primos, os papagaios-verdadeiros aplicam métodos de resolução de problemas previamente aprendidos para superar novos obstáculos, ou seja, são capazes de solucionar rapidamente problemas com base em conhecimento previamente adquirido, exibindo um comportamento tipicamente humano, a generalização do aprendizado. O fato desta espécie exibir habilidade cognitiva elevada, certamente contribuiu para a sobrevivência das aves em um ambiente altamente antropizado como São Paulo, mas, neste caso, a inteligência foi apenas um dos fatores responsáveis pelo sucesso das aves. Esses papagaios contaram também com uma pequena dose de “sorte”.

Um dos estudos mais completos sobre a espécie foi realizado pela pesquisadora Gláucia Helena Fernandes Seixas, entre os anos 2005 e 2007. Ela investigou a fundo os hábitos alimentares do papagaio-verdadeiro em uma de suas áreas de ocorrência natural, no Pantanal do Mato Grosso do Sul. Os resultados obtidos indicaram grande flexibilidade na dieta das aves, que inclui cerca de 48 espécies vegetais, com predominância no uso de espécies das famílias Anacardiaceae, Bignoniaceae e Fabaceae. Os papagaios-verdadeiros se alimentam de flores, frutos, folhas e, sobretudo, de sementes, o que classifica a espécie como granívora mas, também, como generalista em relação à utilização dos recursos alimentares, de acordo com sua disponibilidade no ambiente. Seixas observou, ainda, que os papagaios utilizam, majoritariamente, cavidades em árvores maduras para sua reprodução: cavidades cuja formação se inicia, por exemplo, pela queda de galhos.

Somam-se a estas informações os dados de um estudo publicado em 2007 pelo

pesquisador Lucas Carrara, na Revista Brasileira de Ornitologia, sobre o uso de

eucaliptais como área de dormitório pela espécie. Curiosamente, os resultados

revelaram uma preferência dos papagaios-verdadeiros da região por dormir em áreas

de florestas homogêneas de eucalipto, mesmo com amplos trechos de vegetação

nativa disponíveis.

Felizmente, para a “sorte” dos papagaios paulistanos, a cidade possui pouco mais de 640 mil árvores espalhadas pelos seus 96 distritos, de acordo com dados recentes da Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras. São quase meio milhão de árvores que incluem diversidade de espécies nativas e exóticas, que são ou pertencem às mesmas famílias de espécies de árvores, coincidentemente já descritas em pesquisas científicas, o que inclui as acima citadas como as “preferidas” pelos papagaios, seja para alimentação, descanso ou reprodução, em outras regiões do país.

A importância da composição da arborização urbana atual para a manutenção da população de papagaios da cidade foi também comprovada por uma análise de registros fotográficos disponíveis na internet. Coordenada pelo Instituto Passarinhar, que eu presido, a análise teve, como objetivo, mapear e quantificar os principais recursos utilizados pelos papagaios no município. Os dados resultaram em estudo científico encaminhado este mês para publicação. Entre as principais espécies arbóreas que oferecem recursos essenciais aos papagaios livres na cidade, encontram-se árvores que disponibilizam alimento, como frutos e sementes, como as das famílias Meliaceae(cinamomo, por exemplo), Fabaceae (sibipirunas e paus-ferro), Anacardiaceae (aroeiras-pimenteiras e mangueiras) e Bignoniaceae (eritrinas e ipês). Além disso, os papagaios de São Paulo utilizam, quase que exclusivamente – tanto para descanso como para reprodução -, os troncos de eucaliptos e tipuanas. Graças ao conhecimento científico e aos relatos e registros de cidadãos que amam as aves, é possível desvendar o mistério por trás dos papagaios de São Paulo e contar a história de dezenas de aves retiradas de seus habitats naturais, que sobreviveram por anos como prisioneiros até, um dia, escaparem para um mundo totalmente novo, superando obstáculos e dando início a uma nova população de papagaios verdadeiramente paulistanos. Tudo indica que os papagaios-verdadeiros chegaram em São Paulo para ficar. Cenas como a registrada por uma das câmeras de trânsito da Rodovia Bandeirantes, no vídeo abaixo, têm tudo para se repetir por muitas e muitas vezes.

SAAP é eleita para vaga no conselho gestor do Parque Pôr do Sol; veja

quem são os outros membros

23/11/2016

Dia 13 de novembro foi um domingo chuvoso no meio de um dos poucos feriadões do segundo semestre de 2016. Mesmo assim, 408 pessoas e 18 membros de instituições foram à Subprefeitura de Pinheiros escolher seus representantes no recém-criado conselho gestor do Parque Pôr do Sol. E, com 14 votos, a SAAP foi eleita para ocupar a vaga destinada a organizações da sociedade civil.

Para as três vagas reservadas a moradores do entorno e frequentadores foram eleitos José Ricardo Rezende (156 votos, candidato apoiado pela SAAP), Letícia Lemos (69 votos) e Ana Flávia Dal Fabbro (46 votos). Já os três suplentes serão José Roberto Bandouk, Silvia Zanotti e Vera Lúcia Bussinger.

Os conselhos gestores de parques, previstos na lei 15.910, de 2013, têm a função de ser um espaço para participação da sociedade no “planejamento, gestão, avaliação e controle da execução das atividades” nesses locais públicos.

O alto comparecimento na eleição deste mês é um sinal claro de que as pessoas estão preocupadas com o destino de uma das mais queridas áreas verdes de Pinheiros, ultimamente vítima do descaso do poder público e de usos abusivos por alguns dos frequentadores.

Ainda que seja uma ótima notícia, sabemos que a primeira eleição do conselho gestor do Parque Pôr do Sol é só um passo inicial para que Pinheiros consiga recuperar esse espaço tão precioso, mas tão degradado. O trabalho está apenas começando.

Capital tem um fiscal para cada 9 mil árvores

24/11/2016

Receita do caos: pouco engenheiro para muita árvore Instituto mostra que são apenas

74 agrônomos para vistoriar mais de 650 mil unidades nas ruas de São Paulo. Fazer o

quê? No dia a dia TRABALHO É IMPOSSÍVEL PARA APENAS 74 AGRÔNOMOS Capital

tem um fiscal para cada 9 mil árvores Levantamento mostra que no primeiro semestre

de 2016 já houve 60% das quedas registradas em todo o ano passado. IPT diz que

somente cem mil unidades estão cadastradas Filipe Sansone

[email protected] 0 número de quedas de árvores na capital de janeiro a

junho de 2016 chegou a 1.925, de acordo com a Pre feitura. O valor referente ao

primeiro semestre do ano já representa quase 60% dos 3.231 casos na cidade em todo

o ano de 2015. A situação fica ainda mais complicada pelo fato de haver apenas 74

engenheiros agrônomos nas 32 subprefeituras.

Eles são responsáveis por vistoriar as 650 mil árvores que há nas ruas de São Paulo. O

levantamento, feito pelo governo municipal em 2014 em parceria com o IPT (instituto

de Pesquisas Tecnológicas), não contabiliza as unidades em parques e praças.

Por si só, mostra uma situação alarmante: se o município quisesse vis toriar todas as

árvores em calçadas e canteiros, cada um de seus especialistas precisaria verificar

8.784 delas no período deumano,ouuma média mensal de 732 unidades. Na prática,

tal meta se revela impossível. Segundo a gestão Fernando Haddad (PT), só a

Subprefeitura da Vila Mariana, na Zona Sul, por exemplo, consegue, com seus três

agrônomos, vistoriar 600 árvores por ano, em média. Especialistas do IPT afirmam que

ainda há mais problemas que dificultam a identificação de árvores infestadas de cupins

ou outras pestes e à beira da morte ou com risco de tombar. “Desenvolvemos um

software (Sistema de Gerenciamento de Árvores Urbanas) para que fosse possível

cadastrar todas as árvores de uma cidade e realizar seu monitoramento de forma

digital”, explicou Sérgio Brazolin, responsável pelo Laboratório de Preservação de

Madeiras

Toco de árvore que caiu no dia 20 de outubro na Rua Cuevas, na Lapa e

Biodeterioração de Materiais do IPT. “Mas São Paulo tem entre 650 mil e 670 mil

árvores nos passeios públicos e canteiros centrais e apenas 100 mil delas estão

cadastradas no sistema gerenciado pela Prefeitura.” Brazolin também afirmou q ue a

inspeção feita pelos agrô nomos e técnicos da Prefeitura é bastante falha. “Muitos dos

problemas que árvores apresentam estão em sua parte interna”, disse.

Segundo ele, a maior parte das análises feitas pelos funcionários do município é

realizada de maneira visual e bastante superficial. “Ou falta gente ou qualificação ou

equipamento e estrutura. Às vezes ocorrem todos esses problemas ao mesmo tempo.

Há subprefeituras que não têm sequer engenheiros agrônomos. ” Além disso, outra

especialista do IPT em arborização urbana, a engenheira agrônoma Giuliana Velasco,

afirma que o município tem feito muito pouco para cumprir o Plano Diretor Estratégico

de Arborização Urbana, aprovado em 2014. “Praticamente desde a aprovação, nada

está acontecendo. ” E quem sofre com a situação é o paulistano.

No Largo do Arouche, Centro, uma árvore da espécie cliichá, com mais de 200 anos e

altura equivalente a um prédio de 15 andares, corre ^ o risco de cair. Na última sexta£

feira, um de seus galhos mais a altos despencou e atingiu um á carro, que ficou

destruído. O g impacto também q uebrou parc te da calçada e o Corpo de Bom beiros

foi chamado para cortar o outro galho que ameaçava cair (leia mais ao lado). ° Ipê

Flores amareladas, ou roxas e copa larga Altura varia de 10 a 25 metros Floresce no

inverno 2 Ciclo médio de vida: 25 a 50 anos Alfeneiro Altura média de 6 a 10 metros,

suporta podas drásticas e raízes crescem e se espalham Pode proliferar rapidamente,

pois pássaros transportam suas sementes Floresce na primavera e verão 2 Ciclo médio

de vida: 50 anos Fonte: Levantamento realizado pelo IPT em 2004 nos bairros de

Cerqueira César, paraíso, Alto da Boa Vista, Vila Nova Conceição, Pacaembu e Sumaré

mais comuns na capital Tipuana

^Flores extensas e copa larga -f Altura média de 9 a 12 metros # Floresce no fim do

inverno e início da primavera Ciclo médio de vida: 80 anos Sibipiruna ^Copa tem, em

média, 6 metros de diâmetro t Altura média de 18 a 22 metros & Floresce de agosto

até o fim de fevereiro 2 Ciclo médio de vida: 100 anos Chichá do Largo do Arouche,

cujo galho caiu na sexta-feira Comerciante busca sombra, mas perde carro .

Ao lado do chichá de quase 40 metros no Largo do Arouche há uma base móvel da

Polícia Militar e uma banca de jornais. Quando um galho caiu na última sexta-feira do

topo da árvore ninguém foi atingido, pois eram 5h30. O jornaleiro João Eudes, de 26

anos, trabalha ao lado, com medo. "Quando o galho caiu, foi rente à banca. Nunca vi a

Prefeitura fazer vistoria nos três anos em que trabalho aqui. Os bombeiros cortaram

outro galho, mas a gente não sabe como está o resto da árvore.”

Na Lapa, na Zona Oeste, moradores também vivem dias e noites tensos quando há

ventos fortes ou tempestades. No dia 20 de outubro, o mecânico Lailson Silva Almeida,

23, morreu eletrocutado após uma árvore cair em cima da fiação elétrica e rompêla.

Ao menos outras quatro árvores caíram no bairro durante um temporal. Uma delas foi

na altura do número 320 da Rua Guaricanga. O Ipê não resistiu aos ventos e

despencou em cima do Passat 1996 do comerciante Marcos Cavichioli, 51. "Deixei o

carro embaixo da árvore para protegê-lo do sol. Jamais imaginava que isso poderia

ocorrer. E estou conversando com advogados para processar a Prefeitura”, contou. A

200 metros dali, na Rua Cuevas, duas árvores caíram em cima de casas e da rede

elétrica. Todas as ocorrências, registradas em 20 de outubro, deixaram o bairro sem

luz por mais de um dia. "A rede elétrica de São Paulo é muito antiga. Essa tecnologia

está ultrapassada, mas a Eletropaulo não mostra interesse em fazer redes mais

compactas, que permitiríam um convívio mais harmônico entre a fiação e as árvores",

ressaltou a especialista do IPT Giuliana Velasco. DSP

Jacarandá ^Apresenta folhas roxas, vermelhas ou cor-de-rosa f Altura média de 15

metros Floresce na primavera 2 Ciclo médio de vida: até 200 anos Pau-ferro ^Típica da

mata atlântica e necessita de água constantemente Altura média: 14 a 30 metros ■&

Floresce na primavera Ciclo de vida: não informado Habitações em morro da Rua da

Lealdade, no Jaguaré, Zona Oeste, apontado como área de risco pelo IPT Último dado

de áreas de risco de deslizamento já tem 5 anos Estudo feito entre 2009 e2011

constatou que a capital tinha 407 locais sujeitos a desabamentos I A situação das áreas

de risco na capital também é complicada.

O último levantamento do município, também em parceria com o IPT, foi realizado

entre os anos de 2009 e 2011 e constatou q ue a cidade tem 407 zonas sujeitas a

deslizamento de morros e encostas ou a enchentes. “As regiões mais críticas na cidade

de São Paulo são Itaim Paulista e São Mateus (ambas na Zona Leste); M’Boi Mirim e

Campo Limpo (ambas na Zona Sul); e jaçanã e Brasilândia (ambas na Zona Norte) ”,

explicou o geólogo Eduardo Macedo, do Laboratório de Riscos Ambientais do IPT. “A

área q ue teve a maior piora foi a Brasilândia, pois a construção do (trecho Norte) do

Rodoanel causou o aumento de moradias irregulares, que deve ficar pior com o alto

tráfego de veículos que deve passar por lá”, completou Macedo.

A Prefeitura alegou que fez a atualização das áreas de risco em sete subprefeituras e,

com exceção do Itaim Paulista e da Brasilândia, todas as regiões apontadas pelo IPT

como preocupantes tiveram o mapeamento dos espaços com residências em locais

preocupantes atualizado (leia ao lado). Segundo geólogo do IPT, uma pequena parte

do bairro do jaguaré, na Zona Oeste, também deve ter a atenção do poder pú blico.

Um morro na Rua da Lealdade, atrás de edifícios do Cingapura Nova Jaguaré, que havia

sido desocupado na década de 1990, já está cheio de casas de alvenaria, algumas delas

construídas recentemente. “

O poder público permaneceu no local cerca de três anos após a retirada das

habitações que estavam na encosta, mas depois disso não houve mais fiscalização”,

explicou Macedo. “E a população voltou a ocupar toda a área. Outro problema é que

os fiscais da Prefeitura dão prioridade à fiscalização em bairros mais urbanizados, até

pelos riscos de segurança pública não vão em um local como aquele no Jaguaré.”

FAVELAS /Levantamento da Prefeitura aponta que a capital tem 1.565 favelas, todas

monitoradas pela Defesa Civil. “Cerca de 1,5 milhão de pessoas vivem nelas, 200 mil

pessoas a mais que toda a população de Guarulhos. Não há como realo car todas essas

pessoas. Por isso, é mais importante fazer intervenções estruturais (obras) onde é

possível e só remover a população onde o risco é muito alto”, finalizou Macedo.

RESPOSTA DA PREFEITURA Monitoramento constante Em nota, a Prefeitura afirmou

que o manejo de árvores não ocorre somente no período mais intenso de chuvas, e

que contempla vistorias das árvores com base no cadastro de cada exemplar no

Sistema de Gerenciamento das Árvores Urbanas. A nota disse que faz avaliação com

base em 80 itens técnicos se a espécie está doente ou se tem risco de cair e que poda

mais de 300 árvores por dia. O município afirmou ainda que o Plano Preventivo de

Chuvas de Verão da Prefeitura de São Paulo compreende ações como o

monitoramento de áreas de risco pelo Centro de Gerenciamento de Emergências e

pela Defesa Civil. Além disso a Prefeitura disse que as subprefeituras fazem

preventivamente os serviços de limpeza de córregos, bocas de lobo, piscinões, podas

de árvores e obras para redução de pontos de alagamentos. Por fim, a nota ressaltou

que sete subprefeituras (Parelheiros, M'Boi Mirim, Butantã, Pirituba/Jaraguá,

Jaçanã/Tremembé, São Miguel Paulista e São Mateus) tiveram o mapeamento

atualizado de áreas de risco

. RESPOSTA DA ELETROPAULO Queda causa falta de luz A Eletropaulo informou em

nota que a interferência de galhos e queda de árvores na rede elétrica é uma das

principais causas de falta de energia, e que mantém o Plano de Poda de Árvores, que

em 2016 prevê a poda de 500 mil unidades no total, com orçamento de RS 50 milhões.

A empresa ainda disse a concessionária conta com 1,2 mil colaboradores que

trabalham nas ocorrências de falta de energia.

Moradores tentam barrar obra de ‘espigão’ em área de nascentes na

Pompeia

24/11/2016

Moradores tentam barrar obra de espigão’ em área de nascentes na Pompeia Terreno

que tinha duas nascentes do córrego Água Preta, na zona oeste de SP, receberá prédio

de 22 andares e três subsolos EMÍLIO SANTANNA DANILO VERPA DE SÃO PAULO Ainda

que ele corra sem nem ser visto, nenhum rio aparece “do nada”. Num pedacinho da

Pompeia, bairro da zona oeste de São Paulo, o córrego da Água Preta, por exemplo,

tem nascentes em torno da praça Homero Silva —rebatizada pelos moradores de

praça da Nascente.

Duas delas estão em um terreno em que havia pequenos sobrados. Esse é o problema.

As casas foram demolidas e, em breve, um prédio de 22 andares e três subsolos pode

brotar ali para desespero dos vizinhos e frequentadores da área verde, que temem que

as fundações do “espigão” afetem o lençol freático e o afloramento do córrego. Parte

deles forma um coletivo, o Ocupe e Abrace, responsável pela revitalização dos 12 mil

m2 da praça onde, há três anos, o que existia era apenas mato alto e sujeira.

De acordo com a jornalista Adriana Carvalho, moradora do bairro, o que está em jogo

é a sobrevivência da área verde, resultado do solo repleto de nascentes, e a própria

manutenção do córrego. O terreno em que o prédio deve ser erguido, pela construtora

Exto, é separado da praça por um muro e no local, após a demolição das casas, o que

se vê atualmente é uma grande área cimentada. Nos tapumes na avenida Pompeia,

pichações como “Assassinos de Nascentes” dão a tônica da insatisfação.

A empresa afirma que “todos os seus terrenos são criteriosamente analisados sob os

aspectos jurídicos, legais e ambientais” e que toda a documentação está “deacordo

com as normas vigentes”. Coordenador do projeto Observando Rios, do SOS Mata

Atlântica, Gustavo Veronesi diz que a construção vai trazer impactos no lençol freático

e afetar o córrego. “Na visão de modernidade, a água, os rios e as nascentes acabam

virando um estorvo para o desenvolvimento econômico”, afirma.

Segundo a Secretaria de Licenciamento da prefeitura, ainda não há licença para o início

das obras. Fiscais vistoriaram o local e verificaram somente a execução de demolição,

que tinha alvará.

Moradores tentam barrar 'espigão' em área de nascentes na Pompeia

Estudo do SOS Mata Atlântica sobre nascentes e córregos identificou que na região

metropolitana de São Paulo o único local com Índice de Qualidade da Água classificado

como "bom" era o das nascentes da praça Homero Silva

24/11/2016

Ainda que ele corra sem nem ser visto, nenhum rio aparece "do nada". Num pedacinho da Pompeia, bairro de classe média da zona oeste de São Paulo, o córrego da Água Preta, por exemplo, tem 13 nascentes em torno da praça Homero Silva –rebatizada pelos moradores de praça da Nascente.

Duas delas estão em meio a um terreno em que havia pequenos sobrados. Esse é o problema. As casas foram demolidas e, em breve, um prédio de 22 andares e três subsolos pode brotar ali –para desespero dos vizinhos e frequentadores da área verde, que temem que as fundações do "espigão" afetem o lençol freático e o afloramento do córrego.

Parte deles forma um coletivo, o Ocupe e Abrace, responsável pela revitalização dos 12 mil metros quadrados da praça onde há três anos o que existia era apenas mato alto e sujeira.

De acordo com a jornalista Adriana Carvalho, moradora do bairro, o que está em jogo é a sobrevivência da área verde, resultado do solo repleto de nascentes, e a própria manutenção do córrego –que se junta ao Sumaré, numa região onde ainda corre escondido o quase homônimo Água Branca.

O terreno em que o prédio deve ser erguido, pela construtora Exto, é separado da praça por um muro e no local, após a demolição das casas, o que se vê atualmente é uma grande área cimentada. Fechado por tapumes, de frente para a avenida Pompeia, pichações como "Assassinos de Nascentes" dão a tônica da insatisfação.

A empresa afirma que "todos os seus terrenos são criteriosamente analisados sob os aspectos jurídicos, legais e ambientais".

Na região, não é difícil encontrar água correndo pelas sarjetas, brotando de canos na frente dos prédios. "Essa era uma área com muitas outras nascentes. Não dá para saber quantas. O que acontece é que os edifícios foram sendo construídos sobre elas", diz Adriana. "Estamos sentados em cima de muita água e ela é tratada como se fosse esgoto."

No entanto, um estudo do SOS Mata Atlântica sobre nascentes e córregos identificou, em 2015, que na região metropolitana de São Paulo o único local com IQA (Índice de Qualidade da Água) classificado como "bom" era o das nascentes da praça Homero Silva.

"As pessoas só vão se dar conta do problema quando a água bater na bunda. Mas aí, vão ter outro problema: não vai ter mais água para bater em lugar nenhum", diz o

artista plástico Daniel Caballero, que desenvolve um trabalho no local com plantas do cerrado paulista.

Uma estimativa de técnicos e especialistas é que existam cerca de 300 rios na cidade de São Paulo, a grande maioria deles subterrâneos, encobertos pelo desenvolvimento da metrópole.

Coordenador do projeto Observando Rios, do SOS Mata Atlântica, Gustavo Veronesi diz que a construção vai trazer impactos no lençol freático e afetar o córrego. "Essa é uma realidade na cidade. E o que acontece aqui se repete Brasil afora. Na visão de modernidade, a água, os rios e as nascentes acabam virando um estorvo para o desenvolvimento econômico", afirma.

De acordo com a Secretaria de Licenciamento da prefeitura, ainda não há licença para o início das obras. Em 20 de outubro, fiscais da subprefeitura da Lapa vistoriaram o local e verificaram somente a execução de demolição, para a qual havia alvará. "Quando constatada a existência de nascentes, o proprietário deve informar a prefeitura e tomar medidas de proteção", diz a pasta.

Não é o que pensa Veronesi. Segundo ele, apenas as fundações de um prédio de 22 andares já seriam suficientes para afetar o lençol freático. Como três subsolos, como o projeto prevê, seria ainda mais difícil manter a integridade das nascentes.

A construtora Exto, responsável pelo projeto, afirma que toda a documentação do seu terreno na avenida Pompeia está de acordo com as normas vigentes nas esferas municipais, estaduais e federais. "Destacamos ainda que nenhuma obra será iniciada sem que seu licenciamento seja autorizado por parte desta municipalidade", diz a

construtora.

Árvore de Natal do lbirapuera será inaugurada no sábado

24/11/2016

Arvore de Natal do Ibirapuera será inaugurada no sábado Jales Valquer/Folhapress

Com 35 metros de altura e 16 de diâmetro, um metro a mais do que no ano passado,

será inaugurada neste sábado (26), às 19h30, a tradicional árvore de Natal do parque

Ibirapuera, na zona sul da capital paulista. A estrela no topo terá o dobro de altura: 8

metros. Patrocinado pela Coca-cola, o projeto recebeu aval da Comissão de Proteção à

Paisagem Urbana daPrefeitura para ficar exposto na praça Aldo Chioratto, ao lado do

Obelisco, até 6 de janeiro. Desde 2011, quando teve 70 metros de altura, a atração

tem “encolhido”. ML