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8/19/2019 Sasportes Dança Mallarme Cocteau Valery
1/10
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x
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8/19/2019 Sasportes Dança Mallarme Cocteau Valery
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Parts
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Les Deux
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O-pera,
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Dukc- s
e
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o
drama
mimiceo
Sumtmurum de
Freska. com
mtisica
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Hollander
e
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de
Max
Reinhardl-
N
a
Opera.
Weingartcn
dirigia
O
Anel
dos
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de
lnef .
8/19/2019 Sasportes Dança Mallarme Cocteau Valery
3/10
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franCeSO3
Q
intelectuais
e
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os
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Valry,
O
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Iarm
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de
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fluncia
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Mal
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cor-
dupla
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rio
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'
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Zdio
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bavia
herda
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'
rente
de
amorz
jculos
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que
assistiu,
e
falou
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espect
das,
Valry
no
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Viu
camara
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Sintom
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e
Isadora
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ballets
da
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da
histricas,
como
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vrias
estreias
dos
Ballets
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em
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culo
dos
amigos
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C
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em
1
91
,
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ou
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Russes.
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O
Iidade
imediata.
e
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da
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Fa
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Em
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Kandinsky.
Tem
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Gordon
Cre Qz
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Stravinsky
e
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13
-
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I
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o
Bailado
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8/19/2019 Sasportes Dança Mallarme Cocteau Valery
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desejava
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e
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o
abandonar
apesar
da
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da
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comempornea.
Em
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D94
.ao
problema
de
um
tino
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Focofdava
ter
pensado
j
em
Iaborao
das
diferentes
'Jrt
-e
Ws
UCJOSROCtCU'O
em
que
houvesse
a
leatro:
mimcas
ou
de
acio
na,
msica,
ca
ntos,
declamao,
e
dcor.
ora
este
probfema'
nsistia
em
grande
parle
no
encontrar
uma
aclo
cnica
que
ivesse
para
a
imitao
d'i
recta
da
vida
como
a
linguagem
can-
da
est
para
a
Iinguagem
falada
corrente.
Tjnha
concebido
um
poctculo
a
que
L
chamara
melodrama
e do
qual
fajei
com
pbussy,
mas
n
pensava
que
surgisse
a
oponunidade
de
passar
rtica.n
.
nova
colaboraqo
com
Debussy
e
props-lhe
n
ballet.
para
valry,
como
para
Maljarm
o
autor
do
Ivreto
e o
zsosmpositor
ontinuavam
a
ser
os
criadore
d
o get
sando
o
regrafo
apenas
algum
encarregado
de
ostes.
Parece
ter
discutido
iaroamoneo
aYOO
*Of*O-
s
Suas
Ce
Rrojecto-
sentindo
mesmo
a
ra
2o
Z0
--
'':.*'Z.
%'-
O.F
Debussy
sobre
la
as
ideias
trocadas..
--W*>2'''''3C'UU
0*
aprofundar
por
qMeu
caro
Debussy,
penso
em
si
e nos
batlets
(...)
Na
mjnraa
,no.
trata-se
de
fazer
o
a//et
mais
claro
c.o
mundo
sem
pro-
lma.
pois
no
querer
dizer
mais
do
que
aquilo
que
consentem
pernas
os
instrumentos.
s
que
para
varia;-
a
aclo
pura
escentarei
s
bailarinas
alguns
mim
f
'
;
seus
eternos
tutu
e
rnajsw.
os
mO;
S
Omininos.
As
bailarinas
'
muito
distantes
dos
figurincs
n*rn'ncYt*n
n'
VUS
ligeirosez'kestes
rimento,
a
deslocao
simplas
c
Vo
-'m
lmfas'
*
Pcimoiras,
cabe
o
AS
Outras,
tocam
os
oestoq
ao--'hZ-C--C
Vvzciosidade
possf-
ajveis.
*7 ---
uo
>tJll
isos
e
as
anedotas
eEis
o
Em
1
900,
tentou
pouco
sjntaxe.
sajiento
considero
rigorosos
os
papis
a
atrjbujr
a
estes
esquadres
yneios.
No
fundo,
sJo
duas
lfnguas
djferentes
em
tudo
e
que'
m
de
comum
o
sjlncio.
Gcrescento
uma
meu
alfabeto
e
j
um
da
minha
enormidada.
A
msica-
a
sua-
no
pode-
er
igualmente
dupla
e,
sob
a
gnidade
aparente
do
som,
dis-
tinta
de
si para
si
.-,
ccmo
o
entrecha:
se
distancia
da
f
isionomia?
I'-'las
isto
dito
ao acaso.
Pensi
ocasionalmente
no
mito
de
Orfeu,
ou
seja
na
animai.
o
da
tudo
pelo
espirito
-
a
precisa
fbula
da
mobilidade
e
da
conciliao
(...)
Esta
especulao
'
divei-te-me
muito
-
tcm
para
rrkirin
o
inesperado
de
umas
pontas..
O
estranho
jogo da rnistura
dcs
bailarinas
em
tutu
e
dos
mimcs
em ttinica
grega
traduz
uma dicotomia
que
pcde suscitar
dois
tipos
de
comenlrio.
Por uin
ludo,
significa
que
Valry,
como
Mallarm,considrava
a
d'ana
e a
mfmica
como pertencentes
a
duas familias diferentes:
o
que
pafece donstituir
uma
critica
moda
de
mimar
a
dana,
na iluso
de
a
tornar
mais expressiva.
Por
outro
Iado,
a
dicotomia
af
irma
os Iimites
da
dana,
a
sua
eventual
incapacidade
de
traduzir
na sua
linguagem
especifica
as
ideias
e
os
sentimentos.
Esta
noo poderia
fazer pensar
em
Noverre,
mas
bastar, para se esclarecer
o
seu
sentido,
conside-
rar
que no
fundo
desta
dicotomia
se
enraizam
os preconceitos
simbolistas
de
desprezo
pela
dana,
julgada
um
meio
artistico
insuficiente, por
oposio
mtisica,
que
era
a
ldeia
a atingir.
Nesta mesma
ptica,
pode
entender-se
at
que ponto,
era,
para
a
poca,
um
projecto original
a proposta
de um
ballet
sem
pro-
grama,
tal
como
Valry
a
formula,
mas sem
correr
o
risco
de .2
Ievar
at
s
tiltimas
consequncias.
Para atm
desta
colaborao
falida com
Debussy,
Valry con-
tinuou
a
ser
vftima
desta
doena
dicotmica
durante
toda
a
sua
vida.
concebendo
o
jogo
dos duplos no
quadro
do
espectculo
danado como
o
terreno
de exposio da
sua
temtica.
Faltou-lhe,
conldo, o
sentido
da
realidade
fsica do
teatro
que
ofereceu
a
Claudel
a
possibilidade
de
dar plena
expanso
a
uma
trajectria
semelhante.
A
sucesso
dos projectos de
Valry
para
a
dana.
anotados de uma forma
quase enigmtica
ao
longo
dos
Cahiers.
traduzem claramcnte
esta
obcsssi.
o.
O
tema de
Orfeu
reaparece
em
1 904,
scb
a forma
de
ballet
com
canto:
.AG
bailarinas rc.presentam:
1
-
os
movimentos
elementares
vzntos,
guas,
folhas,
--
mas
tambm
2
-
as
emoes,
reflexos.
Os
mimos
s:o
os
so.
res
vivos
-
e
tambm as paiiies,
as
fadi-
gas,
os
actos,
oo
desejos.
65
8/19/2019 Sasportes Dança Mallarme Cocteau Valery
5/10
Crcu
ra
os
coros
escondid
os
fa as vozcs
escondid.as
-
uma
ulka,
etc.p
,A.p
s
c)
ptlbqica:o
de L'hme
al lo
Dense
(
1 921
),
tittllo
que
rnblrl
o
dt:? um prcjecto d'c
danar
as
notas
deste
tipo tornam-se
aEc
nunncrozas. De
1 928 a
1 940,
c
Iista
das suas
ideas para a
rna
ionga
e
i mprecisa:
Grphe.
Le
Vioux
de
Ia Mlrzavxar
Le
n?/e
cle..z
Antsta/as,
sob
re
o
tema da
caverna
de Plato, Le
k'J-//a-
'ur
cY,tl
I-omb
e's.
Le
I;'a)7s des
f'/ktM=
M
ez?laz'tM.
ldes. Ntlnlrtzse
acun
.'J/n
ide.
s?/,%t
o''es
Doubles,
La
Bclle au
JIV,S
Dormanz
'gures
(que
chega a
discutir com Proltofieff),
Les
Penses.
Baliet
n
l'Ame
et
du Corps-
Ballet
sur
I'Amour
et Ies
Autres
Passt'ons.
allet
du Serpent avec
Eve,
Les
Fautes
e
Les
Harmoniques.
dois
tmas
oferecidos a
Lifar,
Ballet
of
the
Golden
Souls,
La Belle
et Ia
te,
etc.
Nenhum
destes
projectos
chegar
a
ganhar
forma
e
Valry
,r de
esperar
at aos
anos trinta
para ver
danar as
suas
obras.
e
no
foi capaz de
convencer
Debussy
para
o
seu
Orfeu.
teve
lmbm
de
sonhar sozinho
Souvenirs.
uma
opra-ballet.
A
grande
poca
dos
Ballets Russes
(1 909-1 929)
to-pouco
foi ocasio
para
alry
propor
ou
impor
as
hsuas
ideias.
Quando
os
Ballets Russes
hegaram
a Paris, Valry
foi
espectador
assiduo
e
as
suas
visitas
arecem
traduzir
um
interesse
real
pelo
novo Bailado,
embora
no
hegue
a
partilhar
o
entusiasmo
dos
seus
ex-camaradas
do
cir-
u1o Mallarm,
nem
a
pensar
numa
eventual
colaborao com
liaghileff.
Numa
breve
nota
sobre
Tamara
Karsavina,
vimo-lo
assar
sobre
o
artificio
da
cona
para
chegar
bailarina pura,
s
uas
trinta
e
duas
piruetas,
comparadas s
facetas de um
dia-
ante.
A produo
posterior
de
Valry,
para ou
sobre
a
dano.
oloca-se.
alis
em oposia
a
Diaghileffe embora
se
posx
dizer
ue
esta produo
tanto se
inspirou do
movimento
geral
de
reno-
ao
que
ento se
vivia
como
da
simples
recordao
de
Mal-
lrm,
de
que
Valry se
reclama.
Valry
fala sempre
como
se
a
rande revoluo
coreogrfica
no se
tivosse
processado.
Mais
hrde,
Iamentando
as
condies
de
encenao
do seu
Amphion.
ir, com tom
depreciativo,
qua
tudo Ihe
parcceu
uma
espcie de
ollat
russo. Em
1
921
,
a
publicao
de
L'Ama
et Ia
Danse
pode
er
entendida como
um
perfeito
mcnifesto
contra
os
Ballets
Rus-
e%
embora esta
inteno no
seja
expressa
nem
confessada.
O
ilogo
,
contudo,
uma
reflexo
sobre
a
dana
bsoluta conce-
'ida
por Val
ryz
que teria
muito
pouco em
comum
com a
arte
viva
roposta pelos Russos.
Se
da 1
09
4 a
1
921
Valry
no
encontrou modo
de dar
forma
'rtica
s
suas
ideias
sobre
a
dana,
com
L'Ama
et
la
Danse
aproveitou
a
oportunidade
para
org
anizar
o
sistema
da
sua teoria
sobre
a
arte
coreogrf
ica.
A
sua
interveno
rcveste-so
de um
;.;'&nt1'
e peso,
pois
se
trata do
primeiro
grande texto sobre
a (Jarla
escrito desde
as
Lettres
de Noverre,
e
precisamente
no
senlido
contrrio: peia
dana pura
contra
a
dana
programtica.
i-
,2,=,
CJ
la
Danse
a
primeira pk-osa
irnpcrlante
de Verw
silencioso
desde
Monc/aur Teste
(1
83),
o
quc
nos
faz
pensar
que
a
encomenda
da
Revue
l//tzs/ca/a
para
o
sou
niraero sobre
Le
BaI-
Iet
au
Xlxme
Sicle
tenha vindo
ao
enccntro
do
seu desejo de
se
exprimir
sobre
a
matria,
mesmo se
ele
chega
a
afirmar
o
contr-
rio. Numa
carta
a
Louis
Schan, a
propsito
do
seu
livro
la
danse
grecque
antique, Valry
escreve que
o
seu dilogo plat6nico sobre
a
dana
no se
baseia no
conhecimento
do
que
escreveram
sobre
l
o
assunto
os
autores antigos.
Limitara-se
a
folhear
o
livro
de
?'
Maurice
Emmanuel
sobre
a
Orchestique grecque
(1
893)
e
o
tra-
i
tado do
dr.
Etiepne-lules Marey
sobre a
fisiologia
do
movimento.
'
C
feito
se
a Grcia
oterece
o
cenrio
e
a
circunstncia
de
om
e
,
L'Ame
et
la Danse.
determinadas
observaes,
especialmente
$.
sobre
o
andar,
parecem
derivar directamente
das
fotografias
de
4
decomposio de
movimento
do
livro do dr.
Marey.
Mais tarde,
no
prefcio
a
um
livro sobre Lifar, Valry
confirmar
explicitamente
a
1
$
'
ateno
prestada
s
fotografias-. .Deste modo,
a
viso
do
aspecto
k
h
mais
ptpro
da aco
realizada
encontrava-se condensada e
f
ixada
l
numa
s
f
igura,
e
ellkmhado
o
tempo.
um
s
olhar
apreendia
a
inteira ideia
da
evoluo de uma
frase ritmica
do
corpo
humano.p
(1944)
Esta
postura
de
observador
solitrio,
distante
8/19/2019 Sasportes Dança Mallarme Cocteau Valery
6/10
Mais
uma
vcz,
Valry
se
esqusce dos
Gous
prprios
geztos, ao
irmar n:o
ter nunca pensade
na
dana, quando
sabemos
que
rsa
idoia
da
um J;a-'J;'e
ensrta
o
abstracto
c o
sensfvel
Ihe tin ha
Jrgido
j
em
1.
3CO num projccto desti
nado cena.
F-'las
esta
'irnnazo
de uma
distncia
em
relatlo
dana era
uma
pcse que
)
ialpunha
anles de se comprornelar
corn
a
arte
corcogrf
ica.
ignificativo
tambm
o
facto
de
o
poeta,
Clallarm, se
apresentar
>mo
fonte
de inspirao.
em vez
do
bailarino. Mas
dcixemos de
arte
astes
detaihes, cuja
referncia
tem
apenas por objectivo
ablinhar
a
presena
de
determinados preconceitos
valrianos,
e
Asemos
ao dilogo.
Esto
reunidos
Scrates,
Eriximaco
e
Fedro.
O
personagem
6crates
comea
por
demonstrar
aos
amigos
que a
vida
um
sis-
,ma de
metamorfose's
constantemente
renovado
e
mostra-lhes
ae
a bailarina oferece
a
imagem
que
melhr
traduz
o
que
a
da:
uma
Iuta
de
alternncias entre
dois
princfpios
contraditrios,
ae,
pela
sua
oposi.
o. do
origem ao sistema'.
Gudo
lhe
serve,
Eriximaco.
para
no concluir.
(...) E
uma
lulher
que
dana, e
que divinamente
deixaria
de ser
mulher,
se
Jdesse
obedecer.
at s
nuvens
ao
salto que executou. Mas
>mo
no
podemos
alcanar
o infinito, nem
no
sonho,
nem acor-
xdos,
tambm
e1a
voita
a si prpria;
deixa
de
ser
floco,
pssaro,
leia;
deixa
de ser,
enfim,
o
que
a
flauta
quis que
eIa
fosse,
pois
lesmo
a terra
de
onde
partiu
a chama, e a
devolve
sempre
exte-
uada sua
natureza
de
mulher
e
ao seu
amigo...p
Nesta
primeira
apario
a
bailarina surge como
coisa
danada
lais
do
que
como criadora
da
aco.
As
palavras
de
Scrates
ssencadeiam,
porm,
essa
aco
e
um enxame
de
bailarinas
narece
diante
dos
seus
olhos.
Voam
numa
to perfeita
obedin-
a
msica.
que ele
as
v
qexactamente
pelo
ouvidom,
lontecendo-lhe,
inversamente.
de
exigir
silncio para melhor
icular
a
misica
dos
seus
corpos.
de
Scrates,
embcra
cascatas'deeopcjando
elo-
os/carcias
sobre
bailarinas,
no
cessam
de
se
lntido daquelas danas'.
so
'nta
concili-los,
fazendo
1
ba
i
l a r i
n
a
,
a
q
u
a
l
,
irmas
e signif
icados, at ao
esvaziamento
do seu ser. A
discus-
disputar sobre
o
Scrates
bstractas
ou
e
ivas?
converglr
a
sua ateno sobre
o
xtase
no seu delfrio
de
movimento, arrasta
consigo
io
sobre
a dana mfmica
e a dana pura
cessa
quando
o
espec-
dor
se
entrega
dana. Pela
voz
dos
seus
personagens,
Valry
Ia
da
prodigiosa
mquina
que
o
corpo
humano,
dos seus
ovimentos
titeis,
e
dcs seus
movimentos
inteis.
como
cs
da
yna,
que
so
contudo
os que
melhor
nos
falam
da
natureza
do
Os
amigos
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8/19/2019 Sasportes Dança Mallarme Cocteau Valery
7/10
ksso
eorpo. C-raas
ao
des/anvolvimento
das suas
estruturcs,
o
.rrho
dnnte conquista para lodos
ns
um
nova mundo de
rnhecimento,
qtle
Ce
outro flnodo
nos seTia neg ado.
8/19/2019 Sasportes Dança Mallarme Cocteau Valery
8/10
cras
amsises
d.a
grande
sacerdclisa
Ifz a
R
ubinstoin,
que,
em
1931
e
1 934
,
tomara a'
seu cargo
a
a/rcsentazo
de
dois
opras-bollet:
a4rJ?p2p,W,r)
o
Smiriztnxqs.
Ctlrkao
scria
de
ecperar,
nada resu
Itou
cflmo
Valr'/
iraca,
inuva. As
esperanas
e
os
desencantos
desas
duas expcrincics
serlo
dscritos
pslo
poeta
em
cartas
que
escrek'e
aos amigos.
Estas cartas colocam
Valry no
mundo
est-
lico
do
f
im
do sc. xlX.
como
se
LeAme
et Ia
Denso n5o
indicasse
uma
direcso
oposta.
S que
essa direco
exclula
o poea e
dei-
xava
lodo
o
espao
ao
bailarinol.
Mas
eis
como
Valry via
a
sua
misso
antes
e
depois
dos
referidos
espectculos:
ANTES
-
.Se
Amphion no
um
desastre,
nem
uma coisa
nula,
deixar-me-ei, talvez, tentar
por
este gnero
velho-novo,
e
farei
outras antiqualhas
com
mimos,
dana,
canto
e
orquestra.
possi-
veI
organizar
estas diversas
armas
num
espfrito
diverso do
dos
ballets
ou das
peras.
Tratar-se- da reeducao
mitolgica...,
(1929)
DEPOIS
-
.lnfelzmente
no
pude impor
as minhas
ideias,
que
eram
as
mais simples
do
mundo,
e
live
o
pesar
de assistir
a
um
ballet
russo quando tinha
concebido
uma espcie
de cerimnia
religiosa. Reinaram
a indisciplina
e a incoerncia
ou a fantasia.
No
que respeita
o
sistema
de
coordenaode algumas
artes,
aquilo
que
eu queria aplicar
nada
tem
de
quimrico,
pois
todos
os
dias existe
e
prova
a
sua existncia.
Trata-se
de
retomar
a
con-
veno
Iitirgica.
A
pera est
a morrer; o
teatro,
regra geral.
est
num
taI
estado que
nenhuma poesia
lhe
consentida. Quanto
ao
cinema, ensina
aos
homens
a
contentarem-se
com
a
profundi-
dade
de um
cran.
f sem
duvida possfvel
desinteressar-se
dos
espectculos
colectivos.
Normalmante,
o
que
fao.
(...)
Mas pareceu-me
que
se devia tentar
confrontar, ou opor,
espcie
de
vida e
de
desordem que fazem
a
fora
do
cran. um
espectculo
fortemente
convencional
e destinado
a
produzir
uma
emoo quase
religiosa.
Que quer
isto dizer?
Um
espectculo
que
provoca
uma
participazo
profunda
do especador,
em
vez
de
o
levar
a
ficar fora
de
si...>
(1
933)
E
EM CONCLUSXO
-
xGraas
a
M.n'e
Rubinstein.
pude
tentar
fun-
dar
este
gnero
na
prtica
e
foi
por
isso
que escrevi
sucessiva-
nlenle
Amphion
e
Smiraml.
Trata-se de ensaios
e de
aproxima-
es,
pois
surgem
dificuldades
de
todos
os
gneros quando
se
tzisa
criar
do nada
uma
arte
que
exige
a
coordenao
de tantas
profisses
diferentes..
(1934)
Tudo
isto
se
poderia
resumir
a
uma nostajgia
do
Gesamtkunnt-
werk
wagneriano
e da sintese
das
arles
simbolista,
como
se
72
Valry,
nesle
domfnio,
nZo
pudesse ultrapassar
as
raizcs
da sua
fori-nazo
juvenil.
Al
th
u
r Honneger.
o
nico
wag
neria
no
do
Groupe
c'as
Cix.
e
tamb
m o
nico
a
no
Gostar
de
Satie.
foi
o compositor
cscolhido.
Valry
disse
1er
f icado
contnte
com
o
seu
trabalho, mas
nunca
falou nem
de Massine nem de
Fckine,
os dois coregrafos
do scr-
vio. O
divrcio
entre
Vala
e
os coregrafos
parece ter
sido
lokal,
devendo tambm accitar-se
que o
carcter convencionai
dos
temas
de
dana
propostos eram
pouco eneorajadores
para dois
antigos colaboradores
de
Diaghilef'f.
Por
oulro
lado,
escolhidos
estes coregrafos,
e
apresentado
o
espectculo
por lda
Rubins-
ein,
parece
dificil
a ingenuidade
de
esperar
algo
de
muito
diverso
do
ballet
russo vilipendiado por
Valrv.
O
critico Andr
Levinson, supreendido
pela
primeira
reaco
ptiblica
de Valry ap6s
a
estreia
de Amphion
tlFui
admiravelmente
compreendido.m).
no
deixou
de
exprimir
a
sua
decepo por
esta
obra,
apresentada
em
companhia
de
dois
ballets
de
Bronislava
Nijinska,
Bolero
(Ravel)
e
La
Princesse Cygne (sobre
os
interldios
do Csar
Saltan.
de
Rimsky-Korsakoff). Alm
de
Iamentar
a
parte
exigua
atribuida
coreografia
de
Massine,
lque
em si
mesma
manifesta
originalidadep,
Lvison
atacou
a
prpria
concepo
da
obra,
as
suas
ambies
de
leatro
total'.
KA
snlese
desejada provo-
cou um
conflito
precrio
entre
os diferentes
modos
de expresso,
tehdo
cada
um
sofrido dos vos
sacrificios
e
restries
arbitraria-
mente
impostos.
As
diferentes
ordens eslavam
to
dispersas,
os
planos
to desconjuntadoy,
as
correlaes
e
correspondncias
eram
to pouco
evidenles, que
a
vista
e o ouvido
eram
constan-
temente distraidos
por uma
parte
que
se destacava
do
conjunto
ou por
detalhes
desordenados,
de
modo que
o
pensamento
n2o
chegava
a
tudo
conglobar.p
Huguette
Laurenti,
ao
fazer
uma sfntese
das
diversas
reac-
es
criticas
a
Amphion.
d
um
bom pancrama
das situaes
em
conflito
no
seio
do
esp,
ectculo:
.0
que
parece
ter
sido
mais
apreciado,
graas
sem
dtivida
ao
efeito produzido,
foram
os grupos
humanos
que
representavam
a
dana
das
pedrasz
.a
entrada
macia
dos
hailarinos
cimentados
cotovelo
contra
cotovelox,
correspondendo
ao
infcio da
grande
fuga,
.as
pirmides
vivas
aliceradas
com
espfrito.
e
.executadas
por belos jovens
nusm.
A
tal
ponto
que
os mais audaciosos
lmen-
taram
que
os bailarinos no tivessem
bastado para constituir
o
cenrio
m6vel
da
Construo.
O
ptiblico
entendia
bem
como o
aspecto inovcdor
da
tcnica
correspondia
aqui
s
necessidades
de
uma
imaginao
visual
libertada.p
73
8/19/2019 Sasportes Dança Mallarme Cocteau Valery
9/10
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coceo-
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ica f
ranaa
mente
ab
ourda:
.rp'cu-'ereEs
ver
a
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Ccls
Iees.
lo-s
tot:rcs
c dos
grifos
dominados
por
um
tnico
hcmern,
Vilzac,
,elo
bailarino
e vcdota
nnasculina
da
compenhia;
vereis
a
entrada
la3
Amaconas
puranclo
pela l inc.
ua,
atravessada
por um
anel. os
lrfncipes prisioneiros
agrilhoados
ao carro
de
Smiramis
viloriosa
iue,
para
alcanar
o
seu
trono
iiuminado
por
crios.
caminhar
iobre
as
cslas
curvadas
das
suas
vftirnas.,
Tendo sido panicularmente
desastrosa, a
prtica
no
serviu
hara
temperar
o
sentido
da
contribuio
terica
de
Valry.
Em
936,
a sua
Phlosophie
de
Ia
Dense d
um
exemplo
de
uma
cris-
alizao
mais
avanada
das
suas
ideias,
mas
as
Iinhas
estrutu-
antes
so
as
mesmas
de
L'Arhe al
/a
Danse.
quinze
anos
antes.
ls
fracassos
e
as impossibilidades,
as
fobias
de
sempre,
Ievaram
linda
mais
Valry
para
o
caminho
da
dana
absoluta.
que saber
'xaltar
como
nenhtim
outro
autor,
mas que
permanece
indefinida
/z
tipo:
fala
do
que seria
a
dana
se,
sobre
/S
la
sua qualidade
de
arqu
lm
palco,
se
deixasse
levar
at
aos
limites
da sua
vocao.
Mas
'
tara
que
esta
exigncia
pudesse
ser
justificada.
e
eventualmenle
atisfeita,
teria
sido
lgico
que
Valry
tivesse
tido
confiana
nos
rtistas
da
dana
que,
por
outras
vias,
procuravam
alingir
novos
iorizontes.
Para
Vatry,
contudo, era
esla
garantia
da
inacessibili-
'ade
do
seu
arqutipo
a conferir
dana
toda
a
sua
beleza.
Se
Jsse
possvel
concretiz-lo,
deixaria
de
interess-lo.
Se
Valry
udesse
ver
hoje
algumas
das
obras
que
mais
se aproximam
do
eu
prograrna,
determinadas
obras de
Balanchine,
Cunningham
u
Robbins,
Valry no
as
saberia apreciar,
no
aceitaria
ver
ali
ma
ilustrao
das
stlas
ideias,
pois
por
detrs
da
fachada
da
sua
losofia
manteve
sempre
uma
sensibilidada
dirigida
para
o
ublime,
conforme
as
suas
razes
simbolistas.
A
primeira
premissa
da
Philisophie
da la
Danse
um
profis-
so
de f
nas
potencialidades
da
dana:
wElltro
imediatamente
nas
minhas ideias, e
digo-vos,
sem
utro
prembulo,
que a
Dana, no
meu
entender, no
se
limha
a
lr
um
exerccio, um
divertimento, uma
arte
ornamental, por
qzes,
um
jogo
de
sociedade; uma
coisa
sria
e, sob
certos
rpectos,
ume
coisa
muito
venervel.
As
pocas
que
compreende-
lm
o corpo
humano,
ou
que. pelo
menos,
recolheram
o
senti-
ento
do
mistrio
dessa organizao,
das
sgas capacidades,
dos
)us
Iimiles,
das
combinaes
de
energia
e
de
sensibilidade
que
Acerf
a,
Cultiva
ra m,
venera
ra
m
a Dana
.>
Segundo
Valry,
a
dana fascina-nos pelo
desafio
que
Iana
aos
nossos
olllos
) a
tcdos
oc
nossos
sentidos,
incapazes
de
fixar
:
cado
instante, cada
imagem
que se
define
um
momento
e
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para
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voltar,
ou
ento
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que
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se
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urna
repetio.
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forma,
e
a
forma
faz
ver
o
instantev.
No
cllcgamos
a
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ter tempo
de saborear
o
instanle
que
nos
maravilhou,
pois
j
t
.'
,
outro
toma
o
seu
lugar.
A
dana
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