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AVENTURA SOCIALFaculdade de Motricidade Humana / UTL
Instituto de Higiene e Medicina Tropical / UNLPromoção da Saúde / Comportamento Social
A Saúde dos Adolescentes Portugueses (4 anos depois)
Relatório Nacional da rede HBSC/ OMS (2003)
SaSaSaSaSaSaSaSaúúúúúúúúdededededededede……………………
A EvoluA EvoluA EvoluA EvoluA EvoluA EvoluA EvoluA Evoluçççççççção do Conceitoão do Conceitoão do Conceitoão do Conceitoão do Conceitoão do Conceitoão do Conceitoão do Conceito
2 Revolu2 Revolu2 Revolu2 Revolu2 Revolu2 Revolu2 Revolu2 Revoluçççççççções Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentaisões Fundamentais……………………
Séc.XVIII:
Primeira
Revolução
da Saúde
Ênfase na Doença
Combate ás grandes Epidemias
Sujeito Passivo/ Influência Externa
Saúde Pública: primeiros fundamentos
Noção Causa/Efeito
Modelo dicotómico Saúde/Doença
Sec XX:
Segunda Revolução da Saúde
A Epidemia
“Comportamental”!!!
Perspectiva Histórica
50%
das mortes
prematuras
que ocorrem
nos países
ocidentais
podem ser
atribuídas ao
Estilo de Vida
“Conjunto de estruturas mediadoras que reflectem as actividades, atitudes e valores sociais”
“Aglomerado de padrões comportamentais,Intimamente relacionados, que dependem dascondições económicas e sociais, da educação, daidade e de muitos outros factores”
OMS
Estilo de Vida???
2
OMS
Estilo de Vida
Principais comportamentos associados à doença:
.Abuso de álcool
.Abuso de tabaco
.Má nutrição
.Falta de exercício
.Comportamento sexual de alto risco
Segunda Revolução da saúde
� Foco na saúde e não na doença
� O comportamento humano como principal causa de morbilidade e mortalidade
““Estado de completo bem estar fEstado de completo bem estar fíísico, mental e social, total, e não sico, mental e social, total, e não
apenas a ausência de doenapenas a ausência de doenççaa””
OMS, 1948OMS, 1948
““Extensão em que o individuo ou grupo Extensão em que o individuo ou grupo éé capaz de realizar as suas capaz de realizar as suas
aspiraaspiraçções e satisfazer as suas necessidades e por outro lado, de ões e satisfazer as suas necessidades e por outro lado, de
modificar ou lidar com o meio que o envolve. A samodificar ou lidar com o meio que o envolve. A saúúde de éé um recurso para um recurso para
a vida e não um objectivo de vidaa vida e não um objectivo de vida””
OMS, 1986OMS, 1986
22ªª RevoluRevoluçção da Saão da Saúúdede…… A SaA Saúúde Positivade Positiva
Saúde Positiva
caracteriza-se pela presença de determinadascaracterísticas em vez de pela ausência deoutras.
� Aumento de longevidade� Aumento de quantidade de vida� Aumento da qualidade de vida
Constructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo MultifactorialConstructo Multifactorial
SaSaúúde Positiva: de Positiva:
Constructo MultifactorialConstructo Multifactorial
Saúde física
Saúde psicológica
Saúde social
Saúde ambiental
Promoção da Saúde
� Saúde processo em vez de um estado
� Intervenção ao nível das pessoas saudáveis de modo a reduzir a probabilidade de virem a adoecer.
Processo de capacitaProcesso de capacitaProcesso de capacitaProcesso de capacitaçççção do indivão do indivão do indivão do indivííííduo, visando duo, visando duo, visando duo, visando o aumento do controlo sobre a sua sao aumento do controlo sobre a sua sao aumento do controlo sobre a sua sao aumento do controlo sobre a sua saúúúúdededede
Carta de Otawa,1986Carta de Otawa,1986Carta de Otawa,1986Carta de Otawa,1986
3
SociaisAmbientaisPolíticos
Intra e interpessoais
Biológicos
Saúde “positiva”bem-estar
DeterminantesDeterminantes
RISCO
PROTECÇÃO
ProcessosProcessos
AMEAÇAS À SAÚDE E BEM ESTAR DOS ADOLESCENTES...
AntesAntes……
Factores de ordem biomédica
AgoraAgora…
Factores comportamentais,contextos (família, pares, escola, comunidade)
e processos, Estilo de vida.
?O Estado da O Estado da ““ ArteArte””::
AVENTURA SOCIAL & SAÚDE1987- 2004
O papel dos números: Conhecer para agir!
� HBSC - Health Behaviour in School-aged Children-Estudo epidemiológico realizado de 4 em 4 anos - amostras nacionais.
� Estudo colaborativo da OMSIniciado em 1982, (35 países actualmente envolvidos)
� Portugal * - 1994 Amesterdão, conferência ISBM 1995 Natanya, membro associado 1998 Viena, membro efectivo2002 PRESENTE ESTUDO
(relatório internacional - 4 Junho 2004)
�* “Aventura Social & Saúde”, FMH/UTL e IHMT /UNL
AVENTURA SOCIAL & SAÚDE1987- 2004
Objectivos:Conhecer os comportamentos e estilos de vida dos adolescentesem idade escolar, nos diferentes contextos das suas vidas.
Estudo de : Investigação/Monitorização
Instrumento:
Questionário HBSC (protocolo internacional)
Enquadramento Conceptual:Perspectiva Sócio-psicológica e Ecológica
AVENTURA SOCIAL & SAÚDE1987- 2004
Matos et al, 2005
SexoFeminino53%
SexoMasculino47%
Distribuição dos sujeitos por sexo
34,9% 37,5%
27,6%
0
5
10
15
20
25
30
35
40
6º ano 8º ano 10º ano
Distribuição dos sujeitos por nível de escolaridade
4,4%6,2%
25,0%24,7%
39,7%
05
1015202530354045
Norte Centro Lisboa/Vale do Tejo Alentejo Algarve
OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:Amostra Nacional Representativa
1998 n= 6903 jovens; 2002 n= 6131 jovens
• Estudo HBSC, 1998, n= 6903;
• Estudo HBSC, 2002, n= 6131
4
OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:Descrição do Questionário 1998-2004
� QUESTÕES CENTRAIS
# Demográficas# Consumos de tabaco e álcool# Hábitos alimentares# Violência # Acidentes# Ambiente na escola# Expectativas futuras# Bem estar e apoio familiar# Sintomas físicos e psicológicos# Imagem pessoal
QUESTÕES OPCIONAIS
� Prática do exercício físico/desporto
� Consumo de drogas� Crenças e atitudes face a
indivíduos portadores do VIH/SIDA� Comportamento sexual� Relações com os pares� Lazer� Doença crónica / deficiência
Riscona
Adolescência
Consumo de Aditivos
Violência
Suicídio Acidentes
Desordens Alimentares
Gravidez na Adolescência
DST’s
Dificuldades de Relacionamento
SedentarismoObesidade
Depressão
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
“ Há diferenças….”
� A) Idade ?
� B) Género ?
� C) De 1998 até 2002 ?
� D) Região do país ?
� E) Nacionalidade ?
� F) Estatuto Sócio Económico
OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:OS ADOLESCENTES PORTUGUESES:Comparações Fundamentais
Factores ligados ao Risco
IdadeÀ medida que a idade
aumenta (dos 11 para os 16 anos) perdem-se indicadores de saúde
OS ADOLESCENTES PORTUGUESESA) IDADE
Quando se se éé mais novomais novo...(11 anos)
Contente com o corpo
Feliz
Apoio dos pais Apoio dosProfessores
Menos consumos ( álcool, tabaco, drogas)
Confiante
Gostada escola
Estes indicadores perdemEstes indicadores perdem--se se nos mais velhos (16 anos)( quinos mais velhos (16 anos)( qui--quadrado,p<.05)quadrado,p<.05)
Mais actividade física
OS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC 1998-2002 / Portugal, in Matos et al, 2000, 2003)
Factores ligados ao Risco
mas… quando se perdem indicadores de saúde, não se perdem da mesma maneira nos rapazes e nas raparigas
OS ADOLESCENTES PORTUGUESESB) Género
5
Os comportamentos de risco e de protecção diferem nos rapazes e nas raparigas:
� Nos rapazes há maior tendência para externalização(violência, acidentes, consumos)
� Nas raparigas há maior tendência para internalização (perturbações da imagem do corpo, perturbações alimentares, sintomas físicos e psicológicos)
OS ADOLESCENTES PORTUGUESES(HBSC 1998-2002 / Portugal, in Matos et al, 2000, 2003)
Quando se é rapariga...
Mais descontente com o corpo
Gosta maisda escola
Quer mais prosseguir estudos
Menos consumos ( álcool, tabaco, drogas)
Mais queixas psicológicase somáticas
OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES
Menos Menos
actividadeactividade
ffíísicasica
Quando se érapaz...
Mais contente com o corpo
Gosta menos da escola
Mais feliz e confiante
Mais consumos ( álcool, tabaco, drogas)
Maior percepção de ser saudável
Mais fácil fazer amigos
Mais participação em provocações
OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESES
Mais actividadeMais actividade
ffíísicasica
Que reflexão?Necessidade de abordagens diferenciadas não só em relação á idade como também ao género
Procuram agir e divertir-se
Falam sobreos problemas
Intervir o mais cedo possIntervir o mais cedo possíível: no 6vel: no 6ºº ano hano háá menos menos
comportamentos discriminatcomportamentos discriminatóórios de grios de géénero e estatutonero e estatuto
C) Estudo HBSC em Portugal: 1998 a 2002...C) Estudo HBSC em Portugal: 1998 a 2002...EvoluEvoluçção Negativaão Negativa
Alimentação menos
saudável
Menos Actividade
física
Mais Consumos
Mais Violência
OS ADOLESCENTES PORTUGUESES
1998 / 2002: Evolução negativa
� Diferenças entre géneros atenuam-se
pela adopção de mais risco
( ex. raparigas fumam mais, rapazes mais sedentários )
OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESESC) C) EstudoEstudo HBSC HBSC emem Portugal: 1998 a 2002...Portugal: 1998 a 2002...
6
Portugal e restantes 34 países
(2002)
Gostam mais da escola (“top” 25%)
Comem mais fruta (“top” 25%)
Acham os colegas simpáticos e
prestáveis (“top”25%)
Professores acham-nos
menos capazes (“top” 25%)
Tomam mais vezes o pequeno almoço (“top” 25%)
Sentem-se pressionados com os TPC (“top” 25%)
OS ADOLESCENTES PORTUGUESESOS ADOLESCENTES PORTUGUESESD) NacionalidadeD) Nacionalidade
Actividade física
basquetebol
ciclismo
natação
ginástica
futebol
Algum desporto
Pratica desportiva
nº de dias semana
Pratica de exercício
na última semana
Pratica de Actividade física
16151311RaparigaRapaz
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
�Actividades de lazer mais frequentes
�Ouvir música 97.6% (raparigas, mais velhos)�Jogar cartas, vídeo, computador 95.4% (rapazes)� Conversar com os amigos 95.2% (raparigas, mais velhos)
�Estar com os amigos 94.7% �Ver televisão 94.4%�Ir à praia 94.2%�Dormir 93.3%
� Actividades menos frequentes -
- Actividades tipo arte e expressão, - Actividades associativas, - Trabalho de solidariedade social
Que modelos sociais?Não há grande
envolvimento pessoal, cidadania…
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
93.3% dormem no tempo livre…
“O Amanhã foi cancelado por falta de interesse”
Tempo livre Tempo livre
não estruturadonão estruturado……
Riscos???
Consumo Passivo
Monotonia
Inactividade
Isolamento
Individualismo
Falta de contactos e relações pessoais
Falta de competências para projectos autónomos e activos
Uma oportunidade deUma oportunidade de
intervenintervençção?!ão?!
Vantagens!
Ocupação Positiva do tempo livre
Promoção da actividade Física, como fonte de prevenção de comportamentos desviantes
Carácter voluntário e autónomo
Psicologia da Saúde: Actividade Física
7
Preditores
Género
Adolescentes portugueses: preditores da AFAdolescentes portugueses: preditores da AF( apenas 10º ano, n= 1581 - , estudo 2002, idade 16, Regressão múltipla
Actividade
física
(mais)
R2=.69
Beber álcool
Experimentar tabaco
Experimentar haxixe
Ter tido Lesões
Envolver-se em Provocações
Faço AF com os meus pais
Faço AF com os meus amigos
Os meus pais gostam AF
Os meus amigos gostam AF
Eu gosto muito AF
Faço AF desde pequeno
Tenho jeito para AF
Ser fácil ir fazer AF
Ser seguro fazer AF
Ser caro fazer AF
Estou com os amigos
Passar tempo
Sentir bem fazer AF
Não engordar se fizer AF
Actividade fActividade fíísica como factor de sica como factor de distindistinçção entre grupos de ão entre grupos de
indivindivííduos com comportamentos duos com comportamentos saudsaudááveis e não saudveis e não saudááveisveis
Bourdeaudhuij & Oost,1999
Actividade Física: Factores ligado ao Risco e/ou Protecção
Como “pensar globalmente mas agir localmente”?
� Como intervir com relevância “perto” dos jovens, � de modo adequado às características e
necessidades de diferentes grupos de jovens � às práticas locais específicas, � de modo à mensagem adquirir significado no
quotidiano?� e se tornar credível/ acessível/ pertinente ?
Acessibilidade?
maus exemplos…
Bons exemplosBons exemplos……
Recomendações para a promoção AF:
• Medidas da actividade física (moderada)
• Perspectiva desenvolvimentista (idades, tarefas)
• Diferenças de género
• Tipos de AF ( grupo, individual, informal, formal)
• Perspectiva ecológica - (acessibilidade - espaços para prática)
• Apoio social ( ter companhia….)
• Hábito anterior ( criar rotinas o mais cedo possível)
• Ajustado (ao nível, idade e género e passo a passo…)
• Partir de onde se está (pré-contemplativo, contemplativo, activo)
• GOSTAR… DIVERTIR-SE… SER CAPAZ...
Ajudar os jovens a escolher e manter
estilos de vida saudáveis e activos :
� Os estilos de vida saudáveis e activos estão na “moda”?, dão prestígio entre pares?
���� Os jovens têm acesso a estilos de vida saudáveis e activos?
Fundamental:Fundamental: Sentimento de competência, Sentimento de competência,
acessibilidade facessibilidade fáácil, socialmente valorizada e cil, socialmente valorizada e
duradouraduradoura
Psicologia da Saúde: Actividade Física
. Ir al. Ir aléém da Informam da Informaççãoão
.Investir na autonomia e na competência (Empowerment, Advocacy).Investir na autonomia e na competência (Empowerment, Advocacy)
.Inclusão dos indivíduos no processo de decisão sobre as características da sua prática
.Adaptação de rotinas flexíveis (integráveis no quotidiano)
.Estabelecimento de objectivos realistas
.Não enfatizar aspectos competitivos
.Feed back relativo á realização e correcção
.Incluir aspectos do universo relacional relevantes
.Cultivar relações pessoais
.Utilização de pequenos grupos
Explorar limites!!!ACSM (1991)
Psicologia da Saúde: Actividade Física
8
“Quando uma rapariga pratica desporto com gosto, é logo Maria Rapaz e os rapazes quando jogam dizem logo “escolhe a Rute que é Maria Rapaz”
“Quando não havia aulas de educação física na escola as raparigas ficavam todas satisfeitas e iam para a escadas conversar, enquanto que os rapazes iam jogar futebol “
“As raparigas preocupam-se mais com o corpo, mas mesmo assim os rapazes praticam mais desporto; As raparigas só se preocupam nas vésperas do verão”
“Eu quando havia aulas de educação física estava sempre doente”
“Ginástica não…tomas comprimidos, pões creme para a celulite... já os rapazes fazem desporto todo o ano, jogam à bola”
“As raparigas com músculos ficam feias”
O que O que ““escondemescondem”” os nos núúmeros: Grupos Focaismeros: Grupos Focais
Alimentação/Imagem do Corpo
Fruta
Doces/ Chocolates
Hambúrgueres/ Cachorros quentes/ Salsichas
Colas/refrigerantes
Leite
Vegetais
16151311raparigarapaz
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses de dos Adolescentes Portugueses
�� Proibir ou limitar o acessoProibir ou limitar o acesso
(pouco eficazes se tomadas como medidas isoladas)
�� Assustar, exagerar, dramatizar, Assustar, exagerar, dramatizar,
�� LimitarLimitar--se se àà informainformaçção ou ão ou àà mensagem moralizantemensagem moralizante, têm efeitos prejudiciais.
A repensar…
Promoção de competências pessoais e sociais/intervenção nos contextos
•Ajudar os adolescentes a serem capazes de tomar decisões e de as manter?
•Ajudar os adolescentes a focarem-se em prioridades?
•Ajudar os adolescentes a assumirem a responsabilidade pelas suas vidas?
O que podemos fazer?
9
�� Envolver no processo os cenEnvolver no processo os cenááriosrios (local onde se cozinham e (local onde se cozinham e consomem alimentos)consomem alimentos) e os actorese os actores (quem disponibiliza e quem (quem disponibiliza e quem acompanha as refeiacompanha as refeiçções)ões).
�� Gerar acessibilidadeGerar acessibilidade (locais de consumo de alimentos saud(locais de consumo de alimentos saudááveis)veis)
e criar e criar competências alternativascompetências alternativas (auto(auto--monitorizamonitorizaççãoão””, , ““autoauto--controlocontrolo””, , ““ afirmaafirmaçção positiva de sião positiva de si”” ) ) ,em lugar de se centrar apenas na redução do comportamento “problema” e na pessoa com excesso de peso
�� Promover a procura de prazer e de bemPromover a procura de prazer e de bem--estar na saestar na saúúdede
Traduzir estes Conhecimentosem boas práticas….
Conhecer hábitos alimentaresPromover alimentação saudável
Prevenir obesidadePrevenir perturbações alimentaresPromover o gosto pelo seu corpo
Promover o gosto, a escolha e o acesso a uma alimentação saudável
Imagem Corporal
Género
35,5%
56,5%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim
RapazRapariga
Idade
36,0%
53,3%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
Sim
11 anos+ 16 anos
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
Imagem do Corpo – Alterar Corpo
Aparência Física
≠
Imagem Corporal
Componente subjectiva
Percepção Individual
Sexo Feminino
� Tendências para sobre-reportar imagem
� Consequências� Mais dietas desnecessárias e mais nutrição pobre� Mais peso psicológico excessivo� Mais desordens alimentares
� Sobretudo em extractos sócio-económicos e culturais elevados
Imagem Corporal
10
O que é para as mulheres o excesso de peso?
Crawford, IJO 1999 (IMC, 22,7 kg/m2)
IMC(kg/m2)
Idade
Imagem Corporal
Sexo Masculino
Imagem Corporal
� Muitos homens sub-reportam
� Consequências� Prevenção ou tratamentos adiados� Obesidade abdominal de risco acrescido� Menor carga psicológica
� Sobretudo na idade mais avançada e extracto sócio-económico-cultural mais baixos
O que é para os homens o excesso de peso?
Crawford, IJO 1999 (IMC, 22,7 kg/m2)
IMC(kg/m2)
Idade
Imagem Corporal
ConsumosConsumos
A)ÁlcoolB)Tabaco C)Drogas
Que Expectativas?
-Ganhos “secundários”-Menor limitação cognitiva e comportamental
-Mais relaxamento
-Redução de tensão e de “stress”
-Facilidade / desinibição social e sexual
-Efeito Anti depressivo
Wills, Sandy, Yearger, Cleary & Shinar, 2001
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
Consumo de álcool
cerveja
vinho
16 anos
11
anos
RaparigaRapaz
Bebidas espirituosas
11
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
De 1998 para 2002
+ 16 anos
11 anos
RaparigaRapaz
Embriaguez
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
Tabaco
Experimentaram
Fumam todos os dias
16 anos
11
anos
RaparigaRapaz
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
De 1998 para 2002
+ 16 anos
11 anos
RaparigaRapaz
Experimentar tabaco
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
Consumiram no último ano
Consumo de droga
Haxixe /Erva
estimulantes
16
anos
11 anos
RaparigaRapaz
Ecstasy
De 1998 para 2002
+ 16 anos
11 anos
RaparigaRapaz
Consumo de droga
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
.Necessidade de acção
-Elevada prevalência de consumo excessivo
-Morbilidade e mortalidade associadas
-Forte correlação com outros comportamentos de risco
-Elevados custos de saúde, sociais e económicos
12
. Intervenção: Aconselhamento
• Recomendar a mudança em função das necessidades de saúde. Personalizar os riscos do consumo
• Avaliar a motivação. Quer mudar a situação? Porquê?
• Avaliar experiências prévias de alteração comportamental. Tentativas anteriores?
• Identificar/comentar obstáculos/ barreiras: Padrão de consumo (quando, onde, como, circunstâncias)
• Falar sobre recursos. O que é possível fazer
• Desenvolver uma “Estratégia de Mudança”
Intervenção: Estratégias de MudançaA premissa fundamental para conseguir resultados
satisfatórios prende-se com a vontade de o utente para
mudar, adoptando um papel activo
• Negociar objectivos de comportamento
• Estabelecer calendário de acções
• Rever estratégias de mudança
• Fornecer material de apoio
• Avaliar necessidade de envolver outros recursos
(outros técnicos, centros etc.)
Intervenção (US Public Health Service Report, 2000)
Processo Motivacional: Reflexão ao nível de 4 áreas
•Relevância pessoal dos benefícios de deixar o consumo
•Riscos específicos: Tanto agudos como a longo prazo, tanto para o próprio como para outros
•Recompensas :Tanto agudas como a longo prazo, tanto para o próprio como para outros
•Métodos para enfrentar obstáculos (ex: aumento de peso, Síndroma de abstinência)
Violência
Lesões (último ano)
13 15
Envolvimento em lutas (último ano)
Armas (último mês)
Lutas e lesões
1611RaparigaRapaz
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
13 15
Provocaram (últimos dois meses)
Agressores
Foram provocados (últimos dois meses)Vítimas
Comportamentos de provocação
1611RaparigaRapaz
A evidência epidemiolA evidência epidemiolóógica:gica:A SaA Saúúde dos Adolescentes Portugueses *de dos Adolescentes Portugueses *
* Matos, M. et al (2003) A Saúde dos Adolescentes Portugueses: 4 anos depois. Lisboa : FCT, F MH, IHMT
13
Violência
Violência física
Agressão
Luta
Pontapés
Dano de pertences
Extorsão
Violência Verbal
Frases desagradáveis
Calúnia
Insulto
Violência Psicológica
Ameaças
Arrelias
Implicações
Exclusão ou ostracismo
Assédio/ Abuso sexual
Violência“Bullying”: Provocação / Intimidação
Continuo molestar (físico ou psicológico) de um elementos mais vulnerável por parte de um mais forte.
A) Desequilíbrio de poder entre o agressor e a vítima
Individualmente ou em grupo
Violência“Bullying”: Provocação / Intimidação
Continuo molestar (físico ou psicológico) de um elementos mais vulnerável por parte de um mais forte.
B) Carácter intencional
(causar danos)
C) Carácter contínuo, repetido, sistemático
Comportamento Sexual de risco
Jovens que já tiveram relações sexuais(n = 3634, 8º e 10º ano- idade média 15anos)
Jovens que já tiveram relações sexuais (n = 3634)
sim não
23.7% 76.3%
sim não
rapaz 33.3%* 66.7%*
rapariga 15%* 85%*
* (χ² = 167.28, g. l. = 1, p<.001). n=3634
sim não
13 anos 11.3%* 88.7%*
15 anos 21.8%* 78.2%*
16+ anos 38.6%* 61.4%*
* (χ² = 212.54, g. l. = 2, p<.001). n=3634
Comparação entre géneros Comparação entre idades
Matos et al, 2005
Relações sexuais associadas a consumode álcool ou drogas (n = 838)
Relações sexuais associadas a consumo de álcool ou drogas (n = 838)
sim não
12.1% 87.9%
Comparação entre géneros
sim não
rapaz 15.3%* 84.7%*
rapariga 5.7%* 94.3%*
* (χ² =16.12, g. l. = 1, p<.001) n=838
Comparação entre idades
sim não
13 anos 15% 85%
15 anos 10.5% 89.5%
+ 16 anos 12.7% 87.3%
χ² =1.80, g. l. = 2, p=.406)n=838 (n.s.)
Matos et al, 2005
14
Uso do preservativo na última relação(jovens que já tiveram relações sexuais n=860)
Uso preservativo na última relaçãon= 860
utilizaram não utilizaram
70.1% 29.9%
Comparação entre géneros
utilizaram não utilizaram
rapaz 69.7% 30.3%
rapariga 71.1% 28.9%
(χ² =.181, g. l. = 1, p=.671) n=860 (n.s.)
Comparação entre idades
utilizaram não utilizaram
13 anos 59.8%* 40.2%*
15 anos 71.9% 28.1%
+ 16 anos
71.4% 28.6%
(χ² =6.535, g. l. = 2, p<.05) n=860
Matos et al, 2005
“ É lamentável construirmos sozinhos a nossa sexualidade, e ainda por cima termos de a esconder aos nossos pais, os pais precisam de ser ajudados a aceitar a sexualidade dos filhos”
“Não interessa proibirem-nos as relações sexuais e pretenderem mostrar-nos o caminho certo. Esse caminho não existe”
“ Quando o tema é discutido em casa, fica um ambiente confrangedor que acaba por intimidar, mais do que esclarecer ou partilhar”
“ Sabemos “tudo” sobre sexo e contracepção, falem-nos das emoções e de incertezas“
Para alPara aléém dos nm dos núúmeros (grupos focais)meros (grupos focais)
Sexualidade na Adolescência
(eles e elas):
� Diferentes estratégias de lidar com problemas
� Diferentes estratégias de comunicação
� Diferentes modos de viver as emoções
Comportamento Sexual de Risco
Eficácia das Intervenções:
.Construir crenças e competências que promovam práticas sexuais seguras
.Desenvolver capacidades de comunicação acerca dos aspectos sexuais
.Intervir nas normas de influência social de modo a que o grupo de pares se influencie mutuamente em termos de comportamentos de saúde
.Introduzir componentes que optimizem a utilização do preservativo de modo consistente
COMO TRADUZIR ESTES DADOS
EM CONHECIMENTOS ?
E ESTES CONHECIMENTOS
EM BOAS PRÁTICAS ?
Educação para o género - necessidades na saúde
15
Crescer com saúde e segurança Como Como ““viver a vidaviver a vida”” com maior segurancom maior segurançça ?a ?
• Evitar contacto com TODOS OS RISCOS ? PROIBIR, EVITAR todos os CONTACTOS ?
• Conviver com o risco com a MAIOR SEGURANÇA ?
PROTEGER, PROMOVER COMPETÊNCIASe ALTERNATIVAS ?
“A saA saúúde dos valores mde dos valores méédios individualizados e dios individualizados e culturalmente relevantesculturalmente relevantes” TobalTobal (2004)(2004)
Nutrição - (negligência e obsessão)
Actividade física - (sedentarismo e obsessão)
Relações interpessoais - (isolamento e dependência)
Participação social - (desinteresse e fundamentalismo)
Realização laboral e escolar - (desinteresse e obsessão)(…)
Competência Social
Défice de
Competências
Sociais
Desajustamento Escolar
Desajustamento Familiar
Consumo de Substâncias
Comportamentos de risco sexual
Delinquência
Competência Social: Promoção!
“…Promover o desenvolvimento de capacidades pessoais e relacionais, permitindo a cada indivíduo reflectir sobre o modo de se relacionar com os
outros, encontrando alternativas adequadas á situação”
Matos, M. et al, 1990
Como? Programa de promoComo? Programa de promoComo? Programa de promoComo? Programa de promoçççção de Competências Sociais:ão de Competências Sociais:ão de Competências Sociais:ão de Competências Sociais:
.Comunicação interpessoal
.Identificação e gestão de emoções
.Resolução de Problemas
.Gestão de Conflitos
.Competências Sociais/Pessoais
.Treino de Assertividade.Treino de Assertividade
Planos para o futuro
““Aventura SocialAventura Social”” -- Programa de promoPrograma de promoçção de ão de competências pessoais e sociais:competências pessoais e sociais:
• Identificar problemas / informar-se / debater temas
• Pensar soluções, gerir emoções (tomar decisões)
• Agir (não agir ou adiar a acção), comunicar,afirmar-se positivamente.
• Projecto de vida ( ter e ter acesso)
(Matos et al., 1987 a 2005)
Competência Social
16
A saúde é a capacidade de cada homem, mulher ou criança, para criar e lutar pelo
seu projecto de vida, pessoal ou original em direcção ao bem estar
Cristoph Djours
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