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Sa úde Caderno F MANAUS, DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017 e bem- estar Personal é importante no treino? Páginas 4 e 5 FOTOS: DIVULGACÃO Especialista alerta: esse assunto, muitas vezes tratado de maneira tão superficial, se encarado da forma correta, pode trazer muitos benefícios à saúde Nutrição, poluição e detoxificação A cabou o Carnaval, mas talvez as consequên- cias dos exageros da época ainda perma- neçam no nosso organismo. E, por isso, não vai ser difícil encontrar receitas milagrosas para fazer uma detoxificação do corpo, o chamado “detox”, que vem ganhando cada vez mais popularidade. No entan- to, por conta de cada indivíduo ser único e cada organismo funcionar de uma maneira di- ferente, é preciso tomar cuida- do com essas dicas infalíveis, como explica o nutricionista Gabriel de Carvalho. O detox ganhou bastante atenção desde o ano passado, e esse ano promete não ser diferente. O assunto, entre- tanto, é tão antigo quanto a existência de células vivas. “Comecei a abordar esse tema em 2009. Enfim, da mesma forma que em nossas casas, mesmo o mais simples orga- nismo vivo necessita livrar-se do ‘lixo’ produzido dentro ou fora do nosso corpo, e é o mes- mo com as nossas células”, destaca o profissional. Carvalho diz que alguns passos são necessários, bem como gasto de energia, para que completemos esta tare- fa com sucesso. Eliminando poluentes O “lixo”, observa Gabriel de Carvalho, vem de várias fontes: agrotóxicos, plásticos usados nas embalagens, ma- teriais provenientes do vestu- ário, acessórios, maquiagens, perfumes e cosméticos, uten- sílios de cozinha, poluentes que chegam pelo ar que res- piramos ou pela água que bebemos, e ainda o que é produzido em nossas próprias células nas reações quími- cas essenciais à vida. “Por isso, o tempo todo estamos em contato com ‘poluentes’, também chamadas toxinas, e para que a eliminação destas toxinas [a detoxificação] seja feita, nossa célula necessita de vários nutrientes, além do consumo de energia”. Carvalho cita alguns dos nutrientes necessários para que este processo ocorra: ferro, zinco, cobre, molibdê- nio, manganês, selênio e as vitaminas A, B2, B6, B9, B12 e fosfatidilcolina. “Além de to- dos estes, necessários para a função natural das reações, diversos outros elementos podem acelerar ou frear a velocidade com que estas acontecem”, esclarece. Mas o que acontece caso não consumamos estes nu- trientes em quantidade su- ficiente? O nutricionista Ga- briel de Carvalho explica que as reações ficam prejudica- das e começam a funcionar de forma mais lenta. “O que leva ao acúmulo deste ‘lixo tóxico’ dentro de nosso or- ganismo. Há ainda o detalhe de que quanto mais gordura temos no corpo, mais temos espaço para acumularmos os poluentes, e quando ema- grecermos, eles voltarão à circulação”, aponta. Acúmulo tóxico Os estudos em seres hu- manos mostram claramente os malefícios deste acúmulo tóxico. Além disso, Gabriel Carvalho lembra, ainda, que a habilidade com que cada um de nós lida com estas to- xinas é absolutamente indivi- dual, determinada pelos genes que carregamos. Desta forma, nossa dieta também precisa ser individualizada. MELLANIE HASIMOTO Equipe EM TEMPO

Saúde - 22 de fevereiro de 2015

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Saúde - Caderno de saúde e bem estar do jornal Amazonas EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

e bem-estar Personal é importante no treino?

Páginas 4 e 5

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Especialista alerta: esse assunto, muitas vezes tratado de maneira tão superfi cial, se encarado da

forma correta, pode trazer muitos benefícios à saúde

Nutrição, poluição e

detoxifi cação

Acabou o Carnaval, mas talvez as consequên-cias dos exageros da época ainda perma-

neçam no nosso organismo. E, por isso, não vai ser difícil encontrar receitas milagrosas para fazer uma detoxifi cação do corpo, o chamado “detox”, que vem ganhando cada vez mais popularidade. No entan-to, por conta de cada indivíduo ser único e cada organismo funcionar de uma maneira di-ferente, é preciso tomar cuida-do com essas dicas infalíveis, como explica o nutricionista Gabriel de Carvalho.

O detox ganhou bastante atenção desde o ano passado, e esse ano promete não ser diferente. O assunto, entre-tanto, é tão antigo quanto a existência de células vivas. “Comecei a abordar esse tema em 2009. Enfi m, da mesma forma que em nossas casas, mesmo o mais simples orga-nismo vivo necessita livrar-se do ‘lixo’ produzido dentro ou fora do nosso corpo, e é o mes-mo com as nossas células”, destaca o profi ssional.

Carvalho diz que alguns passos são necessários, bem como gasto de energia, para que completemos esta tare-fa com sucesso.

Eliminando poluentesO “lixo”, observa Gabriel

de Carvalho, vem de várias fontes: agrotóxicos, plásticos usados nas embalagens, ma-teriais provenientes do vestu-ário, acessórios, maquiagens, perfumes e cosméticos, uten-sílios de cozinha, poluentes que chegam pelo ar que res-piramos ou pela água que bebemos, e ainda o que é produzido em nossas próprias células nas reações quími-cas essenciais à vida. “Por isso, o tempo todo estamos em contato com ‘poluentes’, também chamadas toxinas, e para que a eliminação destas toxinas [a detoxifi cação] seja feita, nossa célula necessita de vários nutrientes, além do consumo de energia”.

Carvalho cita alguns dos nutrientes necessários para que este processo ocorra: ferro, zinco, cobre, molibdê-nio, manganês, selênio e as vitaminas A, B2, B6, B9, B12 e fosfatidilcolina. “Além de to-dos estes, necessários para a função natural das reações, diversos outros elementos podem acelerar ou frear a velocidade com que estas acontecem”, esclarece.

Mas o que acontece caso não consumamos estes nu-trientes em quantidade su-fi ciente? O nutricionista Ga-briel de Carvalho explica que as reações fi cam prejudica-das e começam a funcionar de forma mais lenta. “O que leva ao acúmulo deste ‘lixo tóxico’ dentro de nosso or-ganismo. Há ainda o detalhe de que quanto mais gordura temos no corpo, mais temos espaço para acumularmos os poluentes, e quando ema-grecermos, eles voltarão à circulação”, aponta.

Acúmulo tóxicoOs estudos em seres hu-

manos mostram claramente os malefícios deste acúmulo tóxico. Além disso, Gabriel Carvalho lembra, ainda, que a habilidade com que cada um de nós lida com estas to-xinas é absolutamente indivi-dual, determinada pelos genes que carregamos. Desta forma, nossa dieta também precisa ser individualizada.

MELLANIE HASIMOTOEquipe EM TEMPO

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015F2 Saúde e bem-estar

EditoraVera [email protected]

RepórterMellanie Hasimoto

Expediente

www.emtempo.com.br

DICAS DE SAÚDE

É um óleo excelente, cuja propriedade principal é seu poderosíssimo efeito anti-infl amatório. Além do efeito anti-infl amatório, outras propriedades da copaíba incluem a ação anti-séptica, antifúngica, hipotensora, diurética, an-timicrobiana, relaxante muscular, cicatrizante, desinfetante, antibacteriana, expectorante, anticancerígena, adstringen-te, antibiótica, emoliente, energizante, cicatrizante do couro cabeludo, estimulante. O óleo de copaíba apresenta ainda grande quantidade de propriedades regeneradoras, nutri-tivas, curativas, tônicas e lubrifi cantes. O óleo de cobaíba varia em qualidade conforme a região de extração. O óleo proveniente da Amazônia é o mais efi ciente.

Inúmeras propriedades do poderoso óleo de copaíba

A lentilha tem boa quantidade de carboidratos comple-xos que mantêm o nível de glicose baixo, não deixando que virem logo gordura. Além disso, possuem mais proteína que o feijão. Também têm muita fi bra, o que auxilia a diminuir a glicemia e o colesterol. O grão também pos-sui micronutrientes, que são as vitaminas e os minerais e ferro, que ajuda a controlar a anemia, cobre, que dá muita energia às células, o selênio, que ajuda na saúde da tireoide, e um trio muito especial, que é a vitamina B6, o magnésio e o triptofano. Eles ajudam a formar a serotonina, um neurotransmissor da calma e prazer.

Lentilha, uma grande aliada do seu prazer

RevisãoDernando MonteiroJoão Alves

DiagramaçãoAdyel Vieira

Cuidados com a saúde no Talmud

João Bosco [email protected] / www.historiadamedicina.med.br

João Bosco Botelho

Humberto Figliuolohfi [email protected]

Humberto Figliuolo

A partir da destruição do Templo de Salomão pelos ro-manos, no século 1, é difícil falar em medici-na hebraica bíblica pura”

João Bosco Botelho

Membro Emérito do Colégio Brasileiro

de Cirurgiões

Doenças pulmonares

Humberto Figliuolo

farmacêutico

As doenças pulmonares crônicas apresentam como prin-cipais sinto-mas tosse, chiado no peito, indis-posição e falta de ar”

As doenças respiratórias crônicas são responsáveis por quatro mi-lhões de mortes todos os anos no mundo. Pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) revela que 300 milhões de pessoas, entre crianças e idosos, sofrem de asma e 210 milhões de Doença Pulmo-nar Obstrutiva Crônica (DPCO), que foi apontada como a 6ª causa de mortalidade no mundo e a 5ª no Brasil. Estima-se que até 2030 essa doença seja a quarta causa de mortes. As doenças pulmonares crônicas apresentam como prin-cipais sintomas tosse, chiado no peito, indisposição, falta de ar e limitação gradual aos exercícios. Somente no Brasil, 15 milhões de pessoas são afetadas por asma e cinco milhões apresentam DPOC. Doenças crônicas como essas aco-metem principalmente as vias aére-as, brônquios e pulmão e podem ter diferentes origens. Entre os pacien-tes com DPOC, por exemplo, cerca de 90% são fumantes, ex-fumantes ou trabalham em ambientes com pó ou gases tóxicos. No caso da asma, a origem pode ser genética ou desencadeada por um agravante alérgico, infecção respiratória viral, variações climáticas e outros.

A progressão dessas doenças crônicas está diretamente relacio-nada à difi culdade de diagnóstico preciso e precoce que defi ne o

tratamento mais efetivo para cada tipo de enfermidade ainda há mi-tos equivocados e dúvidas sobre a asma, bronquite e a DPOC. As três patologias têm convergências nos sintomas, nas causas e nos riscos oferecidos aos pacientes.

Asma, doença caracterizada pela infl amação crônica das vias respiratórias, desencadeada por alérgenos. Ela determina o seu estreitamento, causando difi cul-dades respiratórias, e geralmente tem início na infância.

Apresenta tosse seca, principal-mente à noite, chiado no peito, respiração mais rápida, falta de ar, cansaço físico, sensação de aperto ou dor no peito.

O foco do tratamento e a redução da exposição dos fatores desenca-deantes para manter a asma sobre controle e evitar crises. Na terapia está recomendado o uso de anti-infl amatórios inalados associados ou não aos bronco dilatadores.

Traque bronquite, infl amação dos brônquios, causados geralmente por uma infecção viral bacteriana ou reação alérgica a substancias como fumo, pó produtos químicos entre outros.

Apresenta tosse barulhenta com catarro, respiração difícil e rápida, chiado no peito e febre.

Alguns profi ssionais da saúde re-comendam antibióticos, anti-infl a-

matórios sistêmicos e medicamen-tos para aliviar ou reduzir a tosse, tratando as vias aéreas infl amadas e também a febre.

Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), normalmente subdiagnosticada, ocorre quando há redução na capacidade respi-ratória provocada pela inalação de fumaça, especialmente do cigarro. A bronquite crônica e o enfi sema são duas formas de DPOC. O fator principal de agravamento são as crises que provocam internações e aumento da mortalidade.

Apresentam sintomas de fal-ta de ar, limitação gradual às atividades físicas, produção ex-cessiva de catarro, tosse crônica, fraqueza no funcionamento do coração, com o aparecimento de inchaço nos pés e nas pernas.

A principal abordagem é a inter-rupção do tabagismo. As terapias medicamentosas são formadas principalmente no alivio dos sin-tomas, com o uso de bronco di-latador. Nos pacientes que apre-sentam crises frequentes está indicado o uso de anti-infl ama-tórios, como os corticoides e/ou outros produtos inibidores.

É importante sempre procurar um profi ssional de saúde especializado para defi nição de cada uma delas, seus sintomas e tratamentos dis-poníveis atualmente.

Os primeiros hebreus (palavra oriunda do termo hebraico Éber, signifi cando “descendentes do pa-triarca bíblico Éber”) foram um povo semítico do Oriente Médio. Essa compreensão foi utilizada pelo po-der romano ao referir os judeus: grupo étnico e religioso de ascen-dência hebraica. É possível que, an-teriormente, os hebreus chamavam a si mesmos de israelitas, embora esse termo tenha caído em desuso após a segunda metade do século 10 a.C. Os hebreus falavam uma língua semítica da família Cananéia, à qual se referiam pelo nome de “língua de Canaã”, citada por Isaías 19:18.

Esse povo, de pouca importância político-militar se comparado aos vizinhos maiores e tecnologicamen-te avançados, compôs o Pentateuco, livro sagrada dos monoteísmos.

A partir da destruição do Templo de Salomão pelos romanos, no sé-culo 1, é difícil falar em medicina hebraica bíblica pura, mesmo com todos os cuidados tomados pe-los lideres religiosos e políticos na preservação da tradição. O povo de Israel começou, pela segunda vez, a longa viagem em direção de diferentes terras e a gradativa absorção da cultura desses povos. Esse fato contribuiu para a organi-zação do Talmud e o consequente fortalecimento da herança cultural

do povo hebreu acumulada durante milhares de anos.

Desse modo, a valorização da cultura dos sábios era praticada como meio de melhor educação dos fi lhos. Nesse período, com os rabinos sendo os mais letrados e absolutos conhecedores da tradi-ção, a prática médica dominante, nas comunidades hebraicas, fi cou conhecida na historiografi a como medicina talmúdica.

A palavra hebraica talmud signi-fi ca “acostumar-se, aprender”. Pos-teriormente, o sentido se estendeu como “estudo, instrução, ciência”, em particular a ciência da Torah. De modo adicional, também para caracterizar o “halakot” ou direito consuetudinário, a parte da Torah ligado à tradição oral e à jurispru-dência. Esse extraordinário livro, o Talmud, foi escrito em hebraico, aramaico, grego e latim . Divide-se em seis partes: Zeraim, agricultu-ra; Moed, festas, laser, solenidade e jejum; Nashim, leis do noivado, casamento divórcio; Nezikim. pre-juízos, indenizações e jurisprudên-cia civil e penal; Kodashim, abate dos animais e sacrifícios; Toharoth, regras para a purifi cação.

No conjunto, são abundantes os ensinamentos práticos e coeren-tes das regras sociais, baseados no conhecimento historicamente

acumulado, capazes de organizar as comunidades nos seus aspectos básicos da sobrevivência, inclusive o modo de conduzir o parto.

Existem dois Talmuds, frutos dos diferentes interesses que moviam as populações judias, na Babilônia e na Palestina, ambos escritos em torno do século 6 d. C. - Talmud da Babilônia (Talmud Bauil), con-tém ensinamentos milenares das escolas de Nchardea, Sura, Mahuza e Pumpedia na Babilônia, foi re-digido entre os anos 352 e 427 e completado no século 6;

O Talmud de Jerusalém (Tal-mud Yeruchalmi), compilado nas cidades de Seráfis, Tiberíades e Cesaréa, na Palestina, es-crito em hebraico e aramai-co em torno dos anos 199-279 a.C. Para alguns judeus, o Talmud é de origem divina para ensinar a essência da vida na busca da perfeição.

Muitos médicos judeus se for-maram nas escolas de leitura do Talmud. Ao associarem os saberes talmúdicos à medicina grega hipocrática, se tornaram famosos. A comprovação deste fato é dada pela carta de Im-perador Antônio solicitando ao rabino Yehuda Hanasi um mé-dico entre os seus alunos para tratar um escravo pessoal.

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015 F3Saúde e bem-estar

Cuidados na praia vão além do protetor solarMuitas doenças também são transmitidas na areia e cuidados básicos são essenciais para preservar a saúde de todos

É comum que quem pas-se o feriado no litoral se preocupe em levar boné, protetor solar e

óculos escuros para se prote-ger do sol. Estes cuidados, po-rém, não são suficientes para que você mantenha sua saúde em ordem. A água da praia pode transmitir uma série de doenças, alerta a infectologis-ta Raquel Muarrek: “Como nor-malmente não é tratada, ela pode causar desde diarreias virais – que são mais comuns – até conjuntivite, dermatites de pele e hepatite A”.

A hepatite A, por exemplo,

é transmitida por contato entre pessoas infectadas ou por meio de água e alimen-tos contaminados. Por este motivo, a médica recomenda ingerir somente água trata-da e alimentos higienizados. “A má limpeza, em qualquer ocasião, pode ser prejudicial. E também é importante ter atenção ao pedir sucos natu-rais. Qual é a procedência da água utilizada na bebida?”

Outra dica é evitar as du-chas. Estudo realizado no ano passado pelo Centro de Tec-nologia Cientifica da PUC-Rio revelou que a água dos chuvei-

rinhos pesquisados na capital fluminense estava contamina-da com coliformes fecais e fos-fato, que indica contaminação crônica de urina.

Também é recomendável não ter contato direto com a areia. A areia úmida pode conter bactérias oriundas da rede de esgoto. A seca pode estar contaminada com vermes e parasitas, como o bicho geográfico, oriundos das fezes de ani-mais. Para não ficar doente, ande sempre calçado e dei-te-se ou sente-se sobre uma toalha, por exemplo.

Para aproveitar bem as férias é preciso tomar alguns cuidados com o sol e com a areia

As crianças podem ser o principal alvo de al-gumas doenças trans-

mitidas pela areia FOTO

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015 F5

Benefícios científi cos comprovados

Sob

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person

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Eles estão sempre ali, de olho na execução dos exercícios, na postura correta, na respiração e atentos para evitar qualquer lesão ou movimento errado que prejudique as articulações

Priscila Cabral, 25, ma-lha de segunda a sexta há mais de três anos e conseguiu, após uma

mudança drástica de rotina, pular dos 103 para 75 quilos, marca que ela já comemora, embora queira reduzir mais um pouco de peso e medidas. Priscila é o exemplo vivo de que somente uma mudança radical pode fazer a diferença na vida de uma pessoa que esteja insatisfeita com seu corpo e seu peso. Mas ela não conseguiu essa façanha sozinha, contou com uma aju-da fundamental, a presença constante e estimulante de sua personal trainer, que além da motivá-la nunca deixou que Priscila perdesse o pique.

Depois de eliminar 26 quilos que sobravam em sua silhueta, ela diz que se sente outra pes-soa e quer continuar no ritmo a que se acostumou, com ree-ducação alimentar e a prática regular de exercícios físicos. “Hoje eu busco uma qualida-de de vida, porque já estava sentindo os efeitos negativos do sedentarismo, com gordura no fígado, cansaço habitual e dor nas articulações. Tudo isso é passado”, comemora ao lado da sua personal trainer, Anne Rosely Santos.

Há mais de cinco anos tra-balhando na área, Anne Rosely, profi ssional especializada da academia Personal Fitness Club, sabe que é importante acompanhar a evolução dos seus alunos para que eles man-

tenham o estímulo. Segundo ela, a presença do personal representa o fator motivação para o aluno dar continuidade aos trabalhos. “Tem gente que não se sente confi ante e nem confortável de fazer os exercí-cios sem um acompanhamen-to profi ssional e o nosso papel é exatamente esse, oferecer essa tranquilidade para a cor-reta execução dos exercícios”, assinala Rosely.

O papel do personal trainer na academia não pode ser su-bestimado. Sempre presente e atencioso com todos os alunos do salão, José Costa é a fi gura que faz a diferença na hora dos exercícios. Ele aparece do nada já com a visão de espe-cialista apurada e vai dando as dicas fundamentais para fazer os exercícios da maneira correta. É uma correção aqui, uma indicação ali e o aluno vai entendendo que, seguindo as orientações do professor, seu rendimento será melhor.

Na opinião do professor Jean Santos, o acompanha-mento individualizado faz a diferença no treino porque cada aluno tem suas pró-prias necessidades. “Um tem uma patologia que exige determinadas diretrizes, outro tem outro tipo de neces-sidade e é preciso analisar cada caso. Fazer exercícios sozi-nho tem riscos e pode provocar lesões nas ar-

ticulações, na dúvida é melhor perguntar”, explica.

Raimundo Júnior trabalha há onze anos com educação fí-sica e é personal especializado há seis anos. Ele adianta que respeitar a individualidade do aluno é fundamental. “Cada treino é montado em cima das necessidades de cada um e exige um acompanhamento de perto para observar os resultados. Esse acompanha-mento permite ver a efi ciência do trabalho que está sendo realizado”, complementa.

Uma prova a mais que o acompanhamento profi ssio-nal ajuda o aluno a se manter fi el aos exercícios é a dedi-cação exemplar de Hernane Rodrigo Silva, o aluno-modelo da academia Personal Fitness, que malha todos os dias da semana há quase duas déca-das. São 18 anos de atividades físicas sempre acompanhado do personal trainer.

VERA LIMAEquipe EM TEMPO

As academias ao ar livre estimulam o bem-estar e a saúde das pes-soas de todas as idades, especialmente os maio-res de sessenta anos. Elas foram criadas com o objetivo de fortalecer, dar agilidade, alongar e promover a fl exibili-dade dos músculos do corpo humano. A princi-pal vantagem das aca-demias instaladas nas praças é que os apare-lhos usam o peso e a força do usuário para movimenta-los, garan-tindo saúde sem exigir tanto esforço. Mas é preciso ter cuidados, já que os exercícios são feitos sem super-visão especializada. Algumas possuem pla-cas informando o uso correto e a quantidade ideal de exercícios.

Academias ao ar livre são ótimas

Professores Raimundo, acima, e José, ao lado

Priscila Cabral treina com Anne Rosely

Fazer exercícios sem orientação profi ssional pode forçar o corpo além do limite, podendo resultar em lesões mus-culares. Algumas medi-das são essenciais, em-bora pareçam simples: trajar roupas leves e arejadas, assim como se alimentar da forma correta. Outra medida que faz a diferença é alongamento antes de se exercitar.

Um treino realizado sem supervisão pode provocar, entre outros sintomas, insônia, per-da de resistência, can-saço, agressividade, aumento da pressão arterial, dores muscu-lares, ansiedade, pro-blemas na articulação e alteração dos bati-mentos cardíacos.

Anne Rose-ly mostra a postura correta no exercício

No Brasil, é obrigatório que as academias tenham um professor de educação físi-ca, devidamente registrado no Cref (Conselho Regional de Educação Física) para su-pervisionar os seus alunos. Para exercer suas profi ssões, médicos, enfermeiros, nutri-cionistas e fi sioterapeutas, por exemplo, devem possuir formação na área específi ca e registro no conselho res-pectivo. No caso da educação física, isso é uma forma de proteger o praticante, garan-tindo a sua segurança e os seus resultados. No entanto, uma tendência de mercado vem preocupando os profi ssionais mais atentos e comprometi-dos: a criação de academias na qual a supervisão é negli-genciada. Mas será que a fal-ta de acompanhamento não prejudicaria os resultados?

O primeiro estudo sobre o tema foi publicado por Ma-zzetii et al. (2000). Os autores compararam as mudanças na força máxima e na potência muscular após 12 semanas de musculação em homens moderadamente treinados, os quais realizavam os trei-

Acompanhamento especializadonos sob supervisão individual ou sem supervisão direta. Os participantes tinham entre um e dois anos de experiência em musculação, mas nunca ha-viam treinado sob supervisão direta. Os dois grupos realiza-ram treinamentos idênticos, com as mesmas margens de repetições, séries, exercícios, etc. A diferença foi que o grupo supervisionado treinou com o acompanhamento direto de um especialista em todas as sessões, enquanto o gru-po não-supervisionado teve acompanhamento apenas em uma sessão de familiarização, na qual o treino foi demons-trado e explicado, em seguida os treinos ocorreram sem su-pervisão. Ao fi nal, os ganhos de força e potência muscu-lar, bem como os ganhos de massa magra e a perda de gordura foram maiores para o grupo supervisionado.

Tem gente que não se sente con-fi ante e nem confortável de fazer os exercícios sem um acompanha-mento pro-fi ssional, e o nosso papel é exatamen-te oferecer essa tran-quilidade”

Anne Roselypersonal

person

al“Hoje eu busco uma qualida-de de vida, porque já estava sentindo os efeitos negativos do sedentarismo, com gordura no fígado, cansaço habitual e dor nas articulações. Tudo isso é passado”, comemora ao lado da sua personal trainer, Anne Rosely Santos.

Há mais de cinco anos tra-balhando na área, Anne Rosely, profi ssional especializada da academia Personal Fitness Club, sabe que é importante acompanhar a evolução dos seus alunos para que eles man-

rendimento será melhor.Na opinião do professor

Jean Santos, o acompanha-mento individualizado faz a diferença no treino porque cada aluno tem suas pró-prias necessidades. “Um tem uma patologia que exige determinadas diretrizes, outro tem outro tipo de neces-sidade e é preciso analisar cada caso. Fazer exercícios sozi-nho tem riscos e pode provocar lesões nas ar-

Professores Raimundo, acima, e José, ao lado

Priscila Cabral treina com Anne Rosely

aumento da pressão arterial, dores muscu-lares, ansiedade, pro-blemas na articulação e alteração dos bati-mentos cardíacos.

médicos, enfermeiros, nutri-cionistas e fi sioterapeutas, por exemplo, devem possuir formação na área específi ca e registro no conselho res-pectivo. No caso da educação física, isso é uma forma de proteger o praticante, garan-tindo a sua segurança e os seus resultados. No entanto, uma tendência de mercado vem preocupando os profi ssionais mais atentos e comprometi-dos: a criação de academias na qual a supervisão é negli-genciada. Mas será que a fal-ta de acompanhamento não prejudicaria os resultados?

O primeiro estudo sobre o tema foi publicado por Ma-zzetii et al. (2000). Os autores compararam as mudanças na força máxima e na potência muscular após 12 semanas de musculação em homens moderadamente treinados, os quais realizavam os trei-

ram treinamentos idênticos, com as mesmas margens de repetições, séries, exercícios, etc. A diferença foi que o grupo supervisionado treinou com o acompanhamento direto de um especialista em todas as sessões, enquanto o gru-po não-supervisionado teve acompanhamento apenas em uma sessão de familiarização, na qual o treino foi demons-trado e explicado, em seguida os treinos ocorreram sem su-pervisão. Ao fi nal, os ganhos de força e potência muscu-lar, bem como os ganhos de massa magra e a perda de gordura foram maiores para o grupo supervisionado.

Tem gente que não se sente con-fi ante e nem confortável de fazer os exercícios sem um acompanha-mento pro-fi ssional, e o nosso papel é exatamen-te oferecer essa tran-quilidade”

Anne Roselypersonal

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O professor Jean Santos está sem-

pre atento a to-dos os exercícios

dos seus alunos

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F4 Saúde e bem-estarMANAUS, DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015 F5

Benefícios científi cos comprovados

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Eles estão sempre ali, de olho na execução dos exercícios, na postura correta, na respiração e atentos para evitar qualquer lesão ou movimento errado que prejudique as articulações

Priscila Cabral, 25, ma-lha de segunda a sexta há mais de três anos e conseguiu, após uma

mudança drástica de rotina, pular dos 103 para 75 quilos, marca que ela já comemora, embora queira reduzir mais um pouco de peso e medidas. Priscila é o exemplo vivo de que somente uma mudança radical pode fazer a diferença na vida de uma pessoa que esteja insatisfeita com seu corpo e seu peso. Mas ela não conseguiu essa façanha sozinha, contou com uma aju-da fundamental, a presença constante e estimulante de sua personal trainer, que além da motivá-la nunca deixou que Priscila perdesse o pique.

Depois de eliminar 26 quilos que sobravam em sua silhueta, ela diz que se sente outra pes-soa e quer continuar no ritmo a que se acostumou, com ree-ducação alimentar e a prática regular de exercícios físicos. “Hoje eu busco uma qualida-de de vida, porque já estava sentindo os efeitos negativos do sedentarismo, com gordura no fígado, cansaço habitual e dor nas articulações. Tudo isso é passado”, comemora ao lado da sua personal trainer, Anne Rosely Santos.

Há mais de cinco anos tra-balhando na área, Anne Rosely, profi ssional especializada da academia Personal Fitness Club, sabe que é importante acompanhar a evolução dos seus alunos para que eles man-

tenham o estímulo. Segundo ela, a presença do personal representa o fator motivação para o aluno dar continuidade aos trabalhos. “Tem gente que não se sente confi ante e nem confortável de fazer os exercí-cios sem um acompanhamen-to profi ssional e o nosso papel é exatamente esse, oferecer essa tranquilidade para a cor-reta execução dos exercícios”, assinala Rosely.

O papel do personal trainer na academia não pode ser su-bestimado. Sempre presente e atencioso com todos os alunos do salão, José Costa é a fi gura que faz a diferença na hora dos exercícios. Ele aparece do nada já com a visão de espe-cialista apurada e vai dando as dicas fundamentais para fazer os exercícios da maneira correta. É uma correção aqui, uma indicação ali e o aluno vai entendendo que, seguindo as orientações do professor, seu rendimento será melhor.

Na opinião do professor Jean Santos, o acompanha-mento individualizado faz a diferença no treino porque cada aluno tem suas pró-prias necessidades. “Um tem uma patologia que exige determinadas diretrizes, outro tem outro tipo de neces-sidade e é preciso analisar cada caso. Fazer exercícios sozi-nho tem riscos e pode provocar lesões nas ar-

ticulações, na dúvida é melhor perguntar”, explica.

Raimundo Júnior trabalha há onze anos com educação fí-sica e é personal especializado há seis anos. Ele adianta que respeitar a individualidade do aluno é fundamental. “Cada treino é montado em cima das necessidades de cada um e exige um acompanhamento de perto para observar os resultados. Esse acompanha-mento permite ver a efi ciência do trabalho que está sendo realizado”, complementa.

Uma prova a mais que o acompanhamento profi ssio-nal ajuda o aluno a se manter fi el aos exercícios é a dedi-cação exemplar de Hernane Rodrigo Silva, o aluno-modelo da academia Personal Fitness, que malha todos os dias da semana há quase duas déca-das. São 18 anos de atividades físicas sempre acompanhado do personal trainer.

VERA LIMAEquipe EM TEMPO

As academias ao ar livre estimulam o bem-estar e a saúde das pes-soas de todas as idades, especialmente os maio-res de sessenta anos. Elas foram criadas com o objetivo de fortalecer, dar agilidade, alongar e promover a fl exibili-dade dos músculos do corpo humano. A princi-pal vantagem das aca-demias instaladas nas praças é que os apare-lhos usam o peso e a força do usuário para movimenta-los, garan-tindo saúde sem exigir tanto esforço. Mas é preciso ter cuidados, já que os exercícios são feitos sem super-visão especializada. Algumas possuem pla-cas informando o uso correto e a quantidade ideal de exercícios.

Academias ao ar livre são ótimas

Professores Raimundo, acima, e José, ao lado

Priscila Cabral treina com Anne Rosely

Fazer exercícios sem orientação profi ssional pode forçar o corpo além do limite, podendo resultar em lesões mus-culares. Algumas medi-das são essenciais, em-bora pareçam simples: trajar roupas leves e arejadas, assim como se alimentar da forma correta. Outra medida que faz a diferença é alongamento antes de se exercitar.

Um treino realizado sem supervisão pode provocar, entre outros sintomas, insônia, per-da de resistência, can-saço, agressividade, aumento da pressão arterial, dores muscu-lares, ansiedade, pro-blemas na articulação e alteração dos bati-mentos cardíacos.

Anne Rose-ly mostra a postura correta no exercício

No Brasil, é obrigatório que as academias tenham um professor de educação físi-ca, devidamente registrado no Cref (Conselho Regional de Educação Física) para su-pervisionar os seus alunos. Para exercer suas profi ssões, médicos, enfermeiros, nutri-cionistas e fi sioterapeutas, por exemplo, devem possuir formação na área específi ca e registro no conselho res-pectivo. No caso da educação física, isso é uma forma de proteger o praticante, garan-tindo a sua segurança e os seus resultados. No entanto, uma tendência de mercado vem preocupando os profi ssionais mais atentos e comprometi-dos: a criação de academias na qual a supervisão é negli-genciada. Mas será que a fal-ta de acompanhamento não prejudicaria os resultados?

O primeiro estudo sobre o tema foi publicado por Ma-zzetii et al. (2000). Os autores compararam as mudanças na força máxima e na potência muscular após 12 semanas de musculação em homens moderadamente treinados, os quais realizavam os trei-

Acompanhamento especializadonos sob supervisão individual ou sem supervisão direta. Os participantes tinham entre um e dois anos de experiência em musculação, mas nunca ha-viam treinado sob supervisão direta. Os dois grupos realiza-ram treinamentos idênticos, com as mesmas margens de repetições, séries, exercícios, etc. A diferença foi que o grupo supervisionado treinou com o acompanhamento direto de um especialista em todas as sessões, enquanto o gru-po não-supervisionado teve acompanhamento apenas em uma sessão de familiarização, na qual o treino foi demons-trado e explicado, em seguida os treinos ocorreram sem su-pervisão. Ao fi nal, os ganhos de força e potência muscu-lar, bem como os ganhos de massa magra e a perda de gordura foram maiores para o grupo supervisionado.

Tem gente que não se sente con-fi ante e nem confortável de fazer os exercícios sem um acompanha-mento pro-fi ssional, e o nosso papel é exatamen-te oferecer essa tran-quilidade”

Anne Roselypersonal

person

al

“Hoje eu busco uma qualida-de de vida, porque já estava sentindo os efeitos negativos do sedentarismo, com gordura no fígado, cansaço habitual e dor nas articulações. Tudo isso é passado”, comemora ao lado da sua personal trainer, Anne Rosely Santos.

Há mais de cinco anos tra-balhando na área, Anne Rosely, profi ssional especializada da academia Personal Fitness Club, sabe que é importante acompanhar a evolução dos seus alunos para que eles man-

rendimento será melhor.Na opinião do professor

Jean Santos, o acompanha-mento individualizado faz a diferença no treino porque cada aluno tem suas pró-prias necessidades. “Um tem uma patologia que exige determinadas diretrizes, outro tem outro tipo de neces-sidade e é preciso analisar cada caso. Fazer exercícios sozi-nho tem riscos e pode provocar lesões nas ar-

Professores Raimundo, acima, e José, ao lado

Priscila Cabral treina com Anne Rosely

aumento da pressão arterial, dores muscu-lares, ansiedade, pro-blemas na articulação e alteração dos bati-mentos cardíacos.

médicos, enfermeiros, nutri-cionistas e fi sioterapeutas, por exemplo, devem possuir formação na área específi ca e registro no conselho res-pectivo. No caso da educação física, isso é uma forma de proteger o praticante, garan-tindo a sua segurança e os seus resultados. No entanto, uma tendência de mercado vem preocupando os profi ssionais mais atentos e comprometi-dos: a criação de academias na qual a supervisão é negli-genciada. Mas será que a fal-ta de acompanhamento não prejudicaria os resultados?

O primeiro estudo sobre o tema foi publicado por Ma-zzetii et al. (2000). Os autores compararam as mudanças na força máxima e na potência muscular após 12 semanas de musculação em homens moderadamente treinados, os quais realizavam os trei-

ram treinamentos idênticos, com as mesmas margens de repetições, séries, exercícios, etc. A diferença foi que o grupo supervisionado treinou com o acompanhamento direto de um especialista em todas as sessões, enquanto o gru-po não-supervisionado teve acompanhamento apenas em uma sessão de familiarização, na qual o treino foi demons-trado e explicado, em seguida os treinos ocorreram sem su-pervisão. Ao fi nal, os ganhos de força e potência muscu-lar, bem como os ganhos de massa magra e a perda de gordura foram maiores para o grupo supervisionado.

Tem gente que não se sente con-fi ante e nem confortável de fazer os exercícios sem um acompanha-mento pro-fi ssional, e o nosso papel é exatamen-te oferecer essa tran-quilidade”

Anne Roselypersonal

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O professor Jean Santos está sem-

pre atento a to-dos os exercícios

dos seus alunos

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015F6 Saúde e bem-estar

www.personalfi tnessclub.com.brPersonal Fitness Club

No pique para fazer os exercíciosApós começar a malhar, duas

atitudes na mesa são perigo-sas para garantir um corpo saudável e forte. O primeiro é comer alimentos calóricos por achar que “pode” já que está se exercitando, a segunda é reduzir a dieta alimentar para garantir melhores resultados com mais rapidez.

Alguns cuidados nas refei-ções devem ser tomados para garantir energia e ânimo na hora de malhar, sem deixar faltar vitaminas e nutrien-tes que o corpo precisa para manter o bem estar. Confi ra algumas dicas para se manter saudável e ainda perder as gorduras indesejadas.

Nada de jejum - Seu corpo precisa ter combustível para treinar ou vai começar a quei-mar massa magra (músculos) em vez de gordura. O ideal é não deixar passar mais do que quatro horas da última refeição até a hora do exercício.

Coma carboidratos - Eles são nossa fonte de energia e ativadores metabólicos. Esse grupo alimentar deve repre-sentar 60% do café da manhã e almoço. São encontrados nos

pães, massas, grãos e, em me-nor quantidade, nas frutas.

Proteínas no prato - Elas fornecem os aminoácidos, es-senciais para uma boa recu-peração das fi bras musculares após os esforços físicos. Leite ou derivados, carnes em geral, soja e ovos são ótimas fontes.

Frutas são essenciais - Coma pelo menos duas a três porções de fruta por dia. Elas, juntamente com ver-duras e legumes, repõem as vitaminas e os minerais perdidos durante o exercício.

Beba água - A regra de to-mar, no mínimo, dois litros de água por dia continua valendo. Se quiser, acrescente água de coco ou isotônicos antes, duran-te e após o exercício. Hidratar-se bem acelera o metabolismo, ajuda na recuperação muscu-lar e auxilia no tratamento da celulite e fl acidez.

Mais fi bras - Coma ali-mentos integrais (arroz, pão, lentilha, feijão), folhas, fru-tas com cascas comestíveis e também o bagaço. Só evite fazer isso instantes antes do treino, pois a digestão desses alimentos é mais lenta.

Diuréticos naturais - Con-suma alimentos diuréticos naturais e nunca laxantes ou medicamentos similares. Erva-doce, salsão, coentro, berin-jela e endívias, alho, limão, noz-moscada, cebola, salsa, hortelã, abacaxi, melancia e maracujá ajudam a evitar a retenção de líquidos, favore-cendo o emagrecimento.

Fim do estômago vazio - Não deixe o estômago vazio por mais de três horas consecutivas. O objetivo é acelerar o metabo-lismo e manter seu corpo ativo, usando a gordura como fonte de energia. Nos intervalos das principais refeições, saboreie lanches rápidos e leves, como uma fruta, um iogurte ou uma fatia de pão com queijo light.

Corte doces, frituras e ál-cool - As chamadas calorias vazias dos doces levam o corpo a usar somente uma parte como fonte de energia, o resto é acu-mulado em forma de gordura. Já as bebidas alcoólicas, que são tóxicas ao organismo, serão queimadas primeiro pelo corpo, levando o restante dos nutrien-tes da dieta ao mesmo destino indesejado: os pneuzinhos.

SERVIÇOSUA MELHORACADEMIA

Local:

Informações:

Rua Acre, 66, Nossa Senhora das Graças

3584-0317 e3584-2115

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AÇÃO

Garanta que a malhação vai lhe fazer bem se alimentando de maneira correta antes e depois

Para prevenir o problema, é necessário eliminar fatores de risco como tabagismo, entre outros

Evite a má circulação e o inchaço

Dores e inchaços nas pernas ao fi nal do dia são queixas fre-quentes, em ambos

os sexos. A má circulação sanguínea consiste em um entupimento das artérias por placas de gordura ou pressão nos vasos sanguí-neos. Esse problema é mais comum entre as mulheres, especialmente, nas que es-tão acima do peso ou que fazem uso de pílula anticon-cepcional diariamente, devi-do a questões hormonais.

Outros fatores que podem contribuir para problemas de má circulação são o tabagis-mo, sedentarismo, diabetes, estresse, uso de meias ou sa-patos apertados, fi car senta-do por muito tempo ou cruzar as pernas por longos períodos e, ainda, o consumo frequente de bebidas alcoólicas.

De acordo com o angio-

logista Ary Elwing, especia-lista em cirurgia vascular periférica e tratamento a laser, esses problemas no sistema circulatório podem trazer complicações sérias à saúde. “A circulação sanguí-nea atua levando oxigênio e nutrição para as células dos tecidos e órgãos. Quando ocorre uma dificuldade no transporte do sangue, as cé-lulas morrem por desnutrição e esse fator pode resultar em um colapso no organismo”, alerta o especialista.

Os sintomas da má circu-lação do sangue incluem: pés e mãos frias, inchaço das pernas e pés, dor e cansa-ço nas pernas, pele seca e escamosa, câimbras ou sen-sação de formigamento nos membros inferiores e apare-cimento de varizes. “Carac-terizadas pela difi culdade de retorno sanguíneo das per-

nas ao coração, as varizes são causadas por uma falha nas válvulas venosas que trans-portam o sangue nesse sentido”, descreve Elwing, ac rescentando que esse proble-ma pode apare-cer em pessoas de diferentes idades.

O médico afirma que as veias se dilatam e deformam se tornando visíveis e de aspecto si-nuoso. “Para prevenir o problema, é necessário eliminar fatores de risco como tabagismo, bebidas alcoólicas, má alimentação e sedentarismo. É impres-cindível buscar a ajuda de angiologista para que ele faça uma avaliação e iden-tifique o tratamento mais adequado”, destaca Ary.

Sedentarismo, ex-cesso de peso, al-coolismo e outros

fatores prejudi-cam a circulação

Para evitar problemas de circula-ção, Ary Elwing listou algumas atitu-

des importantes para tomar no dia a dia. Confira quais são elas:

1. Evite consumir alimentos industrializados. Eles possuem grandes quantidades de sódio,

além de corantes e conservantes que colaboram para a retenção de líquidos e, consequentemente, inchaço corporal;

2. Beba, no mínimo, dois litros de água diariamente, pois ajudam a acelerar o funcionamento dos rins e, com isso, diminuem o inchaço;

3. Não permaneça por períodos prolongados em uma mesma posição. Faça pequenas pausas de hora em hora para mexer os membros inferiores.

4. Evite fi car com as pernas cruzadas por muito tempo, pois difi culta a circulação;

5. Durma na posição lateral e coloque um travesseiro entre as pernas, pois facilita a

circulação do sangue e ainda previne dores nas costas ao acordar;

6. Evite vestir roupas muito justas ao corpo ou sapatos apertados,

pois difi cultam o retorno venoso, podendo causar os edemas e, inclusive, varizes;

7. Ao chegar do trabalho, deixe as pernas elevadas por

alguns minutos, pois melhora o retorno venoso e diminui o

inchaço dos membros;

8. Faça atividades físicas como a caminhada ou a corrida, pois elas es-

timulam o retorno sanguíneo, evitando problemas com inchaço;

9. Mantenha o seu peso em dia, pois diminui os riscos do aparecimento de varizes.

Mudanças de hábitos

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MANAUS, DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015 F7Saúde e bem-estar

Truques contra as olheirasNão há quem possa negar, elas acabam com qualquer visual e, pior, são difíceis de contornar e mais difíceis ainda de eliminar, por isso, se você tomar algumas medidas caseiras, pode até disfarçar as tradicionais inimigas dos seus olhos

Você pode até estar se sentindo ótima, mas as olheiras podem der-rubar o seu visual num

piscar de olhos. Duvida? Pois basta olhar para uma pessoa com olheiras para considerar, de imediato, que ela deve estar muito cansada. Pior que nem sempre isso é verdade. Mas elas são suficientes para um diagnóstico pessimista. Se-gundo especialistas, as olhei-ras são resultado da ação da melanina, pigmento que dá cor à pele. Em alguns casos, existe a tendência genética. Já em outros, elas são resultado da dilatação dos vasos da área dos olhos, levando mais sangue à região e reforçando a pigmentação.

Noites mal dormidas, fadi-ga, fumo, estresse, alergias e rinites também podem fazê-las aparecer. Além disso, as manchas podem ser comuns durante o período pré-mens-trual e na gestação porque a pálpebra pode ficar mais esbranquiçada, devido à defi-ciência de ferro. Aposte nessas dicas para disfarçar a aparên-cia arroxeada.

Recentemente uma big brother deu o que falar por causa das benditas olheiras.

Amanda é filha de armênio e, segundo a mãe da jovem, essa é uma característica comum da nacionalidade. A mãe da sister, Regina Célia Batista, contou que ela toma algumas medidas básicas para tentar suavizar as marcas, como co-locar compressa de água com chá de camomila quando está mais inchada, dormir bem e aplicar corretivo.

Descanse uma compressa de chá sobre os olhos.

O chá de camomila possui ação calmante e antiinflama-tória e pode ajudar a diminuir o arroxeado das olheiras. Com-pressas frias deste chá sobre os olhos têm efeito de vaso-constrição, ou seja, contrai os vasos sanguíneos. O chá deve ser feito mais concentrado e, antes de aplicar a compressa nos olhos, o chá e os saquinhos com a erva devem ir ao freezer por alguns minutos.

Quem irá cobrir os olhos são os saquinhos. Eles deve-rão repousar sobre os olhos por, aproximadamente, 10 minutos. Neste tempo, você deve estar deitado e com a cabeça elevada já que a posição estimula os vasos a voltar ao tamanho normal, reduzindo o inchaço.

Uma noite mal dormida também contribui para as olheiras

1. PepinoÉ muito comum vermos em

filmes ou em fotos mulheres com rodelas de pepino nas pálpebras. Colocar o legume em cima dos olhos fechados não é uma lenda, o truque realmente funciona: o pepino é rico em vitamina E, com propriedades que ajudam a clarear, refrescar e hidra-tar a pele. Coloque metade do pepino cru na geladeira, depois que ele estiver frio,

corte-o em fatias e aplique sobre os olhos fechados por 10 minutos.

2. Óleo de amêndoaO óleo de amêndoa tem

propriedades que funcionam como um anti-inflamatório natural, que não só reduz as olheiras, mas também as rugas e hidrata profunda-mente. Coloque duas gotas de óleo em seu dedo e massa-geie a área ao redor dos olhos

por cerca de cinco minutos. Repita o mesmo movimento com o outro olho.

3. MaçãA fruta tem propriedades

tonificantes que ajudarão a tratar as olheiras, iluminan-do a região ao redor dos olhos. Para potencializar o efeito da fruta, você deve lavá-la bem, cozê-la e fazer um espécie de purê com ela. Com essa consistência,

você deve aplicá-la na re-gião das olheiras e deixar agir por 15 minutos.

4. LeiteDormiu mal, acordou com

aquela olheira escura e preci-sa sair de casa em um hora? Se quiser clarear de forma rápida as olheiras, mergulhe dois pedaços de algodão no leite frio e coloque-os sob a região por 15 minutos. O áci-do láctico ajuda a clarear.

Dicas caseiras que podem suavizar o olhar

O pepino suaviza e descongestio-na as marcas escuras

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F8 MANAUS, DOMINGO, 22 DE FEVEREIRO DE 2015Saúde e bem-estar

O adeus ninguém ensina e tampouco aprende

Psicologia no divã[email protected]

Psicologia no divã Rockson Pessoa

Então de modo sorrateiro o sorriso é roubado da face! Em meio ao caos, a certeza de que palavras não mais serão ditas, beijos não mais aquece-rão faces e o abraço não será o conforto esperado. Quando se perde alguém que se ama, as preocupações se mostram ínfi mas e desnecessárias. E entre a dor da notícia e o último adeus, há um prelúdio que parece interminável. Dor, desespero e angústia se alo-jam em forma de sofrimento e vazio. É assim que descrevem a morte e por conta disso ela é tão dolorosa ao ser experimentada. Incontesta-velmente, a morte é sempre uma visita indesejável. Não estamos prontos para mor-rer pela simples lógica de que não queremos isso. Por mais que saibamos que essa é a verdade do mundo e nos-sa certeza mais dolorosa, o morrer representa a aversão exabundante de nosso existir. E por ser nefasta, muitos se negam a falar sobre, o que talvez seja uma das nossas falhas e, com certeza, um dos fatores que corroboram para sua instalação. Não dis-cutimos por ser duro demais imaginar o término da vida e muitas vezes, ao negligen-ciarmos essa verdade, des-cuidamos de nossa saúde, e eis que o fi m chega. A verdade indelével é que

a morte só existe para quem fi ca, pois quem morre não vivencia a dor da separação, uma vez que a existência da morte pressupõe a inexistên-cia de nossa consciência. Des-te modo, tudo que realizamos é para os familiares. São para eles os pêsames e os abra-ços. E também sofremos em perceber as despedidas onde testemunhamos os sofrimen-tos dos que perdem os seus. Bem mais que a empatia, nos solidarizamos com a dor do outro por sabermos que são ritos que também teremos de enfrentar pela inverossímil re-alidade da morte. E o que se pode dizer sobre a morte? Muito, e longe de dar-se um destaque exagerado à ela, talvez muitos de nós de-vêssemos agir de modo a pre-sumir que seremos tragados como peças de um grande jogo da vida onde todos são iguais. E a partir disso poderíamos nos comportar de modo mais coerente. Tenderíamos a dei-xar beijos mais sinceros, po-deríamos vivenciar de modo intenso a presença daqueles que amamos e teríamos o zelo por nossa saúde, quiçá nos exporíamos ao risco da violência. Muito se pode falar sobre a morte e, melhor, muito se pode fazer para reduzirmos o peso de sua chegada. A ideia de fi nitude é algo com-plexo para o cérebro humano.

Parafraseando Shakespe-are: ‘plante seu jardim e decore a sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga fl ores’”

Psicólogo commestrado em

psicologia - Universidade

Federal do Amazonas

Representante Estadual da

Sociedade Brasileira de

Neuropsicologia - SBNp

Ele, como um bom simulador de nossas vidas, recusa-se a aceitar a ideia de fi m. Nossos cérebros não querem morrer, e quando na análise de um de seus prodígios, a memó-ria, observa-se a capacidade ilimitada da mesma. Temos memória para muitos séculos e poderíamos tranquilamente

existir com uma boa reserva mnemônica. Como desejar morrer se a história sempre nos cativa? A morte é enlace fi nal de nossa história, e talvez não devesse assumir faces tão monstruosas uma vez que está fadada a acontecer. Parafraseando Shakespeare: “plante seu jardim e decore

a sua alma, ao invés de es-perar que alguém lhe traga fl ores”, acredito que é nosso papel o não aceitar que mor-rer em vida, para que assim não sejamos assassinos de nossos sonhos e aniquiladores de nossos projetos. A morte é dura, mas a tessitura da vida é composta de oportunidades.

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AÇÃO

Temos memória para muitos séculos e poderíamos existir com uma boa reserva mnemônica

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