Saúde_Bucal_Idoso_ Módulo I_05.05.2010

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  • Programa de Educao Continuada a Distncia

    Curso de

    SADE BUCAL DO IDOSO

    Aluno:

    EAD - Educao a Distncia Parceria entre Portal Educao e Sites Associados

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    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Curso de SADE BUCAL DO IDOSO

    MDULO I Ateno: O material deste mdulo est disponvel apenas como parmetro de estudos para este Programa de Educao Continuada. proibida qualquer forma de comercializao do mesmo. Os crditos do contedo aqui contido so dados aos seus respectivos autores descritos na Bibliografia Consultada.

    SUMRIO

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    MDULO I

    1. Principais alteraes bucais nos idosos

    1.1. Exame fsico do idoso

    1.2. Edentulismo

    1.3. Xerostomia

    1.4. Halitose

    1.5. Varicosidades

    1.6. Hiperplasia fibrosa inflamatria

    1.7. Candidose

    1.8. Herpes simples e herpes zoster

    MDULO II

    1. Periodontite e doenas sistmicas

    1.1. Etiologia e patognese da doena periodontal

    1.2. Periodontite e as doenas cardiovasculares

    1.3. Periodontite e diabetes mellitus

    1.4. Periodontite e as doenas respiratrias

    MDULO III

    1. Farmacologia no paciente idoso

    1.1. Perodo de atendimento e durao das sesses

    1.2. Ansiolticos

    1.3. Anestsicos locais

    1.4. Analgsicos e anti-inflamatrios

    1.5. Antibiticos

    MDULO IV

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    1. Cncer bucal

    1.1. Leses pr-malignas

    1.2. Tipos de cncer bucal

    1.3. Metstases para os tecidos bucais

    1.4. Citologia esfoliativa

    1.5. Bipsia

    1.6. Tratamento do cncer bucal

    MDULO V

    1. Prtese e implante na terceira idade

    1.1. Prteses parciais removveis na terceira idade

    1.2. Prteses totais na terceira idade

    1.3. Implante na terceira idade

    BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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    MDULO I

    1. Principais Alteraes Bucais nos Idosos

    1.1 Exame fsico do idoso O exame fsico pode ser dividido em geral e locorregional, e esse ltimo em

    extraoral e intraoral. Atravs do exame fsico pode-se observar o sexo, o estado

    geral de sade, a idade aparente, a estatura, o bitipo, o tegumento visvel, a

    postura, a motricidade, a maneira de dar a mo, a vestimenta, a higiene pessoal, os

    odores, as expresses faciais, a fcies, o afeto, as reaes s pessoas presentes, a

    fala, os nveis de percepo e conscincia e se vem s ou acompanhado.

    A idade aparente maior do que a cronolgica pode indicar uma vida sofrida,

    cheia de privaes, alm de conflitos psicolgicos ou sociais. Uma idade cronolgica

    real avanada poder indicar uma maior probabilidade de periodontopatias,

    leucoplasias, lquen plano, carcinoma epidermoide, herpes zoster, sialodenites,

    ameloblastoma, pnfigo vulgar, penfigoide, mieloma mltiplo, doena de Paget do

    osso e leucemias crnicas.

    Durante o exame do paciente devem ser aferidos alguns sinais vitais como a

    presso arterial, pulso, ritmo respiratrio, temperatura corporal, peso e altura.

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    Fig. 1. Mtodo de verificao dos sinais vitais: presso arterial e pulso.

    Fonte: www.unimes.br/

    A sade bucal do idoso consiste na manuteno dos dentes saudveis sob

    aspectos biolgicos de forma que traga qualidade de vida em relao s atividades

    funcionais da mastigao, mantendo consequentemente a importncia da

    alimentao na qualidade da sade sistmica. Da mesma forma, atravs da nutrio,

    os idosos estimulam as glndulas salivares a produzir saliva e estimulam a

    sensibilidade gustativa. A manuteno ativa do sistema estomatogntico propicia

    ainda a fonao e a esttica necessria para o convvio social.

    Assim como todo o organismo, as estruturas bucais sofrem ao do

    envelhecimento. Os tecidos bucais refletem as alteraes da idade, evidenciando

    aspectos fisiolgicos e patolgicos dos componentes da cavidade bucal que devem

    ser considerados quando do exame bucal dos pacientes idosos. As alteraes

    fisiolgicas que observamos nos dentes incluem as mudanas da colorao, que

    ocorrem principalmente devido a pigmentaes exgenas locais como, por exemplo,

    o tabaco e o caf. Outra alterao dentria bastante frequente nos idosos a perda

    da estrutura atravs de patologias, como a atrio, a abraso e a eroso.

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    A atrio caracteriza-se pelo desgaste provocado atravs do contato dente a

    dente durante a mastigao ou durante hbitos parafuncionais como o bruxismo. As

    superfcies incisais e oclusais so acometidas com mais frequncia, alm das

    superfcies palatinas dos dentes superiores anteriores e a vestibular dos dentes

    inferiores anteriores. Clinicamente, observam-se facetas grandes, lisas e

    desgastadas numa relao que corresponde ao padro oclusal (Figura 2).

    Fig. 2. Quadro clnico de atrio resultante do bruxismo. Fonte: www.dentistabahia.com.ar/informacion.htm

    A abraso refere-se perda de estrutura dentria patolgica em

    consequncia ao de um agente causal externo, como o caso da escovao

    dentria com forte presso horizontal. Essa forma de abraso bem particular nos

    indivduos idosos, apresentando-se como entalhes cervicais horizontais na superfcie

    vestibular com dentina e cemento radicular expostos.

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    Fig. 3. Quadro clnico de paciente com recesso gengival e eroso no elemento 13

    por aplicao de fora excessiva durante a escovao.

    Fonte: NOBRE, M. D. P.

    J a perda dentria causada pela eroso ocorre devido ao de

    substncias qumicas, diferentes dos produtos bacterianos, que dissolvem a

    estrutura mineralizada do dente. Os cidos podem ter origem alimentar (vinagre,

    refrigerantes e frutas ctricas), origem interna, nos casos de refluxo gstrico e origem

    externa (atmosfera industrial acidificada). A eroso secundria ao das secrees

    gstricas denominada de perimlise.

    Alm da perda da estrutura dentria que ocorre nas superfcies coronrias

    expostas ao meio bucal, a destruio estrutural dos dentes tambm pode ocorrer

    atravs da reabsoro realizada pelas clulas da polpa (reabsoro interna) ou

    pelas clulas do ligamento periodontal (reabsoro externa). Enquanto a reabsoro

    interna uma ocorrncia relativamente rara, a reabsoro externa ocorre com maior

    frequncia.

    Com o avano da idade alteraes pulpares ocorrem promovendo alteraes

    na deposio da dentina. A dentina secundria aquela que depositada aps a

    formao e erupo da coroa dentria, sendo o processo lento e gradual,

    aumentando aps os 35 anos de idade. Sua presena leva diminuio da cmara

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    pulpar e do sistema de canais radiculares. Alm de ser usada como estimativa de

    idade, a dentina secundria parece reduzir a sensibilidade do dente afetado, a

    suscetibilidade a cries dentinrias e o perigo dos procedimentos restauradores.

    No dente em ocluso, a dentina depositada inicialmente na poro mais

    coronria dos dentes e avana em direo s pores mais apicais. Essa dentina

    considerada resultado do envelhecimento. Quando o dente sofre uma injria focal

    como, por exemplo, nos casos de crie, fratura ou atrio, a dentina depositada de

    forma menos organizada, apenas na rea da leso, sendo denominada dentina

    terciria (reparativa ou irregular).

    A polpa dos indivduos idosos pode ainda sofrer degenerao, com

    formao de calcificaes no seu interior. As calcificaes pulpares no so raras,

    mostrando-se clinicamente atravs de ndulos, dentculos ou calcificaes lineares

    difusas. As duas primeiras formas podem ser detectadas radiograficamente quando

    atingem tamanho suficiente, j as calcificaes difusas no so evidentes.

    O periodonto de suporte dos dentes sofre ao do desgaste, podendo

    mostrar perdas de insero e retraes da superfcie dentria. A estrutura do tecido

    gengival clinicamente saudvel no apresenta alteraes de epitlio relacionadas

    com a idade, entretanto a submucosa revela uma reduo na celularidade, com

    aumento na textura do tecido fibroso.

    Fig. 4. Periodonto com perda de insero.

    Fonte: NOBRE, M. D. P.

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    Fig. 5. Periodonto apresentando retraes gengivais.

    Fonte: NOBRE, M. D. P.

    Nos idosos ainda comum verificar-se a atrofia das papilas filiformes do

    dorso da lngua, conferindo um aspecto liso e acetinado na sua superfcie, e a atrofia

    de dois teros das papilas circunvaladas, podendo ocorrer ainda a fissurao da

    lngua, particularmente aps os 60 anos. Essas alteraes provocam uma

    diminuio no sentido do paladar, com uma consequente perda do apetite, e que

    pode resultar em problemas nutricionais.

    1.2 Edentulismo

    Nos ltimos anos, a odontologia preventiva tem trabalhado em funo da

    educao da populao promovendo a aquisio de hbitos comportamentais com a

    sade bucal que levassem preservao dos dentes hgidos e gengivas saudveis.

    Alm disso, houve um aumento na procura por tratamentos odontolgicos altamente

    sofisticados que buscassem tcnicas reconstrutivas em ateno s necessidades

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    reabilitadoras, tanto no plano funcional como esttico, trazendo uma diminuio no

    nmero de indivduos totalmente edentados.

    Os pacientes edntulos costumam apresentar menor ndice de massa

    corprea, j que se alimentam de comidas pastosas e amolecidas, mais fceis de

    mastigar, mas que, por outro lado tem menos fibras e nutrientes. As extraes

    dentais acontecem por razes diversas: crie dental, traumas e doena periodontal.

    Certamente, as perdas dentais nos idosos acontecem principalmente pela

    progresso da periodontite, devido ao acmulo de placa bacteriana e trtaro, bem

    como consequncia das cries radiculares, que so bastante frequentes nesses

    pacientes.

    Fig. 6. Radiografia panormica de paciente idoso edntulo antes e depois da cirurgia

    para confeco de prtese sobre implante (carga imediata).

    Fonte: NOBRE, M. D. P.

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    Fig. 7. Aspecto clnico do paciente idoso edntulo antes da cirurgia para confeco de prtese sobre

    implante (carga imediata). Fonte: NOBRE, M. D. P.

    Fig. 8. Aspecto clnico do paciente idoso depois da cirurgia para confeco de prtese inferior sobre

    implante (carga imediata) e prtese total superior. Fonte: NOBRE, M. D. P.

    1.3 Xerostomia

    A xerostomia representa um quadro caracterizado pela reduo de volume

    da saliva produzida e funo do estado de disfuno das glndulas salivares. Esse

    quadro pode estar associado idade avanada (mdia 60 anos), afetando mais

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    mulheres que homens. Embora seja predominante em indivduos mais velhos, no

    simples consequncia do processo natural do envelhecimento. Os indivduos mais

    velhos esto sujeitos a desenvolver a doena devido ao uso de medicamentos

    potencialmente xerostmicos.

    Clinicamente, observa-se um estado de secura oral, que pode ocorrer de

    forma discreta, moderada ou grave, dependendo do tipo de agente causal, podendo

    ainda ser transitria ou permanente. A mucosa apresenta-se seca e a superfcie

    ventral da lngua frequentemente fissurada, com a atrofia das papilas filiformes.

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    Fig. 9. Lngua de paciente xerostmico.

    Fonte: http://cme.medscape.com/content/ 1997/00/40/88/408869/art-wh3097.fig3.jpg

    A xerostomia em idosos traz uma srie de sintomas desconfortveis e os

    pacientes costumam se queixar de dificuldades na mastigao e deglutio,

    podendo relatar que os alimentos aderem mucosa bucal durante o processo. H

    um aumento na prevalncia da candidose oral nos pacientes com reduo do fluxo

    salivar devido reduo na limpeza e atividade antimicrobiana fornecida

    normalmente pela saliva. Alm disso, os pacientes ficam mais propensos crie,

    principalmente s cries radiculares e cervicais.

    O tratamento da xerostomia difcil e, muitas vezes, insatisfatrio. Os

    tratamentos existentes so paliativos e tem o objetivo de reduzir o desconforto

    gerado pela secura oral e restabelecer as funes orais alteradas pela xerostomia.

    Podem ser administradas as salivas artificiais e orientado ao paciente a ingesto de

    gua durante todo o dia. Alm disso, as gomas de mascar sem acar podem ser

    usadas para estimular o fluxo salivar. A pilocarpina tem mostrado ser uma droga

    sialogoga, porm apresenta aes sistmicas.

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    Fig. 10. Exemplo de saliva artificial disponvel no mercado.

    Fonte: http://www.mauhalitonoscuidamos.com.br/arq_sys/editor/salivan.jpg

    Fig. 11. Exemplo de saliva artificial disponvel no mercado.

    Fonte: http://www.onofre.com.br/onofre/upload/produtos/ia/245984.JPG

    Juntamente com a xerostomia, podemos diagnosticar a Sndrome da

    Ardncia Bucal (SAB), que se caracteriza por uma sensao de ardor localizado ou

    difuso na mucosa bucal clinicamente normal. A Sndrome da Ardncia Bucal afeta

    principalmente mulheres no perodo ps-menopausa, sendo que a relao

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    mulher/homem pode variar de 6:1 at 12:1. A faixa etria mais prevalente da doena

    situa-se entre 50 e 60 anos.

    A etiologia da SAB ainda desconhecida, porm muitos estudos consideram

    sua etiologia multifatorial, envolvendo fatores locais, sistmicos e psicolgicos. A

    sndrome encontra-se associada com frequncia em pacientes portadores de

    candidose, Sndrome de Sjgren, sialodenite crnica autoimune, diabetes ou

    deficincias nutricionais.

    A lngua costuma ser o stio mais acometido, seguida do rebordo alveolar

    superior, palato, lbios e rebordo inferior. A ardncia quase sempre bilateral e

    simtrica. Alguns pacientes podem apresentar ardncia ocasionalmente, outros a

    apresentam diariamente, porm somente em alguns perodos, e outros manifestam

    os sintomas durante o dia todo por tempo indeterminado.

    1.4 Halitose

    A Halitose uma condio caracterizada pelo mau hlito, que est

    relacionada a mltiplas etiologias, necessitando sempre de um tratamento

    multidisciplinar. Atualmente j se conhecem mais de 90 possveis causas que podem

    levar um indivduo a ter alteraes no hlito. comum um mesmo indivduo

    apresentar vrias causas associadas.

    As doenas orais encontram-se relacionadas com grande parte dos casos

    de halitose, em que podemos citar: doena periodontal, xerostomia, saburra lingual,

    descamao epitelial da mucosa bucal, cries dentais, abscessos orais, feridas

    cirrgicas, tumoraes, entre outras.

    Muitas dessas doenas orais, principalmente na presena da saburra lingual,

    h a decomposio das clulas epiteliais descamadas da superfcie da mucosa e a

    ao de bactrias anaerbias proteolticas culminando com a liberao de

    compostos sulfurados volteis (CSV). Os CSV por serem altamente volteis,

    alcanam e estimulam rapidamente o bulbo olfatrio, sendo perceptvel ao olfato

    humano e responsvel pelo mau odor.

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    Na presena da xerostomia, o quadro se agrava, uma vez que aumenta o

    acmulo de resduos celulares na superfcie da lngua e a saliva rica em mucina

    propicia o espessamento desta saburra. A educao para a melhoria da higiene e

    manuteno da sade bucal imprescindvel para o controle da halitose. A

    higienizao da lngua e de toda a mucosa oral deve ser incorporada na rotina de

    escovao diria e, para a limpeza da lngua, foram criados dispositivos especficos

    que tornam o processo mais fcil e eficiente.

    Fig. 12. Aspecto clnico da saburra lingual antes e aps a remoo com limpador de lngua.

    Fonte www.odontoa.com.br

    Alm das causas bucais, existem as causas oriundas do sistema respiratrio

    e digestivo, bem como demais fatores contribuintes como: o diabetes mellitus, o

    estresse, a mudana de hbitos alimentares e a desidratao. A mudana de

    hbitos alimentares, com ingesto cada vez maior de substncias industrializadas

    lquidas e pastosas, a mastigao diminuda, com baixa estimulao das glndulas

    salivares para a fabricao da quantidade adequada de saliva. Tudo que alterar sua

    quantidade e qualidade ir culminar com o comprometimento do hlito.

    Em idosos, a causa que mais agrava a incidncia de halitose a perda dos

    elementos dentrios. Com a dificuldade da mastigao, haver consequentemente

    menor produo de saliva devido ao baixo estmulo das glndulas salivares. Alm

    disso, a ingesto de alimentos mais amolecidos propicia a formao da saburra

    lingual. O prprio desconforto esttico devido ao edentulismo pode trazer um

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    comprometimento psicolgico desse paciente, com envolvimento do sistema nervoso

    central, o qual responsvel pela atividade das glndulas salivares e produo de

    saliva.

    Fig. 13. Tabela com as causas da halitose. Adaptado de DAL RIO ECT, 2007.

    Disponvel: http://www.rborl.org.br.

    A halitose pode ainda estar presente nos pacientes diabticos

    descondensados, entretanto sua patogenia diferente. A queima de cidos graxos

    nesses pacientes libera corpos cetnicos volteis na circulao sangunea e provoca

    o mau hlito durante a expirao. Esse quadro assinala a halitose cetnica com odor

    caracterstico dos diabticos. A senilidade das glndulas salivares, que ocorre com a

    idade, pode originar a atrofia glandular, com comprometimento total ou parcial da

    sua funo, influenciando na produo do mau hlito.

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    Fig. 14. Ilustrao esquemtica das glndulas salivares maiores.

    Fonte: http://www.manualmerck.net/images/p_477.gif

    O tratamento da halitose consiste em uma srie de medidas com o objetivo

    de melhorar as condies locais. Os tratamentos periodontais, os tratamentos

    restauradores, a orientao quanto mudana de hbitos podem melhor

    consideravelmente o problema. Havendo condies sistmicas associadas, estas

    devem ser tratadas pelo mdico especialista.

    1.5 Varicosidades

    As varicosidades linguais so dilataes tortuosas observadas comumente

    na cavidade bucal de indivduos acima dos 50 anos, tratando-se de um fato comum

    dentro do processo de envelhecimento humano. So decorrentes da reduo na

    elasticidade da parede do vaso devido ao envelhecimento ou a um bloqueio

    interno da veia.

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    Essas alteraes tornam-se progressivamente proeminentes em

    tamanho e nmero com o avanar da idade, sendo frequentes na populao

    idosa. Apresentam-se sob a forma de mltiplas ppulas ou ndulos de

    colorao purprea, azulada ou avermelhada, que se localizam principalmente

    sobre a superfcie ventrolateral da lngua. So alteraes assintomticas e

    somem vitropresso.

    Fig. 15. Aspecto clnico das varicosidades na superfcie ventral da lngua.

    Fonte: http://www.usc.edu/hsc/dental/PTHL312abc/312b/13/Reader/037bb.html

    Varizes solitrias sob a forma de ndulos firmes, purpreo-azulados,

    tambm podem ocorrer, localizando-se frequentemente no lbio inferior,

    destacando-se como um aumento focal pigmentado. Apresentam um trombo

    em desenvolvimento no seu interior, sendo tambm assintomticas e

    comumente encontradas em idosos.

    As varicosidades do lbio podem chegar a interferir na mastigao,

    sendo por isso recomendada sua exrese. Casos de varizes solitrias no lbio,

    que tenham comprometimento esttico, tambm podem sofrer interveno.

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    Comumente, no entanto, no necessria qualquer conduta teraputica para as

    varicosidades. As varicosidades no tm sido associadas com outras doenas,

    porm estudos relataram que pacientes com varizes nas pernas eram mais

    propensos a ter varicosidades na lngua.

    1.6. Hiperplasia fibrosa inflamatria

    As hiperplasias fibrosas representam processos proliferativos no-

    neoplsicos, de origem inflamatria, decorrentes de estmulos produzidos pela

    ao de agentes fsicos, em geral traumas crnicos. A hiperplasia fibrosa

    inflamatria (HFI) a denominao dada a leses proliferativas benignas, que se

    originam na cavidade bucal a partir de um traumatismo crnico de baixa intensidade.

    uma leso bastante frequente em idosos, por estar associada ao uso de

    prteses dentrias totais ou parciais mal adaptadas. Entretanto a HFI pode ainda ter

    como fatores etiolgicos diastemas, arestas de dentes cortantes, m higienizao,

    manobras iatrognicas profissionais, dentre inmeras outras. O termo hiperplasia

    refere-se ao aumento do nmero de clulas de um determinado tecido. Na HFI

    ocorre a proliferao das clulas epiteliais da camada espinhosa, podendo haver

    mltiplas projees papilares na superfcie.

    A hiperplasia das clulas e fibras do tecido conjuntivo geralmente afeta a

    mucosa sob variados aspectos quanto sua localizao e extenso.

    Desenvolve-se comumente na mucosa do rebordo alveolar, fundo de vestbulo e

    palato, mantendo em geral a cor do tecido local. Pode ainda haver a ulcerao

    da mucosa devido ao de trauma local.

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    Fig. 16. Aspecto clnico da hiperplasia fibrosa inflamatria no rebordo alveolar superior.

    Adaptado de Zegarra & Contreras, 2005.

    Fonte: http://www.scielo.org.pe/img/revistas/reh/v15n2/a08fig01a.jpg

    Clinicamente, a HFI apresenta-se como ndulos e/ou cordes, de colorao

    avermelhada ou rosa-plido, de consistncia variando entre firme flcida

    palpao, de tamanho e formato irregulares, de crescimento lento e geralmente

    assintomtico. As hiperplasias do palato podem estar relacionadas a prteses

    totais mal-adaptadas ou aquelas confeccionadas com a presena de cmara de

    vcuo, que representa uma depresso na regio central da prtese.

    Este tipo de hiperplasia reconhecida como uma variante da HFI, sendo

    conhecida como hiperplasia papilomatosa, que ocorre no palato duro e

    representa o desenvolvimento de projees papilares, de aspecto granuloso,

    colorao avermelhada. possvel observar, nessas situaes, a associao de

    uma prtese total mal-adaptada a um quadro de m higienizao e consequente

    superpopulao de Candda albicans.

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    Fig. 17. Prtese total confeccionada com cmara de suco.

    Fonte: http://www.odontologia.com.br/ arte?id=189&idesp=37&ler=s

    Fig. 18. Hiperplasia causada por cmara de suco.

    Fonte: http://www.odontologia.com.br/ artigos.asp?id=189&idesp=37&ler=s

    Coelho et al. (2004) analisaram as leses bucais relacionadas ao uso de

    prteses e concluram que a HFI constituiu-se 16,7% dos casos, nos quais a maioria

    destas foi relacionada s prteses totais superiores. O tratamento de escolha a

    remoo cirrgica com pequena margem de segurana. Outros cuidados devem

    ser observados, como a eliminao dos agentes irritantes, como a confeco de

    uma nova prtese. A prescrio de medicamentos antifngicos para os casos de

    candidose associada tambm indicada. Em situaes em que existam

    mltiplas hiperplasias na cavidade bucal, a remoo pode ser realizada em

    etapas e optando-se entre cirurgia convencional cruenta, bisturi eltrico ou

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    cirurgia a laser. O ideal sempre enviar o tecido removido para anlise

    anatomopatolgica.

    1.7 Candidose

    A candidose a forma mais comum das micoses superficiais bucais e

    causada principalmente pela Candida albicans e, mais raramente, por outras

    espcies. A Candida albicans um comensal normal da cavidade bucal. As

    alteraes na flora microbiana oral, como aquelas que ocorrem aps

    antibioticoterapia de largo espectro prolongada, frequentemente levam candidose

    aguda. Outros fatores predisponentes para a candidose bucal incluem fatores locais

    (higiene bucal pobre, xerostomia), anemia ferropriva, diabete mellitus, desnutrio,

    malignidades hematolgicas, doena do vrus da imunodeficincia humana (HIV),

    imunodeficincias e medicamentos (corticosteroides e imunossupressores).

    A candidose uma doena comum em crianas, particularmente em recm-

    nascidos e bebs. Crianas mais velhas e adolescentes so afetados com menos

    frequncia. tambm bastante encontrada em idosos devido s alteraes do meio

    bucal e pelo uso de prteses totais e parciais. As leses podem acometer toda a

    mucosa bucal, com maior frequncia no palato mole, mucosa jugal e lngua e so

    identificadas vrias formas diferentes de acordo com o aspecto clnico das leses.

  • 25

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    ASPECTOS CLNICOS

    Candidose pseudomembranosa aguda

    Candidose eritematosa

    Queilite angular

    Glossite romboidal mediana

    Candidose hiperplsica

    Candidose mucocutneaAlmeida & Scully

    Braz J Oral Sci, 2002

    ASPECTOS CLNICOS

    Candidose pseudomembranosa aguda

    Candidose eritematosa

    Queilite angular

    Glossite romboidal mediana

    Candidose hiperplsica

    Candidose mucocutneaAlmeida & Scully

    Braz J Oral Sci, 2002

    A candidose pseudomembranosa, ou sapinho, a forma mais comum

    observada em crianas e , geralmente, aguda. Caracteriza-se clinicamente por

    manchas ou placas brancas ou amarelo-esbranquiadas, ligeiramente elevadas, que

    podem ser removidas por raspagem, deixando uma mucosa subjacente normal ou

    avermelhada. Podem ocorrer xerostomia, gosto desagradvel e leve sensao de

    queimao.

    Fig. 19. Aspecto clnico da candidose pseudomembranosa palato duro, palato mole e orofaringe.

    Observa-se a deposio de placas brancas em toda a mucosa.

    Fonte: http://www.uv.es/medicina-oral/Docencia/atlas/atlas.htm.

  • 26

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    A candidose eritematosa uma variante pouco comum, encontrada

    principalmente em indivduos infectados pelo HIV e em indivduos que receberam

    tratamento com antibiticos de largo espectro. Caracteriza-se clinicamente pela

    presena de manchas ou grandes reas eritematosas, que tm uma predileo pelo

    dorso da lngua e palato. Uma sensao de queimao comum. Uma das formas

    comuns da candidose eritematosa na prtica odontolgica a estomatite por

    dentadura.

    Fig. 20. Aspecto clnico da candidose eritematosa no palato, correspondente ao uso de prtese.

    Estomatite por dentadura. Fonte: http://www.uv.es/medicina-oral/Docencia/atlas/atlas.htm.

    A queilite angular a leso que se caracteriza por eritema, crostas

    fissuradas com ou sem eroses, ocasionalmente recobertas por manchas ou placas

    amarelo-esbranquiadas. uma leso muito encontrada nos idosos, pois os

    mesmos apresentam, muitas vezes, dimenso vertical reduzida por consequncia do

    edentulismo, o que promove o meio ambiente propcio para o desenvolvimento e

    proliferao de fungos do gnero Cndida. Alm disso, a xerostomia apresentada

    por esse tipo de paciente contribui para o desenvolvimento da queilite angular.

  • 27

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Fig. 21. Aspecto clnico da queilite angular: candidose oral na regio da comissura labial em paciente

    portador do HIV. Fonte: http://www.uv.es/medicina-oral/Docencia/atlas/atlas.htm.

    Fig. 22. Aspecto clnico da glossite romboidal mediana. Atualmente considerada uma infeco por

    Candida na regio mediana do dorso da lngua e no mais um distrbio do desenvolvimento.

    Fonte: http://www.uv.es/medicina-oral/Docencia/atlas/atlas.htm.

  • 28

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Na cavidade oral ocorrem leses hipertrficas por Candida que lembram a

    leucoplasia. Estas leses aparecem tanto na gengiva quanto na mucosa. De forma

    contrria s leses agudas por Candida, estas no so removveis por frico ou

    mesmo por raspagem.

    Fig. 23. Aspecto clnico da candidose hipertrfica na mucosa jugal. Placas brancas no removveis.

    Fonte: http://www.uv.es/medicina-oral/Docencia/atlas/atlas.htm.

    A candidose mucocutnea crnica comea durante a infncia e

    caracterizada por leses esbranquiadas na pele e unhas. frequentemente

    associada a um defeito de imunidade mediada por clula e anemia. O diagnstico

    das leses de candidose realizado atravs do exame clnico. A citologia esfoliativa

    tambm pode ser realizada. Nas condies hiperplsicas, a indicao a realizao

    de bipsia da leso para a anlise histopatolgica.

  • 29

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Fig. 24. Histopatolgico da candidose: presena de hifas de Cndida na camada de queratina do

    epitlio. Adaptado de JUNQUEIRA, 2003

    Aspectos histopatolgicosCANDIDOSE

    Aumento da camada de paraceratina

    Alongamento das papilas epiteliais

    Hifas de Candida

    Microabscessos

    Infiltrado inflamatrio crnico

    Aspectos histopatolgicosCANDIDOSE

    Aumento da camada de paraceratina

    Alongamento das papilas epiteliais

    Hifas de Candida

    Microabscessos

    Infiltrado inflamatrio crnico

    O diagnstico diferencial deve ser realizado, principalmente das outras

    leses brancas da cavidade bucal.

  • 30

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Diagnstico diferencial

    Leucoplasia

    Lquen plano

    Mordedura crnica

    Leucoedema

    CANDIDOSE

    Diagnstico diferencial

    Leucoplasia

    Lquen plano

    Mordedura crnica

    Leucoedema

    CANDIDOSE

    O tratamento das candidoses medicamentoso, podendo-se empregar a

    nistatina de uso local, bem como antifngicos de ao sistmica.

    1. Herpes simples e herpes zoster

    I. Herpes simples

    As infeces pelo vrus herpes simples do tipo 1 (HSV-1) so bastante

    comuns. Raramente tambm podem ocorrer infeces pelo vrus herpes simples do

    tipo 2 (HSV-2). O herpes simples um vrus de DNA de baixa infecciosidade.

  • 31

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Fig. 25. Ilustrao esquemtica da estrutura do vrus do herpes simples.

    Fonte: http://www.universitrio.com.br

    Aps penetrar na mucosa oral, viaja ao longo dos dendritos para alcanar o

    gnglio trigmeo, onde pode permanecer latente por anos. O vrus tambm foi

    isolado em locais extraneurais como a gengiva. Clinicamente, a doena caracteriza-

    se por uma instalao sbita acompanhada de febre alta, mal-estar, irritabilidade,

    dor de cabea, boca dolorida, seguindo-se, aps um ou dois dias, a fase eruptiva.

    A mucosa afetada vermelha e edemaciada, com numerosas vesculas

    coalescentes que se rompem em 24 horas, deixando lceras pequenas, dolorosas,

    rasas, arredondadas, recobertas por uma pseudomembrana e contornadas por um

    halo eritematoso. As lceras podem coalescer, formando ulceraes maiores,

    irregulares. Novos elementos continuam a aparecer durante os primeiros trs a cinco

    dias. A cura ocorre espontaneamente sem deixar cicatriz aps uma semana.

    Durante esse perodo, a dor pode tornar a alimentao difcil.

    As leses podem ocorrer na gengiva, lngua, palato, lbios, mucosa jugal,

    tonsilas e faringe. Um aspecto constante da doena a linfadenopatia regional

    dolorosa bilateral. O diagnstico geralmente se baseia nas caractersticas clnicas,

    mas podem ser feitos esfregaos citolgicos ou testes sorolgicos com dosagem de

    ttulos de anticorpos.

  • 32

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    As infeces herpticas secundrias ou recorrentes so resultantes da

    reativao do vrus herpes simples em indivduos pr-infectados.

    Fig. 26. Aspecto clnico do herpes simples com envolvimento da mucosa ocular.

    Fonte: www.herpesgold.com/ocular-herpes.htm

    Os fatores predisponentes que podem precipitar a reativao do vrus

    incluem doenas febris, trauma, estresse emocional, radiao ultravioleta,

    imunossupresso, infeco pelo vrus da imunodeficincia humana (HIV) e leucemia.

    Essas infeces recorrentes geralmente ocorrem mais de uma vez por ano, a

    maioria na borda do vermelho labial, tambm podendo ocorrer no palato duro e na

    gengiva inserida.

    As leses bucais consistem de um pequeno nmero de vesculas discretas

    dispostas em grupamentos. As vesculas se rompem em aproximadamente 24

    horas, deixando pequenas lceras com 1-3 mm de dimetro, que curam

    espontaneamente entre cinco a dez dias (Figura 27).

  • 33

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Fig. 27. Aspecto clnico da infeco herptica recorrente. lceras mltiplas no palato duro e gengiva.

    Adaptado de LASKARIS: Atlas Colorido de Doenas Bucais da Infncia e da Adolescncia, 2000.

    As leses labiais so caracteristicamente recobertas por uma crosta

    acastanhada. A recorrncia geralmente acompanhada por dor local e mal-estar

    geral.

    Fig. 28. Aspecto clnico da infeco herptica recorrente. Leso no lbio inferior.

    Fonte: www.truthinskincare.com/2008_03_01_archive.html

  • 34

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Neste caso, o diagnstico se baseia em critrios clnicos. Pode ser realizado

    e exame histolgico complementar das raspagens da lcera gengival. O exame

    histolgico revela clulas epiteliais gigantes multinucleadas, corpos de incluso

    intracelulares e cromatina marginal. O diagnstico diferencial deve ser realizado,

    pois inmeras patologias podem se manifestar na cavidade oral e assumir os

    mesmos aspectos clnicos das infeces pelo herpes simples.

    DIAGNSTICO DIFERENCIAL

    lceras aftosas

    Trauma

    Varicela

    Herpangina

    Estomatite estreptoccica

    Mononucleose infecciosa

    Pnfigo

    II. Herpes zoster

    A infeco pelo vrus do herpes zoster ocorre pela sua reativao anos aps

    a infeco primria, chamada varicela ou catapora. Normalmente afeta os gnglios

    torcicos e chamada de herpes serpiginoso. Algumas vezes atinge um ou dois

    ramos homolaterais do gnglio trigmeo, o que leva ao herpes zoster intraoral.

    Quando a diviso maxilar do nervo trigmeo afetada, as leses podem aparecer

    na gengiva palatina, estritamente de forma unilateral, como numerosas vesculas ou

    ulceraes pequenas cercadas por uma rea eritematosa. Vesculas e bolhas com

    frequncia se transformam rapidamente em lcera na boca devido ao trauma.

    Embora as leses sejam muito dolorosas, a cura ocorre dentro de poucos dias.

  • 35

    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    Fig. 29. Aspecto clnico de ulceraes unilaterais do herpes zoster.

    Fonte: http://www.uv.es/medicina-oral/Docencia/atlas/atlas.htm.

    Fig. 30. Formas cutneas do herpes zoster: Leses bolhosas na pele do pescoo de um adulto.

    Fonte: http://upload.wikimedia.org.

    O tratamento das leses bucais consiste em uma dieta leve ou de lquidos,

    remoo no-traumtica da placa e bochechos de clorexidina diluda. Uma

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    Este material deve ser utilizado apenas como parmetro de estudo deste Programa. Os crditos deste contedo so dados aos seus respectivos autores

    imunodepresso deve sempre ser posta sob suspeita.

    --------------------FIM DO MDULO I---------------------

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