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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO - SUED
DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE
Ficha para Catálogo
Artigo Final
Professor PDE/2010
Título: LEITURA DE CONTOS DE FADAS
Autor VERA LUCIA LOPES
Escola de Atuação COLÉGIO ESTADUAL TANIA VARELLA FERREIRA - EFM
Município da escola MARINGÁ
Núcleo Regional de Educação MARINGÁ
Orientador FÁBIO LUCAS PIERINI
Instituição de Ensino Superior UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ – UEM
Disciplina/Área LITERATURA E ESCOLA-CONCEPÇÃO E PRÁTICA
Produção Didático-pedagógica SEQUÊNCIA DIDÁTICA
Relação Interdisciplinar LÍNGUA PORTUGUESA
Público Alvo 5ª SÉRIE (6º ANO)
Localização RUA LIBERTADOR SAN MARTIN, 1046 CEP: 87047- 416
CONJUNTO GUAIAPÓ - MARINGÁ - PR
Apresentação:
A leitura é um ato criativo do nosso dia-a-dia, e, se
trabalhado de forma lúdica, poderemos despertar o
interesse pela leitura prazerosa e enriquecer o
conhecimento de mundo da criança, assim como sua
imaginação. Ouvir e contar histórias torna-se essencial
para o desenvolvimento das crianças, pois através dos
contos eles têm a possibilidade de se perceber dentro de
uma sociedade desencadeando assim, ideias, opiniões,
experiências, sentimentos e sua criatividade, ajudando,
enfim, na construção de sua identidade. A criança
precisa ter acesso a esses tipos de livros de histórias,
pois assim estaremos facilitando o conhecimento de
mundo e o desenvolvimento da imaginação.
Palavras-chave CONTOS DE FADAS, RAPUNZEL, CINDERELA, OS SETE
CORVOS, JOÃO E MARIA,
LEITURA DE CONTOS DE FADAS
Vera Lucia Lopes – Professora PDE1
Orientador: Fábio Lucas Pierini – UEM2
RESUMO
Nota-se que a leitura do texto literário tem sido relegada e, por vezes, esquecida pelas instituições, muitas vezes utilizadas como pretexto para o ensino de gramática e de ortografia. A leitura é um ato criativo do nosso dia-a-dia, e, se trabalhado de forma lúdica, poderemos despertar o interesse pela leitura prazerosa e enriquecer o conhecimento de mundo da criança, assim como sua imaginação. Ouvir e contar histórias torna-se essencial para o desenvolvimento das crianças, pois através dos contos eles têm a possibilidade de se perceber dentro de uma sociedade desencadeando assim, ideias, opiniões, experiências, sentimentos e sua criatividade, ajudando, enfim, na construção de sua identidade. A criança precisa ter acesso a esses tipos de livros de histórias, pois assim estaremos facilitando o conhecimento de mundo e o desenvolvimento da imaginação. A descrição das atividades realizadas na Oficina, assim como a apresentação dos resultados são uma tentativa de ofertar subsídios metodológicos que enriqueçam o trabalho dos demais professores.
Palavras-chave: Rapunzel, Contos de Fadas, Patinho Feio, Os Sete Corvos, Cinderela, Vendedora de Fósforos.
INTRODUÇÃO
1 Professora de Língua Portuguesa. Colégio Estadual Tania Varella Ferreira - Ensino
Fundamental e Médio. Maringá. Graduada em Letras Anglo-Portuguesa em Jandaia do Sul – Integrante do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE – da Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED – do Governo do Estado do Paraná. Realizado no período de agosto de 1010 a agosto de 2012. Trabalho apresentado como requisito parcial para conclusão do Programa –PDE. 2 Professor Dr. Orientador do Departamento de Letras da Universidade Estadual de Maringá.
UEM.
Meirelles (1979, pg 19) ressalta que: A língua e a literatura
precedem o alfabeto. Os iletrados possuem a sua própria literatura. Os povos
primitivos, ou quaisquer outros agrupamentos humanos, alheios ainda às
disciplinas de ler e escrever, nem por isso deixam de compor seus cânticos,
suas lendas, suas histórias e exemplificam suas experiências e sua moral com
provérbios, adivinhações, representações dramáticas, músicas, poesias...
transmitidas nos tempos mais remotos, de memória em memória, e de boca em
boca repletas de conteúdos.
É necessário vivenciar um contexto escolar que resgata a
sensibilidade humana, onde nenhum saber seja fragmentado e isolado do
cotidiano do ser humano. A leitura é extremamente importante em nossas
vidas, através dela testamos nossos valores e experiências.
Segundo os PCNs (1998, pg 17 a 40), a leitura de um texto
compreende pré-leitura, identificação de informação, articulação entre as
informações internas e externas ao texto, apropriação de característica de
gênero e análises de estratégia utilizadas pelo autor para atingir seus objetivos.
Os livros partilham sentimentos e pensamentos que nos transportam
para outros tempos e lugares até mesmo outras culturas. Ajudam-nos a
encontrar soluções dos problemas e absorver conhecimentos. Por tudo isso a
importância de despertar nos alunos o gosto pela leitura, aguçando a
criatividade, a imaginação e a curiosidade que são características do universo
infantil. Leitura é cultura. Essa afirmação nos faz acreditar que a leitura nos
abre caminhos, transforma e renova ideias.
É interessante que a criança perceba que a leitura nos cerca o
tempo todo, basta olharmos em volta, para que percebamos que tudo depende
da leitura e que esta faz parte do nosso cotidiano. Através da leitura a criança
descobre um mundo novo, se identifica com personagens e com situações
vividas por elas e isto ajuda na construção de sua própria história e no seu
repertorio cultural.
Foi um grande desafio tentar fazer o aluno adquirir o gosto pela
leitura. É uma luta diária, motivar, insistir, contar historia e criar situações de
interação com os alunos. A leitura dos contos de fadas sempre forma
motivadores dos sonhos, da fantasia, do acreditarem finais felizes, acreditar no
que não deu certo é porque não chegou ao final, pois todos acabam bem
quando as coisas certas são feitas.
Por esse motivo que a estimulação da leitura desses contos é
importante para a formação do individuo, do seu caráter e do seu otimismo.
Estudos feitos sobre leitura comprovam que quem tem o hábito de ler desde
criança possui um maior desenvolvimento intelectual e facilidade para lidar com
os problemas existenciais, humaniza o individuo. Com os contos de fadas
consegui trabalhar muitas realidades trazidas pelos alunos e fazê-los acreditar
que podemos ter um final feliz.
BARBOSA (1991, pg 67) afirma que a palavra “conto” nos remete à
oralidade e a ficcionalidade, trata-se de um relato que não tem compromisso
com a realidade, utilizando-se do maravilhoso com função de entreter e
possibilitar a verbalização das dificuldades humanas.
O prazer da redescoberta da leitura de contos de fadas em
contraposição com os perigos representados hoje pela violência e pela droga.
O texto literário propõe na esfera imaginativa, criando uma nova relação entre
situações reais e situações de pensamento, ampliando assim, o campo de
significados e auxiliando na formação de planos reais de vida. Lidando com a
necessidade de imaginação e fantasia, onde se criam e se seguem regras
voluntárias para a satisfação dos desejos.
Hillesheim (2006, pg 109) comenta em seu artigo que ao trazer para
o universo literário os contos populares Perrault transformou histórias que até
então eram vista como vulgares, trazendo-as para o centro de uma cultura que
pretendia socializar e educar as crianças. Ele modifica os contos populares,
adequando-os à ideia de uma literatura apropriada à infância.
Em seu artigo de Maria Angela Garghetti Silva (2001, pg 2) diz que a
leitura é uma atividade permanente da condição humana, uma habilidade a ser
adquirida desde cedo. Lemos para entendermos, para conhecermos, para
sonharmos, para viajarmos na imaginação, por prazer ou por curiosidade, para
resolvermos problemas ou mesmo para podermos questionar. E a escola
possui papel fundamental no desenvolvimento do hábito da leitura.
Desde criança ouvimos histórias contadas por nossos pais. Histórias
de fadas, bruxas, gnomos, crianças que não crescem, etc.. Esse tipo de
história nos ajuda a desenvolver a nossa imaginação, os nossos sentimentos,
tais como: alegria, tristeza, pavor, liberdade, raiva, segurança ou insegurança.
Em pleno século XXI, esses contos ainda têm algo a nos ensinar. Os
contos, que nasceram há muito tempo atrás, nos revelam amores eternos,
muitas vezes fatais, amizade fiel entre os seres humanos. Hoje eles ganham
roupagem moderna indo assim além do prazer da leitura, pois com a
descoberta da linguagem metafórica, do lúdico, da fantasia nos proporciona a
construção de uma personalidade infantil mais sadia.
Nos contos, temos personagens que enriquecem a personalidade
infantil, fazendo a criança experimentar emoções diferentes variando a forma
de ser e pensar, possibilitando a ampliação da sua concepção de mundo. Ela
elabora hipótese para a solução de problemas do seu cotidiano, buscando
maneiras de transformar a sua realidade.
Para gostar de ler o aluno precisa experimentar entrar em contato
com o livro. Para isso, o professor deve ser amante da leitura, e
consequentemente, um batalhador incansável pela presença de livros e de
atividades de leitura na biblioteca da escola. Sem mudança na mentalidade do
professor e na sua prática, a formação de leitores continuará deficiente.
No faz de conta, a criança poderá criar e recriar uma realidade
aceitável, podendo assim satisfazer seu universo interior. De acordo com Vera
Teixeira de Aguiar (1990), que resume, em sua concepção, sobre os contos de
fadas, as crianças precisam deles para conseguir lidar com problemas reais,
enfrentando-os com coragem de um adulto e com a inocência de uma criança.
A criança precisa ter acesso a esses tipos de livros, de histórias,
pois assim estaremos facilitando o conhecimento de mundo e o
desenvolvimento da imaginação. Precisamos da leitura para viajar na
imaginação e na realidade, podendo assim participar da construção de uma
sociedade mais crítica.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação do Paraná (2008,
p. 58), o ensino da literatura deverá ser pensado a partir dos pressupostos
teóricos da Estética da Recepção e da Teoria do Efeito, visto que essas teorias
buscam formar um leitor capaz de sentir e de expressar o que sentiu, com
condições de reconhecer um envolvimento de subjetividades que se
expressam pela tríade obra/autor/leitor, por meio da interação que está
presente na prática da leitura.
Todo texto literário pode dar margem a muitas interpretações,
dependendo do conhecimento de mundo que a criança possa trazer, de suas
experiências de vida. Caberá ao professor orientar o educando para uma
leitura mais coerente com seu perfil, com isso dará a ele a oportunidade de
ampliar seu universo como também o universo da obra, levando sempre em
conta o papel do leitor e a sua formação.
A Diretriz sugere ainda o Método Recepcional, das professoras,
Maria da Glória Bordini e Vera Teixeira de Aguiar, como encaminhamento
metodológico para o trabalho com a Literatura, devido ao papel atribuído ao
leitor, pois este é visto como sujeito ativo do processo de leitura, tendo voz em
seu contexto, proporcionando momentos de debates, reflexões sobre a obra
lida, possibilitando à criança a ampliação de seus horizontes de expectativas.
Bettelheim (2010) nos mostra que os contos de fadas direcionam a criança
para a descoberta de sua identidade e vocação, sugerindo também
experiências que são necessárias para o desenvolvimento do seu caráter.
Mas para Candido (1972), a literatura é vista como arte que
transforma/humaniza o homem e a sociedade. Através dos contos de fada, as
crianças podem desenvolver seus sentimentos, formar suas opiniões, aprender
a lidar com suas emoções, desenvolvendo o senso crítico, sua criatividade,
suas expressões e sua própria linguagem.
Conforme a recepção e a interpretação desses contos de fadas, a
criança cria seu universo de interesse, dando resposta a alguns de seus
problemas ou para certos perigos ligados ao seu cotidiano. Os verdadeiros
contos populares são anônimos, de origem longínqua e difícil de precisar. São
narrativas de histórias simples, curtas, que apresentam personagens vivendo
situações em conflitos.
Contados de geração em geração ao longo dos séculos, foram
adquirindo várias fórmulas. Começam, na maioria das vezes, por “Era uma
vez...” e terminam em “... e viveram felizes para sempre.” (Traça, 1992). Ainda
segundo Traça, o conto de fadas exprime-se utilizando o código da vida social
cotidiano, ocupa-se de laços familiares, de relações de parentesco
perturbadas, do destino dos indivíduos e da prosperidade local.
A escolha de trabalhar com autores como - Charles Perrault, os
irmãos Grimm (Jakob e Wilhelm), Hans Christian Anderson (considerado por
muitos estudiosos sobre literatura, o primeiro escritor infantil), inclui a
genialidade de cada um deles e a leveza das obras. Os Irmãos Grimm
recontavam as histórias já contadas oralmente pelo povo e também escreviam
versões das histórias de Perrault. “No conto maravilhoso, o leitor é transportado
para um mundo onde tudo é possível: tapetes voam e galinhas botam ovos de
ouro. Essa é a magia da fantasia”, explica Lilian Mangerona Corneta Rotta,
mestre em Literatura pela Universidade Estadual Paulista, para site - Revista
Nova Escola - (setembro 2009).
Para a escritora Ana Maria Machado, os contos de fadas pertencem
ao gênero literário mais rico do imaginário popular.
“Essas histórias funcionam como uma válvula de
escape e permitem que a criança vivencie seus
problemas psicológicos de modo simbólico, saindo
mais feliz dessa experiência”. (MACHADO. Ana
Maria, 2002, p. 28).
Segundo Bruno Bettelheim, nenhum tipo de leitura é tão
enriquecedor e satisfatório quanto os contos de fadas, pois eles ensinam sobre
os problemas interiores dos seres humanos e apresentam soluções em
qualquer sociedade. Ou seja, a fantasia ajuda a formar a personalidade e por
isso não pode faltar na educação (Revista Nova Escola, Set 2009).
Para Bettelheim (2010. pp. 24, 57, 90, 207 e - 209), a agressividade
e o descontentamento com irmãos, mães e pais são vivenciados na fantasia
dos contos: o medo da rejeição é trabalhado em João e Maria, a rivalidade
entre os irmãos em Cinderela e a separação entre crianças e seus pais em
Rapunzel e o Patinho Feio.
O que as crianças mais temem é a separação dos pais. Por isso
quase sempre o personagem principal dos contos de fadas vivem felizes para
sempre. Sendo assim, a criança se estimula a compreender o “como” e o “por
quê” de tais situações, buscando a solução do problema enfrentado. O conto
popular é tradicionalmente um gênero oral, a maneira de pensar, que utiliza de
uma rede de contadores que se sucedem no tempo e no espaço para renovar e
reavivar a função imaginaria de seus ouvintes.
Os estudos de literatura infantil, incluindo os contos de fadas, estão
aparecendo cada vez menos nos currículos escolares e consequentemente
sendo menos citados nas salas de aula, inibindo o poder de despertar a
imaginação que o conto maravilhoso possui, criando uma lacuna entre a
imaginação, o sonho infantil e o processo de formação intelectual e moral das
crianças.
Essa lacuna torna-se mais perigosa se, no lugar das histórias de
fadas, as crianças que estiverem em contato com histórias mais violentas que
são a quase totalidade dos desenhos mostrados pela televisão atual. A não
interação da criança com a história lida ou contada a ela, pois assiste
passivamente ao que a TV mostra, não abre o leque de possibilidades,
imaginações e experiências que, à medida que são relacionadas ao seu
cotidiano, vão contribuindo para sua formação pessoal e inclusão social.
Quando nos questionamos por que as crianças de hoje estão
diferentes, precisamos questionar também o que se perdeu em meio a tanto
avanço tecnológico e social, pois algumas coisas, como o encanto das histórias
de fadas, não acabam nunca, porém precisa será apresentado ao mundo
infantil.
RELATO DO GRUPO DE TRABALHO EM REDE - GTR
No mês de outubro/2011, teve início o Grupo de Trabalho em Rede
– GTR, essa atividade é obrigatória para os professores que ingressam no
Plano Integrado de Formação Continuada do Programa de Desenvolvimento
Educacional - PDE, oferecido pela Secretaria de Estado da Educação – SEED,
que tem como objetivo, a formação continuada dos professores da rede
estadual de ensino. O curso aparece no site do diaadiaeducacao.pr.gov.br, no
ambiente virtual do MOODLE, com suporte nos Núcleos Regionais de
Educação – NRE, através da CRTE (Coordenação Regional de Tecnologia na
Educação).
O professor PDE no GTR é chamado de PROFESSOR-TUTOR e os
professores que são inscritos para fazerem o curso, são os CURSISTAS. Eles
se apresentam e interagem com os outros cursistas e também com o
professor-tutor, durante as tarefas como os fóruns e os diários.
Todas as tarefas são referentes ao projeto, a primeira tarefa se
referiu ao Projeto de Intervenção Pedagógica3, onde os cursistas tiveram a
oportunidade de discutir com os outros participantes. A segunda tarefa referiu-
se à Produção Didática Pedagógica4, após as discussões ocorridas nos fóruns,
o professor cursista vai para a parte do diário e coloca suas impressões e
experiências. Na última parte ele faz uma avaliação sobre o curso.
Sempre que se nota a necessidade de lembrar datas ou alguma
tarefa, o tutor envia e-mail para o cursista em questão. Após a realização das
tarefas é disponibilizado na plataforma a tabela de tarefas cumpridas ou não, e
consequentemente, as notas.
Esse curso passa a ser uma troca de experiências, onde os
participantes têm o objetivo de debater, contribuir e intervir no desenvolvimento
das atividades propostas, até mesmo na elaboração e aplicação do material a
ser trabalhado.
Nas discussões dentro do GTR, os participantes expõem os tipos de
contatos que foram realizados na sua escola, quais atividades foram realizadas
e como foram realizadas, qual o tempo gasto na efetivação das tarefas e
informa as recursos materiais e pedagógicos utilizados.
RELATO DA INTERVENÇÃO DIDÁTICA PEDAGÓGICA
3 Projeto de Intervenção Pedagógica é desenvolvido pelo professor PDE sob a orientação do Professor da
Universidade e que será aplicado na escola no final do processo de formação do Programa, ou seja, no
terceiro período. 4 Produção Didática Pedagógica é o caderno de atividades que serão desenvolvidas pelo professor PDE
junto aos alunos selecionados.
Esse projeto foi implementado no Colégio Estadual Tania Varella
Ferreira – Ensino Fundamental e Médio, situado à Rua Libertador San Martin,
1046, no Conjunto Guaiapó, Maringá, Estado do Paraná, com alunos da quinta
série ou, sexto ano, do Ensino Fundamental, período matutino.
O início da implementação do Projeto foi com a apresentação do
mesmo aos demais membros do Colégio, no caso, à direção, à equipe
pedagógica e aos professores, com o objetivo de promover um maior
engajamento de todas as pessoas envolvidas no processo educacional, pois a
melhoria na qualidade de ensino, no que se refere à maturidade de leitura dos
alunos deve ser de interesse geral.
As atividades de leitura aqui desenvolvidas tiveram como objetivo
não só o incentivo da leitura, mas propiciar aos alunos um momento único de
“mergulho” na leitura, principalmente, a leitura literária, que deve ser contínua e
constante, mas também ajudar na formação de leitores competentes, que
compreendem o que leem, aprendendo a ler o que não está escrito e
estabelecer relações entre textos lidos.
É necessário proporcionar às crianças meios para desenvolver
habilidades que agem como facilitadores dos processos de aprendizagem.
Estas habilidades podem ser observadas no aumento do vocabulário, nas
referências textuais, na interpretação de textos, na ampliação do repertório
linguístico, na reflexão, na criticidade e na criatividade.
Estas habilidades propiciariam, no momento de novas leituras,
possibilidades de o leitor fazer inferências e novas releituras, agindo assim,
como facilitadores do processo de ensino-aprendizagem não só da língua, mas
também das outras disciplinas.
Foi explicado a eles que os contos de fadas antes eram contados
(oralmente) por camponeses ao pé da lareira, e tinham como objetivo afugentar
o tédio dos afazeres domésticos e que logo em seguida foram levados aos
quartos de dormir, isso como forma de entretenimento acaba se constituindo
num poderoso legado cultural transmitido de geração a geração.
Proporcionei aos alunos o convívio estimulante com a leitura,
possibilitando que se cumprisse o papel fundamental que é a leitura do mundo
que os cerca. Com esse propósito e querendo cativar os alunos para leitura e
com isso formá-los para se tornarem leitores competentes e capazes.
O primeiro texto trabalhado foi “A PEQUENA VENDEDORA DE
FÓSFOROS”, de Hans Christian Andersen, onde eu fiz a primeira leitura,
dando ênfase à pontuação e à entonação, e contei um pouco sobre a vida e a
importância do autor na literatura. Depois os alunos fizeram uma leitura
silenciosa, anotando em seu caderno palavras fora de seu cotidiano e com
significado desconhecido, pesquisando depois as palavras no dicionário e
escolhendo o melhor significado para o contexto da história.
Após a apresentação da pesquisa dos vocábulos, os alunos
assistiram ao filme que se encontra no youtube, com prazer e puderam discutir
os problemas apresentados no texto e que são vivenciados bem de perto por
todos, pois os alunos são de classe média baixa e vivem num conjunto onde
tudo está presente no dia-a-dia - com isso, presenciam essas questões como
abandono, frustrações, alegrias, tristezas, morte, separações, fome, solidão,
preconceito, miséria, etc. - sentimentos e sensações sentidas e vividas por
todos.
Foi situada a época que ocorreu a história, a estação do ano, o local
provável da história, o fato de haver neve, o porquê não tem neve no Brasil,
fazendo uma descrição de como é o nosso clima. Depois foi discutida a
questão da exploração de menores pelos pais, ou familiares, o trabalho infantil.
As crianças contaram se conheciam alguém que se aproveitavam desse tipo de
coisa.
Ficaram indignadas com os sentimentos dos passantes da história
quando se deparavam com a cena, e nós, o que fazemos num caso desses.
Colocaram a questão da falta da mãe, onde estava, se morreu ou sumiu,
deduções trazidas por eles próprios. Se a menina morreu, para onde foi e
quem a levou, sensações vividas no cotidiano de muitos deles. Situações
semelhantes à história eram misturadas com todo o texto e com todas as
discussões.
Assim todas as tarefas desse texto foram organizadas de maneira
rápida e sem dificuldade na execução das atividades.
Essas atividades foram feitas em cinco aulas divididas em leituras,
discussões e o filme de maneira que não cansasse os alunos e que todos
pudessem participar, recolhendo informações diversas entre eles.
Após trabalhar a leitura do conto de fadas “O PATINHO FEIO”, de
Hans Christian Andersen, foi distribuído uma cópia do texto para todos os
alunos, lido e discutido o texto com eles, ajudando-os a perceber a diferença
entre todas as crianças, salientando que nenhum ser humano é igual a outro.
Somos únicos, mas com desejos, sonhos, necessidades, sentimentos iguais
para todos. Logo após a discussão, os alunos comentaram qual ou quais os
trechos da história mais gostaram e relataram experiências vividas ou
conhecidas.
Nessa história foram vistos a discriminação e as diferenças sociais.
As crianças assistiram na TV pendrive, o filme, em desenho, fazendo
comparações entre eles.
Aproveitei para comentar sobre a narrativa, os personagens, enredo,
espaço, tempo, clímax isso tudo de forma oral e prazerosa.
Após as discussões na sala de aula, foi feito uma retomada dos
conteúdos gramatical tais como: substantivo, adjetivo e verbos. Os alunos
estavam bastante estimulados assim tiveram a assimilação dos conteúdos com
muito mais facilidade.
Para o conto do Patinho Feio foi utilizado cinco aulas, como estava
previsto no planejamento de projeto, podendo contar com a participação efetiva
dos alunos.
No conto da “CINDERELA”, foi feita a comparação entre as versões
de Charles Perrault e dos Irmãos Grimm. Distribuído o texto entre os alunos, fiz
a primeira leitura do texto dos Irmãos Grimm e uma leitura coletiva do texto de
Charles Perrault, onde os alunos também fizeram anotações sobre os
vocábulos desconhecidos e que foi escrita no quadro de giz e feita uma divisão
entre os alunos para que fizessem a pesquisa sobre a significação e o
resultado foi exposto em sala de aula.
Em seguida foi feita uma discussão entre os alunos e explicado que
uma mesma história pode ser contada de formas diferentes, dependendo do
autor. Logo depois da discussão e de serem colocados os pontos essenciais da
história foi entregue a outra versão, a dos Irmãos Grimm. Os próprios alunos
começaram a perceber as diferenças e as semelhanças entre as duas versões
marcando e discutindo as mesmas.
Fizeram também uma lista de sentimentos, emoções, impressões
sentidas ou vividas pela Cinderela no decorrer da história, observando a
agressividade e o descontentamento das irmãs, da mãe e que foi vivida na
maioria das histórias maravilhosas, principalmente a rivalidade entre elas.
Informei aos alunos que os contos estão presentes em toda a sociedade,
sofrendo adaptações e ganhando marcas da cultura de cada povo.
Analisaram as transformações mágicas ocorridas nos dois textos. E
assistiram a um filme produzido pelos estúdios da Disney.
Como nesse conto foram lidos dois textos e feito a comparação
entre eles, foi assistida ao filme, com todas essas atividades foram utilizados
mais aulas do que constava no planejamento, foram seis aulas no total, mesmo
assim tivemos um rendimento excelente em relação à disposição dos alunos.
No conto “JOÃO E MARIA”, dos Irmãos Grimm, foi feita a leitura em
voz alta sempre dando ênfase a entonação das palavras, logo após foi pedido
aos alunos para que fizessem uma leitura, também em voz alta, promovendo
em seguida uma discussão em sala de aula.
As palavras desconhecidas no texto foram pesquisadas em duplas
divididas pelos próprios alunos. Expliquei aos alunos as características dos
contos de fadas, comentou-se sobre os seres imaginários como as bruxas Foi
assistido o filme e mostrado a diferença entre as formas de representação do
conto, seja ela, contada, lida ou em vídeos.
As crianças colocaram os problemas como abandono sentido pelos
meninos, a miséria e a falta de carinho da família, onde foram feitos relatos de
histórias pessoais ou histórias do conhecimento das crianças.
Eles fizeram a leitura de um poema de Martins D’Alvarez, e também
de um texto, “João e Maria na atualidade”, onde puderam perceber que os
problemas do texto dos Irmãos Grimm não diferenciavam de hoje, apesar da
distância temporal.
Com o poema e as atividades envolvendo as crianças, o período
utilizado para o desenvolvimento dessas tarefas foram de cinco aulas que teve
um resultado surpreendente com as respostas conseguidas.
Com o conto da “RAPUNZEL”, dos Irmãos Grimm, foi feita a leitura
coletiva, sempre ressaltando a entonação, altura e volume da voz, para que
todos os alunos possam acompanhar a história com nitidez nas palavras.
A interpretação foi feita em grupos de quatro alunos, discutindo os
vocabulários menos conhecidos e formulando respostas às questões
apresentadas a eles. Foram feitas atividades diferenciadas e a execução
ocorreu de maneira tranquila e facilitada, observando a estrutura textual e os
problemas foram sendo colocados para que os alunos percebessem e
tentassem modificar o final da história.
Analisamos os personagens, a presença de sentimentos e emoções,
discutimos a questão do medo, traumas e angústias do personagem, quais as
partes que os alunos mais gostaram dentro do texto. Depois das discussões,
assistimos ao filme “Enrolados” e foram analisadas as diferenças e
semelhanças do enredo entre o texto lido e o filme. Os alunos relataram casos
onde crianças são abandonadas pela família, e a vida nos abrigos, casos
vividos ou conhecidos.
Com o desenvolvimento desse conto e a discussão que foi muito
eficaz, passei o filme “ Enrolados” e os alunos tiveram uma participação geral e
foram utilizadas cinco aulas.
No conto de fadas “OS SETE CORVOS”, dos Irmãos Grimm, foi
entregue um texto a cada aluno e feita à leitura coletiva em voz alta. Explorei a
entonação e as pausas, a maior e a menor altura de voz de acordo com o
contexto.
Logo depois uma discussão dos problemas vividos pela família,
como: rejeição, abandono, etc. Os alunos perceberam a discriminação e a
transformação dos corvos e da família e ofereceram soluções ou desfechos
mais otimistas.
Foi salientada a presença feminina, a irmã, mostrada como uma
personagem, geralmente fraca, por ser filha menor, mulher, menos inteligente
que, no entanto, enfrenta o feitiço com esperteza e sabedoria. Foram
ressaltadas aos alunos as características dos personagens, tais como:
insegurança, medo, avidez, alegria e surpresas.
Procurei rever os conhecimentos machistas (dos irmãos), a doçura e
a bondade feminina. Comentamos sobre a perspectiva do título do texto e a
suposição de como seria a história. Os alunos leram e acompanharam o
percurso feito pela irmã, desde a saída de casa, rompendo o isolamento em
que vivia para iniciar um caminho de perigo, aventura que a levaria na vitória
de sua batalha contra o feitiço.
Ao longo desse percurso ela vive experiências que a torna mais
responsável por suas escolhas, conquistando a sabedoria que a permitirá
retornar ao encontro dos pais em sua plenitude que se expressa no desfecho
“VOLTARAM FELIZES PARA CASA”.
O conto “Os Sete Corvos” finaliza o trabalho de leitura sobre contos
de fadas onde foi despertado o prazer pela leitura, favorecendo um contato
amigável com o texto, explorando a curiosidade, a observação, a reflexão e o
debate entre os alunos.
Esse conto foi discutido e trabalhado em cinco aulas. Todos os
contos trabalhados foram satisfatórios e esse em especial, por ser um conto
desconhecido pelos alunos, teve uma contribuição prazerosa como parte do
encerramento e início de uma caminhada mais efetiva de leitura.
Possibilitei às crianças, a leitura de vários contos de fadas, criando
situações para que eles ouvissem, lesse, contassem e recontassem histórias,
percebendo situações e emoções do nosso dia-a-dia. Ajudando-os a perceber
que as atitudes corretas são importantes na formação de todo cidadão, para
que possamos assumir e atuar numa sociedade mais crítica, justa e digna,
despertando a criança para valores muitas vezes esquecidos pela própria
família.
CONCLUSÃO
Esse projeto contribuiu muito na minha prática pedagógica, pois é
uma ferramenta a mais no meu trabalho e, ao compartilhá-la com os alunos,
pude envolvê-los na leitura, estimulando sua capacidade de imaginar,
concentrar-se, ouvir e interagir, tentando assim compreender a natureza de
suas linguagens. A leitura de obras literárias na escola tem um papel
transformador, pois leva o leitor a estabelecer uma relação com o livro.
Mostrando que a leitura é arte, é prazer.
Nessa interação entre o texto e o leitor é fundamental o papel do
professor, como principal responsável pelo ensino da literatura na escola. Os
alunos precisam do contato com os textos literários em sala de aula e isso não
pode ser feito de maneira aleatória e desvinculada de um objetivo, afinal leitura
e escrita são práticas complementares, fortemente relacionadas e, em função
das novas tecnologias os livros foram deixados de lado.
Trabalhando a literatura de modo mais atrativo, a mesma permitirá
uma ampliação maior do mundo, propiciando o acesso à informação com
autonomia, contribuindo para o exercício da fantasia, da imaginação,
estimulando a reflexão crítica, facilitando o debate e a troca de ideias,
independentemente de qualquer grupo de que o educando ou o educador faça
parte.
Todo trabalho em contos de fadas é prazeroso e não existe
tecnologia que substitua um bom contador de histórias. O brilho nos olhinhos
das crianças, e mesmo do adolescente, quando ouve uma história, não mudou
com o tempo. Hoje, com a internet, o DVD, cinema 3D, o livro ficou em
segundo plano. Mas quando falamos com alguém contando uma bela historia,
vemos o interesse prevalecer.
O trabalho com sequencia didática permite a elaboração de
contextos de produção de forma precisa, por meio de atividades e exercícios
múltiplos e variados, com a finalidade de oferecer aos alunos noções, técnicas
e instrumentos que desenvolvam suas capacidades de expressão oral e escrita
em diversas situações de comunicação.
Foi selecionado o gênero “Conto de Fadas”, por se tratar de uma
tipologia ainda presente na vida das crianças e por se pressupor que o contato
delas com esse gênero seja uma realidade. Antes de iniciar o trabalho com o
gênero selecionado, apresentamos aos alunos o trabalho a ser desenvolvido,
esclarecendo as especificidades do gênero conto de fadas.
É importante ressaltar que o trabalho com qualquer gênero textual,
em que seja possível mostrar outras versões das histórias, enriquece o
processo de ensino da leitura, reconstruindo a história do leitor através da
quebra da expectativa, ou seja, quando há alterações (no enredo, no
desfecho), o leitor passa pelo estado de decepção e adquire um novo
conhecimento.
Depois do desenvolvimento deste trabalho ficou provado que
sempre será possível uma mudança no ensino da literatura para crianças,
podendo aproveitar a criatividade e a energia que elas possuem e promover
um trabalho contínuo e planejado, proporcionando mudanças de atitude com
relação à maneira de se apresentar o texto literário, mostrando a eles o prazer
da leitura literária. À escola cabe a responsabilidade de garantir o acesso à
literatura pelas crianças, não poupando esforço e investimento neste sentido.
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