Seguranca No Trabalho

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Segurana do Trabalho 1 Mdulo__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PREVENO E SEGURANA NO TRABALHO______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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SENAC - Servio Nacional de Aprendizagem ComercialConselho Regional Jos Evaristo dos Santos Presidente Departamento Regional de Gois Narses Goianino do Sul Diretor Regional Felicidade M de Faria Melo Diretora de Formao Profissional Coordenadoria de Apoio Tcnico Cludia Mrcia Alencar Costa Pereira talo Camilo da Silva Nogueira Juliano de Morais Luzlia Alves de Oliveira Rubens Alencar Moreira Vanda Aparecida de Souza Coordenao Dlcio Marques da Costa Elaborao Alexandre Abril de Almeida Reviso Luiz Donizete da Silva Diagramao Hanyel Domingos Nogueira Pacheco

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5s SENAC.DR.GO. Segurana no Trabalho / Alexandre Abril de Almeida. Goinia, 2006. 74 p. il Segurana no Trabalho; EPI; Acidente no Trabalho; Primeiros Socorros; Riscos Profissionais; Prestao de Acidentes CDU: 331.45

SumrioBreve histrico......................................................................................................... ...08 Introduo..................................................................................................... ............. 12 DEFINIO DE ACIDENTES E DOENAS NO TRABALHO...................................12 1. Lei 8.213 de 24 de julho de 1991....................................................................13 2. Situaes que se equiparam a acidentes do trabalho.....................................13 Conseqncias dos acidentes do trabalho..............................................13______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Causas de acidentes do trabalho............................................................13 Riscos de Acidente..................................................................................14 Perigo de Acidente..................................................................................14 Atos inseguros..............................................................................15 Condies inseguras....................................................................17 Maneira de se trajar no local de trabalho................................................18 Ordem e limpeza.....................................................................................20 INSPEO DE SEGURANA................................................................................. ..23 1. Importncia ......................................................................................... ............23 2. Tipos..................................................................................................... ...........23 3. Levantamento dos riscos de acidentes...........................................................24 4. Relatrio de inspeo......................................................................................24 5. Simulao de inspeo de segurana.............................................................24 INVESTIGAO DE ACIDENTES.............................................................................31 1. Procura das causas do acidente.....................................................................31 2. Agente da leso...............................................................................................32 3. Fator pessoal de insegurana.........................................................................32 4. Natureza da leso............................................................................................32 5. Localizao da leso ......................................................................................33 6. Cdigos usados numa anlise de acidentes...................................................33 ANLISE DOS ACIDENTES......................................................................................41 1. Classificao dos acidentes quanto a sua conseqncia...............................41 Acidente sem afastamento.......................................................................41 Acidente com afastamento.......................................................................42 Incapacidade temporria..........................................................................42 Incapacidade parcial e permanente..........................................................42 Incapacidade total e permanente.............................................................42 Acidente material......................................................................................42 2. Dias perdidos............................................................................................... ....42______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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3. Dias debitados............................................................................................. ....43 4. Estatstica............................................................................................. ...........43 5. Cadastro de acidentes.....................................................................................44 6. Comunicao de acidentes.............................................................................45 7. Medidas de segurana a serem adotadas.......................................................47 RVORE DE CAUSAS....................................................................................... .......47 1. O Mtodo................................................................................................. ........47 2. Etapas da anlise de acidentes com o mtodo de rvore de causas.............48 Coleta e organizao de dados...............................................................48 Construo da rvore de causas (Mtodo de causas e efeito)...............49 Identificao das medidas preventivas....................................................53 Medidas de segurana a serem adotadas..............................................53 3. Campanha de Segurana................................................................................53 COMISSO INTERNA DE PREVENO DE ACIDENTES......................................57 1. Reunies da CIPA...........................................................................................57 2. Mapas de risco................................................................................................59 O mapa de risco tem como objetivo........................................................60 Etapas da elaborao..............................................................................60 RISCOS PROFISSIONAIS.........................................................................................6 2 1. Riscos fsicos .................................................................................................. 62 Vibrao.....................................................................................................62 Calor...........................................................................................................6 3 Frio.............................................................................................................6 3 Radiaes..................................................................................................63 Rudo..........................................................................................................6 4

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2. Riscos qumicos............................................................................................... 65 Intoxicao atravs das vias respiratrias.................................................66 Intoxicao atravs das vias cutneas.......................................................66 Intoxicao atravs das vias digestivas.....................................................66 3. Riscos biolgicos............................................................................................. 67 4. Riscos ergonmicos ....................................................................................... 68 5. Riscos de acidentes.........................................................................................68 6. Concluso............................................................................................. ...........68 EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL......................................................69 1. Exigncias legais para empregador e empregados........................................70 Obrigaes do empregador.......................................................................70 Obrigaes do empregado.........................................................................70 Obrigaes do fabricante...........................................................................70 2. Conscientizao do uso de EPI's....................................................................71 3. Recibo de entrega de EPIs..............................................................................72 TIPOS DE EPIs............................................................................................. .............73 1. Classificao dos EPI's segundo os riscos.....................................................73 Proteo para a cabea..........................................................................73 Proteo dos olhos..................................................................................74 Proteo de pele.....................................................................................74 Proteo dos membros superiores..........................................................74 Proteo dos membros inferiores............................................................75 Proteo contra quedas com diferena de nvel.....................................75 Proteo respiratria...............................................................................77 Proteo auditiva.....................................................................................77 Proteo para o corpo em geral..............................................................78 PRINCPIOS BSICOS DE PREVENO DE INCNDIO.......................................78 1. Qumica do foco...............................................................................................78 Tringulo do fogo.....................................................................................78 Rompimento do tringulo do fogo...........................................................80______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Eliminando o tetraedro do fogo...............................................................80 2. Ponto de fulgor................................................................................................81 3. Ponto de combusto........................................................................................8 1 4. Ponto de ignio..............................................................................................81 5. Transmisso de calor......................................................................................81 6. Classes de Fogo..............................................................................................82 7. Agentes extintores...........................................................................................8 3 8. Aparelhos extintores de incndio.....................................................................84 9. Tipos de extintores..........................................................................................8 6 Extintores A.............................................................................................86 Extintores B ............................................................................................87 Extintores C.............................................................................................88 Extintores D.............................................................................................88 BIBLIOGRAFIA................................................................................................ .........90]/

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Breve Histrico Os atos inseguros sempre estiveram presentes na histria da humanidade. O homem primitivo, utilizando-se de armas toscas para se defender das feras, atingia a si prprio ou a seu companheiro de caada com os instrumentos que empunhava. Na poca medieval, dentro das oficinas corporativas, os arteses sofriam acidentes nem sempre muito graves ou fatais, em razes dos processos de produo. Os mestres ensinavam os oficio aos seus aprendizes e, tambm, as operaes que curavam leses nas mos e nos olhos. Desde a existncia do homem sobre a terra que o trabalho existe. Entretanto, os primeiros estudos relacionando os riscos sade do trabalhador e a atividade por ele desenvolvida, datam de 1556, quando Georg Bauer publicou o livro "De Re Metlica" no qual relata as doenas e acidentes sofridos pelos mineiros nas minas de prata e ouro e nas fundies desses metais. Outros estudos surgiram e, em 1700, a obra "De Morbis Artificum Diatriba" (As doenas dos trabalhadores) de Bernardino Ramazzini, na Itlia, conferiu ao autor o ttulo de Pai da Medicina do Trabalho. A importncia deste trabalho s foi reconhecida mais tarde, principalmente com o advento da Revoluo Industrial, ocorrida entre 1760 e 1820, na Inglaterra, tendo como marco inicial a inveno da mquina de fiar. Surgem a as primeiras fbricas e com elas o Capital e o Trabalho. Modificando de forma brusca a vida das sociedades humanas, as principais inovaes foram aparecimento de mquinas mais rpidas e precisas, a utilizao do vapor para moviment-las e melhoria marcante na obteno de matrias primas, em especial os minerais. Com o advento da mquina a vapor as fbricas proliferam. A mo-de-obra era constituda no s por homens, mas principalmente por mulheres e crianas de qualquer idade. No havia jornada de trabalho definida,______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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podendo ser at mais de 16 horas por dia em condies precrias de higiene, ventilao e iluminao, o que originou inmeras doenas e acidentes de trabalho. Entre as conseqncias da Revoluo Industrial, os acidentes de trabalho multiplicaram-se e tornaram-se mais graves. O operrio acidentado tinha que provar que a culpa era do patro para obter uma deciso da justia que lhe fosse favorvel, entretanto, na maioria das vezes no conseguia essa prova. A partir de meados do sculo XIX, os insistentes clamores dos trabalhadores foram ouvidos pelos homens pblicos, lideres religiosos, juristas, socilogos, fazendo surgir a proteo do estado. Neste mesmo sculo surgiu a primeira lei de proteo ao trabalho, a "Lei de Sade e Moral dos Aprendizes; na Inglaterra, que estabelecia o limite de 12 horas por dia como jornada de trabalho e proibia o trabalho noturno; obrigava a limpeza das paredes das fbricas pelo menos duas vezes por ano e obrigava, ainda, a ventilao. Com a expanso industrial por toda Europa, progressivamente tambm os servios mdicos nas empresas foram surgindo, tornando-se obrigatrio, na Frana, em 1946. A proteo ao trabalho, por sua importncia passou a interessar a duas instituies de mbito internacional: a Organizao Internacional do Trabalho e a Organizao Mundial de Sade e, em julho de 1959 a 438 Conferncia Internacional do Trabalho estabelece a Recomendao n 112 intitulada "Recomendao para os servios de Sade Ocupacional" que define localizao e objetivos do servio mdico ao trabalhador. Na Higiene do Trabalhador, os primeiros estudos de limites de tolerncia a exposies a riscos profissionais comeam com o Monxido de Carbono, em 1883, pelo pesquisador Gruber. Em 1942, na 58 reunio da "American Conference of Governamental Industrial Hygienists" (ACGIH) ficam definidos os limites de tolerncia de 63 contaminantes atmosfricos txicos, e em 1946, os limites para 131 gases, vapores, poeira, fumos e neblinas e 13 poeiras minerais. Com os avanos das pesquisas, em 1977 listas atualizadas foram divulgadas pela ACGIH, e, no Brasil, serviam de base para a publicao da Norma Regulamentadora n 15, de 15 de junho de 1978. O seguro pago pelos acidentes de trabalho, no Brasil, at o incio da dcada de 60 era feito por empresas seguradoras privadas. Em 1967, a Lei 5.316 de 14/09/1967 estabelece de forma definitiva a estatizao deste seguro. Atualmente o assunto tratado dentro da Lei n. 8.123 de 24/07/1991 que dispe sobre os planos de beneficio da Previdncia Social e da outras______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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providencias, bem como pelo Decreto n 611 de 21/07/1991, que regulamenta os benefcios da Previdncia Social. No captulo V da Consolidao das Leis Trabalhistas o tema Segurana do Trabalho tratado e sua fiscalizao feita pelas Delegacias Regionais do Trabalho. A CLT no possua em seu texto original nenhum dispositivo que regulamentando o atual SESMT Servio Especializado em Engenharia de Segurana e Medicina do Trabalho, sendo introduzido em nosso ordenamento jurdico atravs do Decreto-Lei n. 229 de 28/02/1967, regulamentado cinco anos aps atravs da Portaria n. 3.237 de 27/07/1972, do Ministrio do Trabalho. Em 1966, durante a V Conveno Nacional de Preveno de Acidentes do Trabalho, anunciada criao da FUNDACENTRO, entidade que, em parceria com outras entidades nacionais e internacionais, promove as necessrias pesquisas visando o contnuo desenvolvimento da segurana do trabalhador no Brasil. Nessa ocasio o Governo Federal lanou amplos recursos financeiros em um programa de formao de supervisor de segurana, antigos inspetores de segurana e de especializao de mdicos do trabalho e engenheiros do trabalho, encarregando a FUNDACENTO para coordenao deste importante programa educativo. A nossa legislao disciplinadora do SESMT pretendeu dar-lhe a mesma finalidade reconhecida pela Organizao Internacional do Trabalho OIT, com sede em Genebra na Sua. Posteriormente, a Lei n. 6.514 de 22/12/1977, altera o Captulo V, do Ttulo II da CLT relativo a Segurana e Medicina do Trabalho. A Portaria n. 3.214 de 08/06/1978 aprova as normas regulamentadoras NR, do Capitulo da CLT citado anteriormente. Atualmente consta 33 NRs. aprovadas. No se pretende, com esta sntese histrica, informar todos os acontecimentos e Leis que existiram e existem atualmente acerca da Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho, e sim, apontar a evoluo pela qual passou a relao Capital/Trabalho nestes assuntos. Muito j foi feito. Muito ainda h a fazer. Cada trabalhador que exerce suas funes eficientemente, protegendo a sua sade e de seus colegas e evitando danos materiais, est contribuindo para que a Histria da preveno de acidentes mantenha sua glria e desenvolva o pas.

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Introduo"Todo aquele que trabalha e se sujeita s condies desse trabalho, est propenso a se acidentar". Este um paradigma cristalizado em nossas organizaes que trouxe como conseqncia a separao entre trabalho e segurana, com manuais especficos para cada um dentro das empresas e numa srie de leis, decretos e portarias que regulam a segurana, higiene, medicina e inspeo do trabalho. Dessa forma, chefias e colaboradores se deparam com dupla tarefa: cumprir normas de trabalho e normas de segurana. Nos ltimos anos, o mundo tem sido palco de acentuados movimentos de mudanas nas reas geopoltica e tecnolgica, principalmente nos aspectos econmicos com reflexos nas empresas com atividades produtivas e de prestao de servios, e, no Brasil, muitas empresas esto descobrindo que precisam agir de modo diferente para poder sobreviver no mercado atual. Percebe-se a necessidade de cultivar corporaes saudveis, objetivando a sobrevivncia a longo prazo e no apenas lucros a curto prazo. Dessa forma, um novo perfil de trabalhador se faz necessrio: que saiba trabalhar em equipe, que atualize-se, que perceba as necessidades individuais, da empresa e dos clientes, num todo organizado que seja eficiente e eficaz. No se pode falar em eficincia quando os acidentes acontecem, quer seja por atos inseguros, quer seja por condies inseguras. S se pode falar em profissional eficiente quando este executa sua tarefa com segurana evitando danos a si, aos outros e evitando perdas de tempo e de material. Segurana no trabalho, torna-se, portanto, uma atitude diante da vida.

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DEFINIO DE ACIDENTES E DOENAS NO TRABALHO O que acidente de trabalho? O que doena profissional? O que doena do trabalho? 1) Acidente do trabalho Conceito legal 2) Doena profissional Conceito legal 3) Doena do trabalho Conceito legal 1. Lei 8.213 de 24 de julho de 1991, decreto 357 de 07 de dezembro de 1991. 1) Art. 19 ACIDENTE DE TRABALHO: o que ocorre pelo exerccio do trabalho a servio da empresa provocando leso corporal ou perturbao funcional que cause a morte ou a perda ou a reduo, permanente ou temporria, da capacidade para o trabalho. 2) DOENA PROFISSIONAL: Assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exerccio do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relao elaborada pelo ministrio do trabalho e da previdncia social. Ex: Trabalhador com artrose (coluna) por trabalhar sentado a 20 anos. 3) DOENA DO TRABALHO: Assim entendida a adquirida ou desencadeada em funo de condies especiais em que o trabalho realizado e com ele se relacione. Ex: Torneiro que trabalha no torno e sofre as conseqncias do rudo provocado por lixadeira na oficina. 2. Situaes que se equiparam a acidentes do trabalho a) Acidente tpico (Decorre das caractersticas da atividade profissional desenvolvida). b) Acidente do trajeto (Sofrido entre o trajeto, residncia x trabalho, ou vice versa. Desde que obedecidos o fator tempo e percurso percorrido). c) Doenas ocupacionais (So adquiridas e ou desenvolvidas durante a jornada de trabalho em relao ao ambiente e o tempo de exposio). 2.1. Conseqncias dos acidentes do trabalho: a)Leso pessoal b)Leso sem afastamento c)Prejuzo material

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2.2. Causas de Acidente do Trabalho O QUE SO CAUSAS DE ACIDENTES ? O QUE SO RISCOS ? O QUE PERIGO ? CAUSAS DE ACIDENTE DO TRABALHO Se a atividade, ou trabalho desenvolvido, seguro, significa dizer que, mesmo que o homem falhe, no haver a possibilidade de ocorrer um acidente. 2.3. Riscos de Acidente: No ambiente de trabalho toda atividade em si (mquinas em movimento, locomoo de pessoal, atividades diversas desenvolvidas, caracteriza-se como riscos de acidentes). Porm quando existe controle e sistemtica correta de execuo das atividades o risco controlado, no evidenciando nenhum perigo ao trabalhador. Ex. Uma mquina com proteo um risco. (Deixa de ser um perigo) 2.4. Perigo de Acidente: o risco no controlado, que deixa a eminncia de em qualquer momento haver o contato entre o trabalhador e a fonte possvel de gerar a leso. Ex: Uma mquina sem proteo um perigo. CAUSAS DE ACIDENTE DO TRABALHO Tudo comea com o homem, por hereditariedade ou influncia do meio social. Incapacidade fsica para o trabalho Falta de aptido para o trabalho M interpretao do perigo Desconhecimento do risco Excesso de confiana Atitudes imprprias Falsos valores Superstio Deixar de usar ferramentas adequadas Ignorar os sistemas de proteo de mquinas Brincadeiras exibicionismo Tentativa de ganhar tempo Improvisar ferramentas, escadas e outros No usar EPI ou EPC No sinalizar a rea No programar tarefa No amarrar escadas Falta experincia no servio Excesso de rudo ou poeira Falta de comunicao reas contaminadas com pouca ventilao Falta de proteo de mquinas e equipamentos Defeitos nas edificaes e mquinas Passagens perigosas, escadas, passarelas, etc. Fios eltricos, cabos e outros obstruindo passagens______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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2.4.1. Atos inseguros Os atos inseguros so, geralmente, definidos como causas de acidentes do trabalho que residem exclusivamente no fator humano, isto , aqueles que decorrem da execuo das tarefas de forma contrria s normas de segurana. Ex: Deixar de usar culos de segurana; respirador; cinto de segurana e ou protetor auditivo.

falsa a idia de que no se pode predizer nem controlar o comportamento humano. Na verdade, possvel analisar os fatores relacionados com a ocorrncia de atos inseguros e control-los. Seguemse, para orientao, alguns fatores que podem levar os trabalhadores a praticarem atos inseguros: a) Inadaptao entre homem e funo por fatores constitucionais como: sexo idade tempo de reao aos estmulos coordenao motora estabilidade X instabilidade emocional extroverso / introverso agressividade impulsividade problemas neurolgicos

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nvel de inteligncia grau de ateno percepo

b) Fatores circunstanciais fatores que esto influenciando o desempenho do indivduo no momento, (Fator pessoal Inseguro): problemas familiares abalos emocionais discusso com colegas alcoolismo grandes preocupaes doena estado de fadiga, etc

c) Desconhecimento dos riscos da funo e ou da forma de evit-los, causado por: seleo ineficaz falhas de treinamento

d) Desajustamento relacionado com certas condies especficas do trabalho como: problemas com a chefia problemas com os colegas poltica salarial imprpria poltica promocional imprpria clima de insegurana, etc;

e) Fatores que fazem parte das caractersticas de personalidade do trabalhador e que se manifestam por comportamentos imprprios: o desleixado o "macho" o exibicionista calado o exibicionista falador o desatento o brincalho.

2.4.2. Condies inseguras

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So aquelas que, presentes no ambiente de trabalho, colocam em risco a integridade fsica e ou mental do trabalhador, devido possibilidade do mesmo acidentar-se. Tais condies manifestam-se como deficincias tcnicas, podendo apresentar-se: a) na construo e instalaes em que se localiza a empresa: reas insuficientes, pisos fracos e irregulares, excesso de rudo e trepidaes, falta de ordem e de limpeza, instalaes eltricas imprprias ou com defeitos, falta de sinalizao; b) na produo: localizao imprpria das mquinas, falta de proteo em partes mveis e pontos de agarramento, mquinas apresentando defeitos;

c) na proteo do trabalhador: proteo insuficiente ou totalmente ausente, roupas e calados imprprios, equipamento de proteo com defeito.

Essas causas so apontadas como responsveis pela maioria dos acidentes. No entanto, deve-se levar em conta que, s vezes, os acidentes so provocados pela presena de condies inseguras e atos inseguros ao mesmo tempo. 2.5. Maneira de se trajar no local de trabalho sabido que as partes mveis das mquinas formam pontos de agarramento que representam constante fonte de perigo para o operador. Desta forma deve-se deixar claro o modelo de vestimenta apropriado e aprovado para o uso dirio dos trabalhadores em seus diversos locais de______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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trabalho. Uma vez que a vestimenta inadequada caracteriza-se como condio insegura para o trabalho. So exemplos de pontos de agarramento: cilindros polias correias correntes partes sobressalentes engrenagens

Partes que podero ser agarradas: cabelos compridos e soltos roupas soltas camisa desabotoada camisa de mangas compridas calas de boca larga enfeites colares cordes brincos relgios pulseiras anis

O calado inadequado tambm um grande problema no ambiente de trabalho porque, geralmente, os tipos usados pelo trabalhador so desaconselhveis e ningum est livre do perigo de que algo pesado caia sobre os ps ou que algo perfurante ultrapasse a sola dos sapatos. Todos os aspectos citados precisam ser observados, estudados e tratados para conseguir resultados duradouros ou definidos, mas algumas providncias podem ser tomadas de imediato para minimizar os riscos de acidentes, como: usar touca ou gorro para prender os cabelos compridos; usar a camisa abotoada e dentro da cala; usar as mangas compridas com os punhos abotoados ou, ento, mangas curtas; usar calas de boca estreita com as barras firmemente costuradas e sem vira; usar calados de sola de couro, fechados e baixos; usar sapatos de segurana com biqueira e palmilha de ao, onde se fizerem necessrios;

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no usar quaisquer enfeites no pescoo, braos, mos ou dedos; usar roupas ajustadas no corpo, sem serem apertadas ou largas demais.

2.6. Ordem e limpeza sabido que no ambiente de trabalho muitos fatores de ordem fsica exercem influncias de ordem psicolgica sobre as pessoas, interferindo de maneira positiva ou negativa no comportamento humano, conforme as condies em que se apresentam. Neste contexto, a ordem e a limpeza constituem um fator de influncia positiva no comportamento do trabalhador. So fatores de ordem fsica: cor, luminosidade, temperatura, rudo, etc. As pessoas que trabalham num ambiente desorganizado sentem uma sensao de mal-estar, que poder tornar-se um agravante de um estado emocional j perturbado por outros problemas. Esse estado psicolgico poder afetar o relacionamento dos trabalhadores e exp-los ao risco de acidentes, alm de prejudicar a produo da empresa. Em um ambiente desorganizado, podem-se encontrar: passagens obstrudas com tbuas, caixotes, produtos acabados, etc; obstculos que impedem o trnsito normal das pessoas por entre mquinas ou corredores; obstculos em que se pode facilmente tropear ou escorregar; cho sujo de graxa, combustveis ou substncias qumicas.

A limpeza, conservao e manuteno so muito importantes em se tratando de mquinas, equipamentos, bancadas e ferramentas de uso individual, assim como as dependncias de uso coletivo merecem uma ateno especial no que se refere a esse aspecto. Cuidados que se devem tomar com o ambiente de trabalho:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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as bancadas e as mquinas devem permanecer sempre limpas e em ordem; os resduos, cavacos, serragens, estopas impregnadas de leo ou graxa devem ser colocados em lates de lixo; para cada objeto deve existir um local adequado; os materiais devem ser armazenados de uma forma segura; manter desimpedido o acesso ao material de combate a incndio; manter a sinalizao desobstruda; preservar a ordem e limpeza nos refeitrios; manter as instalaes sanitrias limpas e desinfetadas; conservar o vestirio limpo e organizado.

Muitos outros exemplos poderiam ser citados, pois, em todos os ramos de atividade em que se deseja realizar determinadas tarefas, num ambiente de tranqilidade e segurana, necessitam-se de dois fatores imprescindveis: ordem e limpeza.

Exerccio: Identifique, na figura abaixo, as condies que podem provocar acidentes e indique como elimin-las.

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INSPEO DE SEGURANA 1. Importncia Como j se sabe, o acidente conseqncia de diversos fatores que, combinados, possibilitam a ocorrncia do mesmo. Portanto, no se deve esperar que aconteam. muito importante localizar situaes que possam provoc-lo e providenciar para que as medidas prevencionistas sejam tomadas. Por isso, recomenda-se ao tcnico de segurana que tenha vnculos com os membros da CIPA, pois estes devem percorrer sua rea de ao para identificar fatores que podero ser causas de acidentes, empenhando-se no sentido de serem tomadas s providncias devidas. Participando o fato ao Sesmt onde houver, ou direcionando atravs de relatrios ao preposto da empresa responsvel pelo setor. 2. Tipos A inspeo de segurana permite detectar riscos de acidentes, possibilitando a determinao de medidas preventivas, podendo ser: geral envolve todos os setores da empresa em todos os problemas relativos segurana; parcial quando feita em alguns setores da empresa, certos tipos de trabalho, certos equipamentos ou certas mquinas;

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de rotina traduz-se pela preocupao constante de todos os trabalhadores, do pessoal de manuteno, dos membros da CIPA e dos setores de segurana; peridica efetuada em intervalos regulares, programada previamente e que visa apontar riscos previstos, como os desgastes, fadigas, superesforo e exposio a certas agressividades do ambiente a que so submetidas mquinas, ferramentas, instalaes, etc; eventual realizada sem dia ou perodo estabelecido e com o envolvimento do pessoal tcnico da rea; oficial efetuada pelos rgos governamentais do trabalho ou securitrios. Para este caso, muito importante que os servios de segurana mantenham controle de tudo o que ocorre e do andamento de tudo o que estiver pendente relativamente segurana e que estejam em condies de atender e informar devidamente fiscalizao; especial a que requer conhecimentos e ou aparelhos especializados. Inclui-se aqui a inspeo de caldeiras, elevadores, medio de nvel de rudos, de iluminao, etc.

3. Levantamento dos riscos de acidentes Uma inspeo de segurana, para que seja corretamente realizada, deve ser desenvolvida em cinco fases: observao - tanto dos atos como das condies inseguras; informao - a irregularidade deve ser discutida no momento em que detectada para que a soluo do problema venha antes de qualquer ocorrncia desagradvel; registro- os itens levantados na inspeo devem ser registrados em formulrio prprio, para que fique claro o que foi observado, em que local, as recomendaes e as sugestes; encaminhamento- os pedidos e recomendaes provenientes da inspeo de segurana devem ser enviados aos setores e ou pessoas envolvidas, seguindo os procedimentos prprios da empresa; acompanhamento no se pode perder de vista qualquer proposta ou sugesto para resolver problemas de segurana, desde o seu encaminhamento ao setor competente at a sua soluo.

4. Relatrio de inspeo Toda inspeo de segurana implica na emisso de um relatrio que, muito embora no tenha um modelo prprio, deve ser minuciosamente elaborado. 5. Simulao de inspeo de segurana

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Os questionrios, a seguir, servem como sugestes para se levantarem atos e condies inseguras em setores de uma empresa. Outros formulrios, mais adequados s caracterstica de cada organizao e que possam fornecer subsdios para a elaborao de um relatrio de inspeo, podem ser utilizados. Inspeo de Segurana Empresa:________________________________________________________________ __ Membro da CIPA:___________________________________________________________ Seo:___________________________________________________________________ __ Condies Sim No 1. Os trabalhadores seguem as normas de segurana? 2. So fixados, regularmente, avisos, etiquetas de segurana, cartazes, etc? 3. As escadas de acesso tm corrimo? 4. As portas de sada de emergncia abrem para fora? 5. Os trabalhadores segurana? assistem, periodicamente, a palestras sobre Gerais

6. Os trabalhadores assistem, periodicamente, a filmes sobre segurana? 7. So utilizadas cores para sinalizao de segurana? 8. Os locais onde funcionam motores de combusto so ventilados? 9. H, no setor, pessoas com conhecimentos de primeiros socorros? 10. H, no setor, caixa de material de primeiros socorros? 11. As escadas portteis esto em bom estado? 12. As escadas esto munidas de sapatas de segurana? 13. Os veculos de transporte (carga) so devidamente sinalizados? 14. Os novos empregados recebem instruo de segurana?

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15. Todas as tbuas com pregos foram afastadas e no representam perigo? 16. H operrios que limpam sua roupa utilizando ar comprimido? 17. As canalizaes esto em boas condies? 18. As canalizaes esto pintadas de acordo com o padro (ABNT)? 19. A gerncia participa das atividades de segurana?` 20. So executados exames mdicos para admisso? 21. Os seus funcionrios sabem o que significa CIPA? 22. So realizadas reunies mensais da CIPA? 23. Os trabalhadores participam das reunies da CIPA? 24. Os membros da CIPA recebem instrues para o funcionamento da mesma? 25. Os acidentes ocorridos so investigados? 26. So estudadas as causas dos acidentes? 28. Aps a investigao, so corrigidas as causas dos acidentes? Listar situaes que no esto relacionadas:

EPI Sim

Equipamento No

de

Proteo

Individual

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1. Todo o pessoal da seo possui equipamento de proteo individual (EPI)? 2. Nos trabalhos em esmeril peias de grande porte, o operador utiliza culos de segurana? 3. Nos trabalhos em esmeril peas de grande porte, o operador utiliza luvas de segurana? 4. Nos trabalhos em esmeril, o operador utiliza avental de segurana? 5. distribudo regularmente o EPl? 6. Todos utilizam trajes adequados ao trabalho? 7. Os operadores de mquinas trabalham de mangas curtas? 8. As luvas do trabalhador esto em boas condies? 9. Os trabalhadores tm sapatos de segurana? 10. Todos os trabalhadores utilizam sapatos de segurana? 11. Pessoas que misturam ou agitam produtos qumicos nocivos usam anteparos que cubram totalmente o rosto? 12. Nos locais em que se manipulam cidos, produtos custicos e substncias corrosivas, h instalao de lava olhos de emergncia, chuveiros de emergncia, etc.? 13. Todos os equipamentos de proteo individual so inspecionados eventualmente? 14. Todos os EPIs considerados inadequados, gastos, defeituosos, etc., so imediatamente substitudos? 15. Os trabalhadores utilizam capacete de segurana? 16. Os trabalhadores sabem ajustar o capacete de segurana? 17. Na manipulao de chapas, vergalhes, etc., os trabalhadores utilizam luvas de segurana? 18. Os trabalhadores de cabelos compridos utilizam meios para proteglos? 19. Os trabalhadores, antes de iniciar o trabalho, retiram os adornos tais como anis, braceletes, colares, correntinhas, etc.?

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20. O local onde se efetua solda eltrica e solda a gs protegido por alguma espcie de biombo? 21. Os soldadores utilizam luvas compridas? 22. Nos locais de rudos intensos, os trabalhadores utilizam protetores antirufdos? 23. Nos trabalhos em que haja perigo de queda, os trabalhadores utilizam cintos de segurana? 24. Todo trabalhador sabe como conservar o EPI? 25. Nos trabalhos em que haja perigo de queda, alm do cinto de segurana, h alguma espcie de plataforma, rede, etc., para amparar o trabalhador que cair? Listar situaes que no esto relacionadas:

Arrumao e Limpeza No 1. Os corredores e as passagens esto desimpedidas, sem obstculos? 2. Os materiais arrumados? ao lado das passagens esto

Sim

convenientemente

3. Tudo guardado no seu devido lugar? 4. Os servios de limpeza da seo so organizados? 5. Existem pessoas que fazem a limpeza (faxineiros) ? 6. Os faxineiros so em nmero suficiente? 7. As sobras das operaes so retiradas diariamente?

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8. Existem !ates de lixo distribudos na rea da seo? 9. O lixo colocado nos !ates? 10. Os cavacos, rebarbas, limalhas, etc., so retirados pelo faxineiro? 11. O faxineiro, ao fazer a limpeza, utiliza luvas de segurana? 12. Os produtos qumicos considerados perigosos esto convenientemente guardados? 13. O cho est isento de respingos ou manchas de leo que sejam considerados perigosos? 14. O piso oferece segurana aos trabalhadores? 15. As paredes esto limpas? 16. A gua que o pessoal bebe tratada? 17. No local de trabalho, o pessoal utiliza copos descartveis? 18. O ar viciado e a poeira so eliminados por meios mecnicos do local de trabalho? 19. H lavatrios em nmero suficiente? 20. H sanitrios em nmero suficiente? 21. Os lavatrios e sanitrios so limpos? 22. H um responsvel pelos lavatrios e sanitrios? 23. Existem chuveiros no lavatrio? 24. Os chuveiros tm divises individuais? 25. Cada trabalhador tem um armrio individual? 26. O refeitrio atende s exigncias sanitrias? 27. feita a limpeza do refeitrio diariamente? 28. A instalao da cozinha revestida? 29. O pessoal da cozinha utiliza roupas especiais? 30. O alimento preparado higienicamente? Listar situaes que no esto relacionadas:______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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INVESTIGAO DE ACIDENTES 1. Procura das causas do acidente Quando um acidente ocorre, seja grave ou no, os componentes da CIPA devem analis-lo profundamente, com o objetivo de agir eficazmente no sentido de evitar a sua repetio. Faz-se necessrio lembrar que a finalidade da investigao no a de procurar um culpado ou um responsvel, mas encontrar as causas que contriburam direta ou indiretamente para a ocorrncia do acidente. O local da ocorrncia deve permanecer sem alterao, para que as condies do momento do acidente sejam perfeitamente identificadas pela comisso encarregada da investigao do mesmo. Essa comisso dever ser nomeada pelo presidente da CIPA, dela fazendo parte o encarregado do setor onde ocorreu o acidente, membros da CIPA e membros do SESMT. At a chegada da comisso, o encarregado deve iniciar a coleta de dados que serviro como ponto de partida para um exame pormenorizado. Como roteiro bsico na investigao, pode-se utilizar as perguntas seguintes: O que fazia o trabalhador no momento imediatamente anterior ocorrncia? Como aconteceu? Quais foram as conseqncias? Quais as causas que contriburam direta ou indiretamente para a ocorrncia do acidente? Quando ocorreu? (data e hora) Onde ocorreu? (especificando o setor ou seo) Quanto tempo de experincia na funo tinha o acidentado?

Importante: Na medida do possvel, o acidentado deve ser envolvido na investigao do acidente.

2. Agente da leso

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Em uma investigao, aps identificada a parte do corpo lesada, procurase conhecer aquilo que em contato com a pessoa provocou a leso, isto , busca-se determinar o agente ou fonte da leso. Os agentes podem ser os cidos e outros produtos qumicos, uma ferramenta, parte de uma mquina, materiais incandescentes e ou excessivamente quentes, arestas cortantes, corrente eltrica, superfcies abrasivas, etc. A determinao do agente da leso um dado fundamental na investigao de acidentes. 3. Fator pessoal de insegurana As pessoas, pelo seu modo de agir, como indivduos ou profissionais, cometem atos inseguros e ou criam condies inseguras, ou colaboram para que elas continuem existindo. Devem ser apurados e anotados no relatrio de acidente os fatores pessoais que estiveram presentes no momento em que ele ocorreu. Esses fatores de insegurana ficam evidentes quando o indivduo apresenta desconhecimento dos riscos de acidentes, treinamento inadequado, falta de aptido ou interesse pelo trabalho, excesso de confiana, incapacidade fsica para o trabalho, etc. 4. Natureza da leso No relatrio de acidente deve constar, o tipo de leso ocorrida. As leses que mais comumente acontecem so: contuso decorrente de um traumatismo sobre qualquer regio do organismo, sem que ocorra rompimento da pele; entorse ocorrida na articulao dos ossos e provocada por um movimento anormal ou exagerado; luxao ocorre quando os ligamentos de uma articulao ssea so forados alm do normal e os ossos articulados ficam fora de posio; fratura quando ocorre a quebra de um osso do esqueleto humano. Ela pode ser simples, sem ferimento da pele, ou exposta, com ferimento atravs do qual o osso fica exposto; ferimento ocorre rompimento da superfcie da pele dando origem a uma hemorragia; queimadura leso produzida nos tecidos pela ao do calor.

5. Localizao da leso A localizao da leso merece anlise cuidadosa. s vezes, a identificao do agente da leso s se d atravs do estudo da localizao desta. O estudo estatstico de ocorrncias nos mesmos pontos pode indicar a existncia de determinado fator de insegurana, seja ato inseguro ou

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condio insegura. A localizao da leso tem, ainda, importncia para os efeitos legais decorrentes das normas previdencirias. 6. Cdigos usados numa anlise de acidentes A Agente causador da leso: 1 Ar comprimido 2 Eletricidade, aparelhos, instalaes e outros 3 Ferramentas eltricas e pneumticas 4 Ferramentas manuais 5 Gases e vapores sob presso 6 Inflamveis 7 Mquinas, ponto de operao, transmisso e outros 8 Motores eltricos, turbina e outros 9 Mveis: mesas, armrios, prateleiras, portas e outros 10 Pea ou material em processo 11 Piso, escada, plataforma, rampa e outros 12 Poeira exploso alergnica e abrasiva 13 Produtos qumicos cido custico, gs e outros 14 Transportes de materiais em geral 15 Veculos passageiros, carga e particular 16 Outros (descrever) B Condies Inseguras Condies fsicas ou mecnicas que comprometem a segurana do trabalhador: 1 Defeito na mquina, no equipamento, na edificao, etc. 2 Falta ou inadequao de EPI/EPC 3 Iluminao e ventilao inadequadas 4 Instalaes eltricas defeituosas ou em mau estado

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5 M arrumao, falta de espao, mau empilhamento 6 Mquina ou equipamento com proteo inadequada ou sem proteo 7 Mtodo inseguro de trabalho 8 Piso inseguro escorregadio, esburacado, desnivelado, e outros 9 Rudo, frio, calor excessivo e poeiras 10 Sinalizao insuficiente ou inexistente 11 Outras (descrever) C Atos Inseguros atos atravs dos quais as pessoas se expem a riscos de acidentes: 1 Atos inseguros de terceiros 2 Carregar, manusear ou dispor materiais de modo inseguro 3 Deixar de usar EPI ou us-lo incorretamente 4 Distrair-se, brincar, abusar do perigo 5 Limpar, lubrificar ou ajustar mquinas em movimento 6 Manipular, misturar produtos qumicos de maneira imprpria 7 Operar mquinas ou outro equipamento sem habilitao ou autorizao 8 Tentativa de ganhar tempo 9 Trabalhar com dispositivo de segurana neutralizado ou alterado 10 Trabalhar com excesso de velocidade ou sobrecarga 11 Usar as mos como ferramenta 12 Usar ferramentas inadequadas ou em ms condies 13 Usar roupas inadequadas, pulseiras e anis 14 Outros (descrever) D Acidente tipo forma violenta o objeto atinge a pessoa e vice-versa: 1 Batida contra objetos, peas e materiais 2 Batida por objetos, peas e materiais______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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3 Contato com produtos qumicos 4 Contato com temperaturas extremas 5 Contatos com eletricidade 6 Esforo excessivo ou de mau jeito 7 Escorreges ou tropees 8 Manuseio de objetos e materiais 9 Manuseio de ferramentas 10 Prensagem entre objetos, peas e materiais 11 Queda de objetos 12 Queda de pessoa 13 Outros (descrever) E Fatores Pessoais falhas inerentes pessoa (como pessoa ou como trabalhador): 1 Atitude imprpria (incluem-se motivos psicolgicos) 2 Conhecimento ou treinamento insuficiente 3 Desconhecimento do risco 4 M interpretao do perigo 5 Negligncia 6 Outros (descrever) F Natureza da leso tipo de leso sofrida pelo acidentado:

1 Cortante 2 Contuso 3 Distenso 4 Entorse ou luxao 5 Escoriao______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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6 Fratura 7 Irritao ocular 8 Perfurante 9 Queimadura 10 Outros (descrever)

G Localizao da leso sofrida pelo acidentado: 1 Abdmen 2 Brao, cotovelo, antebrao 3 Cabea, ouvido, face, pescoo 4 Coluna 5 Coxa 6 Dedos dos ps 7 Dedos das mos 8 Flancos (regio lateral do corpo) 9 Joelhos 10 Mos 11 Olho 12 Ombro 13 P 14 Perna 15 Punho 16 Quadris 17 Regio inguinal 18 Trax

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19 Tornozelo 20 Geral

ESTUDO DE CASO O caso do Joo Para suprir uma vaga do setor de Conservao e Reparos, um supervisor convidou o funcionrio Joo, do setor de Servios Gerais, para trabalhar com ele. Joo fora admitido como faxineiro h dois anos e trs meses. Indagado sobre a transferncia, alegou no ter conhecimentos tcnicos para realizao das atividades futuras, pois o trabalho do setor se caracteriza por erguer paredes, fazer pinturas, reparos hidrulicos e pequenas instalaes eltricas. O supervisor tentou convenc-lo dizendo que o mesmo iria adquirir esses conhecimentos com o tempo, realizando as atividades inerentes ao novo setor e que teria seu salrio aumentado. Sendo assim, Joo aceitou o cargo. Fazia seis meses que Joo estava na seo. Como estava prxima a festa do "Dia das Mes" e haveria na fbrica uma comemorao da data, Joo foi incumbido de fazer a instalao de um cano no teto do galpo, onde seria realizada uma apresentao teatral. O supervisor lhe ordenou que o procurasse, to logo terminasse o trabalho, para que juntos colocassem a cortina. Para furar o cano, Joo se equilibrava em cima de algumas caixas em forma de escada, utilizando uma furadeira eltrica porttil. Ele j havia

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feito vrios furos e a broca estava com o fio gasto; por esta razo, forava a penetrao da mesma. Momentaneamente, a sua ateno foi desviada por algumas fascas que saiam do cabo da extenso, exatamente onde havia um rompimento que deixava a descoberto os fios condutores da eletricidade. Ao desviar a ateno ele torceu o corpo, forando a broca no furo. Com a presso ela quebrou e, neste mesmo instante, Joo voltou o rosto para ver o que acontecia, sendo atingido por um estilhao da broca em um dos olhos. Com um grito largou a furadeira, ps as mos no rosto, perdeu o equilbrio e caiu. Um acontecimento semelhante, ocorrido h um ano atrs nessa mesma empresa, determinava o uso de culos de segurana na execuo desta tarefa. Os culos que Joo devia ter usado estavam sujos e quebrados pendurados em um prego. Segundo o que o supervisor disse, no ocorrera nenhum acidente nos ltimos meses e o pessoal no gostava de usar os culos. Por esta razo, ele no se preocupava em recomendar a uso dos mesmos nesta operao, pois tinha coisas mais importantes a fazer. Questionrio: 01 Qual a ltima ao do trabalhador antes do acidente? 02 Quais as falhas da superviso? 03 Quais foram os atos inseguros do Joo? 04 Quais as condies inseguras presentes no ambiente de trabalho? 05 Qual a principal causa do acidente? 06 Quanto tempo de experincia na funo tinha o acidentado? 07 Quais as propostas possveis para se evitar esse tipo de acidente? Respostas :

O quadro a seguir utilizado para facilitar o trabalho de anlise dos acidentes ocorridos em uma empresa.______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Com base na codificao apresentada anteriormente, preencham tomando como referncia o "Caso do Joo". CDIGO (Anotar um necessrio) B ou mais itens se C D E F G

ANLISE DOS ACIDENTES fundamental, diante de um acidente ocorrido, a busca das suas causas e a proposio de medidas para que acidentes semelhantes possam ser evitados. Quando se tem este propsito, qualquer acidente, grave ou leve, rico em informaes. Ao estudo dos acidentes est ligada a necessidade da emisso de documentos que descrevam o acidente e suas causas, a elaborao de grficos que evidenciem a "segurana" no ambiente de trabalho. As medidas prevencionistas decorrentes da anlise devem comunicadas pela CIPA sob a forma de relatrios e sugestes. ser

A seguir, so apresentadas consideraes sobre documentos e conceitos que fundamentam a anlise dos acidentes. No estudo da NR5, ser apresentado um modelo de ficha para a anlise de acidentes: 1. Classificao dos acidentes quanto a sua conseqncia 1.1 Acidente sem afastamento o acidente em que o acidentado pode exercer sua funo normalmente no mesmo dia do acidente ou no dia seguinte, no horrio regulamentar. Portanto, no entra nos clculos das taxas de freqncia e gravidade. 1.2 Acidente com afastamento o acidente que provoca a incapacidade temporria, incapacidade permanente ou morte do acidentado. 1.3 Incapacidade temporria a perda total da capacidade de trabalho por um perodo limitado de tempo nunca superior a um ano. Ocorre nos casos em que o acidentado, depois de, algum tempo afastado do servio, volta ao mesmo, executando suas funes normalmente como o fazia antes do acidente. 1.4 Incapacidade parcial e permanente______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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a diminuio, pelo resto da vida, da capacidade de trabalho, que sofre reduo parcial e permanente. Exemplo: perda de um dos olhos; perda de um dos dedos. 1.5 Incapacidade total e permanente a invalidez incurvel, quando o acidentado perde a capacidade total para o trabalho. 1.6 Acidente material Resulta em trabalhador. perdas nas instalaes ou processo, sem danos ao

2. Dias perdidos Trata-se dos dias em que o acidentado no tem condies de trabalho por ter sofrido um acidente que lhe causou uma incapacidade temporria. Conta-se de forma corrida, inclusive domingos e feriados, a partir do dia seguinte ao do acidente at o dia da alta mdica.

3. Dias debitados Considerados nos casos em que ocorre incapacidade parcial permanente, incapacidade total permanente, ou morte. 4. Estatstica Com os nmeros de acidentes, de dias perdidos, de dias debitados e de horas/homem trabalhadas no perodo, podem ser calculados dois valores que possibilitaro mais alguns elementos para a anlise dos acidentes: a taxa de freqncia e a taxa de gravidade. A Taxa de Freqncia de Acidentes TFA representa o nmero de acidentes com perda de tempo que pode ocorrer em cada milho de horas/homem trabalhadas. A frmula a seguinte: nmero de acidentes TFA = nmero de acidentes com perda de tempo X 1.000.000 horas/homem trabalhadas Exemplo: Se numa fbrica houve, em um ms, cinco acidentes e nesse ms foram trabalhadas 100.000 horas, o clculo ser feito da seguinte maneira:

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TFA = 5 X 1.000.000 TFA = 50 100.000 Isto significa que quando a empresa atingir 1.000.000 de horas/homem trabalhadas, se nenhuma providncia for tomada, tero ocorrido 50 acidentes. A Taxa de Gravidade dos Acidentes TGA representa a perda de tempo que ocorre em conseqncia de acidentes em cada milho de horas/homem trabalhadas. A frmula a seguinte: TGA = (dias perdidos + dias debitados) X 1.000.000 horas/homem trabalhadas Diante de cada acidente deve-se verificar se ele se enquadra na tabela de dias debitados (quadro 1A da NR5). Em caso positivo, considerar os dias debitados da tabela para clculo do TGA; em caso negativo, considerar, para aquele acidente, os dias perdidos. Exemplo: Numa fbrica ocorreram cinco acidentes sendo cada um, respectivamente, com: 15 dias perdidos; 03 dias perdidos; 02 dias perdidos; 10 dias perdidos; 600 dias debitados (uma leso com perda do polegar). TGA = (30 + 600) X 1.000.000 = 100.000 630 X 1.000.000 TGA = 6.300 100.000

Isto significa que esta empresa, ao atingir 1.000.000 de horas/homem trabalhadas, se nenhuma providncia for tomada, ter uma perda de tempo equivalente a 6 300 dias. 5. Cadastro de acidentes Numa empresa, podem existir os controles de qualidade, de produo, de estoques etc, devendo haver, tambm, o de acidentes. Um cadastro de acidentes deve colocar em destaque as reas da empresa em que ocorrem acidentes, os tipos de leso, acidentes por dias da semana, por idade dos acidentados e outros aspectos de interesse para a anlise dos acidentes.

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Deve-se, com essa anlise, ao mesmo tempo em que se atendem aos aspectos legais, buscar direcionar os esforos dos rgos da empresa encarregados de resolver problemas de segurana.

6. Comunicao de acidentes um documento bsico, que est disposio dos membros da CIPA, pois o seu preenchimento obrigatrio por lei. A empresa deve comunicar os acidentes ao INSS, no prazo de 24 horas, ou no primeiro dia til posterior ao acontecido, utilizando-se do impresso especfico, o CAT Comunicao de Acidente do Trabalho. Se ocorrer a morte do funcionrio, a comunicao deve ser feita tambm para a autoridade policial. Importantes, ainda, so as medidas que devem ser postas em execuo para se evitar que outros acidentes semelhantes venham a ocorrer. Para tanto, fundamental o envolvimento e a sensibilizao do maior nmero possvel de pessoas dentro da empresa. Encontra-se, na prxima pgina, o modelo de Comunicao de Acidente do Trabalho, do INSS, cuja primeira parte deve ser preenchida corretamente pela empresa.

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7. Medidas de segurana a serem adotadas Com os dados obtidos na anlise dos acidentes, com o registro dos fatos que envolvem os acidentes e das conseqncias dos mesmos, possvel aos setores encarregados da segurana do trabalho na empresa procurar as solues imediatas ou de mdio prazo, com o fim de evitar que os infortnios se repitam. Assim, podem ser realizadas inspees extras de segurana para identificar causas de acidentes que no eram conhecidas. Alm das verificaes tcnicas e das solues materiais, h providncias relacionadas com o esclarecimento dos trabalhadores a respeito de problemas novos ou de fatos desconhecidos que podem concorrer para a efetivao de infortnios. A anlise do acidente ocorrido deve proporcionar ensinamentos que, bem aplicados, possam eliminar atos inseguros e condies inseguras, e mesmo aqueles problemas, nem sempre fceis de identificar, como por exemplo, a existncia de um fator pessoal de insegurana. A CIPA tem participaes importantes na adoo de medidas que se tornam convenientes depois de realizada a anlise de um acidente. RVORE DE CAUSAS 1. O mtodo Desenvolvido no incio dos anos 70 por pesquisadores do Institut National de Recherche et de Securit, INRS, na Frana, o mtodo da rvore de causas, busca a identificao de fatores de acidentes e suas interrelaes, permitindo tomadas de decises mais efetivas na preveno dos acidentes atravs de um instrumento que sistematiza a busca de dados e identificao de fatores de risco comuns a diferentes situaes de trabalho. Neste mtodo, o trabalho considerado um sistema em que cada indivduo ( I ) executa uma tarefa ( T ) com a ajuda de um material ( M ) no contexto de um meio de trabalho ( MT ). A atividade constituda por esses quatro elementos. O acidente conseqncia de variaes ou perturbaes em um ou mais desses componentes do sistema. A investigao tem incio a partir do acidente e monta-se um quadro de antecedentes.

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2. Etapas da anlise de acidentes com o mtodo de rvore de causas

2.1. Coleta e organizao de dados Sendo o acidente a conseqncia de perturbaes em um ou mais dos elementos da atividade, a coleta de dados levantamento das variaes desta atividade. Faz-se o levantamento a partir da leso, voltando no tempo e ampliando o campo de investigao. Duas perguntas so formuladas: (1) houve realmente variao na condio habitual? (2) quais foram essas variaes?

Como exemplo, utiliza-se aqui o "caso do Joo", relatado na pgina 40: Atividade: Instalao de Cano no Teto Componente Lista de Natureza das variaes variaes Indivduo I1 I2 Funcionrio ferido; Funcionrio conhecimentos; Ordem cronolgica das variaes 10 2

sem

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Tarefa Material

T1 T2 T3 M1 M2 M3 M4

Meio Trabalho

de

MT1

Utiliza caixas como escada; Utiliza broca sem fio; Fora a furadeira; Broca quebra-se por presso; Fios condutores de eletricidade descobertos; Fascas saem do fio descoberto; culos de proteo sujos e quebrados. rea nova de trabalho

5 6 7 9 3 8 4 1

Notas: (1) nesta fase apenas os dados so coletados, no se faz interpretaes acerca dos mesmos. A interpretao s ter incio aps a coleta do maior nmero possvel de fatos. (2) a coleta de dados requer objetividade e dever ser realizada por ou na presena de quem conhece muito bem o modo como o trabalho feito habitualmente. (3) exige presteza. Quanto mais cedo melhor, e no prprio local onde ocorreu o acidente. (4) etapa chave do mtodo. 2.2. Construo da rvore de causas (Mtodo de causa e efeito) Trata-se de um diagrama que retrata, de maneira lgica e seqencial, o acidente ocorrido. A falta de preciso na descrio dos fatos ou a ausncia de informaes prejudicaro sua execuo. No exemplo citado, a rvore tem a seguinte configurao:

MTODO

MO-DE-OBRA

MQUINA

EFEITO

MEDIDA

MEIO AMBIENTE

MATRIA PRIMA

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PLANO DE AO 1) Elabore o Plano de Ao com aes que ataquem as causas mais importantes que ocasionaram a no conformidade; 2) Plano de Ao: o que fazer, quem vai ficar responsvel, quando fazer a ao, onde fazer, porque fazer tal ao e como desenvolver a ao proposta; 3) Analise e verifique se as aes tomadas esto solucionando o problema e atingindo a meta definida; 4) Caso aparea algum ponto que atrapalhe o objetivo esperado, interfira e tome novas medidas. 5) Assim voc girou o PDCA!!! Segue modelo de relatrio de Anlise de acidente, onde possvel, partindo da leso, efetuar uma anlise consistente das fases acima descritas.

Colocar logomarca da empresa.

Relatrio de Anlise de Acidente de trabalho - RATN Dano Pessoal Dano material Matrcula: Bairro: Incidente / Quase acidente

Nome: Endereo: Cidade: Telefone: Idade: Data de nascimento Escolaridade: Completo Incompleto Grau Sexo: Estado civil: Turno: Setor: Funo: Tempo na funo: Tempo de Empresa: Acidentes anteriores: Sim No Encarregado imediato: Ramal: Data Hora: Aps: de trabalho. Local do acidente: Objeto Causador:

ACIDENTADO

Descrio do acidente

Anlise de CausasMtodo Mo de obra Mquina

Efeito/Leso

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Segurana do Trabalho 1 Mdulo__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Medida

Meio ambiente

Matria-prima

Causa

Tcnica

Comportamental

Plano de aoO que fazer? Quando far? Porque fazer? Responsvel

Abrir RNC (relatrio de no conformidade)?

Sim

No

Espao para fotos:

Hospital encaminhado:Testemunhas Nome: Endereo: Nome: Endereo:

Afastamento?

Sim

Nodias.

Previso de afastamento:

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Segurana do Trabalho 1 Mdulo__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Tec. Segurana Assinaturas

Supervisor/Encarregado do acidentado

Acidentado

Presidente da CIPA Gerente da Unidade / Empresa

2.3. Identificao das medidas preventivas Analisando cada variao nos componentes da tarefa, sugere-se medidas preventivas sem considerar, inicialmente sua viabilidade. 2.4. Medidas de segurana a serem adotadas Sero adotadas as medidas que, aps cuidadosa anlise, atendam a algumas caractersticas fundamentais: Que possam ser generalizadas para outras reas onde existam situaes semelhantes; Que sejam duradouras, sem que sejam necessrios constantes reparos ou substituies; Que possam ser de aplicao automtica, tornando-se rotina de trabalho; Que possam ser implantadas o mais rpido possvel; Que estejam de acordo com a legislao vigente.

3. Campanhas de segurana As campanhas de segurana podem ser abordadas como uma das atividades da CIPA que divulgar informaes e gerar conhecimentos, o que pode ser conseguido atravs das campanhas, que tm por finalidade auxiliar na educao dos trabalhadores, no que se refere a segurana aumentando o seu nvel de conhecimentos. 0 propsito deste trabalho despertar a conscincia da necessidade de se eliminar acidentes e criar uma atitude vigilante que permita reconhecer e corrigir condies e prticas que possam provocar acidentes. A principal campanha de segurana a Campanha Nacional de Preveno de Acidentes, instituda em carter permanente atravs do Decreto n 68255 de 16/02171, com o fim de propagar conhecimentos tcnicos e ministrar ensinamentos prticos de Segurana, Higiene e Medicina do Trabalho. H vrios mtodos de se promover uma campanha de segurana, dentre os quais destacar-se-o os principais, como reforo para campanhas peridicas:____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________