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SEMINÁRIO SETOR ELETRICO BRASILEIRO CRISE OU CONSEQUENCIA?
Os Descaminhos do Modelo Setorial: questões e alternativas
Avaliação da situação elétrica do Brasil
Ildo Luís Sauer
Lula: “ao ter reduzido a conta de luz em 2013, a presidente Dilma Rouseff não esperava que o país enfrentasse uma estiagem de chuva que impactasse o fornecimento de energia” Folha de São Paulo, 01 de Abril de 2015.
ENTÃO FHC TAMBEM TINHA RAZÃO, LULA? FOI SÃO PEDRO, DE NOVO?
QUANTO DÁ 2004+8?......teria sido 2012?... CONTRATOS INICIAIS DE 2004, 8 ANOS DE DURAÇÃO, VENCERIAM QUANDO? Não sabiam fazer esta conta?
IEE/USP Slide 3
Racionamento
Fonte: SAUER, I.L. Um Novo Modelo para o Setor Elétrico Brasileiro. In: SAUER, I.L. et al. (Org.) A reconstrução do Setor Elétrico Brasileiro. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
•Nível dos reservatórios do Sudeste (1991 a 2002)
•Capacidade instalada x Consumo (1980 a 2000)
IEE/USP Slide 4
Proposta Lula 2002
(...) O novo governo trabalhará com um planejamento energético integrado, de maneira a viabilizar novas dinâmicas para os setores de hidroeletricidade, petróleo e gás natural, carvão, de geração nuclear, fontes alternativas (eólica, solar e biomassa), de eficiência energética e cogeração e geração distribuída (...)
No nosso governo, as bases de sustentação dessa atividade não serão entregues apenas às forças do mercado nem a uma visão tecnocrática e autoritária, centralizadora (...)
X Simpósio Jurídico-Tributário ABCE 23 a 24 de setembro de 2004 Centro de Convenções do Novotel Center Norte São Paulo - SP
IEE/USP Slide 5
PROJEÇÕES DE CRESCIMENTO DO PIB SEGUNDO PLANO DECENAL DE EXPANSÃO vs PIB REAL %
IEE/USP Slide 6
Tarifa Média por Classe de Consumo R$/MWh 2013-2014
IEE/USP Slide 7
Projeção de carga - SIN – nos Planos Decenais de Expansão - MWmed
IEE/USP Slide 8
CAPACIDADE INSTALADA PROJETADA PARA 2014 VS CAPACIDADE INSTALADA REAL 2014 - 2015 (MW)
IEE/USP Slide 9
Participação das Fontes de Geração 2013, 2017, 2023
HÍDRICO...........................................243.000MW (≅ 100.000 MW desenvolvidos)
EÓLICO*..........................................300.000MW*
BIOMASSA.........................................10.000 MW
COGERAÇÃO/GER.DISTR. GN.............10.000 MW
PCHs.................................................17.000 MW
URANIO**....................................... 305.000 T U3O8
RACIONALIZAÇÃO DO USO................?
REPOTENCIAÇÃO/MODERNIZAÇÃO...?
SOLAR FOTOVOLTAICA – 400 GW: 8.000 Km2, GERARIAM 550 TWh (CONSUMO ATUAL DO BRASIL)
*Potencial levantado para torre de 50m, 143.000 MW. Com a tecnologia atual de 100-120 m o potencial estimado dobra.
**Permite operar cerca de 40 reatores tipo Angra II (PWR) por 30 anos.
IEE/USP Slide 10
Potenciais Hidráulico e Eólico Combinado
Fonte: Ricosti , Sauer (2013)
IEE/USP Slide 11
Projeção oferta HIDRO - SIN – nos Planos Decenais de Expansão - MW
IEE/USP Slide 12
Projeção oferta EÓLICA - SIN – nos Planos Decenais de Expansão - MW
SITUAÇÃO ATUAL: os rombos
ITAIPU
R$ 511,9 milhões (27/06/2013) + R$ 1,455 bilhão (11/06/2013)
Fonte: Eletrobrás/Fundos setoriais
RGR ( até 31/12/2014)
Transferência para CDE– R$ 50 milhões
Pagamento de indenizações -
Acum. 2013 – R$ 18.217.968.537,58
Total 2014 - R$ 3.837.528.332,05
Total 2013-2014 – R$ 22.055.496,87
Fonte: Eletrobrás/Fundos setoriais
“Eletrobras pede mais 15 bi por renovação de
concessões” diretor financeiro da Eletrobras – 01 de abril de 2015- Valor Econômico
R$19.475.050.191,17
Empréstimos
“Distribuidoras vão cobrar R$ 37 bi nas contas para quitar dívida”
Romeu Rufino, Diretor Geral da ANEEL – 01 de abril de 2015 – Valor Econômico .
Estimativa Parcial: R$ 79 bi RGR R$22 bi CDE R$20 bi
Empréstimos: R$37 bi
IEE/USP Slide 19
Balanço Energia Acumulado no Mês ONS – 31 Março 2015
Capacidade Vazia .
Energia Armazenada
IEE/USP Slide 20
Balanço Energia 2013 - TWh
IEE/USP Slide 21
Balanço Energia 2014 - TWh
IEE/USP Slide 22
Energia Natural Afluente Média e Piores do Histórico
IEE/USP Slide 23
Balanço Energia 2015 – TWh – 100% MLT
IEE/USP Slide 24
Balanço Energia 2015 – TWh – 80% MLT
IEE/USP Slide 25
Balanço Energia 2015 – TWh – 70% MLT
IEE/USP Slide 26
Balanço Energia 2015 – TWh – 60% MLT
IEE/USP Slide 27
Balanço SIN – Piores Afluências Mês a Mês
IEE/USP Slide 28
CVU Usinas (R$) versus Produção energia térmica 2015 - MWh
IEE/USP Slide 29
CVU Usinas (R$) versus Produção energia térmica 2014 - MWh
IEE/USP Slide 30
CVU Usinas (R$) versus Produção energia térmica 2013 - MWh
IEE/USP Slide 31
Produção e CVU da Eletricidade - Térmicas – 2010 a Março 2015
IEE/USP Slide 32
Produção e CVU da Eletricidade - Térmicas – 2010 a Março 2015
IEE/USP Slide 33
Produção e CVU – Térmicas R$ Bilhões e TWh
IEE/USP Slide 34
Geração Térmicas com CVU > R$200/MWh – Substituição por Eólicas
Ano Energia Gerada
Custo CVU Bilhões R$
Potência Eólica TWh Equivalente
Programa Incremental
de Eólicas, GW FC 40% FC 45%
2008 4,71 1,65 1,34 1,20 1,3
2009 4,23 1,56 1,21 1,07 0
2010 17,59 6,68 5,02 4,46 3,72
2011 9,74 3,72 2,78 2,47 0,00
2012 27,48 11,73 7,84 6,97 2,82
2013 44,89 20,23 12,81 11,39 4,97
2014 63,37 30,81 18,08 16,07 5,27
Sub total 76,39 jan-mar/2015 17,49 8,81 4,99 4,44
estimativa 2015 69,94 35,22 19,96 17,74 1,88
TOTAL 111,61 20,0
Investimento da implantação de 18 a 20 GW, entre 2008 e 2015 com investimento estimado entre
72 a 80 Bilhões Reais teria permitido evitar a operação de todas as térmicas com CVU acima de
R$200/MWh,
A operação destas térmicas e o CVU declarado teve custo estimado até 2014 de 76 bilhões com
um custo adicional de 2015 de 35 bilhões, com a estimativa de um total de 111 bilhões incluindo
2015.
IEE/USP Slide 35
Geração Térmicas com CVU > R$200/MWh – Substituição por Eólicas
Ano Energia Gerada
Custo CVU Bilhões R$
Potência Eólica TWh Equivalente
Programa Incremental
de Eólicas GW FC 40% FC 45%
2012 27,48 11,73 7,84 6,97 7,84
2013 44,89 20,23 12,81 11,39 4,97
2014 63,37 30,81 18,08 16,07 5,27
Sub total 62,77
jan-mar/2015 17,49 8,81 19,96 17,74 1,88
Estimativa 2015 69,94 35,22 19,96 17,74
TOTAL 97,99 20,0
Investimento da implantação de 18 a 20 GW, entre 2012 e 2015 com investimento estimado entre
72 a 80 Bilhões Reais teria permitido evitar a operação de todas as térmicas com CVU acima de
R$200/MWh,
A operação destas térmicas e o CVU declarado teve custo estimado até 2014 de 62 bilhões com
um custo adicional de 2015 de 35 bilhões, estimando total de 97 bilhões.
DECRETO Nº 5.177 DE 12 DE AGOSTO DE 2004 Art. 2o A CCEE terá, dentre outras, as seguintes atribuições: V - apurar o Preço de Liquidação de Diferenças - PLD do mercado de curto prazo por submercado; DECRETO Nº 5.163 DE 30 DE JULHO DE 2004. Art. 57. A contabilização e a liquidação mensal no mercado de curto prazo serão realizadas com base no PLD. § 1o O PLD, a ser publicado pela CCEE, será calculado antecipadamente, com periodicidade máxima semanal e terá como base o custo marginal de operação, limitado por preços mínimo e máximo, e deverá observar o seguinte: I - a otimização do uso dos recursos eletro-energéticos para o atendimento aos requisitos da carga, considerando as condições técnicas e econômicas para o despacho das usinas; II - as necessidades de energia elétrica dos agentes; III - os mecanismos de segurança operativa, podendo incluir curvas de aversão ao risco de déficit de energia; IV - o custo do déficit de energia elétrica; V - as restrições de transmissão entre submercados; VI - as interligações internacionais; e VII - os intervalos de tempo e escalas de preços previamente estabelecidos que deverão refletir as variações do valor econômico da energia elétrica. § 2o O valor máximo do PLD, a ser estabelecido pela ANEEL, será calculado levando em conta os custos variáveis de operação dos empreendimentos termelétricos disponíveis para o despacho centralizado. § 3o O valor mínimo do PLD, a ser estabelecido pela ANEEL, será calculado levando em conta os custos de operação e manutenção das usinas hidrelétricas, bem como os relativos à compensação financeira pelo uso dos recursos hídricos e royalties.
MALDITO PLD: DE ONDE VEM? QUEM O CRIOU? QUAL O CRITÉRIO? QUAL A BASE CONCEITUAL QUE O SUSTENTA?
IEE/USP Slide 37
Cenários RETROATIVOS:PLD com inserção da eólica em 2012
Cenário 1 – 15 GW, em 2012 Cenário 2 – 20 GW, em 2012 Cenário 3 – 20 GW incrementais: 2012 - 2015
IEE/USP Slide 38
Cenários de despacho térmico: substituição por eólicas 2012
Cenário 1 – 15 GW em Cenário 2 – 20 GW Cenário 3 – 20 GW, incrementais de 2012 - 2015
ASSIM, HOJE, QUANDO FALTA
ENERGIA, QUEM PAGA É O CATIVO!
E, QUANDO SOBROU ENERGIA, COM PLD
BAIXO, QUEM LEVOU?
IEE/USP Slide 40
ANÚNCIO DE SOBRAS – DE 3 A 7 MIL MW, PARCIALMENTE INEXISTENTES
ANÚNCIO DE SOBRAS – DE 6 A 8 MIL MW, PARCIALMENTE INEXISTENTES
41 Professor Ildo Luís Sauer
Universidade de São Paulo
Manutenção dos contratos de energia emergencial, cbee, cumpridos até 2006, por mais de R$ 6 bi, pagos pelos consumidores • O Encargo de Capacidade Emergencial (ECE),
seguro-apagão, foi criado em fevereiro de 2002, sob a justificativa de mitigar problemas hidrológicos que não permitiriam cumprir os contratos de fornecimento para o Nordeste
• O valor cobrado na conta de energia de cada consumidor era de R$ 0,0035 por quilowatt-hora (kWh)
• Desde sua criação até a extinção em 22 de dezembro de 2006, foram arrecadados cerca de R$ 6,2 bilhões,
• Este montante foi utilizado para o pagamento de combustível e potência disponibilizada, contratada de Produtores Independentes de Energia, num total de 1.829 MW e 48 usinas, com investimento inferior a 2 bilhões de reais!
• Foram utilizados como combustível óleo diesel, óleo combustível
• Parte dessas usinas foi recontratada nos leilões de energia nova!
42 Professor Ildo Luís Sauer
Universidade de São Paulo
USINA RECONTRATAÇÃO
Aruanã Energia/Xavante Aruanã 1o leilão de energia nova - 16/12/2005
Engebra/Daia 1o leilão de energia nova - 16/12/2006
Enguia Gen-BA/vários 1o leilão de energia nova - 16/12/2007
PIE-RP Termelétrica/Cocal 1o leilão de energia nova - 16/12/2008
PIE-RP Termelétrica/PIE-RP 1o leilão de energia nova - 16/12/2009
Cia. Petrolina/Petrolina 2o leilao de energia nova - 29/06/2006
TEP/Potiguar 2o leilao de energia nova - 29/06/2006
UTE Bahia 1/Bahia 1 2o leilao de energia nova - 29/06/2007
Termocabo/Termocabo 4o leilão de energia nova - 26/07/2007
IEE/USP Slide 43
POLÍTICA de desova das sobras: estatais participam em leilões de consumidores livres. Exemplo: venda bilateral (eletronorte e energo-intensivos) • Fonte – Vale do Rio Doce. Press Releases 2004
– “(...) O preço base de compra é R$ 53,00 por megawatt hora (MWh), corrigido pela variação anual do índice geral de preços de mercado, IGPM, computado pela Fundação Getúlio Vargas. Em adição ao preço básico, o vendedor terá direito à participação em parte do preço que exceder o nível de US$ 1.450,00 por tonelada de alumínio primário registrado na London Metal Exchange (LME). De acordo com as condições do leilão, a ALBRAS fará pré-compra de energia elétrica no valor de R$ 1,2 bilhão.”
• Fonte - Jornal Valor Econômico. Edição de 05.05.2004
– “(...) A proposta vencedora é de um contrato anual de US$ 173 milhões de compra de energia, valor duas vezes maior que o contrato antigo, de US$ 80 milhões anuais (preço base, sem considerar bônus pelo aumento do preço do alumínio). Esses números foram citados por fonte da Eletronorte, que afirma que o preço médio do MWh fornecido à Albrás subiu de US$ 13 para US$ 27,2, em média. Para pagar o seu custo de produção e amortizar financiamentos, a Eletronorte diz que teria de cobrar US$ 70 o MWh (...) A Albrás, no entanto, contesta a informação e diz que o preço obtido no leilão foi de R$ 53 (preço-base), o que significa US$ 18 em média, mais um bônus quando o preço do alumínio superar US$ 1.450.”
43 Professor Ildo Luís Sauer
Universidade de São Paulo
MERCADO LIVRE, SEGUNDO OS COMERCIALIZADORES Fo
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44 Professor Ildo Luís Sauer
Universidade de São Paulo
Fonte: CCEE, agosto de 2009
EVOLUÇÃO DO PREÇO DE LIQUIDAÇÃO DE DIFERENÇAS (R$/MWh)
45 Professor Ildo Luís Sauer
Universidade de São Paulo
O avanço do mercado livre (clientes e consumo) Fo
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46 Professor Ildo Luís Sauer
Universidade de São Paulo
OS GANHOS (PERDAS) DO MERCADO LIVRE – UM BALANCO A SER FEITO....
Expectativa de preços no mercado livre
Evolução dos preços no mercado livre
Fonte: CCEE apud CPFL. ABRACE/ENASE, Jul 2006
**(preços de contrato para clientes finais em R$/MWh) Preço A2 contrato de 1 ano apenas commodity
Professor Ildo Luís Sauer Universidade de São Paulo
47
1. PLANEJAMENTO EFICAZ; 2. REVISÃO DA OPERAÇÃO; 3. REVISÃO DA TARIFAÇÃO: ADERÊNCIA COM O CUSTO DO SERVIÇO; 4. PLD APENAS COMO INSTRUMENTO DE AJUSTE, NÃO COMO MOTOR DE CASSINO ESPECULATIVO CONTRA OS CATIVOS.
IEE/USP Slide 49
Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo
Avenida Professor Luciano Gualberto, 1289
São Paulo – SP
Brasil
www.iee.usp.br
Tel: + 55 11 3091 2500