Seminário · 2017. 10. 31. · - Tramos Ocidental: LOS TOTUMOS- LAS BRISAS (Sector La Bonanza) - 4km - Tramo Oriental: STA LUCIA – KEMPIS - 21,5km CONCEPÇÃO / TRABALHOS REALIZADOS

OBRAS DE ENGENHARIA GEOTÉCNICA PORTUGUESA NO MUNDO

INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTES - Lisboa, 23 de maio 2017 ESPECIALIZAÇÃO EM GEOTECNIA

“PROJECTO ESTRUTURANTE DO EIXO DE

INTEGRAÇÃO RODOVIÁRIA DOS VALES DE TUY,

NO ESTADO DE MIRANDA, VENEZUELA”

Sousa Cruz, J.

([email protected])

Seminário

Segurança na Escavação de Valas

- Recomendações e Boas Práticas

Auditório da Sede Nacional da

Ordem dos Engenheiros

Lisboa, 9 de novembro de 2016

Ciclo de Conferências

Obras de Engenharia Geotécnica

Portuguesa no Mundo – Infraestruturas de

transportes

Auditório da Sede Nacional da Ordem dos

Engenheiros

Lisboa, 23 de maio de 2017



PROJECTO ESTRUTURANTE DO EIXO DE INTEGRAÇÃO RODOVIÁRIA DOS VALES DE TUY,

NO ESTADO DE MIRANDA, VENEZUELA

Acueducto TUY IV

Río Tuy

Zonas de producción

agrícola

ZONA ESPECIAL DE

DESARROLLO

INDUSTRIAL

CIUDAD

PRODUCTIVA

LA VIRGINIA

5.000 viv Planta

Termoeléctrica

Santa Lucía

Santa Teresa

TUY IV-Acueducto 21 m3/seg

(EN CONSTRUCCIÓN)

Planta de Tratamiento Caujarito (TUY IV)

Planta de Tratamiento Mopia (PSDI TUY)

Carretera

Petare-Santa Lucía

AUTOPISTA GRAN MARISCAL

DE AYACUCHO

Soapire Zonas de

producción agrícola

Zonas de producción

agrícola

PLANTA DE

DESBASTE

RIO GUAIRE

El Placer

de

Siquire

La Moca

El

Palmar

La

Oruza

El Nogal

La

Guaya

Tumuso

Kempis

DIS

TRIB

UID

OR

SA

NTA

LU

CIA

Hacia Guatire

Hacia

Caucagua

Cup

o

Zona Industrial

Sta. Epifania

AGUA POTABLE SANTA LUCIA-

KEMPIS

AGUA TRATADA RIEGO-INDUSTRIA

TRAMO ORIENTAL: Eje Santa Lucía – Kempis

Ciudad Caucagua

Nuevo Aeropuerto

Internacional

AUTOPISTA

REGIONAL DEL CENTRO

1 – IDENTIFICAÇÃO E OBJECTIVOS DO PROJECTO 2 – CONDICIONAMENTOS GERAIS DO PROJECTO 3 – DESCRIÇÃO DO PROJECTO 4 – CONSIDERAÇÕES FINAIS

TRAMOS (Auto–Estrada La Verota – Kempis):

- Tramo Ocidental: LOS TOTUMOS- LAS BRISAS (Sector La Bonanza) - 4km

- Tramo Oriental: STA LUCIA – KEMPIS - 21,5km





1.80 2.40 3.60 3.60 0.900.80

0.90 3.60 3.60 2.40 2.40

21.80

26.00

10.5010.50

LOCALIZAÇÃO

Estado Miranda, Venezuela

INÍCIO DE EXPLORAÇÃO

2016 (Previsão)

TRAMOS (Auto–Estrada La Verota – Kempis):

- Tramos Ocidental: LOS TOTUMOS- LAS BRISAS

(Sector La Bonanza) - 4km

- Tramo Oriental: STA LUCIA – KEMPIS - 21,5km

CONCEPÇÃO / TRABALHOS REALIZADOS

• Análise de capacidade de tráfego

• Traçado

• Obras de arte

• Geologia e Geotecnia

• Terraplenagens

• Drenagem

• Obras de contenção e estabilização de taludes

• Sinalização

• Iluminação

CARACTERÍSTICAS GERAIS

• Perfil transversal tipo: 2x2 vias (2x3 no trecho com vias de lentos)

• Ligações viárias: 3 nós de ligação, 4 rotundas

• Restabelecimentos: 8

• Obras de arte: 2km de pontes e viadutos, 2 passagens superiores e 4 inferiores

• Escapatórias: 5

• Taludes de escavação com estabilização/ancoragens: 34 obras

• Aterros e contenção: 32 obras

• Escavação: 10.7x106 m3 | Aterro: 4.2x106 m3

PROJECTO






CONDICIONAMENTOS

TOPOGRÁFICOS

• Topografia de montanha, acidentada em metade do percurso (~10km),

com um relevo abrupto, vales estreitos com taludes muito inclinados (>

70%), em situações de meta-estabilidade, sustidos pela densa vegetação;

• Dificuldade do levantamento devido à densa vegetação.

GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS

• Dificuldade no reconhecimento geológico de superfície;

• Formações argilosas de Tuy y Siquire, expansivas;

• Formações xistentas grafitosas de Urape, La Chuspita y Las Mercedes,

afectadas por fenómenos de dinamometamorfismo, associadas a

comportamentos geomecânicos complexos;

• Depósito de vertente e alteração superficial espessa.

HIDROLÓGICOS

• Bacias hidrográficas de regime torrencial;

• Q100= 0,5 m3/s a 173 m3/s;

• Q100 (Rio Guaire)= 2.134m3/s.

SÓCIO-ECONÓMICOS DO PAÍS

• Crise económica da Venezuela;

• Orçamentos limitados;

• Dificuldades e insegurança no acesso à obra.

OUTROS

• Prazo 2015/2016;

• Articulação com outros projectos estratégicos da zona;

• Fraccionamento das empreitadas.






ENQUADRAMENTO GEOLÓGICO E GEOTÉCNICO

Formação La Chuspita

Formação La Chuspita

Terraços aluvionares

Formação Tuy







PROSPECÇÃO GEOTÉCNICA

Tipologia Realizados

Poços de reconhecimento

Sondagens

Perfis sísmicos

.49

54

14

Ensaios de laboratório:

• Análise granulométricas

• Limites de consistência

• Teor em água natural

• Peso específico

• Ensaio expansão livre

• Ensaio expansão restringida

• Ensaio UU

• Ensaios Triaxiais

• Ensaios Corte Directo

• Ensaios Consolidação

• Ensaios Proctor Normal

• Ensaios Proctor Modificado

• Ensaios CBR

141

132

274

38

19

10

9

7

17

7

21

23

23







Características de plasticidade dos solos reconhecidos entre os PK18+500 e PK26+000

Potencial de expansibilidade e índice de plasticidade (IP) entre os PK18+500 e PK26+000

52

66 64 61

35 34 33 28 27

33

44

68 59,5

45 55

37 33

47 41 39

29

44 42 37

45 40

35

54 54

30

51 47

35,8 43,5

73 80 79

72 78 80 76

71 68

28,9

49

34,2

49

65

32,6 39,2 40 39

29,4

56

39 33

44

25 27 24 25 14 13 18

10 9 14

11,5

26 22 21 24 18 14

23 20

17 11 19 19

16 21

18 13

26 26

12,4

20 23

12,2 21,4

37 46

33 41 45 48

41 35 38

13,7

21

15,7 22

31 20,5

23,6

15 16 16,7

17

14 15 16 0

20

40

60

80

100

PK

18+

450

"

PK

18+

500

"

PK

18+

593

"

"

PK

18+

750

"

PK

19+

000

"

PK

19+

180

"

PK

19+

300

"

"

"

"

PK

19+

470

PK

19+

580

PK

19+

580

PK

19+

580

PK

20+

115

"

PK

20+

650

"

PK

21+

140

"

"

"

Pk23+

500

"

PK

24+

000

"

"

PK

24+

200

PK

24+

500

"

PK

24+

680

PK

24+

920

PK

25+

000

"

PK

25+

500

"

PK

25+

645

"

PK

26+

000

"

"

PK

26+

400

PK

26+

500

PK

26+

715

PK

27+

000

"

PK

27+

100

PK

27+

500

PK

27+

500

"

PK

27+

560

PK

27+

800

"

"

PK

28+

300

(%)

LL IP

18

25 27

24 25

14 13

18

10 9

14

11,5

26

22 21 24

18

14

23 20

17

11

19 19 16

21 18

13

26 26

12,4

20 23

12,2

21,4

37

46

33

41 45 48

41

35 38

13,7

21

15,7

22

31

20,5 23,6

15 16 16,7 17 14 15 16

6,1 4,45 4,82

2,23 1,76

2,29 0

6,1 3,8

2,8 4,7

1,4 2,23 0,12 0,43

7,54

14,8

5,5

11,7

0

10

20

30

40

50

PK

18+

360

PK

18+

450

"

PK

18+

500

"

PK

18+

593

"

"

PK

18+

750

"

PK

19+

000

"

PK

19+

180

"

PK

19+

300

"

"

"

"

PK

19+

470

PK

19+

580

PK

19+

580

PK

19+

580

PK

20+

115

"

PK

20+

650

"

PK

21+

140

"

"

"

Pk23+

500

"

PK

24+

000

"

"

PK

24+

200

PK

24+

500

"

PK

24+

680

PK

24+

920

PK

25+

000

"

PK

25+

500

"

PK

25+

645

"

PK

26+

000

"

"

PK

26+

400

PK

26+

500

PK

26+

715

PK

27+

000

"

PK

27+

100

PK

27+

500

PK

27+

500

"

PK

27+

560

PK

27+

800

"

"

PK

28+

300

(%)

IP Pot. Exp







PARÂMETROS GEOTÉCNICOS Material de aterro

Tipo de

material

de aterro

Descrição g

(kN/m3)

c/ c’

(kPa)

ɸ / ɸ’

(º)

E

(MPa)

K

(m/s)

1A A-2-4, A-4 e

A-6 com IP ≤ 20

21-21,5

(21)

40/10

(10)

16/20

(20) 10 1 x10-8

2 A-1 e A-2-4 21-21,5

(21,5)

0-5

(5)

30-34

(32) 20 1 x10-5

1B +cal A-6 e A-7 com IP > 20 +

tratamento com cal 21

20-50

(20)

30-35

(30) 30-50

1 x10-5

1 x10-7

1C

Xistos, Filitos,

Metarenitos quartziticos

– “todo-uno” (solo-

enrocamento)

21,5 30/5-10

(7,5)

24/33

(33) 10-15 1 x10-7

0,3

0,35

0,4

0,45

0,5

0,55

0,01 1 100 10000

Ind

ice v

azio

s, e

sv (kPa)

C-6 SLKPlaxis

0,3

0,35

0,4

0,45

0,5

0,55

0 1000 2000 3000 4000

Ind

ice v

azio

s, e

sv (kPa)

C-3 SLK

Plaxis






Zona

geotécnica

Meteorização

(ISRM, 1980) Prof. (m)

qU

(MPa) VL (m/s) GSI

ZG3 W5–W4-5 0-5 0,25-1 300-800 30-40

ZG2 W4–W3 5-30 5-10 1.000-2.000 40-50

ZG1 W3-W2 > 30 > 10 2.000-2.700 ≥ 60

PARÂMETROS GEOTÉCNICOS Sub-tramo de rochas sedimentares. Zonamento geotécnico do maciço

Zona

geotécnica

g

(kN/m3)

Maciço Estratificação Diaclases

c/c’ (kPa) f/f’

(°) c (kPa) f (°)

c

(kPa) f (°)

ZG3 20,5 /10-20 (30) /20-24 - - - -

ZG2 21 200-400/ 25-27/ 100-200 26 5 25

ZG1 22 400-800/ 30/ 600 28 10 28

Zona geotécnica Meteorización

(ISRM, 1980) Prof. (m) qU (MPa) VL (m/s) GSI

ZG3 W5-W4-5 0-10 0,25-1 300-820 15-35

ZG2 W4-W3 10-30 1-3 1.015-1.925 25-45

ZG1 b W3 30-40 3-5 2.070-3.250 45-55

a W2 > 40 ≥ 10 > 3.250 ≥ 65

Zona

geotécnica

g

(kN/m3)

Maciço Foliação Diaclases

c/c’

(kPa) f/f’ (°) c (kPa) f (°) c (kPa) f (°)

ZG3 20,5 /10-30 /18-24 - - - -

ZG2 21,0 40-125/ 23-28/ 25-50 23 0 18-25

ZG1 b 21,5 100-200/ 26-33/ 50-100 25 5 27-28

a 22,0 200-600/ 26-33/ 100-200 25-26 10 29

Sub-tramo de rochas metamórficas. Zonamento geotécnico do maciço





ATERROS

ATERROS EM SOLO-ENROCAMENTO

ATERROS ZONADOS

TRATADOS COM CAL

Aterros com h>20m - NÍVEIS DRENANTES

para

diminuir o tempo de consolidação e

aproximar ao tempo de construção da obra


SECÇÕES TRANSVERSAIS TIPO EM ATERRO - PK17+000 - PK27+650

SECÇÕES TRANSVERSAIS TIPO EM ATERRO - PK27+650 – PK37+500

SECÇÕES TRANSVERSAIS TIPO EM ATERRO – PK17+000 – PK27+650

+cal





ATERROS

ATERROS REFORÇADOS COM GEOGRELHAS






ESCAVAÇÕES SECÇÕES TRANSVERSAIS TIPO EM ESCAVAÇÃO


Secções transversais tipo em

escavação H<30m

Secções transversais tipo

em escavação 30m<H<45m





ESCAVAÇÕES

Secções transversais tipo em escavação 45m<H<60m






OBRAS DE ARTE PONTE DO GUAIRE






OBRAS DE ARTE

?

a

?

ZG1

ZG2

ZG4

ZG5

ZG1

ZG2

ZG4

ZG5

ZG2

ZG3

ZG4

ZG5

ZG2

ZG3

ZG4

ZG5

KchKch

R

R

R

VIADUCTO V1






• Dono de Obra:

• Consórcio Construtor :

(Sinohydro – Camargo Correa – Ansar)

• Autores do Projecto – ANSAR / LCW

Consult S.A.

• Projecto Base e Projecto de Execução

(2014 – 2015)

• Custo das obras – 300M USD


Tramo Ocidental –Los Totumos-Las Brisas (4km) Ponte sobre o Rio Guaire

Pk 33+90 0-Pk 34+060 – Fundação de Muro Pk 30+310 – Pk 30+360 – Muro em terra armada






Escavações de Talude s– Distribuidor de Oruza Fundação de Muro

Tramo Oriental : Pk 20+800 – Pk-21+200 - T erraplenagens em linha

Tramo Oriental : Escavações junto ao viaduto V1

Tramo Oriental – Pk21+025 – Pk 21+300 Drenagem – Tapete drenagem em baixa aluvionar Drenagem - PH






CONSIDERAÇÕES FINAIS

• Problemática de um projecto internacional:

Diferentes modos de abordagem ao projecto;

Contexto cultural e socio-económico do país;

Práticas das soluções técnicas nesse país;

Normativo: conjugação dos diferentes códigos e regulamentos.

• O desafio da internacionalização exige:

Um grande esforço da maioria das empresas portuguesas, dada a sua

pequena dimensão;

Grande capacidade técnica e económica das empresas;

Maior apoio do Governo à internacionalização face à concorrência.

• Imagem positiva da engenharia portuguesa no mundo.










Obrigado pela Vossa atenção.

“Não existem métodos fáceis para resolver

problemas difíceis”

René Descartes

Documents

Seminário · 2017. 10. 31. · - Tramos Ocidental: LOS TOTUMOS- LAS BRISAS (Sector La Bonanza) - 4km - Tramo Oriental: STA LUCIA – KEMPIS - 21,5km CONCEPÇÃO / TRABALHOS REALIZADOS