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Centro de Saúde da Quinta do Conde abre em Agosto www.smjornal.publ.pt semanário - edição n.º 722 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 7.Jul.2012 +Desporto Ultra Maratona Atlântica bate recorde de participantes 14 +Actual Aceleras voltaram voltaram à ‘Estrada dos picanços’ 6 Pub. Pub. Director: Raul Tavares +REGIÃO Tem sido uma epopeia, mas parece que desta avançar mesmo. O Governo garante que o novo Centro de Saúde da Quinta do Conde estará a funcionar antes do final de Agosto. Anti-stress Abrunhosa conta histórias no Casino de Tróia 7 Congresso PS reforça Madalena POLITICA O congresso dos socialistas do último fim-de- semana reforçou o poder da nova líder, que conquistou 41 dos 65 novos membros da Comissão Política, que vai ser presidida por Amélia Antunes. ACTUAL Santiago do Cacém passou a dispor do primeiro laboratório do país acreditado pelo IPAC - Instituto Português de Acreditação. O executivo nunca teve dúvidas do projecto, iniciativa de 1995, e lutou pela distinção. O laboratório vai agora prestar serviços a uma gama de clientes, nacionais e internacionais, dada a excelência e os seus equipamentos de topo. PÁG. 12 PÁG. 10 Distribuído com o VENDA INTERDITA Pub. Santiago ganha laboratório de topo Caderno Especial PÁG.5

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Centro de Saúde da Quinta do Conde abre em Agosto

www.smjornal.publ.ptsemanário - edição n.º 722 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 7.Jul.2012

+DesportoUltra Maratona Atlântica bate recorde de participantes

14

+ActualAceleras voltaramvoltaram à ‘Estrada dos picanços’

6

Pub.

Pub.

Director: Raul Tavares

+REGIÃO Tem sido uma epopeia, mas parece que desta avançar mesmo. O Governo garante que o novo Centro de Saúde da Quinta do Conde estará a funcionar antes do final de Agosto.

Anti-stressAbrunhosa conta histórias no Casino de Tróia

7

Congresso PS reforça MadalenaPOLITICA O congresso dos socialistas do último fim-de-semana reforçou o poder da nova líder, que conquistou 41 dos 65 novos membros da Comissão Política, que vai ser presidida por Amélia Antunes.

ACTUAL Santiago do Cacém passou a dispor do primeiro laboratório do país acreditado pelo IPAC - Instituto Português de Acreditação. O executivo nunca teve dúvidas do projecto, iniciativa de

1995, e lutou pela distinção. O laboratório vai agora prestar serviços a uma gama de clientes, nacionais e internacionais, dada a excelência e os seus equipamentos de topo.

PÁG. 12

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Distribuído com o

VENDA INTERDITA

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Santiago ganha laboratório de topo

CadernoEspecial

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Abertura

Pub.

Quando as águas quentes estão a afastar a faneca dos mares do Sado A pesca da faneca, que durante décadas foi ex-libris da lota de Setúbal, tem vindo a fraquejar. As águas quentes e a poluição são nefastas para os juvenis. Os pescadores só podem lamentar.

As alterações climáticas são o maior inimigo da faneca. Quanto

mais a temperatura da água aumenta na costa da região – como tem acontecido nos últimos anos - mais a espécie se afasta das águas do Sado, à procura das correntes mais frias a norte. Não admira que comece a ser cada vez mais difícil de capturar pelos pescadores. Também a poluição afastou os juvenis.

As queixas dos pesca-dores não são de hoje. Nos últimos anos a pesca da faneca teve um revés. Depois da abundância de outros tempos, a espécie tem vindo a escassear.

«Chegou a estar entre os peixes mais baratos, mas hoje já não é bem assim, porque começa a ser rara», justifica Justino Mendes, um pescador de Setúbal, que só há d i a s soube o

que, afinal, se passava.Afinal, é o aquecimento

global que está a provocar o afastamento da faneca, apesar de se tratar de uma espécie nada propensa a mudar de «ares». «Se a população está a sair das nossas águas, é porque

alguma coisa mudou muito, porque a faneca não se adapta a qualquer sítio de um dia para outro», explica Justino Mendes, admitindo que a redução desta espécie

traduziu «mais u m

problema para os

p e s c a d o r e s . Depois da sardinha

e do carapau em crise, só nos faltava a faneca», lamenta.

Segundo o biólogo Carlos Esteves, é possível que se dê uma recuperação nos próximos tempos, quando surgem notícias de que a costa da região começa a estar menos poluída. «Pelo menos os

juvenis poderão ficar e isso aumenta a esperança, mas ainda está tudo pouco claro, porque é um peixe das profundezas dos mares e torna-se muito difícil de estudar», justifica.

Luz insuportável para a espécie

A faneca mergulha habitualmente entre os 100, 150 ou 200 metros. Depende dos fundos que tenha por perto, desde que as águas sejam frias. É uma espécie que tem grande dificuldade em se adaptar a novos habitats, por suportar mal as diferenças de pressão e a própria luz.

Eis a justificação pela qual os olhos da faneca quase ameaçam saltar abruptamente das órbitas quando esta espécie é pescada e chega à tona de água, demonstrando a sua incapacidade para se adaptar às mudanças de pressão. Aliás, uma situ-ação também condicio-

nada pelo facto de exibir uns olhos muito salientes e desenvolvidos, já que as profundezas marítimas que habita são parcas em luz solar, o que limita a sua visibilidade 24 horas por dia.

São os olhos salientes, juntamente com o barbilho que ostenta na maxila infe-rior, que permitem à faneca manter os hábitos alimen-tares durante a noite. De resto, à semelhança do que

sucede, por exemplo, com o salmonete, também o barbilho da faneca funciona como um órgão sensitivo, que permite à espécie detectar alimento na escuridão, mesmo que as presas estejam enterradas na areia.

À hora de comer, a faneca revela-se um peixe altamente voraz, caçando geralmente em grandes cardumes, dando sequência à sua natureza muito gregária, sendo ainda no grupo que a espécie encontra alguns meios de defesa contra ataques de possí-veis predadores. Porém, a verdade é que a própria faneca tem a capacidade de se trans-formar num temível predador, tratando-se de uma espécie carní-vora quando atinge a maturidade, usando os seus dentes muito afiados para devorar pequenos peixes e manchas planctónicas de crustáceos e alevins, como explica Carlos Esteves.Este biólogo alerta ainda que a espécie tem vantagem na perse-guição das presas, por ser dotada de uma configuração fusiforme e de umas barbatanas que fazem dela uma «excelente nadadora». Se o desajado alimento não abunda, a faneca

sopra pequenos jactos de águas contra os

fundos do mar, p a r a levantar nuvens de areia, que acaba por ingerir, já que, regra geral, há sempre a presença de pequenas espécies.

Peixe voraz

Procria em águas pouco profundasA faneca é uma espécie ovípara, em que a fecundação dos ovos é externa, sendo a postura feita em águas pouco profundas, que nunca ultrapassam os 60 metros, a temperaturas não inferior a oito ou nove graus. Os

estudos elaborados permitiram concluir que o ovo tem um período de incubação que varia entre os dez e os 12 dias, dando origem a uma larva de aproximadamente três milímetros, que vai aumentando de comprimento até

atingir 18 milímetros que habilitam o desaparecimento dos caracteres larvares. A faneca já é um juvenil, sendo que nesta fase desceu o suficiente na camada de água para atingir as profundezas que a espécie mais gosta de habitar.

:::::::::::: Roberto Dores ::::::::::::

Crise da faneca agrava situação económica dos pescadores

D.R

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3S á bado | 7. Ju l . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com Espaço Público

É do conhecimento comum que a utilização de docu-mentos que não traduzem

verdadeiras operações comer-cias, como as denominadas faturas falsas ou faturas de favor, receitas médicas fictícias ou outros negó-cios simulados lesam o Estado em milhões de Euros.

Daí que o combate à fraude tem vindo a assumir especial relevância, lançando-se mão das tecnologias de informação, cruzamentos de informação entre várias entidades e a criação de normas preventivas e punitivas, tentando racionalizar e ordenar o seu cumprimento, para aqueles que teimam em lesar o Estado. É nesta esteira, que, e sob pena de se prolongarem os senti-mentos de anomia pela evasão fiscal, têm vindo a ser introdu-zidas uma escala de punições mais rigorosas, mais precisas e mais abrangentes.

No entanto, na maioria dos casos, quando a Fraude é detetada, o Estado foi já lesado em largos milhões. E pouco ou nada há a recu-perar. Nesta altura os ganhos ilícitos já estão bem longe, e muitas das vezes quem dá a cara são “testas de ferro” que em nome e no inte-resse de outros dão a cara a troco de alguns tostões para aqueles realizarem, de forma indevida, milhões.

Na realidade, é impressionante como através de esquemas simples é possível retirar avultadas vanta-gens patrimoniais ilegítimas. Veja-se por exemplo a recente fraude detetada, que envolve médicos, delegados de informação médica, distribuidores farmacêu-ticos e farmacêuticos. O esquema

bastante simples, passava pela emissão de receitas falsas de medi-camentos comparticipados em 95% pelo Estado. Claro que apesar destes mecanismos serem aparen-temente simples, os mesmos só logram a ter efeito se existir uma estrutura bem organizada. Porém, este tipo de atuação, para além de ser passível de punição por Fraude, branqueamento de capitais e asso-ciação criminosa, certo é que, muitas das vezes é difícil provar os mesmos, especialmente no crime de associação criminosa.

Uma coisa é certa, tudo o que é passível de ser reembolsado pelo Estado pode tornar-se dinheiro fácil e apetecível, independente da forma que assuma, seja impostos, abonos ou comparticipações. E em muito casos o crime ainda vai compensando.

* Inspector Tributário

A notícia (esperada, independen-temente dos termos e enver-gadura, atendendo ao perso-

nagem – aceito as críticas de que estou já a fazer um juízo) desta semana que dava conta de que o ministro Miguel Relvas tem uma licenciatura obtida fundamentalmente com base no seu currículo profissional e com apenas frequência de quatro disciplinas, entre as 36 do curso, tirada na Universidade Lusófona, é mais uma machadada no já pouco credível edifício da nossa política caseira e na agonizante estru-tura educativa do país, especialmente ao nível das instituições privadas do ensino superior (com exclusão, natu-ralmente, da Universidade Católica e mais uma ou outra instituição).

Se nos deixarmos ficar pela política e por exemplos semelhantes, o que o português médio que, como eu, segue o país pelas notícias (com algum filtro, claro) espera é um comporta-mento exemplar mínimo por parte daqueles que nos governam. O que não terá sido o caso. Para além de ter, por lapso, indicado na ficha de deputado a frequência do 2º ano do curso de Direito quando apenas frequentou uma disciplina do 1º ano, Relvas, soube-se agora, é chamado de Dr. porque obteve a licenciatura de Ciência Política e Relações Internacio-nais, na Universidade Lusófona, com base no seu currículo profissional (!!!) e frequentando apenas 4 disciplinas.

Já tínhamos tido o exemplo do ex-primeiro ministro Sócrates e o seu percurso escolar, onde, pelo menos, há um bacharelato obtido em condi-ções normais. Estas demonstrações de falta de seriedade, de leviandade dos nossos eleitos leva-nos a ques-tionar a credibilidade de todos, o que é injusto. Assumindo que a política deve

ser exercida e praticados por pessoas minimamente credíveis, estes exem-plos de pessoas que tiveram ou têm nas mãos a condução dos destinos do país levam-nos a temer o pior. Natu-ralmente que não estamos a exigir que todos os governantes devem ter um respeitado curso superior. Até somos daqueles que acreditam que o curso obtido com a experiência de vida, se bem apreendida, é o melhor. Enten-demos é que quem utiliza estes estra-tagemas (independentemente da lei o permitir) não pode ocupar um cargo tão relevante. A política, nos seus mais variados níveis (desde o vogal da junta de freguesia até ao supremo magis-trado da nação – isso mesmo, até ao presidente da República) deve ser exer-cida por gente impoluta. Só assim os governados aceitam o livre mando daqueles em quem são chamados a votar. A não ser assim, é o descrédito total. E por isso se percebe a abstenção nos actos eleitorais.

No outro campo, o do ensino, e mais especificamente o do ensino superior, o facto de que agora tivemos conheci-mento é mais uma pazada de terra na sepultura que o ensino superior privado (com honrosas excepções) cavou a si próprio. A juntar aos exemplos de que temos conhecimento pessoal, casos desta dimensão e envolvendo figuras deste relevo, deviam ser suficientes, num país da Europa, para o fechar de portas voluntário. Diz-se que a lei prevê situações destas. Então também aqui os nossos políticos deviam fazer política, isto é, pôr um travão nestes desmandos da Lei. Pactuar com leis destas é levar o país para a cauda dos países desenvolvidos. E é isto que queremos?

* Colaborador

Não sou católico porque o catolicismo pouco ou nada tem a ver com os ensinos

simples e preciosos de Jesus Cristo.Para o verdadeiro cristão, o

catolicismo mais parece uma indús-tria religiosa altamente lucrativa como se verifica nos diversos santuários em todo o mundo. Fátima é uma exemplo disso, com a venda de imagens e velas. A venda de velas já não é às unidades, mas sim aos quilos, ou a peso! E o povo crédulo, simples, ingénuo, compra todos os anos toneladas de cera para os cofres do catolicismo romano. Sei pela Bíblia, a palavra de Deus, que Ele abomina, detesta imagens de escultura. Um dicio-nário bíblico diz que imagem é uma representação material de um Deus

ou Deusa, Santo ou Santa. Estas imagens de madeira, metal ou pedra ou tecido, são convertidas em ídolos quando são objectos de adoração. Quando o culto é prestado a imagens ou mesmo a pessoas, em lugar de um Deus criador ou a Jesus salvador, torna-se em idolatria.

A adoração à deusa Diana ou Ártemis, com o seu templo em Éfeso, uma das Sete Maravilhas do Mundo, na Turquia, foi censu-rada pelo Apóstolo S. Paulo. A adoração à “Rainha dos Céus” no tempo do Profeta Jeremias também, também foi criticada pelo homem de Deus. E tudo isto não parece muito diferente do que se passa em Fátima!

Pela História de Portugal, sabe-se que desde os tempos de Viriato e

Sertório (mortos como milhares de lusitanos) que de Roma, nunca veio nada de bom. E se construíram cá pontes e estradas, isso interessava aos conquistadores romanos.

Também se sabe, que mais tarde, para que o novo reino de Portugal tivesse protecção divina, teve o primeiro rei que pagar à Santa Sé, cinco onças de ouro anuais, como se Deus precisasse de riquezas humanas para proteger e abençoar. Mais tarde o rei deixou de pagar, mas o rei seguinte (mais fraco) D. Sancho I, teve que pagar vinte anos de atraso! Só naquela ocasião quase três quilos de ouro! Por estas e muitas outras ofertas voluntárias e obrigatórias, os cofres do Vaticano se têm enchido, mas quando uma igreja necessita de

uma reparação material, é mais um peditório ao povo que essa igreja tem que fazer…

E as Cruzadas e Inquisições organizadas pelas papas, em que milhares de pessoas foram tortu-radas ou mortas? E o clero que não pode casar?

E se até no Protestantismo houve excessos e até crimes de pessoas mais conhecedoras da Lei do Evangelho, quanto mais erros não praticariam os que não liam ou não podiam ter acesso às Escri-turas Sagradas?

Muitos viviam na ignorância e idolatria como lamentavelmente nos dias de hoje.

* José Ramos(Monte da Caparica)

ficha técnica

Director: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Bruno Cardoso, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação). Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Dinis Carrilho. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº8-D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 819 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

Miguel Relvase a imagem da política

Porque não sou católico

António Marquês*

Na maioria dos casos, quanto a fraude é detetada, o Estado foi já lesado em largos milhões. E pouco ou nada há a recuperar. Nesta altura os ganhos ilícitos já estão bem longe, e muitas das vezes quem dá a cara são “testas de ferro”.

A Fraude

Notas Físcais

Não sei se todos os portugueses deram a devida conta à notícia divulgada esta semana de que a execução orçamental dos primeiros cinco meses do ano foi um descalabro colossal, seis vezes maior da registada em igual período do passado.

Sei apenas que na primeira linha de fogo voltou a estar as qualificações do ministro Relvas, numa situação anacrónica que começa a fazer escola entre os políticos cá do burgo.

Mas a verdade é que, depois de tantos esforços que nos foram pedidos, as contas públicas estão bem piores e paira no ar a ameaça de um novo pacote de austeridade.

O mais questionável de tudo prende-se com a segurança que o ministro das Finanças sempre nos transmitiu e o jogo de certezas que as suas profundas olheiras pareciam garantir. Não era absolutamente verosímil que o ataque à economia caseira, o aumento desmesurado do emprego, a cegueira dos cortes, a crispada animosidade sobre o ânimo das empresas e famílias dessem este resultado?

È um falhanço dos grandes. E junta-se agora ao facto objectivo de que a dívida soberana que nos levou ao pedido de resgate está a aumentar a olhos vistos. O nosso ministro das contas não pagou um euro sequer, e os juros, a par da agiotagem da troika que veio para nos auxiliar, constituem um cancro para a paupérrima tesouraria do Estado.

Não será a marcação cerrada dos sindicatos que vai resolver o problema. Passos tem uma oportunidade de rever as suas prioridades ou continuar a criar o seu próprio abismo.

Ninguém pode entender que a economia seja assim tão falível. A não ser que haja mesmo burrice da parte de quem detém o nosso destino nas mãos. Ou uma intenção deliberada de nos alienar à sorte divina.

Descalabro colossal

Editorial // Raul Tavares

Paulo Janela

[email protected]

Cartas ao Director

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Actual

Cancro da pele no São Bernardo não alarma

A incidência de casos de cancro da pele na região de Setúbal e Palmela é inferior a cinco por cento dos casos anualmente registados no resto do país. Prevenção é palavra de ordem.

Apenas 1% são casos malignos

Os dados disponíveis apontam para um número próximo das duas dezenas de caso

registados no Centro Hospitalar de Setúbal, correspondentes à área de interferência do Hospital de São Bernardo. Segundo Margarida Anes, responsável pelo serviço de derma-tologia, o número de casos de mela-noma - a forma de cancro de pele mais agressiva - equivale a «um por cento dos casos registados e canalizados para os serviços». Os restantes casos identificados pelos médicos de família «correspondem a tumores benignos e são, muitas vezes, resultado de excesso de zelo devido a alterações de sinais».

Segundo a clínica há, no entanto, motivos para preocu-pação, uma vez que a faixa etária

em que se registam mais casos tem vindo a baixar. «Há uns anos, a maior parte dos casos de mela-noma surgiu em pessoas com idades acima dos 50 anos, hoje os casos acontecem em pessoas com 25/30 anos e tem muita a ver também com a história fami-

liar deste tipo de carcinomas». Uma vez mais, a falta de cuidados de prevenção é o principal motivo para o surgimento deste tipo de tumor especialmente no caso do melanoma que é, segundo Margarida Anes, «o mais traiçoeiro dos cancros».

Com a chegada das férias de Verão os habitantes do distrito acorrem às muitas praias espa-lhadas pela nossa costa, muitas vezes sem tomarem as devidas precauções em relação à exposição solar. Insolações e desidratações são comuns nos meses quentes e uma preocupação para os profis-sionais de saúde que alertam para o facto de que uma exposição prolongada ao sol, nas chamadas horas vermelhas, entre as 12 e as 16 horas. É uma situação que tem vindo a preocupar as autoridades.

Sinais depreocupação

«O melanoma ataca de forma traiçoeira», diz Margarida Anes, por isso há que ter em conta alte-rações que possam surgir nos sinais cutâneos. «Quando os sinais se tornam mais escuros e crescem de forma anormal [duplicam de tamanho em poucos meses], quando assumem formas assimétricas entre um lado e outro do sinal, quando há sangra-mento ou úlcera são sinais de alarme e que devem ser enca-minhados para intervenção», explica a médica adiantando que, tal como na maior parte dos cancros, «quando detectado precocemente as possibilidades de sucesso na intervenção cirúr-gica são superiores».

::::::::::::::::::: Roberto Dores :::::::::::::::::::

Nº de casos registados em Setúbal e Palmela desde 2008

Hospital São Bernardo2007 – 16 / 2008 – 15

2009 – 14 / 2010 – 8

2011 - 21

Playmobildiverte miúdose graúdosno Forum Montijo

DURANTE dois meses, as crianças e até os adultos vão poder divertir-se, no centro comercial do Forum Montijo, com a exposição dos conhecidos e popu-lares bonecos da Play-mobil.

A exposição está patente ao público junto aos cinemas da Zon, num espaço com 120 metros quadrados e pode ser visitada de domingo a quinta-feira, das 10 às 23 horas, e à s sextas, sábados e vésperas de feriado, entre as 10 e as 24 horas.

Muitas são as aventuras que os mais pequenos e também os adultos vão poder viver na fantás-tica companhia dos bonecos da Playmobil. Esta marca, que faz parte do imaginário de qualquer criança vai levá-los a desfrutar de momentos inesquecíveis.

Todos os dias é possível viver uma aventura diferente na compa-nhia dos amigos ou dos pais. A imaginação é o limite para todas as viagens que vai conseguir fazer durante os meses de Julho e Agosto.

Alentejo litoral acusa Governo de estrangular a região

OS DEPUTADOS da Assem-bleia Intermunicipal do Alen-tejo Litoral (CIMAL) estão apre-ensivos com os resultados do desinvestimento do Estado em áreas-chave do desenvolvi-mento e bem-estar dos cida-dãos.

Num documento aprovado na última reunião os represen-tantes da estrutura intermu-nicipal exigem que o Governo tome medidas no sentido de promover o Serviço Nacional de Saúde, um problema parti-cularmente grave na região. Denunciam a situação «dramá-tica em que se encontra a saúde nos concelhos do Litoral Alen-tejano, considerando que o SNS recuou para níveis nunca vistos desde a sua criação, pondo em causa o direito constitucional à saúde das populações», pelo que exigem medidas imediatas, nomeadamente a falta de médicos de família em todos os concelhos.

Alertando, ainda, para ques-tões como a aplicação do novo mapa judiciário, que retira tribunais a dois concelhos; e o estrangulamento no finan-ciamento aos projectos empre-sariais ao abrigo do QREN, que, do ponto de vista da CIMAL, impedem o desenvolvimento regional, os deputados apelam ao envolvimento activo na resolução destes problemas, por parte dos partidos que, na Assembleia da República, representam o povo português.

Projecto do Sapal e Mata da Machada regressa a Bruxelas

O ‘CHUMBO’ da candidatura barreirense ao programa LIFE+, um dos instrumentos financeiros da União Europeia no apoio a projectos ambientais, indignou o executivo que quer submeter, nova-mente, o projecto à apreciação de Bruxelas.

Nuno Banza, vereador do Ambiente, defende a necessidade de que «alguém do Governo defenda Portugal em Bruxelas», em vez de «Portugal defender os interesses de Bruxelas».

A candidatura ao Programa LIFE + da Câmara do Barreiro foi inserida no âmbito da call de 2011 para o eixo Natureza e Biodiver-sidade.

O projecto apresentado dizia respeito à área da Mata da Machada e do Sapal do Rio Coina, com o título “Biodiscoveries – Controlo de invasoras na ribeira das naus do Coina”.

Após um longo período de avaliação das candidaturas, a autarquia foi informada de que o seu projecto não foi aceite, mas segundo Nuno Banza, o execu-tivo tomou conhecimento da decisão pelos órgãos de comuni-

cação social, uma situação que classifica de «inédita».

Nuno Banza não baixa os braços e promete manter a candi-datura que será apresentada no próximo prazo, «ou até Agosto ou Setembro», uma vez que a valo-rização do habitat da Mata da Machada e Sapal do Rio Coina, é essencial «para manter no futuro

a sua qualidade».O enquadramento financeiro

global do LIFE+ é de 2143,409 milhões de euros para o período entre 1 de Janeiro de 2007 e 31 de Dezembro de 2013, sendo a candi-datura da Câmara do Barreiro de 1 milhão de euros, para os três anos, com financiamento a 50 por cento.

A Mata da Machada é um ex-libris ambiental do concelho do Barreiro

A exposição ao sol é um risco dos grandes e já atinge os mais jovens

DR

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A falta de médicos é um problema

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O laboratório foi acreditado com uma norma que lhe vem conferir exactamente o quê?Esta acreditação foi conferida pelo Instituto Português da Acreditação no passado dia 25 de Maio. Trata-se de um reco-nhecimento de competência técnica de um processo desen-cadeado ao longo dos anos por várias etapas. Tomámos uma decisão no executivo de inves-tir em passos concretos para chegar a este ponto. O labora-tório precisava de obras, de mais espaço, de um maior in-vestimento ao fim ao cabo. Am-bicionávamos, por isso, esta acreditação.

O que foi feito, especificamen-te, para conseguir esta acre-ditação?Foi necessário, acima de tudo, adaptar o quadro de pessoal afecto com exigências neces-sárias. A construção de novos espaços físicos impunha-se do

mesmo modo, bem como todo um trabalho interno de muita importância que foi efectiva-mente levado a cabo. Já fazí-amos realização e colheita de amostras com destaque entre entidades auditoras, mas, ago-ra, com esta certificação, o la-boratório adaptou-se para ir ao encontro do exterior.

E que análises poderá agora fazer o laboratório?Vamos chegar a muitas enti-dades gestoras de água, que têm recorrido a laboratórios privados. Somos a única câ-mara municipal do país com esta acreditação, o que é uma mais-valia. Podemos chegar a empresas, particulares, em-preendimentos turísticos, en-tre outras entidades, fazendo as análises que estas precisam e que têm ido buscar a vários sítios. É preciso agora captar investimentos e encontrar clientes. Temos uma tabela de

preços competitiva, que traz boas perspectivas de captação de clientes.

Qual foi o investimento total da câmara no laboratório?Fomos arrojados desde o iní-cio do processo. Não sabíamos se o mesmo era passível de ser candidatado a fundos comu-nitários, mas avançámos mes-mo assim com a obra no va-lor de 112 mil euros. Na Câma-ra Municipal de Santiago do Cacém fomos avaliando uma possível candidatura a fundos comunitários. Mais tarde, fe-lizmente, foi aprovado um fi-nanciamento que acabou por compensar este investimen-to.

É um laboratório de excelên-cia para os munícipes portan-to…Sim. E deixa uma garantia de eficiência de qualidade de água para o consumo humano.

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“É garantia da qualidade de água para consumo humano”José Rosado, vereador do Ambiente na Câmara de Santiago do Cacém, gaba a acreditação pelo IPAC do Laboratório de Águas Municipal. O executivo nunca teve dúvidas sobre o projecto e não mediu esforços desde 1995 para conseguir esta distinção. Agora, a luta passa para outro plano: a da conquista de novos clientes.

Acreditação e competênciaO Laboratório de Águas da Câmara Municipal de Santiago do Cacém foi acreditado pelo Instituto Português de Acreditação segundo a norma NP EN ISO/IEC 17025, tendo obtido o certificado n.º L0623, no passado dia 25 de Maio, depois de ter sido sujeito a diversos processos de avaliação e auditorias, internas e externas. A acreditação reconhece a competência técnica do laboratório para a realização de colheitas e transporte de amostras e para a realização de ensaios, físico-químicos e microbiológicos, em amostras de águas naturais, águas de consumo humano e de piscinas.

A criação do Laboratório de Águas Municipal verificou-se no ano de 1995. Desde então, tem sido possível uma gestão mais eficiente da qualidade da água para consumo humano, num concelho que se debatia com uma realidade difícil. Com a acreditação, o

município veio recuperar a sua capaci-dade de realização de ensaios para a garantia da qualidade da água que é distribuída às populações, mas também assegurar a prestação de um serviço de confiança e credível ao exterior.

Laboratório criado em 1995

Foto

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MSC

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EMBALADO pela música do Grupo de Canto e Expressão Cénica “Vocálise”, a noite do segundo aniversário da DDI Portugal foi marcada pela certeza dos promo-tores que, apesar da tenra idade, tem vindo a afirmar-se no pano-rama nacional e internacional.

O dia 30 de Junho arrancou com um mergulho da família DDI. Partiram do mais recente centro de mergulho de Sesimbra, a Haliotis, primeiro Instructor Train-ning Center da DDI em Portugal, rumo à Pedra do Leão. No regresso uma bela sardinhada aguardava o grupo que se preparava para mais uma acção de sensibilização, na Praia do Ouro.

Baptismos de mergulho, vólei, boccia e ténis foram os desportos

que puderam ser praticados por todos. Apenas com uma condição, todos tiveram de os praticar como

se fossem portadores de alguma deficiência.

A Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (FPDD) e a Haliotis foram os parceiros da DDI Portugal nesta iniciativa que considera «muito positivo ver a reacção dos jovens que mostraram estar atentos para as questões rela-cionadas com a deficiência». Os baptismos de mergulho foram um sucesso e cerca de 30 pessoas entraram pela primeira vez no mar.

Acessibilidade é palavra de ordem

À noite, no Hotel do Mar, após um jantar com o secretário de Estado dos Assuntos do Mar, Pinto de Abreu, e o presidente da Câmara

de Sesimbra, Augusto Pólvora, foi promovido um desfile de moda acompanhado pelo conjunto de vozes do Grupo de Canto e Expressão Cénica “Vocálise”.

Na sessão de abertura, Pinto de Abreu afirmou que «um mar para todos é também o meu lema». Já o edil Augusto Pólvora mani-festou apreço pelo facto de a DDI Portugal ter, novamente, escolhido Sesimbra para este evento, salien-tando que «a acessibilidade é algo que diz respeito a todos».

Flemming Thygue, vice-presi-dente da DDI afirmou-se «mara-vilhado com o trabalho desta equipa portuguesa, surpreendem-me a cada instante».

Vanda Pinto

As corridas ilegais de carros estão de regresso à Estrada da Marquesa (Barreiro).

Um autêntico «tapete de alcatrão» muito bem tratado numa zona industrial, que continua a ser o mais popular ponto de encontro para os aceleras do distrito.

S e g u n d o denunciam mora-dores e trabalha-dores da zona, sobretudo aos fins-de-semana a estrada voltou a ter a procura de outros tempos, ouvindo regularmente «motores a fundo» durante as madrugadas,

que só acalmam quando a GNR dá sinais de presença.

Mas aí, já os «aceleras» fugiram, admitindo as autori-

dades que haja quem vigie os acessos àquela recta que conduz à fábrica da Autoeuropa, para avisar os donos das máquinas de alta cilindrada e carros trans-

formados.De resto, foram as várias situ-

ações de pânico vividas por alguns trabalhadores da fábrica da Volkswagem que desenca-deou uma queixa na GNR. Os

elementos que saíam do serviço depois da

meia-noite e r a m frequen-t e m e n t e

confron-t a d o s

com as corridas de carros, a mais de 200 quilómetros por hora, que apanhavam as duas vias, lado a lado, obrigando alguns trabalhadores a desviar a sua

viatura para a berma da estrada.As autoridades acreditam

tratar-se dos mesmos indivíduos que em tempos usavam a Ponte Vasco da Gama para o street

racing, mas que acabaram por procurar um local mais discreto face à pressão da GNR.

Roberto Dores

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Aceleras voltaram à “estrada do picanço”

O acidente mais grave ocorrido numa prova ilegal de carros em Palmela teve lugar em Setembro de 2004, na «estrada do picanço», que ceifou a vida a três jovens. O condutor responsável pelo acidente viria a ser preso. Tinha 21 anos, não possuía carta de condução e já havia sido condenado com pena suspensa de três anos por condução sem título.

O acidente ocorreu devido a um despiste a alta velocidade numa estrada paralela à auto-estrada do Sul, quando o condutor colidiu com um motociclo e seis automóveis, atropelando vários espectadores que se encontravam na berma da estrada. Morreram dois rapazes de15 e 22 anos e uma rapariga de 24 anos, fazendo ainda um ferido grave.

Tragédia com três mortes em 2004

Padre Constantino mestre em serviço social pela Católica

UM NOVO modelo de desenvol-vimento económico baseado nas pessoas e uma aposta no reforço dos laços de solidariedade são duas das medidas preconizadas pelo pároco de Nª Sra. da Conceição, em Setúbal, para enfrentar a crise.

Esta é uma das conclusões da tese de mestrado do padre Constantino Alves, a quem, esta semana, a Univer-sidade Católica atribui o título de Mestre em Serviço Social.

A tese de mestrado “Percursos de vida de trabalhadores desempregados de Setúbal num mundo de trabalho em mudança” retrata os problemas da região de Setúbal e do país.

Para o pároco, o mundo do trabalho «tem sofrido um processo de profundas transformações» decor-rentes das «crises cíclicas do capita-lismo; do incremento da inovação tecnológica, da globalização da economia, ao afluxo das mulheres, em grande número, no mercado de trabalho e ao fluxo migratório».

Os efeitos das mudanças são visí-veis «não por uma necessidade econó-mica, mas por uma decisão política apoiada pelos neoliberais que pretendem apenas o lucro e o capital», sustenta o pároco, para quem, nos tempos actuais, «o trabalhador sente-se desvalorizado e é visto em função das estratégias do lucro das empresas».

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DDI combate exclusão social nos mares de Sesimbra

Polis da Costa na mira dos socialistasA DEPUTADA socialista Eurí-

dice Pereira está preocupada com a falta de manutenção e conser-vação dos espaços já intervencio-nados pelo Polis da Costa de Capa-rica, denunciando a aceleração do estado de degradação da obra já realizada. A deputada, que ouviu várias queixas dos donos e conces-sionários dos apoios de praia, sublinha que estamos perante uma situação de «desinteresse» do actual Governo, aliado à «inércia» do muni-cípio, que apenas contribuirá para a «degradação» dos equipamentos e públicos já construídos no terreno.

Esta visita dos deputados às obras do Polis da Costa de Capa-rica inseriu-se na jornada dedicada aos domínios de intervenção da Comissão de Ambiente, Ordena-mento do Território e Poder Local e teve lugar na passada segunda-feira.

Para a coordenadora dos depu-tados do PS eleitos por Setúbal, «não se pode permitir» que as entidades públicas se demitam das suas

responsabilidades, porque o inves-timento que ali foi feito visou, «tão simplesmente, dignificar a Costa de Caparica e valorizá-la do ponto de vista social, económico e ambiental».

Eurídice Pereira, ao ter conhe-cimento através da ministra do Ambiente que até Dezembro de 2013 deverão avançar no terreno as inter-venções que não impliquem novos investimentos do Estado, conclui: «Quer isto dizer que, possivelmente, o Polis terá o seu fim em finais de 2013, ficando por concluir cinco Planos de Pormenor e outras acções importantes, situação que nos preo-cupa particularmente».

Por outro lado, Eurídice Pereira ouviu dos agentes locais o desa-grado e a incompreensão pela taxação que irá surgir em breve nos estacionamentos de superfície, por decisão do município. «Os comer-ciantes acham que, em tempos de crise, este é mais um factor que contribui para o afastamento de turistas e visitantes», vinca.

Carina e João Matias

Carnaval de Verão em Setúbal

A AVENIDA Luísa Todi, em Setúbal, recebe, no próximo fim-de-semana, pelo segundo ano conse-cutivo, o desfile do Carnaval de Verão, numa iniciativa entre a câmara muni-cipal, a ACOES (associação do carnaval e outros eventos de Setúbal) e a ABARS (associação de bares e restaurantes da avenida).

Com um orçamento de perto de

30 mil euros, comparticipado em grande parte pelos mais de sessenta restaurantes e bares da avenida que apoiam o evento, o Carnaval de Verão vai contar com a participação de seis colectividades com os respectivos foliões e carros alegóricos, assim como com a participação das escolas de Samba “Trepa no Coqueiro” e “Bota no Rego”, de Sesimbra, acom-panhadas pelos seus trios elétricos, e do Tripa Trio, um carro de som que fecha o desfile e desafia os foliões a acompanhar a festa.

Na apresentação do evento, a edil de Setúbal, Dores Meira referiu a importância da iniciativa como mais uma forma de «promoção e divulgação da cidade, assim como das suas capacidades, cultura e tradição». Daí que, para a autarca, «faça todo o sentido aproveitar as sinergias, potencialidades e recursos que as colectividades apre-sentaram no Inverno e mantê-las» para diversão dos setubalenses.

DR

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Assunção Cristas chancelou conferência Com a presença da ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas, a conferência organizada pelo Semmais em Palmela foi um êxito. 23 palestrantes e cerca de 150 participantes ofereceram à iniciativa contributos decisivos.

AMinistra da Agricultura, Assunção Cristas, abriu o cilco

de conferência do Semmais

NOVOS CAMINHOS PARA A CLUSTER AGRÍCOLA DO DISTRITO DE SETÚBAL I

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Internacionalização da agricultura é o caminhoMinistra Assunção Cristas pediu que agricultores se informem sobre novos seguros. Deixou ânimo, provou estar bem informada sobre o que asfixia o sector e lembrou as políticas que já estão a ser tomadas.

Assunção Cristas não tem dúvidas de que a internacionali-zação da agricultura nacional é uma das soluções para ajudar o país a ultrapassar a crise em que mergulhou, contribuindo para a redução do défice da balança comercial portuguesa no sector, na casa dos 3 mil milhões de euros. E aparenta ter já uma estratégia bem definida para resolver alguns dos problemas que estão a asfi-xiar os produtores.

A Ministra da Agricultura recorda que a região de Setúbal «tem enormes potencialidades» e diz que são as características do próprio território que fomentam o desenvolvimento agrícola e florestal, com provas dadas ao nível dos vinhos, da maçã riscadinha, do queijo, da gastronomia e doçaria. «É intenção deste Governo fomentar a produção agrícola nacional, até porque a agricultura

tem um papel importante na trans-formação estrutural da economia portuguesa», garante.

Durante a sessão de abertura desta conferência, organizada pelo Semmais, a governante recordou que o país poderá estar à beira de mais um ciclo de viragem com a discussão da nova Política Agrí-cola Comum (PAC). «Aquilo que ali for decidido vinculará o país desde 2014 a 2020», lembra, embora sublinhe, desde já, a defesa da vinha e de vários outros produtos nacio-nais, que já dão cartas ao nível do cluster agrícola, pelo Executivo liderado por Passos Coelho.

Assunção Cristas acrescenta que o sector só se desenvolverá se existir mais «inovação e capa-cidade comercial» e se a pujança para atrair os jovens para a acti-vidade aumentar. «Os produtores nacionais têm de saber produzir e de vender», acrescenta.

Preocupações motivamnovas decisões políticas

A Ministra da Agricultura confessou estar igualmente preo-cupada com o futuro do mercado vitivinícola, atendendo ao anúncio das novas taxas alfandegárias no

Brasil e que já lançaram o alerta entre os produtores locais. As taxas vão complicar a expansão para o Brasil das principais casas produ-toras da região.

Mas nem tudo aparenta ser negro na agricultura nacional. Assunção Cristas lembra que Portugal tem feito um «trabalho relevante» no sector da suinicultura junto de países como a China, a Rússia e o Japão, embora haja desafios a ultrapassar ao nível das questões sanitárias.

Internamente, o principal obstá-culo à agricultura está relacionado com os custos elevados de produção e com os parcos lucros obtidos pelos produtores. «Com a Plataforma de Acompanhamento das Relações na Cadeia Agro-Alimentar (PARCA) esperamos encontrar soluções para reverter este problema», sublinha a Ministra da Agricultura, que faz questão de esclarecer que sabe que «os produ-

tores não são suficientemente remunerados e que os custos de produção dispararam 26 por cento nos últimos anos».

Assunção Cristas recordou também o trabalho que está a ser desenvolvido para que os novos seguros cubram os prejuízos provo-cados pelas intempéries. «Não é possível manter um sistema que não cobre estes prejuízos», concre-tiza, pedindo que os produtores se organizem e se informem para que essa cobertura seja feita de forma mais eficaz.

A Ministra da Agricultura deixou ainda uma palavra sobre o futuro do Programa de Desen-volvimento Rural e espera que em 2012 sejam executados pelos menos 660 milhões de euros, a mesma quantia do ano anterior. «A revisão do parcelário agrícola também nos livrou do calvário das multas a Bruxelas», lembrou.

“Queremos fomentar o sector agrícola porque este já tem um papel importante na transformação estrutural da nossa economia”

II

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A aposta crescente no mundo rural em Palmela tem puxado pelo cluster agrícola de toda a região, apesar de os obstáculos dificultarem o sucesso do sector. Numa altura em que se comemoram os 50 anos da PAC, há já quem defenda mais apoios para a região e mais diálogo entre os actores locais.

A presidente da Câmara Municipal de Palmela consi-dera que o território «é um exemplo» entre os demais pelo papel que tem actual-mente ao nível do mundo rural, com os clusters agrí-colas à cabeça e a puxarem pelo protagonismo.

Ana Teresa Vicente acrescenta que este desen-volvimento rural deve ser parte do «ordenamento do território, contribuindo para a sustentabilidade e atrac-tividade de uma região». Mas esse desenvolvimento rural, diz, está «ameaçado» pelos desafios que se têm colo-cado ao poder local, desig-nadamente ao nível da redução das fregusias, «das coisas nefastas que têm sido feitas contra os funcioná-rios públicos» e dos «preju-ízos irreparáveis que para-lisam os municípios e difi-cultam a sua resposta junto das populações.

«A centralidade do

concelho tem trazido, ainda assim, grandes oportuni-dades de desenvolvimento», afirma. A Câmara Municipal de Palmela tem ajudado, ainda assim, os produtores locais a potenciar os seus produtos. A edil recorda mesmo que a autarquia criou o Festival Pão, Queijo e Vinho para ajudar os produ-tores de queijo, bem como diversas mostras de vinho para alavancar a produção e comercialização dos néctares da região, numa altura em que estes eram vendidos exclusivamente a granel».

«É preciso reafirmar a oportunidade desta confe-rência, que só podia decorrer aqui em Palmela», conclui.

O Director Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo acre-dita que o Governo vai fazer uma negociação «forte, equi-librada, abrangente e trans-parente» da PAC e considera que esta deve dar cada vez mais respostas à questão da segurança alimentar, da volatilidade dos mercados, das alterações climáticas e dos seguros agrícolas.

Nuno Russo chamou ainda a atenção para o papel que a agricultura pode desempenhar enquanto indutor de emprego numa região que já é beneficiada, no seu entender, pelo exce-lente clima e solo, capazes de produzir hortofrutícolas, especialmente em períodos de maior escassez.

 frente da Direcção Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo (DRAPLVT), Nuno Russo deixou uma palavra aos agri-cultores, a quem pediu

coragem para não baixarem os braços em altura de crise. «É preciso mais capacidade e empreendedorismo para que a produção aumente», vinca Nuno Russo, que não deixou passar igualmente em claro a parca associação entre os agricultores, que teimam em não ganhar escala e a não conseguir dialogar com as grandes distribuidoras.

O Director Regional de Agricultura e Pescas de Lisboa e Vale do Tejo reforçou o apoio e a dispo-sição da entidade em ajudar os produtores e expressou, uma vez mais, o desejo de que mais jovens optem pela profissão. «Mais jovens signi-ficaria mais produtividade, aquilo que o país precisa», diz.

Artur Furtado, em representação da Comissão Europeia, deixou uma palavra de incentivo aos produtores da região, reafirmando o investi-mento que deve ser feito nos chamados «casos de sucesso». As principais casas produtoras de vinhos da região são disso um bom exemplo. «É preciso não esquecer que a grande maioria destas casas produtoras já recebeu inúmeras distinções, grande parte das quais no estrangeiro, contribuindo para levar mais alto o nome da região e do país», afirma.

Para Artur Furtado, o futuro do sector agrícola só será melhor do que o panorama actual se se aumentar «o contacto e o diálogo com e entre os actores locais».

O representante da Comissão Europeia também lembrou que a

discussão em torno do futuro do cluster agrícola acontece num contexto de crise, mas também numa altura em que se come-moram os 50 anos da Polí-tica Agrícola Comum (PAC), uma política que considera «ter evoluído bastante ao longo dos anos, essencial para a segurança alimentar e para uma produção que se quer cada vez mais sustetável».

«É uma política que, ao fim ao fim ao cabo, é um dos exemplos actuais de uma Europa mais integrada, que tem apostado na protecção ambiental, na melhoria da produção e, ainda, na protecção das tradições», enfatiza.

Joaquim Caçoete, em representação da Confe-deração Nacional de Agri-cultores, reiterou a neces-sidade de o país defender a produção nacional, aliada à melhoria da produção e diminuição dos custos de produção. «É preciso igual-mente combater a fraude e a especulação, acautelar os seguros agrícolas e investir mais no mundo rural», acrescenta.

O representante da CNA pediu ainda um olhar atento por parte do

Governo para os sectores do vinho, azeite, pecuária, hortofrutícolas e, particu-larmente, cereais e arroz. «É preciso arranjar novos caminhos porque já se perdeu muito com a execução da actual PAC, que este Governo só tem seguido e agravado ainda mais», atira.

Manuela Sampaio, em representação da ADREPES, recordou o papel das asso-ciações de desenvolvimento local e pediu que estas não sejam esquecidas no próximo quadro comuni-tário de apoio. «Elas têm um efeito de alavancagem importante, até porque arranjam soluções adap-tadas ao território, criando inúmeros postos de trabalho», afirma.

A representante da ADREPES prometeu, assim, continuar a lutar pelos apoios e pela captação de fundos comunitários de modo a que os pequenos e médios empreendedores não deixem de ser ajudados.

Palmela no centro do mundo rural

Associação deve ser a palavra de ordem

50 anos de uma PAC ao serviçodo sector

É preciso combater a fraude e a especulação

Em nome daalavancagem

Sessão de encerramento

Ana Teresa Vicente

Presidente C. M. Palmela

Artur Furtado

Comissão Europeia

Nuno Russo

DRAPLVT

Joaquim Caçoete

CNA

Manuela Sampaio

ADREPES

IV NOVOS CAMINHOS PARA A CLUSTER AGRÍCOLA DO DISTRITO DE SETÚBAL III

Na apresentação da conferência, integrada num ciclo de iniciativas que o jornal Semmais vai levar a efeito durante este ano e próximo, altura em que comemora quize anos de presença na região, o director, Raul Tavares lembrou à ministra da Agri-cultura, Pescas, Ambiente e Ordenamento do Terri-tório, que se encontrava numa «região pujante», habituada a ultrapassar dificuldades e «capaz de enfrentar os desafios com o país se debate actual-mente».

Como em outros momentos difíceis, «esta região, as suas gentes, as suas instituições e os seus protagonistas e autarcas», já deram provam que são capazes de ser ser altruístas, generosos, competentes, criativos e inovadores», afirmou Raul Tavares.

E lembrou as dimen-sões do distrito no universo empresarial, no ensino universitário e no associa-tivismo. «O distrito de hoje não é o distrito dos estigmas sociais. É muito mais que isso e pode ser uma das forças motrizes de que o país precisa nesta hora de dificuldades e de incertezas», salientou o director do Semmais.

E exortou o Governo, através da ministra Assunção Cristas a não deixar mais uma vez a região ao abandono, aludindo aos projectos de investimento que foram suspensos em função das dificuldades financeiras.

Lembrando a impor-tância do sector agrícola,, que segundo disse, tem sabido «inovar e apostar na diferenciação», consi-derou uma aposta certeira a realização da conferência.

Distrito pujante

Raul Tavares

Semmais

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As potencialidades em torno do sector vitivinícola, bem como as vantagens competitivas da região e os problemas que ensombram o cluster, estiveram em debate no painel que abriu os trabalhos na conferência do Semmais. As casas produtoras Ermelinda Freitas e Herdade da Comporta reafirmaram o compromisso com a internacionalização, mas pediram menos burocracia e mais garra entre os jovens que queiram apostar na vitivinicultura. A par dos desejos, o número de visitantes às adegas da península disparou quase 400% no ano passado, colocando cada vez mais o enoturismo no topo das apostas da região.

São muito mais os pontos que os unem do que aqueles que os distinguem. É no que se quer para o futuro do sector agrícola e da nova Política Agrícola Comum em Portugal que está o busílis da questão. Se há quem queira ver Portugal a encaixar mais 350 milhões de euros, há quem reafirme a importância da orizicultura nacional ou mesmo da produção pecuária. E do associativismo para gerar competitividade. Mas a esquerda mais à esquerda do espectro político está «céptica» relativamente ao futuro e quer ver resolvidos problemas do imediato, como a reformulação do Proder ou proposta de Bolsa de Terras.

Pedro do Ó Ramos, depu-tado do PSD na Assembleia da República, não tem dúvidas de que uma das grandes medidas do Estado para proteger a agricultura e os produtores seria criar uma legislação mais adequada de modo a equi-librar a relação desigual que hoje se estabelece entre os agricultores e as grandes distribuidoras. «Porque não se demonstra as margens que estas têm nos processos com estas cadeias de preços», questiona.

O também líder dos social-democratas no distrito é peremptório ao afirmar que o «Estado deve ser previsível para com os agricultores, de modo a que se estabeleça uma relação de confiança entre ambas as partes», sobre-tudo numa altura em que a idade média das pessoas que trabalham a terra é já de 63 anos. Mas os

números, diz, são mais aterradores: apenas dois por cento dos agricultores são jovens, as explorações agrícolas diminuíram dras-ticamente nos últimos anos e a degradação dos bens aumentou de forma significativa.

«Andámos a subsidiar para não produzir, pelo que é indpensável agora, no contexto de discussão da nova Política Agrícola Comum (PAC), equilibrar as ajudas aos Estados-Membros, sendo pretendidos aqui em Portugal pelo menos mais 350 milhões de euros», afirma Pedro do Ó Ramos. O deputado considera, assim, imprescindível diminuir os custos de contexto e atrair mais jovens para a terra.

Miguel Freitas considera imprescindível que a Europa deixe de ver o sector agrí-cola como o «parente pobre» da economia, tendo em conta a importância que este assume na cadeia alimentar e na criação de emprego. O deputado socialista acres-centa que uma das priori-dades nacionais para os próximos anos deve passar por uma grande aposta no sector que deverá reduzir o défice que actualmente o país tem ao nível da carne, nos cereais, entre outros. «Aliás, é preciso acabar com a ideia nesta nova PAC de que Portugal não pode produzir arroz», acrescenta.

O socialista vai mais longe e pede ainda ajuda para os produtores pecuários, apresentando números bem elucidativos da nossa depen-dência do exterior relativa-mente ao consumo de carne. Nos últimos dez anos, este disparou 80 por cento, mas

a produção não conseguiu dar resposta, subindo apenas 25 por cento. «É preciso garantir a existência de sistemas extensivos na pecu-ária», enfatiza.

Migue Freitas pede ainda que haja uma maior proxi-midade entre o sector agrí-cola e o florestal, até porque esta última é «capaz de gerar imensa riqueza para o país, contribuindo fortemente para a nossa balança comer-cial, com o aumento das exportações». O deputado do PS na Assembleia da República afirma ainda que o seu partido é contra a ideia de não haver perímetros de rega em Portugal, subli-nhando a boa aceitação nas hostes socialistas do chamado Banco de Terras.

O presidente da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho, chamado a abrir os trabalhos do primeiro painel de debate, não tem dúvidas de que o cluster agrícola é «dema-siado importante» para Portugal e, em particular, para a península de Setúbal e Litoral Alentejano. Talvez por isso, José Arruda aproveitou a opor-tunidade para recordar a orga-nização de um colóquio subor-dinado à discussão desta temá-tica já em Junho de 2013, quando vier a decorrer mais uma edição da Feira Nacional da Agricultura.

José Arruda não se esqueceu também da impor-tância de Palmela ter sido distinguida este ano como Cidade Europeia do Vinho, pela RECEVIN (Rede Euro-peia de Cidades do Vinho), que passará o testemunho já no próximo ano a uma cidade italiana, cujo nome permanece ainda por revelar.

Contra as margens da grande distribuição

Agricultura é o “parentepobre” da Europa

Importância vital do vinho para a economia

PAINEL 2

PAINEL 1

José Arruda

ANMV

Pedro do Ó Ramos

Deputado do PSD

Miguel Freitas

Deputado do PS

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Anti-stress7S á bado | 7. Ju l . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

40 anos de carreiraO cantor setubalense Clemente comemora os seus 40 anos de carreira, nas Festas da Arrábida e Azeitão, com um concerto para promover o seu novo disco e recordar velhos êxitos. Praça da República, Azeitão ! 22 h

Alunos mostram talentoNão perca a tão desejada audição dos alunos da Escola de Música do Independente Futebol Clube Torrense.Forum Cultural do Seixal | 16 h

Teatro italiano A partir do livro do “Desassossego”, de Fernando Pessoa, a peça “Hábito”, pela Fondazione Pontevedra Teatro, conta-nos a história de um homem que se perde nas ruas do Mundo.Escola António da Costa, Almada | 22 h

Abrunhosa conta históriasO Pedro Abrunhosa & Comité Caviar dão um concerto que promete contar histórias, suas e de outros, onde não há heróis nem vilões mas sim palavras que apetece cantar. Casino de Tróia | 22h30 Sáb. 7

Bucha e Estica num impasseA peça “Bucha & Estica”, de Juan Mayorga, com produção da Ajagato/Truta, fala-nos da carreira desta dupla famosa que parece ter chegado a um impasse. Auditório de Alcácer do Sal | 21h30

Sáb. 7Sáb. 7

Sáb. 7Sáb. 7

+ Cartaz...

Peter Gabriel, um dos maiores nomes da história da música, encerra com

chave de ouro, este sábado, a partir das 22 horas, o 18.º Super Bock Super Rock, na Herdade do Cabeço da Flauta, junto à praia do Meco, em Sesimbra.

O cantor britânico faz-se acompanhar da New Blood Orchestra, composta por mais de 50 músicos, o que torna o concerto mais apete-cível.

Peter Gabriel fundou uma das maiores bandas de rock de sempre, mas afirmou-se em nome próprio ao longo de várias décadas. Uma das maiores referên-cias do nosso tempo, está de volta aos discos e traz os êxitos que marcaram a

música das últimas três décadas ao18.º Super Bock Super Rock. O Meco volta a ser o palco de um momento único que ficará impresso na história dos espectáculos ao vivo em Portugal e o local onde os verdadeiros amantes de música querem estar.

Com a New Blood

Orchestra, o artista prepara-se para arrebatar uma imensa plateia com o seu último trabalho: Promete a todos uma visita aos seus clássicos de sempre, como “Sledgehammer” ou “Sols-bury Hill”, com arranjos orquestrais, transformando temas intemporais.

Peter Gabriel revisita no Meco clássicos de sempre

Peter Gabriel cantará em palco acompanhado de 50 músicos

DR

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TEATRO DIA 7 ÀS 22H00 NO ESPAÇO FONTE NOVA – “PANDORA BOXE”, a 118.ª produ-ção do TAS, para maiores de 16 anos, com texto original de Rui Zink e encenação de Carlos Curto, volta a estar em cena.DIA 8 ÀS 11H00 NO AUDITÓRIO MUNICIPAL CHARLOT – “O PRESENTE ESPECIAL” Musical pelo Grupo de Animação e Teatro Espelho Mágico, para maiores de 3 anos./Informações: 965 051 347 | 265 719 598/ Preço: 3,5 € (criança até aos 12 anos, que pode levar até dois adultos gratuitamente) MÚSICADIA 8 ÀS 18H00 NOS CLAUSTROS DO CONVENTO DE JESUS – CONCERTO CORAL, ESPETÁCULO PROTAGONIZA-DO PELO CORAL Infantil de Setúbal e pelo grupo Les Petits Chanteurs du Collège Saint-Pierre, de Bruxelas, Bélgica.DIA 8 ÀS 22H00 NA CASA DA BAÍA - PRO-JECT DUO, João Coutinho e Chauffeur Navarrus interpretam um reportório de versões de músicos como B. B. King, John Lee Hooker, Jorge Palma, Rui Veloso, Ben Harper e Sting. Espetáculo no âmbito do projeto municipal “Noites da Baía”.

LITERATURADIA 12 ÀS 21H30 NA CASA DA BAÍA - “AS

MULHERES DA FONTE NOVA” A sessão de lançamento do primeiro romance da escritora setubalense Alice Brito conta com as participações dos escritores Helena Vasconcelos e

Fernando Dacosta. “As Mulheres da Fonte Nova”, obra baseada em factos históricos, aborda a sociedade setubalense das décadas de 30 a 60 do século XX e conta a história de como mulheres de um bairro típico de Setúbal conseguem quebrar as barreiras do medo e da pobreza de espírito e de meios de uma forma subversiva e subtil.DIA 13 ÀS 18H00 NA BIBLIOTECA MUNICIPAL - “JANELA DA MINHA ALMA”, apresentação do livro de poesia de Anabela Texugo.DESPORTODIA 7 ÀS 21H00 NO PAVILHÃO JOÃO DOS SANTOS - “VIII FESTIVAL DE PATINA-GEM ARTÍSTICA DO SADO”, demonstra-ção da modalidade por cerca de 200 atletas de diversos clubes.DIA 14 ÀS 10H00 NO PARQUE URBANO DA ALBARQUEL – “MANHÃS NO PAR-QUE”. Aula de ioga. Iniciativa no âmbito do programa “Ativo dos 0 aos 100”.

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8 S á bado | 7. Ju l . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

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Trunfo estratégico do Porto de Sines na mira diplomática

Alguns dos embaixa-dores tiveram ocasião de comprovar ‘in loco’ as poten-cialidades da plataforma portuária de Sines, sinal da importância crescente do seu posicionamento estratégico. Sobretudo, quando se prevê para 2014 o alargamento do Canal do Panamá.

Duarte Lynce de Faria, vogal da Administração do Porto de Sines (APS), fez questão de sublinhar que essa decisão estratégica vai motivar «um redesenhar de todo o tráfego marítimo inter-nacional, possibilitando o desenvolvimento de novos serviços atlânticos, onde o Porto de Sines assume uma localização estratégica, como Porta Atlântica da Europa».

Devido às características físicas, geográficas e de produ-tividade, os diplomatas encontram no Porto de Sines uma excelente oportunidade para fomentar as relações comerciais entre os seus países e a Europa. Recorde-se que o Porto de Sines oferece já uma ligação direta semanal com a América do Sul, que toca portos do Brasil, Uruguai

e Argentina.Entretanto, também o

embaixador de Espanha, Junco Bonet, visitou esta semana a Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS) e o porto de Sines. A visita visou recolher informação sobre as características do complexo industrial e portu-ário de Sines, as suas poten-cialidades, bem como quais as expectativas futuras do porto e da ZILS.

Eduardo Junco foi rece-bido pelo presidente da comissão executiva da aicep Global Parques, Fran-cisco Nunes e Sá e pelo administrador da Admi-nistração do Porto de Sines, Duarte Faria. O diplomata realçou o papel preponde-rante de Sines, e referiu que o seu porto deve ser visto e entendido como um porto Europeu e não como um porto Português, ou seja, a sua importância estratégica deve ser tida em consideração numa escala mais abrangente, enquanto um dos princi-pais portos a servir o Conti-nente Europeu.

Região pisca o olho a investimento da América Latina

O grupo de sete embaixa-dores que esta semana visitou o Litoral Alen-

tejano e Setúbal foram desa-fiados a investir na região pelos autarcas Vítor Proença e Dores Meira, respectivamente presi-dentes das câmaras de Santiago do Cacém e de Setúbal.

Conforme o Semmais já havia anunciado em primeira mão na antecipação da visita, o edil santiaguense manifestou disponibilidade para «taxas baixas e mesmo a cedência de terrenos» a troco de investi-mento nos parques industriais que o município instalou nos últimos anos para gerar «um movimento de instalação de empresas».

A oportunidade da deslo-cação dos homens fortes das embaixadas da Argentina, Brasil, Cuba, Panamá, Para-guai, Peru, Uruguai, República Dominicana e Colômbia, prende-se com a vontade dos

autarcas em atrair novos inves-timentos, mas também criar novos empregos, como ficou claro nas visitas a Santiago do Cacém, ao Porto de Sines (ver caixa) e à capital do distrito. Apesar de não ter havido grandes manifestações de intenção por parte dos embai-xadores, há grande optimismo sobre a possibilidade de a região ter aberto «uma nova frente de atracção ao investimento», soube o Semmais.

A presidente da Câmara de Setúbal, Dores Meira, lançou mesmo um desafio ao Instituto para a Promoção e Desenvolvimento da América Latina (IPDAL) e ao Turismo do Alentejo, entidades respon-sáveis pela deslocação da comitiva diplomática, para a realização de um futuro encontro, «mais alargado», segundo a presidente, para «estreitar e aprofundar» os contactos encetados.

Não deixaram grandes promessas mas gostaram do que viram. A comitiva de embaixadores da América Latina olhou com bons olhos o Litoral Alentejano, confirmou a importância do Porto de Sines e ficou agradada com Setúbal.

Os embaixadores em vista ao porto de Sines e em Setúbal

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Repsol retoma actividade depois de paragem do complexo

Troiaresort distinguido com menções honrosas

Galp assina um acordo de farm-in

A REPSOL anunciou ter acabado de realizar uma paragem geral que foi progra-mada e que realiza periodica-mente a cada cinco ou seis anos. Este interregno iniciou-se a 2 de Maio e prolongou-se por 35 dias, estando a empresa a retomar, nesta altura, e por fases a sua acti-vidade laboral nos complexos fabris, sendo as fábricas de polímeros as primeiras a arrancar.

Segundo a empresa petro-lífera espanhola, esta paragem,

que representou um investi-mento de 35 milhões de euros, teve como principal objectivo «proceder a actividades de manutenção nomeadamente

inspecções legais e renovação de licenças de equipamentos e implementação de projectos de melhoria, garantindo a segurança e a fiabilidade das instalações bem como o cumprimento dos requisitos ambientais aplicáveis».

Nesse processo estiveram envolvidos os trabalhadores da Repsol e mais 2 mil traba-lhadores pertencentes a 77 empresas prestadoras de serviços, que realizaram um total de 400 mil horas de trabalho.

O TURISMO de Portugal, entidade cuja missão é contri-buir para a qualificação da oferta turística e para a promoção do turismo nacional, distinguiu o troiaresort, na 7.ª edição dos Prémios Turismo de Portugal, com duas menções honrosas, nas categorias de sustentabili-dade ambiental - Sistema de Gestão Ambiental do troiare-sort e novo Projecto Público – Valorização das Ruínas Romanas de Tróia (1ª fase).

Célia Ferreira, responsável pela Gestão Ambiental do Troia-resort, reconhece que esta menção honrosa é o reconhe-cimento pelo «trabalho que tem sido desenvolvido desde o início do projecto troiaresort. O Sistema de Gestão Ambiental englobou progressivamente as fases de projecto, construção e exploração, estando certifi-cado pela ISO 14001 e registado no EMAS - Sistema Comuni-tário de Ecogestão e Auditoria - constituindo assim um caso único em Portugal».

Já Inês Vaz Pinto, respon-sável das ruínas romanas de Tróia, realça que «é com grande orgulho que recebemos esta distinção. O maior complexo de produção de salgas de peixe conhecido no mundo romano

- com dois mil anos de história – tem apostado na criação de condições de visita que permitam a fruição cultural e turística do sítio», acrescen-tando que «a equipa de arque-ologia, que desenvolve traba-lhos de salvaguarda e investi-gação no local, convida todos os que não conhecem as ruínas a visitá-las».

A edição de 2011 dos Prémios Turismo de Portugal reconheceu, com estas menções honrosas, o contributo que ambos os projectos têm dado para a classificação da oferta e para o reforço da competitivi-dade do turismo português.

O director-geral do troia-resort, João Madeira, também se enche de orgulho pelo prémio. «Estamos orgulhosos por ter recebido este reconhecimento. Sentimo-nos ainda mais responsabilizados por manter a aposta na divulgação do destino turístico de Tróia. Sabemos o dever que temos em assegurar a inovação cons-tante na qualificação da nossa oferta de serviços dife-renciadores». E conclui: «A oferta turística de Tróia, comprovam que o futuro desta região e de Portugal continua a estar no Turismo».

A GALP Energia assinou um acordo de farm-in defi-nitivo com a Porto Energy, através da sua subsidiária detida a 100 por cento, Mohave Oil and Gas Corpo-ration, para a aquisição de uma participação de 50 por cento na concessão Aljubar-rota-3, por uma verba a rondar os 4,5 milhões de dólares, que correspondem ao pagamento dos custos afundados reali-zados pela Porto Energy naquela concessão.

A concessão Aljubar-rota-3 abrange aproxima-damente 300 mil acres no onshore português, onde está prevista a perfuração de um poço no pré-sal, o Alcobaça #1.Neste poço, que tem uma profundidade de aproximadamente 3000 metros, estima-se que a sua perfuração tenha início no final de agosto e que se prolongue por 45 a 55 dias.

Após as actividades de perfuração e teste do Alco-

baça #1, a Galp Energia tem a opção de adquirir uma participação de 25 por cento em cada uma das outras seis concessões da Porto Energy em Portugal, em troca de pagamentos que não excederão os 25 por cento dos custos afun-dados da Porto Energy em cada uma dessas conces-sões. A Porto Energy permanecerá como opera-dora durante a perfuração do poço Alcobaça #1.

Eco Fashion da Amarsul vence prémio

O GRANDE Prémio da Associação Portuguesa de Comunicação de Empresa (APCE) foi, este ano, entregue à Amarsul pela excelência da realização do festival Eco Fashion.

O prémio, que visa distin-guir a excelência na estra-tégia da comunicação orga-nizacional, estimulando, reconhecendo e divulgando as iniciativas dos profissio-nais desta área, distinguiu o Eco Fashion que, para a empresa, «é um evento único» no país. A iniciativa «pretende ser uma referência a nível nacional, no âmbito da demonstração do poten-cial de reaproveitamento, de resíduos recicláveis», adianta a administração.

A presidente do conselho de adminis-tração, Cristina Saraiva, manifestou «grande orgulho na empresa e na equipa de comunicação», uma vez que este prémio representa «um reconhe-cimento externo» de que com pouco se pode fazer muito.

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Política

Pub.

Reunião morna dos socialistas decorreu no último fim-de-semana e nova líder já ensaiou ‘ataque’ autárquico

Congresso distrital dos socialistasreforça peso de Madalena Alves PereiraO congresso reforçou o poder de Madalena Alves Pereira. A nova líder prepara agora as autárquicas do próximo ano. E vai indigitar Maria Amélia Antunes para a presidência da Comissão Política.

Madalena Alves Pereira, que no último congresso

federativo viu confirmada a sua liderança, com a conquista de 41 mandatos na próxima comissão política distrital, contra 24 eleitos pela lista do seu opositor, Eduardo Cabrita, promete abrir hosti-lidades contra a gestão da CDU no distrito de Setúbal, antecipando as autárquicas do próximo ano.

Num congresso que

correu com «bastante elevação» e sem qualquer cris-pação de natureza pessoal», segundo confessou ao Semmais o ex-lider Vítor Ramalho - ao arrepio da campanha acesa entre os dois candidatos à presidência da federação – a nova líder parece querer agora impor um novo estilo e parte ao ataque: «É preciso colocar em causa a gestão de grande parte dos municípios da CDU que estão em situação de ruptura

financeira», acentuou a líder socialista. E prometeu aos delegados oriundos de todo o distrito, não poupar na luta contra as políticas do actual Governo que, reafirmou, «tem sido uma adversário do desenvolvimento do distrito de Setúbal», alegando a recusa de encontrar soluções para a retoma de alguns investimentos relevantes antes anunciados para a região, como a terceira travessia do Tejo.

Ramalho apresentacontas positivas

Antes, na abertura dos trabalhos, o seu antecessor, Vítor Ramalho, em final de mandato na Federação, por saída voluntária, apresentou os relatórios da sua gestão e das Comissões de Jurisdição Federativa e de Fiscalização Económico-Financeira. Ramalho sublinhou que se orgulha de ter obtido «exce-lentes resultados» eleitorais durante os seus mandatos. Nas eleições Legislativas de 2006, o PS ganhou em todos os concelhos do distrito, e nas de 2009, foi o partido mais votado em todo o distrito. Nas eleições autárquicas de 2009, o PS conseguiu manter a presidência das Câmaras do Montijo, Alcácer e Grândola; em Setúbal passou de terceiro para segundo partido mais votado; em Almada retirou a maioria absoluta à CDU e em Sines contribuiu para que o PCP descesse de primeiro para terceiro lugar.

Da nova equipa de Mada-lena Alves Pereira fazem parte nomes como os de Maria Amélia Antunes (Montijo), Paulo Lopes

(Setúbal) ou Joel Hasse-Ferreira (Sesimbra) e Torres Couto (Setúbal), os dois últimos confirmando um regresso à política activa considerado inesperado por muitos dos socialistas da região. Cabrita faz-se acom-panhar de Ana Catarina Mendes (Almada), Pedro Marques (Montijo), José Barão (Setúbal) e Natividade Coelho (Palmela), todos conotados com o anterior poder federativo.

O congresso dos socia-listas do distrito foi encer-rado por Carlos Zorrinho, líder parlamentar do PS, que aproveitou para tecer fortes críticas ao Governo de Pedro Passos Coelho, que carac-terizou por uma actuação «anti-social».

Amélia na Comissão Política

O secretariado da nova Federação, presidido por Madalena Alves Pereira, é apresentado este sábado em Porto Covo, durante a primeira reunião da comissão política distrital. Também a presidência da comissão política vai ser eleita na mesma ocasião, sendo que Amélia Antunes é dada como certa para o lugar de presidente. A edil, que é também apontada para concorrer pelo PS à Câmara de Setúbal, foi uma das principais impulsionadoras da candidatura de Madalena Alves Pereira. Entretanto, ontem, sexta-feira, Vitor Ramalho fez a passagem de testemunho, no que concerne à gestão financeira e administrativa da Federação.

Seguro fecha “Estado da Nação” na Portucel…

… E PSD explica em Setúbal políticas do Governo

O LÍDER do PS, António José Seguro, encerrou, ontem, em Setúbal, um conjunto de visitas ao terreno e debates temáticos com vista à preparação do debate sobre o “Estado da Nação”, que se realiza a 11 de Julho na Assembleia da República. O dirigente

socialista fechou este ciclo de visitas ao terreno na Portucel, dedicando o dia ao sector económico, onde teve oportunidade de visitar a nova unidade de fabri-cação de pasta de papel, um trunfo para as exportações portugueses e que tem criado postos de trabalho.

O ESTADO da Nação vai estar também na mira dos social-democratas do distrito, que convocaram para esta segunda-feira, em Setúbal, uma conferência de imprensa, que antecipa este debate no hemiciclo de São Bento. A iniciativa é da responsabilidade do Grupo Parlamentar do PSD,

com visitas ao país, a que se juntaram os presidentes das distritais. A conferência vai ser liderada por Pedro do Ó Ramos, presidente da distrital e contará ainda com a presença dos deputados eleitos por Setúbal, Bruno Vitorino, Maria das Mercês Borges, Paulo Ribeiro e Nuno Matias.

António José Seguro

Pedro do Ó Ramos

Madalena Alves Pereira

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IV NOVOS CAMINHOS PARA A CLUSTER AGRÍCOLA DO DISTRITO DE SETÚBAL V

Os números alcançados em 2011 pela Rota dos Vinhos da Península de Setúbal esti-veram em destaque na apre-sentação de Maria do Carmo, em especial os registados pela Casa Mãe da Rota de Vinhos da Península de Setúbal, que atingiu a fasquia dos 24 mil visitantes no ano passado. Segundo os dados avançados por Maria do Carmo, a rota de vinhos da região registou ainda um aumento de quase 400 por cento nas reservas de visi-tantes às adegas, tendo sido efectuadas seis provas comentadas, dez feiras e certames, dez cruzeiros ecoturísticos, duas visitas educacionais e dez cursos relacionados com o vinho.

Maria do Carmo reafirmou assim o papel da Rota de Vinhos da Península para a promoção do turismo no território, em articulação com as vendas de vinhos e com a difusão da cultura do

vinho e da vinha. «As rotas de vinhos devem ser enca-radas como entidades voca-cionadas para promover visitas turísticas aos terri-tórios, capazes de criar novas oportunidades de negócios e contribuindo para a melhoria das condições de vida das populações», acres-centou.

A Rota de Vinhos da Península de Setúbal foi constituída em de Junho de 2000 e conta com o apoio da Adrepes, tendo neste momento associadas 15 adegas, três câmaras muni-cipais, uma comissão viti-vinícola regional, uma enti-dade de turismo, quatro alojamentos, alguns restau-rantes e um banco.

A proprietária da Casa Ermelinda Freitas reafirmou o «sucesso e o futuro» do cluster vitivinícola na região e pediu «ânimo» para acabar com o estigma do «despres-tígio» de outrora do sector. Leonor Freitas acredita que a região continuará a produzir grandes néctares nos próximos tempos e estende o horizonte temporal à próxima geração, «mais bem preparada e formada do que a actual». «É necessário, contudo, mais planeamento e uma aposta contínua na modernidade aliada à quali-ficação», remata.

Leonor Freitas reafirmou ainda o grande investimento que deve ser feito ao nível do moscatel de Setúbal, dado que este é um produto «verdadeiramente diferen-ciador e que pode fazer chegar o nome da região mais rapidamente lá fora». «Na verdade, este é uma região abençoada, porque

os seus micro-climas dão origem a vinhos tão diver-sificados, mesmo que estes provenham das mesmas castas», acrescenta.

Mas há obstáculos ao futuro do sector. O primeiro, na sua óptica, está relacio-nado com a grande atracção das metrópoles, que pode mesmo levar à perda de iden-tidade da região. Já o segundo depende da adequação que for sendo feita desta área de negócio a uma competitividade que se quer cada vez maior. A questão dos parcos fundos comunitários, dada a inclusão da península de Setúbal na região de Lisboa e Vale do Tejo, também foi recordada por Leonor Freitas.

A associação dos produtores foi mais uma vez referida neste ciclo de conferências como maneira de reforçar a competitividade do sector agrícola. Abel Baptista, deputado do CDS-PP na Assembleia da República, acredita que Portugal poderá estar em pé de igualdade com outros países da União Europeia se produzir com «quali-dade e apostar na exce-lência para ganhar nichos de mercado». «E, no caso, da agricultura portuguesa é bem possível crescer para exportar cada vez mais», afirma.

O deputado centrista dá o exemplo da orizicul-tura como um sector onde Portugal pode ser auto-suficiente e ainda não é. Abel Baptista acredita que a nova PAC será, assim, caracterizada por uma «maior convergência»

entre os vários Estados da União Europeia, podendo inclusive trazer vantagens para Portugal, onde já se pratica «uma agricultura amiga do ambiente, que não é agressiva ou massi-ficada».

Ainda no que diz respeito à nova Política Agrícola Comum, o depu-tado democrata-cristão acredita que é hora de se apoiar os agricultores com 65 anos que queiram entregar as suas explora-ções aos mais jovens, uma medida que poderia assim transformar o sector «em algo mais produtivo, eficiente e capaz de não comprometer o futuro das novas gerações». E não deixou de estar confiante.

O deputado do PCP na Assembleia da República, João Ramos, mantém-se «céptico» enquanto não forem conhe-cidas as linhas com que a nova PAC se irá cozer. Apesar do cepticismo, o comunista dispara críticas à União Euro-peia, a quem acusa de «apenas defender os interesses de alguns», e exige uma «posição mais musculada do Governo para que Portugal não saia da discussão do documento com mais problemas do que aqueles que já tem actual-mente».

João Ramos lamenta ainda que o Proder (Programa de Desenvolvimento Rural) não tenha sido «reformu-lado» pela coligação PSD/CDS-PP e apela a uma solução rápida para evitar maiores atrasos na apre-ciação de projectos que sairiam beneficiados com o acesso a estes fundos comu-nitários. Mas o deputado do PCP vai mais longe e traça

um cenário negro da agricul-tura do país: diz que os custos de produção se mantêm os mesmos de há vinte anos a esta parte e apela à atribuição de uma maior importância ao abandono das terras, directamente relacionada «com o fecho de serviços no interior do país».

«Há problemas concretos que persistem sem soluções à vista como as ajudas aos agricultores afectados pelas intempéries, as taxas adua-neiras no Brasil, o fim das quotas leiteiras, a necessidade de organização dos produ-tores, o arrendamento rural, entre outros», afirma João Ramos, acrescentando que é preciso promover o consumo do que é nacional e a dinâ-mica do mercado interno.

Para Pedro Soares, ex-deputado do BE na Assem-bleia da República, uma grande parte do problema vem do financiamento. Ou, melhor, da falta dele, o que tem deixado a produção agrí-cola «numa penúria completa». «É preciso abrir linhas de crédito bonificadas e de longo prazo que permi-tiram aos agricultores dimi-nuir o seu endividamento e aumentar produtividade, mediante a aposta na inovação», diz.

O também ex-presidente da Comissão da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas diz estar preocupado com os números de execução do Proder e da Rede Rural Nacional, sublinhando que o país não pode mais ter «esta atitude face a fundos comunitários». «É preciso colocar esta discussão no topo das prioridades polí-ticas, não fosse este um sector que muito contribui

para o Produto Interno Bruto e para o Valor Acrescentado Bruto nacional», afirma.

Pedro Soares considera ainda a proposta da Bolsa de Terras do actual Governo uma «desilusão», por assentar em pressupostos que diz serem errados, como o facto «de os baldios não estarem ali contemplados». «Também o facto de a bolsa incidir em quase tudo aquilo que são terras do Estado justifica essa desilusão», explica o ex-deputado do BE, que pede ainda ao Governo de Passos Coelho «o desenvolvimento de verdadeiras alianças polí-ticas para que a PAC, que deve ser mais próxima dos agricultores, não volte a fracassar no país».

Bruno Amorim, da Herdade da Comporta, não tem dúvidas sobre a exces-siva burocracia e moro-sidade dos processos e as suas consequências nega-tivas para quem quer expandir o negócio. Actu-almente, a Herdade de Comporta deve cerca de 30 por cento do seu volume de negócios actual à penetração em mercados como o Brasil, os EUA, o Canadá, Suécia, Suiça e Extremo Oriente, com Hong Kong e Macau, na China, logo à cabeça.

Envolvida em inúmeros projectos de responsabi-lidade social, como, aliás, teve oportunidade de recordar, Bruno Amorim afirma que a região «tem conseguido impor os seus vinhos». E a Herdade da Comporta não tem fugido à regra: «a herdade é sui-generis, afinal trata-se de um dos poucos projectos

localizados a sul do Sado e isso torna-a bastante diferente das demais, até porque o mar influencia fortemente as nossas muitas dezenas de hectares».

A Herdade da Comporta, um ícone do Litoral Alentejano, é ainda «um projecto jovem», com cerca de 12 anos, mas que tem desde cedo procurado i n t e r n a c i o n a l i z a r - s e , movida pela tentativa de fazer «vinhos honestos do ponto de vista da relação preço-qualidade». «Não podemos ter medo de afirmar o nosso mundo rural, pelo que é preciso juntar forças e afirmar esta região de Setúbal como um todo», sublinha.

Visitas às adegas cresceram 300%

Precisamos de jovensmuito mais capazes

Unir esforços para sermosmuito mais competitivos

Exigir posição musculadado Governo

É precisoenfrentar o problema financeiro

Burocracia atrapalhaquem quercrescer

Maria do Carmo

Rota dos Vinhos

Abel Baptista

Deputado do CDS-PP

João Ramos

Deputado do PCP

Pedro Soares

Ex-deputado do BE

Leonor Freitas

Casa Ermelinda Freitas

Bruno Amorim

Herdade da Comporta

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A directora-geral da Primo-horta não tem dúvidas de que uma grande parte dos problemas com que actual-mente os agricultores se debatem poderia ser atenuada caso estes mudassem a sua mentalidade e se decidissem unir, gerando um associati-vismo mais forte. «Isto poderia mesmo ajudar os novos agri-cultores a ser instalados e a ajudar aqueles que actualmente já produzem», acrescenta.

Mas para Isabel Ferreira o problema nem sempre está relacionado com a falta de associativismo. À frente de uma sociedade de produtores hortícolas, constituída em 1999 com 21 associados, mas com apenas 14 actualmente, Isabel Ferreira afirma que esta tem vindo a diminuir ao longo dos anos dada a incapacidade de os produtores colocarem os preços de custo nas vendas. A somar a este problema, há vários outros: as intempéries, os furtos, a ausência de

terrenos para cultivar, as difi-culdades para recorrer ao crédito e a concorrência desleal. «A grande distribuição destrói-nos as margens e é preciso que o Estado controle quais os produtos realmente certificados», queixa-se.

Relativamente à nova PAC, Isabel Ferreira acre-dita que esta vai apoiar as organizações de produtores, mesmo havendo relutância da parte destes para o efeito. «Só assim os produtores poderão ganhar escala e ser ajudados como merecem», reitera. Actualmente, a Primohorta gera um volume de negócios na casa dos 9 milhões de euros, dos quais 42 por cento provêm das exportações.

Pedro Lagoa, da Associação Livre de Suinicultores, não tem dúvidas de que está na hora de relançar o sector. Asfixiado pela falta de crédito desde o segundo semestre de 2007, bem antes da actual crise, a suini-cultura tem sentido na pele o aumento progressivo dos custos de cereais, cerca de 30 por cento nos últimos anos. «A alimentação tem um peso de 75 por cento no custo de produção, mas o mesmo não se repercute na altura da venda», lamenta.

Pedro Lagoa recorda também que Portugal produz apenas «50 por cento» da carne que consome, pelo que vê o crescimento sustentado do sector como uma aposta para Portugal reduzir o défice da sua balança comercial. Mas é necessário, segundo acres-centa, «um plano estruturado do Estado, para que este inter-venha junto das grandes super-fícies».

«É preciso que a nova PAC

preveja a deslocalização no futuro das explorações suiní-colas, tendo em conta que, no caso particular da península de Setúbal, tem havido problemas decorrentes da questão dos efluentes», enfa-tiza. Uma das soluções seria a deslocalização destas produ-ções para zonas onde actual-mente se produza um elevado número de cereais, a matéria-prima da suinicultura. «Uma parceria entre ambas seria, efectivamente, muito bem-vinda», enfatiza. A ALIS é actu-almente a maior associação do género no país, tendo sido igualmente a primeira a ser criada, a 22 de Novembro de 1976. A actividade já tinha, contudo, começado dois anos antes, a 24 de Maio de 1974.

Manuela Sampaio, em representação da ADREPES, demonstrou satisfação pelos números alcançados pelo PROVE, um programa que conta com o apoio do Leader, no âmbito do Proder, e que visa essencialmente contribuir para o desen-volvimento local. De acordo com os números avançados por Manuela Sampaio, o PROVE tem neste momento cem explo-rações agrícolas envol-vidas, abrange mais de dois mil consumidores, chega a 60 locais diferentes e distribui 12 toneladas de produtos hortofrutícolas gerando um encaixe mensal para os produtores na ordem dos 600 euros. Mas o volume de negócios é a cereja em cima destes números: mais de 800 mil euros por ano.

Na prática, o PROVE é constituído por um cabaz de produtos hortofrutí-

colas, de vários produ-tores, cujo peso ronda os 7 a 9 quilos e tem um preço fixo na ordem dos dez euros. As entregas são semanais ou quinzenais, dependendo do número de pessoas que compõem o agregado familiar. «Na prática, este é um projecto de cooperação interterri-torial, que nasceu nesta zona do país, mas que já dá cartas fora dela», afirma Manuela Sampaio, orgu-lhosa do trabalho já empreendido.

A ADREPES, da qual Manuela Sampaio faz parte, é uma associação privada sem fins lucra-tivos fundada em 2002 por entidades representativas do mundo rural da penín-sula de Setúbal.

Mudar cabeças para forçar união

PAC deviapermitirdeslocarproduções

PROVE já vale 800 mil euros de negócios

O aumento dos custos de produção e a dificuldade de repercutir esses aumentos na altura das vendas é apontado pelos operadores no terreno como o principal obstáculo para o ressurgimento da agricultura na região. Há quem defenda maior associativismo para ganhar escala. Outros preferem falar no sucesso da fileira f lorestal. E há, ainda, quem queira ver novas preocupações com a suinicultura esbatidas na PAC. Entretanto, a associação de agricultores do distrito vai traçando um balanço bem negro do sector na região.

Os pequenos produtores são os mais vulneráveis à crise, mas podem encontrar abrigo junto dos créditos concedidos pela CCAM Entre Tejo e Sado ou de programas de sucesso como o PROVE, que pretendem gerar riqueza entre a produção local. O associativismo, porém, continua a ser apontado pela maioria como a solução máxima para que possam ganhar escala e entrar na economia. Enquanto isso, o Governo parece estar a olhar de outra forma para a f loresta, numa altura em que esta já contribui com mais de 3% para o PIB nacional.

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A face mais visível do descontentamento dos agri-cultores no distrito não tem dúvidas de que a falta de preços justos na produção agrícola vai continuar, tendo em conta «que nem uma só palavra sobre este assunto está prevista na nova PAC». Avelino Antunes lamenta, assim, que as fileiras mais importantes do distrito, como o vinho, o azeite, o arroz, as hortofrutícolas ou o leite, continuem com este problema no futuro. «É preciso boas polí-ticas que defendam a produção e os agricultores e isso não tem sido visto até aqui», lamenta.

A Associação de Agricul-tores do Distrito de Setúbal afirma também que mais de 40 mil explorações desapare-ceram na região nos últimos anos, um fenómeno directa-mente relacionado com a dimi-nuição dos rendimentos, com as marcas brancas e com o dumping comercial, «que põe em causa os interesses nacio-nais, faz subir os factores de

produção e simboliza o modo como os dinheiros públicos estão mal distribuídos». «É um crime económico pagar-se para não produzir», acrescenta Avelino Antunes, que pede ao Governo para impedir a questão das quotas leiteiras.

O representante da Asso-ciação de Agricultores do Distrito de Setúbal considera ainda que a agricultura deve ser encarada «como uma acti-vidade nobre, que visa satis-fazer as necessidades mais elementares da população», e pede que se olhe com mais cautela e atenção para os números avançados recente-mente pela FAO, que davam conta da necessidade de aumentar a produção na ordem dos 70 por cento.

Pedro Silveira, da Asso-ciação de Produtores Flores-tais do Vale do Sado, prefere realçar o papel que a floresta pode ter para a alavancagem da economia nacional, em particular a floresta do distrito. A área florestal de povoamentos na região tem 284 mil hectares, dos quais 141 mil hectares são sobreiros, seguido de euca-liptos e pinheiros mansos. «Produzem-se actualmente produtos de elevada quali-dade, como o pinhão, a madeira de eucalipto ou a cortiça», recorda.

Mas a proximidade com os portos, indústrias e respectivos empresários é apontada como «oportuni-dade» para crescer. Segundo afirma, o Governo deve, porém, começar por rever o Proder, «um programa coxo e que foi meramente adaptado à floresta, contando com co-financia-mentos baixos». No distrito,

estavam já aprovados mais de 20 projectos ao nível do Programa de Desenvolvi-mento Rural.

A doença do nemátodo do pinheiro, por outro lado, é apontada como o maior obstáculo ao cres-cimento da fileira florestal. A esta juntam-se ainda as alterações climáticas, o fraciona-mento da oferta e a concentração da procura, uma vez que o preço pago «está já abaixo do limiar da rendibilidade».

A associação de Produ-tores Florestais do Vale do Sado iniciou a sua acti-vidade em 1994 com mais de duas centenas de produtores florestais.

O presidente da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Entre Tejo e Sado voltou a recordar na ocasião que o seu banco está dispo-nível para ajudar os produ-tores da região, não tivesse a instituição uma boa saúde financeira, apesar da crise que assola o sector bancário cá dentro e lá fora. «A CCAM está acima da troika, mas também sofre com esta crise», reforça. Paulo Ferreira dá o exemplo da linha PME Crescimento, cujo plafond máximo para ajudas é de 1500 milhões de euros, dos quais 250 milhões se destinam às Pequenas e Médias Empresas.

Mas há mais. O presi-dente da CCAM Entre Tejo e Sado recorda também a existência de uma linha de crédito agrícola que visa ajudar na alavancagem das exportações, num montante máximo de 250 milhões euros e cujo valor

do apoio mínimo é de 10 mil euros. «Lanço um desafio para que se fomente entre os produ-tores a associação e se for precisa ajuda, do ponto de vista jurídico, a CCAM também está disponível para a facultar», recorda.

Pedro Ferreira, não tem dúvida de que se houver mais associativismo é possível ganhar escala e fazer crescer o sector.

O grupo CCAM tem 84 caixas espalhadas por todo o país, cerca de 700 agên-cias e mais de 400 mil associados, contando com 1,2 milhões de clientes. Na península, a CCAM Entre Tejo e Sado conta com 14 agências, as mais recentes instaladas no Barreiro e na Charneca da Caparica.

Manuel Meireles é outro dos que não duvida do sucesso dos pequenos produtores. Basta um pouco de empreendedorismo para que estes ganhem, a seu ver, escala para poderem entrar na economia. «É preciso que estes se associem, porque os grandes produtores nacio-nais já estão associados», alerta.

Realçando o conjunto de incentivos que estão hoje ao dispôr dos agricultores, nomeadamente no quadro dos apoios oriundos da União Europeia, Manuel Meireles, incentivou ao reforço do sector, através de projectos bem delineados e em áreas fora das fileiras mais conhecidas. «Vale a pena investir em projectos agrícolas sustentáveis», enfa-tizou o responsável.

O representante do Centro Europe Direct da Península de Setúbal consi-dera que o futuro passa «pela produção de produtos

locais», mas deixa o alerta àqueles que teimam em produzir «produtos actual-mente ameaçados». «Esses têm de pensar na vida», asse-vera. Para ajudar os pequenos produtores a sair da crise actual, Manuel Meireles recorda que o Programa de Desenvolvi-mento Rural tem abertas candidaturas para assegurar a necessária modernização dos projectos, num montante que pode ir desde os 5 mil aos 25 mil euros.

Sobre a importância deste tipo de iniciativas, da qual o Centro Europe Direct da Península de Setúbal foi um dos principais parcei-rosa, Manuel Meireles afirmou serem decisivas estas plataformas de discussão.

O vice-presidente da Autoridade Florestal Nacional e do Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade reiterou a importância da fileira florestal para o país e para as suas exportações, subli-nhando que esta tem já um peso de 3,1% para o Produto Interno Bruto português, o equivalente a 9 mil milhões de euros por ano. Mas o sector vale mais: já criou 260 mil postos de trabalho.

«É preciso que se conti-nuem a desenvolver condi-ções para que a actividade florestal decorra sem sobressaltos», afirma João Soveral, recordando que Portugal já faz um grande uso do seu solo, que é iminentemente florestal e no qual predominam espé-cies como o eucalipto, o pinheiro-bravo, o pinheiro-manso ou o sobreiro.

Sobre o problema das alterações climáticas, o

vice-presidente da AFN e do ICNB lembrou que o país tem já uma estratégia consertada de adaptação às mesmas desde 2010. Porém, há mais novidades para breve. Uma delas poderá estar mesmo rela-cionada com a estratégia nacional que se quer para as florestas, aliada à revisão dos planos de ordenamento florestal e territorial aos mais diversos níveis.

João Soveral mostrou também, através de números de imagens a grande expressão que floresta da região de Setúbal, privada e pública, detém no panorama nacional. Uma realidade não muito conhecida dos habitantes da região.

Defenderagricultorescom preçosmais justos

Floresta do distrito tem um valor incalculável

Linhas de crédito estão ao dispor

Pequenos produtoresprecisam de escala

Floresta representa 3,1% do PIB nacional

Avelino Antunes

AADS

Pedro Silveira

Asso. Prod. Flor. do Vale do Sado

Paulo Ferreira

CCAM Entre Tejo e Sado

Manuel Meireles

Centro Europe Direct da PS

João Soveral

AFN e ICNB

IV NOVOS CAMINHOS PARA A CLUSTER AGRÍCOLA DO DISTRITO DE SETÚBAL VII

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VIII

Cristas e o gosto pelos produtos locais

Bastidores

Interessados num objectivo

Encontro de decisoras políticas

Os centristas João Viegas e Abel Baptista

Agricultura e floresta em debate

A Ministra da Agricul-tura, Assunção Cristas, gabava a região e afirmava ser bem conhecedora dos produtos locais. Ana Teresa Vicente, Raul Tavares, director do Semmais, e Leonor Freitas, proprietária da Casa Emer-linda Freitas, escutavam-na atentamente.

PAC, associação, seguros agrícolas, quotas leiteiras, dificuldades dos produtores no terreno, dumping comercial e deci-sões políticas para o sector estiveram em cima da mesa do debate, ao longo do dia.

Assunção Cristas e Ana Teresa Vicente estiveram em conversa animada antes e depois da sessão de aber-tura da conferência Semmais. A presidente da edilidade palmelense nem esqueceu, durante a sua intervenção, de lembrar à ministra outros temas mais quentes, nome-adamente a questão da extinção de freguesias.

O representante da Comissão Europeia, Artur Furtado, conversa Manuel Meireles, do Centro Europe Direct da Península de Setúbal, Manuela Sampaio, da ADREPES, e Lurdes Atalaia. Antes do início dos trabalhos e no coffe break, que decorreu Casa Mãe - Rota dos Vinhos, houve tempo para outras conversas e outros encontros de gente que sabe muito de agricultura.

Ao longo do dia, foram várias as pessoas a inscrever-se para assistir aos painéis da conferência. Em baixo, Ministra da Agricultura cumprimenta o vereador do Ambiente na Câmara do Barreiro, Nuno Banza. Pedro do Ó Ramos, líder do PSD na região, estava pensativo. E Bruno Amorim, da Herdade da Comporta, preparava o teor da sua apresentação para o painel “Apostar para a conso-lidação do cluster vitivinícola”.

O Semmais agradece a todas as enti-dades que patrocinaram e apoiaram a conferência do Ciclo Novas Estra-tégias de Desenvolvimento para a Região de Setúbal.

Os deputados do CDS-PP na Assembleia da República, Abel Baptista e João Viegas (este último eleito pelo Círculo de Setúbal), trocavam ideias no hall de entrada do cine-teatro São João, em Palmela. Em segundo plano, o director do Semmais, Raul Tavares, e Raul Cristóvão, líder da concelhia do Partido Socialista de Palmela. Os deputados da nação estiveram bem representados e rubricaram algumas picardias em surdina na decor-rência das intervenções, lembrando as acesas discussões no hemiciclo de São Bento

A presidente da Câmara Municipal de Palmela, Ana Teresa Vicente, manteve uma conversa animada com Artur Furtado, que representava a Comissão Europeia. Lurdes Atalaia acompanhava atentamente o diálogo, antes da sessão de abertura.

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A EMPREI-TADA de requalificação dos arruamentos do centro histórico de Sines está a provocar alterações de trânsito naquela zona da cidade até ao dia 19.

A área mais afectada é o acesso ao Largo dos Penedos pela Rua Vasco da Gama, pelo que já sina-lizou o espaço e, ao mesmo tempo, disponibiliza percursos alternativos.

A obra, do Programa de Regeneração Urbana, implicou o encerramento a partir do cruzamento entre a Rua e a Travessa Vasco da Gama. A circu-

lação na Travessa Vasco da Gama deixa de feita no sentido descendente e passa a ser feita no sentido ascendente, permitindo o acesso à Rua Marquês de Pombal a partir da Rua Vasco da Gama.

+ Região11S á bado | 7. Ju l . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

A PRAIA da Comporta hasteou a bandeira correspondente ao primeiro lugar alcan-

çado na terceira edição do Prémio “Praia + Acessível”.

A cerimónia organizada pelo Instituto Nacional

para a Reabilitação (INR) decorreu no final da semana passada, e contou com as presenças do admi-nistrador da Herdade da Comporta, Carlos Beato, presidente da Câmara de Grândola e Paulo do Carmo, vereador do ambiente da Câmara Muni-cipal de Grândola.

Para a autarquia, que ao longo dos anos tem apostado na promoção e divulgação da qualidade das praias da costa gran-dolense, este foi o «reco-nhecimento do concurso que premeia as práticas desenvolvidas pelos concessionários que

desenvolvam condições de acessibilidade às pessoas com mobilidade condicionada».

O galardão foi atribuído devido ao elevado conjunto de equipamentos desenvol-vidos para o efeito: estacio-namento dedicado, rampas de acesso ao passadiço, instalações sanitárias dedi-cadas, sombreiros dedicados gratuitos, passadeira acrí-lica, e um tiralô e canadianas anfíbias, bem como equi-pamentos de assistência a banhos para pessoas com mobilidade reduzida com o apoio de uma equipa de nadadores salvadores afecta ao serviço.

O PRÉMIO internacional Terras Sem Sombra 2012 será hoje entregue pelo secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas, no Auditório Municipal de Grândola.

Os laureados na segunda edição do prémio foram a

museóloga e investigadora portuguesa Maria Helena Mendes Pinto, na categoria de “Investigação do Patri-mónio Cultural”, a soprano grega Dimitra Theodossiou, na categoria “Promoção da Música” e o biólogo espa-nhol Miguel Ángel Simónm, na categoria “Conservação

da Biodiversidade”.A cerimónia reúne os

principais intervenientes no Festival, cujo Conselho de Curadores é presidido por Sevinate Pinto, ex-ministro da Agricultura e assessor do Presidente da República.

A organização do

Festival Terras Sem Sombra – Departamento do Patri-mónio Histórico e Artístico da Diocese de Beja – insti-tuiu em 2011, o prémio com periodicidade anual, desti-nado a homenagear pessoas ou instituições que se tenham salientado, a nível internacional.

O EXECU-TIVO socialista de Pedro Paredes inaugurou ontem a primeira obra a ficar completa ao abrigo do programa RUAS - Regene-ração Urbana de Alcácer do Sal, no centro histórico da cidade.

A empreitada de requa-lificação do Largo do Açougue, em pleno centro da vila, foi adjudicada por 487.859 euros e iniciada em Novembro último.

O valor global da inter-venção, numa área de 2.674 metros quadrados, é de 693.500 euros, com uma comparticipação FEDER de 80-85 por cento, não se

tendo registado “derrapa-gens” quanto aos valores iniciais.

Na inauguração, foram dadas a conhecer algumas das peças arqueológicas encontradas pelo Serviço

de Arqueologia da autar-quia durante a obra.

Recorde-se que a Câmara Municipal de Alcácer do Sal começou a intervir no centro histó-rico no final de 2008, tendo

já intervencionado ao nível de infra-estruturas enter-radas e pavimentos cerca de duas dezenas de arru-amentos.

Em curso, está a empreitada de Requalifi-cação Urbana do Espaço Público da Margem Norte do Rio Sado, no valor de 2.3 milhões de euros e que abrange toda a avenida marginal e ligação com artérias adjacentes.

De acordo com o enquadramento do RUAS, os investimentos têm por objectivo «criar uma nova e mais profunda ligação dos cidadãos ao espaço público da sua cidade».

PÔR todos a mexer por melhor saúde é o objectivo da iniciativa da Asso-ciação Shotokai de Portugal em Alcácer do Sal, que este fim-

de-semana realiza um Treino de 24h em Movimento.

Composto por cami-nhadas, karaté-do, Bojitsu, jantar convívio, BTT/Cami-

nhada, canoagem, cami-nhada, karaté-do, Bojitsu e almoço convívio, o encontro visa captar a participação dos praticantes de desporto

locais mas, em particular, os alcacerenses menos activos fisicamente, de modo a promover a saúde e bem estar entre a população.

A ASSEM-BLEIA Municipal de Santiago do Cacém aprovou, por maioria, uma proposta dos eleitos da CDU sobre a deterioração dos serviços de saúde locais.

No documento, que teve 25 votos a favor, sendo 18 dos eleitos da CDU, 6 do PS, um do BE, e uma abstenção do PSD, os deputados repudiam a cessação da prestação dos cuidados de saúde por parte de quatro médicos cubanos, já que cerca de 18 mil utentes ficaram sem médico de

família. Números que, dizem os utentes, repre-sentam mais de 50 por cento dos inscritos nos centros de saúde do concelho.

Os deputados exigem do Governo medidas de reforço de profissionais de saúde a prestar serviço nos cuidados primários de saúde no concelho de Santiago do Cacém, em particular médicos, «de modo a que nenhum cidadão do concelho seja privado da prestação desses cuidados primá-rios de saúde».

A POLICIA Judiciária está a investigar o elevado número de incên-dios que deflagraram em Sines nos últimos dois

meses. Foram contabili-zados cerca de 40 fogos,, o que levanta dúvidas junto da Protecção Civil Muni-cipal.

Comporta campeã da mobilidadetem praia mais acessível do país

Paredes aposta no Programa RUAS para mudar coração histórico de Alcácer

Artes marciais põem alcacerenses a mexer

Deputados municipais exigem mais saúde em Santiago do Cacém

Terras Sem Sombra traz Moedas a Grândola

Centro histórico de Sines corta trânsito

PJ investiga 40 incêndios

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ALCÁCER

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Os eleitos querem mais médicos nos centros de saúde

A praia grandolense é um exemplo nacional

A primeira obra foi esta semana inaugurada pela autarquia

Obras melhoram acessos

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12 S á bado | 7. Ju l . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

O MUNI-CÍPIO vai atribuir, pela

primeira vez, 25 mil euros, para premiar a investi-gação sobre o desenvol-vimento de Almada e como terra do conhecimento e da inovação tecnológica.

A 1.ª edição do Prémio de Investigação Cidade de Almada destina-se a autores de estudos ou trabalhos de investigação nas áreas das humanidades e científico-tecnológicas.

Com este galardão, reconhece-se a impor-tância do polo universi-tário, onde mais de 12 mil alunos estão integrados em sete escolas superiores, sendo ainda de realçar os centros de investigação e de produção de conheci-mento Madan Parque. As inscrições terminam a 31 deste mês.

O SECRE-TÁRIO de Estado adjunto do ministro da Saúde garante que o novo Centro de Saúde de Quinta do Conde deverá abrir no dia 23 de Julho.

Leal da Costa garantiu, terça-feira, a dezenas de utentes e autarcas sesim-brenses, durante uma manifestação frente ao Ministério da Saúde, que o problema relacionado com o fornecimento de electricidade estará rapi-damente resolvido.

Os manifestantes, que

exigiam a abertura do centro, concluído há três meses mas que continua de portas fechadas, ouviram do secretário de Estado a «garantia da companhia da EDP, de que no dia 23 estará em condi-ções de nos garantir a aber-tura do centro».

Recorde-se que há mais de vinte anos que os quin-tacondenses reivindicam um novo Centro de Saúde para substituir o actual, cujo estado de degradação e desadequação ao cres-

cimento, entretanto veri-ficado na freguesia,

impedem as condições mínimas de funciona-mento.

A infra-estrutura, que sofreu diversas interrupções após um processo burocrá-tico que se arrastou desde 2002, ficou concluída em Abril deste ano mas continua sem abrir ao público.

De referir ainda que a Quinta do Conde apresenta um grande crescimento demográfico, com mais de 30 mil habitantes, sendo que cerca de 22 mil não têm médico de família.

ATÉ ao final de Setembro, no segundo sábado de cada mês, a Praça da República recebe a Feira de Artesanato e das Antiguidades.

A organização do evento é da Associação Montene-núfar, com o apoio da Câmara do Montijo e tem por objec-tivo atrair ao centro da cidade os montijenses e os visitantes, bem como divulgar o trabalho dos artesãos locais. Esta feira junta-se agora à habitual Feira de Antiguidades e Velharias que já é um hábito, na Praça da República.

Ao longo deste ano, a

Câmara vai também executar um conjunto de iniciativas inseridas nas suas diversas vertentes estratégicas, nome-adamente touring cultural e paisagístico; turismo de eventos e animação; gastro-nomia e vinhos.

OS TRANS-PORTES Colectivos do Barreiro (TCB) vão voltar a promover, a partir de hoje, idas às praias de Sesimbra, Figueirinha e Fonte da Telha. Na Praia Com Os TCB decorre até 2 de Setembro, de terça-feira a domingo.

De acordo com a calen-darização proposta, os TCB deslocam-se, às terças e sextas-feiras, à Fonte da Telha, quartas-feiras e sábados, à Figueirinha, e quintas-feiras e domingos, a Sesimbra. A hora de partida está marcada para as 8h30 aos fins-de-semana e feriados e às

9h00, dias úteis. O regresso está agendado para as 18h00.

No domingo, dias 15 e 29 de Julho estão, ainda, previstas deslocações, respectivamente, à Piscina de Vendas Novas.

A aquisição dos bilhetes pode ser feita em todos os postos de venda de passes dos TCB. A aquisição dos bilhetes para o dia seguinte termina às 12h30 do dia anterior ao embarque.

Os locais de embarque, nas oito freguesias do Concelho, podem, igual-mente, ser consultados nos postos de venda de passes dos TCB.

O CENTRO de Santo Amaro, no Laran-jeiro, acolhe este sábado, a 2.ª Festa Amarela com o tema “Pinta o dia na Quinta”. A partir das 10 horas e ao longo de todo o dia haverá animação de rua, workshops, exposi-

ções, jogos tradicionais, desporto, artes e espetá-culos.

Além de um pique-nique, estão previstos um mercado de apoio à produção nacional e o 1.º Torneio de Futsal Femi-nino.

AS FESTAS do Barreiro e uma Mostra Empresarial Institucional são dois dos pontos altos da animação barreirense, ao longo do próximo mês.

Organizados pela autarquia, em colaboração com a comissão de festas, há dias empossada, estes

dois eventos prometem captar turismo e a animação social da popu-lação do concelho.

A Comissão de Festas é composta pela Câmara Municipal do Barreiro, Junta de Freguesia do Barreiro, Clube Motard do Barreiro e Os Penicheiros.

ESTÁ de regresso a partilha de manuais escolares através do Dar de Volta, um projecto de solidariedade, rentabilização de recursos e consciência ecológica, desenvolvido com a cola-boração das famílias e

escolas do concelho.O projecto contempla

a recolha, organização e redistribuição dos manuais escolares, visando a reutilização destes por parte dos cida-dãos que deles precisem e os solicitem.

ESTÁ no terreno a operação de prolongamento do passeio ribeirinho do Seixal e a respectiva qualificação do espaço público.

Um projecto orçado em quase 4 milhões de euros, comparticipado em cerca de 2 milhões pelos fundos FEDER, e mais de um milhão em investimento municipal.

Para a autarquia, trata-se de um investimento fundamental, integrado na regeneração e valorização da frente ribeirinha, ao abrigo do PORLISBOA.

O passeio ribeirinho

estrutura-se em torno de um espaço misto de percurso pedonal e ciclável que será acompanhado de espaços verdes, arbori-zação e zonas de estadia.

O desenho, perfil e largura irão variando ao longo da sua extensão, adequando-se a cada local.

Pretende o executivo de Alfredo Monteiro «voca-cionar o espaço para a oferta de condições ímpares a quem reside na proximidade ou a quem simplesmente visita e procura momentos de diversão».

E S T E ano, os frutos com cor alaranjada são a imagem da feira de produtos locais dedi-cada a esta estação, que decorre este fim-de-semana,

na Praça da Califórnia, em Sesimbra.

Os damascos, ricos em betacaroteno e fibra e abun-dantes em vários nutrientes, sobretudo em vitamina C e

vitamina A, dão-nos os primeiros sinais da chegada do verão.

Frutas e legumes da época, mel, doçaria, pão, queijo e artesanato são

alguns dos produtos dispo-níveis no certame, organi-zado pela Câmara , com o apoio das juntas de freguesia de Santiago e Castelo e Obri-verca.

Artesanato anima centro

Almada premeia investigação

TCB levam turistas à praia

Festa amarela no Laranjeiro

Município barreirense promete Agosto em festa

Dar de Volta ajuda famílias seixalenses

4 milhões para a frente ribeirinha

Centro de Saúde de Quinta do Conde abre portas ainda este mês

Feira de Verão mostra potencial agrícola

SEIXAL

SEIXAL

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SESIMBRA

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Aproximar a população da marginal é o objectivo do projecto

Município premeia

Praça ganha vida e animação

Leal da Costa dá novos prazos

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O MUNICÍPIO aprovou um protocolo com a Lusófona para a criação de um

centro de pós-graduações. Visa «potenciar e criar oportuni-dades de formação, emprego

e investigação», e «reforçar e fortalecer a posição de Setúbal como capital de distrito».

TEATRO e artes plásticas são as propostas da autarquia para os mais novos, este Verão.

A iniciativa, no âmbito do Serviço Educativo do Fórum Cultural, decorre até dia 13 de Julho. As acções estão abertas aos jovens dos 10 aos 19 anos, com o objec-tivo de proporcionar a troca e a partilha de estórias entre os participantes, bem como a exploração dos seus talentos e potencialidades na área artística.

A Oficina de Teatro funcionará das 9h30 às 12h30 para jovens dos 10 aos 14 anos e das 14h30 às 17h30 para jovens dos 15 aos 19 anos e a Oficina de Artes Plásticas das 14h30 às 17h30

para jovens dos 10 aos 14 anos, no Fórum Cultural.

Os ingressos para a Oficina de Teatro são de 30 euros e para a Oficina de Artes Plásticas 40 euros.

Os jovens que pretendam saber mais sobre estas inicia-tivas ou proceder à inscrição podem contactar o Fórum por telefone ou em [email protected].

J O Ã O Pereira Bastos, director artístico, encenador e produtor de teatro e rádio, vai ser o director do Fórum Luísa Todi, que deverá abrir portas em Setembro, totalmente remodelado com obras de requalificação. A tomada de posse decorre na próxima segunda-feira, dia 9, às 17 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com a presença da presidente do muni-cípio, Maria das Dores Meira.

João Pereira Bastos inicia assim, na cidade de Setúbal, uma nova etapa na longa carreira, na qual

se destacam os cargos das direções artísticas do Teatro Nacional de São Carlos e do Festival Inter-nacional de Música de Macau, bem como o de diretor da Antena 2.

O musicólogo presidiu várias vezes o júri do Concurso Nacional de Canto Luísa Todi, que se realiza em Setúbal, foi agraciado com a Medalha de Mérito Cultural da República Portuguesa e com a Cruz da Ordem Soberana e Militar de Malta.

A GASTRO-NOMIA e a música continuam a marcar Setfesta, certame que decorre até este domingo, no Largo José Afonso, em Setúbal, e que visa angariar apoios financeiros ao movi-mento associativo que se faz representar em dez pavilhões de colectividades das fregue-sias da Anunciada e de Stª. Maria da Graça.

«É também pelas coleti-vidades que estamos aqui.

Este tipo de festas está-se a consolidar nos hábitos da população em todo o Concelho. Cada vez mais nota-se que as pessoas já sabem que esta é a altura da Setfesta, que ‘naquele’ mês se realiza a Festanima ou que depois é a vez das festas da Mourisca», sublinhou a vere-adora Carla Guerreiro durante a cerimónia de inauguração.

Bifinhos de coentrada, choco frito, salada de polvo,

chouriço assado ou marisco são apenas algumas das muitas propostas gastronó-micas presentes nos pavi-lhões gastronómicos das cole-tividades e que, em formato de pequenos pratos de petiscos ou em doses mais generosas, estão disponíveis ao público com preços que variam, em média, entre os dois e os dez euros.

Além da música, o certame conta ainda com vários stands de artesanato e de produtos regionais. No recinto pode também ser apreciada uma exposição coletiva de foto-grafia, inspirada em mora-dores do Bairro de Troino.

O festival é organizado pelas juntas da Anunciada e de Santa Maria da Graça, em conjunto com as coletividades daquelas freguesias e ainda com o apoio do município.

João Bastos dirige Fórum Luísa Todi

Centro de pós-graduações em Setúbal

Setfesta ajuda colectividadesSETÚBAL

SETÚBAL

SETÚBAL

O CASTELO de Palmela, sábado e domingo, é palco de uma visita para crianças, que inclui a pernoita no monumento nacional, numa iniciativa da Passos e Compassos e do município.

“Em Pijama no Castelo” começa às 18 horas de

sábado, e termina às 11h30 de domingo. O programa integra visita ao Castelo, jantar, noite, despertar e muitas atividades. As crianças devem levar pijama, meias, saco cama, toalha, casaco e chapéu, com identificação.

A EQUIPA de robótica das Escolas El-Rei D. Manuel I de Alcochete e Damião de Goes de Alenquer, em parceria com as equipas da escola chinesa Beijing nº4 e da escola japonesa Meise i Junior, conquistaram o título mundial na modalidade de Superteam Primary no Robocup 2012, que se realizou no México.

A equipa participou no evento mundial com cinco robots em palco e uma core-ografia pensada ao pormenor, em que o tema escolhido pelos alunos foi The Universe, sendo ainda de realçar que a equipa portuguesa realizou uma entrevista em inglês, sem recurso ao tradutor, para

explicar ao júri a construção/programação dos robots apre-sentados em competição.

A equipa vencedora dedica a vitória deste ano a todos os alunos e professores dos dois cubes de ciência e tecnologia e de robótica das duas escolas que «com muito empenho e dedicação» trabalharam durante todo o ano lectivo em vários projectos.

Os jovens foram acompa-nhados pelos professores Carlos Gonçalves e Carla Bettencourt, coordenadores dos respectivos Clubes de Ciência e Tecnologia e de Robótica dos Agrupamentos El-Rei D. Manuel I de Alco-chete e Damião de Goes de Alenquer.

NA PRÓXIMA segunda-feira, dia 9, o abas-tecimento de água a Brejos do Assa, na freguesia de Palmela, será interrompido durante cerca de uma hora, mais concretamente entre as 23 horas e a meia-noite. Esta breve interrupção deve-se a ações de beneficiação e manu-tenção do equipamento eletro-mecânico da Estação de Trata-mento de Água (ETA) de Biscaia, as quais são, segundo

o município, «imprescindí-veis» para preservar a quali-dade da água distribuída e para a melhoria do serviço pres-tado às populações.

Entretanto, no mesmo dia, no centro histórico de Palmela irá ser interrompido o forne-cimento de água, que está rela-cionado com a instalação de uma conduta provisória, entre as 9 e as 18 horas, no âmbito da requalificação da zona velha de Palmela.

MANUAL de Acolhimento ao Imigrante é o novo serviço disponi-bilizado pela autarquia moitense, no sentido de ajudar e encaminhar os estrangeiros que pretendem

residir e trabalhar no concelho.

O documento foi apre-sentado esta semana, a par do Diagnóstico da Popu-lação Imigrante do Concelho da Moita.

O manual, editado pela Câmara, em português, inglês, russo e crioulo (cabo-verdiano), no âmbito da candidatura ao Programa de Promoção da Interculturalidade, reúne

um conjunto de informa-ções orientadoras sobre as áreas de actuação de agentes e projectos com actuação de carácter social, bem como sobre o seu funcionamento

ATÉ domingo, a freguesia da Baixa da Banheira está em festa com

a realização das Festas Popu-lares em Honra de São José Operário. Além da procissão,

o programa desta iniciativa com mais de 50 anos, inclui espectáculos, actividades

culturais e provas despor-tivas, promovidas pelas associações da freguesia.

Pernoita de pijama no castelo de Palmela

Robótica ganha prémio mundial

Arte pública anima férias em Alcochete

Estação de Biscaia vai ser melhorada nos Brejos Câmara da Moita lança manual do imigrante

Baixa da Banheira celebra até domingo S. José Operário

PALMELA

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Centenas de pessoas visitam e provam os petiscos da Setfesta

Crianças vão ter oportunidade de pernoitar no Castelo

Teatro juvenil em mostra

João Pereira Bastos

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+ Desporto

Pavilhão com novo piso O pavilhão municipal das Manteigadas, em Setúbal, ganhou um novo piso em madeira flutuante. O investimento é de 75 mil euros e permite aos atletas a prática de mais modalidades desportivas e melhores condições.

Paulo Tavares é reforçoO V. Setúbal contratou Paulo Tavares, médio de 26 anos que, na época passada, jogou no Leixões. O atleta assinou por duas temporadas e em 27 jogos no Leixões marcou seis golos. Jogou também no Ribeirão e Estoril.

Maratona para homens de ‘barba rija’ bate novo recorde de participantes

350 atletas vão participar na 8.ª edição da Ultra Maratona Atlântica Melides - Tróia, no próximo dia 22, a partir das 9 horas. A prova, entre Melides e Tróia, tem 4 500 euros em prémios para distribuir e é organizada pelo município grandolense, que investe 20 mil euros.

Ainda as inscrições não fecharam e a Ultra Maratona Atlân-tica Melides - Tróia, com

um percurso de 43 quilómetros em areia, já bateu um novo recorde de participantes. Estão confirmados 350 atletas, dos quais cerca de duas dezenas de estrangeiros.

Segundo a organização da prova, o número de participantes tem vindo a aumentar de ano para ano, sendo que em 2011 a edição contou com a envolvência de 263 atletas, um recorde até então. Este ano a prova, que conta já com um novo recorde de inscrições, integra, pela primeira vez, o circuito asics Trail Aventura. As inscrições terminam apenas no próximo dia 16.

Apadrinhada pelo campeão olímpico da Maratona em 1984, nos Jogos Olímpicos de Los

Angeles, o atleta Carlos Lopes, esta corrida apresenta um conjunto de particularidades, entre o qual o facto de os atletas receberem apenas um litro de água ao longo de toda a corrida, devendo levar consigo desde o início, todo o restante abastecimento necessário. Face à elevada exigência da prova, alguns atletas alternam a corrida e a marcha ao longo do percurso.

20 mil eurosde investimento

O vice-presidente da autarquia, Aníbal Cordeiro, salientou, este ano, um novo recorde de partici-pantes, e também o facto de a prova ter alcançado um patamar inter-nacional, galardão esse a que não é alheia a elevada adesão estran-

geira, a qualidade e a beleza do percurso, assim como a sua boa organização geral, com realce para os dispositivos de segurança e assistência aos atletas durante toda a prova, de «grande exigência física». O município vai investir 20 mil euros neste evento despor-tivo, que tem como enquadramento a frente atlântica com a Serra da Arrábida e as longas praias galar-doadas com a Bandeira Azul, de areias finas e douradas, um cenário espectacular para implementação de uma corrida de resistência humana e psicológica.

Carlos Lopes afirmou que a Ultra Maratona Atlântica é uma «prova dura e muito exigente, mesmo para quem vem bem prepa-rado, porque percorrer 42 quiló-metros em areia é tarefa só mesmo

para homens de barba rija».A Ultra Maratona Atlântica foi

apresentada no passado dia 30, no Casino de Tróia, tendo marcado presença na conferência, entre outros, o vice-presidente do município, Aníbal Cordeiro, Paulo do Carmo, vereador do Desporto, e o campeão olímpico Carlos Lopes, o padrinho de uma prova, única em Portugal e na Europa pela singularidade do piso em que se realiza, a areia da praia, ao longo da Costa Alentejana.

Em Março do presente ano, a Ultra Maratona Atlântica Melides - Tróia tornou-se membro da AIMS, organização internacional de promoção de Maratonas e Ultra Maratonas por todo o mundo, que conta anualmente com mais de trezentos membros, de 90 países distintos.

Espanhóis e portugueses lideram

A melhor marca feminina pertence à atleta espanhola Gema Borgas, que em 2001, em repre-sentação do Ca Playas Castellon, concluiu a prova em 3h42m44s. Já no sector masculino, o atleta Eusébio Rosa, do Sport União Caparica, é detentor da melhor marca, com 2h51m01s, conquis-tada na edição de 2007.

Eusébio Rosa já venceu, aliás, quatro edições da Ultra Maratona Atlântica, nomeada-mente em 2007, 2008, 2010 e 2011.

Regata Moita – V.F. de Xira homenageia Carvalho Rodrigues

A DÉCIMA edição da regata Moita – Vila Franca de Xira em barcos típicos do Tejo vai home-nagear este ano Fernando Carvalho Rodrigues, dada a sua contribuição decisiva para a resolução do problema da nova lei da água que impediu que as associações náuticas do município, como o Clube Náutico Moitense, perdessem os seus terrenos junto ao rio. O também conhecido “pai” do primeiro satélite português explica que o seu contributo se

deveu, meramente, ao facto de o clube náutico, à semelhança de outros, «desempenhar um papel importante ao nível da aprendi-zagem da vela e atendendo à valo-rização que tem feito do trabalho junto do rio, há mais de 30 anos».

Para João Gregório, presi-dente da direcção do clube, a nova lei da água e a resolução do impasse são vistas como um alívio. «Parece que foi ontem que se organizou a primeira regata entre a Moita e Vila Franca de

Xira», continua. Apesar das edições se sucederem uma atrás das outras, ano após ano, o objec-tivo mantém-se o mesmo: «é preciso dar vida a este museu vivo que é o Tejo».

A X regata Moita – V.F. Xira já tem trinta barcos inscritos nas duas classes de embarcações (até e mais de 7,5 metros) e a largada será dada na ilha do Rato, na manhã deste Sábado. A segurança estará assegurada pela presença do varino municipal, que agora

participa pela primeira vez neste evento depois de ter sido alvo de uma grande recuperação. A Marinha do Tejo e a APAETT também vão dar o seu apoio. O jantar de encerramento com a distribuição dos prémios está agendado para o próximo fim-de-semana, na sede do Clube Náutico Moitense.

A regata está também incluída no programa das festas do Colete Encarnado, de V.F. de Xira.

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A SAÍDA do guarda-redes Diego do Vitória de Setúbal marca o período de férias da equipa do Bonfim que vê assim um dos seus melhores elementos trocar o clube pelo Galaba FC, do Azerbeijão.

Diego que defendeu a baliza sadina durante dois anos foi considerado um dos melhores jogadores do plantel tendo contribuído nas últimas épocas para evitar que a formação verde e branca descesse de divisão.

Muito acarinhado pelos sócios do Vitória de Setúbal, a despedida do guarda-redes aconteceu no início da semana, durante um concerto de Jorge Nice na Setfesta onde participaram centenas de apoiantes do clube, no auditório José Afonso.

As boas prestações do guar-

dião já lhe tinham valido convites de outros clubes, anteriormente, mas o Vitória conseguiu sempre assegurar a sua continuidade. Desta vez o clube azeri apresentou uma proposta que a direcção sadina não conseguiu bater e Diego já treina no Azerbeijão.

Na hora da despedida, o fute-bolista brasileiro deixou aos simpa-tizantes do Vitória uma mensagem de agradecimento. No facebook, o jogador disse estar «feliz por ter passado dois anos maravilhosos em Setúbal, defendendo as cores do ENORME Vitória» e considera que fez o seu trabalho da maneira «mais ética e profissional possível, sempre baseado no respeito mútuo» tendo-se envolvido a 100% com a cidade e com o clube.

Ficou o ‘amor’ por Setúbal

No tempo que passou no Bonfim, Diego diz que se sentiu em casa. «Quando cheguei em Setúbal me disseram que quem bebe da água daqui, nunca mais quer ir embora...hoje eu sei bem o que isso significa!», escreveu, dizendo que nestes dois anos aprendeu «a gostar de Setúbal, das caldeiradas à Setubalense, da sardinha assada, do choco frito, da Serra da Arrábida, da Figuei-rinha, do Albarquel e do azul do Rio Sado».

O plantel do Vitória conta ainda com os guarda-redes Ricardo e Ricardo Matos, o primeiro, inter-nacional A, ex guardião do Spor-

ting e da Selecção Nacional que chegou ao Bonfim depois da passagem por Espanha, mas onde não teve oportunidade de ser titular muito por culpa da regularidade de Diego.

Marta David

15S á bado | 7. Ju l . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

Diego troca Vitória pelo Galaba do Azerbeijão

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Cumprindo-se uma espécie de praxe canónica, nos domínios do Olímpismo,

a decisão de escolha da Cidade-sede dos Jogos de 2020 só aconte-cerá em Julho de 2013, em sessão magna já aprazada para Buenos Aires.

Entretanto, a selecção de candidaturas tem acontecido, passando das sete cidades iniciais para o apuramento final, muito recente, de três possíveis sedes dos Jogos da XXXIII Olimpíada (após Londres e Rio de Janeiro). E as cidades-finalistas, mercê de valiosíssimos ‘dossiers’ elabo-rados são (por ordem alfabé-tica…) Istambul. Madrid e Tóquio.

A nós, portugueses, muito convinha que a escolha final apontasse para Madrid, aqui tão perto, pouco mais de 600 quiló-metros de Setúbal, à ‘mão de semear’, como costuma dizer-se.

Mas há que esperar um pouco mais de um ano, com fundamen-tadas esperanças de decisão favo-rável.

Todavia… Há que reconhecer que a magnífica cidade de Istambul se apresenta pela terceira vez nas últimas décadas, chamando a si razões de priori-dade. Quanto a Tóquio haverá quem argumente que a capital nipónica já teve J.O., no ano bastante distante de 1964, reco-nhecendo-se-lhe enorme capa-cidade organizativa e invejável poderio económico.

A decisão, que cabe à centena de membros cooptados do C.O.I, vai ser na capital argentina onde prevalece a língua castelhana o que poderá ser um bom trunfo quanto a Madrid.

Na inevitável área do contra há-de surgir a lembrança da reali-zação dos Jogos em Barcelona, em 1992. E a crise que, de momento afecta toda a Europa, com a Espanha na linha da frente em dificuldades de toda a espécie, também não ajudará.

Confessamo-nos incapazes de adiantar com um bom vati-cínio. Madrid dava jeito mas Istambul, com valiosos atrac-tivos turísticos, não pode deixar de ser tida em linha de conta.

Após os Jogos de 2016, no Rio de Janeiro, parece lógico o retorno à Europa, em 2020.

Istambul ou Madrid?Há que esperar mas… Madrid

aqui tão perto, seria bom!

E Madrid aqui tão perto!

DavidSequerra

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Guarda-redes marcou época anterior

José Mota vai preparar a equipa vitoriana para uma época mais tranquila

Vitória 2012A época vitoriana arranca esta

segunda, com o regresso aos primeiros treinos, antes da partida para o estágio em Seia, agendado de 14 a 21. Para esta época, o clube sadino, que na segunda jornada da Liga recebe o Benfica (ver caixa), já garantiu as contratações de Bruninho (ex-Padroense), Caleb (ex-Atlético), Danilo Alves e Bruno Turco (ex-Macaé), Jorginho (ex-Aliados Lordelo), Nélson Pedroso (Desp. Aves), Patrick Costinha (ex-Grasshoppers) e Pedro Queirós (ex-Feirense).

Primeira Volta

1ª Jornada: Nacional-VITÓRIA

2ª Jornada: VITÓRIA-Benfica

3ª Jornada: Gil Vicente-VITÓRIA

4ª Jornada: VITÓRIA-Olhanense

5ª Jornada: Beira Mar-VITÓRIA

6ª Jornada: VITÓRIA-Paços Ferreira

7ª Jornada: Guimarães-VITÓRIA

8ª Jornada: VITÓRIA-Sporting

9ª Jornada: Maritimo-VITÓRIA

10ª Jornada: VITÓRIA-Rio Ave

11ª Jornada: Estoril-VITÓRIA

12ª Jornada: VITÓRIA-Porto

13ª Jornada: Académica-VITÓRIA

14ª Jornada: VITÓRIA-Moreirense

15ª Jornada: Braga-VITÓRIA

Calendário 12/13

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S á bado | 7. Ju l . 2 0 1 2 www.semmaisjornal.com

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