Upload
others
View
1
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
S E RV IO P BLIC O FE DE RALINSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E TECNOLOGIA DO CEAR
CONSELHO SUPERIOR
RESOLUÇÃO N° 031, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2011
Aprova o projeto pedagógico do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil do campus de Fortaleza.
O PRESIDENTE DO CONSELHO SUPERIOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ, no uso das atribuições,
considerando o § 1o do art. 10º, da Lei nº. 11.892, de 29/12/2008 (DOU 30/12/2008) e
considerando o inciso I do art. 8º, do Estatuto do IFCE (DOU 21/08/2009)
R E S O L V E
Art. 1º - Aprovar o projeto pedagógico do Curso de Bacharelado em Engenharia Civil do campus de Fortaleza.
Art. 2º - Estabelecer que esta Resolução entre em vigor a partir da data de sua publicação.
Cláudio Ricardo Gomes de LimaPresidente do Conselho Superior
2
DEPARTAMENTO DE CONSTRUO CIVIL
PROJETO PEDAGGICO:CURSO SUPERIOR BACHARELADO EM
ENGENHARIA CIVIL
FORTALEZA
DEZEMBRO 2011
3
INSTITUIO PROPONENTE
CNPJ 35005347/0001-01
RAZO SOCIALINSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E
TECNOLOGIA DO CEAR
NOMEINSTITUTO FEDERAL DE EDUCAO, CINCIA E
TECNOLOGIA DO CEARESFERA ADMINISTRATIVA FEDERALENDEREO AV. 13 DE MAIO, 2081 BAIRRO BENFICACIDADE/UF/CEP FORTALEZA/CE/60040-531TELEFONE (85) 33073627 / 3307 3628/ 33073665REITOR CLUDIO RICARDO GOMES DE LIMAPR-REITOR DE ENSINO GILMAR LOPES RIBEIRODIRETOR GERAL ANTNIO MOISS DE OLIVEIRA MOTADIRETOR DE ENSINO JOS EDUARDO BASTOSCHEFE DE DEPARTAMENTO FRANCISCO MAURCIO DE S BARRETOCOORDENADOR DO CURSO JOS SRGIO DOS SANTOSEMAILS DE CONTATO [email protected], [email protected] www.ifce.edu.br
NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTEPROF. ENSON DE LIMA PORTELA, MS.
PROF. FRANCISCO MAURCIO DE S BARRETO, DR.
PROF. JOS SRGIO DOS SANTOS, DR.
PROF. MARCOS FBIO PORTO DE AGUIAR, DR.
PROF. MARIANO DA FRANCA ALENCAR NETO, DR.
PROF. PAULO CSAR CUNHA LIMA, MS.
PROF. TASSIO FRANCISCO LOFTI MATOS, DR.
PEDAGOGA ANA CLUDIA UCHA ARAJO, MS.
4
SUMRIO
1. INFORMAES GERAIS1.1 Introduo
2. ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA
2.1 Motivao e Justificativa da criao/implantao do curso
2.1.1 Demanda de Mercado
2.1.2 Realidade dos Institutos
2.2 Fundamentao legal
2.3 Objetivos
2.3.1 Geral
2.3.2 Especficos
2.4 Formas de acesso ao curso2.5 Perfil do egresso2.6 Campo de atuao2.7 Metodologia de Ensino
2.7.1 Integrao entre teoria e prtica2.7.2 Interdisciplinaridade2.7.3 Formao tica e funo social do engenheiro civil2.7.4 Atividades Complementares2.7.5 Ensino, Pesquisa e Extenso
3. ESTRUTURA E ORGANIZAO CURRICULAR
3.1 Matriz curricular
3.2 Fluxograma do curso
3.3 Distribuio da Carga Horria
3.4 Estgio Supervisionado
3.5 Trabalho de Concluso de Curso – TCC
3.6 Avaliao do Projeto de Curso
3.7 Avaliao da Aprendizagem
3.8 Programa das Unidades Didticas – PUD
3.9 Diploma
4. CORPO DOCENTE
5. CORPO TCNICO-ADMINISTRATIVO
5
6. INFRAESTRUTURAANEXO 1: EMENTAS DAS DISCIPLINAS
INFORMAES GERAIS
DENOMINAO BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL
TITULAO CONFERIDA ENGENHEIRO CIVIL
NVEL GRADUAO
MODALIDADE PRESENCIAL
DURAO 5 ANOS
REGIME ESCOLAR SEMESTRAL (100 DIAS LETIVOS)
REQUISITO DE ACESSOCONCLUSO DO ENSINO MDIO OU CURSO
EQUIVALENTE AT A DATA DA MATRCULA
NMERO DE VAGAS ANUAIS 60
TURNO DE FUNCIONAMENTO MATUTINO
INCIO DO CURSO 2012.2
CARGA HORRIA DAS DISCIPLINAS
OBRIGATRIA3680 HORAS
CARGA HORRIA DE DISCIPLINAS DE
NFASE360 HORAS
CARGA HORRIA DE DISCIPLINAS 4040 HORAS
CARGA HORRIA DO ESTGIO 400 HORAS
CARGA HORRIA TOTAL
(INCLUINDO ESTGIO)4440 HORAS
SISTEMA DE CARGA HORRIA CRDITOS (01 CRDITO = 20 HORAS)
6
1.1 IntroduoNossa instituico, hoje Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia – IFCE-,
tem por caracterstica acompanhar as transformaes no mercado e no mundo do trabalho ao
longo de seus 102 anos de existncia com reflexo direto na estrutura e nvel dos cursos
ofertados.
Da formao inicial subqualificada da primeira dcada do sculo XX s engenharias no
sculo XXI, o padro de qualidade de nossos formandos tem tido uma crescente aceitao,
semelhante s expectativas da sociedade frente a nossa instituio.
O momento econmico que o Brasil tem vivenciado, um novo ciclo de crescimento
sustentado, exige mo-de-obra qualificada em todos os nveis, em especial, na rea da
construo civil, que devido demanda pronunciada e expectativa de eventos importantes
como a Copa do Mundo 2014 e a Olimpada de 2016, tem exigido importantes obras na
infraestrutura do Pas, fortalecendo nossa economia como uma das principais do mundo.
A necessidade de Engenheiros, em especial de Engenheiro Civil, tem se acentuado e
pressionado a demanda por cursos de formao desse profissional, que devido s exigncias de
um mercado pragmtico e em constante evoluo tecnolgica, possui perfil compatvel com a
formao de excelncia profissional e tecnolgica oferecida historicamente pelo Departamento
de Construo Civil do IFCE.
O Ministrio da Educao, reconhecendo a vocao dos Institutos Federais de
Educao, Cincia e Tecnologia para o desenvolvimento do ensino de graduao e ps-
graduao tecnolgica, bem como extenso e pesquisa aplicada, colocou para os Institutos,
mediante o Decreto n 5.225, de 14 de setembro de 2004, a finalidade de ministrar ensino
superior de graduao e de ps-graduao lato sensu e stricto sensu, visando formao de
profissionais especialistas na rea tecnolgica.
7
O IFCE possui a infra-estrutura bsica necessria para dar incio a este curso, e toda a
comunidade est consciente da importncia de termos cursos de graduao para nos tornar
centro de referncia regional no ensino de engenharia. Portanto, existe uma mobilizao geral
para contribuir com a criao de um curso de graduao de qualidade, que formar engenheiros
civis capacitados a atuar no mercado de trabalho, onde existe, atualmente, uma demanda
significativa por este tipo de profissional.
A comunidade atuante no Departamento de Construo Civil est consciente de sua
responsabilidade, e sabe que este projeto um compromisso, consensualmente adotado como
instrumento norteador das aes relativas ao ensino de graduao em Engenharia Civil desta
instituio.
Este projeto teve como objetivo, o planejamento e o estabelecimento de condies
mnimas para implantao de um curso superior de bacharelado em Engenharia Civil, sob a
responsabilidade do Departamento de Construo Civil do IFCE Campus de Fortaleza.
Sabemos, que ele precisa ser periodicamente avaliado quanto sua execuo, objetivos e
metas, devendo ser reorientado, se necessrio. Este projeto reflete um momento e, portanto, no
um documento esttico, devendo permitir revises e aperfeioamentos, delimitados pela
realidade do ambiente no qual se insere.
2 ORGANIZAO DIDTICO-PEDAGGICA2.1 Motivao e Justificativa
2.1.1 Demanda de Mercado
A dcada de 1980 ficou conhecida, no somente no Brasil, mas tambm em toda a
Amrica Latina, como a “Dcada Perdida”. Foi um perodo caracterizado pela queda nos
investimentos e no crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), pelo aumento do dficit pblico,
pelo crescimento da dvida externa e interna e pela ascenso inflacionria. Como conseqncia,
as atividades de engenharia foram reduzidas. Grandes firmas de consultoria e empreiteiras sem
contratos comearam a desativao de suas equipes tcnicas, abdicando da colaborao de
engenheiros com 10, 20 at 30 anos de experincia – muitos com ps-graduao.
Desde ento muita coisa mudou no Brasil. Os efeitos positivos da nova economia
comearam com a estabilizao da moeda e criao do Real, mas tm sido sentidos mais
fortemente na ltima dcada.
8
Segundo reportagem do Jornal Bom Dia Brasil (Rede Globo), de 10 de agosto de 2007,
o crescimento da economia no Brasil mudou o mercado de trabalho, em especial para um setor:
a construo civil. Faltam engenheiros. H empresas importando, treinando e brigando para no
perder o profissional. A profisso, que andava em baixa com o mercado saturado de
profissionais, est sendo impulsionada com a expanso do crdito para a casa prpria e
principalmente com o crescimento no nmero de obras pblicas. Segundo a coordenadora do
curso de Engenharia Civil da Univali, Professora Slvia Santos, hoje, as empresas comeam a
assediar o engenheiro antes mesmo dele sair da faculdade. Slvia aponta ainda que, a cada R$ 2
milhes investidos em estradas, um engenheiro contratado e que, s por conta do Programa
de Acelerao do Crescimento (PAC), do Governo Federal, o pas precisaria, atualmente, de 20
mil engenheiros para tocar as obras: "H mais de 1,4 mil faculdades de engenharia no Brasil.
Mas, de todos os alunos que entram no curso, apenas 40% se formam. Se todas as obras
previstas pelo PAC sarem do papel, vai faltar muito profissional. Seriam necessrios 20 mil
engenheiros em quatro anos". (Revista Gesto Universitria Ago/2007, Univali, SC).
O economista Marcos Formiga, da INOVA Engenharia da Confederao Nacional da
Indstria (CNI) relata: "Formamos poucos engenheiros, so cerca de 32 mil ao ano. A
necessidade atual o dobro disso". O especialista defende uma campanha de mobilizao de
talentos para a engenharia. Segundo ele, h uma proporo que mostra que, entre 800 alunos
de educao fundamental, apenas um se destinar engenharia. Um atrativo so os salrios
que duplicaram, lembra Formiga. O piso salarial de cerca de R$ 3 mil. Mas quem comea a
carreira ganha em mdia R$ 6 mil. "No conheo desemprego na engenharia", acrescenta o
economista. (04/01/2010 - Correio Braziliense – DF).
Essa percepo do aquecimento do mercado da engenharia foi registrada pelo Sistema
Nacional de Emprego – SINE. Segundo a gerente do SINE em Uberlndia, Deise Afonso, em
2008, houve um crescimento na demanda de profissionais para toda a rea da construo civil.
No ramo da engenharia, o total das vagas oferecidas, at 30 de novembro deste ano, representa
36% a mais da demanda de 2007. “Tivemos empresas que demoraram at seis meses para
preencher as vagas anunciadas. Algumas vagas foram ocupadas por profissionais de outras
cidades e at de outros estados, j que por aqui isso no foi possvel.”
Noutra empresa especializada em pavimentao e construo de pontes h quatro
vagas para engenheiros h mais de 60 dias. “Agora apelamos para o site que pode ser acessado
em qualquer lugar do planeta. H de surgir algum. No podemos abrir mo da especializao,
9
pois isso significa ficar sem qualidade, coisa que o mercado no admite”, disse o gerente Afonso
Duarte. (Jornal Correio de Uberlndia - 02/01/2009)
Dados do Ministrio da Educao (MEC) sobre curso de engenharia civil revelam
descompasso num momento em que a construo civil vive "apago" de mo de obra. Em 2009,
o Jornal Folha de So Paulo divulgava um estudo que apontava que j em 2010 haveria falta de
profissionais da rea no pas. De um lado, falta de profissionais formados no mercado de
trabalho. Do outro, candidatos interessados na formao, mas sem vagas suficientes. Assim est
o panorama da engenharia civil no pas.
Dados do MEC mostram que o nmero de alunos que prestaram vestibular para a rea
cresceu 86% em trs anos (o nmero mais recente de 2008). J as vagas subiram em ritmo
menor: 49,6%.
Com o descompasso, a relao de candidatos por vaga chegou a 3,5 no sistema como
um todo, mas subiu para 8,4 considerando s as universidades pblicas, onde a diferena nos
indicadores foi mais acentuada. Na Unicamp, por exemplo, 27,4 alunos disputam uma vaga. A
incapacidade do ensino superior de absorver interessados na rea ocorre num momento em a
construo civil j vive um "apago" de mo de obra. (Folha de So Paulo, 20/12/2009)
Os grandes eventos que o Brasil sediar nos prximos anos tendem a agravar o
problema da falta de engenheiros. Pode faltar mo-de-obra especializada em engenharia no
Brasil para preparar a Copa do Mundo de 2014, conforme o presidente da Federao Nacional
dos Engenheiros (FNE), Murilo Pinheiro, em entrevista Agncia Brasil.
Pinheiro acredita que, se no for feito um trabalho junto aos estudantes e universidades,
a falta de profissionais qualificados pode acabar provocando uma paralisao no
desenvolvimento brasileiro. “Voc vai ter que importar profissional. E ns somos totalmente
contra”. O presidente da FNE afirmou que o Brasil tem muita expertise (profissionais
competentes) no setor de engenharia e, por isso, muitos profissionais acabam sendo contratados
no exterior. “Temos que estar cada vez mais aperfeioando o nosso profissional, para que ele
atue aqui dentro do pas”, disse.
“Ns estamos fazendo um trabalho para que tenha mais formandos. Ns entendemos
que tem que duplicar o nmero de formandos nos prximos cinco anos”. Isso significa elevar
para 60 mil o nmero de formandos por ano em engenharia no Brasil, at 2014. Segundo
Pinheiro, a ampliao do nmero de profissionais especializados vai “garantir o
acompanhamento do desenvolvimento do pas, o crescimento que ns estamos projetando”.
10
De acordo com estudo setorial de 2007, a consultoria Trevisan analisou o ambiente
futuro para a construo civil, tanto para a construo de edificaes quanto para a construo
pesada, tendo por premissas os seguintes marcos:
Dficit habitacional brasileiro em torno de 7,9 milhes de unidades
Plano do governo para investimentos em projetos de infra-estrutura
Reduo de impostos para alguns segmentos do setor
Expectativa de aumento da renda
Aumento de linhas de financiamento
Vale ressaltar que as premissas tm se confirmado e, em 2011, contamos com planos e
programas governamentais de reduo do dficit habitacional e melhoria da infraestrutura do
Pas, a exemplo do PAC I, PAC II, PAC da Copa e o Minha Casa Minha Vida.
O estudo Trevisan (2007) conclui:
A regio nordeste a que rene maior nmero de atrativos: segundo maior
dficit habitacional e segundo maior volume de investimentos previstos no PAC;
ser a sede de uma refinaria em Pernambuco e uma siderrgica no Cear e
conta com investidores internacionais interessados em empreendimentos de
grande porte que usufruam das caractersticas de clima e geografia (litoral).
Na regio nordeste h uma concentrao menor de empresas construtoras
locais, se comparado com centros mais desenvolvidos como So Paulo e Rio de
Janeiro, porm esse nmero tende a crescer, uma vez que h a movimentao
de empresas do Sul e Sudeste migrando para esta regio, atravs de parcerias
ou por iniciativa prpria.
Construtoras veem na classe C uma oportunidade de crescimento,
diversificando seu foco voltado at ento, para os imveis de alto padro.
De todas as cidades analisadas, no perodo de janeiro a agosto de 2008,
Fortaleza j apresentava um bom ndice de velocidade de vendas das unidades
habitacionais (4,98%), perdendo apenas para So Paulo (10,89%), Belo
Horizonte (8,17%), Macei (6,90%) e Porto Alegre (6,83), segundo dados do
IPEA – Siduscon – CBIC.
Para o DIEESE (Departamento Intersindical de Estatstica e Estudos Scio Econmicos),
por meio de seu Boletim Trabalho e Construo, n 4, de outubro de 2010, “a retomado do
crescimento econmico em patamar superior ao verificado nos ltimos anos tem propiciado um
11
melhora, ainda que de forma e intensidade diferenciadas, dos mercados de trabalho das regies
pesquisadas pela Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED)”, atualmente realizada em 07
grandes regies metropolitanas do Pas, incluindo Fortaleza.
Nesse contexto, continua o DIEESE (2010), a Construo Civil tem sido um dos
principais carros-chefe do crescimento econmico que, segundo dados do IBGE, apontam para
um crescimento de 14,9 % no primeiro trimestre de 2010, somente inferior a taxa registrada para
indstria de transformao 17,2% e de Comrcio (15,2%). O setor impulsionado pela
recuperao de investimentos, maior facilidade de crdito e iseno do IPI (imposto para
produtos industrializados) sobre matrias de construo, consolidando as premissas adotadas
por Trevisan, em 2007.
O DIEESE (2010) sustenta que apesar dos passos necessrios para o Pas alcanar
uma taxa de investimento considerada ideal para o crescimento sustentvel da economia sem
presses inflacionrias serem controversos, existe relativo consenso sobre a necessidade de
ampliao do nvel atual de investimento. Alm disso, espera-se continuidade dos programas de
incentivo habitao popular, um reforo no processo de recuperao e ampliao da
infraestrutura brasileira, bem como intensificao das obras relacionadas Copa do Mundo de
2014 e Olimpadas de 2016. Tudo isso delineia um cenrio promissor para o setor da Construo
Civil, com impactos positivos no emprego e renda.
Na PED, citada pelo DIEESE (2010), os nmeros apontam para um destaque
considervel da regio metropolitana de Fortaleza que apresentou um ndice de crescimento na
estimativa de ocupados para a Construo Civil, entre o 1 semestre de 2009 e 1 semestre de
2010, de 10,3% bastante superior ao total referente s 07 regies metropolitanas pesquisadas
(Belo horizonte, Distrito Federal, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e So Paulo) que foi
de 1,3 %. Sob o ponto de vista do assalariamento houve uma expanso considervel entre os
trimestres analisados com destaque para Fortaleza que apresentou a maior expanso no valor
de 20,5%.
Tomando por base o 1 semestre de 2010 e os dois de 2009 observa-se que todas as
regies pesquisadas, em especial Fortaleza, apresentam significativa tendncia de crescimento
do nmero de ocupados na Construo Civil.
Ao longo dos ltimos anos o Governo do Estado do Cear tem feito investimentos
considerveis em infraestrutura, fortalecendo importantes atividades econmicas como o
turismo, agricultura e indstria.
12
No mbito do saneamento bsico, por exemplo, o Governo do Estado prev o
investimento de cerca de R$ 819 milhes em obras de infraestrutura de gua e esgoto, at o
final de 2010. Os recursos esto sendo captados pela Companhia de gua e Esgoto do Cear
(CAGECE) em diversos programas de financiamento. A CAGECE est investindo (Saneamento
para Todos e PrÄ-Saneamento IV) na ampliao, construo e reformas de sistemas de gua em
diversos municpios cearenses.
Recursos do Programa de Acelerao do Crescimento (PAC), do Sanear II, do
Oramento Geral da Unio e da Fundao Nacional de Sade (FUNASA) esto sendo aplicados
em sistemas de esgotamento sanitrio em Aracati, Crates, Quixad, Porto das Dunas, Pacajs,
Horizonte, Chorozinho, Barroquinha, Poranga, Santana do Cariri, Marco e Massap, alm de
melhorias nos sistemas de Pacatuba, Russas, Juazeiro do Norte e Barbalha. Tambm devem
ser concludas melhorias nos sistemas de abastecimento de gua e esgoto da capital Fortaleza.
A infraestrutura hdrica tem recebido ateno especial do Governo do Estado. S com
garantia de gua ser possvel concretizar os vrios projetos de desenvolvimento para o Cear.
Dentre as obras de integrao de bacias destacamos o EixÅo das Çguas, que levar gua do
aude Castanho para o plo industrial do Pecm, para a refinaria Premium (Petrobrs) e
garantir o abastecimento da Regio Metropolitana de Fortaleza; e o Cinturo das guas – obra
de longa execuo, que vai cercar todo o territrio do Cear e um projeto essencial para o
abastecimento de gua de todo o Estado.
Novos aeroportos esto em construo: em Aracati; Camocim, e em Tau. Esto em
andamento estudos para ampliao do aeroporto de Juazeiro do Norte, e a duplicao do
aeroporto de Fortaleza. O setor de transporte de passageiros ser ainda reforado com a
Ferrovia Transnordestina alm dos Metrs do Cariri e de Fortaleza.
Obras de infraestrutura de transportes esto em pleno andamento na capital como o
Transfor e os tneis previstos para sua implantao. Essas obras impactaro o sistema de
operacionalizao dos transportes urbanos que exigir uma nova governana, voltada para a
otimizao e melhorias contnuas do sistema.
No mbito da construo de edificaes o setor imobilirio tem se mostrado aquecido e
apresenta futuro promissor, fato este realado pela pouca turbulncia sofrida no setor diante da
grave crise econmica mundial de 2008. O setor tem apresentado expanso substancial de
unidades ofertadas ao mercado. Nesse contexto, destaca-se, ainda, o programa do Governo
Federal ‘Minha Casa Minha Vida’ que no Cear ofertar nos prximos anos significativo nmero
de unidades residenciais.
13
Outro setor especialmente impactado com os investimentos em infraestrutura o setor
de Turismo, vocao do Cear, que conta ainda com a previso de investimentos especficos
como a ampliao, em andamento, do Centro de Convenes e implantao do Pavilho
Multiuso. Com arquitetura arrojada, inspiradas nas dunas e falsias do litoral, o Pavilho ter
capacidade de abrigar seis eventos ao mesmo tempo, tornando-se o maior centro multiuso do
Pas; outro investimento significativo no segmento de Turismo o projeto Acquarium que
estimular a revitalizao de um dos principais cartes postais de Fortaleza, a Praia de Iracema.
O Governo do Estado tem incentivado a instalao de grandes Resorts no litoral, o que
agregar qualidade ao turismo do Cear.
Todas essas iniciativas apontaro a curto e mdio prazo em uma consolidao de
setores econmicos em todo o Estado, envolvendo atividades vinculadas construo civil.
Entretanto, recorrente a necessidade de profissionais qualificados que atendam s
demandas de crescimento apontadas por todas essas iniciativas. Nesse contexto, um curso de
Engenharia Civil com foco na prtica, marca de nossa instituio, apresenta-se como uma
necessidade natural para o desenvolvimento de nosso Estado.
Outra caracterstica importante do perodo de crescimento pelo qual o Pas e em
especial o Cear est atravessando o surgimento de diferentes funes e postos de trabalho
que exigem um profissional apto a desempenhar novas funes tcnicas e de gerncia. O curso
de Engenharia Civil adqua-se bem a essa necessidade, uma vez que, historicamente, capacita
profissionais para atuar nas mais diversas ocupaes, tais como Administrao, Economia,
Ensino de Matemtica, Ensino de Fsica, Fiscalizao, Gesto, Geoprocessamento, Construo
Pesada, Habitao, Saneamento, Petrleo, Meio Ambiente e Urbanismo, necessitando para tal
de uma curta capacitao voltada para a rea em apreo.
2.1.2 Realidade nos Institutos Atento ao crescimento econmico e a nova realidade da demanda de profissinais da
rea de engenharia pelo qual o Brasil passa, inclusive com perspecivas consolidadas e
sustentveis, o Ministrio da Educao estimula e endossa a participao dos Institutos Federais
de Educao Tecnologica com papel importante no processo de formao de profissionais de
engenharia, conforme afirmado no documento PRINCÄPIOS NORTEADORES DAS ENGENHARIAS NOS INSTITUTOS FEDERAIS, 2008, emitido pela Secretaria de Educao Tecnolgica (SETEC): “A reorganizao da rede de educao profissional e tecnolgica em
Institutos Federais de Educao, Cincia e Tecnologia no momento histrico de crescimento
14
econmico do pas, trouxe para essas instituies a discusso sobre o papel dos profissionais
das engenharias, o que deve ser considerado a partir dos princpios que norteiam a atuao
desses Institutos Federais, considerando-se a perspectiva de tecer o futuro”.
A reconhecida experincia institucional de educao profissional e tecnolgica,
construda ao longo de uma existncia centenria, confere ao IFCE vocao natural para
verticalizao do ensino superior, reconhecida pelo MEC:
“Se por um lado, a oferta da educao inicial e continuada de trabalhadores e a profissionalizao no nvel mdio ainda so necessrias para a sociedade brasileira, por diferentes agravantes, e se constituem na maior frao da oferta de formao nos Institutos Federais, as graduaes e os cursos de ps-graduao reforam o formato singular dessas instituies. A graduao e a ps-graduao so canais imprescindveis para o aprofundamento do dilogo com os apelos sociais, uma vez que, alm de oportunizarem a formao (cursos superiores de tecnologia, licenciaturas, bacharelados - dentre esses as engenharias, mestrados e doutorados) [..] Neste universo amplo e diversificado de formao, ressalta-se que cada modalidade de graduao deve apresentar perfil e objetivos prprios, mas com caractersticas capazes de traduzir a identidade dos Institutos Federais, num movimento de firmar uma unidade na diversidade, a partir do estabelecimento de eixos norteadores na construo dos currculos de seus cursos de graduao”. (MEC-SETEC, Pricpios Norteadores das Engenharias no Institutos Federais, 2008, p.13)
Ressalta-se ainda que a formao do Engenheiro Civil proposta est baseada nas
experincias acumuladas pelo Instituto, referentes integrao teoria - prtica (academia e
mercado); interdisciplinaridade; incorporao dos conceitos de tecnologia de informao,
sistemas inteligentes e automao, aos mtodos e tcnicas de construo; formao tica e
profissional que tem como corolrio um profissional com perfil diferenciado, atuante e
comprometido com mtodos e tcnicas atualizadas, bem como com valores ticos e cidados.
2.2 Fundamentao legalA formao do engenheiro civil norteada por um conjunto de Leis e Normas que
estabelecem os requisitos mnimos necessrios para o exerccio profissional da Engenharia.
Esta fundamentao legal a seguinte:
Resoluo CNE/CES no. 11, de 11 de maro de 2002: institui Diretrizes Curriculares Nacionais dos cursos de Graduao em Engenharia;
Lei de Diretrizes e Bases da Educao Nacional – LDB (Lei 9.394/96): estabelece as diretrizes e bases da educao nacional;
Parecer CNE/CES 1.362/2001, aprovado em 12/12/2001: define Diretrizes Curriculares dos cursos de Engenharia;
15
Lei no. 5.194, de 24 de dezembro de 1966: regula o exerccio das profisses de Engenheiro, Arquiteto e Agrnomo;
Resoluo no. 218, de 29 de junho de 1973, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA): discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia;
Parecer CNE/CES 108/2003, aprovado em 7/5/2003: analisa a durao de cursos presenciais de Educao Superior;
Deciso Plenria PL-0087/2004, de 30 de abril de 2004, do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA):oficializa s Instituies de Ensino Superior e aos Conselhos Regionais da carga mnima estabelecida para os cursos de graduao;
Lei no. 6.494, de 7 de dezembro de 1977: dispe sobre estgio de estudantes de estabelecimentos de ensino superior e de ensino profissionalizante do 2. Grau e supletivo e d outras providncias;
Decreto no. 87.497, de 18 de agosto de 1982: regulamenta a Lei no. 6.494, de 7 de dezembro de 1977, nos limites que especifica e d outras providncias;
Decreto no. 89.467, de 21 de maro de 1984: d nova redao ao Art. 12 do decreto no. 87.497, de 18 de agosto de 1982, que regulamenta a Lei no. 6.494, de 7 de dezembro de 1977, que dispe sobre estgio de estudantes de estabelecimentos de ensino superior e de ensino profissionalizante do 2. Grau e supletivo;
Lei no. 8.859, de 23 de maro de 1994: modifica dispositivo da Lei no. 6.494, de 7 de dezembro de 1977, estendendo aos alunos de ensino especial o direito participao em atividades de estgio;
Decreto no. 2.080, de 26 de novembro de 1996: d nova redao ao Art. 8. do Decreto no. 87.497, de 18 de agosto de 1982,que regulamenta a Lei no. 6.494, de 7 de dezembro de 1977, que dispe sobre estgio de estudantes de estabelecimentos de ensino superior e de ensino profissionalizante do 2. Grau e supletivo;
Medida Provisria no. 1.726, de 03 de novembro de 1998: d nova redao ao Art. 1. da Lei no. 6.494, de 7 de dezembro de 1977.
2.3 ObjetivosOs objetivos do curso de graduao em Engenharia Civil do IFCE devem guardar
coerncia com a misso da instituio definida no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).
2.3.1 Geral
Formar profissional para atuar de forma crtica e inovadora frente aos desafios da
sociedade e do mercado de trabalho com criatividade, compromisso e tica
profissional.
2.3.2 Especficos
Os objetivos especficos do curso de Engenharia de Civil proposto neste projeto podem
ser resumidos em:
16
Formar o Engenheiro Civil capaz de exercer as atribuies a ele concedidas pelo
Conselho Federal de Engenharia (Resoluo no. 218, de 29 de junho de 1973).
Atender demanda social regional por esse profissional.
Consolidar as estratgias da instituio relatadas no seu PDI (Plano de Desenvolvimento
Institucional)’.
Contribuir para o desenvolvimento do setor de construo civil no contexto nacional.
Capacitar o profissional para intervir criticamente na realidade, como condio para a
prtica da cidadania.
Este projeto aqui apresentado abordar os aspectos curriculares a serem adotados pelo
curso, explicitando os mecanismos atravs dos quais sero alcanados os objetivos e metas
estabelecidos. As metas para o trabalho educativo so apresentadas e so explicitadas as
intenes, as prioridades, as atividades e as aes, visando a consecuo dos objetivos do
curso, coletivamente definidos, inspirando uma conduta a ser adotada pela comunidade do IFCE.
2.4 Formas de acesso ao curso
O ingresso de alunos ao Curso de Graduao em Engenharia Civil do Departamento de
Construo Civil – Campus de Fortaleza - ser de acordo com as polticas e normas de seleo
de acesso ao ensino superior do IFCE. O total de ingresso ser de 60 alunos por ano, sendo 30
alunos com entrada no primeiro semestre e mais 30 alunos no segundo semestre.
A prerrogativa do ingresso em duas etapas semestrais visa reduzir o ndice de reteno e
como consequncia motivar o corpo discente e reduzir o ndice de evaso, assim como adequar
o total de alunos em funo da eficcia pedaggica e da infraestrutura fsica do campus, em
especial, deste Departamento.
2.5 Perfil do egressoEngenheiro Civil do IFCE apresenta formao humanista, crtica e reflexiva, e estar
capacitado a identificar e resolver problemas, considerando os aspectos polticos, econmicos,
sociais, ambientais e culturais, bem como, para absorver e desenvolver novas tecnologias com
viso tica em atendimento s demandas da sociedade.
O profissional dever possuir as seguintes competncias e habilidades para o exerccio
pleno da profisso:
17
Aplicar conhecimentos matemticos, cientficos, tecnolgicos e instrumentais
engenharia.
Projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados.
Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos.
Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e servios de engenharia.
Identificar, formular e resolver problemas de engenharia.
Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e tcnicas.
Supervisionar a operao e a manuteno de sistemas.
Avaliar criticamente a operao e a manuteno de sistemas.
Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e grfica.
Atuar em equipes multidisciplinares.
Vivenciar a tica e a responsabilidade profissional.
Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental.
Avaliar a viabilidade econmica de projetos de engenharia.
Assumir a postura de permanente busca de atualizao profissional.
2.6 Campo de atuaoO campo de atuao do engenheiro civil bastante amplo. Exige do profissional uma
formao capaz de atender demandas de carter diverso, tais como projetos e a construo de
edifcios residenciais, institucionais e comerciais, ferrovias e rodovias, portos e aeroportos,
barragens e usinas hidreltricas, redes para servios de telecomunicao, sistemas de
saneamento bsico e demais elementos de infraestrutura territorial e urbana.
2.7 Metodologia de EnsinoA estrutura curricular do curso, definida neste projeto, considera que o profissional
egresso do curso prioritariamente um Engenheiro Civil. No entanto, cabe ao curso associar
uma base cientfica e tecnolgica, capaz de desenvolver novas vocaes para os estudos
avanados, inclusive, proporcionar a identificao e o aprimoramento cientfico dos potenciais
pesquisadores entre seus alunos, integrando-os em atividades de iniciao cientifica ou em
projetos orientados.
2.7.1 Integrao entre teoria e prtica
18
Pela prpria natureza do curso, a integrao eficiente entre a teoria e a prtica profissional
no processo de ensino-aprendizagem da maior importncia na boa formao do profissional de
Engenharia Civil. Alm disso, as atividades experimentais so um elemento motivador para os
estudantes de graduao.
As atividades de carter prtico podem ser entendidas no mbito interno ou externo ao
IFCE. No mbito interno, estas atividades sero ofertadas atravs de aulas prticas includas em
cada disciplina especfica para a implementao de experincias em laboratrio; atividades em
computador; atividades de iniciao cientfica, como bolsista ou voluntrio; atividades como
monitor de disciplinas; ou de participaes em projetos de pesquisa como bolsista ou voluntrio.
No mbito externo ao IFCE, o estgio supervisionado uma atividade que pode integrar o aluno
ao ambiente da prtica profissional. Outras atividades, tais como visitas tcnicas, estudo de
casos reais in loco, participao em congressos tcnicos e cientficos, seminrios de sociedades
de profissionais da Engenharia podem amadurecer o aluno em relao ao seu futuro campo de
atuao profissional.
O trabalho experimental possibilita o contato e a familiarizao com equipamentos e
processos tpicos da vida profissional. Propicia a vivncia, no laboratrio ou no campo, de
conhecimentos vistos anteriormente apenas em teoria na sala de aula, ou por outros meios. A
percepo das limitaes e especificidades dos modelos tericos, em ambiente no controlado,
uma vivncia significativa na formao do profissional. A atividade experimental em laboratrio
pode tambm despertar o interesse pela investigao cientifica e motivar novas vocaes para a
pesquisa e para a docncia na Engenharia.
A facilitao do acesso dos alunos aos laboratrios de ensino, atravs de um programa de
monitoria, mantida pelos prprios alunos, pode ser uma estratgia capaz de aumentar o contato
do aluno com atividades experimentais, como alternativas ao reduzido nmero de servidores
tcnico-administrativos disponveis na unidade.
No obstante, a importncia da prtica profissional, deve ser incentivada tambm como
forma de desenvolver o senso critico do profissional. Na prtica profissional, muitas vezes, esto
tambm incorporados vcios de conduta que devem ser questionados pelo aluno, atravs de uma
superviso adequada.
A aplicao do mtodo cientfico em variadas situaes e contextos, a anlise dos
problemas com viso crtica e a proposio de solues com criatividade, so atitudes que
devem ser desenvolvidas nos alunos de Engenharia, quaisquer que sejam os setores em que
iro atuar. A cultura de investigao e da descoberta deve estar presente no universo das
19
atividades levadas a efeito ao longo da graduao: nas aulas, nos projetos, nas visitas, nos
estgios, na preparao de seminrios, no contato interpessoal e nas mais variadas
circunstncias
2.7.2 InterdisciplinaridadeO Art. 4 da Resoluo CNE/CES n 11, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais dos
cursos de Graduao em Engenharia, determina que “A formao do engenheiro tem por
objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exerccio das seguintes
competncias e habilidades gerais: (...); IV – atuar em equipes multidisciplinares; (...)”.
A presena de disciplinas como Metodologia Cientfica, Trabalho de Concluso de Curso,
Tpicos especiais em engenharia, bem como a participao sistemtica em atividades
complementares (palestras, conferncias, seminrios, cursos de curta durao) que despertem o
interesse para uma formao scio-cultural mais abrangente, podem contribuir de forma
determinante na formao interdisciplinar do profissional.
Acredita-se que no se deve adotar uma rea temtica prvia para explorar a
multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade no currculo de engenharia, de forma a evitar
especializaes precoces atravs de trabalhos em uma mesma rea. Uma estratgia a ser
adotada seria envolver o maior nmero possvel de professores do departamento na orientao
de projetos, em atividades de extenso e em atividades extracurriculares, com a funo de
destacar para os alunos os princpios cientficos, as aplicaes e as interaes com a sociedade,
nos temas abordados.
A elaborao de projetos multidisciplinares para cada um dos semestres de formao ser
estudada e constituir um dos eixos principais de interdisciplinaridade. A escolha de uma
disciplina em cada semestre que servir de eixo principal dos projetos ser realizada tomando
como critrio as peculiaridades das diferentes reas da Engenharia Civil, envolvendo os
conhecimentos do semestre em questo e os demais cursados at ento, culminando no
Semestre de Formatura onde ser abordado o Trabalho de Concluso de Curso focado na rea
foco em que o aluno se insere.
2.7.3 Formao tica e funo social do engenheiro civilO Art. 3 da Resoluo CNE/CES n 11, que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais dos
cursos de Graduao em Engenharia, determina que “O curso de Graduao em Engenharia
tem como perfil do formando egresso/profissional o engenheiro (...), com viso tica e
20
humanstica, em atendimento s demandas da sociedade”. No Art. 4, inciso X, da mesma
Resoluo fica institudo que o engenheiro deve – “compreender e aplicar a tica e a
responsabilidade profissionais; (...)”.
Entre as estratgias adotadas para permitir a formao do engenheiro com os
conhecimentos de tica necessrios ao desempenho de seu papel social, destaca-se a insero
da disciplina Projeto Social como disciplina obrigatria, onde o aluno ter oportunidade de
trabalhar como voluntrio em alguma entidade reconhecida como sendo de utilidade pblica
municipal, estadual ou federal, sem fins lucrativos.
Outra disciplina que tambm oferece oportunidades para discutir a tica e a funo social
do profissional Fundamento de Engenharia Civil, ofertada no primeiro semestre.
2.7.4 Atividades ComplementaresEntende-se que a vivncia no IFCE, por si s, j uma oportunidade de amadurecimento
do aluno no processo de formao profissional. O ambiente tecnolgico/universitrio oferece
uma gama de eventos e de oportunidades de relaes interpessoais, que ultrapassam a fronteira
formal de uma disciplina especfica, permitindo a discusso de questes polticas, humansticas,
filosficas e sociais significativas para a vivncia do futuro profissional. As atividades
complementares, tais como a participao em palestras, seminrios, visitas tcnicas, congressos
e outras, servem a este propsito e devem ser incentivadas ao longo do curso.
2.7.5 Ensino, Pesquisa e ExtensoA indissociabilidade entre as atividades de ensino, de pesquisa e de extenso um
pressuposto institudo para a formao de profissionais no Instituto Federal do Cear.
Os estgios supervisionados, as viagens de estudo, os programas de iniciao cientifica, a
participao como voluntrio em atividades de pesquisa, de monitoria, a participao em cursos
de extenso e a divulgao de trabalhos em eventos cientficos so formas de alcanar a
integrao entre o ensino, a pesquisa e a extenso. Essas atividades devem ser fomentadas e
fortalecidas, atravs da valorizao como atividades complementares ou em disciplinas.
A integrao entre ensino, pesquisa e extenso no ocorre de forma estanque. Esta
integrao deve ocorrer a partir de uma postura didtica capaz de harmonizar estes trs
aspectos nos diversos contedos e atividades do curso. A investigao e a descoberta devem
estar presentes no universo das atividades realizadas ao longo do curso, nas aulas, nos projetos
e na preparao de seminrios.
21
Destaca-se novamente a presena de disciplinas com carter humanstico e multidisciplinar,
tais como Metodologia Cientfica e Tecnolgica, Fundamentos de Engenharia Civil, Projeto
Social e Trabalho de Concluso de Curso. Associadas a estas disciplinas, o incentivo aos alunos
por parte dos docentes na participao em atividades voluntrias, palestras, conferncias,
seminrios, cursos de curta durao, etc., percebida como uma estratgia capaz de despertar
o interesse do futuro profissional em aprender e pesquisar mais sobre os problemas da
sociedade.
O curso de Engenharia Civil proporcionar aos estudantes oportunidades de engajamento
em programas de iniciao cientfica, que um programa institucional. Um dos instrumentos que
pode propiciar, com muito sucesso, o desenvolvimento da iniciao cientifica no curso de
Engenharia Civil o Programa Institucional de Bolsas de Iniciao Cientfica (PIBIC). Atravs
desse Programa, o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico) e a
FUNCAP (Fundao de Amparo ao Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico) concedem bolsas
a estudantes de graduao, integrados em projetos de pesquisa coordenados por um professor.
Segundo a conceituao formal do CNPq, “o PIBIC um programa centrado na iniciao
cientfica de novos talentos em todas as reas do conhecimento, administrado diretamente pelas
instituies. Voltado para o aluno de graduao e servindo de incentivo formao, privilegia a
participao ativa de bons alunos em projetos de pesquisa com qualidade acadmica, mrito
cientfico e orientao adequada, individual e continuada. Os projetos culminam com um trabalho
final avaliado e valorizado, fornecendo retorno imediato ao bolsista, com vistas continuidade de
sua formao, de modo particular na ps-graduao”.
Os objetivos bsicos do PIBIC, conforme definido pelo CNPq, so: contribuir de forma
decisiva para reduzir o tempo mdio de titulao de nossos mestres e doutores; e contribuir para
que diminuam as disparidades regionais na distribuio da competncia cientfica no territrio
nacional.
O PIBIC pode ser um dos mais eficientes instrumentos de articulao entre a graduao e a
ps-graduao, ou seja, entre ensino e pesquisa. Entre os seus efeitos esto o estmulo ao
incremento da produo cientfica dos professores orientadores e o envolvimento de novos
pesquisadores nas atividades de formao.
Para os alunos bolsistas, o PIBIC tem possibilitado queles que optam pelo mestrado ou
doutorado a diminuio do tempo de permanncia na ps-graduao. Efetivamente, o Programa
proporciona ao bolsista, quando orientado por pesquisador qualificado, a aprendizagem de
tcnicas e mtodos cientficos, bem como o estmulo ao desenvolvimento do pensar
22
cientificamente e da criatividade decorrentes das condies criadas pelo confronto direto com os
problemas da pesquisa.
Outro programa relevante na integrao entre ensino, pesquisa e extenso o Programa
Especial de Treinamento (PET), mantido pela CAPES (Coordenao de Aperfeioamento de
Pessoal de Ensino Superior), o qual possibilita condies para que alunos de graduao, com
elevado desempenho acadmico, desenvolvam pesquisas e trabalhos de enriquecimento
curricular, sob a orientao de um professor tutor. Este programa apresenta uma filosofia
diferenciada em relao ao PIBIC.
O Programa PET implantado com a formao de um grupo de alunos com desempenho
acima da mdia, que so mantidos como bolsistas at o fim do curso, desde que satisfaam o
nvel de desempenho requerido pelo programa.
Segundo a filosofia do Programa PET, os trabalhos do grupo so desenvolvidos com o
objetivo de proporcionar aos seus participantes a oportunidade de participar de forma sistemtica
de atividades extracurriculares que contribuam para o seu enriquecimento acadmico,
despertando o interesse para a pesquisa e para atividades de extenso universitria, buscando
ainda proporcionar uma formao scio-cultural mais abrangente. De uma forma geral, as
atividades do grupo so concebidas buscando-se explorar a multidisciplinaridade e a
interdisciplinaridade da Engenharia de Civil, principalmente com relao aos seus princpios
cientficos, suas aplicaes e sua interao com a sociedade.
Os alunos bolsistas do PET realizam atividades coletivas (sob a responsabilidade direta do
tutor) e atividades individuais (sob orientao de um professor orientador de projetos de
pesquisa e extenso). O tutor promove e coordena reunies para acompanhamento e avaliao
das atividades dos bolsistas, alm de serem realizadas discusses temticas, visitas,
participaes em eventos e outras atividades. Todas as atividades so descritas em relatrios
pelos bolsistas.
A implantao de um grupo PET no Departamento de Construo Civil do IFCE deve ser
adotada como uma meta proposta neste projeto, com a finalidade de atender alunos com
potencial para o desenvolvimento multidisciplinar e interdisciplinar, atravs de atividades de
ensino, de pesquisa e de extenso.
Os trabalhos de extenso, como fonte de identificao de problemas, podem contribuir para
a concepo de projetos de pesquisa inseridos no contexto social, suscitar temas para projetos
de final de curso, bem como trazer inovaes no ensino de graduao e ps-graduao.
23
A comunidade do IFCE entende a importncia da integrao entre o ensino, a pesquisa e a
extenso na formao de profissionais de qualidade e no poupar esforos no sentido de
adotar posturas que favoream esta integrao.
3 ESTRUTURA E ORGANIZAO CURRICULAR
A proposta deste projeto entende que cinco anos o perodo adequado para que o
aluno possa integralizar seu currculo, amadurecer e ter contato com a prtica profissional na sua
formao de Engenheiro Civil. Portanto, pela nossa matriz curricular, o aluno concluir sua
graduao em 10 semestres (5 anos), com carga horria de 4440 horas. O perodo mximo
permitido para integralizao curricular ser fixado em 15 semestres (7,5 anos), perodo aps o
qual o aluno ser desligado da Instituio. A forma de ingresso dos alunos no curso ocorrer
atravs de seleo semestral, de acordo com as normas do IFCE. Deste modo, todas as
disciplinas obrigatrias sero ofertadas semestralmente. O estgio obrigatrio ser de 400 horas
de atividades comprovadas e o Trabalho de Concluso de Curso ou a publicao de artigo
cientfico em peridico cientfico qualis A ou B so requisitos para concluso do curso.
A organizao curricular do Curso de Engenharia Civil, do ponto de vista pedaggico, est
assim estruturada:
a) Base Cientfica
b) Base Humanstica e Multidisciplinar
c) Construo de edifcios e estruturas
d) Saneamento e recursos hdricos
e) Geotecnia, estradas e infraestrutura de transportes
f) Estgio
A Base Cientfica ser composta pelas seguintes disciplinas: lgebra Linear
Clculo I
Clculo II
Clculo III
Fsica I
Fsica II
Fsica III
24
Qumica Aplicada
Geometria Analtica
Matemtica Aplicada
Mtodos Numricos
Estatstica
Algoritmo e Programao
Desenho Tcnico I
Desenho Tcnico II
Desenho Assistido por Computador
Geologia Aplicada a Engenharia Civil
A Base Humanstica e Multidisciplinar ser composta pelas seguintes disciplinas: Fundamentos de Engenharia Civil
Trabalho de Concluso de Curso
Economia Aplicada Engenharia
Legislao Aplicada a Engenharia Civil
Introduo a Administrao
Higiene e Segurana do Trabalho
A base de Estruturas ser composta pelas seguintes disciplinas: Mecnica Geral I
Mecnica Geral II
Resistncia dos Materiais I
Resistncia dos Materiais II
Anlise Estrutural I
Anlise Estrutural II
Concreto I
Concreto II
Estruturas de Madeira e Ao
25
A de Construo Civil ser composta pelas seguintes disciplinas: Materiais de Construo I
Materiais de Construo II
Projeto e Construo de Edifcios I
Projeto e Construo de Edifcios II
Instalaes Eltricas
A base Transportes ser composta pelas seguintes disciplinas: Topografia
Geotecnia I
Geotecnia II
Infraestrutura de Transportes I
Infraestrutura de Transportes II
Pavimentao e Drenagem
Planejamento e Operaes de Transportes
A base Saneamento e Recursos Hdricos ser composta pelas seguintes disciplinas: Mecnica dos Fluidos
Hidrulica
Hidrologia
Saneamento I
Saneamento II
Anlise e Gesto Ambiental
Resduos Slidos
Instalaes Hidrosanitrias
A unidade curricular Estgio ser composta pela seguinte disciplina: Estgio supervisionado
O curso ainda reserva o ltimo semestre para aprofundamento de uma das trs grandes
reas que possuem maior apelo no mercado de trabalho, intensificando os conceitos referentes.
Assim possuem nfase de formao a ser cursada no ultimo semestre (10) as reas:
26
Saneamento e Recursos Hdricos
Geotecnia e Infraestrutura de Transportes
Edificaes e Estruturas
Ressalta-se que o IFCE possui historicamente larga experincia no ensino profissional nas reas supra citadas, fundamentada nos cursos superiores de tecnologia de Estradas e Saneamento Ambiental e no tcnico de Edificaes.
3.1 Matriz curricularSemestre 1
Cdigo Disciplina Crditos Horas Pr-requisitos
01 Fsica I 4 80 -
02 Qumica Aplicada 4 80 -
03 Clculo I 4 80 -
04 Algoritmos e Programao de Computadores 3 60 -
05 Desenho Tcnico I 3 60 -
06 Fundamentos de Engenharia Civil 2 40 -
TOTAL 400
Semestre 2Cdigo Disciplina Crditos Horas Pr-requisitos
07 Fsica II 4 80 01
08 Clculo II 4 80 03
09 lgebra Linear 4 80 -
10 Estatstica 3 60 -
11 Desenho Tcnico II 3 60 05
12 Geometria Analtica 3 60 -
TOTAL 420
Semestre 3Cdigo Disciplina Crditos Horas Pr-requisitos
13 Fsica III 4 80 07
27
14 Mecnica Geral I 4 80 01, 03
15 Clculo III 4 80 08
16 Materiais de Construo I 4 80 -
17 Desenho Assistido por Computador 4 80 -
TOTAL 400
Semestre 4Cdigo Disciplina Crditos Horas Pr-requisitos
18 HST 3 60 -
19 Mtodos Numricos 3 60 08
20 Matemtica Aplicada 3 60 15
21 Mecnica Geral II 4 80 14
22 Geologia Aplicada Engenharia Civil 3 60 -
23 Materiais de Construo II 4 80 16
TOTAL 400
Semestre 5Cdigo Disciplina Crditos Horas Pr-requisitos
24 Topografia 4 80 03
25 Resistncia dos Materiais I 4 80 21
26 Mecnica dos Fluidos 4 80 07, 14
27 Projeto e Construo de Edifcios I 4 80 -
28 Geotecnia I 4 80 -
TOTAL 400
Semestre 6Cdigo Disciplina Crditos Horas Pr-requisitos
28
29 Economia Aplicada Engenharia Civil 2 40 -
30 Legislao Aplicada Engenharia Civil 2 40 -
31 Resistncia dos Materiais II 4 80 25
32 Hidrulica 4 80 26
33 Infraestrutura de Transportes I 4 80 28
34 Projeto e Construo de Edifcios II 4 80 27
TOTAL 400
Semestre 7Cdigo Disciplina Crditos Horas
SemestraisPr-requisitos
35 Introduo Administrao 2 40 -
36 Anlise Estrutural I 4 80 31
37 Estruturas de Concreto I 4 80 31
38 Hidrologia 4 80 -
39 Infraestrutura de Transportes II 3 60 33
40 Geotecnia II 3 60 28
TOTAL 400
Semestre 8Cdigo Disciplina Crditos Horas Pr-requisitos
41 Anlise Estrutural II 4 80 36
42 Estruturas de Concreto II 4 80 37
43 Saneamento I 4 80 -
44 Pavimentao e Drenagem 4 80 -
29
45 Instalaes Eltricas 3 60 13
TOTAL 380
Semestre 9Cdigo Disciplina Crditos Horas Pr-requisitos
46 Estrutura de Madeira e Ao 3 60 31
47 Anlise e Gesto Ambiental 3 60 -
48 Resduos Slidos 3 60 -
49 Saneamento II 4 80 43
50Planejamento e Operaes de Transportes
4 80 39
51 Instalaes Hidro-Sanitrias 3 60 -
TOTAL 400
Semestre 10Cdigo Disciplina Crditos Horas Pr-requisitos
52 Trabalho de Concluso de Curso 2 40 -
53 Projeto Social 2 40 -
98 Libras (opcional) 2 40
99 Disciplinas de nfase 18 360
TOTAL 400
30
SEMESTRE 10 (NFASES)
Grupo 1 –Saneamento e
Recursos Hdricos
DISCIPLINA Crditos HorasPr-
requisitosDrenagem Urbana 3 60Hidrogeologia 3 60Reuso de gua 2 40Barragens 3 60Gesto e Manejo de Bacias 3 60Instalaes de Recalque 3 60Projetos de ETA e de ETE 2 40
Grupo 2 –Geotecnia e
Infraestrutura de Transportes
DISCIPLINA Crditos Horas Pr-requisitosAeroportos 2 40Fundaes e Contenes 3 60Restaurao e Manuteno de Rodovias 3 60Ferrovias 3 60Infraestrutura Porturia 2 40Ligantes e Misturas Asflticas 3 60Pavimentos de Concreto 3 60
Grupo 3 –Edificaes e
Estruturas
DISCIPLINA Crditos HorasPr-
requisitosEstruturas de Concreto Protendido 3 60Pontes 3 60Estrutura de Fundaes 2 40Dinmica das Estruturas 3 60
31
Patologia das Construes 3 60Automao Predial 3 60Concretos Especiais 2 40
3.2 Fluxograma do Curso
323.3 Distribuio da Carga Horria
33
A tabela a seguir apresenta a distribuio da carga horria de disciplinas, segundo a proposta do projeto para o curso de Graduao em Engenharia Civil.
Distribuio de Carga Horria
Disciplinas Obrigatrias (1. ao 9. Semestre) 3680
Disciplinas de nfase Obrigatria (10. Semestre) 360
Total Obrigatrias 4040
Estgio Supervisionado 400
Total mnimo para obteno do grau 4440
3.4 Estgio SupervisionadoA realizao de estgios fundamental para a integrao do aluno com a prtica
profissional. Desenvolvidos nas modalidades tempo parcial ou tempo integral, os estgios devem
ser supervisionados no local onde ofertado, podendo ser realizados em perodos de frias ou
durante os dias letivos, desde que no prejudiquem o desempenho do aluno nas disciplinas em
que est matriculado.
O estgio supervisionado deve ser realizado quando o aluno tiver a base terica capaz de
permitir um aproveitamento satisfatrio. O estgio supervisionado uma disciplina constituda de
atividades de carter eminentemente pedaggico, desenvolvidas no campo de Engenharia Civil.
Seu objetivo proporcionar ao aluno contato com a prtica profissional, permitindo o exerccio
de tcnicas e de procedimentos da Engenharia Civil. O estgio supervisionado s poder ser
realizado quando o aluno j tiver cursado, pelo menos, 1900 horas, a fim de garantir a
maturidade necessria para o seu bom aproveitamento.
O estgio supervisionado poder ser realizado em empresas de engenharia, escritrios de
projetos e consultoria, construtoras, empresas comerciais de pequeno e grande porte, desde que
ofeream ambiente para a prtica profissional da Engenharia Civil.
Os estgios devem constituir oportunidade de aproximao do Instituto Federal com a
empresa, podendo resultar em parcerias, acordos de cooperao, convnios, consultorias e
outras formas de parceria. O estgio supervisionado poder ainda ser realizado em Institutos de
Pesquisa pblicos ou privados.
34
O Art. 3 da Lei N 11.788, de 25 de setembro de 2008, estabelece:
Art. 3 O estgio, tanto na hiptese do 1 do art. 2 desta Lei quanto na prevista
no 2o do mesmo dispositivo, no cria vnculo empregatcio de qualquer natureza,
observados os seguintes requisitos:
I – matrcula e freqncia regular do educando em curso de educao superior, de
educao profissional, de ensino mdio, da educao especial e nos anos finais do
ensino fundamental, na modalidade profissional da educao de jovens e adultos e atestados pela instituio de ensino;
II – celebrao de termo de compromisso entre o educando, a parte concedente do
estgio e a instituio de ensino;
III – compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estgio e aquelas
previstas no termo de compromisso.
A referida Lei no art.14,determina que: “Aplica-se ao estagirio a legislao relacionada
sade e segurana no trabalho, sendo sua implementao de responsabilidade da parte
concedente do estgio.” O estgio no cria vnculo empregatcio de qualquer natureza e o
estagirio poder receber bolsa, ou outra forma de contraprestao que venha a ser acordada,
ressalvado o que dispuser a legislao previdenciria, devendo o estudante, em qualquer
hiptese, estar segurado contra acidentes pessoais.”.
As atividades de estgio supervisionado sero desenvolvidas em entidades que tenham
condies de proporcionar experincia prtica no exerccio da Engenharia Civil. As atividades no
local do estgio devero totalizar no mnimo 400 horas-aula, devendo ser acompanhadas por um
supervisor vinculado entidade concedente e que tenha formao superior em rea tecnolgica.
O estgio curricular ser orientado por professor da unidade, atravs de atividades
correspondentes a uma carga horria didtica semanal de 15 horas-aula. O professor orientador
do estgio supervisionado poder orientar seus alunos individualmente, ou em grupo, atravs da
realizao de reunies peridicas.
O incio do estgio supervisionado deve ser precedido pela designao de um professor
orientador no IFCE e pela elaborao de um plano de estgio, cujo acompanhamento ser
efetuado pelo orientador atravs de relatrios parciais, contatos com o supervisor de estgio na
empresa, correio eletrnico, telefone, correspondncia e, caso necessrio, visitas ao local do
estgio.
35
Ao final do estgio, o aluno dever elaborar um relatrio final de estgio supervisionado,
onde so detalhadas as atividades desenvolvidas. Este relatrio ser apresentado seguindo as
normas brasileiras referentes elaborao de monografias e de relatrios tcnicos. A avaliao
do relatrio final de estgio supervisionado ser realizada pelo orientador de estgio, que emitir
seu parecer e nota e por um segundo professor relator, que tambm emitir seu parecer e nota.
O estgio supervisionado poder ser realizado durante o perodo de frias, ou ter incio
durante o andamento do perodo letivo. Nestes casos, a matrcula na disciplina Estgio
Supervisionado deve ser feita no semestre imediatamente posterior ao incio do estgio, para
efeito de registros da disciplina.
A realizao do estgio nas frias no dispensa a designao prvia de um professor
orientador, a elaborao do plano de estgio, a assinatura do termo de compromisso e a
contratao de um seguro de acidentes pessoais em favor do estagirio.
As atividades de estgio do curso de engenharia em Civil do IFCE devero ser geridas pelo
rgo do IFCE responsvel pelo estgio (CIEE – Coordenao de Integrao Escola Estgio), a
qual atua harmonicamente com a Coordenao do Curso e a Diretoria da Unidade. Caber
ainda Coordenao de estgios verificar se as entidades concedentes de estgios renem as
condies necessrias para proporcionar a experincia prtica em Engenharia Civil.
A Coordenao de Estgios e o corpo docente do Departamento de Construo Civil devem
incentivar e participar das atividades de estgio, em suas diversas modalidades, em empresas e
organizaes diversas. papel do corpo docente discutir e avaliar continuamente a poltica de
estgios do curso de Engenharia Civil, promovendo aperfeioamentos necessrios sua
execuo, acompanhando e avaliando a sua operao.
3.5 Trabalho de Concluso de Curso – TCC
O Trabalho de Concluso de Curso - TCC, com um total de 40 horas, ser oferecido como
disciplina, com horrio previamente planejado na matriz curricular do curso.
O TCC trata da elaborao de um trabalho cientfico escrito mediante um projeto de
pesquisa anteriormente elaborado na disciplina Metodologia do Trabalho Cientfico. Propiciar ao
futuro profissional a oportunidade de apropriar-se dos elementos terico-prticos vivenciados ao
longo do curso. O nmero de alunos a ser orientado por um professor-orientador ser de, no
mximo, cinco. Caso seja necessria a presena de um co-orientador, poder ser convidado um
profissional de outra instituio.
36
Para a apresentao do Trabalho de Concluso de Curso ser criada uma banca de
avaliao composta de pelo menos trs membros sendo que o professor orientador presidir os
trabalhos. Todo o processo de avaliao e os prazos para correo devero seguir as normas
vigentes do Departamento de Construo Civil conforme constantes do manual para avaliao
de Trabalhos de Concluso de Curso vigente.
A aprovao de artigo em peridico cientfico qualis A ou B dispensar o aluno da
apresentao do TCC, desde que seja o primeiro autor.
3.6 Avaliao do Projeto de Curso
A comunidade envolvida na execuo do projeto poltico-pedaggico do curso de graduao
em engenharia civil, apoiada pela coordenao do curso, dever adotar iniciativas e aes
avaliativas de forma organizada e sistemtica, destacando-se as seguintes:
Reunio semestral entre professores das disciplinas do curso.
Apresentao pelos professores dos planos de ensino das disciplinas aos alunos e
coordenao do curso, no inicio de cada perodo letivo.
Avaliao global do trabalho docente, feita pelo discente ao final do perodo letivo.
Implementao de um banco de dados, de forma a obter dados estatsticos e
indicadores relativos evaso, aprovao, reteno, nmero de formandos, dados
de avaliao discente e correlao entre dados.
Avaliao anual da execuo do projeto poltico-pedaggico, a partir da sua
implantao.
A Avaliao Institucional ser utilizada como subsdio para o alcance da
qualidade/excelncia e integrada a partir das seguintes dimenses: (1) recursos
financeiros, materiais (espao fsico e materiais) e de pessoal qualificado,
especialmente dos docentes; (2) processos e procedimentos que envolvem
situaes ligadas ao ensino e a integrao didtica com outras reas do Instituto, e,
por fim, (3) os produtos do processo educativo que se referem formao discente
e aos servios prestados pelo IFCE.
3.7 Avaliao da Aprendizagem
O sistema de avaliao da aprendizagem predominante no curso de Engenharia Civil a
aplicao de provas individuais, escritas, presenciais e sem consulta, como exerccios escolares
37
de verificao. Alguns docentes adotam tambm testes e sries de exerccios como estratgia
de motivao ao estudo continuado e de verificao parcial da aprendizagem, relativas a etapas
do contedo ministrado.
Outros docentes, principalmente nas disciplinas finais do curso, utilizam a elaborao de
monografias, a apresentao de seminrios, a apresentao de artigos tcnicos ou cientficos,
estudos dirigidos, a elaborao de projetos e a apresentao de relatrios tcnicos, como forma
de avaliao.
Este projeto poltico-pedaggico entende que a avaliao deve ser elaborada com o objetivo
de identificar no aluno as competncias, as habilidades e as atitudes que definem o perfil
desejado para o profissional de Engenharia Civil.
Prope-se que a verificao de aprendizagem deve ser realizada de forma que no mnimo
15% (quinze por cento) da nota nas disciplinas do curso seja determinada atravs de elaborao
de monografias, participao em seminrios, apresentao oral de artigos tcnicos ou cientficos,
estudos dirigidos, elaborao de projetos, apresentao de relatrios tcnicos, proposio de
problemas desafio ou outra forma que no sejam provas ou exerccios individuais, escritos,
presenciais e sem consulta. desejvel que este tipo de avaliao motive o aluno para utilizar a
metodologia cientifica normatizada para expressar conhecimentos na forma escrita, grfica e
oral.
O projeto poltico-pedaggico do curso de engenharia civil requer que os planos de ensino
das disciplinas sejam apresentados pelos professores, aos alunos e coordenao do curso, no
incio de cada perodo letivo, a fim de que sua execuo possa ser acompanhada.
Entre os processos de avaliao atualmente realizados pode-se citar a iniciativa da
Coordenao Tcnico Pedaggica (CTP) do IFCE que aplica questionrios de avaliao do
trabalho docente pelos alunos. Esta medida deve ser apoiada institucionalmente e generalizada,
como mecanismo de aprimoramento da atividade de ensino. Iniciativas como esta denotam
compromisso e preocupao com o curso e devem ser incentivadas e apoiadas pela instituio.
O entendimento da comunidade do IFCE de que um processo de avaliao deve
procurar avaliar o ensino, bem como a aprendizagem, uma vez que estes dois processos nunca
esto dissociados.Tanto a aprendizagem quanto o ensino devem estar em constante processo
de avaliao, permitindo a identificao de problemas, a anlise da formao dos alunos e o
aprimoramento contnuo do ensino por parte dos docentes e dos dirigentes do IFCE.
No processo avaliativo o foco das atenes deve estar baseado nos princpios cientficos
e na compreenso da estrutura do conhecimento que o aluno tenha desenvolvido. Para todos os
38
efeitos a avaliao da aprendizagem dever seguir as diretrizes constantes no Regulamento da
Organizao Didtica vigente.
Cabe ainda administrao superior do IFCE viabilizar iniciativas e mecanismos
pedaggicos e estruturais que contribuam para o aprimoramento do ensino de engenharia civil; e
ao Departemento de Construo Civil cabe buscar, propor e executar tais iniciativas e
mecanismos, como forma de acompanhamento da qualidade do ensino, bem como da eficincia
dos currculos propostos.
3.8 Programa das Unidades Didticas - PUD
Os programas das unidades didticas propostas para o curso de graduao em Engenharia Civil listadas no ANEXO 1.
3.9 Diploma
Ao aluno que concluir, com xito, todas as disciplinas da matriz curricular, cumprir as
horas estabelecidas para o estgio supervisionado obrigatrio, com aproveitamento, e
apresentar o Trabalho de Concluso de Curso, com resultado satisfatrio, ser conferido o Diploma de Bacharel em Engenharia Civil.
4 CORPO DOCENTE
Atualmente o Departamento de Construo Civil possui 36 professores. Destes, 10
possuem o ttulo de Doutor, 13 o ttulo de Mestre e 08 possuem ttulo de Especialistas, conforme
quadro abaixo:
PROFESSOR TITULAO REGIMEABELARDO ONOFRE GUERRA JNIOR SUPERIOR DEADEILDO CABRAL DA SILVA DOUTORADO DEALDENOR PEREIRA PONTES MESTRADO DEANTONIO EDVAR ANDRADE FILHO MESTRADO 20ARNALDO PINHEIRO SILVA MESTRADO DECLUDIO TURENE ALMEIDA DORNELLES DOUTORADO DEDAMIO LOPES DE SOUSA ESPECIALIZAO 40DAVI TEIXEIRA PINHEIRO SUPERIOR 40EDUARDO BOSCO MATTOS CATTONY DOUTORADO DEENSON DE LIMA PORTELA MESTRADO DE
39
EULLIO JOS DO LAGO COSTA ESPECIALIZAO DEFLVIO JOAQUIM SALES DE CASTRO E SILVA ESPECIALIZAO DEFRANCISCO ALDENOR BESSA QUEIROZ SUPERIOR 20FRANCISCO ATUALPA SOARES MESTRADO DEFRANCISCO DAS CHAGAS SOARES SUPERIOR DEFRANCISCO ERIVAN MARTINS PARENTE ESPECIALIZAO DEFRANCISCO MAURCIO DE S BARRETO DOUTORADO DEFRANCISCO NILSON ARAJO MESTRADO DEFRANCISCO REGIS RIBEIRO FLIX ESPECIALIZAO DEFRANCISCO WAGNER DE OLIVEIRA LOPES MESTRADO DEFREDERICO TAVARES DE S MESTRADO DEHLIO HENRIQUE HOLANDA DE SOUZA MESTRADO 20JOS EDILSON PINTO ESPECIALIZAO DE
JOS EMDIO FERREIRA CABRAL SUPERIOR DEJOS RAMALHO TORRES MESTRADO 20JOS SRGIO DOS SANTOS DOUTORADO DEMAGNLIA BARBOSA DO NASCIMENTO DOUTORADO DEMARCELO LIMA MACEDO ESPECIALIZAO DEMARCELO ANTONIO FURTADO PINTO MESTRADO 40MARCOS FBIO PORTO DE AGUIAR DOUTORADO 40MARIANO DA FRANCA ALENCAR NETO DOUTORADO DENJILA REJANNE ALENCAR JULIO CABRAL DOUTORADO DEPAULO CSAR CUNHA LIMA MESTRADO DETSSIO FRANCISCO LOFTI MATOS DOUTORADO DETERESA RAQUEL LIMA FARIAS MESTRADO DEVIRGLIO AUGUSTO SALES ARARIPE ESPECIALIZAO DE
A poltica do IFCE de incentivar seu corpo docente na realizao de ps-graduao
strictu senso, principalmente doutorado, bem como incentivar a realizao de ps-doutorado e a
participao em seminrios, encontros, conferncias e congressos tcnicos e cientficos. A
gesto de recursos humanos do IFCE envolve no apenas a qualificao de pessoal, mas busca
tambm estabelecer critrios de contratao que privilegie a captao de docentes com o ttulo
de Doutor.
5 CORPO TCNICO-ADMINISTRATIVO
PESSOAL ADMINISTRATIVO FUNO REGIMEGLAUCENILDA ENOE DE LIMA E SILVA GONDIM ADMINISTRAO 40HJOO SABIA DE SOUZA LABORATORISTA 40H
40
ANA CLUDIA UCHA ARAJO PEDAGOGA 40H
6 INFRAESTRUTURA
A infraestrutura instalada compatvel com as necessidades pedaggicas do Curso de
Engenharia Civil proposto, necessitando, porm, de investimentos para ampliao e atualizao
de equipamentos, sobretudo nos Laboratrios de Topografia, Cartografia, Mecnica dos Solos e
Geologia, assim como nas Salas Didticas Especficas de Tecnologia das Construes e
Desenho e Projeto de Arquitetura.
Alm da insfrestrutura do DCC, o Curso de Engenharia Civil poder se utilizar da
infraestutura de outros Departamentos, do Campus de Fortaleza, para as atividades prticas no
campo da Fsica e Qumica.
O Departamento da Construo Civil (DCC) possui a seguinte infraestrutura de laboratrios
e salas didticas especficas, instaladas:
Laboratrios:
o Laboratrio de Hidrulica;
o Laboratrio de Topografia;
o Laboratrio de Cartografia;
o Laboratrio de Mecnica dos Solos, Geologia e Pavimentao1;
o Laboratrio de Materiais de Construo Civil, Sistemas Construitivos e Patologia
das Construes2;
o Laboratrio de Saneamento;
o Laboratrio de Hidrulica Computacional
o Laboratrio de Informtica aplicada engenharia I;
1�Este laboratrio tem infraestrutura para atendimento das atividades referentes aos ensaios de
Mecnica dos Solos, necessitando reestruturao para as atividades de Geologia e Pavimentao.
2�Este laboratrio tem infraestrutura para atendimento das atividades referentes aos ensaios de
Materiais de Construo, necessitando reestruturao para as atividades de Sistemas Construtivos e Patologia das Construes.
41
o Laboratrio de Informtica aplicada engenharia II;
o Laboratrio de Energias Renovveis e Conforto Ambiental;
Estao Climatologica;
o Laboratrio de Monitoramento Hidrogeologico (a implantar).
Salas Didticas Especficas:
o Sala de Tecnologia das Construes e Instales Prediais;
o Sala de Desenho e Projeto de Arquitetura;
o Sala Multimdia;
o Sala de apoio a informtica aplicada a engenharia (a implantar).
42
ANEXO 1: EMENTAS DAS DISCIPLINAS
As ementas das disciplinas propostas para o curso de graduao em Engenharia Civil esto relacionadas a seguir, em ordem cronolgica.
FSICA IEmenta: Medidas e sistemas de unidades; movimento em uma, duas e trs dimenses; leis de Newton; trabalho e energia; conservao de energia; sistemas de partculas e conservao de momento; colises; cinemtica e dinmica das rotaes.Bibliografia Bsica: (1) Paul A.Tipler, Fsica, v.1, 4 ed., Livros Tcnicos e Cientficos Editora. (2) Halliday, Resnick, Walker, Fundamentos de Fsica, v.1, 7 ed., Livros Tcnicos e Cientficos Editora.Bibliografia Complementar: (3) Young, Freedman, Fsica I – Mecnica 10a ed., Editora Person. (4) Moiss Nussenzweig, Curso de Fsica Bsica: v.1, 4 ed., Edgard Blcher Editora. (5) Alonso, Finn, Fsica Um Curso Universitrio, v.1, Edgard Blcher Editora. (6) Feynman, Lectures on Physics, v.1, Addison Wesley.
QUMICA APLICADAEmenta: estrutura atmica: modelo quntico do tomo, nmeros qunticos, distribuio eletrnica tabela peridica: a periodicidade nas configuraes eletrnicas, estudo dos grupos eperodos, classificao e propriedades dos elementos metlicos e no-metlicos, a periodicidade nas propriedades atmicas: raio atmico, energia de ionizao, afinidade eletrnica, eletronegatividade, reatividade. Ligao qumica: introduo, regra do octeto, tipos de ligao,ligao inica,montagem de frmulas eletrnicas,propriedades dos compostos inicos,ligao covalente, hibridizaes de orbitais ,montagem das frmulas eletrnicas e estruturais, a polaridade nas ligaes e nas molculas, forcas intermoleculares,propriedade dos compostos covalentes, ligao metlica. Reaes inorgnicas: classificao das reaes, reaes em soluo aquosa: precipitao, cido-base, desprendimento de gases. Clculos qumicos: unidade unificada de massa, mol, massa molar, clculo de formulas. Clculo estequiomtrico: reagente limitante, grau de pureza e rendimento. Solues: conceito e classificao; natureza e terminologia das solues, unidades de concentrao, solubilidade e fatores que afetam a solubilidade. Estados da matria: gases: lei dos gases, postulados bsicos da teoria cintica, gases reais, lquidos: propriedades; presso de vapor; viscosidade; tenso superficial; ponto de ebulio; slidos: propriedades; classificao; estrutura dos slidos; tipos de cristais. Mudanas de estado; diagrama de fases. Tpicos em materiais: eletroqumica / conceitos de nmero de oxidao, processos de oxidao e reduo. Pilhas. Eletrlise. Corroso metlica. Materiais (polmeros, vidros, cristais lquidos, condutores, semicondutores, cimento, etc.) Noes bsicas de laboratrio normas de segurana e equipamento bsico de laboratrio, medidas em laboratrio, estudo das reaes qumicas, rendimento de uma reao de precipitao, preparao de solues, titulao cido e base.Bibliografia: J.E. Kotz, P.J. Treichel, QUMICA E REAES QUMICAS, LCT Livros Tcnicos e Cientficos Editora S.A. Trad. da 3a Ed. 1999, Vol I e II. P. ATKINS e L. JONES – Princpios de Qumica, Trad. da 3a ed. Inglesa, Bookman Editora, 2002.
CLCULO I
43
Ementa: Idias fundamentais, Integral Definida, Derivada, Nmeros Reais, Limites e Continuidade, Teoremas sobre Continuidade, Teorema do Valor Mdio, Teorema Fundamental do Clculo, Funes Inversas, Sries.Bibliografia: R. COURANT, Differential and Integral Calculus, APOSTOL, T. M., Calculus. SPIVAK, M., Calculus. ANTON, H., Clculo: Um novo horizonte, Vol. 1. STEWART, J. Cclulo Vo. 1.
ALGORTMOS E PROGRAMAO DE COMPUTADORESEmenta: Cdigo de Computao. Algoritmos e fluxogramas. Estudo completo de linguagem C++. Aplicaes: Noes elementares de sistemas. Simulaes e otimizao.Bibliografia: GERSTING, Judith L.; MARTINS/FILHO, Manoel. Fundamentos matematicos para a cincia da computao. Rio de Janeiro: Livros Tcnicos e Cientficos. KOLMAN, Bernard. Introduo a lgebra linear com aplicaes. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 554p. PEREIRA, Silvio do Lago. Estruturas de dados fundamentais: conceitos e aplicaes. So Paulo: Erica, 238p.
DESENHOR TCNICO IEmenta: Introduo representao e expresso grfica. Desenvolvimento do raciocnio espacial. Compreenso e domnio de: sistema de projees; mtodo de Monge; vistas principais, parciais e auxiliares; cortes; planificao; perspectivas; cotas; normas; convenes e padronizao. Aplicaes.Bibliografia: FONSCA, Ana Anglica Sampaio et all. Geometria descritiva: Noes bsicas. Salvador: Quarteto. FONSCA, Ana Anglica Sampaio et all. Superfcies .Salvador: Quarteto. PRNCIPE JR., Alfredo dos Reis. Noes de geometria descritiva. v.1 e 2. So Paulo: Nobel. MACHADO, Ardevam. Geometria descritiva. So Paulo: Projeto. MONTENEGRO, Gildo A. A Perspectiva dos profissionais. So Paulo: Edgard Blcher. CARVALHO, Benjamim de A. Desenho Geomtrico. Editora Ao Livro Tcnico S.A. Rio de Janeiro.
FUNDAMENTOS DE ENGENHARIA CIVILEmenta: Engenharia, Cincia e Tecnologia. Engenharia, Sociedade e Meio Ambiente. Origem e evoluo da Engenharia. Atribuies do Engenheiro, Campo de Atuao Profissional E os cursos de engenharia no IFCE. Natureza do conhecimento cientfico. O mtodo cientfico. A pesquisa: noes gerais. Como proceder a investigao. Como transmitir os conhecimentos adquiridos. A importncia da comunicao tcnica (oral e escrita). O computador na engenharia. Otimizao. A tomada de decises. O conceito de projeto de engenharia. Estudos Preliminares. Viabilidade. Projeto bsico. Projeto executivo. Execuo. Qualidade, prazos e custos.Bibliografia Bsica: Publifolha, Engenheiro - Srie Profisses. 2006. ISBN 8574026476Bibliografia Complementar: CONFEA. Resoluo n 1.010, de 22 de agosto de 2005.
FSICA IIEmenta: Estudo da cinemtica e dinmica da rotao de corpos rgidos. Oscilaes e ondas mecnicas (som). Noes sobre temperatura, calor, princpios da termodinmica e teoria cintica dos gases.Bibliografia : EISBERG, R. M. e LERNER, L. S. - Fsica: Fundamentos e Aplicaes. Vol.1, 2; Editora MacGraw-Hill do Brasil, So Paulo, 1983. HALLIDAY, D. e RESNICK, R. - Fsica. Vol.1, 2; Livros Tcnicos e Cientficos Editora, Rio de Janeiro, 1984.
CLCULO II
44
Ementa: Curvas em R3, Funes de Muitas Variveis, Gradiente, Superfcies Parametrizadas, Derivada como Aproximao Linear, Derivada de Ordem Superior, Funes Implcitas, Multiplicadores de Lagrange, Funes de Varivel Complexa, Exponencial Complexa.Bibliografia : R. COURANT, Differential and Integral Calculus - Vol. 2. APOSTOL, T. M., Calculus- Vol. 2. ANTON, H., Clculo: Um novo horizonte, Vol. 2. STEWART, J. Cclulo Vol. 2.
LGEBRA LINEAREmenta: Espaos vetoriais, transformaes lineares, diagonalizao de operadores, espao com produto interno. lgebra matricial; Espaos de funes; Fatorizao de matrizes; Programao de matrizes; Programao linear; Aplicaes em Engenharia.Bibliografia: SERGE LANG, Algebra Linear, Editora Edgard Blucher Ltda, Editora da Universidade de Braslia, 1971. REGINALDO J. SANTOS, Matrizes, Vetores e Geometria Analitica, Imprensa Universitria da UFMG-2004. PAULO BOULOS E IVAN DE CAMARGO E OLIVEIRA, Geometria analitica: um tratamento vetorial, 2a ed., McGraw-Hill, Sao Paulo, 1987. CARLOS A. CALLIOLI, HYGINO H. DOMINGUES E ROBERTO C.F. COSTA, lgebra Linear e aplicacoes, Editora Atual, S ao Paulo, 7a edio reform., 2000.
ESTATSTICAEmenta: Conceitos fundamentais. Distribuio de freqncia. Tabelas e grficos. Medidas de posio. Medidas de disperso. Introduo probabilidade. Variveis e unidimensionais. Esperana matemtica. Distribuio discreta. Distribuio contnua. Noes elementares de amostragem. Estimativa estatstica. Deciso estatstica. Regresso e correlao.Bibliografia: BUSSAB, W.O., MORETTIN, P. A. Estatstica Bsica. 4 ed., Atual Editora, So Paulo. CLARKE, A.B.; DISNEY,R.L. Probabilidade e Processos Estocsticos, Rio de Janeiro, Livros Tcnicos e Cientficos. MEYER,P. Probabilidade - Aplicaes Estatstica, LTC. TRIOLA, M.F. Introduo estatstica. 7 ed., Rio de Janeiro, Livros Tcnicos e Cientficos Editora, 410p.
DESENHOR TCNICO IIEmenta: Instrumentao na leitura. Interpretao e execuo de desenhos de tcnico. Normas e convenes usuais. O desenho como linguagem. Dimenses de papis (normas tcnicas). Plantas baixas, cortes, vistas, detalhes, perspectivas.Bibliografia: MONTENEGRO, Gildo. Desenho Arquitetnico, Ed. Edgard Blucher Ltda. OMURA, George. Dominando o AutoCad, Livros Tcnicos e Cientficos, Rio de Janeiro.
GEOMETRIA ANALTICA
Ementa: Matrizes, vetores, retas e planos, cnicas e qudricas.
Bibliografia: STEINBRUCH, Alfredo e Winterle, Paulo - Geometria Analtica. STEINBRUCH, Alfredo e Winterle, Paulo - lgebra Linear. BOULOS, Paulo - Geometria Analtica. LEITE, Olmpio R. - Geometria Analtica Espacial
FSICA III
45
Ementa: Carga eltrica. O campo eltrico. A lei de Gauss. O potencial eltrico e o armazenamento de energia eltrica. Corrente eltrica contnua e circuitos. Magnetosttica e a lei do mpere. Lei da Induo de Faraday. Indutncia.
Bibliografia: HALLIDAY, David e Resnick, R.: Fsica - Vol. 3 - Livros Tcnicos e Cientficos Editora. TIPLER, Paul A .: Fsica - Vol. 2a - Editora Guanabara Dois.
MEC NICA GERAL I
Ementa: Sistemas de foras. Esttica dos corpos rgidos. Caractersticas geomtricas de seo transversal. Aes e solicitaes nas estruturas isostticas.. Cinemtica e dinmica do ponto e do corpo rgido.
Bibliografia: SUSSEKIND, J.C. - Curso de Anlise Estrutural - Vol I. Editora Globo OLIVEIRA e GORFIN, Estruturas Isostticas. Ed. Livros Tcnicos e Cientficos. BEER, Mecnica Vetorial para Engenheiros - Esttica. Ed. McGraw Hill. HIBBELLER, R.C ; Mecnica – Esttica/Dinmica
CLCULO IIIEmenta: Integral Definida, Integrais Interadas, Mudanas de Variveis, Integrais de Superfcie, Fluco, Integral de Linha, O teoremo de Kelvin, Teorema da Divergncia, Aplicaes a Fsica, Equaes Derivadas Parciais. Bibliografia: R. COURANT, Differential and Integral Calculus - Vol. 2. APOSTOL, T. M., Calculus- Vol. 2. ANTON, H., Clculo: Um novo horizonte, Vol. 2. STEWART, J. Clculo Vol. 2.
MATERIAIS DE CONSTRUO IEmenta: Introduo ao Estudo dos Materiais de Construo. Aglomerantes: conceitos, gesso, materiais betuminosos. Materiais cermicos. Pedras de construo. Vidros. Plsticos. Adesivos. Tintas e Vernizes. Ao.Bibliografia: VEROSA, Enio Jos. Materiais de Construo Civil. PETRUCCI, E.G. R. Materiais de Construo. BAUER, Falco. Materiais de Construo. ALVES, Jos Dafico. Materiais de Construo.
DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOREmenta: A interface do usurio; Iniciando, organizando e salvando um desenho; Controlando as visualizaes do desenho; Escolhendo um processo de trabalho antes de iniciar; Criando e modificando os objetos; Hachuras, observaes, tabelas e cotas. Conceito e uso de Layers. Desenhor referenciado. Desenho em 2 e dimenses.Bibliografia: OMURA, G. Aprendendo AutoCAD 2009 e AutoCAD LT 2009. 1 ed. Alta Books. 2008. OLIVEIRA, A. de. AutoCAD 2007: Modelagem 3D e Renderizao em Alto Nvel. So Paulo: rica, 2006. LIMA, C. C. Estudo Dirigido de AutoCAD 2009. So Paulo: rica, 2008.
MTODOS NUMRICOSEmenta: 1. Zeros de Funes. 2 Sistemas Lineares. 3. Resoluo numrica de equaes transcendentes. Interpolao. 4. O mtodo dos mnimos quadrados. Integrao numrica. 5. Sistemas operacionais de micro computadores. 6. Noes bsicas de programao estruturada e orientada a objetos. 7. Sintaxe de uma linguagem de programao para aplicaes em
46
Engenharia. 8. Tipos bsicos de estrutura de dados. 9. Prtica de programao de computadores em aplicaes tpicas para a Mecnica de Preciso. 10. Softwares e aplicativos auxiliares. 11. Linguagens de Programao.
Bibliografia: GILAT, AMOS SUBRAMANIAM V. Mtodos numricos para Engenheiros e Cientistas, Bookman. 2008. CUDIO, D.M.;MARINS, J.M. Clculo Numrico Computacional, Ed. Atlas. RUGGIERO, M.A.G.;LOPES, V.L. Clculo Numrico, Aspectos Tericos e Computacionais, McGraw Hill.
MEC NICA GERAL II
Ementa: Vigas. Prticos Planos. Trelias Planas. Arcos. Cabos. Estruturas Espaciais.
Linhas de Influncia.
Bibliografia: SUSSEKIND, J.C. - Curso de Anlise Estrutural - Vol I, II e III. Editora Globo OLIVEIRA e GORFIN, Estruturas Isostticas. Ed. Livros Tcnicos e Cientficos. BEER, Mecnica Vetorial para Engenheiros - Esttica. Ed. McGraw Hill. HIBBELLER, R.C ; Mecnica –Esttica/Dinmica
MATEMTICA APLICADAEmenta: Sequncias Infinitas, Sries Infinitas, Sries de Potncias, Solues por Sries de Equaes Diferenciais Ordinrias Lineares, Transformada de Laplace, Sries de Fourier, Equaes Diferenciais Parciais Clssicas.Bibliografia: BUTKOV, Fsica Matemtica. ZILL, D Equaes Diferenciais. DI PRIMA, B. Equaes Diferencias com Aplicaes em Problemas de Contorno.
GEOLOGIA APLICADA ¡ ENGENHARIA CIVILEmenta: Introduo. Histrico da Geologia Aplicada. A Terra: origem e evoluo geolgica, estrutura interna, composio qumica. Minerais. Rochas. Intemperismo e Solos. Geologia Aplicada: mtodos de investigao do subsolo. gua subterrnea. Aplicao das rochas e solos em obras de engenharia.Bibliografia: OLIVEIRA, A.M.S ; BRITO, S.N.A. Geologia de engenharia. So Paulo. ABGE, 1998. QUEIROZ, R.C. Geologia e geotecnia bsica para engenharia civil. Editora RiMa, 2009. TEIXEIRA, W et al (Organizadores). Decifrando a Terra. So Paulo. Oficina de Textos. 2001;
HIGIENE E SEGURANA DO TRABALHOEmenta: Conceitos. Problemas devido presso, temperatura, ventilao, umidade. Metabolismo basal. Poluio atmosfrica. Aparelhos de medio. Noes de doenas profissionais. Legislao trabalhista. Segurana industrial. Interesse da segurana. Ordem e limpeza. Segurana de andaimes e obras. Perigos da corrente eltrica e das exploses. Incndios.
47
Bibliografia bsica: Manuais de legislao atlas segurana e medicina do trabalho. So Paulo: 48 edio. So Paulo: atlas, 2000. CAMPOS A.A.M., Segurana do trabalho com mquinas e equipamentos so paulo: centro de educao em sade - senac:1998HERZEr, Lauro Stoll. Manual de CIPA. Porto Alegre: Evangraf, 2002 .Bibliografia Complementar: MORAES, Giovanni. Normas Regulamentadoras Comentadas. Rio de Janeiro: Giovanni Moraes, 2002
MATERIAIS DE CONTRUO II
Ementa: Cimento. Cal. Agregados. gua de amassamentos. Tecnologia de argamassas econcretos.
Bibliografia: VEROSA, Enio Jos. Materiais de Construo Civil. PETRUCCI, E.G. R. Materiais de Construo. BAUER, Falco. Materiais de Construo. ALVES, Jos Dafico. Materiais de Construo. MEHTA, P. Kumar; MONTEIRO, Paulo J. M. Concreto: estrutura, propriedades e materiais. TCHNE. Revista de Tecnologia da Construo. Editora Pini;
TOPOGRAFIA
Ementa: Generalidades. Distancias e ngulos. Levantamentos e locaes (planimetria e altimetria). Processos de nivelamento. Topologia e representao. Erros e compensao. Fotogrametria e fotointerpretao. Posicionamento por satlite.
Bibliografia: ABNT. NBR 13.133: execuo de levantamento topogrfico. Rio de Janeiro. BORGES, Alberto de Campos. Topografia aplicada engenharia. Vol 1 e 2. Ed. Edgard Bluched Ltda. So Paulo. BORGES, Alberto de Campos. Exerccios de Topografia. Ed. Edgard Bluched Ltda. So Paulo. COMASTRI.Jos Anibal. Topografia, planimetria. Editora da UFV. Viosa. DUARTE, Paulo Arajo. Cartografia bsica. Editora da UFSC. Florianpolis. ESPARTEL, Llis. Curso de Topografoia. Editora e Livraria Luana Ltda. MARCHETTI. Delmar A.B; GARCIA, Gilberto J. Princpios de fotogrametria e fotointerpretao. Nobel. So Paulo. PINTO, Luiz Eduardo Krushewsky. Curso de Topografia. Centro Editorial e Didtico da UFBA. Salvador.
RESISTNCIA DOS MATERIAIS I
Ementa:Tenses, Deformaes. Anlise de tenses e deformaes. Tenses e deformaes devido a solicitaes simples: trao, compresso, cisalhamento, flexo e toro.
Bibliografia Bsica: BEER, Ferdinand P. Resistncia dos materiais. Ed. McGraw Hill. Rio de Janeiro. DI BLASI, D L. Resistencia dos materiais. L