Set2012 Apostila Te Def

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    TECNOLOGIA DE ESTAMPAGEM 2

    Dobra e Repuxo Professores:

    Ivar Benazzi Junior Elpidio Gilson Caversan

    DM 0206007-01

    Reviso: Setembro 2012

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    TECNOLOGIA DE ESTAMPAGEM - DEFORMAO NDICE

    3- OPERAES DE DEFORMAO

    3.1- Dobra ................................................................................................................... pg 03 A - Clculo da fora de dobramento ................................................................pg 03 B - Raio mnimo de dobra ............................................................................ pg 05

    D - Clculo do comprimento desenvolvido ................................................... pg 05E - Dobras de perfil em U .............................................................................pg 07 - Fora de dobramento s/ planificao de fundo....................................... pg 08

    - Fora de dobramento c/ planificao de fundo....................................... pg 08 - Fora de dobramento c/ utilizao de sujeitadores ........................ pg 08 F Dobra em L (Apoio nico)............................................................................pg 10

    G - Retorno elstico ............................................................................................pg 13H - Estampos de enrolar .............................................................................pg 16

    3.2 - Repuxo ...................................................................................................... ............ pg 16 A - Clculo do dimetro do blanque ............................................................... pg 16- Mtodo das igualdades entre as reas..................................................... pg 17- Mtodo do baricentro do permetro ...................................................pg 18

    B Repuxo em vrios estgios ..............................................................................pg 193.3 - Etapas do Repuxo ................................................................................................ pg 25

    A - Anlise do produto ......................................................................................... pg 25B Dimetro do disco ......................................................................................... pg 25C Nmero de estgios ....................................................................................... pg 27D Fora de Repuxo .......................................................................................... pg 27E Sujeitadores .................................................................................................. pg 28F Extratores ....................................................................................................... pg 28

    G Folga entre punes e matrizes .................................................................... pg 28H Componentes do primeiro repuxo ............................................................... pg 29I Componentes dos demais estgios de repuxo ................................................. pg 29J Guias Flutuantes ............................................................................................ pg 29K Escolha da Prensa fora total .................................................................... pg 29

    12 BIBLIOGRAFIA.................................................................................................... pg 30

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    3 OPERAES DE DEFORMAO3.1 Dobra

    Para operaes de dobra em V no recomendada a utilizao de prensas excntricas, pois afora final de dobramento se torna incontrolvel e muito perigosa para a mquina. A operao de dobra em V pode ser considerada em dois estgios: O primeiro corresponde ao

    dobramento de uma viga sobre dois apoios devido a flexo e o segundo corresponde a fora decompresso suportada pela matriz e que garante a eficincia da dobra.

    A - Clculo da fora de dobramento.

    Onde: P= fora de dobramento. la= abertura da matriz. lb= comprimento da dobra. e= espessura da chapa. d = tenso de dobra. = mdulo de resistncia.

    sendo:

    Substituindo temos:

    d= M

    M= P . la 4

    = Jy = lb . e / 12 = lb . e y e / 2 6

    d = P . la . 6 4 . lb . e

    P= 2 . lb . e .d 3 la

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    Devido a dificuldade de se obter o valor correto de d, costuma-se trabalhar com r (tenso deruptura).

    Nota: Segundo Schuler e Cincinati; d = 2 .r, isto , a tenso de dobra o dobro da tensode ruptura trao, porm para dobras a 90 com la / e 10 no se aplica esta definio.

    I - Caso Se a ferramenta como a figura do caso 2 (compresso), a fora de dobra dada por:

    P = 2 . lb . e . 2 .r r = tenso de ruptura (kgf/mm) 3 la e = espessura da chapa (mm) la = abertura da matriz (mm) lb = comprimento da dobra(mm)

    I Exemplo Qual a fora necessria para dobrar em ngulo reto uma tira de 1m de comprimento, espessura

    de 3mm , r= 40 kgf/mm e a abertura ''V'' = 50mm.

    Dados: lb = 1000mm la = 50mm

    r= 40 kgf/mm

    d= 2 . r = 2 . 40 = 80 kgf/mm

    Resoluo:

    P = 2 . lb . e . 2 .r =

    3 la

    P = 2 . 1000 . 3 . 2 .40= 9600 kgf 3 50

    Abertura da matriz da dobra

    A fora necessria para efetuar dobras em ngulos retos, em presas depende de:

    a- espessura e natureza do materialb-raio de curvatura e largura do V de apoio.

    A fora de dobra inversamente proporcional aoraio de curvatura e a largura de abertura do V.

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    Em geral:

    l= 15 a 20e

    B - Raio mnimo na dobra.

    A observao do raio mnimo na dobra interna fundamental para a operao de dobramento.De acordo com a caracterstica e espessura do material, deve ser escolhido o raio para o puno epara a matriz. Na falta de valores especficos (DIN 9635), podemos usar os seguintes valores:

    D - Clculo do comprimento desenvolvido.

    A camada de material que na dobra no sofre deformaes de recalque ou de estiramento chamada de Linha Neutra (L.N.).

    No dobramento, devido aos materiais se deformarem mais a trao do que a compresso, aLinha Neutra em geral no coincide com o centro (de gravidade geomtrica) da seco da pea.

    Material Raio

    Ao r = (1 a 3)eCobre r = (0,8 a 1,2)e

    Lato r = (1 a 1,8)eZinco r = (1 a 2)eAlumnio r = (0,8 a 1)eLigas de Alumnio r = (0,9 a 3) e

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    Em geral quando a relao r/e for maior que 4 a L.N. coincide com a linha dos centros degravidade da seco.

    Valores de K (Funo da Relaor/e)

    r/e 0,5 0,65 1 1,5 2,4 4

    K 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1

    EXERCCIOS:

    1 Calcule o comprimento total desenvolvido (Lt), da pea abaixo:

    L = a + b + (r + e x K) 2 180

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    2- Conforme figura abaixo calcule:

    Dados: (r = 30kgf/mm)

    a)Abertura da matriz;.

    b) Comprimento desenvolvido;

    c)Fora de dobramento;

    e)Distncia entre apoios.

    E - Dobras de Perfil em U

    Nas dobras de perfil em U as foras necessrias esto de acordo com a construo da ferramenta.Em primeiro plano temos como influncia a folga ente o puno e a matriz, e em segundo plano aforma das entradas da matriz nos pontos de apoio do material. A folga deve ser escolhida, suficientemente grande de forma que no haja estiramento domaterial, e sim apenas as dobras nos raios internos. Raios internos das dobras (tanto na pea como na matriz), devem ser no mnimo igual a

    espessura do material. Nas dobras de perfis em U sem pisadores tornam-se os fundos abaulados,que em parte necessitam de grandes foras para a sua planificao.As foras para planificar o fundo no fim do dobramento podem alcanar valores de at duas vezese meia a fora de dobramento normal.

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    Fora de dobramento sem planificao de fundo

    Onde: lb = Comprimento da dobra.(mm) d = Tenso de dobra ???

    Fora de dobramento com planificao de fundo

    Onde: lb = Comprimento da dobra.(mm)

    d = Tenso de dobra

    Fora de dobramento com utilizao de pisadores ou sujeitadores

    P = 1,2 . lb . e .d 1,2 . lb .e . d . u u

    2,5

    P= 2 . lb . e .d 3 u

    u 2 . e

    Fora do pisador ou sujeitador= 25% da fora paradobramento.

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    EXERCCIO:

    1 -Calcular a fora necessria para dobrar em ' u', 1 m de chapa de ao com r = 40kgf/mm eespessura e= 3mm+/-0,1; em ferramentas de dobrar tipo matriz e puno.

    a) Calcular sem planificao de fundo.

    b) Calcular com planificao no fundo.

    c) Calcular com prensa-chapa

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    Tenso de Dobrad= 2e = Espessura da chapar = Tenso de ruptura a trao.

    F- Dobra em L

    I- Caso

    Se a ferramenta como a figura abaixo

    Fd = 1 . d . e .b 6

    A pea a ser dobrada se considera como uma viga engastada com balano l=e.

    Exemplo:

    Para dobrar uma cantoneira de ao comr = 40Kgf/mm, 1m de comprimento e 3mm deespessura, necessria a fora de:

    Fd = 1 . d . e .b == 1 . 2 . 40 . 3 . 1000 = 1000 =40.000Kg 6 6

    Fora de dobra para de ao com r = 40Kgf/mm

    d= 2r 80 Kgf/mm

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    Fd =d be = 80 be = 13,33be 6 6

    Exemplo

    Para dobrar uma tira de ao com r= 40Kgf/mmB=50mm, e = 4,5mm preciso uma fora Fd = 3000 Kg.

    II- Caso

    Para dobras bilaterais o clculo anlogo ao caso I isto :

    Fd =2 . 1 . d . e .b 6

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    Nota :a- Se o extrator for acionado por molas e fora de dobra dever ser aumentada da fora

    de deformao elstica das molas do extrator, que em geral da ordem de 0,1 Fd.b- Nas ferramentas de dobra as bordas da matriz devero ser arredondadas para

    permitir o livre escorregamento da chapa. Este particular proporciona um melhorproduto com menor esforo.

    Para e = 6mm a = 4,5 e

    Segundo Kaczmareck o valor da fora de dobra :

    Fd = 1 . d . e . b , em que 3 a

    d = 18 r para r = 30 35 Kgf/mm

    20 r para r = 32 52 Kgf/mm

    DEVEM SER EVITADAS DOBRAS EM V OU EM U em prensas excntricas, pois uma

    regulagem deficiente provocaria a ruptura da prensa.

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    Exemplo 1

    Calcular a fora necessria para dobrar em U, 1m de chapa de ao com r = 40 kg/mm eespessura e = 3mm, em ferramenta com extrator de mola.

    a- Fora de dobra

    Fd = 2 ( 1 . d . e . b ) = 2 ( 1 . 40 . 3 . 1000) = 80000 Kg 6 6

    b- Fora do extrator

    Fex = 0,1 F = 0,1 . 80000 = 8000 Kg

    c- Fora total

    Ft =Fd Fex = 80000 8000 = 88000Kg

    G Retorno elstico (springback)

    Devido elasticidade do material,depois da operao de dobra, a pea obtida tende

    readquirir a forma primitiva, isto , tende a reendireitar. Isto acontece por causa da deformaoelstica remanescente que precede a deformao plstica permanente.Na execuo das ferramentas, poder ser levado em conta este fenmeno, dando ngulos de

    dobra mais fechados do que os da pea, de maneira que, depois do retorno elsticos ngulos ficaroos desejados. No existe clculo para determinar a diminuio dos raios e dos ngulos; feito portentativa, por meio de provas e experincias.

    Apenas para orientao, podemos considerar que, para compensar o efeito do retornoelstico e se obter o produto com curvatura r' e a dobra seja feita com ngulo , necessrio que opuno apresente um raio r e a dobra seja feita com ngulo :

    r = k(r+0,5e) 0,5e

    = k

    O retorno elstico depende do material e da relao r/e . maior nos materiais mais duros .

    Valores de k

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    Exemplo:Determinar o raio do puno e o ngulo de dobra para a pea em figura.Material : ao inox. 18 18.Pelo diagrama sendo r = 5 = 2,5 .. k =0,85

    e 2

    r =k(r+0.5e) 0.5e = 0.85(5+0.5 x 2) 0.5 x 2 = 4,1 mm = k= 0.85 x 90 = 76,5 = 76 30

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    Observaes:

    Na dobra de perfis em U,os punes so executados com fundo levemente cncavo, paracompensar a ao elstica do material que tende a abrir o ngulo da dobra.

    Devido a impossibilidade de previses exatas dos punes e matrizes das ferramentas dedobra sero temperados somente depois de acertados os ngulos e os raios de curvatura. O acerto feito por tentativas, isto , estampando algumas peas com a ferramenta ainda no temperada eretificada.

    Nas ferramentas em V, a ao elstica do material vencida, quebrando o nervo domaterial com uma pancada a fundo na zona de deformao do material. O puno ser rebaixadoconforme o desenho.

    Nas ferramentas em V, alm do artifcio citado, podemos recorrer diminuio de ou de r.

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    H -Estampos de Enrolar

    A operao de enrolar pode ser efetuada por vrios mtodos.

    Enrolar no puno Enrolar na matriz Nos dois casos acima a pea deve ter uma pr-dobra para iniciar o desenvolvimento.

    3.2 - Repuxo

    Na operao de repuxo obtem-se peas ocas partindo-se de placas ou chapas planas. Durante a operao de repuxo o material sofre esforos de compresso (nas bordas da matriz) eesforos de estiramento.

    Na operao de repuxo praticamente a espessura da pea se mantm igual a do Blanque.

    A -Clculo do Dimetro do BLANQUE

    Peas com formas de corpos de revoluo, o blanque pode ser calculado de duas formas: peloprocesso de igualdade das reas ou pelo mtodo do baricentro do permetro.

    Exemplo: Calcular o dimetro do blanque para a pea da pgina abaixo:

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    Processo pela igualdade das reas.

    Ou seja

    Sblanque= Scrculo+ Scilindro

    . D = .d1. h1+ . d1 4 4

    .D = 4. d1. h1+ . d1 4 4

    D = 4d1. h1+ d1 D = 4d1. h1+ d1 D = 4 . 100 . 50 + 100

    D = 30000 D = 173,205mm

    ou ainda:

    S = . d1. h1+ . d1 S = .100 . 50 + .100 4 4

    S = 15707,96 + 7853,98

    S = 23561,94 como S = xD 4 ento temos:

    . D = 23561,94 .D = 4 . 23561,94 4

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    D = 4 . 23561,94 D = 30000

    D = 30000 = 173,205mm

    - Mtodo do Baricentro do Permetro (Processo Analtico) Calculo pelo centro de gravidade das figuras:

    . D = 2. R1. L1+ 2. R2.L2 4 . D = 4 . 2(R1. L1 + R2.L2)

    D = 8 (Ri . Li)

    D = 8 (Ri . Li) D = 8 (50 . 50 + 25 . 50)

    D = 30000 D = 173,205mm

    Este processo o mais utilizado pois pode utilizar a frmula D = 8 (Ri . Li), para qualquer

    que seja o repuxo que quisermos determinar o dimetro do blanque.

    A sequncia do calculo :

    1- Dividir o repuxo em figuras regulares como cilindros, discos, anis, etc.2- Determinar o C.G de cada figura e a distncia destes at o centro da pea (Ri)3- Determinar o comprimento desenvolvido de cada parte na seo mostrada (Li)4- Aplicar a frmula: R = 2. R . m x li

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    B -Repuxo em vrios estgios

    Peas com grandes profundidades de repuxo devem ser repuxados em vrias operaes:O nmero das operaes depende da profundidade de repuxo e das caractersticas de

    estampabilidade do material da chapa.Coeficiente de repuxo- O coeficiente de repuxo fornece a menor relao entre o dimetro dopuno e o dimetro do blanque (ainda pea intermediria) em funo do material da chapa.

    m d1 ( m= coeficiente para 1 operao) D

    m1 dn ( m1 = coeficiente para demais operaes) dn 1

    Material m m1

    Ao para repuxo 0,60 0,65 0,80

    Ao para repuxo profundo 0,55 0,60 0,75 0,80

    Ao para carroceria 0,52 0,58 0,75 0,80

    Ao Inoxidvel 0,50 0,55 0,80 0,85

    Cobre 0,55 0,60 0,85

    Lato 0,50 0,55 0,75 0,80

    Alumnio Mole 0,53 0,60 0,8

    Duralumnio 0,55 0,60 0,9

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    Exemplo 1: Determinar o dimetro do disco e o nmero de operaes necessrias para obtermosum recipiente cilndrico de chapa de ao inoxidvel com as dimenses da figura.

    Obs: Deixar 3% de sobremetal do blanque para usinagem posterior da altura, arredondar para onmero inteiro mais prximo.Pela tabela temos: m = 0,55 m1= 0,85

    Dimetro do blanque.

    D = 4d1 . h1+ d D = 4 . 72 . 56 + 70

    D = 21028 D = 145,01

    Da = 1,03 . 145,01 Da = 149,36 Da 149mm

    Nmero de operaes: d1= Da . m d2= d1. m1 d1= 149,055 d2= 81,95 . 0,85 d1= 81,95mm d2= 69,65 = 70mm

    h1 = Da dm1 h2= Da - dm2 4 .dm1 4 . dm2

    h1= 149 83,95 h2= 149 - 72 4 . 83,95 4.72

    h1= 15153,39 h2= 17017 335,8 288

    h1= 45126mm h2= 59,086mm

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    Exerccio 1:Determinar o nmero de operaes de repuxo e as respectivas profundidades para estampagem dapea abaixo: Calcular o dimetro do blanque pela igualdade das reas:

    Material Lato0,5m

    0,8m1

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    Exerccio 2:Calcular o dimetro do blanque para a pea abaixo: Material ao para repuxo profundo

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    Exerccio 3:

    - Determinar o blanque. (dois processos)- Calcular o nmero de operaes e como so feitas.Obs: Deixar 5% de sobremetal no blanque para usinagem posterior da altura.(arredondar % para o

    n inteiro mais prximo para mais ou para menos)

    Material Lato0,5m

    0,8m1

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    Exerccio 4:

    - Determinar o dimetro do blanque.-Determinar o nmero e como sero as operaes.

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    3.3 Etapas do Repuxo

    1- Anlise do Produto

    2- Desenvolvimento do Blanque

    3- Nmero de Estgios necessrios

    4- Fora de Repuxo

    5- Sujeitadores

    6- Extratores

    7- Punes e Matrizes / Folga

    8- Componentes do Primeiro Repuxo9- Componentes dos demais Repuxos / Localizadores

    10- Guias Flutuantes

    A - ANLISE DO PRODUTO

    Analisar o desenho do Produto com relao :- Raios: Dimenses, proporo com a espessura, posio geomtrica.- Tolerncias: Definem a preciso necessria s ferramentas

    - Geometria: Permite uma previso do processo interno da ferramenta e definio donmero de estgios necessrios.

    B DIMETRO DO DISCO

    Uma das maneiras mais precisas de se calcular o dimetro do Disco de Blanque, para peas derepuxo cilindrico, o mtodo do volume. Temos abaixo algumas formulas mais usuais para oclculo manual:

    Figura 1

    D=d1+4.d.[h+0,57(R+r)]

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    Figura 2

    Figura 3

    V1= .h.(D-d)/4 ou V1= .h.(R-r)

    Figura 4

    V2 = ((*D)/4) * e ou V2= * R * e

    Vt = V1+ V2+Vn

    D = [(4*Vt)/( *e)]

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    Atualmente uma maneira bastante precisa de obter-se o volume modelarmos a pea em CAD3D, como Pro-E, SolidWorks, Inventor, etc. Devemos porm tomarmos um cuidado especialcom relao aos raios externos da pea, pois sabemos de antemo que existe uma deformaonesta regio em funo da trao nas fibras do material no momento do repuxo. A proporoexata desta deformao s poder ser obtida atravs de testes prticos, pois em um mesmo

    material podem ocorrer diferenas em funo de variaes do processo do repuxo e defabricao do material. Um acrscimo de cerca de 20% na medida do raio externo pode seradotado para minimizar este efeito.

    C NMERO DE ESTGIOS

    Dependendo da anlise da geometria da pea, ou seja, da proporo entre a altura repuxada e odimetro, veremos que no possvel se obter a pea pronta em uma nica operao de repuxo,portanto temos que verificar quantos estgios de repuxo ser necessrio para fabricarmos a peasem comprometermos as propriedades mecnicas do seu material. A reduo de dimetro comconseqente aumento na altura deve seguir o seguinte sistema:

    Obs.: A partir do segundo repuxo h necessidade de furos de sada de ar nos punes, paraevitar deformaes.

    D FORA NECESSRIA PARA O REPUXO

    O repuxo realizado na regio plstica do diagrama Tenso-Deformao do material.Usaremos a seguinte frmula:

    Fr = K* *d*e*t*1,25

    onde:Fr = Fora de Repuxod = Dimetro do Punoe = Espessura do materialt = Tenso de trao para repuxo1,25 = Fator de correoK = Obtido atravs da relao entre d e D (onde D = Dimetro do Disco de Blanque)

    d/D 0,55 0,575 0,6 0,625 0,65 0,675 0,7 0,725 0,75 0,775 0,8K 1,0 0,93 0,86 0,79 0,72 0,66 0,6 0,55 0,5 0,45 0,4

    Obs.: Para peas no cilndricas substituir *d pelo permetro da pea.

    d1 = 0,6*D h1 = 0,266*Dd2 = 0,48*D h2 = 0,401*Dd3 = 0,384*D h3 = 0,555*Dd4 = 0,307*D h4 = 0,737*Dd5 = 0,245*D h5 = 0,959*Dd6 = 0,196*D h6 = 1,225*D

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    E - SUJEITADORES

    O sujeitador utilizado principalmente no primeiro estgio do repuxo, para manter uma pressoespecfica sobre o blanque, evitando assim o enrugamento da chapa do blanque a ser repuxadodurante a operao. O enrugamento ocorrer se a presso de sujeio no for suficiente para

    manter a chapa apoiada na matriz. Por outro lado se a presso for excessiva ocorrer oestiramento do material, pois a chapa ter dificuldade para Escorregar para dentro da matriz.Evidentemente a superfcie do sujeitador que entra em contato com a chapa dever serdevidamente polida e o material tratado termicamente para este fim.Clculo da fora de sujeio:

    P = F / A => Fsj = P . A

    Onde: Fsj = Fora de sujeioP = Presso especfica = 0,1 a 0,2 Kgf/mmA = rea de contato entre o sujeitador e o blanque.

    Obs.: Para ferramentas de baixa preciso ou aplicao grosseira usa-se de maneira genrica:

    Fsj = 0,3 . Fr onde: Fr = Fora de repuxo

    F EXTRATORES

    Os extratores tm a funo de retirar o produto de dentro das matrizes e/ou dos punes.Genericamente usa-se:

    Fex = 0,1 . F onde: F = Fora da operao (corte, repuxo, etc.)

    G FOLGA ENTRE PUNES E MATRIZES

    A folga necessria entre puno e matriz para repuxo deve levar em conta a espessura da chapaa ser repuxada, mas tem uma pequena variao para chapas finas, at aproximadamente 1,5mme as de maior espessura:

    p/ chapas finas: Fpm = ep/ chapas grossas Fpm = e + t + 20% tol mx.

    onde: Fpm = Folga entre puno e matrize = Espessura da chapa a ser repuxadat = Tolerncia da espessura da chapa20% tol mx. = 20% da tolerncia mxima da chapa

    Exemplo:Para uma chapa com espessura de 5mm com tol. 0,2:

    Fpm = 5 + 0,2 + 0,04 = 5,24mm

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    H COMPONENTES DO PRIMEIRO REPUXO

    Lista de componentes essenciais para o primeiro repuxo. Em ferramentas progressivas podemser necessrios outros componentes adicionais.- Puno

    - Matriz- Localizador (para o blanque)- Sujeitador- Extrator Inferior (Matriz)- Extrator Superior (Puno)- Porta Puno- Porta Matriz- Base superior e inferior e colunas, buchas de guia, etc., se ferramenta individual

    I COMPONENTES DOS DEMAIS ESTGIOS DE REPUXO

    A lista muito semelhante anterior, com pequenas diferenas citadas abaixo:- O localizador para o blanque e o sujeitador sero substitudos por um Posicionador, que

    ter a funo de penetrar na pea j repuxada na operao anterior para posicion-la compreciso em relao matriz. Uma deficincia neste posicionamento pode ocasionar um repuxodescentralizado em relao ao anterior causando imediatamente uma variao na altura e naespessura da pea, devido ao escoamento irregular do material para dentro da matriz.Este item ser estudado posteriormente em detalhes, pois alm desta funo, tambm tem afinalidade de extrair a pea do puno aps o repuxo.

    J GUIAS FLUTUANTES

    As guias flutuantes so um recurso muito usado em ferramentas progressivas que envolvemrepuxo, pois se a fita no for elevada aps a operao de repuxo, no h como transport-lapara o prximo estgio.Em todos os itens aqui estudados estamos considerando um sistema convencional de repuxo,em prensas excntricas. Existem mquinas especiais, do tipo Transfer, por exemplo, que sodesenvolvidas especialmente para repuxar pea e trabalha em alguns casos com RepuxoInvertido, ou seja, as matrizes esto na parte superior do estampo e os punes na parteinferior. Nestas mquinas o transporte das peas para o prximo estgio so feitos por umsistema de transporte exclusivo; da o nome Transfer.

    K - Escolha da Prensa Fora Total

    Como fator de segurana recomenda-se acrescentar 20% Fora total da operao, para escolhada mquina necessria, que dada por:

    Ft = (Fr +Fsj +Fex)*1,2 onde:

    Ft = Fora total da operao (ou do estgio)Fr = Fora para RepuxoFsj = Fora para SujeioFex = Fora de Extrao1,2 = Fator de segurana

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    A fora de repuxo pode oscilar devido a variaes no sistema de lubrificao das chapas,polimento dos punes e matrizes, variaes de dureza e propriedades mecnicas da chapa aolongo da bobina, Temperatura da mquina, etc.Os mtodos mais comuns de lubrificao de fitas para repuxo so:

    - leos minerais ou vegetais- Graxas

    - SaboTambm comum em produes seriadas a aplicao de uma camada de fosfato na face da fitaque entrar em contato com a matriz. Esta camada associada lubrificao reduz bastante oatrito, facilitando o repuxo.Os repuxos realizados com deficincia de lubrificao alem de causar um acrscimo da foranecessria para a operao, acarreta tambm um fenmeno chamado Estiramento, que areduo da espessura da chapa, de maneira irregular. Este estiramento deforma o materialaumentando a altura da pea ou reduzindo a quantidade de material que deveria escoar paradentro da matriz, comprometendo desta forma a geometria final do produto. Alm disso, causauma fragilidade estrutural no material, podendo causar trincas e at, em casos mais drsticos, aruptura do fundo da pea, pois o estiramento normalmente se torna mais acentuado na regio

    dos raios.

    12 - Bibliografia

    Estampo de Corte BRITO, OSMAR DE

    Projetista de Mquinas PRO-TEC PROVENZA, FRANCESCO

    Estampos I PRO-TEC - PROVENZA, FRANCESCO

    Estampos II PRO-TEC PROVENZA, FRANCESCO

    Manual do ferramenteiro KONINCK, J. DE. GUTTER, D

    Prof. Eng. Msc. Ivar Benazzi Jr.Prof. Elpidio Gilson Caversan