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SÃO PAULO, 28 DE MARÇO DE 2013
Verde que…
A Prefeitura quer montar um portal para mapear os parques de SP. E monitorar, em tempo real, a situação de cada um deles. Para isso, estuda fechar parceria com a USP.
…te quero verde
“A ideia é atrair mais pessoas para esses locais, principalmente durante a semana”, explica Ricardo Teixeira, secretário municipal do Verde e do Meio Ambiente.
Manejo integrado reduz emissões de carbono em 40%
São Paulo - A substituição da pastagem convencional por sistemas integrados de produção - que agrupam lavoura, pecuária e florestas em uma mesma extensão de terra - seria suficiente para que a agricultura cumpra seu papel na meta de redução de gases de efeito estufa no País até 2020.
Como parte do Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC), foram coletadas amostras de solos em quatro regiões brasileiras para comparar o potencial de sequestro de carbono (quantidade que deixaria de ser emitida) com base em diferentes tipos de manejo. No Sudeste, a variação de gás carbônico que deixaria de ser emitido para a atmosfera chega a 40%.
O estudo Mitigando Emissões de Gases na Agricultura: Bases para o Monitoramento do Programa ABC foi feito pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em parceria com a Unicamp. Também foram analisadas as Regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. O objetivo foi quantificar os estoques de carbono em áreas que adotaram sistemas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Agroflorestais (SAF). "O potencial de retenção de carbono no solo varia, dependendo do bioma. É maior no Sul que no Nordeste, por exemplo, por conta das variações de clima e temperatura", diz Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária.
No Sul, áreas de pastagem convencional retêm 20% a menos do que as que adotaram o sistema ILPF. No Centro-Oeste, essa variação foi de 6%, índice semelhante ao verificado no Nordeste. O período mais adequado entre uma medição e outra, segundo o estudo, é de cinco anos. "O principal entrave para a adoção de outros tipos de manejo é o sistema de crédito, que hoje privilegia e financia a monocultura", explica Assad. "Os juros para o Plano ABC são maiores e afugentam os pequenos produtores." Até dezembro, a Embrapa espera concluir o estudo em solos da região amazônica.
Passeios no interior de SP unem bicicleta, jipe, canoa e balsa
Em Nazaré Paulista, a 64 km da capital, pousadas oferecem trilhas de jipe aos
grupos de cliclistas
Em Natividade da Serra, cidade a 195 km de São Paulo, é possível visitar sete
cachoeiras e praticar canoagem
ENVIADA ESPECIAL A PARATY
O caderno "Turismo" pediu para que alguns ciclistas que organizam grupos de
bikers em São Paulo listassem lugares próximos da capital bons para pedalar
durante os finais de semana.
A estrada Cunha-Paraty, feita pela Folha, está na lista. "É ideal para passar
uma noite fora e aproveitar o outro dia no centro histórico [de Paraty] ou
passeando de barco", diz Beta Nogueira, que ajuda o fundador do Bike'n Beer,
Carlos Naggar, a organizar os passeios dos grupos.
Outro destino top para suar em um fim de semana é Nazaré Paulista. Como a
cidade é próxima a São Paulo (a 64 quilômetros), é possível fazer essa viagem
no esquema bate e volta.
Há várias opções de trilha, todas ao redor da represa Atibainha. A mais fácil é
de cerca de 20 quilômetros. Já a que circunda toda a represa, de terra e
asfalto, tem 60 quilômetros e é recomendada para quem já pedala bastante.
Pertencente ao Circuito das Águas Paulista, Nazaré tem belas paisagens. Após
o pedal, ciclistas costumam fazer piqueniques ao redor da represa e passear
de barco.
A pousada Fazendinha (hotelpousadafazendinha.com.br) oferece dois tipos de
passeio, com saídas aos sábados e aos domingos, às 11h e às 15h. Há um
que dura 40 minutos e custa R$ 15 por pessoa e outro de uma hora e meia que
sai por R$ 25.
Segundo Rosa Maria Ramos, diretora de Turismo da cidade, as pousadas
oferecem, além de passeios na represa, trilhas de jipe.
Antes de ir embora, pegue o carro e aproveite para almoçar na cidade, que fica
em cima da montanha. Uma opção é o restaurante do Candinho (0/xx/11/4597-
1292), no centro da cidade. Saindo dali, vá até a igreja Nossa Senhora de
Nazaré. Erguida no século 17, possui imagens de santos vindas de Portugal.
'CICLOCANOAGEM'
Natividade da Serra, também em São Paulo (a 195 km da capital), é outro
ciclodestino. Após o pedal em volta da represa de Paraibuna, dá para praticar
canoagem no rio de mesmo nome.
A agência Cicloescalada faz esse tipo de passeio. Chamado "ciclocanoagem",
dura um final de semana, e os participantes devem levar a bicicleta em seus
carros.
"Uma das propostas do cicloturismo é a superação pessoal", diz Murilo
Rodrigues, sócio da agência. "O cicloturista se propõe a fazer algo que não
faria sozinho, como pedalar em trilha ou remar em uma represa."
Também é possível atravessar a represa de balsa ou ir a uma das sete
cachoeiras -a da Vaca, no bairro Vargem Grande, é a mais recomendada.
(LUISA ALCANTARA E SILVA)
Política de resíduo sólido se ressente da falta de
incentivo
Depois de mais de dois anos da aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, fabricantes e comerciantes ainda encontram dificuldade em articular acordos setoriais de cooperação e se ressentem da falta de incentivos para recolher e reciclar.
"A ideia da política é muito boa, mas os incentivos fiscais ficaram de fora dela. A indústria foi onerada com a medida e o custo do descarte está embutido no preço do produto", diz Nelson Pereira dos Reis, da Fiesp (federação paulista das indústrias).
Como incentivo, poderia ser estabelecido um crédito presumido na aquisição do resíduo que fosse possível abater no imposto de saída do produto, afirma Reis.
"Sem benefício fiscal, as empresas estão com o ônus de todo o processo de reciclagem. As prefeituras precisam implantar as coletas seletivas para facilitar a compra de resíduos", acrescenta.
"Há um crescimento do engajamento das empresas. Todos queremos reciclar 100%, mas há desafios de custo e não há como superar isso se não houver trabalho cooperativo. Como em um clube, deve haver um compartilhamento de benefícios e custos", diz Kami Saidi, da HP Brasil.
"A legislação precisa ser aprimorada", afirma. A movimentação de resíduos ainda encontra burocracia e atravessar alguns Estados para reciclar no Sudeste chega a ser uma tarefa muito difícil. "Quanto maior a demanda, maior o custo. Trazer um produto para reciclar custa mais que entregar produto novo na mão do cliente, e estamos em um mercado com muita concorrência", diz Saidi.
Para Marcio Quintino, da Philips, o modelo praticado na Europa deveria ser copiado: "Lá, quando o consumidor compra o produto novo, uma parte do preço é destinada à logística reversa." *
Fábrica de reciclar
Um dos setores que avançam na coleta de resíduos é o de fabricantes de agrotóxicos. A indústria começou em 2002 e criou o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), que consegue recolher e encaminhar entre 90% e 95% das embalagens vendidas.
O instituto promove a reciclagem de produtos com parceiros e em uma unidade em Taubaté (SP). Com capacidade para processar 6.000 toneladas de plástico, a Campo Limpo está sendo ampliada.
"Hoje 25% dos custos do sistema são financiados pela reciclagem que gera de conduíte a novas embalagens. Queremos chegar a 45% em dois ou três anos, mas pode se tornar
autossustentável", diz João Rando, presidente do inpEV. Um dos maiores desafios está na tributação.
"O problema é a bitributação a que são submetidos os produtos reciclados no Brasil, que já pagaram imposto na sua forma original", afirma o executivo.
Cervejaria em novas mãos
Nelson Morizono, que já foi dono de marcas como Monange, Doril, Benegrip e Biotônico
Fontoura, comprou a Companhia Brasileira de Bebidas Premium (CBBP), fabricante da cerveja
Proibida.
Até então, a empresa vinha sendo administrada por João Carlos Noronha, herdeiro do grupo
João Santos, fabricante dos cimentos Nassau. Noronha havia deixado a companhia da família
para criar, em 2011, a cervejaria.
Valores do negócio não foram divulgados.
Morizono concluiu algumas obras na fábrica da cerveja, no Ceará, e deverá distribuí-la em toda
a região Nordeste do país.
A cerveja Proibida ficou famosa pela estratégia de marketing adotada à época de seu
lançamento.
A CBBP infiltrou duas atrizes estrangeiras no programa Pânico na TV! sem que a direção do
canal Rede TV!, que então veiculava a atração, soubesse do que se tratava.
O programa era patrocinado pela concorrente Skol. A cervejaria foi processada pelo canal de
televisão.
Indústria do cimento manterá desaceleração
A indústria do cimento deverá crescer menos neste ano, na comparação com 2012, de acordo
com o Snic (Sindicato Nacional da Indústria do Cimento). Em 2013, a elevação deve ser de
5,5% ante os 7% do ano anterior.
"A tendência para este ano é de expansão, mas haverá desaceleração, assim como aconteceu
no ano passado", diz José Otávio Carneiro de Carvalho, presidente do Snic.
Na comparação trimestral em 2012, as vendas do produto registraram alta em relação ao
mesmo período de 2011, mas confirmaram a perda de força no consumo.
"Começou o ano [2012] com aumento de 13,7%, foi reduzindo o crescimento para 5,9%, 4,7%
e fechou o último trimestre em 4,4%. A retração é evidente, mas ainda com resultados
positivos", afirma o presidente da entidade.
Foram vendidos no ano passado, somente para o mercado interno, cerca de 68,3 milhões de
toneladas de cimento, um aumento de 6,9% na comparação com 2011.
"A maior demanda em 2013 continuará para a construção civil, que corresponde a 75% do
consumo."
Barrados
A Associação Brasileira das Indústrias de Ferramentas e Abrasivos trabalha com o Inmetro
para barrar produtos importados que não obedecerem às normas técnicas de qualidade.
O setor discute atualmente, em um comitê da Associação Brasileira de Normas Técnicas, os
padrões que os equipamentos deverão ter.
"O país permite a entrada de produtos com preço 30% menor e que colocam em risco a
integridade física dos usuários", diz Milton Menezes, presidente da Abfa.
Esses importados exigem que parte da indústria brasileira reduza a qualidade da produção
para ser competitiva, segundo Menezes.
Criada no final de 2012, a entidade reúne grandes empresas como Tramontina, Saint-Gobain e
Starrett.
Menezes relata que a quantidade de importados em artigos como chaves de fenda, martelos,
alicates e chaves usadas no setor automotivo saltou de 15%, em 2007, para 50%, no ano
passado.
Em 2012, o faturamento do setor caiu 3% ante 2011.
Crédito cooperado
Os ativos das cooperativas de crédito paulistas aumentaram 15,6% em 2012, de acordo com
levantamento do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo de São Paulo
(Sescoop/SP).
Eles cresceram de R$ 13,8 bilhões, registrados em 2011, para cerca de R$ 16 bilhões no ano
passado.
No mesmo período, houve incremento de 15,1% no volume de depósitos, que atingiu R$8,4
bilhões. No ano anterior, o número era de aproximadamente R$ 7,3 bilhões.
O Estado tem hoje 272 cooperativas de crédito e cerca de 618 mil cooperados.
As cooperativas são equiparadas a instituições financeiras e o serviço delas é regulamentado
pelo Banco Central. Normalmente, elas não têm fins lucrativos.
Marca própria O grupo Pão de Açúcar vai lançar uma marca exclusiva de produtos de
cozinha, cama, mesa, banho e decoração, a Finlandek. As mercadorias serão vendidas em
todas as lojas Extra no país. Essa é a sexta marca própria do grupo.
Reciclagem A Braskem, que atua nos setores químico e petroquímico, pretende elevar sua
taxa média de reúso de água para 36% neste ano. Em 2012, o índice foi de 23,8%. Para atingir
a meta, a empresa implementou dois projetos de tratamento de água --um em São Paulo e
outro na Bahia.
Cromossomos A Mendelics, empresa de medicina genômica no Brasil, vai adquirir dois
sequenciadores para análise de genoma humano que permitirá fazer o diagnóstico de doenças
raras. O investimento total é de cerca de R$ 8 milhões.
com LUCIANA DYNIEWICZ, RONALDO PASCHOALINO e DANIEL LOMONACO