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Revista Corporativa do Grupo SGS Portugal
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SGS Global
Supervisão
Revista do Grupo SGS PortugalJulho 2004 • Ano 4 • Número 12
SGS Global
SupervisãoA génese da SGS
há mais de 125 anos!há mais de 125 anos!
A génese da SGS
Em 1878, quando Henry Golstück fundou
a SGS - Société Générale de Surveillance,
certamente não imaginaria que, passados
126 anos, esta empresa seria líder mun-
dial nos serviços de supervisão, conceito
que inventou em regime de outsourcing.
A necessidade de controlar a qualidade
e quantidade dos cereais oriundos do les-
te da Europa, por uma entidade indepen-
dente, foi o conceito que esteve na gé-
nese da SGS. Hoje em dia, a SGS contro-
la nos portos de todo o mundo as cargas
e descargas dos mais variados produtos:
cereais, petróleos e petroquímicos, mi-
nerais e automóveis, entre outros.
Neste número da SGS Global dedicamos
o tema de capa exactamente ao serviço
que deu nome à SGS: a Supervisão. Des-
de 1922, ano da sua fundação em Portu-
gal, que a SGS supervisiona cargas e des-
cargas nos principais portos portugue-
ses: Viana do Castelo, Leixões, Aveiro,
Figueira da Foz, Lisboa e Sines.
Esta é, sem dúvida, uma das áreas de
aposta da SGS dadas as oportunidades
que o projecto do Porto de Sines poderá
proporcionar no futuro, conforme teste-
munha o seu presidente em entrevista a
esta revista. Oportunidades não só para
os serviços de supervisão mas também
para o cada vez mais pujante sector da
logística.
Entretanto, os serviços da SGS continuam
a crescer num ambiente de grande dinâ-
mica: investimento na modernização do
Laboratório de Ensaios Têxteis e na cria-
ção do novo serviço de inspecção de se-
gurança de equipamentos, a alternativa
mais célere e profissional que actualmen-
te o mercado oferece.
Por fim, quero enaltecer o sentido pionei-
rista dos nossos clientes. Desde o pri-
meiro green de golfe do mundo certifica-
do pela ISO 14001 até à primeira Socie-
dade de Advogados com certificação ISO
9001:2000 em Portugal e à certificação
do serviço do primeiro hipermercado no
nosso país, que o grupo Auchan obteve
recentemente.
É caso para dizer que os nossos clientes
querem menos ‘ais’, escolhendo a SGS
porque querem muito ‘mais’!
Ficha Técnica > Propriedade: SGS Portugal - Av. José Gomes Ferreira, 11,
5º piso, 1495-139 Algés, Miraflores > Telf.: 21 412 72 00 > Fax: 21 412 72 90 > Direcção:
Paulo Gomes > Redacção, Design e Produção Gráfica: Editando (www.editando.pt)
> Fotografia: Bruno Barata e Júlio Sousa (Editando) e SGS Image Bank > Pré-impressão:
IDG > Impressão: Madeira&Madeira > Distribuição: Gratuita > Agradecimentos:
Sílvia Fafaiol (Galp Energia), Luís Sobral Torres (Cires), José Raimundo (Oleocom),
António Moreira (Sorgal), Pedro Manuel Severiano (ADP), Luís Vasconcelos (Acembex),
José Monteiro de Morais (Autoridade Portuária de Sines), Manuel António Ladeiras
(Ladeiras & Machado), Fernando Veiga (Transcinco), Mário Sousa (Portocargo), Jaime
Lemos (Jumbo de Almada), José Castro (Grupo Auchan) e Maria José Giesteira
(Flexível Consultores).
Edit
ori
al
SumárioEditorial
Serviços de SupervisãoDivisão de Recursos NaturaisMais e melhor serviço
Galp Energia e CiresControlar o produto movimentado
Supervisão & LogísticaSector de Supervisão AgrícolaAssegurar a Qualidade e acautelar os riscos
Porto de SinesUm activo estratégico para a economia
Serviços do LogísticaLogísticaSoluções à medida do cliente
Parcerias inteligentes
Ensaios & TestesLaboratório de Ensaios de TêxteisControlar a qualidade têxtil
Segurança de EquipamentosNovo Departamento da SGS Portugal
Certificação do ServiçoJumbo de AlmadaPrimeiro hipermercado com certificação do serviço em Portugal
Eventos & Notícias• Os novos desafios do turismo• Parcerias com Universidade dos
Açores e Internacional• Valnor é a pioneira com certificação
integrada• Concluída aquisição do Instituto Fresenius• Serviços de OGC mais competitivos com
aquisição de Vernolab• Primeiro hotel português com EMAS• Werner Pluss é o novo administrador-
-delegado do Grupo SGS
Navegar
OpiniãoFerramentas informáticas noapoio à gestão documental
01
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Paulo GomesResponsável do Departamento de Comunicação & Imagem do Grupo SGS Portugal
Depois de terminada a reestruturação
interna iniciada há dois anos, a SGS
Portugal criou a Divisão de Recursos
Naturais que agrupa duas grandes áreas de
actividade: a Agrícola/Mineral e a Oil, Gas &
Chemicals (OGC). Enquanto a primeira pres-
ta serviços relacionados com a actividade de
inspecção de carga e descarga de produtos
agrícolas (cereais, oleaginosas, óleos e gordu-
ras líquidas, azeite, açúcar e café, entre ou-
tros) e minerais (adubos, carvão, cimento, fer-
ro e clínquer, entre outros), a segunda, por sua
vez, dedica-se especificamente às indústrias
petrolíferas e petroquímicas, traders, refina-
rias e armadores.
Tanto um Departamento como o outro ofere-
cem ao cliente uma gama diversificada de ser-
viços que contribuem para a garantia da quan-
tidade e da qualidade do produto movimenta-
do. Realizado por técnicos altamente especia-
lizados, este tipo de controlo à carga ou des-
carga incide, no caso de produtos agrícolas ou
minerais, sobre aspectos como a determina-
ção da quantidade e garantia do peso por draft-
survey. A equipa está, também, capacitada
para averiguar a qualidade do produto através
de testes ou análises laboratoriais, assim co-
mo para efectuar peritagens de avarias, veri-
ficações a estivas, inspecções técnicas de con-
tentores, cargas e inspecções de limpeza a
tanques de navios.
No domínio OGC, a SGS dispõe igualmente
de um leque variado de serviços, que passam
necessariamente pela inspecção da qualida-
de e quantidade de produtos como o petró-
leo, seus derivados e outros químicos, até à
amostragem automática em linha. Este De-
partamento, como esclarece Alcides Silva, di-
rector da Divisão de Recursos Naturais, “es-
tá também vocacionado para elaborar análi-
ses de consultoria técnica, proceder a medi-
ções, fazer gestão de operações e gestão de
amostras, bem como elaborar inspecções a
tanques e a contentores".
Sistemas avançados de controlo e análisePara corresponder na íntegra às expectativas
dos clientes e conquistar a sua confiança, a
SGS investiu e continua a investir nos siste-
mas de amostragem e na tecnologia labora-
torial para que a inspecção e os testes aos
produtos sejam fiáveis e não suscitem qual-
quer tipo de dúvida. Na indústria petrolífera,
por exemplo, os custos de medições erradas
de níveis de água e densidade das cargas ou
descargas de um tanque podem ser conside-
ráveis. Por isso, a SGS tem apostado na tec-
nologia de amostragem automática para na-
vios e aplicações fixas em portos. O SGS Au-
tomatic Sampler Portátil tem demonstrado al-
tos níveis de exactidão, agora substancialmen-
te melhorados com a introdução de novos sis-
Serviços de Supervisão
Revista do Grupo SGS Portugal02
Divisão de Recursos Naturais
Maior oferta de serviços
online para o cliente
e uma equipa cada vez
mais polivalente são as
apostas da Divisão de
Recursos Naturais da
SGS para 2004.
Mais e melhorserviço
temas electrónicos, que monitorizam conti-
nuamente o fluxo de crude e produtos deriva-
dos – assim como óleos aquecidos e fluídos
processados – e responde automaticamente,
colhendo amostras proporcionalmente, repre-
sentando o fluxo fielmente. O serviço presta-
do por este equipamento é reforçado pela re-
de internacional de laboratórios do Grupo SGS,
que age de forma rápida e eficiente, uma vez
que opera 24 horas por dia, 365 dias por ano,
com vista a garantir ao cliente informações
ainda mais especializadas. Em Portugal, a em-
presa possui um sofisticado laboratório petro-
químico instalado em Sines que beneficia de
todo este conhecimento promovido a nível in-
ternacional. Sempre que se justifica, a empre-
sa não hesita em recorrer a ensaios interlabo-
ratoriais.
No âmbito do sector Agrícola/Mineral proce-
de-se de igual modo. Apoiada por um labora-
tório agro-alimentar e pela rede mundial de la-
boratórios, a equipa de técnicos possui todos
os recursos necessários para responder ade-
quadamente a qualquer tipo de solicitação.
A SGS tornou-se, desta forma, uma mais-va-
lia para as empresas, no que concerne às ins-
pecções e análises qualitativas dos produtos
que movimenta, uma vez que os seus labora-
tórios estão preparados para realizar um con-
trolo completo, no que se refere à qualidade
dos produtos agrícolas e petrolíferos ou pe-
troquímicos. O laboratório de Sines faz con-
trolo da qualidade de combustíveis (frotas de
carros, centrais de cogeração, aquecimento
central, entre outros); monitorização da quali-
dade de lubrificantes utilizados em unidades
de refrigeração e centrais de cogeração, en-
tre outras. O laboratório salvaguarda ainda o
controlo da qualidade de produtos químicos
comercializados, como a acetona, o álcool etí-
lico, o álcool isopropílico e outros, estando
também vocacionado para efectuar o contro-
lo da qualidade da água de refrigeração de mo-
tores.
Menos burocracia, maior rapidezMas para fidelizar o cliente, Alcides Silva sa-
be que é preciso ir mais além. E, por isso, o
director, conjuntamente com a equipa de téc-
nicos que dirige, está empenhado em melho-
rar a qualidade do serviço prestado para refor-
çar a confiança de todos aqueles que hoje em
dia contam com a SGS como um parceiro de
negócio.
Para o presente ano, os objectivos da Divi-
são de Recursos Naturais estão há muito de-
lineados. "Queremos fomentar um entendi-
mento cada vez mais estreito com os clien-
tes, para que possamos delinear qual a me-
lhor estratégia para cada caso. Sabemos que
nos dias que correm a velocidade da infor-
mação é uma mais-valia e, portanto, há que
agilizar toda a vertente burocrática do proces-
so. É certo e sabido que nem tudo o que cons-
ta do relatório que efectuamos após cada ser-
viço prestado é necessário no momento. O
ideal é desbloquearmos a informação priori-
tária rapidamente e oferecermos posterior-
mente ao cliente a informação mais detalha-
da. Assim sendo, para aliarmos a rapidez e a
eficácia em termos informativos, estamos
empenhados em melhorar a oferta de servi-
ços online para que o cliente acompanhe de
perto os processos que lhe dizem respeito e
possa, também, receber os relatórios relati-
vos a qualquer um dos serviços prestados
pelos técnicos da Divisão. Pensámos que des-
ta forma podemos proporcionar ao cliente um
apoio permanente, rápido e eficaz, disponibi-
lizando toda a informação fundamental ao in-
cremento do seu negócio”, sublinha o director
da Divisão.
Em virtude das características, objectivos e
exigências específicas dos diferentes secto-
res de actividade que integram a Divisão de
Recursos Naturais, a formação contínua e
permanente dos recursos humanos é outra
questão a privilegiar, realça Alcides Silva. “Pa-
ra respondermos aos novos desafios impos-
tos constantemente pelos clientes, é impres-
cindível sermos pro-activos. Quanto maior for
a nossa capacidade de resposta, mais com-
petitivos podemos ser. E para que esta má-
xima seja bem sucedida temos de apostar
em formação interna e externa, com vista a
desenvolver e aperfeiçoar competências. A
optimização desta Divisão passa também pe-
la polivalência da equipa de técnicos, que é
outro dos objectivos a prosseguir. Se agirmos
desta forma, não há dúvida que estaremos a
contribuir para a evolução da SGS, que é uma
organização centenária, com credenciais fir-
madas nas mais diversas áreas de negócio
em todo o mundo”, conclui Alcides Silva.�
Revista do Grupo SGS Portugal 03
Serviços de Supervisão
Para corresponder
na íntegra às ex-
pectativas dos
clientes e conquistar
a confiança dos
mesmos, a SGS
investiu e continua a
investir nos sistemas
de amostragem e na
tecnologia
laboratorial para que
a inspecção e os
testes aos produtos
sejam fiáveis e não
suscitem qualquer
tipo de dúvida.
Alcides Silva, director da Divisão de Recursos Naturais
AGalp Energia, empresa de referência no mercado ibé-
rico de energia, há muito que recorre aos serviços
de inspecção e controlo da quantidade e da qualida-
de prestados pela SGS. Através da sub-unidade orgânica de-
nominada Aprovisionamento e Trading, que tem como princi-
pal função a selecção e aprovisionamento de matérias-primas,
a Galp Energia movimenta milhões de toneladas/ano de pe-
tróleo bruto e de produtos intermédios e finais como gasoli-
na, gasóleo, fuel-óleo, betumes e nafta, entre outros. É justa-
mente nesta fase, quando se procede à carga ou descarga dos
produtos petrolíferos, tanto na refinaria de Sines como na do
Porto, que a Galp Energia ‘se socorre’ da vasta experiência da
SGS para testemunhar a exactidão dos procedimentos de
determinação das quantidades e da qualidade dos produtos.
Sílvia Fafaiol, directora de operações de Aprovisionamento e
Serviços de Supervisão
Revista do Grupo SGS Portugal04
Galp Energia e Cires
Controlar o produtomovimentado
Nos actos de embarque ou desembarque
de mercadoria, a Galp Energia e a Cires
contam com os serviços da SGS
para proceder ao controlo da quantidade
e da qualidade do produto.
Trading da Galp Energia, não tem dúvidas em
reconhecer a importância deste serviço. "O
testemunho do inspector da SGS é funda-
mental para o caso de existir algum diferen-
do entre o fornecedor e o cliente. Os valores
de descarga do produto, tanto em termos
quantitativos como qualitativos, devem cor-
responder ao declarado no acto de embar-
que. Caso contrário, é necessário averiguar
quais as causas que induziram às diferenças.
Verificam-se, por vezes, situações de conta-
minação ou diferenças entre quantidades
carregadas e descarregadas, para as quais é
importante ter dados que permitam identificar
responsabilidades", esclarece.
Na Galp Energia os serviços de superinten-
dência da SGS são também utilizados nas
transferências feitas por pipeline e não ape-
nas nas que envolvem o uso de navios tan-
ques. "Por norma, a Galp Energia adjudica os
serviços de inspecção para todas as opera-
ções de importação ou exportação de produ-
tos e para a aquisição de matéria-prima. Há,
no entanto, outra área de negócio em que
consideramos igualmente importante man-
ter a presença dos inspectores. Refiro-me às
transferências de produto por pipeline para
outros operadores do mercado nacional de
combustíveis. À semelhança das outras si-
tuações, também neste caso contamos com
o apoio de uma entidade inspectora, indepen-
dente e fidedigna, que acompanha as medições
tanto na instalação expedidora como na ins-
talação receptora do produto, por forma a ga-
rantir o cumprimento dos procedimentos
adequados e acordados entre o fornecedor
e o cliente", sublinha a directora.
SGS renova contratoA Galp Energia trabalha em exclusivo com a
SGS no controlo por amostragem automática
em linha, cujo contrato de adjudicação foi re-
centemente renovado por mais dois anos, no
seguimento do concurso realizado este ano
em que a proposta da SGS foi a seleccionada.
Neste âmbito, a SGS é a entidade responsá-
vel pela instalação e gestão dos amostrado-
res automáticos de petróleo bruto a operar
tanto na refinaria de Sines como na do Porto,
que visam medir a qualidade do produto, atra-
vés da recolha de uma amostra precisa e re-
presentativa do todo, a qual é posteriormen-
te analisada num laboratório da Galp Energia.
Como explica Sílvia Fafaiol, os diferentes ac-
tos de verificação de mercadoria ocorridos du-
rante o ano são adjudicados carga a carga. "A
SGS absorve uma percentagem bastante
significativa de todas as inspecções que rea-
lizamos na Galp Energia, porque encontramos
nesta empresa recursos humanos qualifica-
dos e preparados para cumprir em pleno to-
dos os nossos requisitos. Até ao momento,
consideramos uma mais-valia para a Galp Ener-
gia contar com os serviços da SGS no que se
refere à actividade de inspecção de carga e
descarga de produtos petrolíferos. A SGS é
uma empresa de referência internacional nes-
te âmbito e, como tal, estamos satisfeitos com
o know-how que tem manifestado ao longo
de muitos anos de actuação conjunta. Nas
operações de inspecção o fornecedor e o cli-
ente final têm de estar de acordo relativamen-
te à entidade inspectora a nomear, para que
esta represente um testemunho válido tem
que ser aceite por ambas as partes e a SGS
tem conquistado o consenso necessário", ga-
rante a directora.
CIRES e SGSUma parceria de 30 anosA Companhia Industrial de Resinas Sintéti-
cas, CIRES, SA, situada em Estarreja, é o úni-
co produtor de policloreto de vinilo, vulgar-
mente conhecido por PVC, em Portugal. Com
uma capacidade instalada de 200 mil tonela-
das/ano de resinas PVC tipo suspensão e de
aproximadamente 15 mil toneladas/ano de
resinas PVC do tipo emulsão para pastas, es-
ta empresa abastece, sobretudo, a indústria
transformadora de PVC na Península Ibérica,
mas perspectiva diversificar os países de ex-
Revista do Grupo SGS Portugal 05
Serviços de Supervisão
Sílvia Fafaiol, directora de operações deAprovisionamento e Trading da Galp Energia
Luís Sobral Torres, director geral de Aprovisionamento e Logística da CIRES
portação e conquistar quotas de mercado
noutros Estados-membros europeus.
O consumo mundial de PVC é, nos dias de
hoje, de cerca de 30 milhões de toneladas
anuais, das quais 25% são utilizadas na Eu-
ropa Ocidental, o que o torna um dos plásti-
cos mais procurados. A título de exemplo, re-
fira-se que o PVC é um dos polímeros utiliza-
dos no fabrico de reservatórios de sangue pa-
ra transfusões, tubos para diálise e para liga-
ções entre diversos equipamentos de medi-
cina. Prevê-se que o consumo deste materi-
al continue em franco crescimento, uma vez
que é também largamente empregue em mui-
tos outros sectores da actividade económi-
ca, especialmente no domínio da construção
civil (tubagem, perfis de janelas e portas, re-
vestimento de cabos eléctricos, telas para
impermeabilização) e ainda em aplicações na
indústria automóvel, brinquedos, electrodo-
mésticos, napas e couros artificiais e cintas
transportadoras. Dado que o policloreto de
vinil é um material leve, quimicamente iner-
te e completamente inócuo, resistente ao fo-
go e às intempéries, impermeável e isolan-
te, de elevada transparência, económico e fá-
cil de transformar (por
extrusão, injecção, mol-
dação-sopro, calandra-
gem, termo-moldação,
prensagem, recobri-
mento e moldagem de
pastas), não será difí-
cil prever um futuro
promissor para a utili-
zação deste plástico.
A CIRES, que inicial-
mente (em 1960) pro-
duziu a matéria-prima,
ou seja, o monómero
de cloreto de vinilo,
deixou praticamente
de fazê-lo na década
de 70 quando a sua
produção se tornou
pouco competitiva pa-
ra a empresa. Peran-
te este cenário, a
CIRES começou a im-
portar o monómero de
cloreto de vinilo atra-
vés do Porto Industri-
al de Aveiro, onde pos-
sui infra-estruturas portuárias de recepção e
armazenagem ligadas às instalações fabris
de Estarreja por pipeline numa extensão de
23 kms.
Empresa de referência = a valor acrescentadoOs serviços de superintendência da SGS fo-
ram contratados precisamente nesta épo-
ca, decorria o ano de 1972, relembra Luís
Sobral Torres, director geral de Aprovisiona-
mento e Logística da CIRES. "Foi nesse ano
que começámos a importar monómero, por-
que o que produzíamos não satisfazia as ne-
cessidades da empresa. Com a chegada con-
tínua de navios, foi inevitável recorrer aos
serviços de inspecção prestados pela SGS,
na altura uma das poucas empresas a ope-
rar neste âmbito em Portugal. Desde então,
e estamos a falar de uma relação de traba-
lho com mais de três décadas de existên-
cia, temos consolidado esta parceria e os
resultados satisfazem-nos plenamente. A
SGS merece-nos toda a confiança e a equi-
pa de técnicos que acompanha tanto as ope-
rações de carga como descarga da matéria-
-prima é muito profissional. Sabe como fa-
zer e para a CIRES este conhecimento acu-
mulado é sinónimo de valor acrescentado",
sublinha o director.
A CIRES recebe, em média, no Porto de
Aveiro, cinco navios de três mil toneladas
cada de gás liquefeito de petróleo (LPG) por
mês – oriundos da Holanda, França e Bélgi-
ca – cuja carga é, na maioria das vezes, ins-
peccionada pela SGS, tanto em termos quan-
titativos como qualitativos. "Paralelamente
ao relatório que confere os valores regista-
dos pelo operador do terminal, onde cons-
tam todas as diferenças encontradas na des-
carga do meio de transporte face à descri-
ção efectuada no manifesto da carga, a SGS
é também responsável pela emissão de um
documento onde confirma a qualidade da
matéria-prima. Naturalmente que esta veri-
ficação é feita por amostragem. Para que se
proceda ao desembarque, realizamos um
primeiro teste num mini-laboratório que a
CIRES possui no próprio terminal portuário
e, mais tarde, elaboramos análises mais com-
pletas no laboratório de que dispomos nas
instalações fabris de Estarreja, o qual está
acreditado para o efeito. Para validar estes
resultados, contamos com o testemunho da
SGS, como entidade independente", infor-
ma Luís Sobral Torres.
O director geral de Aprovisionamento e Lo-
gística da CIRES recorda ainda que, hoje em
dia, o serviço de inspecção prestado pela
SGS é uma verdadeira mais-valia para a in-
dústria no geral, uma vez que os valores de
carga movimentados são, por norma, bas-
tante significativos. "Como garantia contra
todos e quaisquer imprevistos decorrentes
do acto de embarque, toda a carga está co-
berta por um seguro. Em caso de diferendo
entre as partes envolvidas, é necessário exis-
tir uma terceira entidade, independente, que
ateste a validade dos dados avançados. Só
deste modo podemos accionar a apólice de
seguro porque há como justificar os valores
apresentados. A SGS tem sido uma das em-
presas de supervisão escolhidas pela CIRES
porque, desde o início, é uma empresa que
nos merece confiança e tem sabido crescer
de acordo com os desafios impostos pelo
mercado", conclui o responsável pela área
de Aprovisionamento e Logística do único
fabricante de PVC em Portugal. �
Serviços de Supervisão
Revista do Grupo SGS Portugal06
Sector de Supervisão Agrícola
Assegurar a qualidade e acautelar os riscos
Supervisão & Logística
Revista do Grupo SGS Portugal08
A ADP, a Oleocom, a
Acembex e a Sorgal são
algumas das empresas que
recorrem aos serviços
prestados pelo sector de
Supervisão Agrícola.
A superintendência das
cargas e descargas é,
cada vez mais, um factor
crucial para assegurar a
qualidade dos produtos
transaccionados e para
acautelar os riscos
comerciais.
Pelas fronteiras portuguesas, seja por
via marítima ou por via terrestre, en-
tram todos os anos milhares de tone-
ladas de produtos, os quais são alvo de ins-
pecção e verificação, quer da quantidade quer
da qualidade, por uma entidade terceira in-
dependente, idónea e credível. A supervisão
das cargas e descargas é um dos serviços
mais antigos da SGS, tendo inclusive dado
origem à designação do grupo – Société Gé-
nérale de Surveillance. Em Portugal este ser-
viço tem especial ênfase na carga e descar-
ga de cereais, petróleo e petroquímicos, mi-
nerais, madeiras e automóveis, entre outros.
Através do sector de Supervisão Agrícola, a
SGS fornece um vasto leque de serviços (de
assistência às operações de carga/descarga;
determinação de pesos e quantidades; amos-
tragem para fins de qualidade e de preven-
ção de contaminações; inspecções de lim-
peza de tanques de navios; draft surveys; ve-
rificação de avarias e estivas; on e off hires;
inspecção de contentores e de cargas; ga-
rantias de peso, qualidade e seguro) que são
colocados à disposição das empresas que
transaccionam produtos agrícolas destinados
ao consumo humano ou animal, como sejam
cereais, oleaginosas, sub produtos (mandio-
ca, farinhas, soja, etc.), azeite, peixe, açúcar
e café, entre muitos outros.
Controlar os riscos Sempre que uma carga é vendida e compra-
da há um risco comercial envolvido, tanto pa-
ra o vendedor como para o comprador. O ris-
co é tanto maior quanto maior for a distância
geográfica que separa os primeiros dos se-
gundos, e pode significar a perda do produ-
to, a sua deterioração e/ou a alteração das ca-
racterísticas previamente contratadas, o que
na prática se traduz na perda de valor do mes-
mo. Como parte integrante dos sistemas e
dos procedimentos de garantia da qualidade,
a inspecção e análise dos produtos nos pon-
tos de movimentação, onde eles se encon-
tram mais vulneráveis, pode reduzir signifi-
cativamente a exposição ao risco comercial
das partes envolvidas. “Por exemplo, há con-
tratos em que o valor dos produtos comer-
cializados são acertados em função da quan-
tidade e da qualidade registadas no momen-
to da descarga, podendo os preços sofrer al-
guma alteração em função das variações re-
gistadas. Por isso, recorremos a uma entida-
de terceira (habitualmente à SGS), que vai su-
pervisionar o processo, fazer o controlo do
peso da mercadoria, retirar uma amostra do
produto, a qual é posteriormente enviada pa-
ra um laboratório independente, em Londres”,
explica Ramiro Raimundo, director-geral da
Oleocom - Comércio de Oleaginosas, SA.
A sociedade de trading importa dos EUA, Bra-
sil, Argentina, Tailândia, bem como de alguns
países europeus, matérias-primas destinadas
à indústria nacional de rações, como farinhas
de soja, glutens e cereais.
Por ano, a Oleocom movimenta cerca de um
milhão e meio de toneladas de mercadorias.
“Na maior parte dos contratos, tanto o peso
como a qualidade dos produtos são determi-
nados ‘à carga’, o que dispensa a contrata-
ção de um serviço de verificação. Mas a SGS
ainda intervém em cerca de 20% da merca-
doria por nós transaccionada”, refere Rami-
ro Raimundo.
Garantia de qualidade A existência de uma imposição legal e/ou con-
tratual é, por norma, o principal motivo que
leva as empresas a recorrer a este tipo de
serviços. Mas não é o único. Para um núme-
ro crescente de companhias, a inspecção das
cargas e/ou descargas é um meio que lhes
permite controlar, e assegurar, a qualidade
das matérias-primas que estão a adquirir. Afi-
nal, este é o primeiro passo do processo pro-
dutivo.
“A procura e a contratação deste tipo de ser-
viço surge na sequência da preocupação da
empresa em querer garantir a qualidade da
sua produção”, sublinha António Moreira,
director de Aprovisionamento da Sorgal - So-
ciedade de Óleos e Rações. Com três unida-
des de rações para animais e uma fábrica de
alimento para peixe, a Sorgal tem uma pro-
"Na maior parte dos con-
tratos, tanto o peso
como a qualidade dos
produtos são
determinados ‘à carga’,
o que dispensa a contratação
de um serviço de verificação.
Mas a SGS ainda intervém
em cerca de 20% da
mercadoria por nós
transaccionada".
Ramiro Raimundo, director-geral da Oleocom
Revista do Grupo SGS Portugal 09
Supervisão & Logística
dução média mensal na ordem das 22 a 24
mil toneladas de ração para gado e de 1200
a 1500 toneladas de alimento para peixe.
Regularmente, a empresa compra nos paí-
ses da União Europeia, principalmente em
França, Dinamarca, Inglaterra e Alemanha, as
matérias-primas utilizadas na produção das
rações. “Também importamos farinhas de
peixe, algas e proteínas da América do Sul,
designadamente do Perú e do Chile”, acres-
centa António Moreira.
Apesar da maioria destas importações se-
rem, obrigatoriamente, acompanhadas do res-
pectivo certificado de inspecção [documen-
to máximo que verifica a quantidade e a qua-
lidade da transferência], a empresa tem opta-
do por contratar os serviços de Supervisão
Agrícola da SGS para efectuar o controlo no
momento da descarga dos navios. “Na sua
origem o produto tem determinadas carac-
terísticas, mas depois de uma longa viagem
os parâmetros de qualidade por nós exigidos
podem ter sofrido alguma alteração. Assim,
no momento da descarga, é feito novo con-
trolo de pesagem e nova amostragem e aná-
lise do produto pela equipa da SGS”, justifi-
ca o responsável.
Nos últimos anos, tem vindo a assistir-se a
uma crescente exigência do mercado ao ní-
vel da implementação de mecanismos de
controlo que garantam a qualidade das ra-
ções animais. Um sentimento impulsionado
pelas recentes crises na indústria alimentar,
como a crise da BSE, no gado bovino, e dos
nitrofuranos, nas aves.
“Hoje em dia há uma grande preocupação
com a alimentação animal. Para além da exi-
gência dos consumidores, assiste-se tam-
bém a um maior rigor na legislação que re-
ge este sector. A nossa perspectiva é de que
só com um produto de qualidade nos conse-
guiremos impor no mercado, e esse proces-
so tem início, desde logo, com a utilização
de matérias-primas rigorosamente controla-
das por uma entidade independente e na qual
depositamos toda a nossa confiança”, lem-
bra António Moreira.
Esta preocupação não é exclusiva da indús-
tria nacional de rações, estendendo-se “a to-
da a indústria alimentar”, como refere Luís
Vasconcelos, gerente da Acembex.
Detida pelo Grupo RAR - Refinarias de Açú-
car Reunidas, a Acembex é uma empresa de
comércio internacional que centra a sua ac-
tividade na prestação de um serviço de logís-
tica e aconselhamento. A empresa tem man-
tido uma posição de destaque como impor-
tadora e distribuidora de cereais (trigo, milho,
arroz e cevada) e de outras matérias-primas
para as indústrias de rações e alimentar, mo-
vimentando, através dos portos de Aveiro,
Leixões e Lisboa, mais de 700 mil tonela-
das/ano, o que a torna o segundo maior ope-
rador nacional de cereais e seus derivados e
o mais importante na zona norte do país.
Parceria internacionalO facto da empresa trabalhar numa lógica de
B2B não diminui a preocupação dos seus res-
ponsáveis em desenvolver, em colaboração
com os seus clientes e fornecedores, um con-
junto de acções de controlo e rastreabilida-
de ao longo de todo o fluxo de aprovisiona-
mento de matérias-primas. “Mais do que um
prestador de serviços, a SGS tem sido um
dos nossos principais parceiros nesta área”,
sublinha Luís Vasconcelos.
À semelhança da Sorgal ou da Oleocom, tam-
bém a Acembex recorre aos serviços de su-
pervisão de cargas e descargas da SGS há
uma larga dezena de anos. Desde meados
da década de 80 que a SGS é a entidade res-
ponsável, em regime de outsourcing, pela fis-
calização de todas as operações portuárias
da empresa, onde se inclui a actividade de
controlo e supervisão das cargas e descar-
"A procura e contratação
deste tipo de serviço surge na
sequência da preocupação da
empresa em querer garantir a
qualidade da sua produção".
António Moreira, director de Aprovisionamento da Sorgal
Supervisão & Logística
Revista do Grupo SGS Portugal10
"Muitas vezes impomos,
contratualmente, a SGS
como nosso representante
nos mercados exteriores
onde adquirimos as matérias-
-primas, para validar não só a
qualidade como
a quantidade do produto
adquirido".
Luís Vasconcelos,gerente da Acembex
gas. Uma relação “inovadora”, impulsiona-
da, então, pela expansão do volume de tran-
sacções da Acembex, “pela confiança, pelo
know-how e pelas capacidades técnicas da
SGS e pelo reconhecimento internacional do
grupo, enquanto entidade independente e
idónea”, refere o gerente da empresa.
Ao longo dos anos a parceria Acembex/SGS
evoluiu internacionalmente, tendo conduzi-
do ao desenvolvimento conjunto de novos
modelos de actuação. Neste âmbito, surgiu
o Granex, uma adenda aos contratos inter-
nacionais – a SGS está registada como mem-
bro das principais associações de comércio
de produtos do sector, entre as quais se des-
tacam a GAFTA (Grain and Feed Trade As-
sociation) e a FOSFA (Federation of Oils, Se-
eds and Fats Association), que permitiu im-
plementar um controlo da qualidade à car-
ga ‘mais sofisticado’, e que foi negociado
em conjunto com os maiores exportadores
franceses de trigo panificável. “Uma das al-
terações introduzidas com este novo pro-
cesso verificou-se na metodologia de amos-
tragem à carga, que passou a ser feita de
uma forma sistemática de 250 em 250 to-
neladas. Anteriormente fazia-se uma média
do navio, o que na prática não impedia que
na mesma mercadoria houvesse trigo de
boa e má qualidade”, explica Luís Vascon-
celos.
Outro dos modelos pioneiros criados pela
Acembex, com o apoio da SGS, está direc-
tamente relacionado com o processo de ras-
treabilidade e controlo de milhos não OGM
(organismos geneticamente modificados),
desde a semente até ao consumidor final.
Este processo inclui também a verificação e
inspecção dos meios utilizados para o trans-
porte do produto, desde os camiões que
transportam o milho para o porto de embar-
que até aos mecanismos utilizados na des-
carga, sem esquecer as condições do navio
e o acondicionamento da carga.
Mais recentemente, seguindo a lógica sub-
jacente ao programa de controlo de OGM’s,
foi montado um outro modelo piloto visando
a fiscalização de pesticidas e de metais pe-
sados no trigo. O processo tem início no si-
lo em Inglaterra e só termina no controlo da
farinha produzida em Portugal, abrangendo
também toda a fileira de serviços e transpor-
tes do produto.
Supervisão além fronteiras Com alguma frequência, as empresas portu-
guesas têm vindo também a recorrer aos ser-
viços de Supervisão Agrícola do Grupo SGS
noutros pontos do globo. Afinal, esta é uma
actividade tradicional do Grupo, prestada em
mais de 140 países, com as tecnologias mais
sofisticadas e com o recurso a técnicos alta-
mente especializados. “Para além de traba-
lharmos com a SGS no mercado nacional,
muitas vezes impomos, contratualmente, a
SGS como nosso representante nos merca-
dos exteriores onde adquirimos as matérias-
-primas, para validar não só a qualidade co-
mo a quantidade do produto adquirido”, acres-
centa Luís Vasconcelos.
À semelhança do responsável da Acembex,
também António Moreira reconhece as van-
tagens da dimensão internacional do Grupo.
“Uma parte dos certificados de inspecção
que acompanham as importações são emiti-
dos pela SGS. Ainda que nestas situações
seja por conta do fornecedor, é uma seguran-
ça acrescida para a empresa”, sublinha.
Os serviços de superintendência do Sector
de Supervisão Agrícola são também utiliza-
dos pelas empresas na actividade de expor-
tação. A validação, por uma entidade tercei-
ra e idónea, da quantidade e qualidade da
mercadoria no momento do embarque tran-
quiliza o cliente e protege quem vende. “Pa-
ra as matérias-primas que movimentamos
não há nenhuma imposição legal que obrigue
à contratação de um serviço de supervisão
da carga. Contudo, por uma questão de se-
gurança, quer nossa quer dos clientes, recor-
remos a esse serviço”, refere Pedro Manuel
Severiano, director de Aprovisionamento, Ma-
térias-Primas e Exportação da ADP - Adubos
de Portugal. No momento do embarque da
mercadoria, “os serviços de supervisão ga-
rantem-nos a conformidade do produto, a sua
quantidade e verificam as condições de em-
balagem e o tipo de transporte”, explica es-
te responsável. No caso de haver um conten-
cioso com o importador, a informação e os
dados recolhidos pela SGS asseguram que
tudo estava conforme.
Criada em 1997, a partir da fusão das duas
maiores empresas adubeiras em Portugal,
Quimigal e Sapec, a ADP ocupa uma posição
de destaque na produção e comercialização
de fertilizantes na Europa, sendo líder no mer-
cado nacional, onde detém uma quota acima
dos 70%. “Adubos azotados, fosfatados, fer-
tilizantes líquidos, amoníaco e nitratos de cál-
cio”, são algumas das matérias produzidas e
que se destinam ao mercado ibérico e de ex-
portação, que abarca a Europa de Leste, Áfri-
ca, Médio Oriente, Extremo Oriente, Améri-
ca do Sul e Oceânia. �
Pedro Manuel Severiano, director de Aprovisionamento, Matérias-Primas
e Exportação da ADP
Revista do Grupo SGS Portugal 11
Supervisão & Logística
"Para as matérias-primas
que movimentamos não há
imposição legal que obrigue
à contratação de um serviço
de supervisão da carga.
Contudo, por uma questão
de segurança, recorremos
a esse serviço".
O Porto de Sines, que é uma
infra-estrutura onde a SGS
presta regularmente
serviços através da sua
Divisão de Recursos
Naturais, é considerado
desde há muito um “activo
estratégico de
desenvolvimento económico
nacional”. José Monteiro de
Morais, presidente da
Autoridade Portuária de
Sines (APS), explica porquê
na entrevista que concedeu
à SGS Global.
Porto de Sines
Um activo estratégicopara a economia
Qual o posicionamento do Porto de Sines
no contexto actual?
O Porto de Sines, no contexto nacional, apre-
senta características fisiográficas ímpares, no-
meadamente a sua localização geográfica, no
entrecruzar das principais rotas comerciais,
dispondo ainda de profundidades que rondam
os -28m (no Posto 2), em fundos rochosos,
sem necessidade de se recorrer a assorea-
mento, permitindo a recepção dos maiores
navios utilizados hoje em dia, sem qualquer
restrição.
Se olharmos para os 25 anos de história des-
te porto, somos obrigados a reconhecer-lhe
uma vocação essencialmente energética –
Terminal Petroleiro; Petroquímico e Multipur-
pose (carvão). No entanto, o presente revela
uma nova faceta deste porto, que hoje em dia
oferece múltiplas oportunidades na movimen-
tação de diferentes tráfegos – Carga Geral
(unitizada, a granel e contentorizada) no Ter-
minal Multipurpose. Dispomos também de
um Terminal de Contentores, que coloca o
Porto de Sines nas principais rotas comerci-
ais de contentores a nível mundial, e, refor-
çando o cariz energético, e do Terminal de
GNL (Gás Natural Liquefeito), que iniciou a
sua exploração em Outubro de 2003.
Que estratégia tem vindo a ser seguida pa-
ra a optimização das valências que acaba
de referir?
A estratégia adoptada e a adoptar pela APS
assenta em dois grandes eixos. Por um lado,
pretendem-se concessionar, de uma forma
sustentável, as actividades ainda desempe-
Supervisão & Logística
Revista do Grupo SGS Portugal12
Revista do Grupo SGS Portugal 13
Supervisão & Logística
nhadas pela administração portuária; e, por
outro, pretende-se alargar o âmbito de actua-
ção, desenvolvendo novas actividades rela-
cionadas com a recepção do GNL, o tráfego
contentorizado e a zona de actividades logís-
ticas, determinantes para o desenvolvimen-
to da região e, consequentemente, do país.
A implementação destas linhas estratégicas
está a ser feita através de um programa de
acção denominado Programa Neptuno, me-
diante o qual se pretende transformar o Por-
to de Sines de um activo energético do país
num activo estratégico do desenvolvimento
nacional.
Alargar intervençãoCom que modelo de Autoridade Portuá-
ria o pensa conseguir?
No que se refere ao modelo da Autoridade
Portuária, o Porto de Sines tem por objecti-
vo adoptar o modelo de Landlord Port, mo-
tivo pelo qual está em curso o processo de
concessão do Terminal Petroleiro, único ter-
minal que ainda é operado pela Autoridade
Portuária.
Esta situação será alterada até ao fim do cor-
rente ano, data a partir da qual as funções da
Autoridade Portuária serão particularmente
centradas na actividade normativa, regulado-
ra e promocional. A partir de então, as prio-
ridades e os domínios de actuação da Auto-
ridade Portuária do Porto de Sines passarão
pelos seguintes eixos: estabelecimento de
uma visão comum para o desenvolvimento
estratégico do porto; articulação com a co-
munidade de agentes intervenientes; gestão
das concessões, garantindo a prestação de
serviço público; e participação activa no de-
senvolvimento económico do porto e da sua
zona de influência.
Nesse âmbito, quais passam a ser, então
e especificamente, as funções da APS?
Para além da execução das medidas anterior-
mente referidas, a APS irá concentrar-se nas
tarefas nucleares da função de autoridade
portuária, que são a valorização do capital hu-
mano, através da criação de novas oportuni-
dades de evolução profissional e do desen-
volvimento de acções de reciclagem e for-
mação profissional; redução do impacto am-
biental do porto, assegurando o cumprimen-
to de normas ambientais e estimulando o in-
vestimento em tecnologias menos poluen-
tes; promoção do porto, onde para além de
acções que visem o aumento da sua notorie-
dade se dará particular importância à criação
das condições de competitividade e eleva-
dos padrões de serviço, em estreita colabo-
ração com a comunidade portuária; e o de-
senvolvimento dos sistemas de informação,
com o objectivo de integração progressiva do
negócio portuário e simplificação de procedi-
mentos, entre outros.
A regulamentação, ou o seu reforço, e a
segurança do porto serão, com certeza,
igualmente prioritárias!…
Obviamente que sim, que para nós é extrema-
mente importante o desenvolvimento de ac-
ções de reforço da regulamentação portuária
já existente no Porto de Sines, que vá ao en-
contro das medidas de segurança mais exigen-
tes no que se refere ao transporte de merca-
dorias perigosas e fiscalização da carga que
transita em contentores. Assim como é igual-
mente importante a articulação com as insti-
tuições centrais, regionais e locais, garantindo
uma conveniente integração de esforços. Re-
alço aqui as seguintes instituições: Câmara Mu-
nicipal de Sines, na definição do ordenamento
urbano da frente portuária e na definição de
uma articulação estratégica de desenvolvimen-
to local; PGS - Promoção e Gestão de Áreas
Industriais e Serviços, na criação de condições
necessárias para a atracção de indústrias e de
actividades logísticas; Agência Portuguesa pa-
ra o Investimento, relativamente à qual temos
grandes expectativas; CP, Refer e Instituto de
Estradas de Portugal, enquanto entidades ges-
toras de transportes, no desenvolvimento dos
acessos ao porto; o Aeroporto de Beja, na de-
finição de uma estratégia integrada para o trá-
fego de mercadorias; e as entidades oficiais
que actuam no porto como parceiros nas con-
dições de competitividade e segurança.
Funcionalidades actuais e futurasQual é o ponto de situação possível, em
termos operacionais, do terminal de con-
tentores deep sea (Terminal XXI), conces-
sionado à PSA Corporation?
O Terminal de Contentores está a ser cons-
truído faseadamente, sendo que a Fase 1A
se encontra concluída. Neste momento, o Ter-
minal tem capacidade para a movimentação
de 320.000 TEU’s e está pronto para entrar
em funcionamento. O seu funcionamento em
pleno dependerá das condicionantes do mer-
cado em si. Como sabe, a movimentação de
contentores é um mercado totalmente novo
em Sines, e sempre que assim é o arranque
é um pouco difícil. No entanto, continuamos
convictos de que este Terminal será um su-
cesso num futuro muito próximo, uma vez
Supervisão & Logística
14 Revista do Grupo SGS Portugal
que a APS,SA e a PSA Corporation têm uni-
do sinergias e continuam a trabalhar em con-
junto para o sucesso desta infra-estrutura.
E da Zona de Actividades Logísticas?
Neste momento, e até final de Julho de 2004,
decorre o estudo de viabilidade da ZAL (Zo-
na de Actividades Logísticas).
Em finais de 2003 entrou em funcionamen-
to o novo Terminal de GNL. Qual a capa-
cidade deste terminal e como está a de-
correr o seu funcionamento?
Com o novo Terminal de GNL dotamos o
país de uma infra-estrutura capaz de reduzir
a sua dependência energética face a países
vizinhos, permitindo o abastecimento alter-
nativo de GNL a custos muito competitivos.
Adicionalmente, os novos tanques de gás
permitem a distribuição de gás natural ao sul
do país e a refrigeração a baixo custo de áreas
contíguas de armazenagem, através do apro-
veitamento do frio libertado pelo processo de
regaseificação do GNL. Deste modo, é pos-
sível dotar os novos espaços logísticos a cons-
truir dentro do porto de uma vantagem com-
petitiva única a nível regional.
O terminal está dotado de dois tanques de
armazenagem com capacidade de 120.000m3
cada, tendo sido deixado espaço para a cons-
trução de um terceiro tanque, caso o merca-
do assim o exija.
Durante o último trimestre do ano transacto,
este terminal recebeu 4 navios testes, ten-
do a actividade comercial propriamente dita
arrancado no início do corrente ano. Estão 22
navios agendados para este ano, o que signi-
fica que este terminal está a revelar-se um
sucesso.
Um porto avançadoPara terminar, que capacidades tecnológi-
cas do porto gostaria de enfatizar junto
dos potenciais clientes do mesmo?
O desenvolvimento das operações portuárias
e o crescimento do porto em novas valências
foi sendo acompanhado pela melhoria cons-
tante dos processos, nela assumindo um pa-
pel de relevo o Sistema de Informação para
a Comunidade Portuária. O centro nevrálgico
do relacionamento entre o porto e os seus
clientes é o CDN (Centro de Despacho de
Navios), que concentra num único local o aten-
dimento, a fiscalização e o desembaraço de
todas as actividades operacionais e comerci-
ais do porto 24 horas por dia.
A implementação do Sistema de Informação
para a Comunidade Portuária teve como ob-
jectivo a implementação de um sistema in-
formático, que permita a transferência elec-
trónica dos documentos e da informação com
vista ao despacho de mercadorias e navios,
bem como a célere tramitação burocrática
associada. O seu desenvolvimento decorre
de uma parceria entre a APDL (Administra-
ção dos Portos de Douro e Leixões), APL (Ad-
ministração do Porto de Lisboa) e a APS (Ad-
ministração do Porto de Sines), com possibi-
lidade de ser alargado aos outros portos. É
também parceiro importante a DGAIEC -
Direcção Geral das Alfândegas e dos Impostos
Especiais sobre o Consumo/DGITA - Direcção
Geral de Informática e Apoio aos Serviços
Tributários e Aduaneiros, que no âmbito do
projecto ISPS - International Ship and Port
Facility Security está a desenvolver o siste-
ma informático das alfândegas para o despa-
cho aduaneiro se processar electronicamen-
te (declarações electrónicas), com base na
informação proveniente do Sistema de Infor-
mação para a Comunidade Portuária.
Digamos que se trata do melhor que há
em “tecnologia portuária” ao serviço da
eficiência…
Exactamente, até porque este sistema per-
mitirá também a curto prazo, a transferência
electrónica de manifestos provenientes dos
Agentes de Navegação para a Alfândega, e a
transferência de informação entre os conces-
sionários e a Alfândega, passando toda esta
informação sempre pelo sistema da Autori-
dade Portuária. Além disso, a aplicação per-
mite também outras funcionalidades, como,
por exemplo, a marcação de manobras, o pe-
dido de serviços para os navios, a elaboração
de estatística associada à movimentação dos
navios no porto, e a execução da facturação
decorrente da utilização do porto.
O CDN está ainda equipado com um VTS (Ves-
sel Traffic System) que contribui para o au-
mento do nível de segurança e protecção do
meio ambiente da área portuária marítima,
sendo que os dados actuais de detecção do
tráfego resultam da captura de radar. Por ou-
tro lado, existem ainda estações meteoroló-
gicas, ondulação por bóia, ondógrafo, esta-
ção meteorológica atmosférica e ondulação
por radar que recolhem e tratam dados me-
teorológicos em tempo real, permitindo as-
sim a tomada de decisões e acções de pro-
tecção e prevenção. �
Com um entreposto na Maia e outro
em Lisboa, a Divisão de Logística da
SGS disponibiliza um conjunto de ser-
viços logísticos completos a todos os seus
clientes, sejam estes importadores, exporta-
dores ou parceiros transitários.
A par das actividades normais inerentes ao
funcionamento de cada entreposto, como a
descarga e desconsolidação das mercadori-
as contentorizadas de países terceiros e co-
munitários, respectiva identificação e titulari-
zação, de modo a que o importador possa
proceder ao despacho aduaneiro da merca-
doria, a Divisão de Logística da SGS faculta
aos seus clientes serviços de controlo da qua-
lidade das mercadorias, entrepostagem adua-
neira, gestão de stocks, distribuição e inspec-
ções da qualidade.
“Fornecemos um serviço completo desde a
origem ao destino, incluindo a logística e o
controlo da qualidade da mercadoria. Inclusi-
ve, contamos com o apoio de laboratórios têx-
teis para o controlo da qualidade do algodão,
no âmbito do serviço de cotton surveillance
que também prestamos”, explica Luís Pinto,
director da Divisão de Logística desde 1999.
Serviços de Logística
Logística
Soluções à medida do cliente
Com um entreposto na
Maia (Leixões) e outro
em Lisboa, inaugurado
no início do ano, a SGS
prepara terreno para
oferecer um serviço
integrado de logística na
Península Ibérica até
final de 2005.
Revista do Grupo SGS Portugal16
Luís Pintodirector da Divisão
de Logística
Serviço aos exportadoresEm Lisboa, onde no início de 2004 foi inau-
gurado um entreposto público, a SGS pres-
ta serviços que englobam a importação de
países terceiros, cargas comunitárias e ex-
portação, prevendo-se a extensão desta últi-
ma ao entreposto da Maia até ao final do ano.
“Os clientes que trabalham connosco em Lis-
boa já nos conhecem, pelo que as expecta-
tivas são bastante elevadas. Até agora o ní-
vel de satisfação é bom. Além disso, com a
abertura em Lisboa asseguramos uma liga-
ção diária de transporte de mercadorias en-
tre Lisboa-Porto e Porto-Lisboa. A nossa pos-
tura é a de corresponder às necessidades
dos clientes e estar onde os clientes preci-
sam.
A abertura do entreposto em Lisboa e a cri-
ação do serviço de exportação é o exemplo
desse nosso posicionamento, pois veio dar
resposta a necessidades específicas dos cli-
entes deste mercado”, sustenta Luís Pinto.
Os entrepostos da Maia e Lisboa funcionam
como ponto de partida e chegada para e de
todo o país. Com os operadores de transpor-
te parceiros, a SGS Portugal executa qual-
quer tipo de transporte door to door ou wa-
rehouse to warehouse e tem capacidade pa-
ra oferecer soluções de entrega de merca-
doria em qualquer ponto da União Europeia.
“Os operadores de transporte e os transitá-
rios são nossos clientes, mas
a nossa relação com eles é
de total parceria. Tentamos
ser parte da solução que o
transitário precisa para pres-
tar o melhor serviço aos res-
pectivos clientes”, esclare-
ce o director da Divisão. E
acrescenta: “trabalhamos
também com traders, fun-
cionando como hub de dis-
tribuição para toda a Euro-
pa”.
A nível aduaneiro, a SGS pro-
cede aos despachos adua-
neiros das mercadorias, em
Portugal e em qualquer par-
te do mundo, executando todas as funções
que lhe são inerentes, desde a classificação
aduaneira até à tramitação da documentação
junto das autoridades competentes.
O entreposto público da Maia tem uma área
coberta de 7000m2 e o de Lisboa tem 2750m2,
implantado numa área com 4000m2. Em Lis-
boa, o entreposto conta com uma ´máquina
de cheios´, um equipamento com capacida-
de para manusear contentores cheios até 45
toneladas de peso. Como explica Luís Pinto,
trata-se de um equipamento extremamente
útil, pois aumenta substancialmente a capa-
cidade de movimento de cargas e descargas.
Os camiões dos transitários não precisam de
ficar à espera de que se descarreguem ou
carreguem os conteúdos dos contentores.
No Porto, e enquanto o movimento não o jus-
tificar, continuam a ser utilizados os cais de
descarga. O movimento mensal atinge as cer-
ca de 5000 toneladas de carga, para uma equi-
pa de 21 colaboradores.
Expandir a actividade a outras zonas do país
é um objectivo a atingir a curto prazo. Os pla-
nos passam, inclusive, e como avança o di-
rector da Divisão de Logística, por oferecer
um serviço integrado em toda a Península
Ibérica a partir do porto de Barcelona e/ou do
porto de Valência, que ganham cada vez mai-
or relevância ao nível dos transportes maríti-
mos.�
Revista do Grupo SGS Portugal 17
Serviços de Logística
Cotton Surveillance
A actividade Logística da SGS come-çou em 1981 com a abertura e ges-tão de um entreposto afiançado de al-godão em rama para um cliente. Mui-to evoluiu desde então, mas o algo-dão ainda hoje está presente nos ser-viços da empresa com o chamado Cotton Surveillance. Através da redede afiliadas nos países de produção econsumo de algodão, o Grupo SGSpresta inúmeros serviços a vendedo-res e compradores, entre os quais con-trolo do peso do fardo a fardo ou car-regado em camiões/contentores, ex-tracção de amostras para verificaçãoda qualidade (da referência, grau ecomprimento da fibra), testes para de-terminação de espessura, resistência,HVI e teor de açúcar ou viscosidadedas amostras extraídas, inspecçõesexternas de avaria do algodão duran-te a carga ou descarga, inspecções acorpos estranhos e inspecções de ava-rias de origem e determinação do te-or de humidade. �
Gestão de stocks
Através das mais sofisticadas
soluções de tecnologias de in-
formação e comunicação dis-
poníveis, a SGS disponibiliza
aos clientes um serviço de ges-
tão de stocks online com cál-
culo de ponto de encomenda
e quantidade económica ópti-
ma, que disponibiliza informa-
ção online sobre existências.
Arelação entre Manuel António La-
deiras, sócio gerente da Ladeiras &
Machado, Despachantes Oficiais,
Lda., com a SGS remonta aos anos sessenta,
quando desempenhava as funções de aju-
dante de um despachante. A empresa de que
é sócio, constituída nos anos setenta, traba-
lha desde então com a SGS, sobretudo des-
de o início da década de oitenta, quando a
SGS assumiu a actividade de consignatária
de carregadores estrangeiros, recorrendo aos
agentes da praça do Porto de Leixões para
operações de manuseamento de cargas (par-
ticularmente de algodões) e, enquanto con-
signatária, a um despachante oficial para ge-
rir a parte de documentação relativa à pro-
priedade e entrega de mercadorias.
“Em meados dos anos oitenta foi publicada
legislação que criava pela primeira vez a figu-
ra do depósito provisório privado e depósito
provisório público. Influenciada por mim, a
SGS candidatou-se ao estabelecimento de
Serviços de Logística
Revista do Grupo SGS Portugal18
A Ladeiras & Machado, Despachantes Oficiais, é o parceiro de confiança
na actividade logística desenvolvida pela SGS Portugal. A Transcinco e a
Portocargo testemunham como clientes, exigentes mas satisfeitos, a
eficácia com que a Divisão de Logística resolve todos os seus problemas
enquanto utilizadores dos seus entrepostos aduaneiros.
Parcerias inteligentes
um terminal público de recepção de cargas
por via marítima. Foi recusado, mas, atentos
à realidade, verificámos que a lei previa a fi-
gura da cessação de mercadorias, isto é, a
possibilidade de transferir mercadorias a ter-
ceiros. Optámos por esse caminho. Reorga-
nizámos o processo e solicitámos à Direc-
ção Geral das Alfândegas autorização para
estabelecer um depósito privado, que na prá-
tica correspondia às necessidades da activi-
dade da SGS. Enquanto consignatária, tinha
a possibilidade de ceder as mercadorias aos
verdadeiros proprietários. E foi assim que a
SGS criou o primeiro armazém afiançado e
iniciou a actividade de logísitica”, recorda Ma-
nuel António Ladeiras. Foi também em par-
ceria que, já nos anos 90, foi organizado o
processo de transformação do depósito pri-
vado em depósito público (entreposto) e a
correspondente abertura à carga geral (im-
portação de países terceiros e cargas comu-
nitárias).
Tanto durante o regime de entreposto afian-
çado como no de entreposto aduaneiro, a La-
deiras & Machado é o parceiro da SGS no
cumprimento das formalidades aduaneiras
necessárias. Cheguem por via marítima ou
rodoviária, as mercadorias importadas de paí-
ses terceiros para entrarem nos entrepostos
da SGS (à consignação ou de clientes) têm
Revista do Grupo SGS Portugal 19
Serviços de Logística
de cumprir uma série de formalidades alfan-
degárias e operacionais. É aqui que entra o
serviço da Ladeiras & Machado, que, no ca-
so de importação por via marítima, trata de
toda a documentação junto da Alfândega em
coordenação com as autoridades portuárias,
com os agentes de navegação e com os ope-
radores portuários. Este serviço torna pos-
sível a transferência dos meios de transpor-
te dos contentores das docas para os entre-
postos da SGS. A Ladeiras & Machado tra-
ta, também, da documentação aduaneira pa-
ra a entrega das mercadorias ao importador
ou destinatário das mesmas. Com rapidez
e a máxima eficiência. “A Ladeiras & Ma-
chado tem estado permanentemente ao la-
do da SGS no cumprimento de todo o con-
junto de obrigações aduaneiras e no encon-
trar de soluções consentâneas com os ob-
jectivos dos clientes da própria SGS, de acor-
do com os objectivos comerciais que per-
segue. A nossa postura é a de estarmos
atentos, termos sempre presentes os prin-
cipais dossiês de legislação nacional, comu-
nitária e internacional em matéria de comér-
cio externo, sermos profissionais e, sempre
que o considerarmos conveniente, levar ao
conhecimento da SGS todas as situações
novas que possam contribuir para que a em-
presa melhore o serviço que presta a todos
os seus clientes da área da Logística”.
A Ladeiras & Machado conta com quatro
despachantes oficiais e 20 colaboradores,
entre ajudantes e pessoal administrativo.
Além das instalações da sede, em Leixões,
a empresa tem uma delegação no Peso da
Régua para apoio aos sistemas de impos-
tos especiais do consumo de bebidas alco-
ólicas, nomeadamente do Vinho do Porto.
Poucos clientes mas bons é a estratégia se-
guida de há uns anos a esta parte, e com
bons resultados.
Clientes plenamente satisfeitosA Portocargo, fundada em 1990, e a Transcin-
co, constituída em 1997, são empresas vo-
cacionadas para o transporte nacional e in-
ternacional de mercadorias e que encaram a
SGS como um parceiro de negócio. “Opera-
mos sobretudo com cargas com origem ou
destino para mercados extra-comunitários,
pelo que necessitamos de as desconsolidar
ou grupar num entreposto aduaneiro. E a SGS,
além de ter entrepostos aduaneiros que nos
prestam esse serviço, é o melhor operador
logístico do mercado. Não tenho qualquer dú-
vida”, afirma sem hesitações Fernando Vei-
ga, sócio gerente da Transcinco. Orientada
para a carga marítima, nomeadamente no
"A Ladeiras & Machado
tem estado permanente-
mente ao lado da SGS no
cumprimento de todo o
conjunto de obrigações
aduaneiras e no encontrar
de soluções consentâneas
com os objectivos dos
clientes da própria SGS, de
acordo com os objectivos
comerciais que persegue”. Manuel António Ladeirassócio gerente da Ladeiras & Machado
fissionalismo para encontrar soluções e re-
solver problemas é o que conseguimos a tra-
balhar com a SGS”, reitera o sócio gerente
da Transcinco.
Sinergias rentáveisOs primeiros contactos da Portocargo com
o Grupo SGS estão directamente ligados ao
seu processo de certificação, através do qual
se tornou a primeira empresa transitária por-
tuguesa a obter a certificação de acordo com
a norma NP EN ISO 9001:2000. A relação ao
nível da certificação mantém-se até hoje, sen-
do que desde então a Portocargo recorre tam-
bém aos serviços de logística da SGS en-
quanto operador autorizado à chegada.
Serviços de Logística
Revista do Grupo SGS Portugal20
Fernando Veigasócio gerente da Transcinco
Mário Sousadirector geral da Portocargo
"Operamos sobretudo com cargas
com origem ou destino para
mercados extra-comunitários,
pelo que necessitamos de as
desconsolidar ou grupar num
entreposto aduaneiro. E a SGS,
além de ter entrepostos
aduaneiros que nos prestam
esse serviço, é o melhor
operador logístico do mercado.
Não tenho qualquer dúvida".
"Escolhemos a SGS pelo facto
de termos boas relações com a
empresa e nos prestar um serviço
que nos satisfaz plenamente.
Quer na credibilidade de que des-
fruta quer na forma como
descarrega e acondiciona as cargas
e pela celeridade que imprime aos
processos de desalfandegamento.“
“Escolhemos a SGS pelo facto de termos
boas relações com a empresa e nos prestar
um serviço que nos satisfaz plenamente.
Quer na credibilidade de que desfruta quer
na forma como descarrega e acondiciona as
cargas e pela celeridade que imprime aos
processos de desalfandegamento. Tem, ain-
da, facilidade na forma de recepcionar as car-
gas e isso é muito importante para a obten-
ção do chamado título de depósito, pois é
com ele que o despachante oficial apresen-
ta as mercadorias à Alfândega para que pos-
sam ser desalfandegadas. Nos entrepostos
da SGS está um representante da Alfânde-
ga que abre os contentores (no nosso caso
a maioria chega por via marítima), assiste à
conferência da mercadoria e, se tudo estiver
correcto, são emitidos os títulos de depósi-
to das mercadorias, que ficam à confiança
da SGS até que sejam desalfandegadas e se-
ja autorizada a sua saída para entrega ao im-
portador”, explica Mário de Sousa, director
geral da Portocargo. E acrescenta: “a rapi-
dez e a celeridade são factores de escolha
importantes de um operador, mas as condi-
ções de segurança e higiene de manusea-
mento e armazenagem das cargas também.
Trabalhamos com cargas de zonas remotas,
longínquas, e todo o cuidado é pouco para o
seu manuseamento, seja no país de origem
seja no de chegada. A SGS procede com mui-
ta cautela, exactamente como queremos que
faça, e por isso o seu serviço nos satisfaz.
Também damos muito importância ao acon-
dicionamento da mercadoria nos armazéns,
até porque enquanto empresa de transpor-
tes certificada, qualquer reclamação é mui-
to penalizante”, conclui o director geral da
Portocargo.
A Portocargo, com sede em Vila da Telha e
uma filial em Lisboa, planeia, coordena e exe-
cuta o transporte de mercadorias desde as
mais remotas origens até ao mais longínquo
destino, independentemente dos meios de
transporte usados. Muitos clientes exporta-
dores da Portogargo utilizam também os ser-
viços de supervisão e inspecção de cargas
da SGS contratados pelas autoridades dos
países de destino.�
segmento de grupagem de mercadorias, a
Transcinco tem como mercados prioritários
África, China e Índia, ao nível das importa-
ções, e EUA, Brasil e Canadá nas exporta-
ções. “A escolha do operador logístico com
que se trabalha depende, em primeiro lugar,
do conhecimento do negócio. Depois, é ex-
tremamente importante a capacidade técni-
ca para desenvolver o serviço necessário e,
obviamente, capacidade logística. Instalações
adequadas onde as mercadorias cheguem
em perfeitas condições e assim se mante-
nham em locais apropriados e facilitadores
do seu encaminhamento para o cliente final.
Rapidez, eficiência, cuidado no manuseamen-
to da carga, flexibilidade, capacidade e pro-
Ensaios & Testes
Revista do Grupo SGS Portugal22
Orientado por princípios e valores ri-
gorosos, o Laboratório de Ensaios
Têxteis (LABT) da SGS Portugal,
em Leça da Palmeira, executou até ao mo-
mento um elevado leque de testes a pedi-
do, sobretudo, de pequenas e médias em-
presas portuguesas, localizadas na zona Nor-
te do país, particularmente no Vale do Ave,
onde está concentrada a maioria das unida-
des ligadas ao sector.
Segundo explicou Dora Cardoso, responsá-
vel do LABT, "o laboratório está vocacionado
para controlar a qualidade das matérias têx-
teis, em particular tecidos e malhas. Relati-
vamente aos fios e às fibras, estamos equi-
pados para efectuar ensaios químicos", su-
blinha.
Acreditado pelo Instituto Português da Qua-
O Laboratório de Ensaios Têxteis da SGS Portugal
foi criado em 1983 com o objectivo de apoiar a in-
dústria têxtil a realizar com maior precisão o con-
trolo da qualidade dos seus produtos, de acordo
com as diferentes normas nacionais e
internacionais, e com as especificações referidas
nos cadernos de encargos dos clientes.
Laboratório de Ensaios Têxteis
Controlar aqualidade têxtil
para superar desafios
Revista do Grupo SGS Portugal 23
Ensaios & Testes
lidade, o laboratório está preparado para pro-
mover, entre outros, os seguintes ensaios:
identificação de fibras; composição e cons-
trução de tecidos; determinação da estabili-
dade dimensional à lavagem, à limpeza a se-
co e à imersão em água; resistência à rotura
e alongamento; resistência ao rasgo; resis-
tência e deslizamento das costuras; resistên-
cia à abrasão, à formação de borboto; solidez
dos tintos a diferentes agentes; teste de fla-
mabilidade; e determinação do pH.
Para continuar a desenvolver um serviço con-
cordante com os elevados padrões de quali-
dade habitualmente prestados por qualquer
departamento da SGS Portugal e manter uma
entrega rápida dos resultados dos ensaios
aos clientes, a empresa investiu 40 mil eu-
ros em 2003, perspectivando investir o mes-
mo valor no presente ano para actualizações
de software e substituição de equipamentos.
Esta acção, diz Dora Cardoso, "contribuiu em
definitivo para uma melhoria substancial do
nosso trabalho em termos de rapidez e efici-
ência. Por outro lado, permitiu-nos também
avançar para a realização de ensaios de acor-
do com outras normas".
Investir para inovarEm 2003, o laboratório adquiriu um novo
software para o dinamómetro, um novo pro-
grama para a máquina de testes da estabili-
dade dimensional, um Elmatear para ensai-
os de resistência ao rasgo e um Crockmas-
ter para analisar a solidez do tinto à fricção.
A SGS Portugal apostou, também, na com-
pra de uma câmara de avaliação da formação
de borbotos e de um novo agitador mecâni-
co, bem como na montagem de uma sala pa-
ra avaliação do aspecto do enrugado após la-
vagem e secagem domésticas. A empresa
investiu, ainda, na aquisição de uma série de
outros acessórios complementares ao bom
desenvolvimento do trabalho e implementou
um novo sistema de ar condicionado, uma
vez que diversos ensaios têm de ser efectu-
ados em ambiente controlado. Em 2004, es-
tá previsto continuar a inovar e a apetrechar
o laboratório com equipamentos de ponta pa-
ra assegurar um apoio permanente, rápido e
eficaz ao cliente. Uma das prioridades, con-
ta Dora Cardoso, "passa pela renovação dos
secadores de roupa. Há outros equipamen-
tos a ponderar, mas estão dependentes do
volume de trabalho requerido pela indústria
têxtil", explica.
A responsável pelo Laboratório de Ensaios
Têxteis lamenta, no entanto, a pouca sensi-
bilidade que as empresas portuguesas de-
monstram relativamente ao controlo da qua-
lidade. "A maioria das empresas têxteis
recorrem aos serviços de ensaios porque são
obrigadas pelos seus clientes, que cada vez
mais apresentam cadernos de encargos que
definem à partida rigorosos critérios e pa-
drões de exigência a nível da qualidade para
cada gama de produtos têxteis. Não temos
muitas experiências de clientes que nos so-
licitem ensaios voluntariamente, quando de-
veria ser um princípio básico, tendo em vis-
ta a satisfação máxima do cliente final. Con-
trariamente ao que se passa na Europa, es-
"A maioria das em-
presas têxteis recorrem
aos serviços de ensaios
porque são obrigadas
pelos seus clientes, que
cada vez mais
apresentam cadernos
de encargos que
definem à partida
rigorosos critérios e
padrões de exigência a
nível da qualidade para
cada gama de produtos
têxteis”.
Dora Cardoso, directora técnica do Laboratório de Ensaios Têxteis
Ensaios & Testes
Revista do Grupo SGS Portugal24
pecialmente em França e Inglaterra, Portu-
gal está bastante atrasado em termos legis-
lativos. Nada tem sido feito neste âmbito e,
portanto, cada um age de acordo com a sua
consciência, o que está errado. Com a glo-
balização dos mercados, novos desafios são
colocados a todos os sectores da economia
portuguesa e a indústria têxtil não é excep-
ção. Se não acompanharmos os outros paí-
ses, com realidades sócio-económicas bas-
tante diferentes, corremos o risco de sermos
anulados. É importante que os empresários
portugueses reconheçam esta realidade e se
preparem para enfrentar com êxito tais de-
safios. Mudem estratégias e alterem proce-
dimentos, por forma a garantirem a qualida-
de máxima do produto final", conclui Dora
Cardoso.�
Joaquim Loureiro,gestor de clientes do Departamento
Consumer Testing Services
Consumer Testing Services
OLaboratório de Ensaios Têxteis desem-
penha funções complementares aos
serviços do Departamento Consumer Tes-
ting Services da SGS Portugal. Este Depar-
tamento presta serviços em outsourcing,
de forma a que as empresas concentrem
toda a atenção no seu negócio e deixem
nas mãos dos especialistas mundiais da SGS
as operações inerentes à qualidade e logís-
tica dos produtos. Como explica Joaquim
Loureiro, gestor operacional deste sector,
"é um serviço adaptado às necessidades de
cada cliente. Disponibilizamos um pacote de
serviços que cobre as áreas de prospecção,
selecção e avaliação de fornecedores, de con-
trolo da qualidade dos produtos, transporte
e logística. Prestamos todo o apoio ao clien-
te tanto na gestão de importações como de
exportações, porque temos agências em
todo o mundo, com uma equipa de peritos
altamente especializada no controlo da qua-
lidade", sublinha.
Apesar de estarem vocacionados para ins-
peccionar encomendas de produtos cerâmi-
cos, vidro, livros, cortiça, entre outras maté-
rias, os têxteis, (tecidos e vestuário) e o cal-
çado assumem maior predomínio no volume
de negócios do Consumer Testing Services.
Paralelamente às inspecções, Joaquim Lou-
reiro salienta ainda a vocação do Departa-
mento para prestar serviços de consultoria e
para executar auditorias aos fornecedores,
com vista a averiguar se cumprem os regu-
lamentos e normas estabelecidas no contra-
to. "Temos capacidade técnica e de recursos
humanos para acompanhar na globalidade to-
do o processo de importação ou exportação,
fomentando um trabalho de filtragem até ao
cliente final. As empresas que nos procuram
estão protegidas e salvaguardadas de im-
previstos. Garantimos, praticamente a 100%,
a segurança da transacção, a redução de ris-
cos de importação de produtos não confor-
mes a optimização dos custos. No exercício
da nossa actividade procuramos actuar de
acordo com elevados níveis de competência,
profissionalismo, protecção e confidenciali-
dade", conclui o gestor operacional.�
Segurança nas importações/exportações
ASGS Portugal decidiu apostar for-
temente, no início de 2004 na pres-
tação de serviços de segurança de
equipamentos, uma área de negócio que in-
tegra a Divisão Industrial e que, atendendo às
crescentes imposições de ordem legal, apre-
senta elevadas potencialidades de crescimen-
to. “Todos os equipamentos de trabalho, do
mais simples torno ou berbequim à mais so-
fisticada máquina industrial ou de constru-
ção civil, têm de cumprir requisitos legais de
segurança para o utilizador. Os equipamentos
mais recentes, nomeadamente a partir da dé-
cada de noventa têm esses requisitos defini-
dos, até por imposição comunitária. Os equi-
pamentos fabricados antes desse período nor-
malmente não têm requisitos estabelecidos,
pelo que devem obedecer à legislação relati-
va à segurança de equipamentos de trabalho,
que é relativamente vaga, tem lacunas e ain-
da não foi devidamente regulamentada. Até
final de 2003, a SGS Portugal prestava con-
sultoria na área da Segurança de Equipamen-
tos, nomeadamente a clientes em processo
de certificação, mas não fazia a inspecção das
máquinas. Nessa altura, decidiu autonomizar
esta área de actividade e enveredar pela par-
te operacional, que tem especificidades pró-
prias, quer ao nível da definição de planos de
segurança quer de qualificação dos técnicos
operacionais. Não basta ser um bom técnico
metalomecânico, é necessário ter formação
em segurança. Além disso, a estratégia da
SGS para esta área é a de actuar na vertente
de inspecção de equipamentos usados, co-
mo está a fazer actualmente, e na de equipa-
mentos novos, junto dos fabricantes. Solici-
tou-se ao IPQ a acreditação de acordo com a
Directiva Máquinas, que, julgo, deverá ser con-
cedida até final deste ano. Nessa altura,
além da prestação de apoio técnico, a SGS vai
poder emitir certificados de conformidade
no âmbito da Directiva”, explica Helder Araú-
jo, responsável do Departamento de Seguran-
ça de Equipamentos.
A grande maioria dos clientes na SGS da área
de segurança de equipamentos são empre-
sas de construção civil e do sector metalome-
cânico. Mas as exigências estendem-se a mui-
tos outros sectores de actividade. Como su-
blinha Helder Araújo, existem normas de cum-
primento obrigatório que algumas empresas
só aplicam na altura das fiscalizações, quan-
do o objectivo deverá ser o de ter um nível
óptimo de segurança para o utilizador, ao mes-
mo tempo que se garante a operacionalida-
de do equipamento. “A segurança deve ser
uma prioridade para todas as empresas, pois
diminui os riscos a todos os níveis e aumen-
ta a produtividade, razão pela qual esta área
é complementar a quase todas as actividades
desenvolvidas pela SGS Portugal”, sublinha
Helder Araújo.
Com a acreditação, a SGS vai poder actuar
junto das empresas fabricantes, pois também
estas são obrigadas a cumprir normas espe-
cíficas de âmbito nacional e comunitário du-
rante o processo de fabrico e de comerciali-
zação dos seus produtos. �
Revista do Grupo SGS Portugal 25
Segurança de Equipamentos
Novo Departamento da SGS Portugal
O Departamento de Segurança de Equipamentos da SGS
Portugal está operacional desde o início de 2004, apesar de
o serviço de segurança de equipamentos estar disponível desde
o segundo semestre de 2003. Este Departamento presta
serviços que complementam as actividades de consultoria,
inspecção e certificação da SGS Portugal e, brevemente,
vai estar também ao serviço de fabricantes, no âmbito da
verificação da conformidade de fabrico de equipamentos,
de acordo com a Directiva Máquinas.
Helder Araújoresponsável do Departamento de
Segurança de Equipamentos
Acertificação do serviço no Departa-
mento de Produtos Frescos (DPF)
do hipermercado Jumbo de Almada
abrange o atendimento e apoio a clientes, a
comercialização de produtos frescos, a higie-
ne e segurança alimentar, a satisfação dos
clientes e a formação e qualificação dos co-
laboradores, e é encarada como uma mais-
-valia para a loja e para o Grupo Auchan.
“A obtenção da primeira certificação do ser-
viço atribuída a um hipermercado em Portu-
gal vem reafirmar o carácter inovador que o
Grupo Auchan tem vindo a demonstrar em
todas as vertentes da sua actuação no mer-
cado. O facto de a certificação ser na área
dos produtos frescos, confere ao Jumbo ain-
da mais valor, uma vez que se trata de uma
das áreas mais sensíveis de qualquer loja.
Significa que conseguimos fazer o mais difí-
cil”, assinala José Castro, director da Quali-
dade do Grupo Auchan.
A decisão de certificar o serviço do DPF do
Jumbo de Almada foi tomada em 2001, ain-
da antes da abertura da loja, inaugurada em
Setembro de 2002, e surgiu em sequência
do trabalho desenvolvido pelo Grupo na área
Certificação do Serviço
Revista do Grupo SGS Portugal26
O Departamento de Produtos Frescos do hipermercado Jumbo
de Almada recebeu, no final de Abril, da SGS ICS - Serviços
Internacionais de Certificação, a marca ´Certificação do
Serviço´. Uma certificação que será estendida a outras lojas
e que confirma, uma vez mais, o pioneirismo e inovação
do Grupo Auchan na distribuição em Portugal.
Jumbo de Almada
Primeiro hipermercado com certificação do serviço em Portugal
da qualidade. O processo iniciou-se no pri-
meiro trimestre de 2002 com a ‘construção’
das diversas normas, regras e procedimen-
tos que viriam a dar origem à especificação
técnica que permitiria certificar o serviço. Es-
ta fase envolveu a colaboração entre diver-
sos serviços do Grupo Auchan.
Em Dezembro de 2002 a norma da Especi-
ficação Técnica (SC RETR-019) estava pron-
ta, tendo sido submetida à apreciação de um
Comité Técnico e devidamente aprovada lo-
go em Janeiro de 2003. A partir daí, iniciou-
-se todo o trabalho de implementação do sis-
tema na loja, começando pela formação dos
cerca de 240 colaboradores afectos ao DPF.
Foram realizadas 61 acções de formação em
áreas como o atendimento e apoio ao clien-
te, comercialização de produtos frescos, hi-
giene e segurança alimentar, sensibilização
para a certificação de serviços e em acções
correctivas e preventivas, entre outras.
O processo implicou, igualmente, a criação
de um conjunto de suportes técnicos de
apoio, como a elaboração de um Manual de
Certificação de Serviços, nova sinalética em
vários formatos em todas as secções do De-
partamento – charcutaria, congelados, gas-
tronomia, lácteos, padaria, pastelaria, peixa-
ria, talho e frutas e verduras –, assim como
a elaboração de fichas de aconselhamento e
de produto com informação detalhada para
os consumidores. Em simultâneo, foram in-
troduzidas metodologias de controlo, consubs-
tanciadas em auditorias ́ Cliente Mistério´, au-
ditoria de controlo de certificação e auditoria
interna ao sistema, e criado um inquérito de
avaliação da satisfação de cliente, a realizar
anualmente.
Jaime Lemos, director do Jumbo de Alma-
da, assegura que a dedicação dos colabora-
dores foi e é determinante para o sucesso do
projecto. “As exigências do processo de cer-
tificação são inegáveis, pelo que o cumpri-
mento dos objectivos só foi possível com o
empenho das pessoas. O envolvimento dos
colaboradores é fundamental, já que são eles
que praticam a certificação, a qualidade do
serviço, todos os dias, em tudo o que fazem”,
sustenta.
Para o director de loja, a opção pela certifica-
ção do serviço é uma aposta ganha pelo Gru-
po Auchan. “Estamos a fazer inovação em
contra-ciclo. Quando toda a gente fala em de-
sinvestimento e contenção de custos, o Gru-
po Auchan investe em inovação, investe nos
recursos humanos, investe na qualidade do
serviço que presta aos clientes, e serão cer-
tamente investimentos com retorno, tendo
em consideração o aumento substancial que
se consegue no grau de profissionalismo dos
colaboradores e a consequente diferencia-
ção perante a concorrência”.
A escolha da SGSHá 12 anos que o Grupo Auchan conhece o
trabalho da SGS, em particular na área de con-
trolo laboratorial de produtos. Uma relação de
confiança que pesou na escolha da empresa
para entidade certificadora. “Já éramos clien-
tes da SGS, conhecíamos as suas metodolo-
gias de trabalho e capacidade técnica dos seus
profissionais. No entanto, e procurando ser
objectivos, ainda lançámos um concurso, mas
a SGS ICS acabou mesmo por ser a seleccio-
nada”, salienta o director da Qualidade do Gru-
po Auchan.
A certificação do serviço do DPF é encarada
pela Direcção do hipermercado como uma
mais-valia que, adicionada à política de preços
baixos que o Grupo privilegia, confere ao Jum-
bo de Almada maior capacidade para conquis-
tar clientes. “A opção pelos preços baixos é
um dado adquirido, é uma prática que está in-
teriorizada desde a primeira hora em que abri-
mos a loja, daí que o passo seguinte tenha
sido necessariamente a inovação, criando mais
uma vantagem competitiva, através da quali-
dade”, adianta Jaime Lemos.
Em consonância com a certificação dos ser-
viços do DPF, o Jumbo de Almada decidiu
apostar na diferenciação, oferecendo serviços
pouco comuns em hipermercados, como é o
caso do serviço de listas de casamento, dis-
ponível num espaço especialmente concebi-
do para esse fim. Ou, ainda, o espaço criado
especificamente para apoiar as mães com be-
bés em fase de amamentação. É uma zona
reservada e resguardada onde as mães po-
dem amamentar tranquilamente ou aquecer
biberões e trocar as fraldas aos bebés. As
pessoas deficientes podem também benefi-
ciar de um acompanhamento na loja, sempre
que o solicitem”, acrescenta o director de lo-
ja. O sucesso destes serviços na loja de Al-
mada levou à sua aplicação noutras lojas Jum-
bo, onde também já se tornaram práticas dis-
tintivas da marca. Tal como vai acontecer com
a certificação do serviço do DPF, que gradual-
mente será estendida a outras lojas do Grupo
Auchan.
Confiante na ampliação do conceito da quali-
dade, José Castro considera que os sucessos
conseguidos depois da certificação são um in-
centivo a outras lojas, que “vão beneficiar do
know-how adquirido depois da implementa-
ção da certificação no Jumbo de Almada”.
Para o director da loja de Almada, Jaime Le-
mos, a valorização que a certificação imprime
à secção dos produtos frescos é visível no
crescimento do peso do sector nas vendas,
mas, ainda assim, acredita que o hipermerca-
do beneficiará globalmente da inovação expe-
rimentada naquele Departamento. “Quere-
mos que o peso dos produtos frescos aumen-
te face ao valor total das vendas, mas isso de-
ve acontecer à custa do crescimento global
do hipermercado, o que, estamos certos, se
irá verificar”, conclui.�
Revista do Grupo SGS Portugal 27
Certificação do Serviço
Jaime Lemos, director do Jumbo de Almada, e José Castro, director da Qualidade do Grupo Auchan
Gilberto Jordan, administrador do Grupo Lusotur, com Ana Pina Teixeira, administradora executiva do Grupo SGS Portugal
Eventos & Notícias
Com o patrocínio da SGS, o Jornal
Água&Ambiente juntou empresários,
especialistas e representantes de ins-
tituições para discutir, durante dois dias, as
vantagens do ‘turismo sustentável’.
Num contexto onde surge como um dos
eixos prioritários do desenvolvimento do
país, o sector do turismo tem hoje pela fren-
te alguns desafios. A preocupação ambiental
e a ´sustentabilidade´ da actividade turística
constituem duas das questões centrais.
A relevância do tema, bem como a sua actua-
lidade, juntou, em Fevereiro, empresários do
sector, especialistas e representantes de di-
versas instituições numa conferência, de dois
dias, organizada pelo Jornal Água&Ambiente
e patrocinada pela SGS. A sensibilização do
mercado para as vantagens do turismo sus-
tentável, o intercâmbio de ideias e a partilha
de experiências foram alguns dos objectivos
do encontro, que abordou, pela primeira vez,
o tema sob uma perspectiva empresarial.
A actividade turística provoca impactos am-
bientais de vulto, os quais estão directamen-
te ligados aos excessivos consumos de água
e energia, aos elevados níveis de produção de
resíduos e às pressões exercidas sob o meio
natural. São cada vez mais os empreendimen-
tos turísticos que optam pela “prática susten-
tável” da sua actividade. O crescente interes-
se demonstrado pelos empresários do sector
na definição de políticas ambientais, na imple-
mentação de sistemas de gestão ambiental
(SGA) e na obtenção de uma certificação de
acordo com algumas das normas internacio-
nais como as NP EN ISO 14001, o sistema co-
munitário de rótulo ecológico aplicado ao tu-
rismo ou o EMAS, confirmam a motivação.
A procura de um selo de garantiaSegundo Pedro Ferreira, da SGS ICS e um dos
intervenientes no encontro, até Fevereiro a
SGS certificou, de acordo com os requisitos
da norma NP EN ISO 14001, oito empresas.
Entre elas contam-se três hotéis, três explo-
rações de campos de golfe, uma marina e uma
praia.
Em Portugal, o Grupo Lusotur é um dos que
mais tem apostado, e investido, na implemen-
tação de boas práticas ambientais. Com vá-
rios dos seus empreendimentos já certifica-
dos – entre eles a Lusotur Golfes, S.A. (aliás,
este foi o primeiro operador de golfe, a nível
mundial, a obter a certificação ambiental), a
Marina de Vilamoura e a Praia da Rocha Baixi-
nha, (da qual o grupo é concessionário) – es-
ta parece ser “uma estratégia a seguir no fu-
turo”, como afirmou o seu administrador, Gil-
berto Jordan, na sua intervenção.
Também Henrique Montelobo, administrador
da Sonae Turismo, justificou o investimento
realizado na certificação da unidade hoteleira
do grupo na Madeira, o Hotel Jardim Atlânti-
co. “A implementação de um SGA é uma ga-
rantia, um símbolo de qualidade e uma mais-
-valia para os hóspedes do hotel. Para além da
importância a nível de marketing e de compe-
titividade, este sistema é já responsável por
uma poupança a nível económico-financeiro,
através da redução de consumos em vários
sectores da unidade hoteleira”, disse.
Mas se um ´turismo sustentável´ pode redu-
zir, em muito, os custos operacionais, também
é verdade que nos últimos anos tem vindo a
observar-se uma mudança gradual de atitude
do lado da procura turística face às questões
ambientais.
De acordo com Susana Lima, da Escola Supe-
rior de Educação de Coimbra, existe hoje um
novo ´consumidor verde´, que é sensível às
culturas locais, tem preocupações ambientais
e se interessa pela conservação dos recursos
naturais. Citando as conclusões de um estu-
do sobre a ´importância atribuída ao desem-
penho ambiental dos hotéis´, esta investiga-
dora referiu que “70% dos inquiridos manifes-
tou apetência para seleccionar unidades que
tivessem um bom desempenho ambiental”.
Em conjunto, os dois factores (redução de cus-
tos e o novo consumidor) estão a produzir uma,
ainda que lenta, mudança no turismo em Por-
tugal. �
Revista do Grupo SGS Portugal28
Turismocom novos desafios
No sentido de reforçar a aposta do Esta-
do português e da União Europeia na
interligação entre os sectores público e pri-
vado, a SGS Portugal tem vindo a estabele-
cer parcerias com algumas universidades.
A Universidade dos Açores foi um dos esta-
belecimentos do ensino superior com o qual
a SGS Portugal decidiu colaborar, celebrando
um convénio, que visa o desenvolvimento de
algumas acções conjuntas, como por exem-
plo, a organização de eventos, utilização de
equipamentos e espaços laboratoriais de am-
bas as instituições, participação de recursos
humanos em projectos de interesse
comum, entre outros. A formalização
desta parceria foi iniciada com a reali-
zação conjunta de um curso de mestra-
do em ´Ambiente, Saúde e Segurança´,
com arranque previsto para Outubro de 2004.
Os participantes neste mestrado ficarão qua-
lificados como Técnicos Superiores de Higie-
ne e Segurança no Trabalho.
Por seu lado, a recente parceria da SGS com
a Universidade Internacional tem o objectivo
de apoiar a pós-graduação em Gestão Inte-
grada da Qualidade, Ambiente, Segurança e
Saúde e Res-
ponsabilidade
Social, com iní-
cio a 15 de Outu-
bro. Este apoio se-
rá prestado através do
Departamento de Formação
do Grupo, a SGS Training, que disponibilizará
os seus formadores para assegurarem os mó-
dulos relacionados com a implementação e
certificação de sistemas integrados (Qualida-
de, Ambiente, Segurança e Responsabilida-
de Social).�
AValnor, empresa responsável pela
recolha e tratamento dos resíduos
sólidos urbanos no Norte Alentejano, foi
a primeira empresa europeia do sector a
completar o processo de integração dos
sistemas de gestão da qualidade, do
ambiente e da segurança, de acordo com
as normas NP EN ISO 9001:2000, NP
EN ISO 14001:1999 e NP 4397:2001
(OSHAS 18001). A certificação obtida
nestas três áreas é essencial para um
crescimento sustentável de uma empresa
que pretende consolidar a sua imagem,
pois, os benefícios internos associados
ao reconhecimento externo potenciam a
confiança da comunidade envolvente. �
Valnor é a pioneiracom certificaçãointegrada
OGrupo SGS finalizou a aquisição do Ins-
tituto Fresenius, um dos maiores e mais
prestigiados laboratórios de análises não clí-
nicas na Europa. Com esta aquisição, a SGS
torna-se a maior organização na Alemanha no
âmbito dos laboratórios, empre-
gando mais de 1600 colaborado-
res em cerca de 30 instalações.
Fundado em 1848, o Instituto Fre-
senius, presta serviços de análi-
ses não clínicas que abrangem
produtos alimentares, cosméti-
cos, têxteis e chips electrónicos,
assim como análises ambientais
e de higiene de edifícios. A sua
reputação foi construída ao lon-
go de 155 anos com base em competências
especializadas, e a confiança depositada pe-
los consumidores no seu nome pode ser com-
provada nas mais de 150 certificações, acre-
ditações e aprovações.�
Parcerias com a Universidade dos Açores e a Universidade Internacional
Concluída aquisição do Instituto Fresenius
OGrupo SGS concluiu a aquisição da
empresa Vernolienne de Laboratoires
SA (Vernolab), com sede em França.
A Vernolab é especialista em serviços de aná-
lise de óleos lubrificantes usados e diagnós-
ticos de manutenção preventiva, bem como
análises de combustível aéreo e produtos pe-
trolíferos. A empresa também possui uma
unidade de diagnóstico de motores de auto-
móveis.
Fundada em 1960, a Vernolab tem 90 cola-
boradores entre as suas instalações de
França (Verneuil sur Avre e Longjumeau) e do
Reino Unido (Stanlow). Esta aquisição tem
como objectivo expandir os serviços da Divi-
são Oil, Gas & Chemicals do Grupo SGS. �
Serviços de OGC mais
competitivoscom aquisição
da Vernolab
Revista do Grupo SGS Portugal 29
Eventos & Notícias
OTerceira Mar Hotel recebeu a certificação
Ambiental de acordo com a norma NP EN
ISO 14001:1999 e o regulamento relativo ao
Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria
(EMAS), atribuídos pela SGS ICS.
O EMAS foi criado pela União Europeia para
“promover a melhoria contínua do compor-
tamento das empresas e para exigir que estas adoptem, de forma antecipada e
continuamente evidenciada, políticas e práticas eficazes de gestão ambiental”.
Neste contexto, o Terceira Mar Hotel investiu em equipamentos (sala de resíduos
com câmara refrigerada para os resíduos orgânicos; cisterna para aproveitamento das
águas pluviais para rega dos jardins; central de gestão técnica de energia para
monitorização e controlo dos consumos de energia) que lhe permitem disponibilizar
aos seus clientes serviços de alta qualidade utilizando os recursos disponíveis de
forma racional. Estas medidas foram suportadas pela implementação do sistema
agora certificado que segue a norma ISO 14001 e o regulamento EMAS.
O Terceira Mar Hotel, situado em Angra do Heroísmo, nos Açores, é uma unidade
de 4 estrelas propriedade do Grupo Bensaude Turismo, tendo sido inaugurado a 29
de Maio de 2003. �
Primeiro hotel português com EMAS
Eventos & Notícias
Revista do Grupo SGS Portugal30
Na sequência da nomeação de Sergio Marchionne como novo administrador-
-delegado da FIAT SPA, o Conselho de Administração da SGS SA nomeou Werner
Pluss como o seu novo administrador-delegado (CEO) a nível global.
Werner Pluss é actualmente vice-
-presidente executivo responsável
pelos Serviços de Petróleo, Gás e
Químicos (OGC) da SGS a nível
mundial. Sob a sua liderança, esta
área registou um crescimento
significativo e representa a fatia
mais importante, em termos de
volume, dos negócios da SGS.
Pluss entrou para a SGS em 1966
e, ao longo da sua carreira, ocupou
diversos cargos de relevo na estru-
tura internacional dos Serviços OGC
da empresa. Em 1996 foi nomeado
administrador-delegado da SGS
em França e, em 2000, assumiu a
responsabilidade pela Área Executi-
va para França, Portugal, Reino
Unido, Espanha e também para a
Irlanda.�
Werner Pluss é o novo administrador-delegadodo Grupo SGS
PORTUGAL� ANTRAM - Associação Nacional
de Transportadores Públicos
Rodoviários de Mercadorias
http://www.antram.pt
� Ministério das Obras Públicas
Transportes e Habitação
http://www.mopth.pt
� Porto de Aveiro
http://www.portodeaveiro.pt
� Porto de Leixões
http://www.apdl.pt
� Porto de Lisboa
http://www.portodelisboa.pt
� Porto de Sines
http://www.portodesines.pt
� Porto de Viana do Castelo
http://www.ipnorte.pt
Internacional� GAFTA - Grain And Feed
Trade Association (Associação
internacional composta por traders
de géneros alimentares para animais)
http://www.gafta.com
� SOLEUROPE - The International
Society of Logistics - Europe
(Sociedade profissional não-lucrativa
dedicada à Tecnologia, Educação e
Logística)
http://www.soleurope.org/english/
soleuropegeneral.htm
� WTO - World Trade Organization
(Site oficial da Organização Mundial
do Comércio)
http://wto.org
� FOSFA - Federation of Oils, Seeds and
Fats Associations (Site oficial da
Federação das Associações de Óleos,
Sementes e Gorduras)
http://www.fosfa.org
� IRU - International Road Transport Union
(Site da União de Transportes
Internacionais Rodoviários)
http://www.iru.org
� Transfrigoroute International
(Federação para o Transporte de
Alimentos e Mercadorias a
temperatura controlada)
http://www.transfrigo.com
Navegar
Nos dias 21 e 22 de Maio realizou-se
mais um encontro interno anual da SGS
Portugal. Este ano, a SGS Portugal decidiu
‘radicalizar’ o seu encontro interno anual,
transformando-o num Adventure Day. O Vi-
meiro foi o cenário escolhido para testar a
resistência da SGS Team.
A aventura começou ainda na sexta-feira,
dia 21 de Maio, com uma verdadeira Adven-
ture Night! Entre malas e bagagens, cole-
tes e crachás, o jantar foi o primeiro momen-
to de convívio. Corriam rumores sobre as
secretas actividades planeadas para o fim-
-de-semana e o entusiasmo sentia-se nas
gargalhadas. Para terminar a noite em bele-
za, a primeira actividade surpresa foi um ka-
raoke digno de festivais internacionais!
No sábado, foi desvendado o mistério. Um
percurso de orientação minado de provas
testou a resistência e espírito de equipa de
todos os colaboradores. Reinou a boa dis-
posição e aquela pontinha saudável de com-
petitividade. O descanso do guerreiro deu-
-se ao almoço, com ritmos latinos bem me-
xidos para evitar a vitória do cansaço.
Apesar das poucas horas de sono, alguns
entorses e muitos quilómetros percorridos,
a SGS Team manteve-se animada e, diz-se
por aí, que está toda a gente pronta para
outra!�
SGS Adventure Day
Eventos & Notícias
De acordo com a ISO 9001 requisito 4.2.1
"a extensão da documentação do
sistema de gestão da qualidade pode
diferir de uma organização para outra devido:
� à dimensão da organização e tipo de
actividades;
� à complexidade dos processos e suas in-
teracções;
� à competência do pessoal ".
O sistema documental deve ser pois um "fa-
to à medida", na devida proporção do seu
utilizador, ou seja, da empresa. A esta é dada
a liberdade de escolha na maior ou menor for-
malização do seu sistema, sendo certo,
porém, que, pelo menos, seis procedimentos
terão de estar documentados.
A realidade demonstra, no entanto, que, por
diferentes razões, as empresas em geral não
alteraram radicalmente os seus sistemas
documentais e consequentemente o proble-
ma persiste: como gerir toda a papelada?
Neste universo de papéis encontram-se quer
os documentos internos quer os externos,
como a legislação, as normas, os certificados
de produtos, os catálogos, as fichas técnicas,
etc... Cada um deles possui uma determinada
estrutura, um determinado sistema de codifi-
cação, diferentes responsáveis pela elabo-
ração, aprovação, distribuição, recolha, arqui-
vo.... Enfim, gerir documentação da forma
tradicional tornou-se uma verdadeira Odisseia!
E no meio disto tudo há que garantir a fiabili-
dade e a acessibilidade ao sistema documen-
tal. Ou seja, quando necessário, o sistema
tem de estar disponível para a pessoa certa,
no local exacto e na versão actual!
Ora, sendo conhecida a frase ‘errar é humano’,
como podemos continuar a apostar apenas
em pessoas para gerir informação? E qual a
motivação destas pessoas ao serem gestoras
de ‘papéis’? E qual o valor acrescentado para
a organização? E a segurança e o sigilo? E a
eficiência do processo?
Todas estas questões se tornam ainda mais
relevantes quando a organização tem de
responder a requisitos contratuais e legais
relacionados com a disponibilização de docu-
mentação a clientes e partes interessadas,
como é o caso dos certificados de produtos
e das fichas de segurança.
Por outro lado, as mesmas questões tornam-
-se mais complexas com o aumento do nú-
mero de utilizadores e a distância a que estes
se encontram.
Neste contexto, as ferramentas informáticas
de gestão documental podem ser verdadeiros
aliados, que, por si só, não resolvem a questão
mas constituem uma ajuda preciosa.
Como é habitual num investimento em soft-
ware, a fase de implementação carece sempre
de um esforço inicial associado à parametri-
zação do mesmo, quer em termos de estrutu-
ra da documentação quer em responsabilidades
e acessos a utilizadores. Há ainda a questão da
elaboração dos conteúdos documentais que
exige a taxa de esforço habitual.
O verdadeiro retorno surge quando o sistema
documental entra em velocidade cruzeiro e
se inicia a dinâmica das revisões. O fluxo da
elaboração-verificação-aprovação-distribuição
torna-se mais fácil e rápido, não se encontrando
condicionado à presença física dos envolvidos.
À distância de uns clicks o documento elaborado
é disponibilizado para análise e de seguida para
aprovação. Automaticamente os envolvidos
podem ser notificados via intranet/internet e
responder de forma rápida, evitando o atraso
na implementação das alterações. Automa-
ticamente deixam de estar disponíveis as ver-
sões obsoletas e há a garantia de todos se-
guirem as mesmas orientações. O ‘dossier da
documentação’ passa a andar sempre connos-
co, disponível via web.
Para quem ainda não o fez, está, certamente,
na altura de apostar num investimento cujo
payback é curto, tendo em conta, sobretudo,
as consequências dos potenciais proble-
mas. �
Opinião
Revista do Grupo SGS Portugal32
GestãoDocumental
Ferramentas informáticas no apoio à
Maria José Giesteira, Consultora e auditora
da qualidade, ambiente e segurança