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Capítulo 02 Beep, beep. O AmuSphere foi desligado com aquele pequeno som eletrônico. Asuna lentamente abriu seus olhos. Mesmo antes de eles se focarem no teto de seu quarto escuro, ela sentiu o frio e a humidade penetrando em sua pele. Embora ela tenha colocado seu ar condicionado para aquecer o quarto, parece que ela esqueceu de desabilitar o timer e ele acabou desligando, fazendo com que o quarto aos poucos voltasse a ficar frio. A temperatura no seu quarto de 10 tatamis era quase a mesma do de lado de fora de sua casa. Percebendo um pequeno som, ela se virou em direção à larga janela e viu numerosas gotas de água no vidro preto. Asuna tremeu enquanto lentamente levantava de sua cama. Ela moveu seu dedo em direção ao painel de controle próximo a si e apertou em um botão com sensor de toque. Com apenas este movimento, seguido por um breve som motorizado, as cortinas se fecharam, ar quente começou a ser soprado do ar condicionado, e as lâmpadas no teto liberaram uma pálida luz de cor laranja. A tecnologia de aprimoramento interno desenvolvida pela RECTO foi instalado no quarto de Asuna. Seu quarto havia sido renovado enquanto ela estava no hospital, mas por algum motivo Asuna não conseguia gostar deste conveniente sistema. Tudo no seu quarto ser controlado por uma janela virtual que era uma coisa natural no mundo virtual, mas era um pouco desconfortável ter o mesmo sistema no mundo real. Fazia parecer que ela usava sempre na linha de visão dos sensores instalados nas paredes e no piso. Talvez o motivo disso fosse porque ela visitou a casa de Kirito muitas vezes. O calor da casa à estilo tradicional japonês de Kirigaya Kazuto fazia com que o "frio" em Asuna fosse levado embora. A casa de seus avós por parte da mãe também eram do mesmo jeito. Quando ela ia lá para brincar durante os verões, ela se sentava na varanda ensolarada e balançava suas pernas enquanto comia o sorvete que sua avó fazia. No entanto, ambos avó e avô do lado da mãe de Asuna haviam morrido à muito tempo atrás, e sua casa também havia sido destruída, há não tanto tempo... Suspirando suavemente, Asuna colocou seus chinelos e se levantou. Ela de repente se sentiu um pouco tonta, então ela ficou olhando para o chão por um tempo, fortemente consciente do grande peso puxando seu corpo na realidade. É claro, este mesmo sentimento de peso também era simulado no mundo de fantasia. No entanto, naquele mundo, o corpo e a alma de Asuna poderiam levantar voo com um leve empurrão dos pés. O peso no mundo real não era simplesmente algo físico, também contém muitos aspectos dos quais você não pode simplesmente fugir, não importa o quanto tentasse. Mesmo que ela quisesse voltar a se deitar, ela já estava quase atrasada para o jantar. Se ela se atrasasse mesmo que um único minuto, sua mãe teria um motivo a mais para reclamar.

[Shaft Scanlator&Kurai Sora Fansub] Sword Art Online Vol07 Cap02

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  • Captulo 02

    Beep, beep.

    O AmuSphere foi desligado com aquele pequeno som eletrnico.

    Asuna lentamente abriu seus olhos. Mesmo antes de eles se focarem no teto de seu

    quarto escuro, ela sentiu o frio e a humidade penetrando em sua pele.

    Embora ela tenha colocado seu ar condicionado para aquecer o quarto, parece que ela

    esqueceu de desabilitar o timer e ele acabou desligando, fazendo com que o quarto aos

    poucos voltasse a ficar frio. A temperatura no seu quarto de 10 tatamis era quase a

    mesma do de lado de fora de sua casa. Percebendo um pequeno som, ela se virou em

    direo larga janela e viu numerosas gotas de gua no vidro preto.

    Asuna tremeu enquanto lentamente levantava de sua cama. Ela moveu seu dedo em

    direo ao painel de controle prximo a si e apertou em um boto com sensor de toque.

    Com apenas este movimento, seguido por um breve som motorizado, as cortinas se

    fecharam, ar quente comeou a ser soprado do ar condicionado, e as lmpadas no teto

    liberaram uma plida luz de cor laranja.

    A tecnologia de aprimoramento interno desenvolvida pela RECTO foi instalado no

    quarto de Asuna. Seu quarto havia sido renovado enquanto ela estava no hospital, mas

    por algum motivo Asuna no conseguia gostar deste conveniente sistema. Tudo no seu

    quarto ser controlado por uma janela virtual que era uma coisa natural no mundo

    virtual, mas era um pouco desconfortvel ter o mesmo sistema no mundo real. Fazia

    parecer que ela usava sempre na linha de viso dos sensores instalados nas paredes e

    no piso.

    Talvez o motivo disso fosse porque ela visitou a casa de Kirito muitas vezes. O calor da

    casa estilo tradicional japons de Kirigaya Kazuto fazia com que o "frio" em Asuna

    fosse levado embora. A casa de seus avs por parte da me tambm eram do mesmo

    jeito. Quando ela ia l para brincar durante os veres, ela se sentava na varanda

    ensolarada e balanava suas pernas enquanto comia o sorvete que sua av fazia. No

    entanto, ambos av e av do lado da me de Asuna haviam morrido muito tempo

    atrs, e sua casa tambm havia sido destruda, h no tanto tempo...

    Suspirando suavemente, Asuna colocou seus chinelos e se levantou. Ela de repente se

    sentiu um pouco tonta, ento ela ficou olhando para o cho por um tempo, fortemente

    consciente do grande peso puxando seu corpo na realidade.

    claro, este mesmo sentimento de peso tambm era simulado no mundo de fantasia.

    No entanto, naquele mundo, o corpo e a alma de Asuna poderiam levantar voo com um

    leve empurro dos ps. O peso no mundo real no era simplesmente algo fsico,

    tambm contm muitos aspectos dos quais voc no pode simplesmente fugir, no

    importa o quanto tentasse. Mesmo que ela quisesse voltar a se deitar, ela j estava

    quase atrasada para o jantar. Se ela se atrasasse mesmo que um nico minuto, sua me

    teria um motivo a mais para reclamar.

  • Quando ela cambaleou em direo ao seu armrio, este se abriu deslizando sem nem

    mesmo esperar que ela movesse sua mo. Tirando seu confortvel suter, ela

    relutantemente jogou-o em direo a sua cama. Ela ento vestiu uma camisa de cor

    cereja escura impecvel e sentou-se na penteadeira. O espelho de trs lados na sua

    frente se abriu automaticamente e lmpadas acima dela se acenderam.

    Mesmo em casa, a me de Asuna no a deixava se vestir de forma casual. Asuna pegou

    um pente e penteou seu cabelo que havia se desarrumado enquanto ela estava em

    Sistema de Imerso Total.

    Ela ento se lembrou de uma cena que havia visto na casa dos Kirigaya, em Kawagoe.

    Leafa/Suguha havia dito que ela e Kirito eram os responsveis por fazer o jantar

    naquele dia. Um Kirito sonolento foi ento puxado escada a baixo por Suguha. Os dois

    ento ficaram lado a lado na cozinha, Suguha cortando vegetais enquanto Kirito assava

    os peixes. A me deles havia chegado em casa naquele momento, e ficou desfrutando de

    uma cerveja enquanto assistia TV. Ela e Asuna conversaram alegremente enquanto o

    jantar era preparado, e quando este ficou pronto os trs se sentaram mesa e disseram

    "obrigado pela refeio" ao mesmo tempo.

    Deixando escapar um longo suspiro, Asuna segurou suas lgrimas, colocou o pente de

    volta na mesa a sua frente e levantou-se. As luzes de seu quarto se apagaram

    automaticamente sem nem mesmo esperar que ela fechasse completamente a porta

    enquanto saa e ia em direo ao corredor escuro.

    A empregada Sada Akiyo abria a porta da frente enquanto Asuna descia as escadas

    circulares e chegava no primeiro andar. Esta mesma empregada havia preparado o

    jantar e estava agora voltando para casa.

    Asuna encarou a mulher que estava na casa dos 40 anos e a cumprimentou:

    "Voc se esforou bastante, Sada-san. Eu estou muito grata por tudo que voc fez at

    hoje. Sinto muito por esperar at agora para lhe dizer isso."

    Ouvindo isso, Akiyo balanou sua cabea com olhos arregalados de surpresa e

    imediatamente respondeu:

    "N-No nada, senhorita. apenas meu trabalho."

    Desde o ano passado, Asuna j havia compreendido que era intil dizer tais coisas.

    Ento ela apenas aproximou-se e perguntou:

    "Minha me e meu irmo j retornaram?"

    "Parece que Kouichirou-sama no ir retornar at tarde. A minha senhora j est na

    sala de jantar."

    "... Entendo, obrigada. Desculpe o incmodo."

    Asuna acenou a cabea para ela, e Akiyo mais uma vez fez uma reverncia antes de

    abrir a porta e apressar-se em sair.

  • Asuna lembrou-se que esta empregada tem dois filhos, um no ensino fundamental e

    outro no ensino primrio. Mesmo que ela tambm viva em Setagaya, seria por volta de

    07h30min quando ela chegasse em casa depois de comprar comida. Era um horrio

    difcil para crianas com um grande apetite. Asuna uma vez disse para sua me para

    permitir que Akiyo simplesmente deixasse o jantar pronto e fosse embora mais cedo,

    mas foi ignorada.

    Ouvindo o som metlico das trs portas travando, Asuna deu meia volta, cruzou o hall

    de entrada e andou em direo sala de jantar.

    No momento em que ela empurrou grossa porta de carvalho, uma voz baixa, mas ao

    mesmo tempo rude alcanou seus ouvidos:

    "Est atrasada."

    Olhando para o relgio, Asuna viu que eram exatamente 18h30min. Estava prestes a

    dizer isto, mas ouviu:

    "Por favor, chegue na sala de jantar cinco minutos antes."

    "... Perdo."

    Sussurrando, Asuna pisou no carpete, aproximou-se da mesa de jantar, e sentou-se,

    com olhos abaixados, numa grande cadeira preta.

    No centro da sala de jantar de 20 tatamis estava esta grande mesa de jantar cercada por

    oito cadeiras. A segunda cadeira do canto superior esquerdo era a de Asuna. O seu

    irmo Kouichirou geralmente sentava-se a sua esquerda, e seu pai do outro lado, mas

    ambos estes assentos estavam vazios no momento.

    A me de Asuna, Yuuki Kyouko, estava sentada na diagonal esquerda de Asuna, lendo

    um livro sobre economia com seu vinho espanhol favorito em umas das mos.

    Ela muito alta para uma mulher. E mesmo sendo magra, sua estrutura rgida removia

    qualquer noo de fragilidade. Seu cabelo que era de um rico castanho estava cado de

    dois lados, cortados altura de seu queixo.

    Mesmo que seu rosto seja belo, seu nariz largo e as rugas profundas prximas da boca

    davam-lhe uma expresso fria. Talvez essa fosse a impresso que ela quisesse passar

    com sua lngua astuta e com seu comportamento maduro, ela derrotou todos os seus

    competidores desde a poca de escola e tornou-se uma professora com 49 anos no ano

    passado.

    Quando Asuna se sentou, Kyouko fechou o livro de capa dura, colocou um guardanapo

    nos joelhos, pegou o garfo e a faca, e ento finalmente olhou para Asuna.

    Asuna olhou para baixo, murmurou "obrigado pela refeio", e pegou uma colher.

    Por alguns minutos, o nico som que podia ser ouvido na sala de jantar era o tintilar da

    prataria.

  • O menu era salada de vegetais com queijo azul, scafata di fave, frango frito com salsa,

    po de trigo... Coisas assim. Todos os dias as refeies eram feitas baseadas nos

    clculos nutricionais de Kyouko, mas claro que no era ela quem cozinhava.

    Enquanto comia, Asuna se perguntou desde quando as refeies com apenas as duas

    eram to cheias de tenso.

    No, talvez tenha sido assim desde muito tempo atrs. Ela se lembrava de ser

    severamente reprimida caso no comesse seus vegetais ou tomasse sua sopa. Mas,

    naquela poca, Asuna no sabia que as refeies podiam ser to cheias de vida e alegria.

    Enquanto ela comia mecanicamente, sua mente se desviou para a sua modesta casa de

    madeira no outro mundo. A voz de Kyouko de repente a colocou de volta na realidade.

    "... Voc estava usando aquela mquina novamente?"

    Asuna olhou para a sua me e acenou com a cabea.

    "... Sim. Porque todos concordaram em se encontrar l e fazer as lies juntos."

    "Coisas assim, voc nunca ir aprender se no fizer sozinha."

    Kyouko no entenderia mesmo que Asuna dissesse que realmente fez sozinha. Asuna

    baixou a cabea e mudou o assunto.

    "Todos vivem bem distantes um do outro. L, podemos nos encontrar a qualquer hora."

    "Usando aquele tipo de mquina no pode ser considerado 'se encontrar'. Desde o

    incio, fazer lies algo que se deve fazer sozinha. Se voc faz isso com amigos, est

    apenas brincando."

    Derrubando sua taa de vinho, Kyouko falou rapidamente.

    "Escute bem, voc no tem tempo para ficar se divertindo. Desde que voc j est 2

    anos atrs de outros adolescentes, voc naturalmente precisa trabalhar duro o

    suficiente para compensar esses dois anos."

    "... Eu estive estudando bastante. O meu boletim do segundo semestre j no est

    impresso e colocado em sua mesa?"

    "Eu o vi. Mas notas boas daquele tipo de escola no podem nem mesmo ser

    consideradas."

    "Aquele tipo... de escola?"

    "Escute-me bem, Asuna, no terceiro semestre voc tambm ir receber aulas fora da

    escola. No pela internet, como tem sido popular recentemente, mas professores viro

    ensina-la aqui."

    "Espere... Espere um momento, por que voc est to de repente..."

    "Olhe isto."

  • Kyouko interrompeu Asuna sem nem mesmo lhe dar tempo para falar algo e pegou um

    Tablet que estava ao seu lado na mesa. Asuna tremeu ao peg-lo e olhar para a tela.

    "O que isto... Um teste para... Transferncia de escola?!"

    " um teste para que voc seja transferida para um terceiro ano do ensino mdio de

    uma escola dirigida por um de meus conhecidos. algo que consegui apenas depois de

    persuadir o diretor de todas as formas possveis. Isto no igual aquela escola horrvel

    na qual voc est, uma escola realmente apreciada. O ensino l baseado em crdito,

    ento voc precisa apenas ir durante metade de um ano para completar os

    requerimentos para a graduao, assim poder ir para uma boa universidade em

    Setembro."

    Asuna olhou para Kyouko com uma expresso de choque, colocou o Tablet na mesa, e

    levantou a mo esquerda para interromp-la, j que ela estava ficando cada vez mais

    animada ao falar.

    "Espere um momento. Eu estou realmente incomodada que a Senhora tenha decidido

    isso por si mesma. Eu realmente gosto da escola em que estou no momento. H muitos

    bons professores l, eu posso aprender de forma positiva mesmo que eu continue l.

    No h necessidade para uma transferncia."

    Ao ouvir aquelas palavras, Kyouko suspirou exageradamente, fechou seus olhos, ajeitou

    seus culos com aros de ouro, e encarou Asuna de forma convencida. Esta ao era

    nica de Kyouko, e frequentemente era usada para deixar seu oponente ciente de sua

    superioridade. At mesmo os homens mais corajosos ficavam hesitantes quando ela o

    fazia. At mesmo seu marido, Shouzou, evitava ficar na vista de Kyouko quando estava

    em casa.

    "... Eu pesquisei apropriadamente."

    Kyouko falou isso num tom didtico.

    "O lugar ao qual voc vai no momento no pode nem mesmo ser chamado de escola. O

    currculo negligente e o ensino deixa muito desejar. Os professores so todos iguais,

    dificilmente algum deles de renome. Nem mesmo um campus, aquilo est mais para

    um asilo."

    "Esse... Esse tipo de opinio..."

    "Eles fazem parecer timo, e fingem ser um local para educar estudantes atrasados pelo

    incidente, mas na verdade apenas um lugar para monitorar aqueles que podem causar

    problemas no futuro. Aquele lugar pode ser necessrio para aquelas crianas que

    ficaram matando umas as outras durante dois anos naquele mundo bizarro, mas voc

    no precisa ir tambm."

    "..."

    Asuna no conseguia nem mesmo responder tudo isso.

    A escola qual ela estava indo desde o incio da ltima primavera era em Nishitokyo, e

    realmente havia sido construdo s pressas, apenas dois meses depois que o projeto foi

  • anunciado. Seu propsito era ajudar aqueles que ficaram atrasados dois anos porque

    estavam presos no jogo da morte Sword Art Online. Todos os jogadores de SAO

    abaixo de 18 anos podiam entrar gratuitamente, e se voc se graduasse l poderia fazer

    exames de admisso para qualquer universidade. Esse tipo de tratamento que era

    favorvel aos jogadores foi duramente criticado por algumas pessoas no incio.

    No entanto, a prpria Asuna entendeu enquanto estudava l que o local no era apenas

    um local seguro para as vtimas. Todos os estudantes eram forados a fazer diferentes

    tipos de testes todas as semanas, que tambm envolviam responder perguntas rudes

    sobre comportamento antissocial. Dependendo de suas respostas, voc poderia ser

    mandado para um hospital para fazer exames mais profundos ou at mesmo ser

    obrigado a tomar medicamentos. Ento Kyouko chamar aquele lugar de um Asilo

    no era realmente uma afirmao sem fundamento.

    Mesmo assim, Asuna amava aquela escola. No importa o que o Governo e o Ministrio

    da Educao achavam, os professores eram todos excelentes e que voluntariamente

    encaravam seus estudantes. L no h motivos para os estudantes esconderem

    intencionalmente seus passados, e mais importante, l ela podia ficar perto de seus

    amigos. Com Lisbeth, Silica, alguns de seus companheiros das linhas de frente, e

    tambm com Kirito.

    Asuna apertou com fora seu garfo e mordeu os lbios, e lutou contra a vontade de

    dizer tudo para sua me, do incio ao fim.

    Ela lutou contra a vontade de dizer: "Eu sou uma dessas pessoas que estiverem

    matando umas s outras que voc mencionou. Eu estava vivendo apenas porque

    matava com minha espada todos os dias, e no sinto nem um pouco de remorso por

    isso."

    Kyouko continuou a falar, sem saber da luta que se seguia no corao de Asuna.

    "Mesmo que voc continue estudando em um lugar como aquele, voc no ser capaz

    de entrar para uma universidade apropriada. Pense nisso, voc j tem 18 anos. No lugar

    que voc est agora, no saber quando poder ir para qualquer Universidade. Voc at

    mesmo tem que ir para um centro de exames na prxima semana, no est

    preocupada?"

    "Coisas como ir para uma universidade... No ter problemas se eu ir alguns anos

    atrasada. Alm disso, ir para uma universidade no o nico caminho na vida..."

    "No."

    Kyouko friamente rejeitou as palavras de Asuna.

    "Voc tem a capacidade. Voc sabe por quanto problema eu passei para que pudesse

    criar essa sua capacidade e mesmo assim voc desperdiou dois anos naquele jogo

    estranho... Eu no estaria dizendo isto se voc fosse uma adolescente normal. Mas voc

    no . No fazendo uso total de seu talento e deix-lo de lado um pecado. Voc tem a

    capacidade e as qualificaes para ir para uma tima universidade e receber um ensino

    excelente. Ento voc deveria abraar essa oportunidade. Voc pode ficar em uma

    universidade e continuar aprendendo ou usar seu talento no Governo ou em uma

  • grande empresa, eu definitivamente no vou interferir se uma dessas for sua escolha.

    No entanto, eu no vou permitir que voc desista de fazer o ensino superior."

    "Eu no tenho algo como um talento natural."

    Asuna finalmente conseguiu falar diante do longo discurso de Kyouko.

    "O estilo de vida de uma pessoa deve ser decidido por ela mesma, no ? No passado,

    eu tambm pensava que ir para uma boa universidade e achar um bom emprego eram

    as melhores coisas na vida. Mas eu mudei. Mesmo que eu no possa lhe dar a minha

    resposta agora, eu tenho certeza que eu vou encontrar algo que quero fazer. Eu quero

    ficar mais um ano na minha escola atual e descobrir o que ."

    "Isso est apenas limitando suas prprias chances. No importa quantos anos voc

    fique naquele tipo de lugar, voc vai ser incapaz de escolher algo. No entanto, as coisas

    sero diferentes se voc mudar de escola. A universidade que estou pensando uma

    famosa, a mesma em que eu estudei, ento se voc tiver bons resultados nessa escola,

    poder ir para l. Escute-me, Asuna. Eu no quero que voc v em direo um

    caminho miservel. Eu quero que voc tenha uma carreira em que voc possa

    orgulhosamente mostrar para algum."

    "Minha carreira... Ento, o que havia com aquela pessoa que me foi apresentada em

    Janeiro?... Mesmo que eu no saiba o que lhe foi dito, ele falava como se fosse meu

    noivo. No a Senhora quem est limitando meu estilo de vida?"

    Asuna no conseguia disfarar a inquietao em sua voz. Mesmo que ela tenha colocado

    toda sua foa de vontade em seu olhar, Kyouko apenas tomou da sua taa.

    "Casamento tambm faz parte de sua carreira. Se voc no se casar com algum que

    no seja economicamente capaz, voc ir se arrepender no futuro. As coisas que voc

    diz que quer fazer tambm se tornaro impossveis. Nesse aspecto, Yuuya perfeito.

    Nos dias atuais, um banco local dirigido pela nossa famlia so bem mais capazes do

    que grandes bancos que esto sempre em conflito entre suas faes. E tambm, eu

    realmente gosto de Yuuya. Ele no um garoto incrvel?"

    "... Parece que voc no refletiu sobre isso afinal. Aquele que comeou o incidente que

    causou muita dor para mim e outras centenas de pessoas e tambm comeou a crise da

    RECTO foi Sugou Noboyuki, que tambm fora escolhido por voc para ser meu noivo."

    "Cale-se."

    A face de Kyouko mudou, e ela balanou sua mo esquerda no ar como se estivesse

    espantando uma mosca irritante.

    "Eu no quero ouvir sobre aquela pessoa... De incio, aquele que o apoiou e quis o

    adotar como filho foi seu pai. Desde o incio, ele nunca foi bom em julgar as pessoas.

    Isso no importa, Yuuya no assim, ento podemos descansar sossegadas."

    Realmente, seu pai Shouzou nunca prestou muita ateno s pessoas a sua volta. Ele

    dedicava toda a sua energia em dirigir a companhia, mesmo agora quando ele foi

    retirado de seu posto de CEO, ele continua sendo indiferente quanto a sua famlia

    apenas para ajustar sua cooperao em fiscalizar o capital. Shouzou disse que se baseou

  • nas habilidades em trabalho de Sugou, e que foi culpa dele que no tenha percebido sua

    verdadeira personalidade.

    No entanto, Asuna sabia que o nico motivo para Sugou ser do jeito que era por causa

    da presso que vinha sendo colocada sobre ele desde que era um estudante. E tambm,

    um pouco dessa presso certamente veio das palavras frias de Kyouko.

    Asuna engoliu suas queixas e disse rigidamente:

    "De qualquer forma, eu definitivamente no quero ter nada com Yuuya. Irei escolher

    meu prprio parceiro."

    "Est tudo bem, desde que seja algum que se equipare a voc, no vejo problemas. No

    entanto, j digo agora: Estudantes daquele tipo de escola em que voc est estudando

    no esto includos."

    "..."

    Ouvindo aquilo, Asuna percebeu que Kyouko estava se referindo uma pessoa em

    especial, Asuna mais uma vez ficou perplexa.

    "... Poderia ser que voc... investigou... sobre ele?"

    Asuna sussurrou com uma voz vacilante. Mas Kyouko no confirmou - nem negou -,

    apenas mudou de assunto.

    "Voc deve entender que tanto eu quanto seu pai desejamos sua felicidade. Ns

    esperamos por isso desde quando voc estava no jardim de infncia. Mesmo que voc

    encontre um pequeno atraso, poder logo se recuperar. Desde que voc trabalhe duro,

    voc poder ter uma carreira brilhante."

    No a minha, a sua. Asuna resmungou para si.

    Asuna e seu irmo Kouichirou eram ambos um aspecto da carreira brilhante de

    Kyouko. Kouichirou entrou para uma tima universidade e virou um dos grandes

    trabalhadores da RECTO, satisfazendo Kyouko. Asuna deveria ter seguido junto com

    ele, mas tinha ficado envolvida em uma coisa incompreensvel, o incidente em SAO,

    seguido pelo incidente gerado por Sugou que causou uma crise na empresa, e fez

    Kyouko sentir que havia algo faltando em sua vida. Asuna perdeu as foras para

    continuar a argumentar. Colocou os talheres em cima do prato ainda pela metade e

    levantou-se.

    "... Sobre a transferncia, irei pensar nisso."

    Asuna apenas disse isso, e Kyouko respondeu rispidamente:

    "O prazo a prxima semana. Preencha as informaes necessrias e coloque trs

    cpias sobre a mesa de estudos antes disso."

    Asuna olhou para baixo, virou-se e caminhou em direo porta. Ela de incio queria

    apenas retornar ao seu quarto, mas algo em seu corao a fez virar-se para Kyouko e

    dizer:

  • "Me."

    "O que foi?"

    "Voc ainda se sente envergonhada pelos seus pais mortos, ressentida por ter nascido

    como filha de um fazendeiro e no em uma casa com histria?"

    Os olhos de Kyouko se arregalaram por um momento, seguido por profundas rugas

    prximas a eles e sua boca.

    "... Asuna! Volte j aqui!"

    Mesmo que ainda pudesse ouvir a voz aguda de sua me, Asuna apenas fechou a porta e

    as bloqueou. Ela correu escada acima, como uma forma de fugir, e abriu a porta de seu

    quarto.

    No mesmo tempo, os sensores perceberam Asuna e o ar condicionado e as luzes foram

    ativadas.

    Asuna sentiu um nervosismo imenso, ento caminhou at o painel eletrnico e

    desativou a IA. Ento, ela se jogou na cama e afundou o rosto nos lenis, ignorando os

    amassos que estavam sendo feitos na blusa.

    Ela no se sentia com vontade de chorar. Como uma espadachim, ela j havia se

    decidido em no chorar por tristeza. No entanto, aquela determinao no podia

    acalmar a infinitamente crescente dor que ela sentia em seu peito.

    Que tipo de espadachim voc, ridicularizando uma parte de seu corao? Voc

    apenas um pouco boa em ficar balanando uma espada dentro de um jogo, que poder

    voc tem aqui no mundo real? Asuna mordeu seus lbios e se perguntou.

    Ao encontrar um certo garoto naquele mundo, ela deveria ter mudado. Ela deveria ter

    parado de seguir os ideais de outras pessoas e comeado a lutar por si mesma.

    No entanto, olhando de outra forma, como ela havia mudado desde que fora para l?

    Ela ainda agia como uma marionete e mostrava sorrisos falsos em frente seus parentes,

    ela no podia simplesmente recusar o caminho que seus pais escolheram para ela. Se

    ela podia acreditar em si mesma apenas no mundo virtual, ento por que retornou para

    a realidade?

    "Kirito... Kirito."

    Inconscientemente, ela comeou a chamar por aquele nome repetidamente.

    Kirito / Kirigaya Kazuto, conseguiu manter sua coragem e determinao mesmo depois

    que saiu de SAO. Ele tambm deve estar suportando muita presso, mas nunca

    demonstrou isso em sua face.

    No passado, quando Asuna perguntou a Kirito o que ele queria fazer no futuro, ele

    sorriu envergonhado e respondeu que queria ser um produtor de jogos, no apenas um

    jogador. Mais que isso, ele no queria apenas desenvolver um software para um jogo,

    ele queria algo que inovasse o atual Sistema de Imerso Total, produzindo uma

  • interface homem-mquina mais ntima. Para isso, ele visitava fruns de tecnologia,

    alm dos estrangeiros, ativamente aprendendo e trocando informaes.

    Asuna sente que ele pode alcanar seu objetivo facilmente. Se possvel, ela quer ficar ao

    seu lado e compartilhar desse mesmo sonho. Ela pensou cuidadosamente em tudo isso,

    e esperou que os dois pudessem continuar indo mesma escola no ano seguinte.

    No entanto, parecia que este caminho j havia sido destrudo. Ela, mesmo no fim, no

    pde resistir. O sentimento de fraqueza ento tomou conta de Asuna.

    "Kirito-kun..."

    Ela tinha esperana que poderia ver ele imediatamente. Mesmo que no fosse no

    mundo real, ela queria estar sozinha com ele naquela casa, chorar sobre o contedo do

    seu corao no seu peito e lhe contar tudo.

    Entretanto ela no podia. O pensamento de que o amor de Kirito no era a fraca Yuuki

    Asuna e sim uma das mais poderosas guerreiras Asuna se tornou uma

    corrente pesada e a assombrou.

    "Asuna... muito forte... Muito mais forte que eu..."

    Ela se lembrou daquelas palavras que Kirito sussurrou para ela naquele mundo. Ela ia

    se distanciar do corao dele se mostrasse sinais de fraqueza.

    Aquilo era muito assustador. Asuna sem perceber caiu em um sono suave.

    Ela viu a si mesma em um vestido decorado com prata, de braos dados com Kirito,

    caminhando em algum lugar com a luz do sol brilhando entre as folhas das rvores. No

    entanto, um outro lado dela estava em um quarto escuro, capaz apenas de olhar para as

    duas pessoas sorridentes.

    Naquele agridoce sonho, Asuna fortemente desejou retornar para aquele mundo.