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Batimetria - dissertação
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCINCIAS
PROGRAMA DE PS
TECNOLOGIAS DA GEOINFORMAO
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A
CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
THYAGO DE ALMEIDA
Orientador: Prof. Dr. Jos Luiz Portugal
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCINCIAS
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM CINCIAS GEODSICAS E
TECNOLOGIAS DA GEOINFORMAO
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A
CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
THYAGO DE ALMEIDA SILVEIRA
Orientador: Prof. Dr. Jos Luiz Portugal
Dissertao de Mestrado
Recife, 2010
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCINCIAS
GRADUAO EM CINCIAS GEODSICAS E
TECNOLOGIAS DA GEOINFORMAO
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A
CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
SILVEIRA
Orientador: Prof. Dr. Jos Luiz Portugal
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE TECNOLOGIA E GEOCINCIAS
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM CINCIAS GEODSICAS E
TECNOLOGIAS DA GEOINFORMAO
THYAGO DE ALMEIDA SILVEIRA
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE
SUPERFCIES BATIMTRICAS
Dissertao de Mestrado
Dissertao apresentada ao Programa de Ps-Graduao
em Cincias Geodsicas e Tecnologias da Geoinformao,
do Centro de Tecnologia e Geocincias da Universidade
Federal de Pernambuco, como parte dos requisitos para
obteno do grau de Mestre em Cincias Geodsicas e
Tecnologias da Geoinformao, rea de concentrao
Cartografia e Sistemas de Geoinformao defendida e
aprovada no dia 26 de fevereiro de 2010.
Orientador: Prof. Dr. Jos Luiz Portugal
Recife
Ano 2010
S587m Silveira, Thyago de Almeida.
Modelos de interpoladores aplicados construo de superfcies batimtrica / Thyago de Almeida Silveira. -Recife: O Autor, 2010.
xv, 81 folhas, il., fig., tabs.
Dissertao (Mestrado) Universidade Federal de Pernambuco. CTG. Programa de Ps-Graduao em Cincias Geodsicas e Tecnologias da Geoinformao, 2010.
Orientador: Prof. Dr. Jos Luiz Portugal.
Inclui bibliografia.
1. Sistema de Informao Geogrfica (SIG). 2. Levantamento Batimtrico. 3.Modelos de Interpoladores. 4. Geoestatstica. I. Titulo.
UFPE526.1 CDD (22. ed.) BCTG/2010-097
iv
DEDICATRIA
Dedico essa dissertao a meus pais Maria Carmem e Manoel, e ao meu
irmo Diego, que esto sempre ao meu lado, financiando e tornado nossos sonhos
em realidade.
vAGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer aos rgos responsveis que contriburam para a
realizao desse trabalho de pesquisa: ao Governo Brasileiro e ao Ministrio da
Educao do Brasil (MEC), representados pela Coordenao de
Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior CAPES, por todo apoio
concedido durante a fase do mestrado.
A Universidade Federal de Pernambuco UFPE; Ao Departamento de
Engenharia Cartogrfica, e ao Programa de Ps-Graduao em Cincias
Geodsicas e Tecnologia da Geoinformao (PPCGTG), na pessoa da Prof. Dr.
Tech. ndrea de Seixas e do Prof. Dr. Admilson da Penha Pacheco.
Aos Professores do PPCGTG, e em especial a Prof. Dr. Andrea
Flvia Tenrio Carneiro, Prof. Dr. Ana Lcia Bezerra Candeias, Prof. Dr. Carlos
Alberto Borba Schuler e ao Prof. Dr. Daniel Carneiro da Silva.
Agradecimento especial ao Prof. Dr. Jos Luiz Portugal, por prestar sua
orientao, pacincia e dedicao. E por sempre ter incentivado a busca do
conhecimento, e o crescimento pessoal e profissional.
Agradecimento mais que especial a Prof. Dr. Lucilene Marqus S, pelo
encorajamento durante todas as fazes do mestrado, e principalmente pela
disponibilidade, prontido. E tambm, por ter me proporcionado oportunidades
nicas.
Aos rgos do Governo do Canad responsveis pelo fomento do Graduate
Students' Exchange Program 2007-2008 (GSEP):
The Government of Canada Awards (GCA); Canadian Bureau for International Education (CBIE); Canadian Commonwealth Scholarship Program (CCSP); Foreign Affairs and International Trade Canada (DFAIT);
vi
Ao Department Geodesy e Geomatics Engineering da Universidade de
New Brunswick (UNB), pela receptividade, especialmente a Prof. Dr. Sue Nichols,
Supervisora de Intercmbio no Canad, pela imensa prestatividade, e pelo
acolhimento durante todo tempo do intercmbio; Ao Prof. Dr. Marcelo Santos, por
toda estrutura disponibilizada na UNB, para o desenvolvimento da minha pesquisa;
E ao Prof. Dr. John Clarke do Ocean Mapping Group, por ter auxiliado no
desenvolvimento de idias e no conhecimento de novas tecnologias para aplicao
desta pesquisa.
A Vernica McGinn, Conference Coordinator of Centre for Property Studies
da UNB, pela ajuda durante todo perodo do intercmbio.
Ao Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia da Paraba (IFPB), o
qual sou professor, na pessoa do magnfico Reitor Joo Batista de Oliveira Silva.
Aos diretores do IFPB Campus Picu, Prof. Msc. Vernica Arnaud (Diretora da
Sede), Prof. Esp. Maria das Graas Negreiros de Medeiros (Diretora
Educacional) e Aguinaldo Tejo Filho (Diretor Administrativo). E aos colegas
professores de sala da aula do IFPB Campus Picu.
A NAVTEQ do Brasil, na pessoal do Msc. Osni de Luna Filho, por sua
compreenso e pacincia. E aos colegas da do escritrio em Recife, que dividiram
comigo essa jornada.
A minha amiga p.h.D Silvane Paixo, por todo tempo dedicado durante
minha estadia no Canad.
Aos colegas da PPCGTG, pelo companheirismo e aprendizado mtuo.
A minha noiva, Nathlia Barbosa, obrigado pela cincia descoberta na
PAcincia e espera.
vii
Aos meus familiares, pela presena e incentivo desde sempre. Demais
colegas e amigos que partilharam comigo esse tempo precioso, em especial aos
amigos do Projeto Anjos de Jesus.
viii
RESUMO
SILVEIRA, Thyago de Almeida. MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A
CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS. Recife, 2010, 73 p.
Dissertao (Mestrado) - Centro de Tecnologia e Geocincias, Universidade Federal
de Pernambuco.
Nas ultimas dcadas as Tecnologias da Geoinformao, e mais precisamente os
Sistemas de Informaes Geogrficas (SIG) tem sido incorporados no
gerenciamento de zonas costeiras e ocenicas. As amostras pontuais, resultantes
dos levantamentos batimtricos, representam a profundidade do relevo submerso. A
partir delas, por processos de interpolao, a morfologia daquele relevo pode ser
obtida. Face s inmeras possibilidades de modelos de interpoladores, torna-se
difcil escolher qual interpolador ir gerar a superfcie que mais se aproxime da
superfcie real. Uma soluo passvel para esse problema a baseada em
geoestatstica. Nesse sentido, esta pesquisa teve por objetivo estabelecer qual
interpolador reproduz mais fidedignamente a morfologia da plataforma continental
interna, adjacente da Regio Metropolitana de Recife, que passa por uma srie de
estudos para conteno da eroso marinha, sobre custodia do Projeto de
Monitoramento Ambiental Integrado - MAI. Para tanto, a metodologia empregada foi
dividida em quatro etapas: i) aquisio e anlise exploratria dos dados; ii)
implementao dos interpoladores Inverso da Distncia Ponderada, Polinomial
Local, Funes de Base Radial, Polinomial Global e Krigagem; iii) anlise estatstica
dos resultados; e vi) criao da superfcie tridimensional. Os resultados obtidos
indicaram que no existem diferenas significativas entre o Polinomial Local,
Funes de Base Radial e Krigagem. Portanto, qualquer um desses trs mtodos
pode ser recomendado. Entretanto, por ser o nico interpolador capaz de
espacialisar a distribuio dos erros sobre uma superfcie, opta-se por selecionar a
Krigagem como o interpolador mais indicado para a representao tridimensional da
rea em estudo. Dessa forma, os resultados comprovam que a metodologia
proposta conseguiu alcanar seu objetivo, explicitando que ao interpolar dados
advindos de levantamentos batimtricos, necessrio analisar o comportamento do
ix
conjunto de amostras de entrada, com base em anlises estatsticas espaciais, de
forma a assegurar a veracidade de sua representao em uma superfcie
tridimensional.
Palavras-Chave: Sistemas de Informao Geogrfica (SIG), Levantamentos
Batimtricos, Modelos de Interpoladores, Anlises Geoestatsticas.
xABSTRACT
SILVEIRA, Thyago de Almeida. INTERPOLATIONS MODELS APPLIED TO
CONSTRUCTION OF BATIMETRIC SURFACES. Recife, 2010, 73 p. Dissertation
(Masters Degree) Technology and Geosciences Center, Federal University of
Pernambuco.
In the last decades the Geoinformation Technologies, and more precisely the
Geographic Information System (GIS) have been incorporate in the administration of
coastal and oceanic areas. The punctual data, resultants of the bathymetric surveys,
represent the depth of submerged relief. Starting from them, for interpolation
processes, the reliefs morphology can be obtained. Face of innumerable possibilities
of interpolations models, is judged pertinent to determine which of them reproduces
with more fidelity the morphology. A possible solution for this problem is an analysis
based in geoestatistic. Accordingly, this research had to objective established which
interpolator reproduces more faithfully the morphology of internal continental
platform, adjacent the Recifes Metropolitan Region, which has been passed by a
series of studies to contain the marine erosion, above custody on the Projeto of
Monitoramento Ambiental Integrado MAI. For this, the methodology used was
divided in four stages: i) acquisition and exploratory analysis of data; ii) the
implementation of interpolators Inverse Distance Weighted, Polynomial Local, Radial
Basis Functions, Polynomial Global and Kriging; iii) statistical analysis of results; and
vi) the creation of three dimensional surface. The results indicated that there are no
significant differences between the Polynomial Local, Radial Basis Functions and
Kriging. Therefore, any of those three methods may be recommended. However, be
the only interpolators capable of make the distribution of errors on a surface, decide
on to select the Kriging as more indicated interpolator for the representation of the
three dimensional area in study. Thus, the results show that the proposed
methodology has its objective achieved, explaining that to interpolate bathymetric
data, it is necessary to analyze the behaviour of the entry data set, based on spatial
statistical analyzes, on form to ensure the veracity of its representation in a three
dimensional surface.
xi
Key words: Geographic Information System (GIS), Bathymetric Surveys,
Interpolations Models, Geoestatistic Analysis.
xii
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 Morfodinmica praial...........................................................................6
Figura 2 Nvel de Reduo................................................................................10
Figura 3 Elementos da batimetria......................................................................12
Figura 4 Processo de Criao de superfcies usando Interpoladores...............19
Figura 5 Processo de Interpolao................................................................... 24
Figura 6 Variao espacial da varivel regionalizada.......................................31
Figura 7 Variograma......................................................................................... 33
Figura 8 Predio do ponto W usando a Krigagem Ordinria.......................... 40
Figura 9 Matriz de localizao espacial dos pontos conhecidos...................... 40
Figura 10 Matriz de distncia entre os pontos conhecidos................................. 42
Figura 11 Vetor de distncia entre os pontos conhecidos e o ponto predito...... 42
Figura 12 Matriz de semivarincia dos pontos conhecidos (A)...........................42
Figura 13 Vetor da semivarincia entre os pontos conhecidos e o ponto
predito (b).......................................................................................... 43
Figura 14 Matriz inversa da semivarincia dos pontos medidos.........................43
Figura 15 Vetor de pesos e suas respectivas distncias.................................... 44
Figura 16 rea de estudo do Projeto MAI...........................................................49
Figura 17 Procedimentos metodolgicos............................................................51
Figura 18 rea Piloto...........................................................................................54
Figura 19 Histograma com a curva normal das amostras medidas....................56
Figura 20 Histograma com a curva normal das amostras medidas
transformadas por logaritmo............................................................... 57
Figura 21 Histograma com a curva normal das amostras medidas
transformadas por radiciao............................................................. 58
xiii
Figura 22 Histograma com a curva normais das amostras medidas
transformadas por reciprocidade.................................................... 58
Figura 23 Elipse de busca usada na interpolao por IDP................................. 59
Figura 24 Histograma com a curva normal dos erros do IDP.......................... 61
Figura 25 Histograma com a curva normal dos erros do Polinmio Local........ 62
Figura 26 Histograma com a curva normal dos erros da FBR......................... 64
Figura 27 Histograma com a curva normal dos erros do Polinmio Global........65
Figura 28 Grfico de Tendncia das amostras batimtricas em estudo........... 66
Figura 29 Histograma com a curva normal dos erros da Krigagem....................68
Figura 30 Superfcie batimtrica obtida pela Krigagem (a), e sua Superfcie de
Erros (b).............................................................................................. 71
Figura 31 Representao Batimtrica Tridimensional gerada.......................... 72
Figura 32 Consulta espacial a superfcie interpolada pela Krigagem, e o seu
erro associado.................................................................................... 73
xiv
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 Variogramas da Krigagem............................................................. 35
Tabela 2 Parmetros do Teste de Kolmogorov-Smirnov................................ 55
Tabela 3 Teste de K-S para as profundidades normalizadas............................ 57
Tabela 4 Estatsticas dos erros obtidos da validao cruzada do IDP............ 60
Tabela 5 Teste da normalidade para os erros interpolados do mtodo IDP......60
Tabela 6 Estatsticas dos erros obtidos da validao cruzada do Polinomial
Local................................................................................................... 61
Tabela 7 Teste da normalidade para os erros interpolados pelo Polinmio
Local................................................................................................... 62
Tabela 8 Estatsticas dos erros obtidos da validao cruzada da FBR............. 63
Tabela 9 Teste da normalidade para os erros interpolados pelo FBR............. 63
Tabela 10 Estatsticas dos erros obtidos da validao cruzada Polinomial
Global.................................................................................................. 64
Tabela 11 Teste da normalidade para os erros interpolados pelo Polinmio
Global............................................................................................ 65
Tabela 12 Parmetros da Parmetros Validao Cruzada da Krigagem............ 67
Tabela 13 Teste da normalidade para os erros interpolados pela Krigagem..... 67
Tabela 14 Estatstica descritiva para dos Erros das Interpolaes.................. 68
Tabela 15 Estatstica descritiva para o teste t de amostras emparelhadas......... 70
Tabela 16 Coordenadas dos Pontos 01, 02 e 03................................................ 73
xv
LISTAS DE SIGLAS
CODERM Conselho de Desenvolvimento da Regio Metropolitana
CONDEP Instituto de Planejamento de Pernambuco
CPRH Agncia Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hdricos
DGPS Differential Global Positioning System
DHN Diretoria de Hidrogrfica e Navegao
ECO Ecobatmetro posicionado sob a embarcao
FBR Funo de Base Radial
FIDEM Fundao de Desenvolvimento da Regio Metropolitana do Recife
FINEP Financiadora de Estudos e Projetos
GIS Geographic Information System
IDP Inverso da Distncia Ponderada
IHO International Hydrographic Organization
K-S Kolmogorov-Smirnov
LH Levantamentos Hidrogrficos
MA Mar
MAI Monitoramento Ambiental Integrado
MCT Ministrio da Cincia e Tecnologia
MMA Ministrio do Meio Ambiente
MPF Ministrio Pblico Federal
NR Nvel de Referncia
OHI Organizao Hidrogrfica Internacional
P Profundidade
RMR Regio Metropolitana de Recife
RTCM Radio Technical Committee for Marine Service
SIG Sistemas de Informaes Geogrficas
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
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1. INTRODUO
O Brasil um pas que possui uma grande extenso territorial, apresentando
uma linha de costa que se estende por mais de sete mil quilmetros ao longo do
Oceano Atlntico. Uma extenso litornea to vasta utilizada para finalidades
diversas, como lazer, pesca, transportes, entre outros. Para tanto, necessrio ter
dados confiveis que possam revelar o comportamento da zona costeira, a fim de
proporcionar aos usurios destes recursos, segurana durante suas utilizaes.
A produo e a atualizao da cartografia nutica so atribuies da Marinha do
Brasil, realizadas pela Diretoria de Hidrogrfica e Navegao (DHN), seguindo os
padres internacionais de qualidade recomendados pela IHO (International
Hydrographic Organization).
Devido dinmica natural dos ecossistemas marinhos, aliado aos processos
provocados por intervenes antrpicas, a morfologia do fundo ocenico pode sofrer
alteraes significativas ao longo dos anos. Tais mudanas podem ser detectadas por
meio dos Levantamentos Batimtricos, que associam a posio da embarcao na
superfcie da gua, com a profundidade atingida naquele exato momento.
Os Levantamentos Batimtricos so realizados com a utilizao de
equipamentos digitais capazes de imagear o fundo do mar, como ecobatmetros de
mono-feixe ou multi-feixe (sensores acsticos), radares e laser (plataformas
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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aerotransportadas), e com a utilizao de imagens de satlites (plataformas espaciais)
por varredura em cores ou em infravermelho (AYRES e NETO, 2004).
De acordo com AYRES e NETO (2004), a obteno da profundidade usando o
ecobatmetro de mono-feixe a mais utilizada quando levada em considerao a
relao custo-benefcio para levantamentos nas reas da plataforma continental interna
adjacente (profundidade mxima de 130 metros). O produto resultante uma malha de
pontos tridimensionais que, por si s, no capaz de gerar diretamente a superfcie do
fundo do mar imageado. Para construir a superfcie que representa tal morfologia,
necessrio empregar tcnicas de interpolao.
Os interpoladores so funes matemticas usadas na construo de superfcies
contnuas a partir de um conjunto de pontos coletados (BURROUGH; MCDONNELL,
1998). Eles so utilizados para densificao de uma amostra que no cobre todo o
domnio de interesse.
Atualmente so conhecidos diversos modelos de interpoladores, cada um com
suas particularidades e caractersticas, e diante de tantas opes para interpolar dados
pontuais, tais como dados batimtricos, torna-se difcil escolher qual interpolador ir
gerar a superfcie que mais se aproxime da superfcie real. Nesse contexto, pertinente
que sejam testados diversos modelos de interpoladores para que se estabelea qual o
mais adequado aos dados batimtricos.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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1.1. Objetivos da Pesquisa
1.1.1. Objetivo Geral
Estabelecer com base em indicadores estatsticos, qual modelo de interpolador
reproduz mais fidedignamente a morfologia da plataforma continental interna, adjacente
a aos municpios de Paulista, Olinda e Recife, a partir de um levantamento batimtrico.
1.1.2. Objetivos Especficos
1. Aplicar os modelos determinsticos de efeito global, de efeito local e os modelos
estatsticos de efeitos locais e globais, em uma mesma amostra batimtrica;
2. Avaliar a preciso de cada um dos modelos; e
3. Criar a representao da morfologia da plataforma continental interna, adjacente
aos municpios de Paulista, Olinda e Recife.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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2. GERENCIAMENTO COSTEIRO
O planejamento de aes que envolvam o ambiente o costeiro um desafio
encontrado em todo mundo. De acordo com DIAS et. al (2007) a intensificao do
crescimento populacional junto ao litoral, a ampliao e a diversificao das reas
industriais, o crescimento do turismo litorneo, e a modificao climtica em curso,
converteram a faixa do litoral em uma zona de grande complexidade cuja gesto
harmnica muito difcil.
Nesse sentido, o desenvolvimento de aes de Gerenciamento Costeiro integra
a tentativa de compatibilizao de todos os fatores aludidos, de modo a que sua
explorao e utilizao destas reas seja feita de forma harmoniosa e sustentvel,
visando preservar suas potencialidades para as geraes futuras (DIAS et. al, 2007).
Segundo ABSHER et al. (2002, p. 1) zona costeira corresponde faixa de
transio entre o domnio continental e o domnio marinho. No Brasil, a zona costeira
apresenta 7.367km de extenso, e considerada Patrimnio Nacional pela Constituio
Federal (BRASIL, 1988) em seu artigo 225, 4. A utilizao deve ser feita na forma da
lei, dentro de condies que assegurem a preservao do meio ambiente, inclusive
quando ao uso dos recursos naturais.
O extenso litoral brasileiro composto por diversos ecossistemas, tais como
manguezais, restingas, campos de dunas, esturios, recifes de coral, marismas, praias,
falsias, costes rochosos, entre outros (SERAFINI, 2010).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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Assim, o estudo da Geomorfologia fundamental para o planejamento e manejo
integrado da Zona Costeira, pois sua abordagem permite uma configurao dos
aspectos de delimitao e comportamento das bacias de drenagem, capacidade de uso
do solo, manuteno dos recursos hdricos superficiais e subsuperficiais, e processos
geomorfolgicos atuantes (NICOLODI e TOLDO JR, 2003)
Neste contexto, o estudo da morfodinmica da praia (praial) e da plataforma
continental, conforme esquema visualizado na Figura 1, insere-se como importantes
ferramentas para a compreenso dos processos morfodinmicos e hidrodinmicos de
ambientes costeiros.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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Figura 1 Morfodinmica praial.
Fonte: Adaptado de HOEFEL, 1998.
A praia, segundo HOEFEL (1998), pode ser considerada como uma acumulao
de sedimentos inconsolidados os quais se estendem entre a zona mais prxima da
quebra das ondas (antepraia) at o limite das feies como o cordo arenoso ou das
dunas (ps-praia).
J a plataforma continental representa a extenso submersa dos continente se
estendendo desde a antepraia at uma regio de aumento do gradiente topogrfico,
referenciado como quebra da plataforma continental (NETO e SILVA, 2004). Ainda de
acordo com os autores, a plataforma continental caracterizada por apresentar relevo
com declives gradientes e suaves com variaes pequenas da ordem de 20 m ao longo
de profundidades mdias de cerca de 130 m.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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Conhecer o comportamento morfodinmico e hidrodinmico desses ambientes
necessrio quando leva-se em considerao a segurana dos banhistas, o manejo de
dunas, os critrios para explorao de areia, reconstituio de praias, delimitao
submersa de reas protegidas, entre outras aes que esto intimamente ligados as
caractersticas geomorfolgica deste meio (NICOLODI e TOLDO JR, 2003).
Deste modo, o estudo morfodinmico das praias e da plataforma continental
torna-se fundamental para o desenvolvimento e criao de projetos que possam
beneficiar de forma concisa esses ambientes.
2.1. Levantamentos Hidrogrficos
As informaes contendo dados que se relacionam aos ambientes marinhos e
costeiros, diferem dos dados relacionados aos ambientes terrestres em vrios aspectos
(KRUEGER et al. 2003). Distribuio das amostras, diferentes precises e resolues, e
tambm densificao em diferentes partes do oceano, so exemplos de
comportamentos divergentes entre esses ambientes.
Tais divergncias ocorrem devido prpria dinmica do fundo ocenico, que por
se tratar de um ecossistema ativo, est sujeito a diversas mudanas, tanto naturais,
como a variao das mars, quanto antrpicas, como uma construo porturia (KRUG
e NOEMBERG, 2005). Essas mudanas podem ser detectadas por meio dos
Levantamentos Hidrogrficos (LH).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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Levantamentos Hidrogrficos correspondem ao conjunto de trabalhos
executados na obteno de dados batimtricos, geolgicos, maregrficos,
fluviomtricos, topo-geodsicos, de ondas, de correntes e outros, em reas martimas,
fluviais, lacustres e em canais naturais ou artificiais, navegveis ou no (DHN, 2009),
desde que estejam em conformidade com o Decreto n 96.000, de dois de maio de
1988, que dispe sobre a realizao de pesquisa e investigao cientfica na plataforma
continental e em guas sob jurisdio brasileira.
O rgo que estabelece as normas para a realizao dos levantamentos
hidrogrficos a Organizao Hidrogrfica Internacional (OHI). Tais normas devem ser
seguidas pelos estados-membros, no Brasil o rgo que representa a OHI.
Segundo a DHN, 2009, os Levantamentos Hidrogrficos so classificados em
duas categorias em funo do propsito de sua execuo:
Categoria A - LH executados com o propsito de produzir elementos que sirvam
para atualizao de cartas e publicaes nuticas.
A DHN sugere que todos os LH que envolvam levantamentos batimtricos, ou
levantamentos geodsicos e topogrficos realizados em apoio aos levantamentos
batimtricos, ou realizados com a finalidade de georreferenciar obras sobre guas,
instalaes porturias, peres, pontos notveis e sinais de auxlios navegao fixos
(balizas, faris e faroletes), cabos submarinos e toda e qualquer feio topogrfica
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natural ou artificial relevante sob os aspectos hidrogrficos e da segurana da
navegao, sejam classificados como nessa categoria (DHN, 2009).
Categoria B - LH executados sem o propsito de produzir elementos que sirvam
para atualizao de cartas e publicaes nuticas.
Devem ser inseridos nesta categoria todos os demais LH cujos trabalhos
realizados no se enquadrem nas caractersticas dos LH da Categoria A. Convm que
os LH de batimetria, executados em apoio ao planejamento de dragagens
(levantamentos pr-dragagem) sejam assim classificados, posto que a validade dos
dados resultantes, normalmente, ser efmera (DHN, 2009).
2.2. Levantamentos Batimtricos
Os levantamentos batimtricos so a principal tarefa de um Levantamento
Hidrogrfico (LH). Segundo KRUEGER (2005) Os levantamentos batimtricos tm por
objetivo realizar as medies de profundidades associadas a uma posio da
embarcao na superfcie da gua. Elas so necessrias em reas martimas, fluviais,
em lagoas e em canais naturais ou artificiais, navegveis ou no, visando
representao destas reas em uma carta.
Os levantamentos batimtricos so realizados de forma indireta, com
equipamentos digitais capazes de imagear o fundo do mar. Os sensores acsticos,
como o ecobatmetro de mono-feixe ou multi-feixe, e as plataformas aerotransportadas
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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(radares e laser) ou espaciais (satlites), so exemplos dos instrumentos usados nos
levantamentos indiretos (AYRES e NETO, 2004).
Os levantamentos batimtricos so utilizados na representao das linhas
isobticas, que servem para definir o traado do relevo submerso ocenico. Para a
obteno das profundidades faz-se necessrio a definio do plano de referncia de
navegao. Tal plano denominado de Nvel de Reduo NR (Figura 2), e sua
principal funo eliminar as variaes das mars, a nvel mundial, e garantir que o
navegante no encontre nenhuma profundidade menor do que as representadas na
carta nutica (DHN, 2009).
Figura 2 Nvel de Reduo.
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Para levantamentos batimtricos locais, necessrio levar em considerao o
valor da mar no instante da tomada das amostras. Dessa forma, o valor de uma
amostra batimtrica ser igual soma do Nvel de Reduo (NR), acrescido da
variao da mar (MA).
De acordo com AYRES e NETO (2004), a obteno da profundidade usando o
ecobatmetro de mono-feixe a mais utilizada quando levada em considerao a
relao custo-benefcio para levantamentos nas reas da plataforma continental interna
adjacente (profundidade mxima de 130 metros). Os equipamentos de alta resoluo
(210kHz) tm aplicaes limitadas em reas da plataforma, para reas com
profundidades acima de 130 metros recomendvel a utilizao de equipamentos com
freqncias menores, uma vez que alm da profundidade, incidem tambm a
estratificao do nvel de salinidade e a temperatura da gua, fatores que podem
provocar erros considerveis nas medidas batimtricas.
O ecobatmetro consiste em uma fonte emissora de sinais acsticos e um relgio
interno que mede o intervalo entre a emisso do sinal, e o instante em que seu eco
retorna ao sensor. A profundidade pode ser encontrada pela Equao (1).
Eq. (1)
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
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Onde:
a profundidade calculada; a velocidade do som na gua (~ 1500m/s);
o tempo medido entre a emisso e a recepo do sinal.O ecobatmetro posicionado sob a embarcao, e a batimetria referenciada a
partir da posio do sensor na calha do barco. Na Figura 3 pode-se ver como esto
disposto os elementos de um levantamento batimtrico: Nvel de Referncia (NR),
Profundidade (P) ou batimetria, Tempo de emisso e recepo do sinal do ecobatmetro
(t), Ecobatmetro posicionado sob a embarcao (ECO), e Mar (MA).
Figura 3 Elementos da batimetria.
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TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
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A posio da embarcao dada atravs da utilizao do Global Position
System (GPS), que contempla a aquisio de pontos com posteriores correes, ou do
Differential Global Position System (DGPS), cuja aquisio de pontos acontece com
correo simultnea. De acordo com RIBEIRO e KRUEGER (2008), o mtodo DGPS
consiste em utilizar simultaneamente dois receptores, um instalado em uma estao
fixa de coordenadas conhecidas, denominada de estao de referncia, e um outro em
uma estao em permanente movimento, intitulada de estao mvel.
A partir da estao de referncia so calculadas as correes diferenciais
utilizadas pela estao mvel no processo de clculo de sua posio (RIBEIRO e
KRUEGER, 2008). As correes so enviadas em tempo real por meio de um sistema
de comunicao dentro de um formato apropriado, definido pela RTCM (Radio
Technical Committee for Marine Service) (KRUEGER, 1996).
O resultado do uso conjunto do GPS ou do DGPS e do ecobatmetro, aps sua
transformao para o sistema de referncia adotado, um conjunto de dados
tridimensionais de coordenadas de pontos, que por si s, no capaz de gerar
diretamente a superfcie do fundo do mar imageado. Para construir a superfcie que
representa tal morfologia, necessrio empregar tcnicas de interpolao espacial.
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3. SISTEMAS DE INFORMAES GEOGRFICAS SIG
Segundo ARONOFF (1989) um SIG uma estrutura computacional baseado na
manipulao de dados geogrficos que possuem uma localizao conhecida, ou seja,
que estejam georeferenciados.
A definio de SIG pode ser dividida em trs categorias, refletindo cada uma
sua maneira os usos e vises possveis desta tecnologia (BURROUGH e McDONELL,
1998):
Baseada em ferramentas: SIG um poderoso conjunto de tcnicas e
procedimentos capazes de coletar armazenar, recuperar, transformar e exibir
dados espaciais do mundo real (BURROUGH, 1986);
Baseada em bancos de dados: SIG um banco de dados indexados
espacialmente, sobre o qual opera um conjunto de procedimentos para
responder a consultas sobre entidades espaciais (SMITH et al., 1987);
Baseada em estruturas organizacionais: SIG um sistema de suporte
deciso que integra dados referenciados espacialmente em um ambiente de
respostas a problemas (COWEN, 1988).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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Os SIG possuem diferentes tipos de classificao dependendo da suas
aplicaes (SILVEIRA et. al., 2007). Todavia, a escolha do tipo de aplicao depende
de variveis como o tipo de dado manuseado, utilizao e finalidade. Segundo
BURROUGH (1986) um SIG deve possibilitar respostas a perguntas do tipo:
a) Onde est o objeto A?
b) Onde est A em relao ao local B?
c) Quantas ocorrncias do tipo A existem em uma distncia D de B?
d) Qual o valor de uma funo Z na posio X?
e) Quais as dimenses de B (rea, permetro)?
f) Qual o resultado da interseo de vrios tipos de dados espaciais?
g) Qual o caminho de menor custo, resistncia, ou distncia entre os pontos X e Y
sobre uma rede contnua de pontos que definem um relevo?
h) O que so os pontos X1 e X2?
i) Quais objetos esto prximos aos objetos tendo certa combinao de atributos?
j) Como reclassificar objetos que possuam certa combinao de atributos?
k) Como projetar um banco de dados digital, modelando uma ao no mundo real,
para simular o efeito do processo P atravs do tempo T, para um dado cenrio S.
l) De que forma converter um conjunto de pontos topogrficos, de modo que
simulem sua superfcie real?
m) Qual o caminho que possui a menor distncia entre os pontos A e B sobre uma
rede contnua de pontos que definem um relevo?
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
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Por serem portadores de mltiplas funes os SIG agregam uma perspectiva
interdisciplinar de sua utilizao. Alm disso, esses sistemas possibilitam a integrao
em uma nica base de dados de informaes geogrficas originadas de diversas
fontes, destinando-se a utilizaes diversas, tais como as de cadastro tcnico e
multifinalitrio, aplicaes do meio ambiente e recursos naturais, sade pblica,
petrleo e gs, agricultura de preciso, planejamento urbano e de transportes,
segurana pblica, gerenciamento costeiro, marinho e de pesca.
3.1. SIG com nfase no Gerenciamento Costeiro e Ocenico
A representao das caractersticas e dos relacionamentos dos atributos
costeiros e ocenicos (marinhos) uma tarefa desafiante para os SIG tradicionais,
devido dinmica natural dos oceanos e dos sistemas costeiros, e a natureza
tridimensional dos volumes aquticos, que necessitam de uma viso mais ampla para
sua representao, justificados pela complexidade que envolve suas caractersticas
geogrficas (WRIGHT et al., 2007).
Assim, o desenvolvimento de aplicaes de SIG com nfase no Gerenciamento
Costeiro e Ocenico resultante da adaptao de uma tecnologia originada e
desenvolvida inicialmente para aplicaes baseadas no mbito terrestre.
O SIG com nfase no Gerenciamento Costeiro e Ocenico permite criar mapas e
cenas de visualizao tridimensional, de forma a obter uma produo mais realista da
morfologia do fundo do mar, possibilitando a extrao de informaes necessrias ao
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TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
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mapeamento temtico e cartogrfico, bem como desenvolvimento de atividades
aplicadas ao gerenciamento dos recursos naturais, estudos do habitat pesqueiro,
monitoramento do meio ambiente, engenharia submarina, explorao geolgica, e
segurana para a navegao (FONSECA et al., 2002).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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3.2. Anlise Espacial
Segundo LONGLEY et. al (2005), as anlises espaciais so apontadas como
uma dentre as vrias ferramentas utilizadas em SIG, que abrangem transformaes,
manipulaes e mtodos, que podem ser aplicados para adicionar valores a dados, dar
suporte a tomada de decises, e revelar anomalias que no so perceptveis diante de
uma simples conferncia, ou checagem de valores.
As anlises espaciais normalmente compreendem consultas a atributos, medidas
de distncias e operaes envolvendo camadas de informaes. BAILEY e GATRELL
(1995) classificam as anlises espaciais em trs tipos:
Anlises de padres pontuais so fenmenos expressos atravs de
casos ocorridos identificados como pontos localizados no espao, como
focos de incndio, ocorrncia de doenas e crimes;
Anlises de superfcies so superfcies criadas a partir de um conjunto
de amostras de pontos espacialmente distribudas, que representam o
comportamento de, por exemplo, dados geolgicos, altimtricos e
batimtricos;
Anlises de reas so anlises envolvendo informaes agregadas em
reas delimitadas por polgonos fechados, onde se supe que mudanas
importantes s ocorram dentro de seus limites. Geralmente tratam de
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dados associados a levantamentos populacionais e estatsticas sobre
sade, relacionando-os aos seus respectivos municpios.
As anlises espaciais envolvendo superfcies tm como objetivo representar o
fenmeno estudado de forma realista atravs de superfcies. A converso de dados que
se encontram na forma de pontos em uma representao na forma de grade regular,
feita com o uso de interpoladores, conforme pode ser visualizado na Figura 4.
Figura 4 Processo de Criao de superfcies usando Interpoladores.
Fonte: Adaptado de CAMARA, et al. (2004).
As anlises espaciais ocorrem aps a aquisio dos dados amostrais, e so
compostas das seguintes etapas: Anlise da Normalidade dos Dados; Implementao
dos Interpoladores; Anlises Estatstica dos Resultados; e Criao da Superfcie
Tridimensional.
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3.2.1. Anlise da Normalidade dos Dados
Segundo FIELD (2009), a anlise acerca da normalidade dos dados realizada a
atravs da aplicao do teste de Kolmogorov-Smirnov (Teste de K-S), que compara
escores de uma amostra, a escores de uma distribuio normal modelo de mesma
mdia e varincia dos valores encontrados na amostra.
De acordo com ARAJO (2007) a estatstica apropriada do teste baseada na
maior diferena absoluta entre a funo de distribuio normal acumulada [ ], que corresponde a proporo dos valores esperados menores ou iguais a x; e a freqncia relativa observada acumulada e ajustada [ ], correspondendo a proporo dos valores observados menores ou iguais a x; em que mdulo do desvio mximo observado, conforme a Equao (2):
sendo:
onde:
refere-se a funo de distribuio normal acumulada;
Eq. (2)
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refere-se a freqncia relativa observada acumulada e ajustada; refere-se ao nmero da amostra; refere-se ao tamanho da amostra;
Em seguida compara-se o , com o , que o desvio mximo tabelado,
para um determinado intervalo de confiana. Quando o valor for maior que o valor
crtico tabelado , conclui-se que a caracterstica em estudo da populao
no segue a distribuio normal; caso contrrio conclu-se que a amostra
normalmente distribuda.
O teste de Kolmogorov-Smirnov tambm pode ser interpretado pelo uso do p-
value, que corresponde significncia do teste (FIELD, 2009). De forma que se o teste
no significativo (p-value > 0,05) a amostra normalmente distribuda, caso contrrio,
a amostra no normalmente distribuda.
Segundo FIELD (2009) quando o tamanho da amostra grande, comum o
teste de Kolmogorov-Smirnov apresentar resultado significativo (p-value < 0,05), o que
nem sempre valido. Para sanar essa dvida sugere-se, a realizao de anlises
grficas da distribuio dos dados, para ento, comprovar ou no a normalidade da
distribuio.
Caso se confirme a no normalidade da amostra, pode-se tentar normaliz-la
empregando-se transformaes do tipo (FIELD, 2009):
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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Logartmica ao extrair o logaritmo de um conjunto de
nmeros reduz-se a assimetria positiva da distribuio;
Por radiciao ao tomar a raiz quadrada de um conjunto de
valores, reduz-se os valores grandes aproximando-os do centro da
distribuio;
Recproca : ao dividir por 1 est-se diminuindo o impacto dos
grandes valores, de forma que eles ficaram prximos de zero.
A transformao logartmica no pode ser aplicada a valores negativos ou zero,
j a transformao por radiciao no pode ser aplicada para valores negativos. Para
corrigir esses problemas, uma constante pode ser adicionada aos dados para torn-los
maiores que zero.
A anlise sobre a normalidade dos dados importante no momento da deciso
acerca da utilizao dos testes estatsticos. Caso os dados sigam uma distribuio
normal, possvel a aplicao de testes paramtricos, caso contrrio, se os dados no
forem normais, e no conseguirem ser normalizados, pode ser aplicado testes no-
paramtricos, ou ainda utilizar o erro, que segundo FIELD (2009), tende a apresentar
um comportamento normal.
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3.2.2. Implementao dos Interpoladores
Esse procedimento ocorre atravs da aplicao dos interpoladores. Os
Interpoladores so os procedimentos usados na predio de valores de atributos em
locais no conhecidos (incertos), a partir de medidas realizadas em pontos com locais
conhecidos, para uma mesma rea ou regio (BURROUGH; MCDONNELL, 1998). Eles
estimam os valores de pontos da superfcie a partir de um conjunto de amostras
vizinhas.
De acordo com BURROUGH e MCDONNELL (1998), a utilizao de
interpoladores necessria quando:
uma superfcie discretizada exige um grau de resoluo diferente da original
(Ex.: transformao de grade com resoluo de 100 dpi para 50 dpi), ou
uma superfcie contnua representada por um modelo de dados diferente do
requerido (Ex.: transformao de malha triangular irregular para grade
regular), ou
os dados disponveis no cobrem o domnio de interesse completamente (Ex.:
os infinitos pontos de uma superfcie no esto disponveis).
A Figura 5 mostra os pontos utilizados em uma interpolao, e a superfcie
resultante sobrepostas. Pode-se identificar que a superfcie infere a construo dos
valores inexistentes entre os dois perfis, exemplificando, assim, como ocorre o processo
de interpolao.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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24
Figura 5 Processo de Interpolao.
BURROUGH (1987) especifica que os interpoladores se dividem em trs tipos,
sendo:
Modelos de Interpoladores Locais: cada ponto da superfcie estimado
apenas a partir da interpolao das amostras mais prximas. A suposio
implcita que predominam os efeitos puramente locais.
Modelos de Interpoladores Globais: a suposio implcita nesta classe de
interpoladores que, para a caracterizao do fenmeno em estudo,
predomina a variao em larga escala e, que a variabilidade local no
relevante.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa
Modelos de Interpoladores Geoestatsticos (Krigagem)
a variao de atributo to irregular, e a densidade de amostras tal, que
mtodos simples de interpolao podem dar predies incertas. Esses
mtodos podem estabelecer estimativas
interpolao.
3.2.2.1. Modelos de Interpoladores Locais
a) Inverso da Distncia Ponderada (IDP)
O interpolador Inverso da Distncia Ponderada
caracterstica de exato, ou seja, um ponto amostral quando predito no sofre alterao.
O modelo permite a manipulao dos parmetros de dimenses do raio de busca, o
nmero de vizinhos a serem processados no clculo e a potncia a ser empregada na
ponderao da distncia (ESTRADA e SAFRIET, 200
Segundo BAJJALI (2002), sua formulao matemtica pode ser
Equao (3):
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
tthh
Modelos de Interpoladores Geoestatsticos (Krigagem)
a variao de atributo to irregular, e a densidade de amostras tal, que
mtodos simples de interpolao podem dar predies incertas. Esses
mtodos podem estabelecer estimativas probabilsticas
Modelos de Interpoladores Locais
Inverso da Distncia Ponderada (IDP)
O interpolador Inverso da Distncia Ponderada um interpolador
, ou seja, um ponto amostral quando predito no sofre alterao.
a manipulao dos parmetros de dimenses do raio de busca, o
nmero de vizinhos a serem processados no clculo e a potncia a ser empregada na
ponderao da distncia (ESTRADA e SAFRIET, 2006).
Segundo BAJJALI (2002), sua formulao matemtica pode ser
Eq. (3)
hhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
25
Modelos de Interpoladores Geoestatsticos (Krigagem): so usados quando
a variao de atributo to irregular, e a densidade de amostras tal, que
mtodos simples de interpolao podem dar predies incertas. Esses
probabilsticas da qualidade da
um interpolador local, e tem a
, ou seja, um ponto amostral quando predito no sofre alterao.
a manipulao dos parmetros de dimenses do raio de busca, o
nmero de vizinhos a serem processados no clculo e a potncia a ser empregada na
Segundo BAJJALI (2002), sua formulao matemtica pode ser expressa pela
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa
onde:
o valor predito no ponto so os valores dos pontos amostrais vizinhos ao ponto desconhecido a distncia que separa cada ponto amostral
o nmero de vizinhos; a pontencia adotada.
b) Polinomial Local
O interpolador Polinomial Local possui
Equao (4).
onde:
o valor de elevao (Z), nas coordenadas (X, Y so os coeficientes do polinmio de grau
ordem da superfcie de tendncia.
Neste modelo, so adaptadas n superfcies na regio de trabalho, sendo estas
definidas pelas dimenses do raio de busca (BURROUGH e MCDONNELL
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
tthh
o valor predito no ponto 0;
so os valores dos pontos amostrais vizinhos ao ponto desconhecido
a distncia que separa cada ponto amostral ao ponto desconhecido o nmero de vizinhos;
a pontencia adotada.
Polinomial Local
O interpolador Polinomial Local possui formulao matemtica de acordo com a
valor de elevao (Z), nas coordenadas (X, Y);
coeficientes do polinmio de grau ;
ordem da superfcie de tendncia.
so adaptadas n superfcies na regio de trabalho, sendo estas
definidas pelas dimenses do raio de busca (BURROUGH e MCDONNELL
Eq. (
hhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
26
so os valores dos pontos amostrais vizinhos ao ponto desconhecido ;
ao ponto desconhecido 0;
formulao matemtica de acordo com a
so adaptadas n superfcies na regio de trabalho, sendo estas
definidas pelas dimenses do raio de busca (BURROUGH e MCDONNELL, 1998).
Eq. (4)
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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Dessa forma, esse raio de busca identifica os pontos amostrais que sero empregados
no clculo dos valores preditos (AGRA, 2007).
O modelo permite a manipulao do grau do polinmio, das dimenses do raio
de busca, do nmero de vizinhos a serem processados no clculo, e dos pesos a serem
atribudos a cada ponderao alcanada na definio do grau do polinmio (ESTRADA
e SAFRIET, 2006).
JAKOB e YOUNG (2006) explicitam ainda que o interpolador polinomial local
pode ajustar muitos polinmios, cada um especificando sua vizinhana, diferentemente
do interpolador polinomial global, que ajusta um polinmio superfcie toda.
c) Funes de Base Radial (FBR)
As Funes de Base Radial correspondem a um grupo de interpoladores
chamados Splines que produzem superfcies suaves (CHIN-SHUNG YANG et.al. 2004).
O princpio das Splines minimizar a curvatura total da superfcie, semelhante a ajustar
uma membrana de borracha aos valores observados, garantindo-se que a mesma
contenha os pontos amostrais, configurando-se como um interpolador exato (JAKOB e
YOUNG, 2006).
Por causa dessa caracterstica, as Funes de Base Radial no so
recomendadas para as superfcies com grandes variaes de gradientes, produzindo
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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bons resultados para superfcies de pouca variao, como de elevao de terreno.
(JAKOB e YOUNG, 2006).
De acordo com (JAKOB e YOUNG, 2006) esse grupo de interpoladores pode ser
dividido em cinco funes bsicas distintas:
Thin Plate Spline;
Spline with Tension;
Completely Regularized Spline;
Multiquadric Function;
Inverse Multiquadric Function.
As funes de base radial so usadas para se calcular superfcies suavizadas de
um grande nmero de pontos, e so inapropriadas quando existem muitas mudanas
nos valores em pouca distncia (JAKOB e YOUNG, 2006).
3.2.2.2. Modelos de Interpoladores Globais
a) Polinomial Global
Segundo MICHAEL e TRIVELONI (2006), o interpolador polinomial global uma
tcnica que consiste no ajustamento de equaes que representam variao espacial
de valores atravs de superfcies matemticas (polinmios). Dessa forma, este
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
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interpolador tem como resultado uma superfcie gradual, que muda de acordo com a
definio do grau polinomial usado na interpolao dos dados.
O interpolador polinomial global adapta uma superfcie de ordem n, previamente
definida, todos os pontos amostrais (BAJJALI, 2002).
O modelo matemtico desse interpolador semelhante ao do Interpolador Local,
e definido pela Equao (5) (BURROUGH e MCDONNELL, 1998):
onde:
o valor de elevao (Z), nas coordenadas (X, Y); so os coeficientes do polinmio de grau p ; ordem da superfcie de tendncia.
Exemplificando:
Uma superfcie de grau zero da forma , e corresponde
a um plano horizontal;
Uma superfcie de grau um da forma , e
corresponde a um plano inclinado;
Eq. (5)
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa
Uma superfcie de grau trs da forma
3.2.1.1. Modelo de Interpoladores Geoestatsticos
a) Krigagem
A Krigagem um estimador exato que considera tanto efeitos Locais como
Globais em sua predio, ou seja, funo dos dados e de covarincia espacial
(CHAPLOT; et. al., 2006). Segundo
por objetivo identificar a correlao espacial
de amostras com seus valores interpolados, d
amostras pela vizinhana a ser cons
De acordo com BURROUGH e MCDONNELL (1998), a
expressa pela Equao
onde:
o valor da funo aleatria numa posio
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
tthh
Uma superfcie de grau trs da forma
, e corresponde a uma cbica.
Modelo de Interpoladores Geoestatsticos
um estimador exato que considera tanto efeitos Locais como
Globais em sua predio, ou seja, funo dos dados e de covarincia espacial
, 2006). Segundo BAILEY e GATRELL (1995), este interpolador tem
por objetivo identificar a correlao espacial existente entre os valores de um
de amostras com seus valores interpolados, definindo os pesos a
pela vizinhana a ser considerada, e pelo erro associado ao valor estimado
De acordo com BURROUGH e MCDONNELL (1998), a
(6):
,
o valor da funo aleatria numa posio s;
hhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
30
Uma superfcie de grau trs da forma
um estimador exato que considera tanto efeitos Locais como
Globais em sua predio, ou seja, funo dos dados e de covarincia espacial
BAILEY e GATRELL (1995), este interpolador tem
valores de um conjunto
os pesos atribudos s diversas
ro associado ao valor estimado.
De acordo com BURROUGH e MCDONNELL (1998), a Krigagem pode ser
Eq. (6)
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa
uma funo determinstica que posio s;
um termo estocstico correlacionado com variao local; um rudo aleatrio no correlacionado, normalmente distribudo.
Tal formulao tem interpretao geomtrica mostrada
o comportamento das amostras correlatas,
entre o conjunto de valores de entrada
(BURROUGH e MCDONNELL, 1998).
Figura 6
FONTE: Adaptado de
Na Figura 6(a) visualiza
constante, por sua vez, na F
com um comportamento
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
tthh
uma funo determinstica que descreve a componente
um termo estocstico correlacionado com variao local;
um rudo aleatrio no correlacionado, normalmente distribudo.
tem interpretao geomtrica mostrada na Figura
rtamento das amostras correlatas, de acordo com a variao
entre o conjunto de valores de entrada e o conjunto dos dados interpolados
(BURROUGH e MCDONNELL, 1998).
6 Variao espacial da varivel regionalizada.
Adaptado de BURROUGH e MCDONNELL (
(a) visualiza-se o comportamento amostras que possuem valores da
constante, por sua vez, na Figura 6(b), as amostras representadas revelam o
com um comportamento tendencioso.
hhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
31
descreve a componente estrutural Z numa
um termo estocstico correlacionado com variao local;
um rudo aleatrio no correlacionado, normalmente distribudo.
na Figura 6, que reproduz
variao espacial existente
e o conjunto dos dados interpolados
regionalizada.
e MCDONNELL (1998).
se o comportamento amostras que possuem valores da
as amostras representadas revelam o
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa
Quando a funo determinstica
efeitos globais da amostra
6 fica reduzida a determinao do
um Variograma (BURROUGH; MCDONNELL, 1998).
MELLO et. al., (2005)
a Krigagem, que permite
regionalizado no espao, e definido
onde:
o nmero de amostras separadas por uma distncia so os valores amostrais nas posies
distncia ;
a semivarincia de todos os pares de amostras
A representao grfica do variograma, segundo
mostrada na Figura 7, onde
Alcance ou
apresentam
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
tthh
funo determinstica [ ] constante na regio
lobais da amostra se tornam quase que inexistentes. Desse modo
reduzida a determinao do termo estocstico , que obtido em funo d
(BURROUGH; MCDONNELL, 1998).
2005) definem o Variograma como sendo uma tcnica de suporte
, que permite representar quantitativamente a variao de um fenmeno
espao, e definido pela Equao (7).
o nmero de amostras separadas por uma distncia hso os valores amostrais nas posies
a semivarincia de todos os pares de amostras
A representao grfica do variograma, segundo SCHAFFRATH
, onde so identificados os seguintes parmetros:
Alcance ou Range (A): materializa a distncia onde as amostras
apresentam-se correlacionadas espacialmente;
hhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
32
constante na regio em estudo, os
. Desse modo, a Equao
, que obtido em funo de
uma tcnica de suporte
representar quantitativamente a variao de um fenmeno
h ;, separados pela
SCHAFFRATH et. al., (2007),
so identificados os seguintes parmetros:
materializa a distncia onde as amostras
se correlacionadas espacialmente;
Eq. (7)
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
33
Patamar ou Sill (C1): valor da semivarincia correspondente ao
Alcance (A). O Patamar (C1) indica o ponto que deixa de existir a
dependncia espacial, dado que a variao da diferena entre
pares de amostras torna-se aproximadamente constante;
Efeito Pepita ou Nugget (C0): representa a interseo da curva
com o eixo y. Sua construo aponta uma descontinuidade, que
pode ocorrer por se considerar distncias menores que a menor
distncia entre as amostras, por erros de medio ou pelo acaso.
Figura 7 Variograma.
FONTE: Adaptado de BURROUGH e MCDONNELL (1998).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
34
Existem diversos modelos de Variograma, cada um com formataes especficas.
Na Tabela 1, esto descritos o tipo de Variograma, o seu modelo matemtico e o
grfico resultante, dos modelos mais conhecidos.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
35
Tabela 1 Variogramas da Krigagem.
VARIOGRAMA MODELO GRFICO
Exponencial
Gaussiano
Linear
Esfrico
FONTE: Adaptado de BURROUGH e MCDONNELL (1998).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa
onde:
i. Krigagem Ordinria
Quando a funo determinstica que descreve a componente
posio s [ ], constante na regio em estudo, a
Ordinria.
De acordo com BARROS FILHO (2007), a
como o melhor estimador linear no
que o valor desconhecido pode ser estimado por uma combinao linear dos pesos dos
valores observados nas amostras vizinhas; j como estim
assume que a mdia global dos erros, ou seja, a mdia das diferenas entre os valores
estimados e os valores observados seja nula.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
tthh
Krigagem Ordinria
funo determinstica que descreve a componente
constante na regio em estudo, a Krigagem
acordo com BARROS FILHO (2007), a Krigagem Ordinria considerada
como o melhor estimador linear no-tendencioso, pois, como estimador linear, assume
que o valor desconhecido pode ser estimado por uma combinao linear dos pesos dos
valores observados nas amostras vizinhas; j como estim
assume que a mdia global dos erros, ou seja, a mdia das diferenas entre os valores
estimados e os valores observados seja nula.
hhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
36
funo determinstica que descreve a componente estrutural Z numa
Krigagem passa a ser do tipo
Krigagem Ordinria considerada
tendencioso, pois, como estimador linear, assume
que o valor desconhecido pode ser estimado por uma combinao linear dos pesos dos
valores observados nas amostras vizinhas; j como estimador no-tendencioso,
assume que a mdia global dos erros, ou seja, a mdia das diferenas entre os valores
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
37
Assim, o processo a ser estimado tem uma mdia desconhecida, mas constante,
cujo valor igual mdia dos valores observados nas amostras. Portanto, os pesos
so escolhidos de maneira que o valor mdio estimado restringido pelo valor da
mdia das amostras, sendo para isso necessrio que a soma dos pesos seja igual a 1
(BARROS FILHO, 2007).
Dessa forma, o peso reflete a distncia entre as amostras e o ponto a estimar, de
forma que quanto mais prximas estiverem as amostras do ponto a estimar, maior ser
o seu peso no estimador (SOARES, 2000).
A Krigagem Ordinria possui a capacidade de avaliar o grau de incerteza dos
parmetros ajustados aos modelos tericos de semivariogramas. Tal incerteza o erro
da estimativa, que pode ser obtido mediante o procedimento chamado validao do
modelo que envolve a re-estimao dos valores conhecidos por meio dos parmetros
ajustados ao modelo do semivariograma (CAMARGO, 1997).
BARROS FILHO (2007) afirma que a Krigagem Ordinria minimiza a varincia
dos erros, espacializa os erros, permitindo a gerao de uma superfcie de erros.
A superfcie gerada pela Krigagem Ordinria corresponde a uma grade, cujos
pontos so calculados em funo da variao local da amostra, conforme definido na
Equao (8) (BURROUGH; MCDONNELL, 1998).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
38
Eq. (8)
Eq. (9)
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
39
O clculo de um ponto com sua coordenada z desconhecida, e o seu erro de
estimao segundo a Krigagem Ordinria exemplificada em determinada regio
amostral, que tem seu espao geogrfico delimitado por um plano cartesiano (x,y)
apresentando valores de zero (0,0) a dez (10,10). Essa regio apresenta um
variograma melhor adaptado como do tipo esfrico, com os parmetros C0 = 2.5 (Efeito
Pepita), C1 = 7.5 (Patamar), e A = 10.0 (Alcance). Conforme a Figura 8, o ponto W, com
localizao (5,5), possui sua coordenada z(xi=0) desconhecida, e est separado de
outros cinco pontos medidos, e espacializados ao seu redor por distncias (h).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
40
Figura 8 Predio do ponto W usando a Krigagem Ordinria.
Os cinco pontos ao redor do ponto W, esto numerados de 1 a 5, possuem suas
coordenadas de localizao no espao (x,y), e o valor da coordenada z, conforme
pode-se visualizar na matriz de localizao espacial (x,y,z), expressa na Figura 9.
I X Y Z1 2 2 32 3 7 43 9 9 24 6 5 45 5 3 6
Figura 9 Matriz de localizao espacial dos pontos conhecidos.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa
Para calcular o erro associado ao ponto W, necessrio calcular o valor da sua
coordenada z, e posteriormente calcular o erro a ele associado. Fazendo uso da
Krigagem Ordinria, podemos encontrar esses valores
pesos, conforme expresso na
onde:
A a matriz da semivarincia entre os
b o vetor da semiv
o vetor dos pesos
linha e coluna extra que garantem que a soma dos pesos seja 1.
Para criar as duas matrizes de
duas matrizes com as informaes de distncias. Uma contendo as
todos os pontos conhecidos (
contendo as distncias entre os pontos conh
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
tthh
Para calcular o erro associado ao ponto W, necessrio calcular o valor da sua
z, e posteriormente calcular o erro a ele associado. Fazendo uso da
Krigagem Ordinria, podemos encontrar esses valores atravs
pesos, conforme expresso na Equao (10).
da semivarincia entre os pares dos pontos conhecidos
o vetor da semivarincia entre cada ponto conhecido e o ponto a ser predito;
os pesos;
linha e coluna extra que garantem que a soma dos pesos seja 1.
Para criar as duas matrizes de semivarincia (A e b), necessrio primeiro criar
duas matrizes com as informaes de distncias. Uma contendo as
todos os pontos conhecidos (Figura 10); e a outra matriz, ou vetor de distncia,
contendo as distncias entre os pontos conhecidos e o ponto a ser predito (Figura
Eq. (10
hhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
41
Para calcular o erro associado ao ponto W, necessrio calcular o valor da sua
z, e posteriormente calcular o erro a ele associado. Fazendo uso da
atravs da determinao dos
ontos conhecidos;
e o ponto a ser predito;
linha e coluna extra que garantem que a soma dos pesos seja 1.
semivarincia (A e b), necessrio primeiro criar
duas matrizes com as informaes de distncias. Uma contendo as distncias entre
); e a outra matriz, ou vetor de distncia,
a ser predito (Figura 11).
10)
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
42
I 1 2 3 4 51 0.0 5.099 9.899 5.000 3.1622 5.099 0.0 6.325 3.606 4.4723 9.899 6.325 0.0 5.0 7.2114 5.0 3.606 5.0 0.0 2.2365 3.162 4.472 7.211 2.236 0.0
Figura 10 Matriz de distncia entre os pontos conhecidos.
i 01 4.2432 2.8283 5.6574 1.05 2.0
Figura 11 Vetor de distncia entre os pontos conhecidos e o ponto predito.
As duas matrizes de distncia so ajustadas ao variograma do tipo esfrico com
o objetivo de adquirir as semivarincias correspondentes as matrizes A e b (Figuras 12
e 13):
A = i 1 2 3 4 5 61 2.500 7.739 9.999 7.656 5.939 1.0002 7.739 2.500 8.667 6.381 7.196 1.0003 9.999 8.667 2.500 7.656 9.206 1.0004 7.656 6.381 7.656 2.500 4.936 1.0005 5.939 7.196 9.206 4.936 2.500 1.0006 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000 1.000
Figura 12 - Matriz de semivarincia dos pontos conhecidos (A).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa
Figura 13 Vetor da semivarincia entre
Nas duas matrizes
e uma nova clula (i = 6), para assegurar que o somatrio dos pesos seja igual a um
(1).
O prximo passo calcular a matriz inversa
conhecidos (Figura 14):
A-1 = i 11 -0.1722 0.5003 0.0224 -0.0265 0.1266 0.273
Figura 14 - M
Nesse momento efetua
( ), conforme apresentado na
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
tthh
b = i 11 7.1512 5.5973 8.8154 3.6215 4.7206 1.000
Vetor da semivarincia entre os pontos conhecidos e o ponto predito (
Nas duas matrizes de semivarincia encontradas foi adicionada uma nova coluna
e uma nova clula (i = 6), para assegurar que o somatrio dos pesos seja igual a um
O prximo passo calcular a matriz inversa de semivarincia dos pontos
1 2 3 4 50.172 0.500 0.022 -0.026 0.1260.500 -0.167 0.032 0.007 0.0070.022 0.032 -0.111 0.066 -0.0100.026 0.077 0.066 -0.307 0.1900.126 0.007 -0.010 0.190 -0.3130.273 0.207 0.357 0.003 0.134
Matriz inversa da semivarincia dos pontos medidos.
Nesse momento efetua-se a operao , obtendo-
), conforme apresentado na Figura 15:
hhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
43
conhecidos e o ponto predito (b).
oi adicionada uma nova coluna
e uma nova clula (i = 6), para assegurar que o somatrio dos pesos seja igual a um
semivarincia dos pontos
60.2730.2070.3570.0300.134
-6.873
da semivarincia dos pontos medidos.
-se o vetor dos pesos
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
44
Pesos Distncias1 0.0175 4.4232 0.2281 2.8283 -0.0891 = 1 5.6574 0.6437 1.0005 0.1998 2.0006 0.1182
Figura 15 Vetor de pesos, e suas respectivas distncias.
De posse de todos do vetor dos pesos, o ponto desconhecido calculado de
acordo com a Equao (6), como mostrado:
Z(Xi=0) = 0.0175*3 + 0.2281*4 - 0.0891*2 + 0.6437*4 + 0.1998*6Z(Xi=0) = 4.560O erro associado estimativa do ponto desconhecido Z(Xi=0) = 4.560,
determinado pela Equao (9), como mostrado:
= [0.0175*7.151 + 0.2281*5.597 - 0.0891*8.815 + 0.6437*3.621 + 0.1998*4.720] + = 3.890 + 0.1182
= 4.008
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
45
3.2.3. Anlise Estatstica dos Resultados
As anlises estatsticas dos resultados dos pontos interpolados correspondem ao
conjunto de procedimentos que servem para descrever a amostra, bem como so
indicadores para a tomada de deciso na avaliao comparativa entre variveis
estudadas.
Mdia e Desvio Padro
o clculo da mdia e do desvio padro da amostra, como expresso
nas Equaes (11) (a) e (b).
Onde:
refere-se ao dado amostral i; refere-se a mdia amostral;
refere-se ao desvio padro; refere-se ao tamanho da amostra.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa
Tendncia Mdia
Identifica o
erros, send
Intervalo de confiana
Corresponde aos limites entre os quais
media verdadeira estar, dentre um determinado nvel de
probabilidade. Pode
com a Equao (13)
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
tthh
Tendncia Mdia
dentifica o desvio mdio de uma amostra, que equivale
erros, sendo expressa pela Equao (12):
Intervalo de confiana
Corresponde aos limites entre os quais acredita
media verdadeira estar, dentre um determinado nvel de
probabilidade. Pode-se construir um intervalo de confiana de acordo
Equao (13).
hhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
46
de uma amostra, que equivale a mdia dos
acredita-se que o valor da
media verdadeira estar, dentre um determinado nvel de
se construir um intervalo de confiana de acordo
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa
Onde:
Teste
Compara a diferena mdia entre duas amostras, com a diferena que
espera-
conta o erro padro das amostras. O teste t de amostras
emparelhadas pod
3.2.4. Criao da Superfcie Tridimensional
A superfcie tridimensional
melhores indicadores estatsticos
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
tthh
Teste t dependente (teste t de amostras emparelhadas)
Compara a diferena mdia entre duas amostras, com a diferena que
-se encontrar entre as mdias das amostras (zero), levando em
conta o erro padro das amostras. O teste t de amostras
emparelhadas pode ser descrito de acordo com a
Criao da Superfcie Tridimensional
superfcie tridimensional criada em funo do interpolador que obt
melhores indicadores estatsticos.
hhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
47
t dependente (teste t de amostras emparelhadas)
Compara a diferena mdia entre duas amostras, com a diferena que
encontrar entre as mdias das amostras (zero), levando em
conta o erro padro das amostras. O teste t de amostras
e ser descrito de acordo com a Equao (14).
interpolador que obtiver os
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
48
4. REA DE PILOTO
A eroso costeira um problema que atinge 70% das praias arenosas do mundo
(BIRD, 1981). No Brasil, vrios trechos da costa tm sido atingidos pelo processo
erosivo, fenmeno naturalmente estabelecido pelas forantes que atuam junto costa,
tais como ondas e mars. No entanto, este processo natural tem se agravado devido s
intervenes antrpicas decorrentes do desenvolvimento urbano.
Em Pernambuco a zona costeira tem suportado um grande crescimento, sendo a
rea que apresenta maior densidade demogrfica, com 44% da populao do Estado
(MAI, 2004). tambm nessa rea que se d a concentrao de atividades
econmicas, industriais, de recreao e turismo, e conseqentemente dos problemas
delas decorrentes (MAI, 2004).
Com o avano da eroso costeira, vrios projetos de conteno foram
executados nas praias que abrangem os municpios de Paulista, Olinda, Recife e
Jaboato dos Guararapes (Figura 16). Entretanto, a maioria desses projetos no
respeitou os limites requeridos pela dinmica natural da linha de costa, fato que
intensificou ainda mais o processo erosivo na rea (MAI, 2004).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
49
Figura 16 rea de estudo do Projeto MAI.
Vrios pontos da costa pernambucana encontram-se em desequilbrio,
apresentando eroso marinha progressiva que varia de moderada a severa, para a qual
ainda no se dispe de um diagnstico preciso, dado a inexistncia de meios
adequados compreenso das causas locais e regionais (MAI, 2004).
Em resposta ao problema, as Prefeituras dos Municpios de Jaboato dos
Guararapes, Recife, Olinda e Paulista, atravs do Conselho de Desenvolvimento da
Regio Metropolitana do Recife (CONDERM) e em parceria com a CPRH, entenderam
ser imprescindvel uma avaliao integrada dos problemas comuns aos quatro
municpios. Dessa forma, foi articulado o Projeto de Monitoramento Ambiental
Integrado (MAI), contando com o apoio tcnico cientfico da Universidade Federal de
Pernambuco e de consultores externos. O MAI contou com financiamento do Ministrio
da Cincia e Tecnologia (MCT), atravs da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP)
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
50
e com contrapartida das prefeituras envolvidas, alm do acompanhamento sistemtico
do MPF - Ministrio Pblico Federal (MAI, 2009).
O MAI um projeto que visa avaliar e monitorar a vulnerabilidade da linha de
costa dos quatro municpios e tem como principal objetivo o entendimento do processo
erosivo (MAI, 2009). E tem como objetivo principal o levantamento de informaes
sobre a geologia, a geofsica, a morfologia costeira, os processos fsico-oceanogrficos
e a ocupao do solo, ao longo da zona costeira dos municpios de Paulista, Olinda,
Recife e Jaboato dos Guararapes, alm de formao de recursos humanos que
possibilitem a continuidade do processo.
Dentro dessa tica, a obteno das informaes sobre a batimetria torna-se
pertinente, uma vez que a caracterizao morfolgica deste meio pode ser feita em uma
superfcie atravs dos processos de interpolao, entretanto, tal representao deve
ser construda da forma a modelar a superfcie de forma mais real possvel. E esse
procedimento pode ser realizado atravs da avaliao das caractersticas dos
interpoladores com a aplicao de testes estatsticos.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
51
5. METODOLOGIA DA PESQUISA
A metodologia empregada nessa pesquisa dividida em quatro passos,
conforme a Figura 17.
Figura 17 Procedimentos metodolgicos.
5.1. Aquisio das Amostras Batimtricas
O conjunto de amostras batimtricas, que delimitam a rea piloto, foi adquirido
junto coordenao do Projeto MAI. A amostra composta de 65.041 pontos,
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
52
dispostos em 137 perfis verticais separados a uma distncia de 200 metros, e dois
perfis horizontais espaados a 2.000 metros um do outro. Todos os pontos foram
coletados e referenciados ao Datum vertical SAD 69, e projetados no Sistema de
Coordenadas UTM.
5.1.1. Anlises Exploratrias dos Dados Batimtricos
Para identificar a natureza do conjunto de amostras, foi realizada a anlise
exploratria dos dados a partir do teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov (teste
K-S) e da anlise grfica.
5.2. Implementao dos Interpoladores
Os interpoladores empregados foram: Inverso da Distncia Ponderada,
Polinmio Local, Funes de Base Radial (Completely Regularized Spline), Polinmio
Global e Krigagem.
Durante a fase de interpolao, foi efetuada a validao cruzada, que consiste
em omitir a posio de cada ponto amostral Pi e recalcular o ponto para a mesma
posio, considerando os demais pontos. Este procedimento repetido para os n
pontos, possibilitando identificar o erro entre os valores preditos e medidos (BAILEY e
GATRELL, 1995).
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
53
Os parmetros de cada interpolador foram ajustados individualmente de forma
que, cada um deles apresentasse o menor erro.
5.3. Anlises dos Resultados
As anlises dos resultados foram baseadas na estatstica descritiva dos dados,
levando em considerao os indicadores Mdia e Desvio Padro, Tendncia Mdia,
Intervalo de Confiana, e o Teste t de amostras emparelhadas.
5.4. Criao da Superfcie Tridimensional
A criao da Superfcie foi efetuada pelo interpolador que apresentou os
melhores resultados estatsticos.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
54
6. RESULTADOS E DISCUSSES
6.1. Aquisio das Amostras Batimtricas
As amostras batimtricas coletadas na rea piloto seguem o trecho
compreendido entre os municpios de Paulista, Olinda, e parte de Recife, conforme
mostrado na Figura 18.
Figura 18 rea Piloto.
A princpio, o espaamento das amostras no sentido oeste-leste revelou-se
preocupante, haja visto que entre espaamentos de 200 metros de um perfil para outro,
poderia se encontrar irregularidades morfolgicas cujos processos de inferncia da
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
55
superfcie usando os mtodos de interpolao seriam ineficientes. Aps breve consulta
a Coordenao do MAI, identificou-se que esse espaamento no prejudicaria o
desenvolvimento da pesquisa.
6.1.1. Anlise Exploratria dos Dados Batimtricos
Efetuando-se o teste de K-S, cujos resultados constam na Tabela 2, verifica-se
que a amostra batimtrica tem distribuio diferente da normal (p-value < 0,05), em um
nvel de significncia de 95%.
Tabela 2 - Parmetros do Teste de Kolmogorov-Smirnov
Teste da Normalidade - Kolmogorov-Smirnov
Varivel Dcal GL p-value
Batimetria Medida .056 65299 .000
A Figura 19 mostra o histograma da amostra, comprovando-se no normalidade
da distribuio.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
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Figura 19 Histograma com a curva normal das amostras medidas.
Para tentar normalizar a amostra, foi adicionada uma constante de valor 50
metros aos valores das batimetrias medidas. Essa constante resultou na converso de
todos os valores negativos em valores positivos, permitindo a aplicao das
transformaes logartmica, por radiciao, e por transformao recproca.
Aps as transformaes o Teste de K-S foi repetido, e nenhuma delas teve
sucesso para normalizao, conforme identifica-se na Tabela 3.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
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Tabela 3 - Teste de K-S para as profundidades normalizadas.
Teste da Normalidade de K-S para as Profundidades
Variveis Dcal GL p-value
Nova Prof (Prof+50) .056 65041 .000
LN (Nova Prof) .052 65041 .000
Raiz (Nova Prof) .053 65041 .000
1 / (Nova Prof) .056 65041 .000
Os histogramas das amostras transformadas so mostrados nas Figuras 20, 21 e
22, novamente comprovando os resultados obtidos pelo teste de K-S.
Figura 20 Histograma com a curva normal da amostra medida transformada por logaritmo neperiano.
MODELOS DE INTERPOLADORES APLICADOS A CONSTRUO DE SUPERFCIES BATIMTRICAS
TThhyyaaggoo ddee AAllmmeeiiddaa SSiillvveeiirraa tthhyyaaggoo..ssiillvveeiirraa@@ggmmaaiill..ccoomm
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Figura 21 Histograma com a curva normal da amostra medida
transformada por radiciao.
Figura 22 Histograma com a curva normais das amostras medidas t