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UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU
CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS
CURSO DE SISTEMAS DE INFORMAÇÃO – BACHARELADO
SISTEMA PARA CONTROLE DE INSUMOS EM
RESTAURANTES DO TIPO SELF-SERVICE
RAFAEL KNOCH
BLUMENAU
2012
2012/1-15
RAFAEL KNOCH
SISTEMA PARA CONTROLE DE INSUMOS EM
RESTAURANTES DO TIPO SELF-SERVICE
Trabalho de Conclusão de Curso submetido à
Universidade Regional de Blumenau para a
obtenção dos créditos na disciplina Trabalho
de Conclusão de Curso II do curso de Sistemas
de Informação— Bacharelado.
Prof. Wilson Pedro Carli, Mestre - Orientador
BLUMENAU
2012
2012/1-15
SISTEMA PARA CONTROLE DE INSUMOS EM
RESTAURANTES DO TIPO SELF-SERVICE
Por
RAFAEL KNOCH
Trabalho aprovado para obtenção dos créditos
na disciplina de Trabalho de Conclusão de
Curso II, pela banca examinadora formada
por:
______________________________________________________
Presidente: Prof. Wilson Pedro Carli, Mestre – Orientador, FURB
______________________________________________________
Membro: Prof. Everaldo Artur Grahl, Mestre – FURB
______________________________________________________
Membro: Prof. Oscar Dalfovo, Doutor – FURB
Blumenau, 04 de julho de 2012.
Dedico este trabalho a todos os amigos,
especialmente aqueles que me ajudaram
diretamente na realização deste.
AGRADECIMENTOS
À minha família, em especial à minha irmã, pelo apoio.
À minha namorada, Jaqueline, por sua presença.
Aos meus amigos, pelo conhecimento compartilhado.
Ao meu orientador, Wilson Pedro Carli, por ter acreditado na conclusão deste trabalho.
Aos professores do Departamento de Sistemas e Computação da Universidade
Regional de Blumenau por suas contribuições durante os semestres letivos, especialmente aos
professores Everaldo Artur Grahl e Oscar Dalfovo, pelas contribuições neste trabalho.
Os bons livros fazem “sacar” para fora o que a
pessoa tem de melhor dentro dela.
Lina Sotis Francesco Moratti
RESUMO
Este trabalho apresenta um sistema voltado para restaurantes do tipo self-service, com foco
nas transações de estoque e produção dos alimentos, baseado em um Sistema de
Processamento de Transações (SPT). O sistema fornece informações sobre as quantidades
consumidas no buffet e auxilia na análise deste consumo para otimizar os resultados do
restaurante. A solução foi desenvolvida em Java com o auxílio da biblioteca JFreeChart,
disponibilizando relatórios gráficos. Como resultados tem-se uma melhor administração do
restaurante bem como o administrador passa a ter facilidades na análise das informações, que
permitem o gerenciamento dos insumos e da produção dos alimentos.
Palavras-chave: Restaurante self-service. Sistema de informação. Sistema de Processamento
de Transações.
ABSTRACT
This paper presents a system aimed at self-service restaurants, focusing on inventory
transactions and production of food, based on a Transaction Processing System (SPT). The
system provides information on the quantities consumed at the buffet and assists in the
analysis of consumption to optimize the results of the restaurant. The solution was developed
in Java with the help of the JFreeChart library, providing graphical reports. As a result it has a
better management of the restaurant and the manager is replaced by facilities in the analysis of
information, allowing the management of supplies and food production.
Keywords: Self-service restaurant. Information system. Transaction Processing System.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Atividades de entrada e saída de um SPT .............................................................. 20
Figura 2: Tela de elaboração do pré-cardápio do sistema ...................................................... 22
Figura 3: Tela de detalhes do fechamento do módulo “InfoCook” ........................................ 23
Figura 4: Mapa de Mesas do sistema TronSoft ..................................................................... 23
Figura 5: Cadastro de ingredientes do sistema Restaurante ................................................... 24
Figura 6: Diagrama de casos de uso ..................................................................................... 27
Figura 7: Diagrama de Entidade e Relacionamento .............................................................. 28
Figura 8: Tela com o componente ShortcutPanel no NetBeans ..................................... 30
Figura 9: Tela com alguns componentes desenvolvidos ........................................................ 30
Figura 10: Métodos da classe do componente TablePanel ............................................... 31
Figura 11: Métodos para tratamento de campos obrigatórios ................................................ 31
Figura 12: Tela de login do sistema ...................................................................................... 32
Figura 13: Menu principal do Sistema de Controle de Insumos ............................................ 32
Figura 14: Aba com os registros do Cadastro de Categorias ................................................. 33
Figura 15: Aba para edição do Cadastro de Categorias ......................................................... 34
Figura 16: Tela do Cadastro de Produtos .............................................................................. 34
Figura 17: Tela do Controle de Estoque ............................................................................... 35
Figura 18: Consulta de Cadastros ......................................................................................... 36
Figura 19: Tela de consulta do Cadastro de Itens de Produção .............................................. 36
Figura 20: Tela de cadastro do Item de Produção ................................................................. 37
Figura 21: Tela dos Produtos necessários para a produção do Item ....................................... 37
Figura 22: Tela para cadastro de Produtos em um Item de Produção .................................... 38
Figura 23: Tela do Cadastro de Cardápios ............................................................................ 39
Figura 24: Tela do Controle da Produção ............................................................................. 40
Figura 25: Tela de cadastro de um Item de Produção no Cardápio ........................................ 40
Figura 26: Opção para informar uma quantidade produzida .................................................. 41
Figura 27: Opção para informar uma quantidade de sobra .................................................... 41
Figura 28: Menu principal do usuário administrador ............................................................ 42
Figura 29: Tela para seleção de relatório .............................................................................. 42
Figura 30: Tela de filtro para o relatório ............................................................................... 43
Figura 31: Tela para a seleção de produtos. .......................................................................... 43
Figura 32: Relatório de Variação de Custo por Produto ........................................................ 44
Figura 33: Tela do filtro para o relatório ............................................................................... 44
Figura 34: Tela do relatório de quantidades de sobra por dia da semana ............................... 45
Figura 35: Tela do relatório de quantidades de sobra por um período ................................... 46
Figura 36: Tela de relatório gráfico com o consumo de um Item em um período .................. 46
Figura 37: Tela da opção “Salvar relatório” ou “Salvar como” ............................................. 47
Figura 38: Tela da opção “Imprimir” .................................................................................... 47
Figura 39: Tela do Cadastro de Usuários .............................................................................. 48
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Requisitos funcionais ........................................................................................... 26
Quadro 2: Requisitos não funcionais .................................................................................... 26
Quadro 3: Dicionário de dados da tabela “categoria” ............................................................ 59
Quadro 4: Dicionário de dados da tabela “produto” .............................................................. 59
Quadro 5: Dicionário de dados da tabela “item_producao” ................................................... 60
Quadro 6: Dicionário de dados da tabela “item_produto” ..................................................... 60
Quadro 7: Dicionário de dados da tabela “cardapio”............................................................. 60
Quadro 8: Dicionário de dados da tabela “item_cardapio” .................................................... 61
Quadro 9: Dicionário de dados da tabela “movimento_produto” .......................................... 61
Quadro 10: Dicionário de dados da tabela “usuario”............................................................. 61
LISTA DE SIGLAS
DER - Diagrama de Entidade e Relacionamento
ECF - Emissor de Cupom Fiscal
FK - Foreign Key
MER - Modelo de Entidade e Relacionamento
PAF - Programa Aplicativo Fiscal
PK - Primary Key
RBC - Raciocínio Baseado em Casos
SPT - Sistema de Processamento de Transações
TCC - Trabalho de Conclusão de Curso
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 12
1.1 OBJETIVOS DO TRABALHO ...................................................................................... 14
1.2 ESTRUTURA DO TRABALHO ................................................................................... 14
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................................. 16
2.1 O SEGMENTO DE RESTAURANTES SELF-SERVICE ............................................... 16
2.2 PROCESSO DE ALIMENTOS E BEBIDAS ................................................................. 17
2.2.1 PROCESSO DE ESTOCAGEM .................................................................................. 18
2.2.2 PROCESSO DE PRODUÇÃO .................................................................................... 18
2.3 SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................................................................... 19
2.4 SISTEMAS DE PROCESSAMENTO DE TRANSAÇÕES............................................ 20
2.5 SISTEMA ATUAL ........................................................................................................ 21
2.6 TRABALHOS CORRELATOS ..................................................................................... 21
3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA ....................................................................... 25
3.1 LEVANTAMENTO DE INFORMAÇÕES .................................................................... 25
3.2 ESPECIFICAÇÃO ......................................................................................................... 27
3.2.1 Diagrama de caso de uso ............................................................................................. 27
3.2.2 Diagrama de entidade e relacionamento ....................................................................... 28
3.3 IMPLEMENTAÇÃO ..................................................................................................... 29
3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas................................................................................. 29
3.3.2 Operacionalidade da implementação ........................................................................... 32
3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................... 48
4 CONCLUSÕES ............................................................................................................. 50
4.1 EXTENSÕES................................................................................................................. 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 52
APÊNDICE A – Descrição dos Casos de Uso.................................................................... 54
APÊNDICE B – Dicionário de Dados................................................................................ 59
12
1 INTRODUÇÃO
Características da sociedade capitalista moderna, a velocidade no ritmo de vida e a
falta de tempo fazem com que, cada vez mais, as pessoas procurem por opções de serviços
que facilitem o seu cotidiano. Uma grande mudança que hoje é observada no estilo de vida de
muitas pessoas é o fato de que fazer as refeições fora de casa deixou de ser apenas um
momento de lazer, tornando-se uma necessidade do dia-a-dia (REBELATO, 1997). Para
atender esta demanda, são inúmeras as opções de serviço disponíveis no mercado, sendo que
os restaurantes self-service apresentam-se como a melhor alternativa para quem busca uma
refeição rápida e ainda assim variada.
Segundo Lippel (2002), a modalidade de restaurante self-service, ou auto serviço, é a
que mais apresenta crescimento no mercado alimentício, tomando para si, principalmente, um
público que procura alimentar-se fora de casa devido a não compensação entre custo, horário
para refeição e volta ao trabalho.
Embora a oferta deste tipo de serviço seja abundante nos grandes centros urbanos,
ainda são muitos os restaurantes que não possuem um controle informatizado do seu processo
de produção. Muitas vezes, nem sequer apresentam controles adequados, mesmo que de
forma manual, dos estoques, dos custos de insumos, da sazonalidade de demanda, entre
outros. Considera-se ainda que, diante da concorrência existente, as empresas que tratam o
seu negócio de forma amadora, acabam ficando com uma fatia muito pequena do mercado.
Por outro lado, a informatização dos processos tem se mostrado uma ótima fonte de
lucratividade, pois permite um controle adequado do negócio como um todo.
A respeito da importância da informatização dos restaurantes, Maricato (2001, p. 195)
comenta que “Uma vez aceita, adaptada e introduzida no cotidiano e na cultura do
estabelecimento, permitirá um salto de qualidade na administração, aperfeiçoando e
provocando sucessos positivos em todos os setores”.
Diante deste contexto, os sistemas de informação têm um papel importante nos
restaurantes de self-service e dentre os vários tipos de sistemas, é possível afirmar que os
Sistemas de Processamento de Transações (SPTs) podem apresentar-se como uma ferramenta
muito apropriada para esta função. Isso porque, segundo Stair e Reinolds (2006) os SPTs são
sistemas projetados para lidar com volumes comuns de transações de negócios.
Assim, este trabalho busca apresentar uma solução para a gestão de restaurantes do
13
tipo self-service, com foco nas transações de estoque e produção dos alimentos, em um
sistema na plataforma desktop. Trata-se de uma solução para controlar as quantidades de
alimentos a serem produzidas, a fim de evitar ao máximo os custos de desperdícios.
Decidir sobre a quantidade a ser produzida costuma ser um dos problemas encontrados
pelos administradores, uma vez que produzir a mais gera custos desnecessários, e produzir a
menos geram custos pela perda de clientes, além do desgaste da imagem da empresa.
Alcançar o ponto de equilíbrio é um dos principais objetivos das empresas atualmente
(MARTINS; LAUGENI, 2005).
Através do contato com gestores do ramo de restaurantes self-service, percebeu-se que
uma dificuldade existente no dia-a-dia do negócio é justamente encontrar o ponto de
equilíbrio na produção dos alimentos disponíveis no buffet. O que se observa é que a falta de
controle da demanda e de parâmetros de produção geram um custo de desperdício de
alimentos que, quase sempre, torna-se um entrave na lucratividade do negócio. Desta forma,
neste trabalho tem-se a elaboração de um SPT para controlar os insumos em restaurantes self-
service.
Dentre os tipos de restaurantes existentes, o ramo de self-service é um dos que mais
sofre com o desperdício de alimentos, uma vez que a produção das refeições precede a
demanda e esta, por sua vez, é variável e difícil de ser mensurada.
Num processo de produção convencional sob encomenda, o sistema produtivo inicia
suas atividades baseado num planejamento prévio, que é executado sobre os pedidos
dos clientes. Nos restaurantes self-service a produção não trabalha por encomenda. O cardápio, na verdade, tem de ter flexibilidade para acompanhar a oferta das
matérias-primas. (REBELATO, 1997, p. 326).
Para saber o quê e quanto produzir, o gestor precisa ter informações tanto do mercado
fornecedor, como por exemplo, as variações de preço e oferta dos insumos, quanto do
mercado consumidor, como por exemplo, as variações de demanda ao longo do mês ou num
feriado prolongado (FONSECA, 2002).
A oferta de um sistema que gerencie estas informações é justificada pela necessidade
de otimizar os recursos da empresa, através de um controle adequado e assertivo do processo
produtivo, com foco na redução dos desperdícios. Segundo Fonseca (2002), este controle é
possível através do estabelecimento de parâmetros de estoques e de produção, bem como
parâmetros de desperdício máximo aceitável. O cruzamento destes fatores, somados a
aspectos do mercado fornecedor e consumidor, formam a base do SPT proposto.
A partir daí, o gestor consegue alimentar o sistema com informações diárias de
produção e sobras no buffet, podendo planejar as compras dos insumos, as necessidades de
14
estoques, a variação da demanda em determinados períodos de tempo, as refeições com maior
índice de sobra, entre outros aspectos do negócio. A tomada de decisão de produção deixa de
ser baseada na intuição e passa a ser fundamentada em históricos de sazonalidade de consumo
e desperdício de alimentos, permitindo um planejamento e controle adequado do restaurante,
bem como a verificação do desempenho do negócio.
Como o sistema não é voltado para a automação comercial, o mesmo não atende à
legislação do Programa Aplicativo Fiscal – Emissor de Cupom Fiscal (PAF-ECF), para
softwares que, conforme Sweda (2011), devem estar conectados e comunicar-se com o
Software Básico do Emissor de Cupom Fiscal (ECF), sem capacidade de alterá-lo ou ignorá-
lo.
11..11 OOBBJJEETTIIVVOOSS DDOO TTRRAABBAALLHHOO
O objetivo geral deste trabalho é apresentar um sistema para gerenciar os insumos e a
produção de alimentos em restaurantes do tipo self-service.
Os objetivos específicos do trabalho proposto são:
a) disponibilizar controles de estoque e de produção;
b) apresentar graficamente o desperdício de alimentos, considerando as sobras do
buffet no período;
c) disponibilizar relatórios gráficos com informações de estoque, produção e
demanda.
11..22 EESSTTRRUUTTUURRAA DDOO TTRRAABBAALLHHOO
No primeiro capítulo tem-se a introdução ao tema principal deste trabalho com a
apresentação da justificativa e dos objetivos.
No segundo capítulo apresenta-se a fundamentação teórica sobre o segmento de
restaurantes, o sistema atualmente utilizado e a aplicação de um SPT para este mercado, além
de trabalhos correlatos.
O terceiro capítulo apresenta o desenvolvimento do sistema iniciando-se com o
15
levantamento de informações, tendo na sequência a especificação, a implementação e a
operacionalidade, os resultados e discussão.
No quarto capítulo tem-se as conclusões deste trabalho bem como apresentam-se
sugestões para trabalhos futuros.
16
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica é a base para toda pesquisa acadêmica. Este capítulo
apresenta uma abordagem sobre o assunto da pesquisa e sua contextualização. O texto trata do
segmento de restaurantes, do sistema atualmente utilizado e da aplicação de um Sistema de
Processamento de Transações (SPT) para este mercado e trabalhos correlatos.
22..11 OO SSEEGGMMEENNTTOO DDEE RREESSTTAAUURRAANNTTEESS SSEELLFF--SSEERRVVIICCEE
Os restaurantes representam um negócio bem difundido em todo o mundo,
apresentando-se em diferentes formas e segmentos de mercado, mas sempre com o objetivo
de comercializar refeições. Com a sociedade moderna cada vez mais industrializada, o estilo
de vida das pessoas tem mudado de forma a terceirizar as atividades domésticas, muitas vezes
buscando uma refeição rápida fora de casa. Neste ponto, os restaurantes do tipo self-service
tem atendido perfeitamente esta demanda.
Ao descrever os tipos de restaurantes, Fonseca (2002) vincula o surgimento dos
restaurantes self-service como a necessidade de alimentação rápida e variada, proveniente de
uma clientela que passou a fazer grande parte de suas refeições fora de casa e que possuem
uma limitação de tempo e/ou de orçamento para as mesmas.
Na visão de Rebelato (1997, p. 321), “Os restaurantes comerciais do tipo self-service
surgiram como uma opção de comida rápida bem adaptada às novas necessidades da
população brasileira. Formaram uma indústria que cresce em todo o país evolui em termos de
oferta e de atendimento”.
Num restaurante self-service, as opções de refeição ficam expostas em um balcão,
também chamado de buffet, no qual o cliente serve-se conforme sua vontade. Este formato de
oferta, sempre acaba gerando uma quantidade de desperdício de alimento, que se não for
controlada, pode comprometer o resultado financeiro no negócio. Qualquer modalidade de
bufê aplicada pelos estabelecimentos leva à produção de restos de alimentos que não são
consumidos pelos clientes e acabam desperdiçados pelos restaurantes (SAURIM; BASSO,
2008, p. 116).
17
Os restaurantes self-service ainda podem ser de dois tipos, o com preço fixo por pessoa
ou por quilo.
Até o início de 1990 o sistema de pagamento era único a preço fixo por pessoa,
independentemente do número de vezes que o cliente fosse até o balcão de
exposição ou da quantidade de alimentos que consumisse. Surgiu, então, o sistema
de pagamento pelo peso, conhecido como “restaurante por quilo”, em que o cliente
pagaria o valor correspondente ao peso de sua alimentação, sistema hoje,
predominante em restaurantes de auto-serviço. (FONSECA, 2002, p. 24).
Para qualquer restaurante de self-service, porém, deve existir um controle apurado das
transações que envolvam o processo produtivo dos alimentos, desde o controle de estoques de
insumos até a quantidade a ser produzida. Isso porque empresas deste tipo tendem a trabalhar
com uma estratégia voltada ao preço e qualquer desperdício não previsto no buffet pode
comprometer as metas da empresa.
22..22 PPRROOCCEESSSSOO DDEE AALLIIMMEENNTTOOSS EE BBEEBBIIDDAASS
Dentro de um restaurante, existe um processo cíclico formado por etapas coordenadas,
nas quais os insumos são transformados em refeições e servidos aos clientes. De acordo com
Fonseca (2002), os diversos processos envolvidos na operação de alimentos e bebidas podem
ser divididos nas seguintes etapas:
a) compras;
b) recebimento;
c) estocagem;
d) produção;
e) vendas;
f) contabilização.
Para a eficiência do negócio, é necessário que seja feita a documentação das
movimentações a cada etapa, uma vez que o processo de alimentos e bebidas envolve uma
grande quantidade de informações operacionais. Estas informações, por sua vez, são
importantes para que o gestor administre e tome decisão sobre o seu negócio.
Segundo Fonseca (2002), esta documentação precisa ser feita de maneira constante,
planejada, criteriosa e sistemática, caso contrário não adianta haver todo o processo de
18
documentação.
O foco deste sistema envolve mais especificamente duas das etapas citadas, que são a
estocagem e a produção. Estas etapas são mais exploradas nos tópicos a seguir.
2.2.1 PROCESSO DE ESTOCAGEM
Os estoques representam uma folga para o processo produtivo, uma vez que a demanda
variável não permite prever exatamente quanto comprar e quanto produzir. A gestão dos
estoques dentro de um restaurante deve considerar a validade do produto, o giro e também o
acondicionamento adequado.
O processo de estocagem envolve cuidados específicos para cada produto devido a sua
perecibilidade, a ordem de consumo e a garantia de qualidade (LIPPEL, 2002).
O custo de estocagem está diretamente ligado ao volume dos estoques. Considera-se
assim que “[...] os estoques não podem ser muito grandes, pois implicam desperdício e capital
empatados desnecessariamente, nem podem ser muito pequenos, pois envolvem risco de falta
de materiais e, conseqüentemente, paralisação da produção e não atendimento aos clientes”
(CHIAVENATO, 2005, p. 77).
Conforme Fonseca (2002) é a partir do processo de estocagem que saem as
informações de consumo de matérias-primas, que podem ser utilizadas para a verificação de
desempenhos operacionais. O controle deste processo é importante para a disponibilização de
históricos de consumo, com as movimentações de entrada e saída, além da evolução de
preços.
2.2.2 PROCESSO DE PRODUÇÃO
Produção é a transformação das matérias-primas em produtos prontos para o consumo,
podendo ser feita em diferentes pontos e em diferentes momentos da operação. De maneira
geral, o principal ponto de produção é a cozinha (FONSECA, 2002, p. 71).
Segundo Lippel (2002), o processo de produção compreende a seguintes etapas:
a) preparação: envolve atividades que podem ser utilizadas no processo de preparação
dos alimentos antes da cocção, como higienização, descascamento e corte;
b) cocção: etapa de transformação das matérias primas em pratos acabados, podendo
19
envolver as atividades de cozimento, assamento, fritura e montagem dos pratos;
c) conservação e pré distribuição: a conservação compreende o armazenamento do
produto acabado antes de sua utilização e a pré distribuição envolve a montagem
dos pratos no buffet, no caso de restaurantes de auto serviço.
Para controlar o processo de produção, Fonseca (2002) apresenta a ficha técnica como
um dos instrumentos de documentação mais importantes para o gestor. Nela são registradas
todas as informações do processo de elaboração dos pratos, bem como das matérias primas
utilizadas, suas quantidades e seu valor total de produção.
22..33 SSIISSTTEEMMAASS DDEE IINNFFOORRMMAAÇÇÃÃOO
Segundo Stair e Reinolds (2006), sistema de informação pode ser definido como vários
elementos inter-relacionados que coletam, manipulam e armazenam, distribuem os dados e
informações e nos apresentam um feedback, fundamental para o sucesso da operação. Os
sistemas de informações transformam os dados existentes nas informações indispensáveis
para apoiar a tomada de decisão.
Há várias formas de classificar os sistemas de informação. Para Dalfovo (2004), eles
estão divididos de acordo com sua função administrativa:
a) Sistema de Informação para Executivos (EIS);
b) Sistema de Informação Gerencial (SIG);
c) Sistema de Informação de Suporte à Tomada de Decisão (SSTD);
d) Sistema de Suporte às Transações Operacionais (SSTO);
e) Sistema de Suporte à Tomada de Decisão por Grupos (SSTDG);
f) Sistema de Informação de Tarefas Especializadas (SITE);
g) Sistema de Automação de Escritórios (SIAE);
h) Sistema de Processamento de Transações (SIPT);
i) Sistema de Informação Estratégico para o Gerenciamento Operacional (SIEGO).
Neste trabalho de conclusão de curso foi desenvolvido um Sistema de Processamento
de Transações.
20
22..44 SSIISSTTEEMMAASS DDEE PPRROOCCEESSSSAAMMEENNTTOO DDEE TTRRAANNSSAAÇÇÕÕEESS
O Sistema de Processamento de Transações é um dos tipos de sistema de informação
presente nas empresas e sua atuação ocorre em nível operacional. Os autores, muitas vezes,
divergem quanto à sigla utilizada para identificar este sistema, sendo que a mais empregada é
a sigla SPT. De acordo com Gordon e Gordon (2006), os Sistemas de Processamento de
Transações processam e registram as transações ou atividades da empresa, dando suporte a
empregados de nível operacional nas funções rotineiras do negócio.
Como indica Stair e Reinolds (2006), o SPT oferece apoio à monitoração e à realização
das negociações de uma organização e gera e armazena dados sobre estas negociações. Ele
está interligado com as atividades da rotina diária da empresa que ocorrem no curso normal
dos negócios. Executando bem essas tarefas de rotina, fornece uma base sólida de operações,
a partir das quais uma empresa pode melhorar ainda mais seus produtos e serviços.
Segundo Stair e Reinolds (2006), as atividades comuns entre os SPTs são:
a) entrada e alimentação de dados: captação de fontes de dados necessárias para
completar uma série de transações;
b) processamento e armazenamento: execução de cálculos, separação, classificação,
resumo e colocação dos dados da transação em um ou mais bancos de dados;
c) geração de documentos: emissão dos registros e relatórios.
A Figura 1 ilustra as atividades de entrada e saída de um SPT.
Fonte: Adaptado de Stair e Reinolds (2006, p. 333).
Figura 1: Atividades de entrada e saída de um SPT
21
22..55 SSIISSTTEEMMAA AATTUUAALL
O segmento de restaurantes apresenta negócios em vários estágios de informatização,
sendo que ainda são comuns os restaurantes que não possuem um controle informatizado de
seus processos. Este fato acaba dificultando a análise e verificação de informações
importantes para a sua gestão e levam muitas vezes ao fechamento do negócio.
Desta forma o problema foi detectado em um restaurante de pequeno porte, no
município de Blumenau, no estado de Santa Catarina, que hoje não está mais funcionando. No
mesmo não existia sistema informatizado bem como não se utilizava o computador para
controlar a produção do estabelecimento. A documentação era realizada de forma manual, e
estes controles foram destruídos com o encerramento das atividades.
Através de conversas informais com os antigos proprietários, os mesmos colocaram
que para a compra dos insumos, conferia-se o estoque físico e presumia-se o que era preciso
comprar, negociando diretamente com fornecedores ou então comprando em mercados,
quando a oferta deles era mais atraente.
Para controlar a quantidade de alimentos que era produzida, o responsável costumava
basear-se apenas em sua experiência e intuição, permitindo a ocorrência de erros no processo.
Além disso, como existia a centralização de funções em uma única pessoa, no caso desta não
estar disponível em determinado momento, acarretava transtornos e falhas prejudiciais ao
negócio. Segundo Rebelato (1997, p. 332), “[...] a centralização pode causar confusão entre
problemas estratégicos e operacionais. O principal executivo pode ficar tão emaranhado com
os problemas operacionais que perde a visão das questões estratégicas”.
Ainda sobre o sistemática de funcionamento, quando não havia mais clientes no
estabelecimento, era feita a limpeza do local e o recolhimento das sobras do buffet, que
normalmente não são reaproveitadas.
22..66 TTRRAABBAALLHHOOSS CCOORRRREELLAATTOOSS
Como trabalhos similares ao trabalho proposto pode-se citar os Trabalhos de
Conclusão de Curso (TCC), no curso de Sistemas de Informação da Universidade Regional de
Blumenau (FURB), realizados por Gilvani Bruno Kisner e Roberto Bacca Brunetto. Também
22
tem-se o sistema TronSolution desenvolvido pela TronSoft e o sistema Restaurante,
desenvolvido pela Best Software.
O trabalho de Kisner (2003) foi uma aplicação de uma das técnicas da Inteligência
Artificial, o Raciocínio Baseado em Casos (RBC), para auxiliar profissionais de Restaurantes,
na elaboração de cardápios. Para o seu desenvolvimento foi utilizada a ferramenta Genexus.
Na Figura 2 é apresentada a tela de elaboração do pré-cardápio do sistema.
Fonte: Kisner (2003, p. 51).
Figura 2: Tela de elaboração do pré-cardápio do sistema
Já o trabalho de Brunetto (2010) foi o desenvolvimento de um módulo de envio e
controle de pedidos de cozinha chamado “InfoCook”, integrado com o sistema de
gerenciamento “InfoMotel”. Na implementação do trabalho foi utilizado o ambiente de
desenvolvimento Delphi versão 7 e para o armazenamento das informações foi utilizado o
banco de dados Firebird versão 2.1. Além disso, separou-se a implementação em 3 (três)
camadas (conexão com banco de dados, camada de negócios e interface com o usuário).
23
Na Figura 3 é apresentada a tela de detalhes do fechamento do módulo “InfoCook”.
Fonte: Brunetto (2010, p. 42).
Figura 3: Tela de detalhes do fechamento do módulo “InfoCook”
O sistema TronSolution é uma solução para informatização e gestão de bares,
restaurantes, casas noturnas e similares, oferecendo funções de vendas, cadastro de clientes,
estoque, informações gerenciais, controle administrativo e financeiro (TRONSOFT, 2011).
Na Figura 4 é apresentada a funcionalidade de Mapa de Mesas do sistema.
Fonte: TronSoft (2011).
Figura 4: Mapa de Mesas do sistema TronSoft
24
O sistema Restaurante é voltado para o gerenciamento de bares, padarias, restaurantes
e similares, sendo disponibilizado na plataforma desktop (BEST SOFTWARE, 2011). Com
ele pode-se controlar o estoque, realizar movimentações de caixa, organizar o cardápio e
exibir relatórios diversos.
Na Figura 5 é apresentada a funcionalidade de cadastro de ingredientes do sistema.
Fonte: Best Software (2011).
Figura 5: Cadastro de ingredientes do sistema Restaurante
25
3 DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA
Neste capítulo estão descritos as particularidades técnicas do sistema desenvolvido,
tais como a descrição do levantamento de informações, a apresentação dos requisitos
funcionais e não funcionais, a especificação com o diagrama de caso de uso e a sua descrição,
o diagrama de entidade e relacionamento, a implementação, as técnicas e ferramentas
utilizadas, a operacionalidade da implementação e os resultados e discussões.
33..11 LLEEVVAANNTTAAMMEENNTTOO DDEE IINNFFOORRMMAAÇÇÕÕEESS
O sistema desenvolvido a partir deste trabalho permite controlar o processo produtivo
e os insumos em restaurantes do tipo self-service, fornecendo informações sobre o as
quantidades consumidas no buffet e auxiliando na análise deste consumo para otimizar os
resultados do restaurante.
Com este sistema, torna-se possível organizar e controlar o estoque de produtos e a
produção dos alimentos. Quando os produtos são conferidos e armazenados, deve-se fazer o
seu lançamento no estoque. Da mesma forma, quando os insumos são utilizados para a
produção dos alimentos, a quantidade produzida passa a ser registrada.
Além disso, as quantidades de alimentos produzidas e não consumidas, ou seja,
aquelas que sobraram no buffet, são verificadas através de pesagem e estes dados são
registrados no sistema.
Desta forma, pode-se otimizar a quantidade produzida e controlar o desperdício de
cada item do buffet, oferecendo um importante recurso na gestão e planejamento da produção
de alimentos, mais complexa nesta modalidade de restaurante. Através da informatização do
processo de estocagem e produção, torna-se possível ao gestor realizar uma análise eficiente
das informações, auxiliando-o na tomada de decisão.
Para a especificação do sistema, foram utilizadas as ferramentas Enterprise Architect,
na montagem do diagrama de caso de uso e DBDesigner, na montagem do Modelo de
Entidade e Relacionamento (MER), com as tabelas utilizadas.
26
O Quadro 1 apresenta os requisitos funcionais previstos para o sistema e sua
rastreabilidade, ou seja, vinculação com o(s) caso(s) de uso associado(s).
Requisitos Funcionais Caso de Uso
RF01: O sistema deverá permitir ao usuário realizar o cadastro de categorias
de produtos.
UC01
RF02: O sistema deverá permitir ao usuário o cadastro de produtos. UC02
RF03: O sistema deverá permitir ao usuário registrar a movimentação dos
produtos no estoque.
UC03
RF04: O sistema deverá permitir ao usuário o cadastro de itens de produção. UC04
RF05: O sistema deverá permitir ao usuário o cadastro do cardápio do dia. UC05
RF06: O sistema deverá permitir ao usuário o registro das quantidades
produzidas.
UC06
RF07: O sistema deverá permitir ao usuário o registro das quantidades das
sobras do buffet.
UC07
RF08: O sistema deverá permitir ao administrador realizar o cadastro de
usuários.
UC08
RF9: O sistema deverá permitir ao administrador consultar e emitir relatórios
gráficos do Estoque, com o histórico de movimentação de produtos.
UC09
RF10: O sistema deverá permitir ao administrador consultar e emitir relatórios
gráficos da Produção, com o histórico dos itens produzidos e sobras.
UC10
RF11: O sistema deverá permitir ao administrador consultar e emitir relatórios
gráficos de Demanda, com o histórico de consumo dos itens produzidos.
UC11
RF12: O sistema deverá permitir ao administrador definir permissões aos
usuários.
UC12
RF13: O sistema deverá permitir o acesso dos usuários cadastrados. UC13
Quadro 1: Requisitos funcionais
O Quadro 2 lista os requisitos não funcionais previstos para o sistema.
Requisitos Não Funcionais
RNF01: O sistema deverá ser desenvolvido na linguagem Java.
RNF02: O sistema deverá armazenar os dados em banco de dados Oracle 10g Express
Edition.
Quadro 2: Requisitos não funcionais
27
33..22 EESSPPEECCIIFFIICCAAÇÇÃÃOO
Esta seção apresenta os diagramas necessários para o entendimento do sistema de
controle de insumos desenvolvido.
3.2.1 Diagrama de caso de uso
Esta subseção apresenta o diagrama de casos de uso, sendo que o detalhamento dos
casos de uso pode ser encontrado no Apêndice A. Na Figura 6 tem-se o diagrama de casos de
uso com os atores envolvidos no sistema, sendo o “Usuário” um colaborador que terá acesso
às funcionalidades relacionadas ao controle de estoque e de produção e o “Administrador” um
administrador/gestor que terá acesso às funcionalidades relacionadas à consulta de relatórios e
administração do sistema, além das funcionalidades liberadas aos outros usuários.
Figura 6: Diagrama de casos de uso
28
3.2.2 Diagrama de entidade e relacionamento
Esta subseção apresenta o Diagrama de Entidade e Relacionamento (DER) do sistema
desenvolvido, representando as entidades persistidas no banco de dados. O dicionário de
dados está disponível no Apêndice B. Na Figura 7 tem-se o diagrama de entidade e
relacionamento.
Figura 7: Diagrama de Entidade e Relacionamento
29
33..33 IIMMPPLLEEMMEENNTTAAÇÇÃÃOO
A seguir são mostradas as técnicas e ferramentas utilizadas e a operacionalidade da
implementação.
3.3.1 Técnicas e ferramentas utilizadas
O sistema foi desenvolvido utilizando a linguagem Java e o ambiente de
desenvolvimento NetBeans 7.0, além da ferramenta SQL Developer, para auxiliar na
utilização do banco de dados Oracle 10g Express Edition.
Também foi utilizada a linguagem PL/SQL, que permite programar diretamente no
banco de dados Oracle. A biblioteca JTattoo foi utilizada para alterar a aparência dos
componentes da interface gráfica e a biblioteca JFreeChart permitiu a implementação dos
relatórios gráficos, fornecendo os recursos necessários para desenvolver esta parte importante
do sistema.
O ambiente de desenvolvimento NetBeans permitiu a criação de componentes de
interface gráfica próprios, para serem reutilizados em vários locais da implementação.
Quando um dos componentes criados é necessário, basta arrastá-lo na tela como quando
utilizado os componentes já disponíveis no NetBeans. A utilização de componentes
personalizados conforme a necessidade facilitou a criação das telas e a implementação do
sistema.
Na Figura 8 pode-se visualizar uma tela com o componente ShortcutPanel, que
apresenta os ícones de atalhos das opções do sistema, no NetBeans.
30
Figura 8: Tela com o componente ShortcutPanel no NetBeans
Na Figura 9 é apresentada a tela de edição do cadastro de usuários pelo NetBeans,
onde podem ser visualizados componentes que foram desenvolvidos e apenas arrastados para
a tela.
Figura 9: Tela com alguns componentes desenvolvidos
31
Na Figura 10 pode-se visualizar trecho de código da classe do componente
TablePanel, utilizado nas telas com tabelas, onde podem ser definidas suas propriedades.
Figura 10: Métodos da classe do componente TablePanel
Na Figura 11 é apresentado trecho de código da classe do componente
DefaultJTField, utilizado em campos de edição, onde pode ser visualizado o tratamento
para campos obrigatórios.
Figura 11: Métodos para tratamento de campos obrigatórios
32
3.3.2 Operacionalidade da implementação
Nesta subseção serão apresentadas as principais funcionalidades do sistema
desenvolvido, assim como suas telas, para um melhor entendimento de seu funcionamento.
Neste estudo de caso, existirá um usuário representando o administrador e um usuário
representando outro colaborador, ambos já cadastrados no sistema.
Na Figura 12 é possível visualizar a tela de entrada do sistema, onde o usuário
colaborador efetua o login para acessar as opções liberadas.
Figura 12: Tela de login do sistema
Após efetuar o login o usuário tem acesso à tela principal do sistema. A tela
apresentará ícones em sua parte superior com as opções liberadas e uma descrição para
orientar o usuário no que fazer, conforme a Figura 13.
Figura 13: Menu principal do Sistema de Controle de Insumos
33
Clicando sobre a primeira opção é possível acessar o Cadastro de Categorias. As
categorias servem para classificar os produtos em grupos, de acordo com suas características.
As telas de cadastro sempre apresentarão uma aba com os registros existentes assim que
entramos nela, além de uma segunda aba para visualizar os detalhes de um registro, editá-lo
ou inserir um novo, onde os campos em tom de verde são obrigatórios.
Para se visualizar os detalhes de um registro deve-se selecioná-lo e alterar de aba ou
então clicar duas vezes sobre ele. Nas Figuras 14 e 15 pode-se visualizar a tela de Cadastro de
Categorias.
Figura 14: Aba com os registros do Cadastro de Categorias
34
Figura 15: Aba para edição do Cadastro de Categorias
Selecionando o segundo ícone do menu principal, com o desenho de uma maçã, pode-
se acessar o Cadastro de Produtos. Os produtos representam os insumos para a produção dos
alimentos. A tela do Cadastro de Produtos é apresentada na Figura 16.
Figura 16: Tela do Cadastro de Produtos
35
Para realizar a entrada de produtos no estoque, ou saída, deve ser utilizada a opção de
Controle do Estoque, que possui uma caixa marrom como ícone. Existe uma aba para entrada
no estoque e uma para a saída e ambas funcionam de forma semelhante, com a diferença que
para a entrada no estoque é possível informar o valor de custo do produto. A tela de controle
de Estoque pode ser visualizada na Figura 17.
Figura 17: Tela do Controle de Estoque
Sempre que for necessário informar um cadastro em um campo, como por exemplo um
produto para das entrada no estoque como visto na Figura 17, é possível dar dois clique no
campo ou então pressionar a tecla enter para abrir uma tela de consulta, onde pode-se
selecionar o registro desejado, como pode ser visto na Figura 18.
36
Figura 18: Consulta de Cadastros
Os alimentos a serem produzidos estão no Cadastro de Itens de Produção, que pode ser
acessado através do ícone de uma ficha e lápis amarelos. Ao entrar em uma tela de cadastro,
para encontrar um registro mais facilmente pode-se filtrar a consulta. Para apresentar os filtros
utiliza-se o primeiro ícone disponível.
No Cadastro de Itens de Produção também se informa os produtos necessários para a
produção do alimento. As telas do Cadastro de Itens de Produção, assim como dos produtos
vinculados ao item, é visualizado nas Figuras 19, 20, 21 e 22.
Figura 19: Tela de consulta do Cadastro de Itens de Produção
37
Figura 20: Tela de cadastro do Item de Produção
Figura 21: Tela dos Produtos necessários para a produção do Item
38
Figura 22: Tela para cadastro de Produtos em um Item de Produção
Através do ícone de um calendário, pelo menu principal, é possível acessar o Cadastro
de Cardápios. Para realizar o controle da produção é necessário o cadastro de um cardápio
para o dia, onde serão registrados os itens de produção e suas quantidades produzidas.
No Cadastro de Cardápios existe uma opção para definir um cardápio como o cardápio
ativo do usuário. Quando a opção de Controle da Produção é utilizada, os registros de Itens de
Produção e quantidades informadas serão registrados no cardápio ativo.
Outra opção existente serve para fechar os movimentos do cardápio, assim não será
possível mais inserir ou modificar registros em um cardápio que não esteja em aberto. A tela
do Cadastro de Cardápios pode ser visualizada na Figura 23.
39
Figura 23: Tela do Cadastro de Cardápios
Através da opção de Controle da Produção, que possui o ícone de dois talheres, será
possível informar os Itens de Produção disponíveis no cardápio ativo, assim como também
informar quantidades previstas para a produção, quantidades produzidas, além de quantidades
que venham a sobrar.
O primeiro ícone que aparece é a opção para registrar quantidades produzidas para o
item selecionado, já o segundo é a opção para registrar quantidades de sobras do buffet.
As telas da opção de Controle da Produção são apresentadas nas Figuras 24 e 25, e as
que mostram as opções para informar as quantidades são apresentadas nas Figuras 26 e 27.
40
Figura 24: Tela do Controle da Produção
Figura 25: Tela de cadastro de um Item de Produção no Cardápio
41
Figura 26: Opção para informar uma quantidade produzida
Figura 27: Opção para informar uma quantidade de sobra
Para analisar os movimentos realizados em períodos do mês de maio, através dos
relatórios disponíveis, o usuário administrador realiza o login no sistema. O menu principal,
visualizado na Figura 28, permite o acesso aos relatórios gráficos e ao cadastro de usuários,
além das opções já disponíveis ao outro usuário.
42
Figura 28: Menu principal do usuário administrador
Através da opção Relatório Gráfico, com o ícone de um gráfico em pizza, é possível
selecionar o grupo e o tipo do relatório desejado. O administrador pode querer visualizar um
relatório que apresente a variação de custo de um produto. Depois de escolhido, deve ser
utilizado o botão Filtros para definir o filtro para o relatório. A tela para a seleção do relatório
pode ser vista na Figura 29.
Figura 29: Tela para seleção de relatório
43
No filtro para o relatório de variação de custos, é possível selecionar um período de
tempo e um ou mais produtos, onde existe um botão para adicionar produtos no filtro, um
para retirar e o botão Produtos permite visualizar os produtos já selecionados. A tela do filtro
para o relatório é apresentada na Figura 30 e a tela para a seleção de produtos na Figura 31.
Figura 30: Tela de filtro para o relatório
Figura 31: Tela para a seleção de produtos.
Define-se o filtro de 10/05/2012 à 01/06/2012 do produto Arroz. Ao confirmar com o
botão Ok o relatório é gerado, apresentando a variação de custo de compra do arroz no
período, conforme Figura 32, onde se pode observar a curva indicando uma variação de
R$1,25 à R$1,45 no período consultado.
44
Figura 32: Relatório de Variação de Custo por Produto
Podem-se selecionar outros relatórios, como de produção, apresentando as quantidades
de sobra de Itens de Produção em um período ou por dia da semana. A Figura 33 mostra a tela
do filtro, onde se seleciona o período de uma semana e para apresentar a quantidade de sobra
do item Arroz Branco Cozido.
Figura 33: Tela do filtro para o relatório
45
A Figura 34 apresenta o resultado da consulta de quantidade de sobra por dia da
semana indicando que segunda-feira foi o dia que apresentou a maior quantidade
desperdiçada do alimento e terça-feira o dia de menor quantidade.
Figura 34: Tela do relatório de quantidades de sobra por dia da semana
A Figura 35 apresenta o resultado da consulta de quantidade de sobra do alimento ao
longo de um período de tempo, onde se observa uma tendência de crescimento na quantidade
desperdiçada do alimento no período da consulta.
46
Figura 35: Tela do relatório de quantidades de sobra por um período
Outro tipo de relatório que pode ser utilizado é referente ao consumo de alimentos em
um período, considerando a quantidade produzida, mas não as sobras, apenas o que realmente
foi consumido. A Figura 36 apresenta o relatório de consumo de um item em um determinado
período, onde é observado que em dois dos dias, dias 22 e 24, apresentaram um consumo do
alimento que alcançou cerca do dobro dos demais dias.
Figura 36: Tela de relatório gráfico com o consumo de um Item em um período
47
É possível ainda salvar ou imprimir os relatórios gerados. Para salvar um relatório
pode-se selecionar a opção “Salvar relatório” disponível no primeiro ícone, na forma de um
disquete, ou então utilizando a opção “Salvar como”, apresentada ao clicar com o botão
direito do mouse sobre o gráfico. A opção para imprimir também é apresentada clicando-se
com o botão direito sobre o relatório. Nas Figuras 37 e 38 têm-se as telas apresentadas nas
opções de salvar e imprimir os relatórios.
Figura 37: Tela da opção “Salvar relatório” ou “Salvar como”
Figura 38: Tela da opção “Imprimir”
48
O usuário administrador também pode cadastrar e alterar as opções liberadas para os
usuários, através do Cadastro de Usuários, conforme Figura 39.
Figura 39: Tela do Cadastro de Usuários
33..44 RREESSUULLTTAADDOOSS EE DDIISSCCUUSSSSÃÃOO
O sistema desenvolvido apresentou-se como uma conveniente ferramenta para gestores
de restaurantes, principalmente aqueles que ainda não possuem seus processos
informatizados. Em resposta a esta necessidade, buscou-se um meio de auxiliar no
planejamento e controle do negócio, disponibilizando controles de estoque e produção e
fornecendo relatórios gráficos com informações deste controle. Desta forma, o sistema
permite que um conjunto de dados coletados em movimentações rotineiras do negócio, seja
transformado em informações úteis para os usuários/gestores de restaurantes self-service.
Em relação aos trabalhos correlatos, mesmo sendo de áreas afins, o foco de cada um
mostrou-se diferente. O sistema TronSolution aparenta aproximar-se mais no que se buscou
neste trabalho, mas ainda assim ele possui características diferentes. Ele oferece diversas
funcionalidades relacionadas à gestão de estoque, administrativa e financeira. Já o sistema
desenvolvido neste trabalho oferece uma solução simples específica para a gestão de
restaurantes do tipo self-service, voltada em auxiliar na previsão das quantidades de alimentos
a serem produzidas, com base em registros de consumo e sobras de alimentos.
49
Das etapas envolvendo a operação de alimentos e bebidas, o sistema permite o controle
do processo de estocagem, mantendo informações das movimentações de entrada e saída dos
produtos no estoque, além do controle do processo de produção, onde são registradas as
informações de elaboração dos pratos, assim como suas quantidades produzidas e de sobras.
Os dados operacionais das transações de estoque e de produção servem de alimentação
para o sistema. Esses dados são armazenados e o registro das informações é visualizado na
forma de relatórios gráficos, compreendendo assim as atividades que abrangem um SPT. Para
isso foram utilizadas tecnologias, como a de banco de dados e a de visualização de gráficos,
para informatizar o que antes era controlado de forma manual.
Através de pesquisa com quem já foi gestor do ramo de restaurantes self-service, a
utilização do sistema desenvolvido oferece uma solução muito interessante ao negócio. Sua
utilização como ferramenta de gestão permite um controle e gerenciamento simples, porém
eficiente no dia-a-dia da empresa, uma vez que os desperdícios de alimentos podem ser
minimizados.
50
4 CONCLUSÕES
Com a finalização deste trabalho, é possível afirmar que o objetivo geral de
desenvolver um sistema para gerenciar os insumos e a produção de alimentos em restaurantes
do tipo self-service foi atingido conforme proposto.
O sistema desenvolvido consegue disponibilizar controles de estoque e de produção,
através de sua alimentação com dados das transações diárias. A inserção destes dados no
sistema pode, inicialmente, ser vista com certa resistência por parte dos usuários. No entanto,
tão breve quanto os benefícios de sua utilização são percebidos, do mesmo modo o processo
passa a ser incorporado nas atividades da empresa.
A possibilidade de manter históricos de desperdício de alimentos, considerando as
sobras do buffet no período, é outro objetivo atingido neste trabalho. A partir deste ponto, a
gestão deixa de ser intuitiva e passa a basear-se de informações científicas. Os dados de
transação são processados e armazenados para que sejam utilizados pelo gestor.
Por fim, o sistema permite a emissão de relatórios gráficos com informações de
estoque, produção e demanda, atendendo o terceiro objetivo específico deste trabalho. Neste
ponto, buscou-se que os relatórios fossem claros, objetivos e de fácil compreensão,
permitindo que qualquer dono/administrador de restaurante consiga utilizá-los.
As ferramentas e tecnologias utilizadas no desenvolvimento foram importantes para se
alcançar os objetivos, facilitando a implementação. Como exemplo tem-se a utilização do
ambiente de desenvolvimento NetBeans, ao montar a interface gráfica com o usuário, assim
como a utilização da biblioteca JFreeChart, que proporcionou os recursos necessários na
implementação dos relatórios gráficos.
Os resultados obtidos após o desenvolvimento deste trabalho e do sistema em si,
apresentam-se como satisfatórios, uma vez que os objetivos foram atingidos com sucesso.
Além disso, há o conhecimento adquirido ao longo do trabalho, tanto relacionado ao negócio
de restaurantes quanto à implementação do sistema e as tecnologias e ferramentas utilizadas.
Cita-se como sendo uma limitação deste trabalho a falta de dados reais para alimentar
o sistema, uma vez que o restaurante onde o problema foi detectado não está mais
funcionando e o sistema não chegou a ser aplicado em uma empresa existente no mercado.
51
44..11 EEXXTTEENNSSÕÕEESS
Como sugestões para trabalhos futuros, como continuação a este, sugere-se:
a) implementar interações do sistema com a plataforma tablet, de forma que ofereça
uma opção prática para utilização em locais de produção nos restaurantes;
b) desenvolver um módulo voltado para venda, oferecendo relatórios relacionados e
aplicando no sistema as regras definidas pela legislação PAF-ECF;
c) permitir o cruzamento de informações externas ao restaurante, como informações
de concorrentes, proporcionando um recurso para a realização de análises
relacionadas ao mercado;
d) oferecer relatórios no formato de texto para visualização e impressão,
proporcionando uma alternativa aos relatórios gráficos, utilizando a biblioteca
iText por exemplo.
52
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54
APÊNDICE A – Descrição dos Casos de Uso
Este apêndice apresenta a descrição dos casos de uso apresentados na seção 3.2 deste
trabalho.
UC01 Cadastrar categoria de produto
Permite ao usuário consultar as categorias de produto cadastradas. Além disso, o usuário pode
informar os dados de uma nova categoria de produto, alterar ou excluir uma categoria
cadastrada. A categoria serve para classificar os produtos em grupos, de acordo com suas
características.
UC02 Cadastrar produto
Permite ao usuário inserir, alterar ou excluir um produto, viabilizando ainda a consulta por
produtos cadastrados. Os produtos representam os insumos para a produção dos alimentos.
Constraints
Pré-condição. O usuário solicitante deve estar cadastrado e possuir liberação para a ação.
Pré-condição. Devem existir categorias cadastradas no sistema.
Pós-condição. Produto(s) foi(ram) consultado(s).
Pós-condição. Um produto foi inserido, alterado ou excluído do sistema.
Cenários
Consulta produto {Principal}
1. O usuário solicita a opção de cadastro de produtos;
2. O sistema apresenta tela dos produtos cadastrados;
3. O usuário opta por realizar uma consulta selecionando um produto;
4. O sistema exibe os dados do produto.
Incluir produto {Alternativo}
No passo 2, o usuário opta por incluir um novo produto selecionando a opção NOVO:
2.1. O usuário informa os dados do novo produto e seleciona Salvar;
2.2. O sistema valida as informações;
3.3. O sistema grava as informações.
55
Alterar produto {Alternativo}
No passo 4, o usuário edita os dados e seleciona a opção SALVAR:
4.1. O sistema valida as informações;
4.2. O sistema altera os dados do produto.
Excluir produto {Alternativo}
No passo 4, o usuário seleciona a opção EXCLUIR:
4.1. O sistema solicita confirmação da operação;
4.2. O usuário confirma;
4.3. O sistema exclui o produto.
UC03 Registrar movimentações de estoque
Permite ao usuário dar entrada ou saída de um produto no estoque.
Constraints
Pré-condição. O usuário solicitante deve estar cadastrado e possuir liberação para a ação.
Pré-condição. Devem existir produtos cadastrados no sistema.
Pós-condição. Produto(s) tem(têm) sua quantidade em estoque aumentada.
Pós-condição. Produto(s) tem(têm) sua quantidade em estoque diminuída.
Cenários
Registrar movimentação {Principal}
1. O usuário solicita o controle de estoque;
2. O sistema apresenta tela do controle de estoque;
3. O usuário opta por dar entrada ou saída de produtos no estoque.
Entrada no estoque {Alternativo}
No passo 3, o usuário opta por dar entrada no estoque:
3.1. O usuário seleciona a opção para entrada no estoque e informa os dados da entrada;
3.2. O sistema valida a entrada no estoque;
3.3. O sistema grava as informações.
56
Saída de produto {Alternativo}
No passo 3, o usuário opta por dar saída no estoque:
3.1. O usuário seleciona a opção para saída no estoque e informa os dados da saída;
3.2. O sistema valida a saída no estoque;
3.3. O sistema grava as informações.
Produto sem estoque {Exceção}
No passo 3.2, caso a quantidade de produtos informada não exista em estoque, apresenta
mensagem “A quantidade do produto em estoque é menor do que a informada”.
UC04 Cadastrar item de produção
Permite ao usuário informar os dados de um novo item de produção, que representa um
alimento a ser produzido, bem como alterar ou excluir um item. Além disso, o usuário pode
consultar os itens de produção cadastrados.
UC05 Cadastrar cardápio do dia
Permite ao usuário informar os dados de um novo cardápio para o dia, onde serão registrados
os itens de produção e suas quantidades produzidas. Além disso, o usuário pode consultar,
alterar ou excluir um cardápio cadastrado.
UC06 Registrar quantidade produzida
Permite ao usuário registrar quantidades preparadas de um item de produção em um cardápio.
Constraints
Pré-condição. O usuário solicitante deve estar cadastrado e possuir liberação para a ação.
Pré-condição. É necessário que o item de produção esteja registrado no cardápio ativo.
Pós-condição. Registrada uma quantidade produzida de um item.
Cenários
Quantidade produzida {Principal}
1. O usuário solicita a opção de controle de produção;
2. O sistema apresenta tela com os itens do cardápio;
3. O usuário opta por registrar uma quantidade produzida de um item e informa a quantidade;
4. O sistema valida as informações e confirma o registro.
57
Produto sem estoque {Exceção}
No passo 3, caso existam produtos sem estoque para a quantidade de produção informada,
apresenta a mensagem “Existem produtos sem quantidades disponíveis em estoque”.
UC07 Registrar sobras do buffet
Permite ao usuário registrar quantidades não consumidas de um item de produção preparado,
através de pesagem das sobras do buffet.
Constraints
Pré-condição. O usuário solicitante deve estar cadastrado e possuir liberação para a ação.
Pré-condição. É necessário que o item de produção esteja registrado no cardápio ativo.
Pós-condição. Registrada uma quantidade de sobra do buffet.
Cenários
Quantidade de sobra {Principal}
1. O usuário solicita a opção de controle de produção;
2. O sistema apresenta tela com os itens do cardápio;
3. O usuário opta por registrar uma quantidade de sobra de um item e informa a quantidade;
4. O sistema valida as informações e confirma o registro.
Quantidade inválida {Exceção}
No passo 3, caso a quantidade de sobra informada for maior que a produzida, apresenta
mensagem “A quantidade de sobra é maior do que a produzida”.
UC08 Cadastrar usuário
Permite ao administrador informar os dados de um novo usuário, bem como alterar ou excluir
um usuário. Além disso, o administrador pode consultar os usuários cadastrados.
UC09 Visualizar estoque
Permite ao administrador realizar a consulta de informações históricas da movimentação dos
produtos no estoque, considerando as entradas e saídas dos insumos da produção, na forma de
relatórios gráficos.
58
Constraints
Pré-condição. O administrador solicitante deve estar cadastrado no sistema.
Pós-condição. Exibe relatório do estoque.
Cenários
Exibir relatório gráfico {Principal}
1. O administrador solicita a opção de relatórios gráficos;
2. O sistema apresenta tela para seleção do grupo e tipo de relatório;
3. O administrador informa o grupo e tipo de relatório desejado;
4. O sistema apresenta o filtro do relatório;
5. O administrador informa os dados no filtro de pesquisa;
6. O sistema apresenta o resultado da consulta.
Sem registro {Exceção}
No passo 5, caso os dados informados no filtro não retornem nenhum registro, apresenta
mensagem “Não foram encontrados registros com o filtro selecionado”.
UC10 Visualizar produção
Permite ao administrador realizar a consulta de informações históricas de produção, na forma
de relatórios gráficos.
UC11 Visualizar demanda
Permite ao administrador realizar a consulta de informações históricas de consumo, na forma
de relatórios gráficos.
UC12 Definir permissões
Permite ao administrador definir as funcionalidades liberadas para cada usuário.
UC13 Efetuar login no sistema
Permite ao usuário se conectar no sistema e acessar as funcionalidades liberadas, além de
trocar de usuário quando o sistema já estiver aberto.
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APÊNDICE B – Dicionário de Dados
Neste apêndice é apresentado o dicionário de dados das tabelas utilizadas no sistema,
com informações de atributos, tipos, tamanhos, campos obrigatórios, descrições, chaves
primárias e chaves estrangeiras, ou Primary Keys (PK) e Foreign Keys (FK). Foram utilizados
três tipos de atributos:
a) number: para valores numéricos;
b) varchar2: para valores de texto, podendo também possuírem números;
c) date: para valores do tipo data.
O Quadro 3 apresenta o dicionário de dados da tabela “categoria”.
CATEGORIA
Serve para classificar os produtos em grupos, de acordo com suas características.
Nome do Atributo Tipo Tamanho Obrigatório Descrição
cd_categoria (PK) number 10 Sim Código da Categoria
ds_categoria varchar2 40 Sim Descrição da Categoria
in_situacao varchar2 1 Sim Situação da Categoria (Ativa/ Inativa)
cd_usuario (FK) number 10 Sim Código do usuário da última alteração
dt_atualizacao date - Sim Data da última alteração
Quadro 3: Dicionário de dados da tabela “categoria”
O Quadro 4 apresenta o dicionário de dados da tabela “produto”.
PRODUTO
Representam os insumos utilizados para a produção dos alimentos.
Nome do Atributo Tipo Tamanho Obrigatório Descrição
cd_produto (PK) number 10 Sim Código do Produto
ds_produto varchar2 40 Sim Descrição do produto
ds_unidade_medida varchar2 20 Sim Unidade de medida
qt_estoque number 10,3 Sim Quantidade de estoque
qt_minima number 10,3 Sim Quantidade mínima de estoque
in_situacao varchar2 1 Sim Situação do Produto (Ativo/ Inativo)
cd_categoria (FK) number 10 Sim Código da Categoria
cd_usuario (FK) number 10 Sim Código do usuário da última alteração
dt_atualizacao date - Sim Data da última alteração
Quadro 4: Dicionário de dados da tabela “produto”
60
O Quadro 5 apresenta o dicionário de dados da tabela “item_producao”.
ITEM_PRODUCAO
Representa os alimentos a serem produzidos.
Nome do Atributo Tipo Tamanho Obrigatório Descrição
cd_item_producao (PK) number 10 Sim Código do Item de Produção
nm_item_producao varchar2 40 Sim Nome do Item de Produção
ds_item_producao varchar2 200 Não Detalhes do Item de Produção
ds_unidade_medida varchar2 20 Sim Unidade de medida
in_situacao varchar2 1 Sim Situação do Item de Produção (Ativo/ Inativo)
cd_usuario (FK) number 10 Sim Código do usuário da última
alteração
dt_atualizacao date - Sim Data da última alteração
Quadro 5: Dicionário de dados da tabela “item_producao”
O Quadro 6 apresenta o dicionário de dados da tabela “item_produto”.
ITEM_PRODUTO
São os produtos necessários em um item de produção
Nome do Atributo Tipo Tamanho Obrigatório Descrição
cd_item_produto (PK) number 10 Sim Código do Item
qt_produto number 10,3 Sim Quantidade do Produto
cd_produto (FK) number 10 Sim Código do Produto
cd_item_producao (FK) number 10 Sim Código do Item de Produção
cd_usuario (FK) number 10 Sim Código do usuário da última alteração
dt_atualizacao date - Sim Data da última alteração
Quadro 6: Dicionário de dados da tabela “item_produto”
O Quadro 7 apresenta o dicionário de dados da tabela “cardapio”.
CARDAPIO
Onde são registrados os itens de produção e suas quantidades produzidas.
Nome do Atributo Tipo Tamanho Obrigatório Descrição
cd_cardapio (PK) number 10 Sim Código do Cardápio
ds_cardapio varchar2 40 Sim Descrição do Cardápio
dt_cardapio varchar2 - Sim Data do Cardápio
ds_dia_semana varchar2 10 Sim Dia da semana
in_situacao varchar2 1 Sim Situação do Item de Produção (Ativo/
Inativo)
cd_usuario (FK) number 10 Sim Código do usuário da última alteração
dt_atualizacao date - Sim Data da última alteração
Quadro 7: Dicionário de dados da tabela “cardapio”
61
O Quadro 8 apresenta o dicionário de dados da tabela “item_cardapio”.
ITEM_CARDAPIO
Representa um item de produção registrado em um cardápio.
Nome do Atributo Tipo Tamanho Obrigatório Descrição
cd_item_cardapio (PK) number 10 Sim Código do Item de Cardápio
qt_producao_prevista number 10,3 Não Quantidade prevista de produção
qt_produzida number 10,3 Não Quantidade produzida
qt_sobra number 10,3 Não Quantidade de sobra
cd_item_producao (FK) number 10 Sim Código do Item de Produção
cd_cardapio (FK) number 10 Sim Código do Cardápio
cd_usuario (FK) number 10 Sim Código do usuário da última alteração
dt_atualizacao date - Sim Data da última alteração
Quadro 8: Dicionário de dados da tabela “item_cardapio”
O Quadro 9 apresenta o dicionário de dados da tabela “movimento_produto”.
MOVIMENTO_PRODUTO
São as movimentações realizadas no estoque.
Nome do Atributo Tipo Tamanho Obrigatório Descrição
cd_movimento_produto (PK) number 10 Sim Código da movimentação de
produto
dt_movimento date - Sim Data do movimento
qt_movimento number 10,3 Sim Quantidade do movimento
vl_total number 10,2 Não Valor total do movimento
vl_item number 10,2 Não Valor do item
in_tipo varchar2 1 Sim Tipo do movimento
(Entrada/Saída)
cd_produto (FK) number 10 Sim Código do Produto
cd_usuario (FK) number 10 Sim Código do usuário da última
alteração
Quadro 9: Dicionário de dados da tabela “movimento_produto”
O Quadro 10 apresenta o dicionário de dados da tabela “usuario”.
USUARIO
Representa os usuários cadastrados no sistema.
Nome do Atributo Tipo Tamanho Obrigatório Descrição
cd_usuario (PK) number 10 Sim Código do Usuário
nm_pessoa varchar2 40 Sim Nome da pessoa
ds_usuario varchar2 8 Sim Login do usuário
ds_senha varchar2 8 Sim Senha do usuário
in_situacao varchar2 1 Sim Situação do usuário (Ativo/ Inativo)
cd_cardapio_ativo number 10 Sim Cardápio ativo do usuário.
ds_aplicacoes_liberadas varchar2 40 Sim Opções habilitadas para o usuário.
dt_atualizacao date - Sim Data da última alteração
Quadro 10: Dicionário de dados da tabela “usuario”