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Sistemas de Controle de Temperatura paraTransportes TK 50951-7-TM (08/00) Copyright © 2000 Thermo King Corporation, Minneapolis, MN, U.S.A.

Sistemas de Controle de Regrigeração

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Sistemas de Controle de Temperatura paraTransportes

TK 50951-7-TM (08/00) Copyright© 2000 Thermo King Corporation, Minneapolis, MN, U.S.A.

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Em 1949, o Thermo King Education Center abriu suas portas para os primeiros técnicos de refrigeração na área de transportes. Hoje, o Education Center oferece treinamento para mais de 1.200 pessoas por ano em nossa sede em Minneapolis, Minnesota. A inscrição é limitada a revendedores, clientes e usuários de equipamentos Thermo King. É necessária a autorização de revendedores Thermo King locais para efetuar a inscrição.

Este manual é publicado apenas para fins de informação. A Thermo King não fornece nenhuma representação ou garantia, expressa ou implícita, relacionadas às informações, recomendações e descrições contidas neste manual e as referidas informações, recomendações e descrições não devem ser consideradas como completas ou abrangendo todas as contingências. Caso maiores informações sejam necessárias, consulte a Thermo King. A Thermo King não pode ser responsabilizada, por parte de nenhuma pessoa ou entidade, por quaisquer ferimentos ou danos à propriedade ou qualquer outro dano ou responsabilidade direto, indireto, especial ou conseqüencial, em decorrência ou resultante do uso deste manual ou por quaisquer outras informações, recomendações ou descrições contidas neste documento.

Copyright© 2000 Thermo King Corporation, Minneapolis, MN, U.S.A.

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Índice Índice. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . i

Nascimento de Uma Indústria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

Controle de Temperatura de Transportes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1-1

Fundamentos da Refrigeração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2-1

O Sistema de Quatro Componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3-1

Refrigerantes, Pressões e Lubrificantes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4-1

Componentes e Operação das Unidades de Carreta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5-1

Componentes e Operação das Unidades de Caminhão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6-1

Sistemas Multi-Temperatura .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7-1

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8-1

Bus Climate Control Systems . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9-1

Segurança no Controle de Temperatura de Transportes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120

Glossário.................……. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 122

Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 147

Índice Remissivo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13-1

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Prefácio Nascimento de Uma Indústria

Fred Jones, Inventor Fred Jones solucionou um problema e começou uma indústria. Durante o quente verão de 1938, Fred criou a primeira unidade Thermo King para vender galinhas frescas para o mercado sem que estragassem. Em uma oficina em Minneapolis, Minnesota, ele mudou os hábitos alimentares em todo o mundo.

Sua invenção resultou na indústria de controle de temperatura paratransportes. Esse fato pavimentou o caminho para outras indústrias, como a de comidas congeladas e fast food. Milhões de pessoas, que nunca haviam comido nada cultivado a uma distância maior do que um raio de 50 milhas, agora degustam alimentos do mundo inteiro.

Hoje, a Thermo King é um fabricante mundial que abastece mercados globais. Vinte e uma fábricas em treze países projetam e constroem sistemas de controle de temperatura para caminhões, carretas, contêineres marinhos, ônibus, trens e para o trânsito urbano maciço. Os produtos Thermo King são uma importante contriburrição de conforto, saúde e segurança para o mundo. E com mais de 400 representantes em 87 países, a Thermo King fornece suporte pós-venda para obter confiabilidade incomparável para seus equipamentos.

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Nascimento de Uma Indústria

O controle de temperatura de transporte é muito mais do que "refrigeração sobre rodas". Em uma longa jornada de travessia pelo país, do produtor até o consumidor, a carga de produtos frescos de uma carreta deve ser protegida do frio extremo das passagens por altas montanhas e do calor impiedoso das estradas ressecadas pelo sol. Do início ao fim, a unidade Thermo King fornece aquecimento e resfriamento automaticamente, conforme necessário, para manter o mais alto nível de qualidade do produto.

Enquanto perecíveis valiosos viajam para os portos ao redor do mundo, as unidades de contêiner marítimo Thermo King fornecem mais do que controle de temperature. A umidade, fluxo de ar e temperatura são rigorosamente controlados, hora após hora, dia após dia.

Em pequenas ou grandes cidades ao redor do mundo, você verá unidades de caminhão Thermo King protegendo produtos frescos e congelados conforme são entregues em mercearias, restaurantes e lojas de conveniência.

E, todos os dias, de São Paulo a Pequim, os sistemas Thermo King de Controle Climático de Ônibus (Bus Climate Control) mantêm a temperatura e umidade adequadas para máximo conforto dos passageiros.

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Nascimento de Uma Indústria A Thermo King oferece uma ampla gama de produtos de controle de temperatura. Embora seja uma linha de produtos complexos, os princípios fundamentais de refrigeração são universais. Os componentes e terminologia são similares para todos os modelos. Este manual ajudará a compreender a operação de todas as unidades de controle de temperatura de transporte. Ele começa com uma olhada sobre a operação típica de uma unidade de carreta Thermo King, explica as práticas de carregamento correto e esclarece que o gerenciamento da temperatura é de responsabilidade de todos os envolvidos no armazenamento e movimentação de perecíveis.

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Este manual irá ajudá-lo a entender os principais princípios, componentes e a operação dos sistemas de controle de temperatura Thermo King - sistemas de caminhão, carreta e contêiner marítimo, bem como controle climático em ônibus. ________________________________________________________________________________________________________________________

Depois da leitura dos quatro primeiros capítulos, você estará entendendo bem os princípios e componentes comuns a todos os sistemas de refrigeração. Ao terminar o capítulo quatro, você continuará com uma explicação detalhada das unidades de carreta Thermo King (capítulo cinco) ou pode pular para as unidades de caminhão (capítulo seis), unidades de contêiner marítimo (capítulo oito) ou sistemas de controle climático de ônibus (capítulo nove). Um glossário bastante útil, Termos do Mercado, foi incluído para sua referência e revisão. Finalmente, o apêndice inclui artigos complementares e materiais de referência. E não se esqueça de utilizar o índice para rápido acesso às informações que precisar.

Muitos capítulos incluem um pequeno “teste” para ajudá-lo a verificar seu conhecimento. As respostas desses testes estão localizadas no Apêndice. Se estudar com cuidado, você não precisará das respostas!

Você achará este manual interessante, desafiador e recompensador. Ao terminar, você terá uma boa compreensão da linha de produtos Thermo King - o que é, como operam e como desempenham um papel importante em nossa vida diária.

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1 Controle de Temperatura em Transportes Operação da Unidade

Todas as unidades Thermo King operam de maneira similar. Elas mantêm uma temperatura desejada dentro do compartimento de temperatura controlada (temperatura no baú), independente das temperaturas externas (ambiente). Algumas unidades são “apenas de refrigeração”, mas a maioria pode aquecer, conforme necessário, para manter a temperatura da carga desejada.

O termostato é o principal controle de operação da unidade. Embora os termostatos tenham evoluído de tipos simples com ponteiro para os poderosos controles microprocessados de hoje, sua operação continua essencialmente a mesma. – O termostato compara

constantemente a temperatura desejada (ponto de ajuste) à temperatura no baú. Se a temperatura no baú for maior do que a do ponto de ajuste, a unidade opera no modo de refrigeração. Se a temperatura no baú for menor do que a do ponto de ajuste, a unidade opera no modo de aquecimento. Em unidades de caminhão e carreta, o termostato também controla a rotação do motor. Em operação normal, o termostato mantém a temperatura desejada no baú realizando ciclos entre a refrigeração em baixa velocidade e o aquecimento em baixa velocidade. Se a temperatura no baú estiver mais do que alguns graus acima ou abaixo do ponto de ajuste, a unidade opera em refrigeração em alta velocidade ou emaquecimento em alta velocidade.

Essa ilustração mostra uma unidade de carreta, uma unidade de caminhão ou contêiner marinho opera de maneira similar. O termostato está ajustado em 35�°F (2 °C), a carga está carregada adequadamente e a unidade está operando no modo de refrigeração. O ar frio é forçado através da parte superior da carga até a parte traseira do compartimento (baú). Ao retornar para a parte frontal da unidade de carreta, o ar resfriado absorve o calor e passa sob, ao redor e através da carga. Quando o ar quente atinge a unidade Thermo King, o calor é removido. O ar frio é devolvido para o compartimento refrigerado para absorver mais calor. O ar que circula continuamente no compartimento é o mesmo⎯a unidade Thermo King simplesmente absorve o calor do ar do baú e move esse calor para o ar externo (ambiente).

A unidade absorve calor no interior e remove-o para o exterior

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Controle de Temperatura em Transportes

Gerenciamento de Temperatura

A temperatura influencia a taxa de deterioração de perecíveis e produtos alimentícios congelados mais do que qualquer outro fator. A exposição de produtos frescos ao calor ou frio extremo pode causar danos significativos. Altas temperaturas podem causar amadurecimento desigual, queimaduras na superfície e amolecimento de frutas e vegetais frescos. Baixas temperaturas podem facilmente

Temperaturas Ideais de Armazenamento

Sorvete -20°F (-29°C) Fr. Mar Cong. 0°F (18°C) Carnes 29°F (-1°C) Veg. com Folhas 32°F (0°C) Plantas Cítricas 41°F (5°C) Bananas 57°F (14°C)

resultar em congelamento, machucados na superfície e desidratação. E "baixas temperaturas" nem sempre significam temperaturas próximas a 32°F (0°C). Bananas são muito suscetíveis a machucados por resfriamento se a temperatura cair abaixo de 55°F (13°C)

Gerenciamento de Risco

Do produtor ao consumidor, produtos sensíveis à temperatura devem ser cuidadosamente armazenados e transportados. Essa movimentação de produtos sensíveis à temperatura é denominada Cadeia do Frio. Todos aqueles na cadeia do frio são responsáveis por manter a qualidade do produto ⎯ e isso é mais do que apenas gerenciamento de temperatura. Qualquer pessoa ou empresa envolvida no transporte de carga perecível assume um certo risco ⎯ risco de danificar o produto, desperdício, contaminação e possível responsabilidade legal por doenças e até morte do consumidor. Bem gerenciado o risco é apenas parte do negócio. A Thermo King chama essa situação de Gerenciamento de Risco . Independente de o produto ser alimento fresco, aves ou vegetais, o gerenciamento de risco é responsabilidade de todos aqueles envolvidos na cadeia do frio ⎯ os produtores, empacotadores, processadores de alimentos, expedidores, intermediários, motoristas e receptores.

Para Minimizar Riscos: 1. Embale o produto em caixas de papelão duráveis para protegê-lo contra danos durante o manuseio. 2. Pre-resfrie o produto e o compartimento refrigerado (baú) antes do carregamento. 3. Carregue o produto de forma a facilitar a distribuição do ar ao longo do compartimento refrigerado (baú)4. Monitore e documente a temperatura do produto durante o carregamento e transporte de perecíveis.

Empacotamento

As caixas de papelão devem ser fortes o suficiente para suportar a sobreposição de peso de outras caixas e as condições de temperatura e umidade encontradas durante o transporte. Não utilize caixas de papelão para remessa que possam ser esmagadas ou envergadas. As caixas utilizadas para produtos congelados não devem possuir aberturas. As caixas utilizadas para produtos frescos devem possuir aberturas. Ao contrário dos produtos congelados, os produtos frescos exigem circulação constante de ar sobre, sob, ao redor e através da carga. A circulação constante de ar é necessária para remover o calor de respiração de frutas e vegetais frescos ⎯ calor gerado conforme os produtos frescos amadurecem.

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Controle de Temperatura em Transportes Pré-Resfriamento de Produtos

O fornecimento de produtos de qualidade começa quando estes são recebidos pela primeira vez na plataforma do armazém. É extremamente importante que os produtos sejam pré-resfriados para suas temperaturas de conservação antes do carregamento. Caso contrário, pode levar horas em trânsito até que a temperatura do produto se aproxime do valor recomendado ⎯ horas que irão contribuir para danificar o produto.

As unidades de refrigeração de transporte foram projetas principalmente para manter a temperatura dos produtos, não para reduzi-la!

Para garantir que os produtos perecíveis tenham sido pré-resfriados para sua temperatura específica, os trasnportadores devem fazer leituras da temperatura noproduto em caixas aleatórias conforme são carregadas no compartimento refrigerado. A utilização de um dispositivo de registro de temperatura no compartimento refrigerado também ajudará os trasnportadores a documentarem a origem de qualquer deterioração do produto causada por flutuações de temperatura.

Nas Plataformas de Carregamento

É sempre melhor carregar e descarregar produtos perecíveis a partir de uma plataforma de carregamento em armazéns refrigerados que possuam boas vedações entre a porta da plataforma e o caminhão ou carreta. Perecíveis não devem permanecer por períodos de tempo prolongados em plataformas que não possuem controle de temperatura. Os danos ao produto são cumulativos. Um machucado feito no campo durante a colheita, uma casca danificada por congelamento, mesmo menor dano em virtude de baixas ou altas temperaturas ⎯ todos esses fatores contribuem para a rejeição de cargas, perdas e insatisfação de clientes.

Pré-Resfriamento do Baú

Um compartimento refrigerado absorve calor enquanto estacionado vazio no sol. O calor absorvido pelas paredes, piso, teto e isolamento, mais o ar aquecido no baú, é chamado de calor residual.

Para pré-resfriar um compartimento, ajuste o termostato da unidade para o ponto de ajuste desejado para o produto e deixe a unidade em funcionamento durante 90 minutos ou até que entre na operação em baixa velocidade. O ajuste do termostato para menos do que a temperatura desejada não aumenta a capacidade de resfriamento da unidade nem reduz o tempo de pré-resfriamento.

Depois que a unidade for pré-resfriada, desligue-a durante o carregamento. Se a unidade permanecer em funcionamento durante o carregamento, o ar refrigerado escapa e o ar quente e úmido é sugado para a área de temperatura controlada.

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Controle de Temperatura em Transportes

Carregamento Adequado

A circulação adequada de ar é absolutamente necessária para remover o calor da carga delicada. A má distribuição de ar é a principal causa de deterioração de produtos. Qualquer obstrução no caminho do fluxo de ar deixará cargas valiosas desprotegidas. Para impedir que o calor seja transferido para perecíveis refrigerados ou congelados, sempre deixe espaço para a circulação de ar entre o produto, as paredes, o piso, as portas e o teto.

Desligue a Unidade Durante o Carregamento!

Turn Off The Unit While Loading!

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Controle de Temperatura em Transportes Exigências de Carregamento

1. Plástico não deve ser usado para envolver produtos frescos que estão posicionados sobre palets (estrados). O Plástico bloqueia fluxo de ar sob o estrado e através da carga.

O Plástico Pode Bloquear Seriamente o Fluxo de Ar Importante

2. Todos os estrados devem estar bem posicionados para permitir o fluxo de ar da parte posterior até a parte frontal. Mesmo um único estrado posicionado incorretamente pode restringir seriamente o fluxo de ar sob a carga.

3. Pisos com ranhuras em forma de "T" são necessários quando estrados não são utilizados e cargas sensíveis são empilhadas diretamente sobre o piso. Nunca empilhar perecíveis diretamente sobre pisos planos: a energia calorífica será conduzida através do isolamentodo piso para a carga.

O interior do compartimento refrigerado deve estar limpo. As canaletas do piso devem estar livres de sujeiras, papelão, plásticos, papel e fragmentos de estrados. "Pontos quentes" ocorrem quando as canaletas do chão estão bloqueadas.

Nunca empilhe perecíveis diretamente sobre pisos planos.

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Controle de Temperatura em Transportes

4. Ao empilhar caixas de papelão livremente no centro do compartimento resfriado, é importante que o espaço entre elas seja consistente em toda a carga. Como o ar toma o caminho em que encontra menos resistência, passagens de ar desiguais entre as caixas de papelão pode causar variações de temperatura indesejáveis por toda a carga.

As caixas de papelão devem ser acomodada no encaixe das laterais do estrado e empilhadas em camadas unidas e cruzadas, para fornecer estabilidade. "Travas de carga" devem ser utilizadas onde necessário para evitar que a carga se movimente. Ao transportar cargas mistas de produtos de diferentes tamanhos e tipos de caixas de papelão, a colocação de suportes ou redes deve ser utilizada para proteger e estabilizar as pilhas de estrados individuais.

O Ar Deve Fluir Livremente em TODOS os Lados do Produto!

5. Deve haver amplo espaço para o fluxo de ar na parte superior da carga e do teto. Recomenda-se um espaço para fluxo de ar de no mínimo 25 centímetros. O ar resfriado que vem da parte frontal da carreta deve passar livremente pela parte superior da carga até a traseira do compartimento refrigerado.

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Controle de Temperatura em Transportes

Quando o produto é acomodado em pilhas muito altas, o fluxo de ar através da parte superior da carga é bloqueado. Quando isso ocorre, a maior parte da carga não é resfriada e ocorre a ciclagem curta.

Ciclagem CurtaQuando uma unidade de refrigeração alterna entre os modos de aquecimento e refrigeração (ou é desligada e ligada) mais vezes do que o normal.

Quando a carga bloqueia o ar de descarga da unidade, esse ar não tem a oportunidade de absorver o calor e todada carga. Ao invés disso, o ar resfriado de descarga é imediatamente direcionado para a entrada do retorno de ar da unidade. O termostato responde a esse inesperado ar de retorno resfriado mudando a operação da unidade para o modo de aquecimento. No modo de aquecimento, o ar de descarga aquecido realiza uma ciclagem curta de volta para o ar de retorno. O termostato responde a esse ar aquecido mudando a operação da unidade para o modo de refrigeração. Essa operação de ciclagem curta fica se repetindo. A unidade não está realizando uma refrigeração efetiva e o ar resfriado não está atingindo a maior parte da carga.

6. Deve ser deixado um espaço para fluxo de ar entre a carga e as portas traseiras e paredes laterais. O ar deve ser

capaz de circular livremente entre a carga, o piso, as paredes laterais e as portas traseiras.

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Controle de Temperatura em Transportes

7. Forneça algum dispositivo para evitar que a equipe de carregamento empilhe os produtos muito próximos das entradas de ar de retorno. Ar de retorno restrito reduz a eficiência da unidade. Um estrado apoiado verticalmente contra a parte frontal do compartimento refrigerado é um método para garantir esse espaço para fluxo de ar. No entanto, uma divisória de ar de retorno instalada profissionalmente (ilustrada aqui) é o método preferencial. Ela é durável, pode ser dobrada para limpeza da unidade e direciona todo o fluxo de ar do piso da carreta para a unidade Thermo King.

Fluxo de Ar Restrito Reduz a Eficiência da Unidade

8. Em unidades multi temperatura (unidades com mais de um compartimento), divisórias móveis (paredes de divisão) devem se ajustar firmemente ao teto, paredes e piso para reduzir a transferência de calor entre os compartimentos.

Sempre deixe espaços amplos para circulação de ar entre a carga e as divisórias móveis. O calor será transferido através da divisória se o produto estiver empilhado em contato com ela. Produtos frescos empilhados contra a divisória podem congelar e produtos congelados podem derreter.

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Controle de Temperatura em Transportes Carregamento Correto

A carreta multi temperatura ilustrada abaixo está carregada corretamente. O termostato do compartimento traseiro está ajustado para 35°F (2°C) e o termostato do compartimento frontal está ajustado para -15°F (-26°C). Embora a energia calorífica esteja entrando na carreta através das paredes e do piso, o espaço para fluxo de ar adequado em todas as laterais da carga permite o fluxo de ar necessário para proteção dos produtos. Também foi deixado espaço para fluxo de ar em ambos os lados da divisória móvel para evitar a transferência de calor do produto mais aquecido para o produto mais resfriado.

Operação e Entrega

Ao descarregar em altas temperaturas ambiente, desligue a unidade antes de abrir as portas. Esse procedimento impede que a unidade libere o ar frio enquanto puxa ar quente e úmido para o compartimento. Quando o descarregamento for concluído, feche as portas antes de dar partida na unidade.

A quantidade de tempo em que as portas ficam abertas e o número de vezes em que as portas são abertas por dia são fatores muito importantes para a qualidade do controle de temperatura. Por exemplo, quando a temperatura ambiente é 100°F (38°C) e a porta de um compartimento cuja temperatura é -20°F (-29°C) é aberta, a temperatura no baú passa a ser afetada depois de 30 segundos. As superfícies dos produtos são rapidamente congeladas com o ar úmido, e a energia calorífica é absorvida pelo produto.

Seguindo essa lógica, ao entregar produtos frescos em condições de temperatura ambiente muito baixa, também pode ocorrer danos aos produtos em virtude de aberturas prolongadas ou freqüentes das portas.

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Page 16: Sistemas de Controle de Regrigeração

Controle de Temperatura em Transportes

“Cycle-Sentry” / Modo Contínuo

A maioria das unidades Thermo King de caminhões e carretas possui um opcional de economia efetiva de combustível chamado "Cycle Sentry, que permite que a unidade pare quando a temperatura no baú atinge o ponto de ajuste. No entanto, como alguns produtos exigem circulação de ar constante, a unidade também pode ser operada no modo Contínuo.

O operador pode selecionar a operação "Cycle Sentry" ou Contínua. No modo Contínuo, a unidade operará constantemente, alternando entre os modos de aquecimento e refrigeração para manter a temperatura no baú no ponto de ajuste desejado. Ao operar no modo "Cycle Sentry", a unidade será parada quando a temperatura no baú atingir o ponto de ajuste. A unidade permanecerá desligada até que a temperatura no baú atinja uma temperatura de reinício predeterminada. A unidade será reiniciada e operará até que, novamente, seja desligada quando a temperatura no baú atingir o ponto de ajuste.

O "Cycle Sentry" pode reduzir os custos anuais de combustível em até oitenta porcento. A economia real é afetada por diversas variáveis, incluindo o tipo de produto que está sendo transportado, a temperatura ambiente, a freqüência de abertura das portas e a espessura e qualidade do isolamento do baú.

Não Recomendado para Todos os Produtos

O modo "Cycle Sentry" não é recomendado para todos os tipos de produtos. Os produtos que continuam a amadurecer produzem calor de forma constante durante o transporte. Esse calor é conhecido como calor de respiração. A operação constante da unidade é necessária para manter o fluxo de ar sobre, abaixo e ao redor de quaisquer produtos que gerem calor de respiração.

Produtos normalmente aceitáveis para operação em "CYCLE-SENTRY" ⎯

• Peixe

• Aves

• Doces

• Alimentos congelados (em caixas adequadamente isoladas)

• Alimentos enlatados ou processados

• Laticínios

• Filmes

• Produtos químicos

• Todos os produtos não comestíveis

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Page 17: Sistemas de Controle de Regrigeração

Controle de Temperatura em Transportes Produtos que normalmente exigem a operação com fluxo de ar "Contínuo" ⎯

• Frutas e vegetais frescos

• Flores e folhagens frescas

• Produtos alimentícios não processados ( a menos que pré-resfriados em temperatura recomendada)

NOTA: As listagens acima não incluem todos os produtos que podem vir a ser transportados. Consulte seu produtor ou expedidor se tiver alguma dúvida relacionada à seleção do modo de operação para um produto específico.

Documentando a Temperatura do Produto

Do produtor ao consumidor, todos vêm se tornando responsáveis pela saúde e segurança dos consumidores. Muitas vezes, é exigido o fornecimento rápido e preciso da documentação das temperaturas dos produtos durante o transporte. Para coletar e fornecer informações valiosas sobre a temperatura, os controles microprocessados atuais incluem um registrador de dados. O registrador de dados monitora e registra constantemente diversas variáveis, incluindo ponto de ajuste, temperatura do ar de retorno, temperatura do ar de descarga, temperatura ambiente, modos de operação da unidade e temperatura dos produtos. A Thermo King também oferece diversos registradores de dados de acessório (abaixo) que podem ser conectados a qualquer sistema de refrigeração.

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Page 18: Sistemas de Controle de Regrigeração

Controle de Temperatura em Transportes

Lista de Verificação e Operação

Antes do Carregamento Leia e entenda o manual de operação da unidade de refrigeração.

Inspecione o baú (interior e exterior) para verificar se há revestimentos e isolamentos danificados.

Inspecione as condições e o isolamento das vedações (incluindo portas de comunicação).

Inspecione os dutos de ar (calhas) para verificar se estão danificados.

Remova fragmentos das canaletas e drenos do piso.

Inicie uma Verificação Pré-Viagem ou uma Verificação Automática da Unidade(USC - Unit Self Check) nas unidades controladas por microprocessadores.

Pré-resfrie o baú até a temperatura recomendada para o produto. Esse procedimento verifica a operação adequada da unidade e aprimora a manutenção da temperatura da carga. (A temperatura desejada da carga é anotada no manifesto.)

Inicie um degelo manual para verificar se a unidade está funcionando adequadamente e para remover o gelo acumulado durante o pré-esfriamento. (A temperatura no baú deve ser de aproximadamente 35 °F (2 °C) ou inferior para iniciar um degelo manual.) Verifique temperatura do produto a ser carregado (no meio da caixa). Qualquer variação acima ou abaixo da temperatura recomendada deve ser anotada no manifesto.

Certifique-se de que a unidade ajustada para operação em "Cycle-Sentry" ou Contínua com base nas características do produto ou nas exigências do cliente.

Durante o Carregamento

Pare a unidade durante o carregamento para minimizar a troca de ar entre o compartimento de carga do baú e o ar externo. (A unidade pode estar funcionando com a porta aberta se o compartimento refrigerado estiver voltado para um armazém refrigerado com vedações firmes nas portas.) Faça a supervisão do carregamento do produto para se certificar de que haja espaço suficiente para fluxo de ar sobre, sob, ao redor e através da carga. Certifique-se de que as entradas de ar de retorno da unidade e as saídas do ar de descarga não estejam bloqueadas pela carga.

Certifique-se de haver espaço para fluxo de ar entre o produto e as divisórias móveis (unidades multi temperatura).

Certifique-se de que as divisórias móveis estejam vedadas no encontro com o piso, paredes e teto (unidades multi temperatura). As canaletas do piso em forma de "T" devem estar vedadas sob as divisórias. Certifique-se de que seja deixado espaço para circulação do ar entre a carga e as portas traseiras.

Certifique-se de que as travas de carga estejam no lugar para evitar que a carga se movimente durante o transporte.

Certifique-se de que as portas do baú fechem e travem firmemente.

Verifique se o(s) ponto(s) de ajuste está(ão) ajustado(s) na temperatura correta.

Se a unidade for parada, dê partida novamente utilizando os procedimentos de partida e as verificações descritas no manual do operador da unidade.

⎯ Continua ⎯

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Page 19: Sistemas de Controle de Regrigeração

Controle de Temperatura em Transportes Inspeções Durante a Viagem (A serem realizadas a cada quatro horas)

Verifique o ponto de ajuste da unidade para se certificar de que o juste não foi alterado.

Observe se ocorre "ciclagem curta" (alternância freqüente entre os modos de aquecimento e refrigeração). Essa situação é normalmente causada por carregamento inadequado, que restringiu o fluxo de ar perto das aberturas de ar de retorno e de descarga.

Anote a leitura da temperatura no baú. A leitura da temperatura deve estar normalmente dentro de um intervalo de 6°F (4°C) do ponto de ajuste.*

Verifique se há vibrações ou ruídos anormais na unidade.

Verifique o fornecimento de combustível da unidade. * Se a leitura da temperatura no baú de carga não estiver dentro de um intervalo de 6° F (4°C) do ponto de ajuste, pode

estar ocorrendo uma das seguintes situações.

• A unidade foi carregada com produto que se encontrava acima da temperatura recomendada ("carga quente"). A unidade pode levar várias horas (ou dias) para reduzir a temperatura da "carga quente".

• A unidade está sem combustível.

• A unidade não está funcionando corretamente.

• A unidade está no modo de degelo automático ou acabou de concluir o modo de degelo.

• O sistema de degelo automático apresentou mau funcionamento e o evaporador está coberto de gelo. Inicie um

Degelo Manual.

• O controle microprocessado da unidade foi programado para permitir mais do que o diferencial normal de 4 °Cdo ponto de ajuste.

AVISO! Quando a chave Liga-Desliga estiver na posição LIGA, a unidade pode dar partida a qualquer momento sem aviso prévio. Apenas técnicos qualificados devem verificar correias, ventiladores ou outros componentes que podem causar ferimentos graves ou morte.

Relate todos os problemas da unidade para a rede autorizada de representantes Thermo King mais próxima o mais rápido possível. Verifique seu diretório de serviços para obter o número de telefone e localização.

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Page 20: Sistemas de Controle de Regrigeração

Controle de Temperatura em Transportes

Termos que Devem ser Lembrados

Temperatura no Baú

Ambiente

Termostato

Ponto de Ajuste

Baú

Gerenciamento de Temperatura

Gerenciamento de Risco

Pré-Resfriamento

Calor de Respiração

Calor Residual

Ciclagem Curta

Divisória do Ar de Retorno

Unidades Multi-Temperatura

Divisória Móvel

"Cycle Sentry"

Contínuo

Registrador de

dados Carga Quente

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Page 21: Sistemas de Controle de Regrigeração

2 Fundamentos da Refrigeração Princípios da Transferência de Calor

Nesta seção, você aprenderá os princípios fundamentais da transferência de calor. Esses princípios são a base para a compreensão do controle de temperatura.

Refrigeração e Condicionamento de Ar

A Thermo King fabrica e distribui sistemas de refrigeração e condicionamento de ar. A principal diferença entre refrigeração e condicionamento de ar é o nível de temperatura.

Refrigeração é o processo de transferência de calor para fora de uma área para atingir uma temperatura menor que a temperatura ambiente.As unidades de caminhão, carreta e contêiner marítimo da Thermo King fornecem refrigeração.

O condicionamento de ar ocorre quando o calor é transferido para fora de uma área para manter uma temperatura confortável para a maioria das pessoas⎯normalmente entre 18°C e 24°C. A Thermo King fornece unidades de condicionamento de ar para uma variedade de aplicações, incluindo ônibus que transitam em cidades, ônibus que percorrem curtas distâncias e aplicações de compartimentos de carga motorizados de grande porte.

Controle de Temperatura em Transportes

Este manual está focado na função de resfriamento do equipamento de controle de temperatura. Mas a maioria das unidades também é capas de aquecer quando necessário para proteger a carga em condições de temperatura ambiente fria. Ao invés dos termos condicionamento de ar ou refrigeração, damos preferência ao termo mais geral de controle de temperatura paratransporte para descrever nosso negócio, isso inclui resfri-amento e aquecimento em ampla gama de temperaturas.

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Fundamentos da Refrigeração

O Calor Está em Toda Parte!

A ausência total de calor é encontrada em temperaturas de -273 °Cabaixo de zero. Isso é chamado de zero absoluto. É pouco provável que você alguma vez já tenha passado por uma situação de ausência total de calor. Mesmo sorvetes em temperaturas de -29°C contêm energia calorífica. Sabemos disso pelo simples fato de que o sorvete pode se tornar ainda mais gelado através da remoção da energia calorífica adicional. As unidades Thermo King não produzem frio ⎯ elas removem calor!

O calor entra em um compartimento de temperatura controlada através de diversas fontes:

• Produto foi carregado com temperatura muito quente

• Calor do sol e altas temperaturas externas

• Aberturas de portas durante carregamento e descarregamento

• Calor gerado pela carga conforme esta amadurece Uma unidade Thermo King simplesmente remove o calor indesejado de um compartimento de temperatura controlada. Se o calor é removido mais rápido do que entra, o compartimento fica mais frio. Se o calor é removido na mesma taxa em que entra, a temperatura do compartimento permanece a mesma.

As unidades Thermo King não Produzem FRIO! Elas removem calor.

Matéria, Moléculas e Temperatura

Seu corpo, e tudo ao seu redor, é composto por minúsculos blocos de construção chamados de moléculas. A menos que se encontre em uma temperatura de -273 °C (zero absoluto), uma molécula contém energia calorífica e está sempre em movimento. Moléculas aquecidas se movem mais rápido do que moléculas frias.

Transferência de Calor

A energia calorífica normalmente se transfere de uma molécula para a próxima. Mas esse movimento da energia calorífica só pode ocorrer se há uma diferença de temperatura entre as duas moléculas. Se apenas duas moléculas (ou qualquer objeto, nesse sentido) se encontram na mesma temperatura, não ocorre transferência de calor. A energia calorífica sempre se move das áreas com mais energia (quentes) para as áreas com menos energia (frias).

O Calor Sempre Se Move das Áreas Mais Quentes Para as Áreas Mais Frias

Por exemplo, se você segurar um cubo de gelo em suas mãos, a energia calorífica se transfere de sua mão aquecida para o gelo mais frio. Sua mão esfria (perde energia calorífica) e o gelo se torna mais quente (ganha energia calorífica).

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Fundamentos da Refrigeração

A velocidade da transferência de calor de um objeto para outro é afetada pela diferença de temperatura entre os dois objetos. A energia calorífica se transfere mais rápido quando há uma grande diferença de temperatura entre dois objetos. Por exemplo, aquele cubo de gelo derreteria rapidamente em água fervente, mais lentamente em sua mão e ainda mais lentamente em um refrigerador.

A operação das unidades Thermo King se apoia nesses dois princípios detransferência de calor:

• A energia calorífica sempre se move do objeto “mais quente” para o objeto“mais frio.

• A transferência de calor ocorre mais rapidamente quando há uma grande diferença de temperatura entre dois objetos.

Métodos de Transferência de Calor

Três princípios adicionais de transferência de calor afetam o projeto e a operação das unidades Thermo King - Radiação , Condução e Convecção.

Radiação

A radiação é um método de transferência de energia calorífica. A energia radiante viaja através de espaços vazios. A energia solar é um exemplo. A energia proveniente do sol atravessa 150 milhões de kilometros do espaço antes de atingir nossa atmosfera. Ela não aquece a vastidão do espaço sideral; ela se torna energia calorífica somente quando absorvida por um objeto. Mesmo quando pintados de branco para ajudar a refletir a energia radiante do sol, caminhões, carretas e contêineres refrigerados absorvem energia calorífica indesejada do sol.

Condução

A condução ocorre quando a energia calorífica se move através de um objeto sólido, através de um fluído, ou quando se move de uma substância para outra em contato direto. Em nosso exemplo anterior, a energia calorífica foi conduzida diretamente da mão aquecida para o cubo de gelo

Se uma colher "aquecida" é colocada em água gelada, a energia calorífica será rapidamente conduzida da colher para a água ao seu redor (quente para frio). Se uma colher "gelada" é colocada em água quente, a energia calorífica será rapidamente conduzida da água para a colher (quente para frio).

O principio da condução move a energia calorífica do sol através do teto e paredes de um caminhão ou uma carreta refrigerada. Embora o isolamento seja utilizado em paredes e teto para reduzir a condução de calor, um pouco de calor passa para o compartimento refrigerado. O capítulo três ajudará na compreensão de como a unidade Thermo King utiliza o princípio da condução para mover calor indesejado do interior para o exterior do baú refrigerado.

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Fundamentos da Refrigeração

Convecção

A convecção é o movimento do calor dentro de um fluído em movimento. O fluído pode ser um líquido (como a água) ou um gás (como o ar). Por exemplo, em sistemas de arrefecimento de motores, a convecção contribui para que o liquido de arrefecimento flua entre o motor e o radiador.

Uma bomba, um ventilador ou um soprador são muitas vezes utilizados para aumentar o movimento do fluído. As unidades Thermo King incluem poderosos ventiladores para forçar o movimento do ar através do compartimento de temperatura controlada.

O Calor se Tranfere Através da Radiação, Condução e Convecção Transferência de Calor e Projeto do Equipamento

Os fabricantes de compartimentos de temperatura controlada sabem como lidar com a condução, radiação e convecção. Cores refletivas são muitas vezes utilizadas para minimizar a absorção da energia de radiação solar. isolamento de qualidade é usado para reduzir a transferência de calor (condução) através das paredes, piso e teto. As vedações das portas são cuidadosamente projetadas para manter o ar quente e úmido fora do baú. E fabricantes de ônibus (carroceria)instalam janelas pintadas para reduzir a absorção do calor do sol pelo interiore dos compartimento dos passageiros.

Todos esses esforços não podem superar totalmente um princípio fundamental de transferência de calor - a energia calorífica sempre se move da área mais quente para a área mais fria. Um pouco da energia calorífica sempre conseguirá se mover do exterior aquecido para o interior resfriado de um compartimento refrigerado.

Uma Unidade Thermo King Transfere o Calor Indesejado Para o Exterior.

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Fundamentos da Refrigeração

Medição do Calor

A medição do calor faz parte do nosso dia-a-dia. Quando alguém diz, "Hoje está muito quente", você entende o que a isso significa. Mas as palavras "calor" e "frio" são relativas - seu significado é definido pelo tópico em questão.Por exemplo, uma carga quente de alface pode estar em uma temperatura de 18°C, mas uma carga quente de sorvete está em -18°C (O sorvete normalmente é transportado em temperaturas de - 29 C).Algumas pessoas poderiam considerar o compartimento dos passageiros de um ônibus quente quando se encontra em uma temperatura de 24°C e frio quando se encontra em uma temperatura de 18 °C.

Intensidade do Calor

Um termômetro em graus Fahrenheit ou graus Celsius é normalmente utilizando para medir e mostrar a intensidade de calor. Se um objeto contém uma grande quantidade de energia calorífica, a temperatura é alta. Se um objeto contém pouca energia calorífica, a sua temperaturaé baixa. As fórmulas abaixo mostram como fazer a conversão entre as duas unidades de temperatura.

[°C x 1.8]+ 32 = °F [°F - 32] ÷ 1.8 = °C

Quantidade do Calor

Um termômetro só pode indicar a intensidade do calor - não pode indicar a quantidade de calor. A chama de uma vela e uma fogueira de acampamento podem ter a mesma temperatura (intensidade), mas a fogueira de acampamento contém muito mais energia calorífica. A quantidade de energia calorífica é normalmente medida com uma unidade conhecida como Unidade Térmica Britânica (BTU) ou o equivalente métrico, caloria-grama. Um Btu é a quantidade de calor necessário para aumentar a temperatura de uma libra de água em um grau Fahrenheit.Uma caloria-grama é a quantidade de calor necessário para aumentar a temperatura de um grama de água em um grau Celsius.

A energia calorífica de um fósforo de papel é de aproximadamente 1Btu (0,252 calorias-grama).

A ilustração mostra como a temperatura de uma libra de água é elevada de 70°F para 71°F quando um único Btu é adicionado.

Um BTU é a quantidade de calor necessaria para elevar a temperatura de uma libra de água

em um grau Fahrenheit.

Essas fórmulas fazem a conversão entre o sistema Inglês e as outras unidades de medida de calor.

____Watts x 3.409 = ____BTUs por hora

____ BTUs x 0.252 = ____quilocalorias (kcal)

____ BTUs ÷ 3.409 = ____Watts

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Fundamentos da Refrigeração Capacidade de Refrigeração

A capacidade de refrigeração de uma unidade Thermo King é medida em BTUs por hora (BTU/hr) ou em Watts. Essa é uma medida da capacidade da unidade, por hora de operação, para transferir BTUs (ou Watts) do interior para o exterior de um compartimento. Por exemplo, uma unidade de refrigeração pode ser classificada em 10.000 BTU´s por hora. Em uma hora, ela pode mover 10.000 BTU´s do interior do baú para o exterior. Se o baú contiver 10.000 libras de água, a temperatura da água pode ser reduzida em um grau Fahrenheit em uma hora. (Lembre-se, um Btu é a quantidade de calor necessária para mudar a temperatura de uma libra de água em um grau Fahrenheit).

Capacidade da Unidade:----------------------------------------------------- 10.000 Btu's / hr Carga: -------------------------------------------------------------------------- 10.000 libras de água Btus necessários para mudar a temp. da carga em um grau F: -------- 10.000 Btus Cálculo: --------------------------------------------------------------------------------- 10.000 Btu's÷ capacidade da unidade de 10.000 Btu/hr = 1 hr

Para reduzir a temperatura da água em 10°F, (-12,8°C), a unidade deve ser operada durante dez horas. (Esse cenário assume que nenhum calor extra seja adicionado à água através das paredes, piso e teto do baú!)

Tipo Modelo BTU/hr @ 2 C Baú BTU/hr @ -18°C Baú BTU/hr @ -29°C Baú

Magnum Whisper

Unidade de Carreta 46,000 38,500 30,000

SB-III SR+ Unidade de Carreta 46,000 32,000 21,000

Super II SR+ Unidade de Carreta 43,500 27,000 16,000

TS-500 Un. Caminhão Acion. Aut. 25,000 18,000 12,000

TS-300 Un. Caminhão Acion. Aut. 22,600 12,500 7,500

TS-200 Un. Caminhão Acion. Aut. 15,750 11,000 6,750

CB Max Un. Caminhão Acion. Vec . 12,000 8,000 4,000

V-280 Un. Caminhão Acion. Vec 9,300 5,000 ⎯

V-090 Un. Caminhão Acion. Vec 6,500 3,000 ⎯

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Fundamentos da Refrigeração

Calor Específico Você aprendeu que uma libra de água exige uma quantidade bastante específica de calor (1 BTU) para mudar a temperatura em um grau Fahrenheit. É importante saber que a água não muda de temperatura de forma tão fácil quanto outras substâncias. Em outras palavras, comparadas à água, a maioria das substâncias exige menos calor para que ocorra a mudança de temperatura.

Para comparar a capacidade de diversas substâncias de mudar de temperatura, as substâncias receberam um valor numérico determinado para que sejam comparadas à água. Esse valor é chamado de calor específico. A água é o padrão - o calor específico da água é 1,0. A tabela abaixo fornece o valor do calor específico de diversos alimentos comuns. Observe que o calor específico do bacon é 0,5. Isso significa que o bacon absorve (ou libera) energia calorífica duas vezes mais facilmente do que a água. O calor específico da manteiga é 0,33 - ela muda de temperatura três vezes mais facilmente do que a água.

Produto Calor EspecíficoAcima do Congel.

BTU/libra/°F Água 1,.00 Melancia 0,.97 Alface, iceberg 0,.96 Morangos 0,.93 Leite 0,.92 Cenouras 0,.90 Bife (fresco) 0,75 Queijo, cheddar 0.62 Bacon 0,.50 Leite Achocolatado 0,41 Manteiga 0,33

O valor de calor específico de uma carga de perecíveis afeta a quantidade de tempo necessária para alterar a temperatura do produto. Utilizando novamente nosso exemplo, uma carga de 10.000 libras de água pode ser resfriada em um 1° F em uma hora por uma unidade classificada em 10.000 BTU/hr. A mesma unidade resfriará 10.000 libras de cenouras 10% mais rápido (0,9 horas) porque o calor específico da cenoura é de 0,9. Cenouras mudam sua temperatura 10% mais rápido do que a água. A fórmula para computar o tempo necessário para mudar a temperatura da carga pode ser escrita da seguinte forma:

CALOR ESPECÍFICO x PESO x MUDANÇA EM GRAUS = HORAS NECESSÁRIAS PARA A MUDANÇA DA CAPACIDADE DA UNIDADE

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Fundamentos da Refrigeração

Calor de Respiração

Melões, morangos e outros produtos frescos geram energia calorífica conforme amadurecem calor de respiração. O calor de respiração é calculado em BTUs por hora por tonelada. O gráfico abaixo mostra alguns exemplos comuns.

Por exemplo, uma tonelada (2000 libras) de morangos, em temperaturas de 32°F (0°C), produz 113-158 BTUs por hora. na temperatura de 40°F (4,4°C), os morangos produzem 150-283 BTUs por hora. Na temperatura de 60°F (15,6°C), os mesmos morangos produzem até 846 BTUs por hora! O calor adicional estenderá o tempo necessário para reduzir a temperatura do produto. Pode levar diversos dias para reduzir a temperatura desses morangos até a temperatura de armazenamento recomendada. Infelizmente, os morangos estariam estragados de forma a se tornarem irreconhecíveis antes de atingirem a temperatura recomendada.

Produto Calor de Respiração

BTU/hr/Ton

Asparagos 488-963 @ 40°F

Cenouras 146 @ 40°F

Alface 113 @ 40°F

Melões (Cantaloupe) 83 @ 40°F

Morangos 150-283 @ 40°F

Produtos sensíveis à temperatura devem estar na temperatura recomendada para armazenamento quando forem carregados. As unidades de refrigeração par transporte foram projetas

principalmente para manter a temperatura do produto, não para reduzí-la.

O apêndice deste manual contém uma tabela listando o conteúdo de umidade, ponto inicial de congelamento e taxas de calor específico dos alimentos.

Calor de Respiração?

O calor que os passageiros de um ônibus dificilmente pode ser comparado a uma carga de morangos. No entanto, como os morangos, cada passageiro emite calor cerca de 580 BTUs por hora. Adicione, ao calor de cada passageiro, o calor que entra quando as portas são abertas e os passageiros entram e saem. Agora, adicione o calor do sol que entra através dos vidros e o calor do motor sendo conduzido através da carroceria do compartimento de passageiros. Agora, é fácil entender porque os requisitos de condicionamento de ar variam em até 125.000 BTUs por hora!

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Fundamentos da Refrigeração

Termos que Devem ser Lembrados Refrigeração

Ar Condicionado

Controle de Temperatura de Transportes

Zero Absoluto

Radiação

Condução

Convecção

Transferência de Calor

Intensidade do Calor

Fahrenheit

Celsius Unidade Térmica Britânica (BTU)

Calorias-grama

Watts

Capacidade de Refrigeração

Calor Específico

Calor de Respiração

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Fundamentos da Refrigeração Calor Latente e Pressão/Temperatura Nesta seção, você aprenderá como o "calor latente" e a manipulação das pressões são fundamentais para a operação do sistema.

Calor Latente No capítulo anterior, você aprendeu sobre a medição de calor. Você aprendeu que a intensidade do calor pode ser medida com um termômetro - isso é calor sensível. Há outro tipo de calor que não pode ser medido com um termômetro - o calor latente. O calor latente é o calor absorvido ou liberado quando uma substância muda de fase.

Mudanças de Fase: Sólido - Líquido - Gasoso Entender o Calor Latente é muito importante para entender o sistema de refrigeração. Para entender esse conceito vamos começar com o comportamento físcoa de algo familiar - água!

A água, como diversas outras substâncias, pode existir em três fases físicas - sólido, líquido e gasoso (vapor). Se você adicionar calor em um bloco de gelo, ele vira água. Ocorre a mudança da fase sólida para o fase líquida. Se você adicionar calor suficiente à água, ela ferve e se torna vapor. A água muda da fase líquida para gasosa (vapor).

O inverso também é verdadeiro. Se você remover calor do vapor (se for resfriado), esse vapor volta a ser água. Se você continuar a remover calor da água, ela se torna gelo.

Conforme você adiciona calor a um bloco de gelo, um termômetro indicará claramente um aumento de temperatura. O gelo eventualmente se tornará água e, se mais calor for adicionado, a água se tornará vapor. Mas, se você observar o termômetro com atenção, notará algo estranho. Embora você continue a adicionar energia calorífica, o termômetro pára de subir de temperatura durante cada mudança de fase!

Durante cada mudança de fase o calor está sendo absorvido para tornar a mudança de fase possível. Esse calor, que não pode ser medido com o termômetro, é o calor latente. Uma grande quantidade de calor é absorvido ou liberado durante a mudança de fase de uma substância.

O Calor Latente é Absorvido ou Liberado Durante a Mudança de Fase.

O Calor Latente Não Pode Ser Medido com um Termômetro.

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Fundamentos da Refrigeração

Essa ilustração o ajudará a compreender como a energia calorífica é utilizada para converter uma libra de gelo na temperatura de 0°F (-18 °C) em vapor na temperatura de 212 °F (100 °C).

1. Começaremos com um bloco de gelo, na temperatura de 0 °F (-18 °C), pesando uma libra (0,45 quilogramas).

Dezesseis BTUs de calor elevam a temperatura do gelo de 0 °F (-18 °C) para 32 °F (0 °C). Os dezesseis BTUs adicionados são chamados de calor sensível ⎯ energia calorífica que pode ser “sentida” ou medida com um termômetro e resulta em mudança de temperatura.

O gelo possui um calor específico de “0,5” BTU/lb °F. Os BTUs necessários para aumentar a temperatura em 32 °Fé 0,5 x 32 ou 16 BTUs.

2. Quando a temperatura do gelo atinge 32 °F (0 °C) , ele começa a derreter. No entanto, o aumento de temperatura pára enquanto 144 BTUs adicionais são absorvidos pelo gelo. Esse calor não pode ser sentido com um termômetro - é o calor latente. O calor latente sempre está envolvido em uma mudança de fase. Enquanto os 144 Btus de calor latente são absorvidos, o gelo vira água.

144 BTU´s de calor latente são necessários para fazer com que uma libra de gelo mude da fase sólidapara a fase líquida.

3. A Depois que o gelo vira água, continuamos a adicionar calor (BTUs) e a temperatura da água sobe. Conforme adicionamos

180 BTUs de calor sensível , a temperatura da água sobe de 32 °F (0 °C) para 212 °F (100 °C).

Lembre-se, um Btu é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de uma libra de água em um grau Fahrenheit. Aqui, temos uma libra de água sendo aquecida em 180 graus (de 32°F para 212°F). 180 BTUs de calor sensível são absorvidos.

4. Quando a temperatura da água atinge 212 °F (100 °C), ela começa a ferver. No entanto, o aumento de

temperatura pára enquanto 970 BTUs adicionais são absorvidos pela água. Da mesma forma que o calor latente foi absorvido para transformar o gelo em água, uma quantidade ainda maior de calor latente é necessária para transformar a água em vapor. 970 BTUs de calor latente são absorvidos enquanto a água vira vapor. 970 BTU´s de calor latente são necessários para fazer com que uma libra de água mude da fase líquida

para a fase gasosa. 5. Se continuarmos a adicionar calor ao vapor, ele se tornará super aquecido. Vapor superaquecido contém calor

além da quantidade necessária para mantê-lo na fase gasosa. O vapor de água superaquecido é um vapor com temperatura acima de 212°F (100°C).

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Fundamentos da Refrigeração

Calor Latente de Evaporação

A quantidade de calor necessário para realizar uma mudança da fase líquida para gasosa é o calor latente de evaporação. Na ilustração na página anterior, 970 BTUs de calor latente foram absorvidos (calor latente da evaporação) conforme o líquido se transformava em vapor.

Calor Latente de Condensação

Se revertermos o processo, se resfriarmos o vapor até que se torne água, grandes quantidades de calor são liberadas . Da mesma forma que 970 BTUs foram absorvidos para mudar a fase de líquida para gasosa, 970 BTUs são liberados conforme o vapor é resfriado e retorna para o estado líquido. A energia calorífica liberada quando o vapor se torna líquido é o calor latente de condensação.

. Toda mudança de fase absorve ou libera grandes quantidades de energia calorífica.

Todas as unidades de refrigeração utilizam esses dois princípios para mover o calor de um lugar para outro. O calor latente da evaporação é utilizado para absorver grandes quantidades de calor dentro do baú. O calor latente da condensação é utilizado para liberar grandes quantidades de calor fora do baú. O evaporador absorve calor. O condensador libera calor.

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Fundamentos da Refrigeração

A Relação de Pressão/Temperatura A Pressão Afeta o Ponto de Ebulição dos Líquidos

No nível do mar, a água em um recipiente aberto entra em ebulição na temperatura de 212°F (100°C). Se você aumentar a fonte de calor, a água ferverá de forma mais violenta, mas a temperatura da água nunca subirá a mais de 212°F (100°C). Isso corre porque a água em ebulição libera calor com o vapor resultante.

.

No nível do mar, a água em um recipiente aberto entra em ebulição na temperatura de 212°F (100°C).

No entanto, a temperatura da água em um recipiente fechado pode subir acima de 212°F (100°C). O vapor preso faz pressão sobre a superfície da água. O aumento de pressão na superfície eleva o ponto de ebulição do líquido - a água deve subir a mais de 212°F (100°C) antes que possa ferver e liberar o excesso de energia calorífica.

CUIDADO! Líquidos em ebulição em um recipiente fechado podem fazer com que o recipiente exploda,

causando sérios ferimentos ou morte! Elevando o Ponto de Ebulição

A elevação do ponto de ebulição de um líquido através do aumento da pressão de um recipiente é uma prática comum. Os automóveis utilizam uma tampa especial no radiador que permite que a pressão no sistema de refrigeração aumente, ao mesmo tempo em que evita que a pressão alcance valores excessivos. A elevação da pressão do sistema (e do ponto de ebulição) é necessária porque os sistemas de refrigeração dos automóveis muitas vezes operam em temperaturas de 230°F (110°C). A água não-pressurizada entraria violentamente em ebulição, espirraria para fora do radiador e o motor ficaria superaquecido. A simples manutenção da pressão do sistema de refrigeração em 10 psi eleva o ponto de ebulição para 240°F (115°C).(A adição de uma solução anti-congelante elevará ainda mais o ponto de ebulição.).

O aumento da pressão sobre um líquido aumenta seu ponto de ebulição.

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Fundamentos de Refrigeração Reduzindo o Ponto de Ebulição

Se o aumento da pressão aumenta o ponto de ebulição, podemos concluir que a redução da pressão reduzirá o ponto de ebulição. No nível do mar, a atmosfera da terra exerce pressão em todos os objetos com uma força de 14,7 libras por polegada quadrada (101,3 kPa). Nessa pressão, o ponto de ebulição da água é de 212°F (100°C). Conforme você se sobe na atmosfera terrestre (quando está escalando uma montanha, por exemplo) a pressão é reduzida. Na altitude de 5000 pés (1524 metros), a pressão atmosférica é de apenas 12,3 psi e o ponto de ebulição cai para 203°F (95,1°C). A cada 550 pés (167 metros) acima do nível do mar, o ponto de ebulição da água é reduzido em aproximadamente 1°F (0,5 °C).

.

A redução da pressão de um líquido reduz seu ponto de ebulição.

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Page 35: Sistemas de Controle de Regrigeração

Fundamentos da Refrigeração

Resumo: Fundamentos da Refrigeração

Este capítulo apresentou os principais fundamentos da refrigeração usados na operação de todos os sistemas de refrigeração. Os principais fundamentos são:

O Calor Pode Ser Movido

• Todos os sistemas de refrigeração movimentam o calor O Calor Pode Ser Movido Através da Condução, Convecção e Radiação

• Os sistemas de controle de temperatura para transporte envolvem todos os três tipos de transferência de calor Uma Mudança de Fase Libera ou Absorve Energia Calorífica

• Todos os sistemas de refrigeração usam repetidamente esse princípio para absorver ou liberar calor Calor Latente de Condensação • Este princípio é aplicado na seção do condensador de todos os sistemas de refrigeração para liberar grandes

quantidades de energia calorífica. Calor Latente de Evaporação • Este princípio é aplicado na seção do evaporador de todos os sistemas de refrigeração para absorver grandes

quantidades de energia calorífica. O Ponto de Ebulição É Controlado Pela Pressão • Os sistemas de refrigeração manipulam o ponto de ebulição do refrigerante para forçar a absorção de calor em

uma área e a liberação de calor em outra área.

O próximo capítulo explicará como cada um desses princípios é aplicado em um sistema de refrigeração com quatro componentes simples.

Termos que Devem ser Lembrados

Calor Latente

Três Estados Físicos (Sólido, Líquido, Gasoso)

Calor Latente de Evaporação

Calor Latente de Condensação

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Page 36: Sistemas de Controle de Regrigeração

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O Sistema de Quatro Componentes

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O Sistema de Quatro Componentes

Esta seção irá ajudá-lo a entender os quatro componentes básicos de qualquer sistema de refrigeração padrão e como, juntos, funcionam para absorver o calor em um local e liberá-lo em outro. O sistema de refrigeração básico possui quatro componentes: 1) compressor 2) condensador 3) evaporador 4) dispositivo de controle de pressão (válvula de expansão).

O Quinto Componente Antes de explicar cada um dos componentes do sistema quádruplo, é importante saber que há um importante componente em todo sistema de refrigeração - o refrigerante! O refrigerante é o 'sangue" que flui através do sistema. Ele é responsável pela absorção de calor do interior do baú e sua liberação no ambiente externo. Seu conhecimento sobre calor latente e pontos de ebulição (do capítulo 2) é essencial para sua compreensão de como o refrigerante opera no sistema.

Há diversos tipos de refrigerantes usados na refrigeração para transporte. Cada tipo possui características únicas, mas todos desempenham a mesma função no sistema de refrigeração - o refrigerante é o veículo que absorve, transporta e libera a energia calorífica! Os tipos e características dos refrigerantes serão explicados em detalhes mais adiante.

O refrigerante é o veículo que absorve, transporta e libera a energia calorífica.

Page 37: Sistemas de Controle de Regrigeração

O Sistema de Quatro Componentes O Compressor O compressor executa duas funções importantes: 1. Move o refrigerante através do sistema para transportar a energia

calorífica. 2. Cria alta pressão em um lado do sistema de refrigeração e baixa

pressão do outro. Essas duas pressões fazem com que o refrigerante entre em ebulição no evaporador e condense no condensador.

O compressor Thermo King é um componente de altíssima pressão capaz de estabelecer pressões normais no sistema de refrigeração acima de 350 psig (2.413 kPa). Essa pressão altíssima resulta em temperatura altíssima.

O vapor quente (mostrado em vermelho) segue do compressor para o condensador. O vapor do refrigerante que passa através do condensador está normalmente 15 graus ou mais acima da temperatura ambiente. Como o vapor do refrigerante é muito quente, a energia calorífica naturalmente se move para o ar ambiente, mais frio (lembre-se, do mais quente para mais frio !). Mesmo que a temperatura ambiente seja 100°F (38°C), o calor instantaneamente se transfere do vapor quente do refrigerante para o ar externo mais frio. Se o compressor estiver muito quente e não for capaz de desenvolver alta pressão (alta temperatura), ocorrerá pouca transferência de calor entre o condensador e o ar ambiente. Alta pressão é importante para uma boa transferência de calor do condensador para o ar ambiente.

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Page 38: Sistemas de Controle de Regrigeração

O Sistema de Quatro Componentes

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O Condensador O condensador é similar ao radiador de um automóvel. O radiador do automóvel transfere calor do líquido de arrefecimento do motor para o ar ambiente, isso mantém o motor refrigerado. Em um sistema de refrigeração, o condensador libera calor para o ar externo. O condensador sempre se encontra no lado externo do compartimento refrigerado. O funcionamento do condensador se baseia em dois princípios fundamentais da transferência de calor. • A energia calorífica sempre se move da área mais quente para a área

mais fria. • A transferência calor ocorre mais rapidamente quando há uma grande

diferença de temperatura. O condensador consiste de tubos de cobre que contém o refrigerante aquecido e centenas de aletas usadas para transferir o calor dos tubos de cobre para o ar ambiente que passa através das aletas. Essas aletas estão firmemente conectadas aos tubos de cobre para proporcionar excelente transferência de calor. As aletas formam uma grande superfície para exposição máxima do calor ao ar ambiente. São utilizadas aletas de cobre ou alumínio, pois esses materiais são bons condutores de calor.O condensador (muitas vezes chamado de serpentina do condensador) é um componente de transferência de calor muito eficiente.

Conforme o vapor de refrigerante aquecido passa através do condensador, ele perde calor o suficiente para mudar dafase gasosa para a fase líquida. No capítulo 2 você aprendeu que uma grande quantidade de energia é liberada conformeo vapor é muda para a fase líquida (calor latente). O condensador faz bom uso do princípio de Calor de Condensação. O ponto de ebulição do refrigerante no condensador deve sempre estar acima da temperatura ambiente, de forma que o ar ambiente "resfriado" faça com que o vapor do refrigerante seja condensado. Se o vapor do refrigerante não for condensado, apenas uma pequena quantidade de calor será transferida para o ar ambiente (calor sensível).

O vapor do refrigerante é condensado no condensador. O calor latente de condensação é vital para a eficiência do sistema.

Page 39: Sistemas de Controle de Regrigeração

O Sistema de Quatro Componentes

A Válvula de Expansão

Depois de passar pelo condensador, o refrigerante líquido de alta pressão vai para a válvula de expansão. A válvula de expansão restringe e controla o fluxo de refrigerante líquido para o evaporador. Essa restrição ajuda a manter a alta pressão no condensador para manter ponto de ebulição/condensação alto (acima da temperatura ambiente) Essa restrição também permite que uma baixa pressão seja desenvolvida no lado de saída da válvula de expansão. A baixa pressão reduz a temperatura de ebulição do refrigerante (ponto de ebulição no evaporador depende da pressão). O ponto de ebulição do refrigerante no evaporador pode ser reduzido de forma que esse refrigerante no evaporador entre em ebulição em temperaturas abaixo de -20°F (-29°C).

O conjunto da válvula de expansão responde constantemente às alterações na temperatura e pressão de saída do evaporador para medir com precisão a quantidade correta de refrigerante que passa pela serpentina do evaporador. O excesso de refrigerante irá "inundar" o evaporador. Isso reduzirá ou eliminará o importante efeito de ebulição que deve ocorrer para uma operação eficiente. Esse problema também pode danificar o compressor. Uma quantidade pequena de refrigerante não fornecerá o volume de refrigerante em movimento necessário para absorver grandes quantidades de calor do compartimento refrigerado. Uma explicação mais detalhada sobre a válvula de expansão está incluída no apêndice deste manual.

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Page 40: Sistemas de Controle de Regrigeração

O Sistema de Quatro Componentes O Evaporador Como o condensador, o evaporador consiste em tubos de cobre e centenas de aletas que transferem o calor de forma bastante eficiente. Enquanto o condensador libera calor para o ar externo, o evaporador absorve calor do compartimento refrigerado. O evaporador sempre se encontra dentro do compartimento refrigerado.

Como o condensador, o funcionamento do evaporador se baseia nos mesmos dois princípios fundamentais de transferência de calor: • A energia calorífica sempre se move da área mais quente

para a área mais fria. • A transferência de energia calorífica ocorre mais

rapidamente quando há uma grande diferença de temperatura.

Conforme a pressão cai, o refrigerante líquido que passa através do evaporador, absorve o calor do compartimento refrigerado e começa a ferver. Mesmo que a temperatura do evaporador esteja bem abaixo de zero grau o refrigerante entra em ebulição e tira total proveito dos princípios discutidos no capítulo 3:

- Calor Latente de Evaporação.conforme o refrigerante entra em ebulição. A superfície do evaporador está normalmente 7 graus mais fria do que o ar do baú que passa através dele. (Em sistemas de ar condicionado de ônibus, a temperatura do evaporador é mantida em aproximadamente 35 °F (2 °C.). A pressão do evaporador e o ponto de ebulição do refrigerante deve estar abaixo da temperatura do ar que passa através do evaporador. (Essas condições são opostas às condições exigidas pelo condensador.)

O refrigerante líquido evapora no evaporador. O calor latente de evaporação é vital para a eficiência do sistema.

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Page 41: Sistemas de Controle de Regrigeração

O Sistema de Quatro Componentes

Lado de Baixa / Lado de Alta A válvula de expansão e o compressor dividem o sistema de refrigeração em dois lados - o lado de alta e o lado de baixa. O "lado de alta" é a parte de alta pressão do sistema entre a descarga do compressor e a entrada da válvula de expansão. O “lado de baixa” é a parte de baixa pressão do sistema entre a saída da válvula de expansão e a entrada do compressor.

A tabela abaixo inclui uma variedade de termos relacionados aos lados de baixa e alta pressão.

Lado de Baixa Lado de Alta

• Lado de sucção • Lado de descarga • Lado do evaporador • Lado do condensador • Pressão de sucção • Pressão do cabeçote

(descarga) Um técnico de refrigeração experiente utiliza um manômetro para medir as pressões nos lados de baixa e alta. As pressões do sistema oferecem pistas importantes para defeitos na unidade.

Na próxima seção, examinaremos o quinto componente - o refrigerante!

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Page 42: Sistemas de Controle de Regrigeração

O Sistema de Quatro Componentes

3-8

Termos que Devem ser Lembrados

Refrigerante

Compressor

Condensador

Válvula de Expansão

Evaporador

Lado de Baixa Pressão

Lado de Alta Pressão

Lado de Sucção

Lado de Descarga

Pressão de Descarga

Pressão do Cabeçote

Page 43: Sistemas de Controle de Regrigeração

4 Refrigerantes, Pressões e Lubrificantes

4-1

Refrigerantes Com nossa explicação anterior sobre os princípios de transferência de calor,você aprendeu que grandes quantidades de calor são absorvidas conforme a água entra em ebulição e se transforma em vapor. Esse mesmo conceito se aplica aos refrigerantes quando mudam da fase líquida para fase gasosa - no entanto, a maioria dos refrigerantes entra em ebulição em temperaturas bem abaixo de 0°F (-18°C).

Existem muitos nomes e tipos de refrigerantes. Muitas pessoas simplesmente os chamam de Freon. No entanto, o Freon é na verdade um nome registrado da Dupont Chemical Corporation e não se aplica a todos os refrigerantes. É mais correto e mais específico chamar os refrigerantes por seus nomes exclusivos. Em unidades modernas de controle de temperatura para transporte, o R134a e R404A são os refrigerantes mais comuns. Cada refrigerante possui uma cor exclusiva (para cilindros de refrigerante codificados por cores) e cada um possui características únicas.

Ponto de Ebulição dos Refrigerantes Uma característica importante de cada refrigerante é o ponto de ebulição. Como você sabe, o ponto de ebulição de diversas substâncias é afetado pela pressão. O quadro abaixo mostra os pontos de ebulição dos refrigerantes mais comuns sob a pressão de uma atmosfera (pressão atmosférica no nível do mar.) Refrigerantes com pontos de ebulição muito baixos são capazes de realizar refrigerações até temperaturas extremamente baixas. No quadro abaixo, é possível ver porque o R404A é a melhor opção para aplicações de super congelados. O R404A entra em ebulição (e absorve uma grande quantidade de calor) a -50 °F (-45,5 °C). O R134a entra em ebulição a -15 °F (-26 °C)e é normalmente usado nos sistemas de condicionamento de ar em que temperaturas muito frias não são necessárias.

Pontos de Ebulição de Refrigerantes Comuns (em pressão de Uma Atmosfera)

TIPO PONTO DE EBULIÇÃO

COR DO CONTÊINER

R134a -15,7°F (-26,5°C) Azul Claro

R12 -21°F (-29,4°C) Branco

R502 -49°F (-45°C) Roxo

R404A -50°F (-45,5°C) Laranja

Refrigerantes e o Meio-Ambiente Durante muitos anos, a indústria de refrigeração de transporte se baseou no refrigerante R12. Esse refrigerante oferecia bom desempenho de refrigeração até temperaturas baixas como -20 °F (-29°C). No entanto, o R12 contém cloro e não é mais fabricado.

Nos anos 80 descobriu-se que o cloro agride a atmosfera terrestre. A Thermo King imediatamente lançou uma mobilização no sentido de utilizar refrigerantes sem cloro. Para as unidades de caminhão e carreta, a Thermo King selecionou o R502 como um refrigerante de transição até que refrigerantes sem cloro confiáveis surgissem no mercado. Hoje, os produtos Thermo King usam refrigerantes sem cloro conhecidos com n as HFCs. O R404A é

Page 44: Sistemas de Controle de Regrigeração

Refrigerantes, Pressões e Lubrificantes atualmente recomendado para controle de temperaturas até -20°F (-29°C), enquanto o R134a é recomendado para aplicações abaixo de 0°F (-18 °C). Ponto de Saturação

Se o R134a for colocado em um cilindro aberto, ele instantaneamente absorverá calor da área seu redor e evaporará violentamente*. Isso ocorre porque a temperatura ambiente é “quente”, se comparada ao ponto de ebulição do refrigerante. O ponto de ebulição do R134a é -15°F (-26°C) quando aberto par a atmosfera e em temperatura ambiente (70°F / 21°C), entrará em ebulição violetamente.

No entanto, se o cilindro for fechado, o refrigerante líquido só entrará em ebulição até que a pressão do vapor acima do líquido atinja o ponto de saturação. O ponto de saturação é uma combinação de pressão e temperatura que permite que o líquido e o vapor coexistam em um estado de equilíbrio. O ponto de saturação (ponto de ebulição) da água na pressão ao nível do mar é de 212°F (1000°C). Anteriormente, você aprendeu que o ponto de ebulição (ponto de saturação) é afetado pela pressão - a redução da pressão reduz o ponto de ebulição e vice-versa.

Um gráfico da pressão x temperatura nos mostra o ponto de saturação de diversos refrigerantes em diversas temperaturas e pressões. Os profissionais da área de refrigeração chamam isso de gráfico PT. (Um gráfico mais completo de pressão x temperatura está incluído no apêndice deste manual.)

De acordo com o gráfico PT abreviado na próxima página, o R134a manterá uma pressão de 70,7 psig em um um cilindro fechado na temperatura ambiente de 21,1° C. O líquido e o vapor do refrigerante se encontram em equilíbrio - eles estão no ponto de saturação.**

Se colocarmos o cilindro em um freezer e baixarmos sua temperatura para-15°F (-26°C), a pressão do cilindro cairá para estabelecer o equilíbrio de pressão-temperatura para a referida temperatura. De acordo com o gráfico de pressão x temperatura das páginas a seguir, a pressão de saturação do R134a em temperaturas de -15°F (-26°C) é de 0 psig. Se continuarmos a resfriar o cilindroaté a temperatura de -50°F (--46°C), a pressão cairá até atingir um ponto de saturação de 18,6" Hg (vácuo).Mudanças de temperatura causam mudanças de pressão.

Mudanças de temperatura causam mudanças de pressão. *Em muitos países, é crime colocar refrigerantes em cilindros abertos! A liberação de refrigerante

agride a atmosfera terrestre. *O apêndice deste manual inclui uma explicação sobre pressão e manômetros.

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Page 45: Sistemas de Controle de Regrigeração

Refrigerantes, Pressões e Lubrificantes Pressão Temperatura (Gráfico de Amostra)

Os parênteses ( ) indicam pressão negativa (vácuo)*

Graus F Graus C R-134a Pressão

- 50,0 -45,9 ( 18,6 ) 18,6” Hg (vácuo) - 40,0 -40,0 ( 14,7 ) - 30,0 -34,4 ( 9,8 ) - 20,0 -28,9 ( 3,6 ) - 15,0 -26,3 0,0 0 psig (pressão) - 10,0 -23,3 2,0 - 5,0 -20,7 4,1 0,0 -17,8 6,5 10,0 -12,2 12,0 20,0 - 6,7 18,4 30,0 - 1,1 26,1 40,0 4,4 35,0 50,0 10,0 45,4 60,0 15,6 57,4 70,0 21,1 70,7 70,7 psig (pressão) 80,0 26,7 86,7 90,0 32,2 104,3

O contrário também é verdadeiro - a mudança da pressão altera a temperatura. Conforme o refrigerante é retirado do tanque, a pressão é reduzida. Por exemplo, se a pressão do tanque for repentinamente reduzida de 10,7 psig para 0 psig, a temperatura de saturação (ponto de ebulição) será repentinamente reduzida para -15°F (-26°C). O refrigerante entrará em ebulição violentamente porque sua temperatura, ainda em 70°F (21°C), está muito longe da temperatura de saturação do refrigerante em 0 psig. Ele permanecerá em ebulição no cilindro fechado até que o aumento da pressão e a queda da temperatura atinjam um novo equilíbrio entre pressão e temperatura - um novo ponto de saturação. O gráfico de pressão x temperatura (no apêndice deste manual) fornece uma matriz das pressões e temperaturas correspondentes. Para cada temperatura, há uma pressão correspondente. Para cada pressão, há uma temperatura correspondente

A mudança da pressão altera a temperatura. A mudança da temperatura altera a pressão.

* Consulte o apêndice para obter explicações sobre pressão e manômetros.

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Page 46: Sistemas de Controle de Regrigeração

Refrigerantes, Pressões e Lubrificantes

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Libras e Libras

Ao discutir refrigerantes, o termo "libra" apresenta dois significados - uma libra de pressão e uma libra de peso. Por exemplo, um cilindro pode ter três libras de refrigerante (por peso), mas a pressão no cilindro é de 70,7 libras (psig) na temperatura de 70°F (21 °C). Conseqüentemente, se removermos uma libra de refrigerante, duas libras permanecem no cilindro. Conforme uma libra é removida, a pressão no cilindro cai e ocorre ebulição. Durante um período de tempo, a pressão se estabiliza novamente em 70,7 psig em 70 °F (21 °C).

O Gráfico de Pressão/Temperatura

Se o cilindro a 70°F de R134a apresentar uma pressão de 77,8 psig, temos um problema. De acordo com o gráfico de pressão x temperatura, a pressão deve ser de 70,7 psig. Existem duas possibilidades para explicar essa pressão maior do que a esperada: Primeiro, ar (ou algum outro refrigerante) está misturado ao R134a; segundo, o cilindro foi classificado erroneamente e contém outro refrigerante - não R134a. O ar nunca pode ser misturado com refrigerante. O ar causa sérios problemas de operação do sistema de refrigeraçãoe encurta a vida útil de seus componentes. Ao realizar serviços em unidades de refrigeração para transporte, os técnicos devem ser cuidadosos para evitar a contaminação por ar ao instalarem e removerem equipamentos de teste e serviço. Uma consulta no gráfico de pressão x temperatura abaixo revela que o R401B em uma temperatura de 70°F (21,11°C) apresenta uma pressão de 77,8 psig. O cilindro provavelmente foi erroneamente classificado como R134a. Os cilindros de refrigerantes devem ser cuidadosamente classificados e codificados em cores para evitar esse tipo de engano. O uso do tipo errado de refrigerante pode resultar em sérios problemas de operação do sistema e pode ser difícil de diagnosticar. (Você encontrará um gráfico de pressão x temperatura maior e mais completo no apêndice deste manual.) Pressão Temperatura (Gráfico de Amostra)

TEMP °C

TEMP °F

Branco 12

Verde 22

Azul Claro 134a

Roxo Claro 502

Marrom Amarelado 401B

(MP 66)

Marrom Claro 402A

(HP 80)

Laranja

404A (HP 62)

21.1 22,2 23,3 24,4 25,6

26,7 27,8 28,9 30,0 31,1

70°F 72 74 76 78

90 82 84 86 88

70,2 73,0 75,8 78,6 81,4

84,2 87,3 90,4 93,5 96,6

121,4 125,8 130,2 134,7 139,1

143,6 148,5 153,5 158,4 163,4

70,7 73,8 76,9 80,1 83,2

86,4 89,9 93,5 97,0 100,6

137,6 142,2 146,8 151,5 156,3

161,2 166,2 171,4 176,6 181,9

77,8 80,6 83,8 87,1 90,4

93,8 97,4 101,0 104,7 108,4

155,8 161,0 166,3 171,7 177,3

183,0 188,8 194,7 200,8 207,0

147,5 152,5 157,6 162,8 168,1

173,5 179,1 184,7 190,5 196,5

Page 47: Sistemas de Controle de Regrigeração

Refrigerantes, Pressões e Lubrificantes Óleos de Compressor Os compressores são muito parecidos com motores - eles possuem peças móveis que exigem lubrificação constante. Sem óleo, um compressor superaquece rapidamente e é destruído. Anos atrás, o óleo mineral serviu bem à industria de refrigeração. Era barato e tinha bom desempenho com o R12. No entanto, quando a Thermo King adotou o refrigerante R502, melhor para o meio-ambiente, o óleo mineral não era adequado; ele se torna muito espesso em baixas temperaturas. O óleo sintético de alquilbenzeno Thermo King foi a solução. Ele se mistura bem ao R12 e R502 e mantém uma viscosidade (espessura) favorável em todas as temperaturas operacionais. No entanto, o óleo alquilbenzeno não é compatível com refrigerantes sem cloro, como o R134a e R404A. O óleo poliolester (POE) é compatível com R134a e R404A. Para atingir os requisitos de viscosidade dos diversos tipos de compressor e aplicações, os técnicos da área de refrigeração devem selecionar com cuidado o óleo correto. A Thermo King fornece uma variedade de óleos para suprir com exatidão as necessidades dos diversos projetos de compressores e aplicações das unidades.

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Page 48: Sistemas de Controle de Regrigeração

Refrigerantes, Pressões e Lubrificantes

Você Aprendeu Bastante! Neste ponto, você já deve saber os fundamentos. No capítulo 1, você aprendeu importantes fatores de gerenciamento de risco envolvidos no transporte de produtos perecíveis. No capítulo 2, você aprendeu os princípios fundamentais da refrigeração. Nos capítulos 3 e 4, foi explicado o sistema básico de quatro componentes e foram fornecidas informações importantes sobre refrigerantes e lubrificantes.

Um Momento de Decisão! O próximo capítulo (capítulo 5) fornece explicações detalhadas sobre os componentes e operação da unidade de carreta Thermo King. Se seu principal interesse for sistemas de controle climático em ônibus ou contêineres marítimos, você pode escolher ir direto para o capítulo 8 (Contêiner Marítimo) ou o capítulo 9 (Controle Climático de Ônibus). No entanto, recomendamos que todos leiam o capítulo 5. Embora o capítulo 5 explique os componentes de uma unidade de carreta Thermo King, muitos desses componentes são utilizados nas unidades de AC de ônibus e contêiner marítimo. Os capítulos sobre sistemas de caminhões, contêineres marítimos e ônibus são bem mais curtos, já que explicam apenas componentes exclusivos esses sistemas. Capítulo 5 Componentes e Operação das Unidades de Carreta Capítulo 6 Sistemas de Caminhão Thermo King Capítulo 7 Sistemas Multi-Temperatura Capítulo 8 Componentes e Operação de Contêineres Marítimos Capítulo 9 Sistemas de Controle Climático de Ônibus

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Page 49: Sistemas de Controle de Regrigeração

5 Componentes e Operação das Unidades de Carreta

Uma unidade de carreta Thermo King deve manter de forma confiável a temperatura correta do produto, independente de extremos na temperatura externa. Para atingir essa meta, diversos componentes são incluídos nos sistema básico de quatro componentes. Este capítulo o ajudará a entender os componentes e operação de uma unidade de carreta Thermo King típica.

Por Que Tantos Componentes?

No capítulo 3, você aprendeu que o sistema de refrigeração básico necessita apenas de quatro componentes - compressor, condensador, válvula de expansão e evaporador. Mas uma unidade Thermo King real contém muito mais componentes.

Os sistemas Thermo King incluem componentes adicionais para fornecer:

• Operação eficiente em uma ampla gama de temperaturas ambiente e no baú

• Aquecimento ao transportar perecíveis em baixas temperaturas ambiente

• Operação de degelo automático quando o gelo restringe o fluxo de ar através do evaporado • Fácil manutenção do sistema

• Economia de combustível otimizada A ilustração na página a seguir fornece uma visualização dos componentes de refrigeração comuns à maioria das unidades de carreta. Na página que se segue à ilustração dos componentes há uma breve explicação da função de cada componente. O lembrete deste capítulo fornece uma explicação detalhada sobre cada componente. Começando pelo compressor, os componentes são explicados de acordo com o fluxo de refrigerante através do sistema no modo de refrigeração. Mais adiante neste capítulo, você repetirá a jornada para aprender sobre os componentes envolvidos no modo de aquecimento. Finalmente, é explicada a operação do sistema de degelo.

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Page 50: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Componentes do SB-III

1. Compressor 2. Válvula de Serviço de Descarga 3. Flexível de descarga4. Tubulação Descagrade 5. Válvula de Três Vias 6. Válvula de Retenção do Desvio

de Pressão do Condensador 7. Serpentina do Condensador 8. Válvula de Retenção do

Condensador 9. Válvula de Alívio de Alta

Pressão 10. Tanque de Liquido 11. Visor de Líquido do Tanque de

Líquido 12. Válvula de Saída do Tanque de

Líquido (RTOV) 13. Linha de Líquido 14. Filtro Secador 15. Trocador de Calor 16. Válvula de Expansão (TXV) 17. Bulbo Sensor da Válvula de

Expansão 18. Equalizador19. Distribuidor 20. Serpentina Evaporadordo 21. Linha de Sucção 22. Acumulador 23. Flexível de Sucção24. Válvula de Serviço de Sucção25. Válvula Estranguladora 26. Solenóide Piloto 27. Linha de Gás Quente 28. Aquecedor da Bandeja de Degelo 29. Válvula de Retenção do Desvio 30. Válvula de Serviço de Desvio31. Válvula Moduladora 32. Válvula de Desvio de Gás Quente

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Page 51: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Funções do Componente

(os números dos ítens correspondem aos números dos itens na página precedente.)

1. Move o refrigerante e aumenta a temperatura e pressão do gás refrigerante. 2. Usado para isolar e fazer a manutenção do lado de descarga do compressor. 3. Reduz a transferência de vibração e fornece flexibilidade à tubulação de descarga. 4. Carrega o refrigerante do compressor para a válvula de 3 vias. 5. Direciona o fluxo de refrigerante para o evaporador ou para o condensador. 6. Diminui o tempo de retorno da válvula de 3 vias de aquecimento para refrigeração.7. Permite a condensação do refrigerante através da transferência do calor para ar ambiente que flui através de

suas aletas e serpentinas. 8. Pára o fluxo de refrigerante do tanque de líquido durante o aquecimento e degelo. 9. Alivia o sistema das altíssimas pressões do refrigerante em caso de alguma falha. 10. Coleta o refrigerante que foi armazenado e é usado para armazenar refrigerante durante reparos no lado de

baixa pressão. 11. Permite a inspeção visual do nível de refrigerante da unidade. 12. Permite que o refrigerante flua do tanque de líquido e é usado para manutenção no lado de baixa. 13. Carrega o refrigerante do tanque de líquido para o evaporador. 14. Age como um filtro e absorve umidade do refrigerante. 15. Transfere calor da linha de líquido em alta pressão para o vapor de sucção em baixa temperatura. 16. Controla a quantidade de refrigerante líquido que vai para o evaporador no modo de refrigeração. 17. Sente a temperatura na saída do evaporador e auxilia no controle do fluxo de refrigerante. 18. Sente a pressão na saída do evaporador e auxilia no controle do fluxo de refrigerante. 19. Distribui de forma equilibrada o refrigerante para cada circuito de tubos na serpentina do evaporador. 20. Transfere o calor entre o ar do compartimento refrigerado e o refrigerante em movimento dentro de sua

serpentina. 21. Transporta o refrigerante entre o evaporador e o compressor. 22. Acumula líquido e permite a evaporação do refrigerante antes que ele entre no compressor. 23. Reduz a transferência de vibração e fornece flexibilidade à linha de sucção. 24. Usado para isolar e fazer a manutenção no lado de sucção do compressor. 25. Regula a pressão do vapor do refrigerante que entra no compressor. 26. Quando energizada, essa válvula controlada eletricamente, permite que a válvula de 3 vias mude do

refrigeração para aquecimento.27. Transporta o refrigerante da válvula de 3 vias em direção à serpentina do evaporador quando a unidade está

no modo de aquecimento ou de degelo. 28. Aquece a água do degelo para evitar o congelamento quando o evaporador está em um compartimento

congelado. 29. Impede que o refrigerante flua na linha de desvio quando a unidade está no ciclo de refrigeração. 30. Permite a verificação e manutenção da linha de desvio e da válvula de retenção do desvio 31. Aumenta a pressão e temperatura no evaporador para evitar o “congelamento" de perecíveis

frescos. 32. Permite que o gás quente de descarga equilibre a temperatura da serpentina do evaporador durante a

refrigeração modulada.

5-3

Page 52: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta O Compressor

O fluxo do refrigerante através do sistema começa quando o vapor deixa o compressor. O compressor executa duas funções importantes:

1. Movimenta o refrigerante através do sistema.

2. Comprime o vapor do refrigerante para criar vapor de alta pressão e alta temperatura.

Operação do Compressor

Aqui temos ilustrado um compressor Thermo King de quatro cilindros. A visão em corte mostra um cilindro. O vapor do refrigerante passa através da válvula estranguladora e entra no cárter do compressor.

Quando o pistão move o cilindro para baixo, o vapor do refrigerante é forçado através das aberturas para a câmara acima do pistão. Quando pistão sobe, o vapor do refrigerante é comprimido em uma proporção de 50 para 1. O vapor do refrigerante altamente comprimido passa então através da placa da válvula de descarga e entra no coletor de descarga. Essa placa da válvula de descarga é uma válvula simples que impede que o vapor altamente comprimido retorne para a área do cilindro conforme o pistão se move para baixo para outra carga de refrigerante.

5-4

Page 53: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Válvulas de Serviço de Descarga e Sucção

As válvulas de serviço de descarga e sucção estão localizadas no topo do compressor.

Um técnico qualificado conecta um conjunto de manômetros nas válvulas de serviço para ler as pressões do sistema, adicionar refrigerante e realizar verificações de diagnóstico.

Como a vedação da haste da válvula normalmente vaza uma pequena quantidade de refrigerante, é necessário utilizar uma tampa protetora firmemente vedada quando a unidade está em serviço.

Nota: Ao longo desta explicação dos componentes e fluxo do refrigerante, variações de vermelho e azul serão utilizadas para designar a pressão do refrigerante e seu estado físico.

5-5

Page 54: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Amortecedores de Vibração

Os amortecedores de vibração são conexões flexíveis usadas nas linhas de refrigerante conectadas ao compressor. Eles absorvem os movimentos e vibrações do motor que, de outra forma, seriam transmitidas para a tubulação de cobre. As tubulações de refrigerante sujeitas a vibrações constantes funcionarão de forma rígida e racharão. Tubulações com rachaduras resultam em perda de refrigerante e, possivelmente, danos extensivos ao sistema.

Os amortecedores de vibração de sucção, usados com os refrigerantes mais antigos, eram feitos de tecido e neoprene ou borracha. Esses materiais não são compatíveis com os novos refrigerantes. Os amortecedores de vibração de hoje são feitos de aço inoxidável e materiais sintéticos compatíveis.

5-6

Page 55: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Válvula de Três Vias (3 Vias)

A válvula de três vias Thermo King direciona o gás refrigerante vindo do compressor, para o condensador (no modo de refrigeração) ou para o evaporador (no modo de aquecimento).

A válvula de 3 vias usa uma combinação de pressão de mola e pressões internas do sistema para controlar o movimento de um êmbulo interno.

O solenóide piloto é uma válvula operada eletricamente que controla a posição da válvula de 3 vias. Quando desenergizado o solenóide piloto é fechado; uma combinação de pressão da mola e pressão de gás de descarga mantém a válvula de 3 vias na posição de Refrigeração. Quando energizado, o solenóide piloto abre. A pressão do gás de descarga é removida e a válvula de 3 vias muda para a posição de Aquecimento.

5-7

Page 56: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta O Condensador

O condensador libera calor para o ar externo.

O vapor em alta pressão e temperatura entra no condensador. A temperatura decondensação desse vapor de refrigerante em alta pressão está acima da temperatura ambiente. Conforme o refrigerante passa através do condensador, calor é trocado entreo refrigerante e o ar ambiente. Conforme ocalor é liberado do refrigerante para oar ambiente, ocorre uma mudança de fase (gasoso para líquido). Durante a mudança de fase, grandes quantidades de energia calorífica são liberadas para a atmosfera. O refrigerante líquido de alta pressão deixa o condensador.

. O calor latente é liberado do refrigerante conforme este é circulado pela serpentina do condensador.

Um poderoso ventilador no condensador força o ar externo (ambiente) através da serpentina do condensador. Mesmo que o ar externo esteja em temperaturas de 100 °F (38 °C), o calor é transferido do condensador "quente" para o ar frio. O vapor do refrigerante que atravessa o condensador normalmente se encontra 17 °Cacima da temperatura do ar ambiente. Conforme o vapor do refrigerante em alta pressão passa através do condensador, ele troca calor com o ar ambiente e se condensa para a fase líquida.

5-8

Page 57: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Válvula de Retenção do Condensador

As válvulas de retenção são usadas nos sistemas de refrigeração para permitir que o refrigerante flua em uma direção e impedir que flua na direção oposta. A válvula de retenção do condensador permite que o refrigerante flua durante o modo de refrigeração e bloqueia o fluxo de refrigerante durante o modo de aquecimento. A importância da válvula de retenção no modo de aquecimento é explicada mais adiante neste capítulo.

Dois tipos de válvulas de retenção são usadas nas unidades Thermo King - as que aceitam manutenção e as que não aceitam.

As válvulas de retenção que aceitam manutenção possuem uma tampa removível que permite a substituição da mola e da vedação. A tampa usa uma arruela selante de cobre que deve ser substituída sempre que a tampa for removida.

As válvulas de retenção em linha foram introduzidas no começo dos anos 1990 como parte do esforço contínuo para minimizar e eliminar possíveis pontos de vazamento de refrigerante. Como não possui uma tampa removível, não aceita manutenção.

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Page 58: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Tanque de Liquido

O tanque de líquido é um reservatório de refrigerante líquido. Isso inclui um visor de líquido para fornecer acesso visual para verificação da quantidade de refrigerante no sistema.

A quantidade de refrigerante necessária para operação eficiente da unidade varia com as mudanças nas temperaturas ambiente e no baú. Para garantir a quantidade adequada de refrigerante durante todas as condições de operação, é necessário haver um reservatório.

O refrigerante líquido do condensador chega ao tanque de líquido e se acumula na parte inferior. A válvula de retenção de desvio é fechada durante a operação no modo de refrigeração. O líquido em alta pressão é forçado através da válvula da saída do tanque de líquido (RTOV) para a linha de líquido.

Um visor do tanque de líquido fornece uma rápida visualização do nível de refrigerante. A esfera deve flutuar dentro da janela do visor de líquido. Se o refrigerante não estiver visível no visor de líquido, procedimentos especiais de teste devem ser executados por um técnico qualificado antes de adicionar mais refrigerante. Em alguns modelos antigos, você pode notar dois visores de líquido. O visor de líquido superior não é mais usado nas unidades de caminhão ou carreta.

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Page 59: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Filtro Secador da Linha de Líquido

O filtro secador da linha de líquido limpa o refrigerante durante a operação da unidade. Ele remove umidade, partículas sólidas e quantidades mínimas de ácido.

O projeto e os intervalos recomendados de manutenção do filtro secador foram mudados ao longo dos anos. As primeiras unidades de R12 usavam amortecedores de vibração de tecido/neoprene que permitiam que a umidade se infiltrasse no sistema. Como conseqüência, filtros secadores de grande capacidade eram usados com um intervalo de troca recomendado de doze meses.

Graças aos novos refrigerantes, amortecedores de vibração e filtros secadores de alto desempenho, o intervalo de troca recomendado foi aumentado para vinte e quatro meses ou sempre que um serviço de refrigeração maior for realizado.

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Page 60: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Trocador de Calor

Um trocador de calor transfere energia calorífica da linha de líquido para a linha de sucção. Através da remoção do calor da linha de líquido, o refrigerante líquido é pré-resfriado antes de atingir a válvula de expansão. Isso aumenta a capacidade de refrigeração.

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Page 61: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta A Válvula de Expansão

O refrigerante líquido em alta pressão segue do trocador de calor para a válvula de expansão. A válvula de expansão controla o fluxo de refrigerante líquido para o evaporador. Essa válvula consiste em três componentes: 1) bulbo sensor; 2) cabeçote;3) corpo da válvula.

A válvula de expansão cria uma restrição ao fluxo de refrigerante para o evaporador. Essa restrição reduz a pressão do refrigerante. A redução da pressão reduz a temperatura e o ponto de ebulição do refrigerante. Um ponto de ebulição baixo é importante para o funcionamento do evaporador. O ponto de ebulição do refrigerante no evaporador deve sempre ser mais baixo do que a temperatura no baú. Lembre-se, para obter uma refrigeração eficiente, o evaporador (e o ponto de ebulição do refrigerante) está normalmente cerca de 8 °C mais frio do que a temperatura no baú.

A quantidade de refrigerante que flui através do evaporador é extremamente importante. Se o evaporador estiver inundado (muito refrigerante), o refrigerante permanecerá no estado líquido conforme atravessa o evaporador, e pouco calor será absorvido. Se o evaporador estiver com falta de refrigerante (pouco refrigerante), a pequena quantidade de refrigerante líquido será rapidamente vaporizada mas pouco calor será absorvido por essa quantidade insuficiente.

O Bulbo Sensor

O bulbo sensor é preenchido com gases que variam com o fabricante.Ele está firmemente conectado à tubulação de saída do evaporador.

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Page 62: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta

Conforme a temperatura da tubulação de saída do evaporador muda, o bulbo sensor ajusta a abertura da válvula de expansão. Em temperaturas muito baixas no baú, a tubulação de saída do evaporador fica muito fria e a pressão do bulbo sensor é baixa. Essa baixa pressão permite que a válvula de expansão fique praticamente fechada, permitindo que apenas pequenas quantidades de refrigerante líquido cheguem ao evaporador. Esse procedimento é necessário, pois o ar muito frio que passa através da serpentina do evaporador contém apenas uma pequena quantidade de calor; apenas uma pequena quantidade de refrigerante é necessária para absorver esse calor. Em altas temperaturas do baú, a temperatura de saída do evaporador é relativamente alta e a pressão do bulbo sensor é alta. Essa alta pressão permite que a válvula de expansão seja mais aberta, permitindo que uma grande quantidade de refrigerante líquido migre para o evaporador. Esse procedimento é necessário, pois o ar quenteque passa através da serpentina do evaporador contém uma grande quantidade de calor; uma grande quantidade de refrigerante é necessária para absorver esse calor.

O bulbo sensor é envolvido por um espesso isolamento térmico para protegê-lo do efeito das correntes de ar. Como o bulbo é controlado pela temperatura, o nome completo de uma válvula de expansão é válvula de expansão termostática (TXV).

A Linha Equalizadora

A linha equalizadora transporta a pressão de saída do evaporador para o cabeçote da válvula de expansão. No cabeçote, a pressão deequalização opera com a pressão da mola para fechar a válvula de expansão e reduzir o fluxo de refrigerante.

Três Forças na Válvula de Expansão

Operação da válvula de expansão é controlada por três forças diferentes:

1. A pressão do bulbo sensor (para abrir a válvula de expansão).

2. Pressão da linha equalizadora (para fechar a válvula de expansão).

3. A pressão da mola (para fechar a válvula de expansão).

Se a pressão do bulbo sensor for removida, a válvula de expansão deverá ser fechada pela pressão da mola e pela pressão da linha equalizadora. É importante que o bulbo sensor detecte com precisão a temperatura da saída do evaporador.

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Page 63: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Distribuidor

O distribuidor está localizado entre a válvula de expansão e a serpentina do evaporador. Ele possui uma entrada e diversas tubulações de saída pequenas. Conforme o refrigerante flui da válvula de expansão, o distribuidor divide o fluxo em diversas rotas através da serpentina do evaporador para obter maior eficiência. Para simplificar, a ilustração do fluxo de refrigerante normalmente mostra apenas um circuito da serpentina do evaporador.

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Page 64: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta O Evaporador

O evaporador absorve calor do compartimento de temperatura controlada. Ele está localizado na parte traseira de uma unidade Thermo King típica. Ele se estende até o interior do compartimento de temperatura controlada e absorve o calor do ar que circula através de sua serpentina.

Um poderoso ventilador do evaporador força o ar do baú através da serpentina do evaporador. Devido a baixa pressão, o ponto de ebulição do refrigerante entrando no evaporador é menor que a temperatura do ar passando nele. O ar quente faz com que o refrigerante ferva. A serpentina do evaporador é aproximadamente8 °C mais fria que o ar passando nela.

A válvula de expansão restringe o fluxo de refrigerante para o evaporador para manter uma condição de baixa pressão/baixo ponto de ebulição. Por exemplo, quando a temperatura no baú é de 0 °F (-18 °C) a pressão no evaporador é mantida em aproximadamente 21 psig. Nessa pressão, o ponto de ebulição do refrigerante R404A é de -14°F (-26°C). Sob essas condições, a temperatura do ar no baú está bem abaixo do ponto de ebulição do refrigerante. Conforme o refrigerante passa através do evaporador, ele entra em ebulição e absorve uma grande quantidade de calor latente.

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Page 65: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta

Sistema de Modulação A válvula moduladora é um opcional importante para diversos clientes que transportam produtos frescos ou perecíveis. O sistema de modulação impede o “congelamento” e desidratação dos produtos.

Congelamento Superior

Para manter uma temperatura no baú de 35 °F (2 °C), a temperatura de descarga está normalmente próxima de 25 °F (-4 °C). Esse ar de descarga frio pode congelar os perecíveis (como produtos frescos) próximos à parte frontal do compartimento. Isso se chama congelamento superior. Uma unidade equipada com um sistema de modulação pode impedir o congelamento superior mantendo a temperatura do ar de descarga apenas alguns graus abaixo da temperatura do ar de retorno.

Desidratação

Durante a operação normal, a umidade de produtos frescos e outras cargas úmidas, congelam na serpentina do evaporador. Um acúmulo de gelo restringe o fluxo de ar através do evaporador e diminui a capacidade de refrigeração da unidade. Um sistema de degelo automático é ativado quando o acúmulo é excessivo. Conforme o gelo é derretido do evaporador, a água é depositada no chão fora do compartimento refrigerado. Embora o degelo periódico é bom para a eficiência da unidade, ele remove uma umidade valiosa de produtos perecíveis. O sistema de modulação Thermo King reduz a perda de umidade (desidratação do produto), reduzindo a necessidade de operações de degelo periódicas.

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Page 66: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Válvula Moduladora

Ao contrário do solenóide padrão (totalmente aberto ou totalmente fechado), a válvula moduladora é capaz de manter-se parcialmente aberta ou fechada. A válvula moduladora é uma válvula que normalmente fica aberta. Ela pode ser fechada parcialmente através da variação da tensão pelo controlador microprocessado.

Conforme a temperatura no baú se aproxima do ponto de ajuste, a válvula moduladora começa a se fechar. O fechamento parcial da válvula aumenta a pressão no evaporador. Uma pressão maior eleva o ponto de ebulição do refrigerante no evaporador e reduz a eficiência de resfriamento do evaporador. Por exemplo, com uma temperature de baú de 35 °F (2 °C), a temperature do ar de descarga normal é de aproximadamente 25 °F (-4 °C).

Durante a modulação, a temperatura do ar de descarga é apenas um ou dois graus abaixo da temperatura do baú. A capacidade de refrigeração do evaporador é reduzida pela válvula moduladora. Entretanto, a capacidade de refrigeração permanence adequada para manter uma temperatura constante no baú enquanto elimina o congelamento superior e reduz a desidratação do produto.

Válvula Auxiliar de Gás Quente

A válvula auxiliar de gás quente é incluída no sistema de modulação para proteger o compressor. Se a válvula moduladora for totalmente fechada, nenhum refrigerante para resfriamento ou óleo de refrigeração retorna para o compressor. Essa condição poderia danificar rapidamente o compressor. Quando a válvula moduladora está quase completamente fechada, a válvula auxiliar de gás quente é aberta para elevar ainda mais a temperatura do evaporador e fornecer fluxo contínuo de refrigerante e óleo ao compressor.

O sistema de modulação só é ativado no modo de Operação Contínua com pontos de ajustes superiores ao ponto de trava (-4 °C ou -9 °C) e quando a temperatura no baú se encontra a aproximadamente 6 °C do ponto de ajuste.

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Page 67: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Acumulador

O refrigerante líquido pode danificar o compressor. O acumulador ajuda a proteger o compressor através da evaporação do refrigerante líquido. Ele também age como um reservatório temporário para a grande quantidade de refrigerante líquido e óleo provenientes do evaporador. Ao operar em temperaturas muito baixas no baú, grandes quantidades de refrigerante líquido podem se acumular na serpentina do evaporador. Quando a unidade muda para o modo de aquecimento ou de degelo, o vapor quente do refrigerante força o refrigerante líquido e o óleo da serpentina do evaporador para o tanque acumulador.

Esse tanque usa um tubo em forma de “U” ou um método similar com uma grande e elevada abertura na extremidade que permita o fluxo irrestrito de vaporpara o compressor.

O óleo e refrigerante líquidos se acumulam no fundo do tanque, no qual um orifício calibrado especial no tubo permite um retorno gradual para o compressor.

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Page 68: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Válvula Estranguladora

Unidades com compressores de quatro cilindros incluem uma válvula estranguladora montada no topo do compressor. A válvula estranguladora limita a pressão do refrigerante que entra no compressor. Muita pressão de refrigerante resulta em sobrecarga do compressor. Se não controlada, essa carga excessiva reduz a economia de combustível e pode sobrecarregar o motor elétrico das unidades equipadas com uma opção de acionamento elétrico auxiliar.

A válvula estranguladora pode ter pouco efeito sobre unidades que operam no modo de refrigeração em baixas temperaturas no baú - as pressões do refrigerante já são baixas. No entanto, durante a operação de aquecimento ou degelo, a válvula estranguladora desempenha um papel importante.

Vamos ver como ela funciona. Conforme a pressão na entrada aumenta, os foles (marrom) tendem a comprimir-se e puxar o pistão (azul) para a esquerda. Quando pistão se move par a esquerda, o fluxo de refrigerante para o compressor é reduzido. A mola (vermelha) segura o pistão à direita. Conforme a mola envelhece com o passar do tempo, o pistão pode fechar demais. Faz com que o compressor “seque” e reduz o desempenho de refrigeração e aquecimento. A válvula estranguladora pode precisar de manutenção ocasional. Esse procedimento envolve a substituição do fole, molas e vedações.

Calços (verde) são usados para realizar pequenos ajustes na pressão da mola. A válvula estranguladora deve ser ajustada para corresponder às especificações da unidade. As válvulas ajustadas muito alto reduzirão a economia de combustível e sobrecarregarão os motores elétricos. As válvulas ajustadas muito baixo reduzem a capacidade da unidade e sua eficiência operacional.

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Page 69: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta

Nas próximas páginas, nós o ajudaremos a compreender como uma unidade de carreta opera nos três modos - refrigeração, aquecimento e degelo. Cada explicação começa no compressor e segue o fluxo do refrigerante através do sistema e de volta para o compressor.

O Modo de Refrigeração

O compressor (1) recebe o vapor do refrigerante em baixa pressão da linha de sucção (21) e o comprime até uma proporção de aproximadamente 50:1. O vapor de alta pressão e alta temperatura flui através da tubulação de descarga (4), através do amortecedor de vibração de descarga (3) e para a válvula de 3 vias (5).

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Page 70: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta

Como o termostato está solicitando o modo de refrigeração, o solenóide piloto (26) não é energizado e, portanto, está fechado. O solenóide piloto fechado faz com que o êmbolo da válvula de 3 vias mude para o lado do evaporador (à esquerda destailustração). O vapor do refrigerante flui até o condensador (7). No condensador, a energia é liberada em forma de de calor latente conforme o refrigerante muda da fase gasosa para a fase líquida.

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Componentes e Operação das Unidades de Carreta

O refrigerante líquido condensado emalta pressão vai para o tanque de líquido (10). No caminho para o tanque de líquido, o refrigerante passa através da válvula de retenção do condensador (8), que desempenha um papel significativo nos modos de aquecimento e degelo. Imediatamente antes do tanque de líquido está a válvula de alívio de alta pressão (9). Essa válvula acionada por mola será aberta para permitir que o refrigerante passe se as pressões do sistema atingirem níveis perigosos. Se a quantidade adequada de refrigerante estiver sendo usada no sistema, a esfera pode flutuar no visor do tanque de líquido (11). (Se a esfera não estiver flutuando, não presuma que o nível de refrigerante está baixo. O nível real de refrigerante deve ser verificado por um técnico treinado e qualificado.)

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Componentes e Operação das Unidades de Carreta

O refrigerante líquido deixa o tanque de líquido através da válvula manual da saídado tanque (12) e viaja através da linha de líquido (13) para o filtro secador (14). O filtro secador absorve a umidade (água) do refrigerante líquido e retém pequenas partículas que possam danificar o compressor ou obstruir a válvula de expansão.

Após deixar o filtro secador, o refrigerante líquido flui pelo trocador de calor (15). No trocador de calor, o calor é transferido da linha de líquido (quente) para a linha de sucção (fria). O trocador de calor pré-resfria o refrigerante líquido antes que ele chegue à válvula de expansão.

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Page 73: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta

Após deixar o trocador de calor, o líquido em alta pressão flui até a válvula de expansão (16). A válvula de expansão restringe o fluxo de refrigerante líquido. Essa restrição reduz a pressão, temperatura e ponto de ebulição do refrigerante antes que ele entre no evaporador. O líquido frio e em baixa pressão entra no evaporador (20). Um poderoso ventilador do evaporador (não mostrado) circula continuamente o ar do baú através da serpentina do evaporador. Conforme o refrigerante passa através do evaporador, a energia calorífica se transfere para o ar de retorno do baú "aquecido" para o refrigerante "frio". Conforme o refrigerante absorve calor, entra em ebulição (vaporiza) e tira total proveito do princípio de calor latente. A válvula de expansão (16) ajusta continuamente o fluxo de refrigerante para o evaporador para manter o melhor fluxo de possivel.Conforme o vapor do refrigerante abandona o evaporador e passa através da linha de sucção, o bulbo sensor da válvula de expansão (17) monitora a temperatura na linha de sucção. Se a temperatura na linha de sucção estiver muito quente, uma pressão maior no bulbo sensor abre ligeiramente a válvula de expansão para permitir que mais refrigerante entre no evaporador. Se o bulbo sensor estiver muito frio, uma pressão menor fecha ligeiramente a válvula de expansão para passar menos refrigerante líquido para o evaporador. A válvula de expansão é constantemente ajustada para maximizar a vaporização do refrigerante no evaporador e tirar total proveito da absorção do calor latente.

A linha equalizadora (18) transmite a pressão da linha de sucção para a válvula de expansão para equilibrar a interação do bulbo sensor e da mola da válvula de expansão.

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Componentes e Operação das Unidades de Carreta

O vapor de baixa pressão que deixa o evaporador normalmente contém algum refrigerante líquido. Por essa razão, é chamado de "vapor saturado". Conforme esse vapor saturado flui através da linha de sucção, ele passa através do trocador de calor (15). O trocador de calor transfere a energia calorífica da linha de líquido (quente) para a linha de sucção (fria). Esse procedimento melhora a capacidade de refrigeração da unidade através da redução da temperatura do refrigerante líquido antes de atingir a válvula de expansão. A transferência de calor para a linha de sucção evaporao refrigerante saturado antes que ele atinja o tanque acumulador.

Muito refrigerante líquido pode danificar o compressor. O acumulador (22) ajuda a proteger o compressor vaporizando o refrigerante líquido. O acumulador também age como um reservatório temporário para a grande quantidade de refrigerante líquido e óleo provenientes do evaporador quando a unidade muda do modo de refrigeração para o modo de aquecimento.

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Componentes e Operação das Unidades de Carreta

A linha de sucção (21) contém um amortecedor de vibração "flexível" (23) para proteger a tubulação de sucção rígida da vibração constante do motor e do compressor. A válvula de serviço de sucção (24) permite que um técnico treinado e qualificado acesse o sistema para manutenção e diagnóstico. A válvula estranguladora (25) garante que a pressão do refrigerante que entra no compressor nunca exceda um nível predeterminado. Isso melhora a economia de combustível e impede a sobrecarga do motor elétrico (caso exista) Finalmente, o vapor do refrigerante entra no cárter do compressor. Do cárter, ele é levado para os cilindros do compressor e enviado para outra jornada através do sistema.

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Componentes e Operação das Unidades de Carreta

O Modo de Aquecimento

O compressor (1) recebe o vapor do refrigerante em baixa pressão da linha de sucção (21) e o comprime até uma proporção de aproximadamente 50:1. O vapor de alta pressão e alta temperatura flui através da tubulação de descarga (4), através do amortecedor de vibração de descarga (3) para a válvula de 3 vias (5). Como o termostato está solicitando o modo de aquecimento, o solenóide piloto (26) é energizado (aberto). Em seguida, o solenóide piloto faz com que o carretel da válvula de 3 vias mude para a direita, bloqueando o fluxo de refrigerante para o condensador. O vapor do refrigerante flui até a linha de gás quente (27) para o distribuidor (19).

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Page 77: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta

No distribuidor, o vapor quente é direcionado diretamente para a serpentina do evaporador (20), para aquecer o ar no baú enquanto passa através da serpentina. Do evaporador, o vaporquente flui através do trocador de calor (15). (O trocador de calor tem pouco significado no modo de aquecimento, uma vez que há pouca atividade na linha de líquido.) O tanque acumulador (22) é um componente bastante significativo no modo de aquecimento. Ele protege o compressor retendo o refrigerante líquido e o óleo do compressor antes que eles cheguem ao compressor. De onde vem o líquido? Uma grande quantidade de óleo do compressor pode se acumular na serpentina do evaporador quando a unidade opera durante longos períodos no modo de refrigeração. Assim, quando a unidade muda para o modo de aquecimento, uma súbita precipitação de vapor de refrigerante entra no evaporador frio e imediatamente se condensa para a fase líquida. Esse refrigerante líquido, junto com o óleo do compressor, flui através da linha de sucção para o acumulador. O acumulador é projetado para reter o líquido e enviá-lo de volta para o compressor em uma taxa lenta e inofensiva. Um pequeno orifício no “tubo em forma de U” do acumulador dosa com segurança o refrigerante líquido e o óleo no retorno ao compressor. Depois de sair do tanque acumulador, o vapor do refrigerante flui através da linha de sucção, do amortecedor de vibração de sucção (23), da válvula de serviço de sucção (24).A válvula estranguladora (25) reduz as altas pressões na linha de sucção que chegam ao compressor. Isso limita a carga tanto no compressor quando no motor (ou motor elétrico, quando operado na opção de acionamento elétrico auxiliar).

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Page 78: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta

O Modo de Degelo

O modo de degelo é idêntico ao modo de aquecimento, exceto pelo fato de que, durante a operação de degelo, a porta do abafador está fechada. O fechamento da porta do abafador retém o calor e faz com que ele seja circulado novamente dentro do compartimento do evaporador. O calor derrete o gelo da serpentina do evaporador e a água cai na bandeja de degelo. A bandeja de degelo direciona a água para um par de tubos de drenagem. os tubos de drenagem transportam a água resultante do degelo para fora do compartimento refrigerado e a descarregam no chão abaixo da carreta.

Com temperaturas do baú muito baixas, a água na bandeja de degelo pode congelar se não existir oaquecedor da bandeja de degelo (28 na página seguinte). Gás quente passando por esta seção da linha de refrigerante mantém a água acima de 32°F (0 °C).

A maioria das unidades não entra em modo de degelo a menos que a temperatura da serpentina do evaporador esteja abaixo de aproximadamente 45°F (7,2°C). O modo de degelo é encerrado quando a temperatura da serpentina atinge aproximadamente 55°F (12,8°C).

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Page 79: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação das Unidades de Carreta Para Aquecimento e Degelo Melhorados

Para aprimorar o desempenho de aquecimento e degelo, diversas unidades incluem um sistema que utiliza o refrigerante que, em outras situações, ficaria retido no tanque de líquido (10) e na linha de líquido (13) durante o modo de aquecimento. A cor roxa é usada na ilustração para realçar o refrigerante envolvido nesse circuito especial. Quando a válvula de 3 vias (5) muda para a posição de aquecimento, o gás quente é direcionado para a linha de gás quente (27), na qual se ramifica para chegar à válvula de retenção de desvio do tanque de líquido(29). O gás quente passa através da válvula de retenção de desvio para pressurizar o tanque de líquido (10). A válvula de retenção do condensador (8) evita o fluxo de gás quente para o interior do condensador. Com o tanque pressurizado, o refrigerante líquido é empurrado do tanque e da linha de líquido (13) para a válvula de expansão (16). Um pequeno “furo de sangria” na válvula de expansão permite que o refrigerante se mova da linha de líquido para o evaporador (20). A introdução de refrigerante adicional no “lado do evaporador” do sistema eleva a pressão e temperatura no evaporador para desempenho aprimorado de aquecimento.

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6 Componentes e Operação das Unidades de Caminhão

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Em muitos aspectos, as unidades de caminhão Thermo King são similares às unidades de carreta Thermo King. Certifique-se de ler e compreender a seção da unidade de carreta (capítulo 9) antes de ler esta seção. Essa seção o ajudará a entender como os sistemas de refrigeração das unidades de caminhão diferem das unidades de carreta Thermo King.

As unidades de caminhão Thermo King possuem duas classificações⎯acionamento pelo veículo e acionamento automático. A UNIDADE DE CAMINHÃO ACIONADA PELO VEÍCULO é um pequeno sistema de refrigeração normalmente usado em vans de entrega e carrocerias de caminhões pequenos. O compressor desse sistema é montado sob o capô e é acoplado ao motor veículo . Esses sistemas usam vapor de refrigerante em alta temperatura (gás quente) para fazer o degelo da serpentina do evaporador. Para manutenção da temperatura em condições de baixa temperatura ambiente, um sistema com aquecedor opcional de água quente está disponível para transferir o calor do motor para o compartimento de temperatura controlada (opcional).

As UNIDADES DE ACIONAMENTO AUTOMÁTICO incluem um motor a diesel. A Thermo King fornece aos cliente a opção de escolher entre uma variedade de unidades de refrigeração de caminhão de acionamento automático. Uma unidade de acionamento automático é normalmente usada em carrocerias de caminhão de médio e grande porte e é capaz de operação em refrigeração, aquecimento e degelo.

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Unidades de Refrigeração para Caminhão Thermo Unidades de Caminhão Acionadas pelo Veículo Uma unidade de caminhão acionada pelo veículo consiste em três conjuntos principais e do controle.

A SEÇÃO DO CONDENSADOR é o único conjunto visível ao público em geral. Ela normalmente é montada exatamente acima da cabina ou na parte superior do compartimento refrigerado.

A SEÇÃO DO EVAPORADOR é montada dentro do compartimento refrigerado. Mangueiras conectam o evaporador, o condensador e o compressor.

O COMPRESSOR é montado no compartimento do motor. Ele é acionado por correia através do motor do veículo. Inclui uma embreagem eletromagnéticaque é acionada pelo controlador durante o modo de refrigeração.

O CONTROLE é normalmente montado na cabina do veículo. Isso facilita que o motorista ligue e desligue a unidade, bem como regule o ponto de ajuste e monitore a operação da unidade.

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Unidades de Refrigeração para Caminhão Thermo

Componentes do V-280 (Modelo 20) ⎯ Fluxo de Refrigerante no Modo de Refrigeração

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Page 83: Sistemas de Controle de Regrigeração

Unidades de Refrigeração para Caminhão Thermo

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Unidades de Acionamento Automático Uma unidade de caminhão de acionamento automático normalmente consiste em uma unidade única e embutida, e em um controlador no interior da cabina. O motor, compressor, condensador e evaporador são montados dentro da unidade.São unidades de fácil instalação e manutenção.

Unidades de caminhão de grande porte usam o compressor Thermo King de quatro cilindros (como aquele usado nas unidades de carreta). Unidades de caminhão de acionamento automático menores usam o compressor Thermo King de dois cilindro.

Unidades de caminhão de acionamento automático de alto desempenho super silenciosas usam o compressor "scroll" Thermo King. Ele possui 87% menos peças do que o compressor alternativo. Oferece baixo ruído, alta eficiência e confiabilidade incomparável.

Page 84: Sistemas de Controle de Regrigeração

Unidades de Refrigeração para Caminhão Thermo

Componentes das Unidadse de Caminhão com Acionamento Automático

Os componentes e operação das unidades de caminhão de acionamento automático são muito similares aos das unidades de carreta. A ilustração dos componentes abaixo possui apenas três componentes diferentes da unidade de carreta - Regulador de Pressão de Sucção (13), Solenóide TherMax® (5) e a Válvula de Retenção da Saída do Tanque de Líquido (11).

1. Compressor 2. Válvula de Três Vias 3. Serpentina do Condensador 4. Solenóide Piloto 5. Solenóide Thermax™ (Aquecimento) 6. Válvula de Alívio de Alta Pressão 7. Tanque de Líquido 8. Visor de Líquido 9. Válvula de Saída do Tanque de Líquido

10. Filtro Secador11. Válvula de Retenção da Saída do Tanque de Líquido 12. Tanque Acumulador 13. Regulador da Pressão de Sucção 14. Trocador de Calor 15. Válvula de Expansão 16. Aquecedor da Bandeja 17. Serpentina do Evaporador

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Page 85: Sistemas de Controle de Regrigeração

Unidades de Refrigeração para Caminhão Thermo

Regulador de Pressão de Sucção

Uma válvula estranguladora não é usada em compressores de dois cilindros em unidades de caminhão com acionamento automático Thermo King. Ao invés disso, um regulador de pressão de sucção (13) é incluído na linha de sucção imediatamente antes do compressor. Ele desempenha a mesma função da válvula estranguladora.

Regulador de Pressão de Sucção TherMax™

O solenóide de aquecimento TherMax™ (5) e a válvula de saída do tanque de líquido (11) estão incluídas nas unidades de caminhão com acionamento automático para melhor operação de aquecimento e degelo. Esses dois componentes, e um controle eletrônico, são parte do exclusivo sistema Thermo King TherMax™.

O sistema TherMax™ melhora o desempenho do aquecimento através da movimentação do refrigerante do condensador, tanque de líquido e linha de líquido para o "lado do evaporador" do sistema. Esse refrigerante adicional no “lado do evaporador” do sistema aumenta as pressões do sistema ( e a temperatura no evaporador) durante a operação no aquecimento e degelo.

A ilustração em três partes na página a seguir mostra como o sistema TherMax™ opera. Observe como o tanque acumulador é preenchido com refrigerante líquido durante o modo de evacuação do condensador. Durante o modo de evacuação do condensador, o refrigerante líquido é retirado do condensador, tanque de líquido e linha de líquido e passa pelo solenóide aberto diretamente para a linha de sucção.

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Page 86: Sistemas de Controle de Regrigeração

Unidades de Refrigeração para Caminhão Thermo Ciclo de Refrigeração

O ciclo de refrigeração é o mesmo da unidade de carreta. O vapor aquecido se move desde ocompressor e é condensado para afase líquida no condensador. O tanque de líquido armazena uma pequena quantidade de refrigerante e fornece um visor de líquido para verificação do nível da carga de refrigerante. A RTOV e o filtro secador são iguais aos das unidades de carreta. Os dois componentes TherMax™ na linha de líquido não desempenham nenhum papel no ciclo de refrigeração. A válvula de retenção da saída do tanque de líquidos está aberta e o solenóide de aquecimento está desernegizado (fechado).

Ciclo de Evacuação do Condensador

Quando o termostato solicita aquecimento, há um atraso de dois minutos antes que a válvula de três vias realmente mude para o modo de aquecimento.* O solenóide piloto não é energizado durante esse período de dois minutos mas o solenóide de aquecimento é energizado e aberto. Como a válvula de três vias ainda não mudou de posição, a unidade continua a operar como se estivesse no modo de refrigeração. No entanto, ao invés de refrigerar, a unidade está simplesmente evacuando o condensador e colocando refrigerante líquido no tanque acumulador.

* O tempo de atraso foi alterado ao longo dos anos. Algumas unidades possuem um atraso de quatro minutos, outras não

apresentam atraso. Quando não há atraso, o solenóide piloto e o solenóide de aquecimento são imediatamente energizados quando a unidade solicita aquecimento ou degelo.

Clico de Aquecimento / Degelo

Ao concluir o ciclo de evacuação, o solenóide piloto é energizado e a válvula de três vias muda para a posição de aquecimento. A unidade agora opera em aquecimento (ou degelo) com altas pressões e temperaturas no evaporador. Adicionando refrigerante no lado do evaporador do sistema, o sistema TherMax™ aumenta a pressão e temperatura para melhor desempenho do aquecimento e degelo.

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Page 87: Sistemas de Controle de Regrigeração

7 Sistemas Multi-Temperatura

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Quando uma carreta ou caminhão faz entregas em um armazém de pequeno porte, loja de conveniência ou restaurante de fast-food, ele normalmente trás uma carga mista⎯alguns produtos congelados, alguns produtos frescos e alguns produtos secos. Este capítulo irá ajudá-lo a entender como a Thermo King venceu o desafio de manter cargas de multi-temperatura de maneira confiável e com bom custo-benefício.

Uma unidade multi-temperatura possibilita dividir um caminhão ou carreta em dois ou mais compartimentos, separados por divisórias móveis. Cada compartimento adicionado possui seu próprio evaporador remoto. Cada evaporador remoto é controlado por um termostato dedicado e pode aquecer e refrigerar conforme necessário para manter a temperatura desejada no compartimento. Neste exemplo, o termostato FRONTAL está configurado para -15°F (-26 °C) e o termostato TRASEIRO está configurado para 35°F ( 2 °C). É comum (e normalmente desejável) colocar produtos congelados na parte da frente do compartimento e os produtos frescos na parte traseira. Na verdade, essa disposição é exigida em unidades designadas como TC. As unidades designadas como TCI, no entanto, são reversíveis; produtos congelados podem ser transportados em qualquer um de seus compartimentos.

No exterior, uma unidade multi-temperatura se parece muito com uma unidade de temperatura única. No entanto, no teto do baú do caminhão ou da carreta, você verá um ou dois evaporadores adicionais (remotos). O TLE (Thin Line Evaporator – Evaporador Delgado) é conectado próximo ao teto. As unidades de carreta multi-temperatura incluem as letras “TC” ou “TCI” no nome do modelo (como "SB-III TC" ou "Super II TCI").

Page 88: Sistemas de Controle de Regrigeração

Sistemas Multi-Temperatura

A Thermo King oferece diversos modelos diferentes de carretas multi-temperatura para operação em dois e três compartimentos. A unidade principal é similar à unidade de temperatura única. Ela controla a temperatura no compartimento frontal e inclui o motor, o compressor, o condensador e os controles da unidade. Cada compartimento remoto possui um ou mais evaporadores remotos montados no teto.

Unidade com Evaporador Duplo (DE) Com a exclusiva unidade principal Thermo King de evaporadores duplos (SB-III DE SR+), é possível manter duas zonas de temperatura sem a necessidade de um evaporador remoto.

A unidade principal é equipada com dois evaporadores, um de cada lado da carreta. Uma terceira zona de temperatura é obtida através da inclusão de um evaporador remoto (se necessário).

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Sistemas Multi-Temperatura

Historicamente, as unidades multi-temperatura possuem um controladorseparado para cada compartimento.

Hoje, as unidades de multi-temperatura Thermo King são controladas por uma microcontrolador Multi-temperatura mp-IV. Esse poderoso controle microprocessado é simples de operar, inclui uma inspeção automática de pré-viagem para verificação do sistema. Ele controla e monitora de forma confiável até três zonas de temperatura separadamente.

A Thermo King também oferece uma ampla variedade de opções multi-temperatura para unidades de caminhão. Desde carrocerias de caminhões de grande porte até caminhões e vans pequenos, a Thermo King preenche as necessidades de entregas multi-temperatura dos mais exigentes clientes.

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Page 90: Sistemas de Controle de Regrigeração

8

Contêiner Marítimo Componentes e Operação

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Ao transportar perecíveis durante vários dias ou semanas pelo mar, desempenho máximo e confiabilidade absoluta são essenciais. Este capítulo o ajudará a entender os componentes e a operação do contêiner marítimo. Antes de ler este capítulo, é importante que você compreenda completamente os fundamentos do sistema de refrigeração explicados nos capítulos 2 e 3. Mais do Que “Apenas Refrigerar” No capítulo 3, você aprendeu sobre o sistema de refrigeração de quatro componentes. Com apenas quatro componentes principais, é um sistema 'apenas para refrigeração'. Os sistemas de refrigeração dos contêineres marítimos são apenas 'apenas para refrigeração', mas os aquecedores por resistência elétrica são utilizados para fornecer operação de aquecimento e degelo. Este capítulo o ajudará a entender os componentes adicionados para permitir que as unidades de contêiner marítimo realizem refrigeração, aquecimento e degelo. Você também aprenderá sobre os componentes adicionais utilizados para aprimorar o desempenho do sistema. Visão Geral do Produto

Ao longo dos anos, a Thermo King produziu diversos modelos de unidades de contêineres marítimos. As unidades das séries CSR e CRR mostradas aqui foram selecionadas como 'representantes' e serão usadas para explicar os componentes do sistema e seu funcionamento.

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Componentes e Operação de Contêineres Marítimos Todas as unidades de contêiner marítimo são elétricas. O uso de motores a diesel é impraticável, indesejado e impossível na maioria dos navios de contêiner. Enquanto estão em operação no interior do navio, as unidades de contêiner marítimo são conectadas à fonte de alimentação elétrica do navio ⎯ normalmente de 460 volts, trifásica, 60 Hertz. Em algumas unidades de modelos mais antigos, 230 volts podem ser utilizados com a tensão operacional da unidade. Um opcional de dupla voltagem disponível permite que as unidades operem em ambas as tensões. Quando descarregados na costa, os contêineres devem estar conectados a uma fonte de alimentação na costa, conforme mostrado aqui, ou em um gerador de energia.

Quando um contêiner é colocado sobre um chassi para transporte em estradas, um conjunto de geradores portáteis fornece a energia elétrica necessária para operar a unidade de refrigeração. Os geradores portáteis estão disponíveis em

três configurações físicas - Encaixado, Suporte Suporte Central e Lateral.

Como os sistemas de refrigeração em uma unidade de contêiner oferecem "apenas resfriamento", os aquecedores de resistência elétrica são utilizados para fornecer o calor necessário durante os modos de operação de aquecimento e degelo.

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Page 92: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos

As unidades de contêiner marítimo Thermo King são projetadas para contêineres marítimos de 40 ou 20 pés. Dependendo do modelo e idade da unidade, o compressor utilizado pode ser um compressor Thermo King X426 ou X430, um compressor alternativo Copeland™ 3DS/3DF (como o compressor apresentado na foto). ou um compressor "scroll" Copeland™. As unidades de contêiner marítimo Thermo King CRR utilizam compressores recíprocos Copeland™; os modelos CSR utilizam compressores "scroll" Copeland™.

Os compressores "scroll" do modelo CSR possuem dois (2) scrolls, um scroll estacionário e um scroll orbitante, que comprime o refrigerante e o faz circular ao longo do sistema de refrigeração.

Scroll Orbitante

Scroll Estacionário

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Page 93: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos Os compressores alternativos das unidades CRR utilizam pistões e válvulas das palhetas de tipo de disco para comprimir o refrigerante e fazê-lo circular através do sistema.

Comparados aos compressores alternativos, os compressores "scroll" possuem apenas quatro peças móveis, duas das quais são mostradas aqui. Os scrolls são também mais silenciosos, significativamente mais leves e fornecem mais capacidade de refrigeração para seu tamanho dos que os compressores alternativos equivalentes.

Peças Móveis do X426/X430

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Page 94: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos A Líder em Tecnologia Ao longo dos anos, a Thermo King tem sido reconhecida como a “líder em tecnologia” na indústria de contêineres marítimos. A Thermo King liderou o caminho com novos componentes, sistemas e equipamentos eletrônicos.

Os controladores microprocessados têm sido o padrão em unidades de contêiner Thermo King desde 1984, quando o Thermoguard μP original foi introduzido na unidade de contêiner CF-II.

A inovação e aprimoramento contínuos mantiveram os microprocessadores Thermo King, como o MP-3000, na frente da competição.

Os microprocessadores incorporam controle de componentes do sistema de refrigeração, termostato, termômetro digital, indicadores de falha e capacidades de registro de dados em uma unidade automática.

O controlador MP-3000 é montado em um compartimento protegido contra intempéries e resistente à corrosão. Um display de indicador luminoso (LED) de caracteres grandes fornece visualizações fáceis da temperatura do sensor de controle (temperatura do ar de retorno ou do ar fornecido). Um display LCD de quatro linhas de 20 caracteres mostra dados importantes, incluindo a temperatura do ponto de ajuste, árvore do Menu Principal do controlador e dados importantes de operação da unidade.

Dezesseis chaves de finalidade geral são utilizadas para inserir e navegar através da árvore do menu de controle e das mensagens de texto, iniciar testes de Pré-viagem e Função; inserir novas temperaturas do ponto de ajuste e inserir informações de desarme.

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Page 95: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos

Sistemas de Refrigeração Herméticos Durante muitos anos, acreditou-se que os sistemas de refrigeração herméticos (lacrados) pudessem ser utilizados apenas para aplicações de equipamentos estacionários, como refrigeradores domésticos. No entanto, em 1988, a Thermo King introduziu o CSR⎯os primeiros sistemas herméticos de contêineres marítimos, do mercado.

No ano 2000, a Thermo King se tornou a primeira fabricante de unidades contêiner a introduzir controle de capacidade interna com compressores scroll. Os compressores scroll com exclusivo MVI (Modulated Vapor Injection) das unidades CSR 'Magnum' possuem um mecanismo de descarregamento interno que permite que o compressor varie sua capacidade de 0% a 100%. O carregamento e descarregamento são feitos através da abertura e fechamento de uma válvula solenóide PWM (Pulse Width Modulation). A abertura da válvula reduz a capacidade de refrigeração. O período de tempo em que a válvula fica aberta afeta o quanto a capacidade de refrigeração é reduzida. Quanto mais tempo a válvula fica aberta, mais a capacidade de refrigeração é reduzida.

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Page 96: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos Componentes do CRR Como discutido anteriormente, a Thermo King forneceu uma variedade de diferentes modelos e opções ao longo dos anos para atender aos requisitos dos clientes. A ilustração a seguir fornece uma visão geral dos componentes do sistema de refrigeração usados na unidade CRR.

CRR-40Refrigeration System Components1. 3DS Compressor2. Oil Fill / Drain Fitting3. Discharge Service Valve4. High Pressure Cutout Switch5. Compressor Discharge Line Temperature Sensor6. Condenser Check Valve7. Condenser Coil (Circular)8. Receiver Tank9. High Pressure Relief (Fusible Plug)10. Receiver Tank Service Fitting11. Sight Glass(es)12. Condenser Coil Subcooler Circuit13. Liquid Line Service Valve14. Dehydrator (Filter Drier)15. Heat Exchanger16. Liquid Line Solenoid (LLS)17. Expansion Valve (TXV)18. Expansion Valve Feeler Bulb19. Equalizer Line20. Distributor21. Evaporator Coil22. Electric Heaters23. Return Air Sensor24. Defrost (Evaporator Coil) Sensor25. Supply Air Sensor26. Condenser Coil Sensor27. Ambient Sensor28. Controller (MPC2000ID or MP-3000)29. KVQ Valve (Evaporator Pressure Regulator)30. Suction Service Valve31. Liquid Injection Valve32. Dehumidify Solenoid Valve33. Humidity Sensor34. Water-Cooled Condenser-Receiver Tank35. Water Inlet Coupling36. Water Outlet Coupling

Os componentes a seguir são exclusivos do modelo CRR.

1. Compressor 3DS 12. Circuito de Sub-Resfriamento da Serpentina do Condensador 13. Válvula de Serviço da Linha de Líquido 16. Válvula Solenóide da Linha de Líquido 30. Válvula KVQ (Reguladora de Pressão do Evaporador) 6. Válvula de Retenção do Condensador

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Page 97: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos

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Funções dos Componentes do CRR (os números dos itens correspondem aos números dos itens na página precedente.)

1. Move o refrigerante e aumenta a temperatura e pressão do gás refrigerante. 2. Usado para adicionar ou remover óleo do compressor. 3. Usado para isolar e fazer a manutenção do lado de descarga do compressor. 4. Desliga o sistema de refrigeração em caso de alta pressão de descarga do refrigerante. 5. Controla a operação do circuito de injeção de líquido. 6. Impede o retorno do refrigerante líquido para o compressor durante o ciclo de desligamento. 7. Causa a condensação do refrigerante através da transferência do calor do refrigerante para o ar ambiente que

flui através dele. 8. Coleta refrigerante condensado e o armazena durante condições de carga baixa e durante reparos no lado de

baixa. 9. Alivia o sistema do refrigerante que se encontra com pressões extremamente altas. 10. Conexão de serviço utilizada durante os procedimentos de evacuação e manutenção. 11. Utilizado para verificar o nível adequado da carga de refrigerante no sistema. 12. Fornece sub-refrigeração adicional do refrigerante para garantir 100% de líquidos na válvula de expansão. 13. Permite que o refrigerante flua do circuito de sub-refrigeração do tanque de líquido / serpentina do

condensador e é utilizado para manutenção no lado de baixa. 14. Age como um filtro para remover a sujeira e fragmentos do sistema, absorve a umidade e filtra o óleo do

compressor. 15. Transfere o calor do liquido de alta pressão / temperatura para o vapor de sucção de baixa pressão /

temperatura para manter a capacidade de refrigeração e impedir que o líquido retorne para o compressor. 16. Utilizado para criar vácuo no sistema antes da ciclagem do compressor para o modo desligado no ponto de

ajuste, facilitando a partida do compressor. 17. Controla / mede o fluxo de refrigerante para a serpentina do evaporador durante o resfriamento. 18. Detecta a temperatura do vapor de sucção e ajuda a controlar a operação da válvula de expansão. 19. Detecta a pressão na saída do evaporador e ajuda a controlar a operação da válvula de expansão. 20. Distribui igualmente o refrigerante para cada circuito dentro do evaporador. 21. Absorve o calor do espaço de carga com o fluxo de refrigerante através de seus tubos / circuitos. 22. Fornece o calor necessário para elevar a temperatura do contêiner durante o modo de aquecimento e derrete o

gelo da serpentina do evaporador durante o modo de degelo. 23. Detecta a temperatura do ar que retorna à unidade a partir da área de carga e ajuda a controlar a operação da

unidade. 24. Detecta a temperatura da serpentina do evaporador e é utilizado para controlar o início e encerramento do

degelo. 25. Detecta a temperatura do ar que está sendo distribuído (fornecido) no espaço de carga. 26. Detecta a temperatura da serpentina do condensador. 27. Detecta a temperatura do ar ambiente. 28. Controla todos os aspectos da operação da unidade; registra e exibe dados, alarmes, eventos; e é a interface do

usuário. 29. Controla (restringe) o fluxo do refrigerante que volta para o compressor como uma forma de controlar (limitar)

a capacidade. 30. Usado para isolar e fazer a manutenção do lado de baixa do compressor. 31. Controla o fluxo de refrigerante para o circuito de injeção de líquido. 32. A válvula solenóide opcional fecha metade da serpentina do evaporador para remover a umidade do ar no

espaço de carga. 33. Sensor opcional que fornece entrada para o microprocessador; controla a operação de desumidificação da

válvula solenóide. 34. Causa a condensação do refrigerante quando a serpentina/ventilador do condensador de ar refrigerado não está

sendo utilizada. 35. Permite a entrada de água durante a operação do condensador refrigerado a água. 36. Transporta a água que absorveu calor de compressão e calor da carga.

Page 98: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos Componentes do CSR A ilustração a seguir fornece uma visão geral dos componentes do sistema de refrigeração usados na unidade CSR.

Os componentes a seguir são exclusivos do modelo CSR.

1. Compressor Scroll 13. Válvula de Derivação do Tanque de Líquido 29. Válvula Moduladora

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Page 99: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos

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Funções dos Componentes do CSR (os números dos itens correspondem aos números dos itens na página precedente.) 1. Move o refrigerante e aumenta a temperatura e pressão do gás refrigerante. 2. Usado para determinar o nível de óleo do compressor. 3. Usado para adicionar ou remover óleo do compressor. 4. Controla a operação do circuito de injeção de líquido. 5. Desliga o sistema de refrigeração em caso de alta pressão do refrigerante. 6. Controla a operação do motor do ventilador do condensador. 7. Usado para isolar e fazer a manutenção do lado de descarga do compressor. 8. Causa a condensação do refrigerante através da transferência do calor do refrigerante para o ar ambiente que flui

através dele. 9. Alivia o sistema do refrigerante que se encontra com pressões extremamente altas. 10. Coleta refrigerante condensado e o armazena durante condições de carga baixa e durante reparos no lado de baixa. 11. Utilizado para verificar o nível adequado da carga de refrigerante no sistema. 12. Permite que o refrigerante flua do tanque de líquido e é utilizado durante manutenção do sistema. 13. Permite que o vapor do refrigerante de alta pressão do tanque de líquido entre na linha de sucção para evitar que o

compressor opere em um vácuo. 14. Filtra e limpa o óleo do compressor. 15. Age como um filtro para remover a sujeira e fragmentos do sistema e absorve a umidade do sistema. 16. Transfere o calor do liquido de alta pressão / temperatura para o vapor de sucção de baixa pressão / temperatura

para manter a capacidade de refrigeração e impedir que o líquido retorne para o compressor. 17. Controla / mede o fluxo de refrigerante para a serpentina do evaporador durante o resfriamento. 18. Distribui igualmente o refrigerante para cada circuito dentro do evaporador. 19. Absorve o calor do espaço de carga com o fluxo de refrigerante através de seus tubos / circuitos. 20. Detecta a temperatura na saída do evaporador e ajuda a controlar a operação da válvula de expansão. 21. Detecta a pressão na saída do evaporador e ajuda a controlar a operação da válvula de expansão. 22. Fornece o calor necessário para elevar a temperatura do contêiner durante o modo de aquecimento e derrete o gelo

da serpentina do evaporador durante o modo de degelo. 23. Detecta a temperatura do ar que retorna à unidade a partir da área de carga e ajuda a controlar a operação da

unidade. 24. Detecta a temperatura da serpentina do evaporador e é utilizado para controlar o início e encerramento do degelo. 25. Detecta a temperatura do ar que está sendo distribuído (fornecido) no espaço de carga. 26. Detecta a temperatura do ar ao redor / externo (ambiente). 27. Detecta a temperatura da serpentina do condensador. 28. Controla todos os aspectos da operação da unidade; registra e exibe dados, alarmes, eventos; e é a interface do

usuário. 29. Controla (restringe) o fluxo do refrigerante que volta para o compressor como uma forma de controlar a capacidade

de refrigeração. 30. Controla o fluxo de refrigerante para o circuito de injeção de líquido usado para resfriar o compressor. 31. Usado para isolar e fazer a manutenção do lado de baixa do compressor. 32. A válvula solenóide opcional fecha metade da serpentina do evaporador para remover a umidade do ar no espaço

de carga. 33. Sensor opcional que fornece entrada para o microprocessador e controla a operação de desumidificação da válvula

solenóide.

Page 100: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos Componentes da Unidade de Contêiner CSR 'Magnum' A ilustração a seguir fornece uma visão geral dos componentes do sistema de refrigeração usados na unidade CSR MAGNUM.

Os componentes a seguir são exclusivos da unidade CSR MAGNUM.

1. Compressor Scroll MVI 4. Tubo do Processo de Descarga 9. Trocador de Calor do Economizer 16. Tubo do Processo da Linha de Sucção 17. Válvula PWM (Pulse Width Modulation) 18. Válvula de Injeção de Vapor (VIV) 19. Válvula de Expansão do Economizer (TXV2)

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Page 101: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos

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CSR 'Magnum' Componentes e Operação da Unidade de Contêiner Funções do Componente (os números dos itens correspondem aos números dos itens na página precedente.) 1. Move o refrigerante e aumenta a temperatura e pressão do gás refrigerante. 2. Protege o compressor contra superaquecimento e controla a operação do motor do ventilador do condensador. 3. Desliga o sistema de refrigeração em caso de alta pressão do refrigerante. 4. Usado para adicionar / remover refrigerante e evacuar o lado de alta do sistema de refrigeração. 5. Causa a condensação do refrigerante através da transferência do calor do refrigerante para o ar ambiente que

flui através dele. 6. Coleta refrigerante condensado e o armazena durante condições de carga baixa e durante reparos no lado de

baixa. 7. Alivia o sistema do refrigerante que se encontra com pressões extremamente altas. 8. Age como um filtro para remover a sujeira e fragmentos do sistema, absorve a umidade e filtra e limpa o óleo

do compressor. 9. Pré-refrigera o líquido refrigerante que está sendo distribuído para o evaporador TXV1. 10. Controla / mede o fluxo de refrigerante para a serpentina do evaporador durante o resfriamento. 11. Detecta a pressão na saída do evaporador e ajuda a controlar a operação da válvula de expansão. 12. Detecta a temperatura na saída do evaporador e ajuda a controlar a operação da válvula de expansão. 13. Distribui igualmente o refrigerante para cada circuito dentro do evaporador. 14. Absorve o calor do espaço de carga com o fluxo de refrigerante através de seus tubos / circuitos. 15. Protege o compressor e o sistema de condições de baixa carga de refrigerante. 16. Usado para adicionar / remover refrigerante e evacuar o lado de baixa do sistema de refrigeração. 17. Controla o carregamento e descarregamento físico do compressor. 18. Controla do fluxo de refrigerante para o circuito do economizer. 19. Controla / mede o fluxo de refrigerante para o circuito do economizer. 20. Detecta a pressão na saída do trocador de calor do economizer e ajuda a controlar a operação da TXV2. 21. Detecta a temperatura na saída do trocador de calor do economizer e ajuda a controlar a operação da TXV2. 22. Fornece o calor necessário para elevar a temperatura do contêiner durante o modo de aquecimento e derrete o

gelo da serpentina do evaporador durante o modo de degelo. 23. Controla todos os aspectos da operação da unidade, registra e exibe dados, alarmes, eventos e é a interface do

usuário. 24. Detecta a temperatura do ar que retorna à unidade a partir da área de carga e ajuda a controlar a operação da

unidade. 25. Detecta a temperatura da serpentina do evaporador e é utilizado para controlar o início e encerramento do

degelo. 26. Detecta a temperatura do ar que está sendo distribuído (fornecido) no espaço de carga. 27. Detecta a temperatura do ar ao redor / externo (ambiente). 28. Detecta a temperatura da serpentina do condensador. 29. Sensor opcional que fornece entrada para o microprocessador e controla a operação de desumidificação da

válvula solenóide. 30. A válvula solenóide opcional que fecha metade da serpentina do evaporador para remover a umidade no

espaço de carga.

Page 102: Sistemas de Controle de Regrigeração

Componentes e Operação de Contêineres Marítimos

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Termos a Serem Lembrados

Fonte de Alimentação na Costa

Ponte Continental

Encaixado

Suporte Central

Suporte Lateral

Aquecedores de Resistência Elétrica

CRR

CSR

Compressor “Scroll”

Hermético

MVI (Modulated Vapor Injection)

Válvula PWM (Modulação do Alcance do Pulso)

Descarregador

Page 103: Sistemas de Controle de Regrigeração

9 Controle Climático deÔnibus

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Em cidades ao redor do mundo, passageiros e motoristas de ônibus confiam nos sistemas de controle climático Thermo King para tornar suas vidas mais confortáveis. Este capítulo o apresentará às unidades de controle climático Thermo King, seus componentes comuns e sua operação.

Informações Iniciais Depois de ler os primeiros quatro capítulos deste manual, você deve estar familiarizado com os componentes e operação de um sistema apenas para refrigeração simples. O capítulo cinco o ajudou a entender os diversos componentes usados em um sistema de unidade de carreta. Os sistemas de controle climático de ônibus utilizam muitos dos mesmos componentes, mas diferem da seguinte forma: 1) Não possuem válvula de três vias, 2) Não possuem acumulador, 3) Não possuem trocador de calor, 4) Não possuem módulo de degelo, 5) É usada uma embreagem para desacoplar o compressor, 6) O compressor é normalmente acionado pelo motor do veículo, 7) O líquido de arrefecimento do motor é usado para aquecimento (opcional).

Este capítulo fornece uma visão geral dos sistemas de controle climático de ônibus e uma breve explicação dos componentes exclusivos desses sistemas. Consulte o capítulo 5 para obter uma explicação dos componentes comuns do sistema Thermo King.

Tipos de Modelos As unidades de controle climático Thermo King são apresentadas em uma variedade de modelos para atender a diferentes necessidades e expectativas relacionadas ao tráfego. Desde pequenas vans para viagens curtas até grandes ônibus de viagem, a Thermo King dedica-se a oferecer conforto aos passageiros e confiabilidade superior. Este capítulo apontará os recursos de alguns modelos para ajudá-lo a entender os recursos exclusivos do controle climático de ônibus.

Page 104: Sistemas de Controle de Regrigeração

Controle Climático de Ônibus

Principais Funções Independente da aplicação e tipo do modelo, todo sistema de condicionamento de ar de ônibus realiza duas funções principais: 1) controle de temperatura do compartimento de passageiros 2) desumidificação do compartimento de passageiros. A localização dos principais componentes (compressor, condensador, evaporador) é determinada pelo projeto do compartimento de passageiros e pelo tipo de modelo Thermo King. Por exemplo, a seção do condensador pode estar localizada na parte de trás do ônibus ou no teto.

Opções de Acionamento do Compressor

Compressor Acionado pelo Motor do ônibus

O compressor está localizado na parte traseira do ônibus e é acionado pela polia do motor do ônibus, usando correias. No projeto mostrado aqui, o condensador e o evaporador também estão localizados na parte traseira do ônibus.

Acionamento por "Power Pack" a Diesel O acionamento do compressor com um motor a diesel exclusivo oferece maior flexibilidade de layout; o sistema não está preso ao motor do ônibus. Um "power pack" é muitas vezes utilizado para acionar o sistema de controle climático na seção frontal de um ônibus articulado (mostrado abaixo).

Montagem no Teto de Ônibus Articulado Uma seção separada do condensador é montada em cada teto da unidade articulada de duas seções. O sistema pode ser conectado a um único compressor acionado pelo motor do ônibusou na seção frontal pode ser instalado um "power pack" a diesel.

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Page 105: Sistemas de Controle de Regrigeração

Controle Climático de Ônibus

ShuttleAire™ O sistema Thermo King ShuttleAire™ é normalmente utilizado em ônibus de viagens curtas utilizados por hotéis, serviços de limusine e empresas de aluguel de carros.

O Sistema ShuttleAire™ Duct utiliza uma seção do condensador montada no teto, um compressor acionado pelo veículo e um sistema de dutos que distribui moderadamente o ar de descarga do evaporador através do compartimento de passageiros.

O sistema ShuttleAire™ também pode ser configurado com um condensador montado no chassi.

Operação do Sistema Em uma unidade típica, o ar no interior do ônibus é forçado através da grade na divisória traseira do ônibus. Em seguida, o ar passa através de um filtro antes de atingir a serpentina do evaporador. A serpentina do evaporador desumidifica e resfria esse ar. Se houver necessidade de aquecimento, a serpentina de aquecimento produz calor a partir do líquido de arrefecimento do motor circulado pela bomba de reforço.A temperatura do compartimento de passageiros é monitorada e mantida pelo controlador microprocessado próximo ao motorista.

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Page 106: Sistemas de Controle de Regrigeração

Controle Climático de Ônibus

Componentes Especiais Reguladores de Pressão do Evaporador (EPRs) Ao contrário dos sistemas de caminhão, carreta e contêiner marítimo Thermo King, os sistemas de controle climático de ônibus não precisam manter temperaturas próximas ou abaixo da temperatura de congelamento. O gelo não se acumula na serpentina do evaporador e não são necessários ciclos de degelo. Para garantir que a serpentina nunca fique gelada o suficiente para que haja acúmulo de gelo, um regulador de pressão do evaporador (EPR) pode ser incluído. Você aprendeu no capítulo dois que o refrigerante deve “ferver” no evaporador para um desempenho eficiente de resfriamento. Você também aprendeu que a pressão afeta o ponto de ebulição. Para garantir que a temperatura do evaporador nunca caia abaixo da temperatura de congelamento da água, os sistemas de ônibus incluem a EPR para manter a pressão (e temperatura) do evaporador alta o suficiente para evitar congelamento. A válvula EPR está localizada depois do evaporado (antes do compressor). Conforme a temperatura e a pressão da serpentina do evaporador caem, a válvula EPR fecha gradualmente para restringir o fluxo através do evaporador. O fechamento da válvula EPR aumenta a pressão e a temperatura no evaporador. Dois tipos de válvula EPR são usadas em sistemas Thermo King - a ORIT 10 e a ORIT 15. Cada uma responde às variações da pressão de ENTRADA (pressão do evaporador). A denominação ORI descreve a operação: Open on Rise of Inlet pressure (aberta quando aumenta a pressão de entrada).

ORIT 10 Esta válvula é muito parecida com o regulador de pressão de sucção usado em unidades de caminhão Thermo King. No entanto, o regulador de pressão de sucção controla a pressão no compressor, e a ORIT 10 controla a pressão no evaporador. Conforme a pressão do refrigerante é reduzida, a mola pressionada contra o fole supera a pressão do refrigerante e a válvula é levemente fechada para aumentar a pressão do evaporador.

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Controle Climático de Ônibus

ORIT-15 A válvula EPR ORIT-15 está localizada na linha de sucção e utiliza a pressão de descarga para operar. Uma válvula manual (5) é incluída na linha piloto (6) para desativar a EPR durante procedimentos de manutenção. O parafuso de ajuste (3) é utilizado para ajustar a pressão operacional mínima desejada da válvula. Quando a força combinada da pressão de entrada (13) e da pressão da mola (10) caem abaixo do ponto de ajuste da mola (2), a válvula piloto (8) é aberta e mantém a alta pressão na câmara acima do pistão da válvula (11). Isso faz com que a válvula principal seja modulada para uma posição mais fechada até que a pressão do evaporador (13) atinja o ponto de ajuste da válvula piloto. A pressão de descarga não é retirada (sangrada) através da válvula piloto para a linha de sucção durante períodos de carga total de aquecimento do evaporador. Quando a válvula está sendo modulada para controlar menos do que sua capacidade total, há uma pequena taxa de sangria de menos de 0,03 lbs/min em 1 psi de queda de pressão. Um aumento na pressão do evaporador fará com que a válvula piloto (8) seja fechada. A pressão acima do pistão da válvula principal ventilará através do orifício de sangria e para fora do lado de sucção, permitindo que a mola force (12) a mudança para o pistão principal e abra a porta principal.

1. Conexão de Teste 2. Mola de Ajuste 3. Parafuso de Ajuste 4. Diafragma do Piloto 5. Válvula de Fechamento 6. Linha de Pressão de Entrada da Válvula Piloto 7. Hastes de Comando da Válvula

8. Válvula Piloto 9. Pino de Guia 10. Mola Inferior 11. Pistão da Válvula Principal 12. Mola de Desengate 13. Linha Sensível à Pressão do Evaporador 14. Linha Sensível à Pressão de Sucção do Compressor

9-5

Page 108: Sistemas de Controle de Regrigeração

Controle Climático de Ônibus

Embreagem do Compressor A maioria dos compressores de controle climático de ônibus inclui uma embreagem eletromagnética. A embreagem é um mecanismo de acionamento eletro-magnético poderoso que pode conectar e desconectar dois componentes - neste caso, o motor do ônibus e o compressor de controle climático. O DESLIGAMENTO do sistema de controle climático remove a energia da bobina da embreagem. Esse procedimento desacopla (abre) a embreagem e o compressor pára. Em alguns sistemas, a embreagem também pode “ciclar” durante a operação da unidade para ligar e desligar o sistema, conforme necessário, para manter a temperatura desejada no compartimento de passageiros.

O Sistema de Controle Climárico Thermo King Faz do Mundo Um Lugar Mais Confortável

9-6

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Controle Climático de Ônibus

9-7

Termos a Serem Lembrados

“Power Pack”

Ônibus Articulado

Condensador Montado no Teto

ShuttleAire™

Regulador de Pressão do Evaporador

EPR ORIT 10

EPR ORIT 15

Embreagem

Bomba de reforço

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10 Segurança no Controle de Temperatura de Transportes Deixe a encargo de profissionais!

Somente técnicos treinados e plenamente qualificados devem testar, consertar ou ajustar o equipamento de refrigeração de transporte. Mesmo algo "simples" como tensionar uma correia pode colocar o indivíduo desinformado em sério risco pessoal. A saúde e segurança pessoal devem ser a prioridade máxima.

Roupas de Proteção Pessoal

Ao trabalhar em ou próximo das unidades de refrigeração de transporte, é importante vestir roupas de proteção. É importante se proteger do ácido de bateria, do líquido de arrefecimento quente, refrigerantes, óleos de refrigeração, sujeira e partículas voadoras e barulho.

Alta Tensão Ao trabalhar em unidades com o acionamento elétrico auxiliar (modelo 50s), você pode ser exposto a alta tensão quando a unidade for conectada a uma fonte de alimentação. Para trabalhar com segurança neste equipamento, você DEVE compreender completamente e seguir as práticas de segurança de trabalho elétrico.

Gás Tóxico

Refrigerantes expostos ao fogo produzem gases tóxicos. Esses gases causam graves irritações respiratórias capazes de levar à morte. Muito cuidado ao trabalhar com refrigerante em uma área fechada ou restrita com um fornecimento de ar limitado como uma carreta, contêiner ou dentro de um veículo. Refrigerante desloca o ar e pode causar morte por asfixia.

Queimaduras produzida pelo frio

Refrigerante líquido em contato com a pele causa ferimentos graves. Use sempre óculos e roupas de proteção e tome muito cuidado ao abrir válvulas e remover tampas, manômetros, mangueiras de refrigerante, etc

Pode Iniciar Automaticamente

A maioria das unidades possui um recurso de partida automática que pode dar partida na unidade sem aviso prévio. Mantenha as portas fechadas e os protetores no lugar quando não estiver trabalhando na unidade. Mantenha a chave ON/OFF (LIGA/DESLIGA) da unidade na posição OFF (DESLIGA) e desconecte o cabo negativo da bateria antes de trabalhar nos ou próximo aos componentes que giram durante a operação normal. Nota: As unidades controladas por microprocessador podem ter uma chave ON/OFF (LIGA/DESLIGA) do microprocessador separada. Mude essa chave para a posição OFF (DESLIGA) antes de remover o cabo negativo da bateria e mude para ON (LIGA) após colocar novamente o cabo da bateria. Algumas unidades requerem o reajuste da data e hora após o processador ser desligado.

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Page 111: Sistemas de Controle de Regrigeração

Segurança no Controle de Temperatura de Transportes

Superfícies Quentes. O coletor de descarga do compressor, sistema de escape do motor, e outros componentes da unidade podem ser extremamente quentes. Estas superfícies podem causar queimaduras graves.

Ventilação

Brazagem pode produzir gases prejudiciais. Certifique-se de que a área seja bem ventilada durante a brazagem ou solda.

Hélices

Em determinadas condições de iluminação, as hélices e as placas de aviso podem não estar prontamente visíveis. Muito cuidado ao trabalhar próximo a equipamentos que possuem hélices, polias e correias. As unidades devem ser DESLIGADAS antes de trabalhar próximo aos ventiladores, correias e polias.

Evaporação

Remover ou soltar a tampa do radiador de uma unidade que esteja na temperatura de operação ou acima, pode causar queimaduras graves devido à emissão violenta de água quente e vapor. Permita que o sistema de arrefecimento resfrie antes de soltar ou remover a tampa do radiador ou qualquer outro componente do sistema de arrefecimento.

Dicas de Segurança Adicionais

• Observe as exigências de identificação / fechamento de sua oficina. As chaves de ignição dos caminhões devem

ser guardadas e as rodas escoradas. • Muito cuidado ao trabalhar em escadas e plataformas. Use as escadas e plataformas elevadas da maneira pré-

estabelecida pelo fabricante desses produtos. • Não utilize relógios de pulso, anéis ou outras jóias enquanto estiver trabalhando em ou próximo a esses

equipamentos. Esses itens pode prender no equipamento ou conduzir corrente elétrica perigosa que pode resultar em ferimentos graves ou morte.

• Nunca aqueça cilindros pressurizados ou tubulações de refrigerante pressurizadas. • Observe todos os cartazes de segurança na unidade e instruções de segurança na documentação da unidade. • Nunca opere a unidade com a válvula do serviço de descarga posicionada totalmente para dentro(fechada). • Certifique-se de que as mangueiras do conjunto de manômetros estejam em boas condições. Nunca as deixe entrar

em contato com correias, ventiladores, polias ou superfícies quentes. • Certifique-se de que todos os parafusos de montagem sejam do comprimento correto para a aplicação e sejam

seguramente apertados. • O óleo de refrigeração pode ferir os olhos e causar irritação da pele. Evite contato prolongado com a pele ou

roupas. • Refrigerantes e óleos de refrigeração podem ser inflamáveis ou explosivos sob determinadas condições. Muito

cuidado ao usar qualquer tipo de fonte de ignição próxima a tubulações e componentes da refrigeração.

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Page 112: Sistemas de Controle de Regrigeração

Glossário

Glossário

Controle de Temperatura em Transportes Thermo King

μP-IV

Consulte Micro-P-IV

ΔT Pronunciado “delta te”, esta é uma “abreviação” que significa“alteração de temperatura”. O .T normal ao longo de uma serpentina do evaporador varia com a temperatura no baú.Em -29 °Co .T normal pode ser de apenas alguns graus.Em 16 °C.T normal pode ser de seis graus Celsius ou mais.

Pressão Absoluta (PSIA) A pressão acima de um vácuo perfeito, expressa em libras por polegada quadrada - pressão absoluta (psia) ou quilo-pascal (kPa). PSIA Abreviada (libras por polegada quadrada, pressão absoluta). Um manômetro calibrado em PSIA exibe 14,7 no nível do mar.

Zero Absoluto A total ausência de energia calorífica. A temperatura na qual o movimento molecular de uma substância teoricamente cessa. –459,67°F (-273,1°C)

Acumulador Um dispositivo colocado na linha de sucção para separação do líquido que circula com o vapor de sucção para proteger o compressor de golpes de líquidos. (Consulte Golpe)

Recuperação Ativa Evacuação do sistema através de uma bomba mecânica. Consulte: Recuperação Passiva

Ar Condicionado O controle simultâneo dos fatores que afetam o conforto físico e a saúde dos ocupantes de um veículo ou prédio. Temperatura, umidade, movimento do ar e filtração do ar são normalmente afetados pelo ar condicionado.

Óleo Alquilbenzeno Um óleo de refrigeração sintético normalmente utilizado com R12, R502, R401B, R402A, R403B e alguns outros refrigerantes.

Ar Ambiente O ar ao redor de um objeto.

Sensor de Ambiente Mede a temperatura do ar externo e seleciona a temperatura na qual o compressor é desativado.

Temperatura Ambiente A temperatura do ar ao redor de um objeto. A temperatura ao redor do condensador.

ASHRAE American Society of Heating, Refrigeration, and Air-Conditioning Engineers (Sociedade Americana de Engenheiros de calefação, Refrigeração e Ar Condicionado)

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Termos do Mercado

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Pressão Atmosférica A referência padrão de pressão atmosférica. É medida no nível do mar, em 32°F (0°C), e corresponde a exatos 14,696 psi, ou 29,921 polegadas de mercúrio.

Evaporador Auxiliar Consulte Evaporador Remoto

Ponto Azeotrópico A temperatura na qual uma mistura líquida entra em ebulição e produz um vapor que tem a mesma composição de um líquido puro, como R12 e R134a.

Mistura Azeotrópica de Refrigerantes (ARM - Azeotropic Refrigerant Mixture)

Um fluído multi-componente (normalmente dois) de uma composição específica que, em pressão atmosférica, não altera sua composição conforme evapora ou condensa. Ambos os componentes possuem a mesma temperatura de ebulição na referida composição e pressão. Exemplos incluem o CFC R502. Consulte Mistura Quase Azeotrópica de Refrigerantes. Consulte Mistura Zeotrópica de Refrigerantes e Fracionamento

Válvula de Serviço com Haste Posicionada Totalmente para Fora

A haste da válvula está posicionada totalmente para fora (sentido anti-horário). Nessa posição, a saída da válvula está aberta e a c o n e x ã o de serviço está fechada.

"Sentry" da Bateria Parte do sistema "Cycle Sentry" que monitora a taxa de corrente de carga do alternador. o módulo de "Sentry" da Bateria manterá a unidade em funcionamento até que a bateria esteja adequadamente carregada.

Combinação Combinação de refrigerantes. Um refrigerante fabricado utilizando-se mais de um tipo de refrigerante. Por exemplo, o R404A é uma combinação de R-125, R134a e R143a).

Cavalo 1) Um trator que retorna para a base sem uma carreta. 2) Um caminhão direto (não um semi-caminhão que consiste em um trator e uma carreta).

Ponto de Ebulição A temperatura na qual um líquido muda para a fase de vapor quando calor é adicionado. O ponto de ebulição é afetado pela pela pressão. O aumento da pressão na superfície de um líquido aumenta o ponto de ebulição. A diminuição da pressão na superfície de um líquido reduz o ponto de ebulição.

Bomba de Reforço Ar Condicionado de Ônibus Uma bomba utilizada para aumentar o fluxo do l íquido de arrefecimento do motor na serpentina de aquecimento.

Baú Um compartimento com temperatura controlada.

Temperatura no Baú A temperatura dentro de um compartimento com temperatura controlada. Temperatura retorno.

Unidade Térmica Britânica (BTU - British Thermal Unit)

A quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de uma libra de água em um grau Fahrenheit. Abreviação: Btu. (Consulte Caloria)

Motor Sem Escova Um motor de corrente alternada (AC) que não possui comutadores ou escovas.

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Glossário

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Btu Consulte Unidade Térmica Britânica

Divisória 1) Divisória de ar de retorno: Uma “parede” de metal ou plástico colocada na parte frontal do baú para proteger a unidade Thermo King dos produtos do carregamento. (O carregamento muito próximo à unidade restringe o fluxo de ar e a eficiência do sistema.) 2) Divisória: Uma “parede” espessa, isolada e móvel utilizada para separ compartimentos de um caminhão ou carreta multi temperatura.

Válvula de Retenção do Desvio

Localizada na linha de derivação conectada ao tanque de liquido, essa válvula de retenção é fechada durante o ciclo de refrigeração. Enquanto a unidade opera no aquecimento ou degelo, a válvula abre para permitir que o gás quente pressurize o tanque de liquido. Essa pressão empurra o refrigerante do tanque de liquido e da linha de líquido para o “lado do evaporador” do sistema. isso resulta em maiores pressões (e temperaturas) para uma capacidade aumentada de aquecimento.

C201 Um motor a diesel Thermo King utilizado de 1968 a 1987, aproximadamente.

Caloria A quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água em um grau Celsius.

Cal-rod Um aquecedor de resistência elétrica usado in contêineres marinhos como a única fonte de aquecimento para fornecimento da operação de aquecimento e degelo. Utilizado em unidades de caminhões e carretas com fontes próprias de energia como uma fonte de aquecimento durante a operação de acionamento elétrico auxiliar.

Capacidade A capacidade de um sistema de refrigeração de remover calor. Normalmente expressa em uma taxa de remoção de calor como Tons, BTUs por hora, quilo-calorias por hora ou Watts. Exemplo: A capacidade de refrigeração de uma unidade específica Thermo King é 46.000 BTUs por hora @ 100°F ambiente e temperatura do ar de retorno de 35°F.

Celsius A unidade métrica de medida de temperatura. A alternativa preferencial ao termo Centígrado. Nesse sistema, a água congela em 0° e entra em ebulição em 100° sob pressão atmosférica de 14,7 psi (nível do mar).Abreviação “C”.

Centígrado Consulte Celsius

CFC Clorofluorcarbono Um refrigerante a base de cloro que consiste em cloro, flúor e carbono. Exemplo: R12. Como o cloro prejudica a atmosfera terrestre, em diversos países, é ilegal liberar esse tipo de refrigerante na atmosfera. Os refrigerantes CFC não são mais utilizados nas atuais unidades Thermo King.

CFM Pé Cúbico por Minuto. Unidade de vazão de ar.

Mudança de Estado O processo de mudança de estado físico (líquido para gás, gás para líquido, sólido para líquido ou líquido para sólido, sólido para gás, gás para sólido). Mudança de fase.

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Glossário

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Carga 1) A quantidade de refrigerante no sistema. 2) O processo de adição de refrigerante em um sistema.

Carregamento O processo de adição de refrigerante em um sistema.

Válvula de Retenção Uma válvula que permite que o refrigerante flua em somente uma direção.

Monóxido de Cloro Um subproduto da ação do CFC na atmosfera que consiste em um átomo de cloro e um átomo de oxigênio.

CIS Consulte Solenóide de Entrada do Condensador

Clean Air Act Nos Estados Unidos, o Clean Air Act (Lei do Ar Limpo) foi aprovado em 1990 para regulamentar o manuseio, descarte, armazenamento e liberação de refrigerantes.

Serpentina Um elemento de resfriamento ou aquecimento feito de tubos, em formato helicoidal ou de serpentina, que pode ser equipado com finas aletas de metal, para auxiliar na transferência de calor.

Queda da Serpentina Consulte TD

Sensor de Temperatura da Serpentina

Um dispositivo sensível à temperatura utilizado para medir a temperatura da serpentina.

Cortinas para Frio Cortinas flexíveis de vinil usada para reduzir a troca de ar entre o compartimento refrigerado e o ambiente externo durante as aberturas de porta.

Placa Fria Placa eutética. Unidades de refrigeração que consistem em uma seção do condensador e diversas “placas” grandes que contém uma solução eutética. Normalmente à noite (quando o veículo está estacionado), a seção do condensador alimentada eletricamente é operada para congelar a solução eutética nas placas. Durante o dia, as placas absorvem calor do compartimento refrigerado sem necessidade de ligar em um motor a diesel ou elétrico. (Consulte Solução Eutética)

Manômetro Composto Um medidor calibrado em libras (ou quilopascal) para medir a pressão e em polegadas de mercúrio (pol Hg) para medir o vácuo.

Compressor O componente de refrigeração que comprime o vapor do refrigerante e cria o fluxo de refrigerante. Três tipos são usados nas unidades Thermo King: 1) pistão alternativo; 2) tipo parafuso; 3) tipo "scroll".

Teste de Capacidade do Compressor

Um teste usado para verificar as condições das palhetas do pistão do compressor, a folga entre a parede do pistão e o cilindro, as condições do pistão e do cilindro e a capacidade de desempenho do compressor.

Sensor de Descarga do Compressor

Ativado acima de 121 °C. Sente a temperatura do gás de descarga.

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Glossário

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Vácuo no Compressor Um procedimento de manutenção usado para verificar se há vazamentos internos através das placas das válvulas de descarga e o solenóide piloto e para realizar trabalho de manutenção no compressor.

Compressor, Recíproco Um compressor que emprega pistões que se movem para cima e para baixo para comprimir o refrigerante. A Thermo King fabrica um compressor de 4 cilindros e um compressor de 2 cilindros.

Compressor, Parafuso Ao contrário do compressor “estilo pistão” recíproco, o compressor parafuso utiliza dois rotores helicoidais entrelaçados para comprimir o refrigerante e movê-lo através do sistema. Utilizados em condicionadores de ar de ônibus Thermo King.

Compressor, "Scroll" Ao contrário do compressor “estilo pistão” recíproco, o compressor "scroll" utiliza dois "caracóis" funcionando juntos em resistência próxima para comprimir o refrigerante e movê-lo através do sistema. Utilizados em contêineres marinhos e unidades de caminhão Thermo King.

Compressor, semi-hermético

Um compressor de refrigerante hermético, cujo alojamento é vedado contra entrada de ar por um ou mais juntas unidas e é fornecido com meios de acesso para manutenção das peças internas no campo.

Compressor, hermético soldado

Um compressor de refrigerante hermético, cujo alojamento é permanentemente vedado por solda ou revestimento de metal e não é fornecido com meios de acesso para manutenção das peças internas no campo.

Condensador Um arranjo de tubulação que liquefaz o vapor do refrigerante através da remoção do calor.

Válvula de Retenção do Condensador

Uma válvula de retenção que bloqueia o fluxo do refrigerante do tanque de líquido para o condensador durante a operação de aquecimento ou degelo. Ela abre para permitir o fluxo de refrigerante durante a operação do modo de refrigeração.

Solenóide de Entrada do Condensador

Algumas unidades de carreta multi-temperatura não usam válvulas de 3 vias. Ao invés disso, é usada a válvula solenóide de entrada do condensador. O solenóide de entrada do condensador (CIS) é uma válvula normalmente aberta, que fecha durante a operação da unidade no degelo ou aquecimento. Quando fechada, a CIS interrompe o fluxo de refrigerante para o condensador. Em uma unidade multi-temperatura, a CIS é fechada quando qualquer um dos compartimentos necessita de operação de aquecimento ou degelo.

Válvula de Retenção deDesvio de Pressão do Condensador

Uma válvula localizada na tampa de extremidade da válvula de 3 vias. Ela permite que o refrigerante flua do condensador para a tubulaçãode sucção quando a válvula de 3 vias muda pela primeira vez para a posição de aquecimento. Ela melhora o tempo de resposta da válvula de 3 vias quando o solenóide piloto fecha.

Condução Transferência de calor entre substâncias em contato físico.

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Glossário

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Condutividade, Térmica A capacidade de um material de transferir calor de um ponto a outro, geralmente expressa em termos de Btus por hora por pé quadrado, espessura de área por polegada quadrada por diferença de temperatura em graus. Btu/hr⋅ft⋅°F

Convecção Transferência de calor por movimento de fluido.

Convecção, Forçada Transferência de calor por movimento de fluido induzido mecanicamente.

Convecção, Natural Transmissão de calor por movimento de um fluído causado por variações na densidade do fluido.

Conversível Uma unidade Thermo King vendida com refrigerante R12 mas projetada para resistir às temperaturas e pressões superiores do R502. Isso facilita a conversão para R502 com poucas modificações.

Modo de Refrigeração(Embreagem de Ciclo)

Ar condicionado de ônibus: Quando a unidade atinge o ponto de ajuste, os ciclos da embreagem param o funcionamento do compressor.

Modo de Refrigeração(posição de Reaquecimento)

Ar condicionado de ônibus: Quando a unidade atinge o ponto de ajuste, a embreagem permanece acoplada enquanto a bomba de reforço opera.

Válvula de líquido de Arrefecimento

Ar condicionado de ônibus: Controla o fluxo do liquido de arrefecimento para a serpentina de aquecimento.

Revestimento de Cobre Uma condição indesejável que ocorre quando ácidos se acumulam em um sistema de refrigeração e causam a formação de uma fina película de cobre nas paredes compressor, pistões, válvulas de descarga.

CPR Ar Condicionado de Ônibus: Regulador de Pressão Constante. Uma válvula do tipo estranguladora localizada na linha de sucção de um evaporador. É utilizada em sistemas de ares condicionados de ônibus para impedir o congelamento da serpentina do evaporador, mantendo uma pressão constante no evaporador⎯uma pressão superior à pressão da linha de sucção principal.

"Cycle Sentry"™ Unidades de caminhão e carreta: um controle de partida-parada automático projetado para economizar combustível. Quando a temperatura no baú atinge o ponto de ajuste do termostato, ao invés de mudar para o modo de aquecimento em baixa velocidade, a unidade é desligada no modo NULO. A unidade permanecerá desligada até que a temperatura no baú aumente aproximadamente 2,9 °C acima do ponto de ajuste.

Porta do Abafador Uma porta na seção do evaporador que fecha durante o degelo para evitar a entrada de ar quente no compartimento refrigerado de carga.

Data Logger Um dispositivo eletrônico que monitora e armazena modos defuncionamento e dados de temperatura para revisão posterior. Exemplos: DMS, DAS, DRS e AccuTrac.

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Glossário

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DE Evaporador Duplo. Uma unidade multi-temperatura com dois evaporadores capazes de refrigerar dois (DE) ou três (DE-3) compartimentos com acesso traseiro total para todas as cargas.

Degelo A remoção de gelo acumulado em uma serpentina do evaporador. O degelo periódico é necessário quando a serpentina do evaporador está em operação abaixo da temperatura de congelamento da água e é especialmente freqüente quando o ar que passa através do evaporador contém alto índice de umidade.

Relé de Degelo um relé com diversos conjuntos de contatos utilizado para controlar circuitos necessários para a operação de degelo.

Chave de Término de Degelo

Uma chave elétrica sensível à temperatura que encerra a operação do modo de degelo quando a temperatura da serpentina do evaporador aumenta para aproximadamente 11 °C. A chave fecha, para permitir a operação do modo de degelo, em aproximadamente 7 °C. Essa chave não inicia a operação do modo de degelo – sua função e encerrar o modo de degelo.

Temporizador de Degelo Um módulo de estado sólido que inicia o degelo nos intervalos selecionados. Também estabelece a duração máxima do degelo em caso de mau funcionamento dos circuitos.

Desumidificar Remover o vapor de água da atmosfera. As unidades de refrigeração naturalmente desumidificam como um resultado da condensação da umidade contida no ar quente que passa através da serpentina fria do evaporador. A desumidificação é desejável em aplicações de condicionadores de ar de ônibus, mas geralmente indesejáveis em aplicações de caminhões, carretas ou contêineres marinhos, nos quais a desumidificação resulta em perda de peso e qualidade do produto.

Desidratação Processo de remoção do ar e umidade do sistema de refrigeração. Um sistema de refrigeração é considerado totalmente desidratado quando é capaz de manter 2000 mícrons de vácuo durante cinco minutos ou mais. Uma bomba de vácuo é utilizada para desidratar uma unidade de refrigeração.

Desidratador Um dispositivo utilizado para remover umidade do refrigerante. Também chamado de Filtro Secador ou Filtro secador da linha de líquido.

Demínimo Uma pequena quantidade de refrigerante que pode ser legalmente liberada na atmosfera durante operações de manutenção. É a menor quantidade prática necessariamente liberada ao conectar e desconectar os medidores ou ao realizar manutenção.

di Um motor de “Injeção Direta” de 2,2 litros. Esse motor foi utilizado pela Thermo King de 1985 a 1992, aproximadamente. (Consulte SE)

Pressão de Descarga Pressão operacional medida na mangueira de descarga na saída do compressor.

Temperatura de Descarga A temperatura do refrigerante na saída do compressor.

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Glossário

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Distribuidor Um dispositivo localizado entre a válvula de expansão e a serpentina do evaporador projetado para dividir o fluxo de refrigerante líquido entre diversos circuitos paralelos na serpentina do evaporador.

DOT Departamento de Transportes Norte-Americano (Department of Transportation). A agência do governo dos Estados Unidos da América que regulamenta o transporte de refrigerantes.

Filtro Secador Consulte Desidratador

DSV Válvula de Serviço de Descarga (Discharge Service Valve)

ECT Um evaporador remoto Thermo King montado no teto. (Consulte EW e TLE)

Válvula EPR Ar condicionado de ônibus: Regulador de Pressão do Evaporador. Controla a pressão e temperatura da serpentina do evaporador para evitar congelamento.

EPROM Erasable Programmable Read-Only Memory. um chip de software programável que pode ser apagado e reprogramado.

Linha Equalizadora Em uma válvula de expansão termostática (TXV), o tubo que liga a saída do evaporador (linha de sucção) ao lado sensível à pressão do elemento de controle da válvula de expansão.

ERC Extended Remote Unit Control (Controle Remoto da Unidade Extendido). (Chaves das portas) Um opcional nas unidades multi temperatura Thermo King para aprimorar o controle de temperatura quando as portas são abertas durante a entrega. Quando a porta de um compartimento é aberta, a unidade de refrigeração para aquele compartimento pode ser forçada para o modo NULO, degelo ou algum outro modo. A abertura da porta de um compartimento também pode afetar o modo de operação de outros compartimentos. Os sistemas ERC são conectados de diversas formas para atender às necessidades dos clientes.

Etileno Glicol Anticongelante (Líquido de Arrefecimento do Motor)

ETS Chave de Temperatura do Evaporador (Evaporator Temperature Switch). Chave de Temperatura Eletrônica (Electronic Temperature Switch). Chave de Encerramento Eletrônico (Electronic Termination Switch). Consulte Chave de Término de Degelo

Placa Eutética Consulte Placa Fria

Solução Eutética Uma solução de concentração tal de forma a ter um ponto de congelamento constante na mais baixa temperatura de congelamento da solução. Usado em aplicações de “placas frias” em que um sistema de refrigeração padrão é usado para congelar a solução eutética contida em grandes “placas” suspensas sobre o produto cuja temperatura deve ser controlada. Consulte Placa Fria

Evacuação A remoção de gases não-condensáveis do sistema de refrigeração.

Evaporação Uma mudança da fase líquida para gasosa.

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Glossário

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Evaporador A parte do sistema de refrigeração, localizada na área de carga, que absorve calor durante o ciclo de refrigeração.

EW Um evaporador remoto Thermo King montado na parede. (Consulte ECT e TLE)

Válvula de Expansão Um dispositivo que controla a quantidade de refrigerante líquido para o distribuidor e a serpentina do evaporador em resposta direta à carga térmica no evaporador.

F Fahrenheit. Unidade de temperatuar dos sistema Inglês.

Bulbo Sensor Consulte Bulbo Sensor

Quinta Roda Um dispositivo grande e arredondado na parte traseira de um semi-reboque utilizado para conectar o cavalo à carreta.

Indicador de Restrição Um dispositivo conectado ao coletor de admissão do motor para monitorar obstruções no filtro de ar.

Gaseificação Instantânea A vaporização instantânea de refrigerante causada pela redução de pressão no refrigerante líquido quando este passa através do dispositivo de redução de pressão.

Fluido Gás ou líquido.

Formação de Espuma Uma condição causada quando o refrigerante entra em ebulição e se mistura ao óleo do compressor. A formação de espuma normalmente é vista através do visor de líquido do compressor durante vários minutos depois que é dada partida na unidade.

Fracionamento Quando uma combinação de refrigerantes muda para o estado gasoso, componentes individuais se separam de forma desigual em virtude de diferentes pontos de ebulição.

Ponto de Congelamento A temperatura na qual um líquido muda seu estado físico para sólido. Para a água, essa mudança ocorre a 32°F (O°C).

Termostato da Serpentina

Sente e corrige o congelamento da serpentina.

Congelamento 1) Falha de um sistema de refrigeração em operar normalmente em virtude da presença de umidade no refrigerante e a formação de gelo na válvula de expansão. A válvula de expansão pode congelar ou abrir, causando operação inadequada da unidade em ambos os casos. 2) A formação de uma massa de gelo sólida na serpentina do evaporador, reduzindo o fluxo de ar.

Válvula de Serviço com Haste Posicionada Totalmente para Dentro

Quando a haste da válvula de serviço é posicionada para dentro (sentido horário) para interromper o fluxo de refrigerante através da válvula. A conexão de serviço abre quando a válvula é posicionada para dentro.

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Glossário

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Contra-Gelo O acúmulo de gelo na linha de sucção em virtude da saída do refrigerante líquido do evaporador. A causa mais comum dessa condição é o fluxo restrito de ar através do evaporador em virtude do acúmulo excessivo de gelo ou fragmentos na serpentina do evaporador.

Contra-Congelamento 1. A condição de formação de gelo na linha de sucção durante o ciclo de resfriamento. Acontece quando a temperatura da linha de sucção está abaixo do ponto de condensação. É uma condição normal. 2. A formação de gelo na linha de sucção, no tanque acumulador ou em qualquer parte do compressor durante o ciclo de resfriamento ou de aquecimento, indicando que o refrigerante líquido está vaporizando nesses locais. Essa pode ser uma condição anormal.

Economizador de Combustível

Unidades de caminhão ou carreta: Um projeto de economia de combustível que atrasa a operação em alta velocidade durante oito minutos. Se o termostato não estiver satisfeito dentro do período de oito minutos, a unidade operará em alta velocidade.

Gás Termo comum para refrigerante em estado gasoso. Consulte Vapor.

Pressão Manômetrica(PSIG)

A leitura de pressão medida em um medidor calibrado para ler zero psi (zero kPa) em pressão atmosférica. Abreviação de PSIG (libra por polegada quadrada, manômentro). Quando aberto para a atmosfera, o manômetro de pressão calibrado em PSIG exibe pressão zero no nível do mar.

Glide Consulte Glide de Temperatura

Caloria-Grama A quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de um grama de água em um grau Celsius. Consulte Caloria. Consulte Btu.

Acesso Protegido Um modo usado nos controladores microprocessados Thermo King para selecionar os recursos de operação adequados às necessidades do cliente. Somente acessível a técnicos treinados.

HACCP Hazard Analysis and Critical Control Point (Análise de Perigo e Ponto de Controle Crítico). Um programa voluntário dos Estados Unidos da América para monitorar mais de perto as condições de armazenamento e transporte de produtos alimentícios. Os dispositivos de registro de dados (consulte Data Logger) são usados para documentar as temperaturas do produto durante o transporte de perecíveis.

HCFC Hidroclorofluorcarbono Um refrigerante a base de cloro que contém hidrogênio, cloro, flúor e carbono. Exemplo: R22 Como o cloro prejudica a atmosfera terrestre, em diversos países, é ilegal liberar esse tipo de refrigerante na atmosfera. Os refrigerantes HCFC não são mais utilizados nas atuais unidades Thermo King.

Pressão do Cabeçote A pressão de descarga do compressor.

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Calor O calor é uma forma de energia. O calor é muitas vezes definido como energia em transferência, uma vez que nunca permanece em seu lugar, mas está sempre se movendo de um corpo aquecido para um corpo resfriado. O termo aquecido e resfriado são apenas comparativos. O calor existe em qualquer temperatura acima do zero absoluto, mesmo que em quantidades extremamente pequenas.

Trocador de Calor O componente no qual o calor é transferido de um fluido para outro. Em unidades de refrigeração, ele transfere calor da linha de líquido para a linha de sucção.

Ganho de Calor (Percepção de Calor)

A quantidade de calor absorvido por um espaço ou sistema fechado. Exemplo: A energia do sol aquece o interior de um ônibus em trânsito.

Temporizador de Início de Aquecimento (HIT - Heat Initiation Timer)

Temporizador de Início de Aquecimento Um temporizador usado no sistema Thermax™ das unidades de caminhão. Esse dispositivo retarda o movimento da válvula de três vias (de refrigeração para aquecimento) enquanto ocorre o modo de evacuação do condensador. Consulte TherMax™

Modo de Aquecimento O modo operacional que fornece calor para o compartimento com temperatura controlada. A energia do calor provém de diversas fontes. Unidades de caminhão e carreta normalmente usam o calor de compressão (aquecimento por gás quente), algumas vezes fornecido com calor proveniente do sistema de refrigeração do motor. Como os contêineres marinhos são alimentados por energia elétrica (normalmente 440 volts, AC), essas unidades utilizam elementos de aquecimento elétrico para aquecimento. Unidades de caminhão pequenas, com fornecimento de energia do veículo, fornecem degelo com gás quente mas geralmente não fornecem calor. No entanto, um kit de “aquecimento do motor” é normalmente fornecido se o cliente necessita de aquecimento.

Calor de Compressão Calor adicionado ao gás refrigerante como um resultado da energia de trabalho usada na compressão.

Calor de Respiração O calor gerado por um produto fresco conforme este amadurece, envelhece e/ou se decompõe.

Radiação de Calor Transferência de calor que não exige nenhuma substância como veículo. Por exemplo, o calor do sol viaja através do espaço (um vácuo) para atingir a superfície da terra.

Transferência de Calor O calor sempre se transfere de um objeto aquecido para um objeto mais frio. A taxa de transferência do calor é diretamente proporcional à diferença de temperatura entre os dois corpos. O calor pode ser transferido através de uma das três formas: radiação, condução ou convecção.

HET High Evaporator Temperature (Alta Temperatura do Evaporador) (chave). Localizada na conjunto do evaporador, essa chave interromperá a operação da unidade se a temperatura do evaporador exceder um nível pré-determinado (por exemplo, 170°F/76,6°C).

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HFC Um refrigerante que consiste em Hidrogênio, Flúor e Carbono. Exemplos: R134a e 404A. Os refrigerantes HFC não contém cloro e são, portanto, considerados “seguros” para o meio-ambiente.

Desarme por Alta Pressão (HPCO - High Pressure Cut Out)

Uma chave operada por pressão que abre para interromper a operação da unidade quando a pressão de descarga atinge um máximo pré-determinado.

Válvula de Alívio de Alta Pressão

Uma válvula de segurança no sistema de refrigeração que permite que o refrigerante escape do sistema se a pressão excede um valor pré-determinado.

Lado de Alta A parte do sistema de refrigeração entre a descarga do compressor e a válvula de expansão. A parte de alta pressão do sistema de refrigeração que opera sob pressão de condensação. Consulte Lado de Baixa

HK (Heat King) Uma unidade Thermo King apenas para aquecimento utilizada em climas frios para fornecer calor para mercadorias que devem ser mantidas em temperaturas maiores do que a de congelamento. Ela utiliza um motor a diesel para fornecer calor (calor do motor) e para fornecer energia para um ventilados para circulação do calor dentro de compartimento com temperatura controlada.

Degelo por Gás Quente Usando alta pressão, aquece o vapor do refrigerante para derreter o gelo da serpentina do evaporador.

Válvula de Gás Quente Qualquer solenóide usado para controlar o fluxo de vapor quente do refrigerante. O modo de aquecimento ou degelo é muitas vezes controlado por uma válvula de gás quente. Em unidades equipadas com modulação, a válvula de gás quente muitas vezes está localizada na mangueira de descarga ou na linha de gás quente. A válvula é energizada (aberta) quando a válvula moduladora está na modulação 100 porcento (totalmente fechada).

HP62 (404A) HP62 é outro nome para 404A.

HP80 (402A) Também chamado de “402A”, o HP80 é muitas vezes utilizado como uma alternativa mais econômica ao R502.

HVAC Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado

Higroscópico Uma substância (como óleo de refrigeração) que facilmente absorve e retém umidade.

PoliaIntermediária

Um conjunto de polias que realiza uma ou mais funções em um sistema acionado por correias. Uma polia intermediária pode 1)conectar um sistema acionado por correias a outro, 2) fornecer um ângulo abrupto em um sistema de acionamento linear e 3) fornecer o ajuste da tensão da correia. Exemplo: A unidade de carreta SB-III utiliza uma polia intermediária para atingir todas as três finalidades acima.

Polegadas de Vácuo Pressão abaixo da pressão atmosférica.

Infiltração O vazamento de ar para dentro ou fora de um espaço com temperatura controlada.

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Isolamento Material de baixa condutividade de calor.

Inversível Uma unidade de caminhão ou carreta multi-temperatura (TC) projetada para permitir o carregamento de cargas super congeladas em qualquer compartimento (frontal, meio, traseira). Qualquer compartimento é capaz de manter temperaturas de -20° a 80° F (-29°a 27°C). Unidades não inversíveis exigem o carregamento de cargas super congeladas apenas no compartimento da frente (principal).

Eixo Intermediário Unidades de caminhão com alimentação automática estão disponíveis com ou sem a opção de motor elétrico (acionamento elétrico auxiliar). Quando a opção de motor elétrico não está especificada, um eixo intermediário substitui o motor elétrico. É um conjunto de montagem e polia usado para manter a configuração da correia quando o motor elétrico não está presente.

Fator K O coeficiente de transferência de calor. A quantidade de calor, em BTUs, que será transmitida através de uma unidade de área de uma substância em uma unidade de tempo com 1°F de diferença de temperatura entre os dois lados da área (substância). Uma caixa bem isolada terá um baixo Fator K.

Quilocaloria Mil calorias-grama. Consulte Caloria-Grama.

Válvula King Consulte RTOV

Klixon Um nome fantasia muitas vezes usado para descrever uma chave de término de degelo de qualquer tipo ou marca. Consulte Chave de Término de Degelo

KPa Kilopascals. Uma unidade de pressão. Um psi = 6,8947573 kPa.

Calor Latente A energia do calor que se move para dentro ou para fora de uma substância quando a substância muda de estado (sólido para líquido, líquido para gasosos, gasoso para líquido, etc.) Conforme uma substância absorve um libera calor latente, não há alteração de temperatura mensurável na substância. Compare: Calor Sensível.

Calor Latente de Condensação

O calor latente (medido em BTUs ou calorias) liberado quando um gás (vapor) muda para o estado líquido. Em 212°F (100°C), a evaporação (vapor de água) deve liberar 970 BTUs (244 calorias/quilograma) para cada libra de água. Este é um princípio básico para a rejeição efetiva de calor no condensador de qualquer sistema de refrigeração.

Calor Latente de Evaporação

O calor latente (medido em BTUs ou calorias) necessário para causar uma mudança do estado líquido para o gasoso. Quando uma libra de água se encontra em 212°F (100°C), um adicional de 970 BTUs (245 calorias/quilograma) é necessário para mudar o estado da água para o vapor. Este é um princípio básico para a absorção efetiva de calor no evaporador de qualquer sistema de refrigeração.

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Calor Latente de Fusão

O calor latente (medido em BTUs ou calorias) que deve ser adicionado para causar uma mudança do estado sólido para o líquido ou, ao contrário, que deve ser removido para causar uma mudança do estado líquido para o sólido. Quando uma libra de gelo derrete, absorve 144 BTUs. Para congelar uma libra de água (líquido para sólido), 144 BTUs devem ser removidos.

Calor Latente de Sublimação

Uma mudança direta de um estado sólido para um gasoso sem atravessar a fase líquida. O exemplo mais comum é a utilização de "gelo seco" (dióxido sólido de carbono) para resfriamento. O calor latente da sublimação é igual à soma do calor latente da fusão e do calor latente da evaporação.

Solução de Verificação de Vazamento

Qualquer líquido utilizado para localizar vazamentos de refrigerante em um sistema de refrigeração. Um líquido espumoso, colocado sobre um local suspeito de vazamento de refrigerante, gera bolhas para indicar o vazamento.

Detector de Vazamento Um dispositivo utilizado para localizar vazamentos de refrigerante em um sistema de refrigeração. Normalmente, um dispositivo eletrônico extremamente sensível que produz uma resposta áudio-visual à presença de quantidades extremamente pequenas de refrigerante.

LED Diodo de Emissão de Luz. Um pequeno bulbo de néon que opera em baixa tensão (3 a 4 volts).

Barra Luminosa Um indicador luminoso opcional, conectado ao corpo do caminhão ou carreta, que permite que o motorista monitore a operação da unidade Thermo King através da simples visualização da barra luminosa em seu espelho retrovisor.

Injeção de Líquido O processo ou projeto que injeta refrigerante líquido para refrigeração de um componente. A injeção de líquido é normalmente utilizada para limitar a temperatura interna de pequenos compressores com acionamento por correias. Também utilizado em algumas unidades de refrigeração de contêineres marinhos.

Linha de Líquido O tubo que carrega o refrigerante líquido do tanque de líquido até a válvula de expansão.

Carga 1) O produto que está sendo refrigerado e transportado. 2) A quantidade de calor que está sendo removida pelo sistema de refrigeração. (Por exemplo, um compressor se encontra sob uma pesada carga de calor quando espera-se que faça a refrigeração de um baú muito quente).

Travas de Carga Dispositivos extensíveis semelhantes à barras utilizados para estabilizar o conteúdo de um caminhão ou carreta.

Conexões de Baixa Perda Conexões utilizadas em um manômetro de serviço (ou outra ferramenta refrigerante) para manter a pressão residual nas mangueiras quando o manômetro não está em uso. Isso ajuda a manter o ar e a umidade fora do manômetro.

Pressostato de Baixa Pressão (LPCO)

Uma chave operada por pressão que abre para interromper a operação da unidade quando a pressão de sucção atinge um máximo pré-determinado.

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Lado de Baixa A parte de um sistema de refrigeração entre a válvula de expansão e o lado de entrada do compressor. A parte de um sistema de refrigeração normalmente sob baixa pressão durante o modo de refrigeração. Consulte Lado de Alta

Manômetro Magnehelic Um manômetro muito preciso utilizado para testar, calibrar e ajustar a chave de ar (como a chave de ar do sistema de degelo nas unidades Thermo King). Mede de 0 a 2,0 polegadas na coluna de água em 0,05” de aumentos.

Max Uma unidade com refrigerante de alta pressão (R502 ou 404a) em preferência ao R12 ou R134a.

Max + Uma unidade de carreta com refrigerante 404a e um controlador microprocessado TG-VI.

Micro-P-IV Um controle microprocessado Thermo King. também chamada “MP4”, “μP-IV”, “controle Smart Reefer” e “controle SR”. os novos modelos são μP-V, μP-VI, etc.

Mistura Uma mistura de dois ou mais refrigerantes, normalmente por acidente, que resulta em um refrigerante inutilizável que deve ser legalmente descartado.

Modelo 10 / Modelo 20 Refrigeração de caminhões acionada pelo veículo: Um Thermo King, modelo 10, possui apenas um compressor acionado pelo veículo. Um modelo 20 possui um compressor acionado pelo veículo e um compressor de “acionamento elétrico auxiliar” acionado por um motor elétrico.

Modelo 30 / Modelo 50 Unidades de caminhão e carreta de acionamento automático: Um modelo 30 possui um motor a diesel. Um modelo 50 possui um motor a diesel e um motor de acionamento elétrico auxiliar.

Modulação Um sistema opcional que reduz a desidratação da carga (produto) e impede “congelamento superior”.

Válvula Moduladora Uma válvula localizada na linha de sucção do sistema de refrigeração para fornecer controle preciso do desempenho de resfriamento do evaporador. O sistema de modulação foi projetado para evitar “congelamento superior” e desidratação de perecíveis frescos. A válvula moduladora é capaz de realizar um fechamento parcial para regular o fluxo do gás de sucção para o compressor.

Acionador do Motor Um conversor. Um dispositivo elétrico que converter corrente direta (DC) para corrente alternada (AC). A corrente alternada é então fornecida para o motor AC. Facilita o controle de rotações do motor. Utilizada em sistemas de ar condicionado de ônibus.

Divisória Móvel Um dispositivo espesso, isolado, portátil semelhante à uma parede utilizado para criar compartimentos em um caminhão ou carreta com temperatura controlada.

MP-4 Consulte Micro-P-IV

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Termos do Mercado

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MP66 Também chamado “401B”, o MP66 é um refrigerante substituto para o R12. É mais barato do que o R12, uma unidade R12 exige 20 porcento a menos de MP66 e o MP66 utiliza o mesmo óleo que o R12 (alquilbenzeno).

Multi-temperatura Uma unidade de caminhão ou carreta Thermo King capaz de manter diferentes pontos de ajuste em diversos compartimentos.

Mistura Quase Azeotrópica de Refrigerantes (NARM - Near Azeotropic Refrigerant Mixture)

Uma mistura zeotrópica que apresenta componentes e/ou composição tais que o “glide” é pequeno (menor do que 10°F) (-12,22°C). Exemplos incluem HCFC R401B, 402A e HFC R404A. Consulte Mistura Zeotrópica de Refrigerantes. Consulte Mistura Azeotrópica de Refrigerantes.

No. 1 Combustível Diesel Uma graduação de combustível diesel formulada para evitar “engrossamento” em baixas temperaturas ambiente.

No. 2 Combustível Diesel Uma graduação de combustível diesel formulada para moderação em temperaturas ambiente quentes.

Não-Condensáveis Gases externos misturados ao refrigerante que não podem ser condensados para a forma líquida nas temperaturas e pressões necessárias para a condensação de refrigerantes. O ar é um não-condensável típico, mas o gás nitrogênio (algumas vezes introduzido para fins de testes) também pode estar no sistema. Os não-condensáveis elevam a pressão do cabeçote e podem causar a interrupção da unidade (consulte HPCO) em altas temperaturas ambiente).

Nulo Um estado inativo das unidades de refrigeração (não está aquecendo e não está resfriando) quando a temperatura no baú é igual ao ponto de ajuste do termostato. O fluxo do refrigerante através do evaporador foi interrompido e, se equipado, o motor do ventilador do evaporador elétrico pode ser desligado.

Classificação ODP Potencial de Destruição da Camada de Ozônio (Ozone Depletion Potential). O potencial de um refrigerante de danificar a camada de ozônio da atmosfera terrestre. Uma classificação ODP de “1” é muito prejudicial ao ozônio. Refrigerantes classificados em menos de “1” são menos prejudiciais à camada de ozônio. Exemplo: o R12 possui uma classificação ODP de 1.0. O R22 possui uma classificação ODP de 0,05. O R134a possui um ODP de (não prejudicial à camada de ozônio).

Separador de Óleo Um dispositivo para separar o óleo de refrigeração do gás de descarga do compressor e devolver o óleo para o cárter do compressor. Normalmente usados em unidades Thermo King acionadas pelo veículo.

Óleo PAG Um óleo de refrigeração. Polialquileno Glicol. (Não usado em unidades TK.) Consulte Óleo Poliolester. Consulte Óleo Alquilbenzeno.

Recuperação Passiva Evacuação do sistema por meio de um contêiner com pressão inferior à do sistema. Consulte Recuperação Ativa

Vácuo Perfeito 29,92” Hg (29,92 polegadas de mercúrio)

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Válvula Piloto Solenóide

Uma válvula eletromagnética usada para controlar a válvula de 3 vias. Quando ativada, a válvula de 3 vias mudará e a unidade operará no modo de aquecimento. O solenóide piloto também é ativado durante o modo de degelo.

Palhetas do Pistão Palhetas em formato de anel (válvula unidirecional) localizada na parte superior de cada pistão em um compressor recíproco. Conforme o pistão move o cilindro para baixo, a palheta se abre para permitir que o gás refrigerante se mova da área do cárter para a área acima do pistão. Conforme o pistão move o cilindro para cima, a palheta se fecha para prender o gás refrigerante acima do pistão. O teste de capacidade do compressor é utilizado para verificar as condições das palhetas do pistão.

Óleo Poliolester Um óleo de refrigeração baseado em éster normalmente utilizado com refrigerantes não prejudiciais à camada de ozônio, como o R134a e R404a.

Pré-Resfriamento Para refrigerar um baú vazio (área de temperatura controlada) para a temperatura de carga desejada antes do carregamento.

Pré-Aquecimento O aquecimento das velas de aquecimento o motor a diesel para partida. Alguns motores usam um aquecedor no coletor de admissão ao invés de velas de aquecimento.

Pressão O empuxo exercido contra as paredes do contêiner por um gás ou líquido, normalmente medido em libras por polegada quadrada ou kilopascals (kPa).

Queda de Pressão Perda na pressão da tubulação de um ponto a outro devido ao atrito. Perda de pressão devido ao vapor de condensação. Perda de pressão devido a um vazamento no sistema.

Inspeção Pré-Viagem Verificação da operação de um sistema de refrigeração antes do carregamento.

Produto A carga cuja temperatura está sendo controlada.

psi Libras por polegada quadrada

PSIA Libras por polegada quadrada - Absoluta. Um medidor calibrado em PSIA exibirá uma pressão de 14,7 no nível do mar quando aberto para a atmosfera. Consulte Pressão Absoluta

PSIG Medidor de Libras por Polegada Quadrada (Pounds per Square Inch Gauge). Pressão em libras por polegada quadrada, conforme exibido por um medidor calibrado para zero quando aberto para a atmosfera.

Vácuo Um procedimento utilizado para fazer a manutenção de um sistema de refrigeração. O refrigerante em uma unidade com carga é bombeado do lado de baixa do sistema de refrigeração e armazenado no condensador e no tanque de liquido.

Carreta tipo Pup Uma segunda (e normalmente menor) carreta conectada a um único trator.

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Purga A liberação de uma pequena quantidade de vapor de refrigerante de uma mangueira, tubo, peça do sistema, ou outro dispositivo para remoção de contaminantes (normalmente ar).

Radiação A passagem de calor de um objeto a outro sem o aquecimento do espaço entre eles. O calor é transmitido por movimento de ondas similares à luz. Por exemplo, a energia solar é transferida para a terra por radiação.

Filtro Secador do Tanque de Líquidos

Consulte Desidratador

Válvula de Retenção da Saída do Tanque de Líquidos

Unidades de caminhão de acionamento automático: Uma válvula de retenção usada na linha de líquido para evitar o fluxo de refrigerante da linha de líquido para o tanque de líquidos durante os modos de aquecimento e degelo em unidades Thermax™.

Tanque de Liquido Um dispositivo de armazenamento de refrigerante incluído em quase todas as unidades Thermo King.

Regeneração O processo de limpeza do refrigerante, deixando-o nas mesmas condições de um refrigerante novo. Um processo normalmente executado por serviços licenciados de regeneração —não pode ser executado em campo.

Regenerador Uma máquina utilizada para remover e instalar refrigerante ao mesmo tempo em que remove seus contaminantes. (um regenerador não regenera realmente como definido acima⎯ele recupera e recicla o refrigerante).

Recuperar A remoção de refrigerante de um sistema e seu armazenamento em um contêiner externo sem testá-lo ou processá-lo.

Reciclar O processo de limpeza do refrigerante para reutilização pela da remoção de óleo e contaminantes através da passagem através de dispositivos de absorção de umidade como filtros secadores de núcleo substituível. É considerada uma prática de campo.

Refrigerante A média de transferência de calor em um sistema de refrigeração que absorve o calor através da evaporação em uma baixa temperatura e que libera o calor através da condensação em alta temperatura.

Refrigerante: R12 Um refrigerante CFC com um ponto de ebulição de -21°F (-29,4°C) em PSIG zero.

Refrigerante: R22 Um refrigerante HCFC com um ponto de ebulição de -41°F (-40,5°C) em PSIG zero.

Refrigerante: R404A Um refrigerante HFC com um ponto de ebulição de -50°F (-45,5°C) em PSIG zero.

Refrigerante: R502 Um refrigerante HCFC com um ponto de ebulição de -49°F (-45°C) em PSIG zero.

Refrigerante: 134a Um refrigerante HFC com um ponto de ebulição de -15°F (-26,1°C) em PSIG zero.

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Evaporador Remoto Uma unidade de evaporador localizada no segundo ou terceiro compartimento de uma unidade de caminhão ou carreta multi temperatura. ConsulteECT, EW, TLE

Reserva A quantidade de sobrecarga especificada para garantir a capacidade de controle adequado da temperatura sob condições extremas. Por exemplo, ao medir a capacidade da unidade para uma aplicação específica, pode ser acrescentada uma leve sobrecarga à unidade para garantir a manutenção adequada da temperatura apesar da vedação da porta e da degradação do isolamento, aberturas freqüentes da porta e temperatura ambiente extremamente altas.

Divisória do Ar de Retorno

Uma estrutura (de metal ou plástico) montada na parte frontal de uma carreta e projetada para evitar obstruções no fluxo do ar de retorno para a unidade Thermo King em virtude de carregamento inadequado.

Sensor de Ar de Retorno Mede a temperatura do ar no compartimento de carga ou baú.

Temperatura do Ar de Retorno

Consulte Temperatura no Baú

Gerenciamento de Risco Um tópico de refrigeração que inclui reconhecimento de fatores como fluxo de ar dentro da carreta, práticas de carregamento do trailer, abertura de portas e isolamento da carreta. Literalmente, significa “o gerenciamento de seu risco de danificar a carga enquanto produtos perecíveis se encontram sob sua responsabilidade.”

RPM Rotações por minuto

RTOV Válvula de Saída do Tanque de Líquido

Vapor Saturado As condições de temperatura/pressão que permitem que um refrigerante exista como uma mistura de líquido e vapor. Isso ocorre no evaporador quando o refrigerante está realizando a mudança do estado líquido para o gasoso e no condensador quando o refrigerante está mudando do estado gasoso para o líquido.

Temperatura de Saturação

Consulte Ponto de Ebulição

Compressor Parafuso Ao contrário do compressor “estilo pistão” recíproco, o compressor parafuso utiliza dois “parafusos” funcionando juntos para comprimir o refrigerante e movê-lo através do sistema.

Motor se 2.2 Um “motor delgado” (se - slim engine) de 2,2 litros normalmente usado em unidades de carreta Thermo King desde 1992. O “se” é um motor 2,2 di modificado para reduzir o tamanho da unidade. (Consulte também di)

Seção 608 Nos Estados Unidos da América, a Seção 608 do Clean Air Act (Lei do Ar Limpo) especifica o manuseio de refrigerantes, as práticas de cuidado e a certificação técnica em aplicações de refrigeração comerciais, residenciais e outras aplicações fixas.

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Seção 609 Nos Estados Unidos da América, a Seção 609 do Clean Air Act (Lei do Ar Limpo) especifica o manuseio de refrigerantes, as práticas de cuidado e a certificação técnica em aplicações móveis de refrigeração (por exemplo, condicionamento de ar de carros e caminhões).

Calor Sensível O calor necessário para mudar a temperatura de uma substância. Quando a temperatura da água sobe de 32°F para 212°F, (0°para 100°C), está ocorrendo um aumento no conteúdo do calor sensível. Compare: Calor Latente

Bulbo Sensor Conectado à tubulação de saída, o bulbo sensor responde à temperatura da tubulação de saída do evaporador para afetar a abertura da válvula de expansão.

Ponto de Ajuste A temperatura selecionada em um termostato ou controlador microprocessado. Esta é normalmente a temperatura desejada no baú.

Selo Um sistema mecânico de peças para evitar vazamento de refrigerante entre o eixo do compressor em rotação e um cárter estacionário.

Ciclagem Curta Quando uma unidade de refrigeração cicla entre os modos HEAT e COOL mais vezes do que o normal. Isso normalmente é causado quando o ar de descarga retorna da admissão da entrada do evaporador sem a circulação adequada através da carga (produto). A ciclagem curta é normalmente causada por práticas inadequadas de carregamento que bloqueiam o fluxo de ar do evaporador.

Visor de Liquido Um componente do sistema que permite a inspeção visual do nível e das condições do óleo e/ou refrigerante.

SII Super II. Um modelo de carreta Thermo King.

Golpe O retorno de refrigerante ou óleo para o compressor na condição de um líquido. O golpe pode causar batidas e danos ao compressor. Algumas vezes chamado de “golpe de líquido”.

Smart Reefer (SR) Uma unidade de carreta equipada com controle de microprocessador μP-IV. Consulte Micro-P-IV

Válvula Solenóide Uma válvula eletromagnética que pode ser aberta ou fechada eletricamente. A maioria dos solenóides nos produtos Thermo King são do tipo NC (normally closed - normalmente fechado). (Eles bloqueiam o fluxo de líquido ou vapor quando nenhuma voltagem é aplicada ao eletro-magneto.) Alguns solenóides NO (normally-open - normalmente abertos) são utilizados.

Densidade Específica

O peso de uma substância comparado ao peso do mesmo volume de água na mesma temperatura. Objetos que flutuam na água possuem uma gravidade específica menor do que um. Objetos que afunda na água possuem uma gravidade específica maior do que um.

Calor Específico O calor necessário para mudar a temperatura da massa de uma determinada unidade de uma substância em um grau em comparação à quantidade de calor necessário para mudar a temperatura de uma massa de unidade idêntica de água em um grau. Expressa em BTUs por libra por grau Fahrenheit ou joules por quilograma kelvin.

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SR Consulte Smart Reefer

SSV Válvula de Serviço de Descarga

Caminhão Direto Um caminhão que consiste em uma cabina de motorista conectada ao baú ou plataforma para transporte de carga. Não um semi-caminhão, que consiste em uma carreta puxada por um trator. Consulte Cavalo

Sub-Resfriado Resfriado abaixo da temperatura de saturação correspondente à pressão existente.

Linha de Sucção A tubulação que leva o refrigerante do evaporador de volta para o compressor.

Pressão de Sucção Pressão no lado de sucção (lado de baixa) do compressor. A pressão de sucção é normalmente uma pressão (acima de psig zero), mas pode ser um vácuo.

Regulador da Pressão de Sucção

Similar a uma válvula estranguladora, o regulador de pressão de sucção controla o fluxo de vapor de refrigerante para o compressor. Ele limita a carga no motor ou motor elétrico. Um regulador de pressão de sucção é usado em compressores de 2 cilindros Thermo King. Uma válvula estranguladora é usada em compressores de 4 cilindros. Consulte Válvula Estranguladora

Palhetas de Sucção Consulte Palhetas do Pistão

Lado de Sucção O lado de baixa pressão de um sistema de refrigeração localizado entre a válvula de expansão e o compressor. Consulte Lado de Alta

Linha de Sucção O tubo ou cano que transporta o vapor de refrigerante do evaporador para a entrada do compressor.

Superaquecimento O calor contido em um vapor acima da quantidade de calor necessária para manter o estado gasosos em uma pressão existente, ou seja, acima de se ponto de saturação ou ponto de ebulição.

Vapor Superaquecido Vapor em uma temperatura superior à temperatura de ebulição correspondente à pressão na qual se o vapor existe.

TC Uma unidade de carreta multi temperatura não-reversível com dois ou três (TC-3) compartimentos com temperatura controlada. Produtos super congelados devem ser transportados em um compartimento principal (frontal). O termo pode ter se originado das palavras "two-compartment" (dois compartimentos).

TCI Uma unidade de carreta multi temperatura reversível com dois ou três (TCI-3) compartimentos com temperatura controlada. Uma unidade multi-temperatura reversível capaz de manter temperaturas entre -20°F e +80°F (-28,89°C e 26,67°C) em qualquer compartimento.

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TD A abreviatura de Diferencial de Temperatura ou Diferença de Temperatura (abreviatura do inglês). O termo é muitas vezes utilizado como referência à diferença de temperatura do ar que entra na serpentina do evaporador versus a temperatura de saída. Abreviatura ΔT

Temperatura Temperatura é a palavra usada para descrever a intensidade do calor. As duas escalas comuns de medida de temperatura são Fahrenheit (°F) e Celsius (°C).

Diferencial de Temperatura

Consulte TD

Glide de Temperatura Uma característica do ponto de ebulição inconsistente de algumas combinações de refrigerantes. Por exemplo, em um evaporador com pressão constante, uma combinação de refrigerantes pode entrar em ebulição em uma temperatura e encerrar a ebulição em uma temperatura superior. A diferenças nessas temperaturas de ebulição é chamada de glide de temperatura.

Ternário Composto de três partes.

TF (Thermo Fresh) Uma unidade Thermo King com o sistema de modulação opcional⎯ recomendado para transporte de produtos. A modulação virtualmente elimina o “congelamento superior” e reduz a desidratação da carga. Consulte Modulação

TG-IV Um termostato Thermo King com um botão para ajuste do ponto de ajuste.

TG-V Um termostato Thermo King com um pequeno microprocessador e um teclado numérico para ajuste do ponto de ajuste, controle de intervalos de degelo, duração do degelo, etc.

TG-VI Similar ao μP-IV, esse controle microprocessado pode armazenar códigos de diagnóstico e fornecer controle sofisticado da unidade Thermo King. Este controlador pode possuir apenas uma chave (Liga/Desliga). (Não deve ser confundido com o μP-VI)

TherMax™ Um sistema utilizado em unidades de caminhão de acionamento automático para aprimorar o desempenho de aquecimento e degelo. Este sistema usa refrigerante do condensador e da linha de líquido que, de outra forma, estaria em estado inativo durante a operação de aquecimento e degelo.

Solenóide TherMax™ (Aquecimento)

Uma válvula eletromagnética usada em unidades de caminhão de acionamento automático com o sistema de aquecimento aprimorado TherMax™. Essa válvula abre para permitir o fluxo de refrigerante da linha de líquido para o acumulador. Esse refrigerante adicional no “lado de baixa” aumenta a pressão (e temperatura) do sistema durante a operação de aquecimento e degelo.

Termodinâmica

Termodinâmica é o ramo da ciência que explica a ação mecânica do calor. Há diversos leis fundamentais de termodinâmica. A primeira dessas leis estabelece que energia nunca pode ser criada ou destruída, mas pode ser convertida de um tipo para outro.

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Thermoguard Uma marca registrada da Thermo King Corporation em uso normalmente usada no nome completo dos termostatos e controles microprocessados Thermo King. Por exemplo, Thermoguard IV e Thermoguard V são termostato s de unidades de carreta. Thermoguard μP-VI é um controle microprocessado de unidades de carreta. Muitas vezes abreviado como “TG”, como em TG-IV e TG-V.

Thermoguard μP IV Consulte Micro-P-4

Termostato Um dispositivo que controla os modos de operação da unidade para manter uma temperatura selecionada no baú ou interior do ônibus. O termostato básico das unidades de caminhão/carreta Thermo King controla quatro modos: Refrigeração em Alta Velocidade; Refrigeração em Baixa Velocidade; Aquecimento em Baixa Velocidade; Aquecimento em Alta Velocidade. Um termostato com controle microprocessado (como o TG-V) também controla o início de degelo automático, duração máxima do degelo e diversas outras funções.

Válvula de Expansão Termostática

Um dispositivo que regula o fluxo de refrigerante da linha de líquido para o evaporador e mantém uma temperatura do evaporador em uma relação definida com a temperatura de um bulbo termostático conectado à linha de sucção do evaporador.

Válvula de Três Vias Uma válvula usada em unidades caminhão e carreta Thermo King para controlar o fluxo de refrigerante. Sua posição determina se a unidade entrará no modo de refrigeração ou de aquecimento.

Válvula Estranguladora Um dispositivo que controla o fluxo de vapor de refrigerante para o compressor. Ela limita a carga no motor ou motor elétrico. Uma válvula estranguladora é usada em compressores de 4 cilindros. Um regulador de pressão de sucção é usado em compressores de 2 cilindros Thermo King. Também chamada de válvula estranguladora. Consulte Regulador da Pressão de Sucção

TLE Evaporador Delgado Um evaporador remoto Thermo King projetado para ser compacto (delgado) ao mesmo tempo em que fornece fluxo superior de ar. Consulte ECT e EW

Ton A unidade comum usada para medir o efeito da refrigeração. A quantidade de calor absorvida por uma tonelada (2000 lb/4.400 quilogramas) de gelo conforme ocorre a mudança para o estado líquido em um período de 24 horas. É a refrigeração equivalente a 12.000 BTUs por hora. (Uma libra de gelo absorve 144 BTUs conforme derrete. Uma tonelada de gelo absorve 288.000 BTUs. quando uma tonelada de gelo derrete em 24 horas, a taxa é de 288.000 ÷ 24 ou 12.000 BTUs por hora.)

Congelamento Superior Quando a parte superior da carga perecível é danificada por temperatura de congelamento descarregadas pela unidade de refrigeração. Isso pode ocorrer próximo à parte frontal do baú quando o produto é colocado muito perto do ar frio de descarga.

Page 135: Sistemas de Controle de Regrigeração

Glossário

145

Transdutor Um dispositivo que, quando acionado por sinais (por exemplo, pressão) de um sistema, pode fornecer sinais relacionados (por exemplo, tensão) para outro sistema. Por exemplo, alguns sistemas de refrigeração empregam um transdutor de descarga do compressor para converter uma entrada mecânica (pressão) em uma saída elétrica (tensão).

TXV Consulte Válvula de Expansão Termostática

UA Vazamento de BTU por hora em uma mudança de temperatura em 1°. Uma carreta nova pode possuir um UA de 140, que aumenta para, talvez, 150 ou mais conforme o isolamento se deteriora e é danificado.

UE Um antigo termostato Thermo King fabricado pela United Electric.

Descarregador Um recurso de descompressão operado por solenóide de algumas unidades Thermo King projetada para economizar combustível e reduzir a capacidade de refrigeração, conforme necessário. Por exemplo, quando a temperatura do baú (compartimento de carga) está próxima do ponto de ajuste, a eficiência do compressor pode ser reduzida (não carregado) para manter uma temperatura estável (confortável) enquanto há redução da carga do motor e do consumo de combustível.

USDA Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (United States Department of Agriculture)

Vácuo Uma pressão abaixo da pressão atmosférica, normalmente medida em polegadas de mercúrio (abreviatura: Hg) ou kilopascals (abreviatura: kPa). Um vácuo completo é igual a 29,92” Hg.

Placa da Válvula

(Placa da Válvula de Descarga)

Uma peça interna do compressor recíproco localizada acima de cada pistão. Ela opera como uma válvula de retenção, permitindo que o gás refrigerante saia da área acima do pistão ao mesmo tempo em que impede seu retorno quando o pistão está em curso descendente. O procedimento de vácuo no compressor é usado para verificar as condições da placa da válvula de retenção.

Vapor Termo comum usado para designar o refrigerante no estado gasoso. Consulte Gás.

Pressão do Vapor A pressão exercida por um vapor. Se um vapor está confinado e se acumula sobre seu líquido, a uma temperatura constante, ele atinge uma pressão máxima chamada de pressão de vapor saturado. A pressão do vapor aumenta com o aumento de temperatura e cai com a redução de temperatura.

Recirculação do Ar Ar Condicionado de Ônibus: O ar no interior do compartimento de carga é recirculado

Rendimento Volumétrico A proporção do volume real de gás refrigerante bombeado pelo compressor e o volume deslocado pelos pistões do compressor.

Watt Um termo que define a capacidade de resfriamento da unidade. Um Watt = 3,42 BTU

Page 136: Sistemas de Controle de Regrigeração

Glossário

146

X214 Compressor Thermo King (2 cilindros, deslocamento de 14 polegadas cúbicas)

X426 Compressor Thermo King (4 cilindros, deslocamento de 26 polegadas cúbicas)

X430 Compressor Thermo King (4 cilindros, deslocamento de 30 polegadas cúbicas)

Mistura Zeotrópica de Refrigerantes

Um fluido combinado de dois ou mais componentes em que cada componente possui diferentes pressões de vapor/pontos de ebulição. Consulte Mistura Azeotrópica de Refrigerantes. Consulte Mistura Quase Azeotrópica de Refrigerantes.

Page 137: Sistemas de Controle de Regrigeração

Anexo Manômetros

Na indústria de refrigeração, é possível encontrar dois tipos de manômetros - um lê a pressão “absoluta” (PSIA) e o outro lê a pressão “manométrica” (PSIG). Os relatórios técnicos e dados de engenharia podem utilizar libras por polegada quadrada absoluta (psia). As referências ao serviço de campo são normalmente estabelecidas em libras por polegada quadrada manométrica (psig).

PSIA

Um manômetro que exibe a pressão atmosférica é um manômetro de PSIA (libras por polegada quadrada - absoluta). Quando esse manômetro não está conectado a uma fonte de pressão, ele exibe 14,7 libras por polegada quadrada no nível do mar. Esse tipo de manômetro é utilizado em laboratórios científicos e centros de pesquisas. Não é o manômetro comum utilizado na indústria de controle de temperatura de transporte.

PSIG

O manômetro comum é um manômetro de PSIG (libras por polegada quadrada - manométrica). A pressão manométrica é a pressão acima da pressão atmosférica. Ele exibe pressão "zero" quando não conectado a uma fonte de pressão. Como ocorre com o manômetro de PSIA, a pressão atmosférica exerce influência sobre ele. No entanto, ele é calibrado para exibir "pressão zero" quando não está conectado a uma fonte de pressão.

To convert PSIG to PSIA, add 14.7

To convert PSIA to PSIG, subtract 14.7

. Para converter PSIG para PSIA, adicione 14,7

Para converter PSIA para PSIG, subtraia 14,7

152

Page 138: Sistemas de Controle de Regrigeração

Anexo Manômetro Composto

Um manômetro composto mede tanto a pressão quanto o vácuo. Pressões abaixo de 0 psig são na verdade leituras negativas no manômetro e são citadas como polegadas de vácuo. O manômetro composto aqui ilustrado mede a pressão de 0 a 250 psig e o vácuo de 0" a aproximadamente 30" Hg.

Por que “Polegadas de Hg"?

"Hg" é o abreviação científica para “mercúrio”. Medidores de vácuo muito precisos na realidade usam uma coluna de mercúrio líquido para indicar a intensidade do vácuo. Veja aqui como funcionam.

30” tube, or longer, OPEN at both ends.

Se um tubo aberto for colocado na posição vertical em uma vazilhaaberta de mercúrio líquido, o mercúrio não irá subir pelo tubo. Isso ocorre porque a pressão atmosférica no mercúrio que se encontra dentro do tubo é igual a pressão do mercúrio dentro da vazilha. Não há força ou pressão de desequilíbrio para empurrar o mercúrio tubo acima.

Se a parte superior do tubo for fechada e todo o ar for sugado do tubo, há um vácuo completo no tubo. Não há nada (nem ar ou pressão) para empurrar o mercúrio no tubo. No nível do mar, 14,7 libras de pressão atmosférica contrária “empurram” o mercúrio tubo acima a uma distância de 29,92 polegadas. Em 29,92 polegadas, o peso do mercúrio no tubo é igual à pressão atmosférica (14,7 psig). Assim, um vácuo completo no nível do mar é igual a 29,92” de Hg.

153

Page 139: Sistemas de Controle de Regrigeração

Anexo

Um vácuo parcial é um vácuo menor do que 29,92” Hg. Por exemplo, um vácuo de 15” fará com que o mercúrio suba até 15” no tubo. A quantidade de vácuo no tubo é expressa como “quinze polegadas” ou 15” Hg.

. AVISO!

O mercúrio líquido é altamente tóxico para humanos e organismos vivos.

154

Page 140: Sistemas de Controle de Regrigeração

Gráfico de Pressão-Temperatura do Refrigerante Pressão do Vapor em

PSIG

Pressões menores do que 0 psig (vácuo, polegadas de Hg) são mostradas entre parênteses ()

TEMP °C

-45.6 -44.4 -43.3 -42.2 -41.1

-40.0 -38.9 -37.8 -36.7 -35.6

-34.4 -33.3 -32.2 -31.1 -30.0

-28.9 -27.8 -26.7 -25.6 -24.4

-23.3 -22.2 -21.1 -20.0 -18.9

-17.8 -16.7 -15.6 -14.4 -13.3

-12.2 -11.1 -10.0 -8.9 -7.8

-6.7 -5.6 -4.4 -3.3 -2.2

-1.1

0 1.1 2.2 3.3

4.4 5.6 6.7 7.8 8.9

TEMP

°F

-50 -48 -46 -44 -42

-40 -38 -36 -34 -32

-30 -28 -26 -24 -22

-20 -18 -16 -14 -12

-10

-8 -6 -4 -2

0 2 4 6 8

10 12 14 16 18

20 22 24 26 28

30 32 34 36 38

40 42 44 46 48

Branco

12

(15.4) (14.5) (13.6) (12.7) (11.8) (11.0) (9.9) (8.8) (7.7) (6.6) (5.5) (4.3) (3.0) (1.6) (0.3)

.6 1.3 2.1 2.9 3.7

4.5 5.4 6.3 7.3 8.2

9.2 10.2 11.3 12.4 13.5

14.6 15.8 17.1 18.4 19.7

21.0 22.5 24.0 25.5 27.0

28.5 30.2 31.9 33.6 35.3

37.0 38.9 40.8 42.8 44.7

Verde

22

(6.1) (4.8) (3.4) (2.7) (2.0)

0.5 1.3 2.2 3.0 3.9

4.8 5.8 6.9 7.9 9.0

10.1 11.3 12.6 13.8 15.1

16.4 17.9 19.4 20.9 22.4

23.9 25.6 27.4 29.1 30.9

32.7 34.7 36.8 38.8 40.9

43.0 45.3 47.7 50.0 52.4

54.8 57.5 60.2 63.0 65.7

68.5 71.6 74.7 77.8 80.9

Azul Claro

134a

(18.5) (17.4) (16.9) (16.2) (15.4)

(14.7) (13.7) (12.7) (11.7) (10.7)

(9.8) (8.6) (7.4) (6.2) (5.0)

(3.8) (2.2) (0.7) 0.3 1.0

1.8 2.7 3.6 4.5 5.4

6.3 7.3 8.4 9.4

10.5

11.6 12.8 14.1 15.4 16.7

18.0 19.5 21.0 22.5 24.0

25.6 27.3 29.1 30.9 32.7

34.5 36.5 38.6 40.7 42.8

Roxo Claro

502

(0.2)

0.7 1.5 2.3 3.2

4.1 5.1 6.0 7.0 8.0

9.2

10.3 11.5 12.7 14.0

15.3 16.7 18.1 19.5 21.0

22.6 24.2 25.8 27.5 29.3

31.1 32.9 34.9 36.9 38.9

41.0 43.2 45.4 47.7 50.0

52.5 54.9 57.5 60.1 62.8

65.6 68.4 71.3 74.3 77.4

80.5 83.8 87.0 90.4 93.9

Marrom Amarelado 401B

(MP 66)

(17.0) (16.2) (15.4) (14.5) (13.6)

(12.6) (11.6) (10.6) (9.5) (8.4)

(7.1) (5.9) (4.6) (3.2) (1.8)

(0.3)

0.6 1.4 2.2 3.0

3.9 4.8 5.8 6.8 7.8

8.8 9.9

11.1 12.3 13.5

14.7 16.0 17.4 18.8 20.2

21.7 23.2 24.8 26.5 28.2

29.9 31.7 33.5 35.5 37.4

39.4 41.5 43.7 45.8 48.1

Marrom Claro 402A (HP

80)

1.0 1.3 2.8 3.7 4.6

5.6 6.7 7.8 8.9

10.0

11.3 12.5 13.8 15.2 16.6

18.0 19.5 21.1 22.7 24.3

26.1 27.8 29.7 31.5 33.5

35.5 37.6 39.7 41.9 44.2

46.6 49.0 51.4 54.0 56.6

59.3 62.1 65.0 67.9 70.9

74.0 77.2 80.5 83.8 87.3

90.8 94.5 98.2

102.0 105.9

Cinza

403B (69 L)

0.5 1.3 2.1 3.0 3.9

4.8 5.8 6.8 7.9 9.0

10.1 11.3 12.5 13.8 15.1

16.5 17.9 19.3 20.8 22.4

24.0 25.6 27.3 29.1 30.9

32.8 34.7 36.7 38.8 40.9

43.0 45.3 47.6 49.9 52.4

54.9 57.4 60.1 62.8 65.6

68.4 71.3 74.3 77.4 80.6

83.8 87.1 90.6 94.0 97.6

Laranja 404A

(HP 62)

0 0.9 2.0 2.7 3.6

4.5 5.5 6.5 7.6 8.7

9.9 11.1 12.3 13.6 14.9

16.3 17.7 19.2 20.7 22.3

23.9 25.6 27.3 29.1 30.9

32.8 34.8 36.8 38.9 41.1

43.3 45.6 48.0 50.4 52.9

55.5 58.1 60.9 63.7 66.5

69.5 72.5 75.6 78.8 82.1

85.5 89.0 92.5 96.2 99.9

Marrom Médio

407C

(11.0) (9.9) (8.7) (7.5) (6.2)

(4.8) (3.4) (1.9) 0.3 0.6

1.5 2.3 3.2 4.2 5.2

6.2 7.2 8.3 9.5

10.7

11.9 13.2 14.5 15.9 17.4

18.9 20.4 22.0 23.7 25.4

27.1 29.0 30.8 32.8 34.8

36.9 39.1 41.3 43.6 45.9

48.4 50.9 53.5 56.1 58.9

61.7 64.6 67.6 70.7 73.8

155

Page 141: Sistemas de Controle de Regrigeração

Gráfico de Pressão-Temperatura do Refrigerante Pressão do Vapor em

PSIG

Pressões menores do que 0 psig (vácuo, polegadas de Hg) são mostradas entre parênteses ()

TEMP °C

10.0 11.1 12.2 13.3 14.4

15.6 16.7 17.8 18.9 20.0

21.1 22.2 23.3 24.4 25.6

26.7 27.8 28.9 30.0 31.1

32.2 33.3 34.4 35.6 36.7

37.8 38.9 40.0 41.1 42.2

43.3 44.4 45.6 46.7 47.8

48.9 50.0 51.1 52.2 53.3

54.4 55.6 56.7 57.8 58.9

60.0 61.1 62.2 63.3 64.4 65.6

TEMP

°F

50 52 54 56 58

60 62 64 66 68

70 72 74 76 78

80 82 84 86 88

90 92 94 96 98

100 102 104 106 108

110 112 114 116 118

120 122 124 126 128

130 132 134 136 138

140 142 144 146 148 150

Branco

12 46.7 48.9 51.1 53.3 55.5

57.7 60.2 62.7 65.2 67.7

70.2 73.0 75.8 78.6 81.4

84.2 87.3 90.4 93.5 96.6

99.8

103.2 106.7 110.2 113.7 117.2 121.0 124.8 128.7 132.5 136.4 140.6 144.9 149.1 153.4 157.7 162.3 167.0 171.6 176.3 181.0 186.1 191.2 196.3 201.4 206.6 212.2 217.8 223.4 229.0 234.6

Verde

22 84.0 87.5 91.0 94.5 98.0

101.6 105.5 109.5 113.4 117.4 121.4 125.8 130.2 134.7 139.1 143.6 148.5 153.5 158.4 163.4 168.4 173.9 179.4 184.9 190.4 195.9 201.9 208.0 214.1 220.2 226.3 233.0 239.7 246.4 253.1 259.9 267.2 274.6 282.0 289.4 296.8 304.8 312.9 321.0 329.1 337.2 346.0 354.9 363.7 372.6 381.5

Azul Claro

134a

44.9 47.3 49.7 52.1 54.5

56.9 59.6 62.4 65.1 67.9

70.7 73.8 76.9 80.1 83.2

86.4 89.9 93.5 97.0

100.6

104.2 108.2 112.2 116.2 120.2

124.3 128.9 133.3 137.8 142.3

146.8 151.8 156.8 161.8 166.8

171.9 177.4 183.0 188.6 194.2

199.8 205.9 212.0 218.2 224.3

230.5 237.2 244.0 250.8 257.6 264.4

Roxo Claro

502

97.4 101.1 104.8 108.6 112.4

116.4 120.5 124.6 128.9 133.2

137.6 142.2 146.8 151.5 156.3

161.2 166.2 171.4 176.6 181.9

187.4 192.9 198.6 204.3 210.2

216.2 222.3 228.5 234.9 241.3

247.9 254.6 261.5 268.4 275.5

282.7 290.1 297.6 305.2 312.9

320.8 328.9 337.1 345.4 353.9

362.6 371.4 380.4 389.5 398.9 408.4

Marrom Amarelado 401B (MP 66)

50.4 52.8 55.3 57.8 60.4

63.1 65.8 68.6 71.5 74.4

77.8 80.6 83.8 87.1 90.4

93.8 97.4

101.0 104.7 108.4

112.3 116.3 120.3 124.5 128.7

133.1 137.5 142.1 146.7 151.5

156.3 161.3 166.3 171.5 176.8

182.2 187.7 193.3 199.1 204.9

210.9 217.0 223.3 229.6 236.1

242.7 249.5 256.4 263.4 270.5 277.8

Marrom Claro 402A (HP 80)

109.9 114.0 118.2 122.6 127.0

131.5 136.1 140.9 145.7 150.7

155.8 161.0 166.3 171.7 177.3

183.0 188.8 194.7 200.8 207.0

213.3 219.7 226.3 233.0 239.9

246.9 254.1 261.4 268.8 276.4

284.6 292.1 300.1 308.3 316.7

325.2 333.9 342.8 351.8 361.0

370.4 380.0 389.7 399.6 409.7

420.0 430.5 441.1 452.0 463.0 474.3

Cinza

403B (69 L)

101.3 105.0 108.9 112.8 116.8

120.9 125.1 129.4 133.8 138.3

142.9 147.6 152.4 157.3 162.3

167.4 172.6 177.9 183.3 188.9

194.5 200.3 206.2 212.2 218.3

224.5 230.9 237.3 243.9 250.7

257.5 264.5 271.6 278.8 286.1

293.6 301.3 309.0 316.9 324.9

333.1 341.4 349.8 358.4 367.2

376.0 385.0 394.2 403.5 413.0 422.6

Laranja

404A (HP 62) 103.7 107.7 111.7 115.8 120.0

124.3 128.8 133.3 137.9 142.7

147.5 152.5 157.6 162.8 168.1

173.5 179.1 184.7 190.5 196.5

202.5 208.7 215.0 221.4 228.0

234.7 241.5 248.5 255.7 262.9

270.3 277.9 285.6 293.5 301.5

309.7 318.0 326.5 335.2 344.0

353.0 362.1 371.5 381.0 390.6

400.5 410.5 420.7 431.1 441.7 452.5

Marrom Médio

407C

77.1 80.4 83.9 87.4 91.0

94.8 98.6

102.5 106.5 110.7

114.9 119.3 123.7 128.3 133.0

137.8 142.7 147.8 153.0 158.3

163.7 169.2 174.9 180.7 186.7

192.8 199.0 205.3 211.9 218.5

225.3 232.3 239.4 246.7 254.1

261.7 269.4 277.4 285.5 293.7

302.2 310.8 319.6 328.6 337.7

347.1 356.7 366.4 376.4 386.5 396.9

156

Page 142: Sistemas de Controle de Regrigeração

Vegetais

Anexo

Conteúdo de Umidade, Ponto de Congelamento Inicial e Calor Específico dos Alimentos

Conteúdo Ponto de Calor Específico Calor Específico de umidade Congelamento Acima do Congelamento Abaixo do Con-

Inicial °F Btu/lb.°F gelamento Btu/lb.°F

Alcachofra, Globe 84,9 29,8 0,87 0,45 Alcachofra, Jerusalém 78,0 27,5 0,83 0,44 Aspargos 92,4 30,9 0,94 0,48 Feijões, vagem 90,3 30,7 0,94 0,57 Feijões, lima 70,2 30,9 0,73 0,40 Beterrabas 87,6 30,0 0,90 0,40 Brócolis 90,7 30,9 0,92 0,47 Couve-de-bruxelas 86,0 30,6 0,88 0,40 Repolho 92,2 30,4 0,94 0,47 Cenouras 87,8 29,5 0,90 0,46 Couve-flor 91,9 30,6 0,93 0,47 Aipo-rábano 88,0 30,4 0,91 0,46 Aipo 94,6 31,1 0,95 0,48 Couve 90,6 30,6 0,92 0,46 Milho, doce, amarelo 76,0 30,9 0,79 0,42 Pepinos 96,0 31,1 0,98 0,49 Berinjela 92,0 30,6 0,94 0,48 Endívia 93,8 31,8 0,94 0,48 Alho 58,6 30,6 0,79 0,42 Gengibre, raiz 81,7 — 0,92 0,46 Raiz-forte) 78,7 28,8 0,78 0,42 Couve-galega 84,5 31,1 0,89 0,46 Couve-rábano 91,0 30,2 0,92 0,47 Alho-poró 83,0 30,7 0,95 0,46 Alface, iceberg 95,9 31,6 0,96 0,48 Cogumelos 91,8 30,4 0,93 0,47 Quiabo 89,6 28,8 0,92 0,46 Cebolas 89,7 30,4 0,90 0,46 Cebolas, flocos desidratados 3.9 — — — Salsa 87,7 30,0 0,86 0,46 Pastinaca 79,5 30,4 0,84 0,46 Ervilhas, verde 78,9 30,9 0,79 0,42 Pimenta, seca congelada 2,0 — — — Pimentão, doce, verde 92,2 30,7 0,94 0,47 Batatas, cultura principal 79,0 30,9 0,87 0,44 Batatas, doce 72.8 29,7 0,75 0,40 Abóboras 91,6 30,6 0,92 0,47 Reimpressão autorizada pela American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. a partir do Manual da ASHRAE de 1998: Refrigeração.

157

Page 143: Sistemas de Controle de Regrigeração

Anexo

Conteúdo de Umidade, Ponto de Congelamento Inicial e Calor Específico dos Alimentos

Conteúdo Ponto de Calor Específico Calor Específico de umidade Congelamento Acima do Congelamento Abaixo do Con-

Inicial °F Btu/lb.°F gelamento Btu/lb.°F Rabanete 94,8 30,7 0,95 0,48 Ruibarbo 93,6 30,4 0,96 0,48 Couve-nabo 89,7 30,0 0,91 0,47 Cercefi ('oyster plant') 77.0 30,0 0,83 0,44 Espinafre 91,6 31,5 0,94 0,48 Abóbora-moranga 94,2 31,1 0,96 0,48 Abóbora-menina 87,8 30,6 0,91 0,46 Tomates, verdes 93,0 30,9 0,95 0,48 Tomates, maduros 93,8 31,1 0,95 0,48 Nabiça 91,1 31,6 0,94 0,47 Nabo 91,9 30,0 0,93 0,47 Agrião 95,1 31,5 0,96 0,48 Inhame 69,6 — 0,84 0,42 Frutas Maças, frescas 83,9 30,0 0,86 0,44 Maças, secas 31,8 — 0,54 0,27 Damascos 86,3 30,0 0,88 0,46 Abacates 74,3 31,5 0,91 0,49 Bananas 74,3 30,6 0,80 0,42 Amoras-pretas 85,6 30,6 0,88 0,40 Vacínios 84,6 29,1 0,86 0,45 Melão rosado 89,8 29,8 0,94 0,48 Cerejas, azedas 86,1 28,9 0,87 0,45 Cerejas, doce 80,8 28,8 0,87 0,45 Uva-do-monte 86,5 30,4 0,90 0,46 Passas de Corinto, européia, preta 82,0 30,2 0,91 0,46 Passas de Corinto, vermelha e branca 84,0 30,2 0,91 0,46 Tâmaras, secas 22,5 3,7 0,36 0,26 Figos, frescos 79,1 27,7 0,82 0,43 Figos, secos 28,4 — 0,39 0,27 Groselhas 87,9 30,0 0,90 0,46 Toranja 90,9 30,0 0,91 0,46 Uvas, americanas 81,3 29,1 0,86 0,44 Uvas, tipo européia 80,6 28.2 0,86 0,44 Limões 87,4 29,5 0,92 0,46 Lima 88,3 29,1 0,89 0,46 Mangas 81,7 30,4 0,90 0,46 Melões, cassava 92,0 30,0 0,96 0,48 Melões, honeydew 89,7 30,4 0,94 0,48 Melões, melancia 91,5 31,3 0,97 0,48 Reimpressão autorizada pela American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. a partir do Manual da ASHRAE de 1998: Refrigeração.

158

Page 144: Sistemas de Controle de Regrigeração

Anexo

Conteúdo de Umidade, Ponto de Congelamento Inicial e Calor Específico dos Alimentos

Conteúdo Ponto de Calor Específico Calor Específico de umidade Congelamento Acima do Congelamento Abaixo do Con-

Inicial °F Btu/lb.°F gelamento Btu/lb.°F Nectarinas 86,3 30,4 0,90 0,49 Azeitonas 80,0 29,5 0,80 0,42 Laranjas 82,3 30,6 0,90 0,46 Pêssegos, frescos 87,7 30,4 0,90 0,46 Pêssegos, secos 31,8 — 0,55 0,28 Peras 83,8 29,1 0,90 0,45 Caquis 64,4 28,0 0,84 0,43 Abacaxis 86,5 30,2 0,88 0,45 Ameixas 85,2 30,6 0,84 0,46 Romãs 81,0 26,6 0,88 0,48 Ameixas, secas 32,4 — 0,57 0,28 Marmelos 83,8 28,4 0,88 0,45 Uva-passa 15,4 — 0,47 0,26 Framboesas 86,6 30,9 0,85 0,45 Morangos 91,6 30,6 0,93 0,27 Tangerinas 87,6 30,0 0,93 0,50 Peixes Bacalhau 81,2 28,0 0,90 0,49 Hadoque 79,9 28,0 0,82 0,43 Linguado gigante 77,9 28,0 0,80 0,43 Arenque, defumado 59,7 28,0 0,76 0,41 Cavalinha, Atlântico 63,6 28,0 0,66 0,37 Perca 78,7 28,0 0,84 0,44 Pescada-polaca, Atlântico 78,2 28,0 0,83 0,44 Salmão, rosado 76,4 28,0 0,71 0,39 Atum, barbatana azul 68,1 28,0 0,76 0,41 Pescada marlonga 80,3 28,0 0,86 0,44 Frutos do Mar Mexilhões 81,8 28,0 — — Lagosta, americana 76,8 28,0 0,83 0,44 Ostras 85,2 28,0 0,83 0,44 Vieira, carne 78,6 28,0 0,84 0,44 Camarão 75,9 28,0 0,83 0,45 Carne bovina Peito 55,2 — — — Carcaça, opção 57.3 28,0 — — Carcaça, selecionar 58.2 28,9 — — Fígado 69.0 28,9 0,82 0,41 Costela, inteira (6 a 12 costelas) 54.5 — — — Redondo, corte inteiro, magro e gordo 64.8 — 0,80 0,40 Redondo, corte inteiro, magro 70.8 — 0,80 0,40

Reimpressão autorizada pela American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. a partir do Manual da ASHRAE de 1998: Refrigeração.

159

Page 145: Sistemas de Controle de Regrigeração

Anexo

Conteúdo de Umidade, Ponto de Congelamento Inicial e Calor Específico dos Alimentos

Conteúdo Ponto de Calor Específico Calor Específico de umidade Congelamento Acima do Congelamento Abaixo do Con-

Inicial °F Btu/lb.°F gelamento Btu/lb.°F Contrafilé, magro 71,7 28,9 0,74 0,37 Filé de costela, entrecote, magro 69,6 — — — Filé de costela, aba de filé, magro 69,7 — — — Filé mignon, magro 68,4 — — — Vitela, magra 75,9 — 0,80 Carne de Porco Parte posterior do porco 7,7 — 0,62 0,23 Bacon 31,6 — 0,50 0,30 Tripa 36,7 — 0,58 0,29 Carcaça 49,8 — 0,62 0,31 Presunto, curado, magro 68,3 — 0,74 0,37 Presunto, curado estilo country, magro 55,9 — 0,65 0,33 Paleta inteira, magra 72,6 28,0 0,69 0,35 Lingüiça Lingüiça de Fígado Defumada 48,0 — — — Frankfurter 53,9 28,9 0,86 0,56 Italiana 51,1 — — — Polonesa 53,2 — 0,72 0,36 Carne de Porco 44,5 — 0,89 0,56 Lingüiça defumada 39,3 — 0,86 0,56 Produtos de Aves Frango 66.0 27.0 0,79 0,37 Pato 48.5 — 0.81 0,41 Peru 70.4 — 0,79 0,37 Ovos Brancos 87,8 30,9 0,93 0,47 Brancos, secos 14.6 — 0,45 0,23 Inteiros 75.3 30,9 0,76 0,40 Inteiros, secos 3.1 — 0.25 0.21 Gema 48.8 30,9 0.67 0,35 Gema, salgada 50.8 1.0 0.70 0,35 Gema, com açúcar 51.2 25.0 0,71 0,35 Carneiro Vários cortes, magro 73.4 28.6 0.77 0,39 Pernil, inteiro, magro 74.1 — 0,79 0,40 Laticínios Manteiga 17.9 — 0,33 0.25 Reimpressão autorizada pela American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. a partir do Manual da ASHRAE de 1998: Refrigeração.

160

Page 146: Sistemas de Controle de Regrigeração

Anexo Conteúdo de Umidade, Ponto de Congelamento

Inicial e Calor Específico dos Alimentos

Conteúdo Ponto de Calor Específico Calor Específico de umidade Congelamento Acima do Congelamento Abaixo do Con-

Inicial °F Btu/lb.°F gelamento Btu/lb.°F Queijo Camembert 51.8 — 0,71 0,36 Cheddar 36.8 8.8 0,62 0,31 Cottage, consistente 79.8 29,8 0,87 0,44 Cremoso 53.8 — 0.70 0,45 Gouda 41.5 — — — Limburger 48.4 18.7 0.70 0,40 Mozzarella 54.1 — — — Parmesão, sólido 29.2 — — — Roquefort 39.4 2.7 0,65 0.32 Suíço 37.2 14.0 0.64 0,36 Americano Processado 39.2 19.6 0.64 0.32 Creme Meio a meio 80,6 — 0,88 0,44 Mesa 73.8 28,0 0,83 0,42 Bem batido 57.7 — 0,85 0,40 Sorvete Chocolate 55.7 21.9 0,78 0,45 Morango 60.0 21.9 0,78 0,45 Baunilha 61.0 21.9 0,78 0,45 Leite Em conserva, adoçado condensado 27.2 5.0 0,56 0,28 Evaporado 74.0 29,5 0,84 0,42 Desnatado 90.8 — 0,96 0.60 Desnatado, seco 3.2 — 0,42 0.21 Integral 87,7 30,9 0,92 0,46 Integral, seco 2.5 — 0,41 0.21 Soro, ácido, seco 3.5 — 0,43 0.22 Soro, adoçado, seco 3.2 — 0,43 Nozes, Com Casca Amêndoa 4.4 — 0,43 0.22 Avelã 5.4 — 0,44 0.22 Amendoins, crus 6.5 — 0,44 0.22 Amendoins, torrados com sal 1.6 — 0,41 0.21 Noz-pecã 4.8 — 0,42 0.21 Noz, Inglesa 3.6 — 0,43 0.21 Doces Fudge, baunilha 10.9 — 0,46 0,23 Marshmallows 16.4 — 0,50 0.25 Chocolate ao leite 1,3 — 0,41 0.20 Peanut brittle 1.8 — 0,41 0.21 Reimpressão autorizada pela American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers, Inc. a partir do Manual da ASHRAE de 1998: Refrigeração.

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Page 147: Sistemas de Controle de Regrigeração

Anexo

Conteúdo de Umidade, Ponto de Congelamento Inicial e Calor Específico dos Alimentos

Conteúdo Ponto de Calor Específico Calor Específico de umidade Congelamento Acima do Congelamento Abaixo do Con-

Inicial °F Btu/lb.°F gelamento Btu/lb.°F Sucos e Bebidas Suco de maça, sem açúcar 87,9 — 0,91 0,47 Suco de toranja, com açúcar 87,4 — 0,90 0,46 Suco de uva, sem açúcar 84.1 — 0,88 0,45 Suco de limão 92.5 — 0,94 0,48 Suco de limão, sem açúcar 92.5 — 0,94 0,48 Suco de laranja 89.0 31,3 0,91 0,47 Suco de abacaxi, sem açúcar 85.5 — 0,89 0,46 Suco de ameixa 81,2 — 0,85 0,45 Suco de tomate 93.9 — 0,95 0,48 Bebida com suco de maça-oxicoco 82.8 — 0,86 0,45 Bebida com suco de uva-oxicoco 85,6 — 0,89 0,46 Ponche de frutas 88,0 — 0,91 0,47 Club soda 99.9 — 1,00 0,50 Cola 89.4 — 0,92 0,47 Soda com creme 86.7 — 0,89 0,46 Ginger ale 91.2 — 0,93 0,48 Soda com uva 88.8 — 0,91 0,47 Soda com lima-limão 89.5 — 0,92 0,47 Soda com laranja 87,6 — 0,90 0,46 Root beer 89.3 — 0,92 0,47 Leite achocolatado, 2% de gordura 83.6 — 0,87 0,45 Variedades Mel 17.1 — — — Melado 32.0 — 0,49 0,31 Pipoca, estourada sem óleo 4.1 — — — Pipoca, estourada com óleo 2.8 — — — Fermento, de padaria, comprimido 69.0 — 0.77 0,41

Reimpresso com permissão da Sociedade Norte-Americana de Engenheiros de Aquecimento, Refrigeração, e Ar-Condicionado, Inc., extraído do Manual de 1998 da ASHRAE: Refrigeração.

162

Page 148: Sistemas de Controle de Regrigeração

Anexo Segurança de Alimentos

Muitos países estão usando etapas para reforçar os processos de segurança estritos para alimentos. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos desenvolveram orientações para identificar e evitar contaminação microbiana e outros perigos na produção de alimentos. O programa do governo é chamado Hazard Analysis and Critical Control Points ( ) (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle ); é, em geral chamado programa "has-sip". O HACCP inclui etapas elaboradas para evitar problemas antes que ocorram e para corrigir desvios assim que forem detectados. Estes sistemas de controle preventivo são amplamente reconhecidos por organizações científicas e internacionais como a abordagem disponível mais efetiva para produção de alimentos seguros.

Sete Princípios HACCP

Princípio 1: Conduzir uma análise de perigo. As plantas determinam os perigos para a segurança dos alimentos e identificam medidas preventivas

adequadas para o controle destes perigos. Princípio 2: Identificar os pontos críticos de controle. Um ponto crítico de controle (CCP) é um ponto, etapa ou procedimento em um processo de

fabricação de alimentos em que pode haver controle para evitar, eliminar ou reduzir o perigo à segurança dos alimentos em um nível aceitável. Um perigo à segurança de um alimento é uma propriedade biológica, química ou física que pode levar um alimento a não ser seguro para consumo humano.

Princípio 3: Estabelecer limites críticos em cada ponto crítico de controle. Um limite crítico é o valor máximo ou mínimo em que um perigo físico, biológico ou químico pode ser

controlado em um ponto crítico de controle para evitar, eliminar ou ser reduzido a um nível aceitável. Princípio 4: Estabelecer exigências de monitoramento do ponto crítico de controle. Atividades de monitoramento são necessárias para garantir que o processo esteja sob controle em cada

ponto crítico de controle. Cada procedimento de monitoramento e sua freqüência devem ser listados no plano HACCP.

Princípio 5: Estabelecer ações corretivas. O plano HACCP da fábrica deve identificar as ações corretivas a serem tomadas se um limite de

controle crítico não for atingido. Princípio 6: Estabelecer procedimentos de manutenção de registros. Todas as fábricas devem manter determinados documentos, inclusive suas análises de perigo e plano

HACCP escrito e registros que documentem o monitoramento de pontos críticos de controle, limites críticos, atividades de verificação e tratamento de desvios do processo.

Princípio 7: Estabelecer procedimentos para verificar se o sistema HACCP está funcionando conforme o

pretendido. A validação garante que os planos sejam seguidos conforme o planejado; desta forma, há a garantia de produção de produto seguro.

De: Key Facts: HACCP Final Rule, Key Facts: HACCP Principles, Food Safety and Inspection Ser-

vice, United States Department of Agriculture, Washington, D.C.

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