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DEPARTAMENTO DE EDIFÍCIOS
Núcleo de Revestimentos e Isolamentos
REGRAS PARA A CONCESSÃO DE DOCUMENTOS DE APLICAÇÃO A SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS FORMADOS POR MEMBRANAS DE PVC
Lisboa, Julho de 2010 (revisto em Setembro de 2010)
I
REGRAS PARA A CONCESSÃO DE DOCUMENTOS DE APLICAÇÃO A SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS
FORMADOS POR MEMBRANAS DE PVC
ÍNDICE DO TEXTO
Pág.
1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................................................1
1.1 – O passado das apreciações de sistemas de impermeabilização de coberturas......1
1.2 – O futuro das apreciações de sistemas de impermeabilização de coberturas ..........3
2 – OBJECTIVOS....................................................................................................................4
3 – AS FASES DA APRECIAÇÃO DOS PRODUTOS ............................................................5
3.1 – Generalidades ..........................................................................................................5
3.2 – Primeira fase do estudo ...........................................................................................5
3.3 – Segunda fase do estudo ..........................................................................................6
3.3.1 – Visita às instalações de fabrico .............................................................6
3.3.2 – Campanha experimental .......................................................................7
3.3.3 – Visitas a obras.......................................................................................8
3.4 – Terceira fase do estudo............................................................................................9
4 – CRITÉRIOS DE APRECIAÇÃO EXPERIMENTAL ...........................................................9
4.1 – Generalidades ..........................................................................................................9
4.2 – Características a satisfazer pela pasta de PVC .....................................................11
4.3 – Características de identificação a satisfazer pelas armaduras ..............................11
4.4 – Características de identificação a satisfazer pelas membranas ............................12
4.5 – Características de comportamento a satisfazer pelas membranas .......................12
4.5.1 – Membranas no estado novo................................................................12
4.5.2 – Membranas envelhecidas ...................................................................16
4.6 – Características a satisfazer pelos sistemas ...........................................................17
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................19
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................20
ANEXO I – LISTA DOS DOCUMENTOS DE HOMOLOGAÇÃO PUBLICADOS
RELATIVOS A SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO COM
BASE EM MEMBRANAS DE PVC .............................................................. I.1
ANEXO II – GUIÃO DE DOSSIÊ TÉCNICO PARA SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
DE COBERTURAS COM BASE EM MEMBRANAS DE PVC .......................II.1
II
REGRAS PARA A CONCESSÃO DE DOCUMENTOS DE APLICAÇÃO A SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS
FORMADOS POR MEMBRANAS DE PVC
ÍNDICE DE QUADROS
Pág.
Quadro 1 – Ensaios a realizar no âmbito do controlo da produção em fábrica
da pasta de PVC e das membranas ................................................................... .7
Quadro 2 – Características associadas à marcação CE das membranas de PVC ............. .10
Quadro 3 – Critérios de avaliação das pastas de PVC ......................................................... .11
Quadro 4 – Critérios de avaliação das armaduras................................................................ .12
Quadro 5 – Critérios gerais de avaliação das membranas em relação
a características de identificação .................................................................... .13
Quadro 6 – Critérios gerais de avaliação das membranas em relação a
características de comportamento ................................................................... .14
Quadro 7 – Critérios complementares de avaliação das membranas de PVC, em
relação a algumas características de comportamento, aplicáveis a Países
do Norte da Europa ......................................................................................... .15
Quadro 8 – Critérios adicionais de avaliação de membranas de PVC ................................. .15
Quadro 9 – Critérios de avaliação de membranas de PVC envelhecidas ........................... .16
Quadro 10 – Critérios de avaliação de juntas de sobreposição envelhecidas ..................... .17
Quadro 11 – Critérios de avaliação dos sistemas de impermeabilização............................. .18
1
REGRAS PARA A CONCESSÃO DE DOCUMENTOS DE APLICAÇÃO A SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS
FORMADOS POR MEMBRANAS DE PVC
1 – INTRODUÇÃO
1.1 – O passado das apreciações de sistemas de impermeabili zação de coberturas
Embora de uso relativamente restrito em Portugal, tem-se percebido que as aplicações dos
sistemas de impermeabilização de coberturas com base em membranas sintéticas têm
vindo a crescer nos últimos anos no País. Entre aquelas membranas, serão sem dúvida as
de PVC plastificado que maior mercado têm tido em Portugal.
À semelhança do que se passa na maioria dos Países da Europa ocidental e em já alguns
da dita Europa de leste, a caracterização dessas membranas e a avaliação do seu
desempenho e dos sistemas por elas formados tem vindo a ser feita em Portugal ao longo
destas últimas duas décadas com base em critérios definidos em Directivas e
posteriormente em Guias da “Union Européene pour l’Agrément Technique dans la
Construction (UEAtc)”. Uma das primeiras Directivas cobrindo a generalidade dos sistemas
de impermeabilização de coberturas (com base, portanto, não só em membranas sintéticas
mas também em membranas betuminosas) foi publicada em 1982 [1], seguindo-se-lhe a
publicação de Directivas particulares aplicáveis a membranas de PVC não armadas [2] e
armadas [3], a membranas de EPDM [4] e a outros tipos de membranas não-sintéticas [5, 6,
7]. Para sistemas particulares de impermeabilização julgou-se ainda oportuno estabelecer
critérios específicos de avaliação, o que aconteceu para os sistemas de camada única [8] e
para os sistemas fixados mecanicamente [9]. As membranas de PVC constituem aliás
tipicamente sistemas com as características destes dois últimos.
A apreciação das membranas e dos respectivos sistemas, tendo em conta as camadas
subjacentes e sobrejacentes aos mesmos, conduziu no nosso País, e igualmente nos
referidos países europeus, à emissão de Documentos de Homologação (DH) quando são
favoráveis os resultados dessa apreciação. Em Portugal, a competência para a emissão de
DH’s tem cabido ao LNEC, de acordo com o artigo 17.º do Regulamento Geral das
Edificações Urbanas (RGEU), cuja redacção foi recentemente alterada pelo Decreto-Lei
n.º 50/2008, de 19 de Março [10]. Os Organismos europeus congéneres do LNEC, que
fazem parte, como o LNEC, da mencionada organização europeia UEAtc [11], emitem nos
2
respectivos países documentos semelhantes aos DH’s (Avis Technique, no caso da França,
Agrément Technique, no caso da Bélgica, Agrément Certificate, no caso do Reino Unido,
etc).
No domínio dos revestimentos de impermeabilização de coberturas, o LNEC vem desde há
mais de 25 anos a realizar estudos desta índole, tendo os mesmos conduzido, até à data, à
publicação de 46 Documentos de Homologação (DH) (incluindo neste número as revisões
das homologações originais e as confirmações de homologações emitidas por
organismos-membros da UEAtc1). Destes DH’s, 12 dizem respeito a membranas de PVC; no
Anexo I apresenta-se uma relação dos documentos aplicáveis a este tipo de membranas.
Como é natural, ao longo da vigência das referidas Directivas ou Guias UEAtc, os diversos
organismos-membros desta organização europeia foram ganhando experiência sobre o
domínio em questão, tendo-se considerado ser justificável proceder à revisão desses Guias;
assim, foram publicados novos quatro Guias aplicáveis às membranas e aos sistemas de
impermeabilização de coberturas por elas formados [13 a 16]. Dado serem semelhantes
muitos dos critérios que dizem respeito às membranas de PVC armadas ou não, ambas
passaram a ser integradas num único Guia [13].
A revisão dos referidos Guias justificar-se-ia ainda pelo facto de terem vindo a ser
publicadas, com o objectivo de serem utilizadas na marcação CE2, Normas Europeias (EN)
de ensaio (algumas já traduzidas para português) [19 a 38 e 40 a 45], e ainda sobre as
regras de amostragem [46], relativas às membranas de impermeabilização referidas.
Registe-se que a generalidade destas Normas Europeias aplicáveis às membranas
sintéticas (e também às membranas betuminosas) foram preparadas com base no
preconizado nas Directivas ou Guias UEAtc pertinentes, tendo por isso esta organização
europeia contribuindo significativamente para os trabalhos dos Comités Europeus de
Normalização (CEN) que destas membranas tratam3.
A par das Normas Europeias de ensaio, está aplicável desde 1 de Julho de 2006 a Norma
Europeia harmonizada EN 13956 [47, 48] relativa às características das membranas sintéticas
para impermeabilização de coberturas, tendo a partir dessa data sido iniciado, por um período de
1 - Ao abrigo dos acordos entre os institutos-membros da UEAtc está prevista a confirmação das homologações
emitidas por esses institutos (Regra R04 da UEAtc [12]) seguindo procedimentos bastante mais aligeirados do que os requeridos para homologações de raiz.
2 - Para mais informações sobre a marcação CE, e outras matérias ligadas à Directiva dos Produtos da
Construção, sugere-se a consulta do site do LNEC [17] ou do da Comissão Europeia na Internet [18].
3 - Até 1990 os Comités CEN/TC 116 e CEN/TC 117 tratavam separadamente das membranas betuminosas e
sintéticas, respectivamente, e depois de 1990 o Comité CEN/TC 254 aglutinou aqueles dois Comités.
3
um ano, o respectivo período de coexistência. Assim, a partir de Julho de 2006 é já possível aos
fabricantes deste tipo de membranas, com esta aplicação, aporem a marcação CE aos
correspondentes produtos, desde que cumpram as disposições constantes da norma em questão.
Registe-se ainda que, no caso particular dos sistemas de impermeabilização de coberturas
fixados mecanicamente, quer os formados por membranas de PVC quer os constituídos por
outro tipo de membranas, a sua apreciação deve actualmente ser feita com base num Guia
da EOTA [49], elaborado por esta organização europeia (a EOTA), com vista à concessão
de Aprovações Técnicas Europeias (ETA1) sobre esse tipo específico de sistemas, com
base nas quais os produtos podem ter aposta a marcação CE. As solicitações ao LNEC
para análise deste tipo de sistemas devem ser assim encaminhadas para estudos com vista
à elaboração de ETA’s, nos quais são envolvidos todos os Institutos-membros desta
Organização. Ou seja, os critérios que a seguir se apresentam (vd. 4) não são aplicáveis
aos sistemas de impermeabilização de coberturas fixados mecanicamente, mas à
generalidade dos outros sistemas, sejam eles aderentes, independentes ou semi-aderentes
ao suporte, sobre ou sob a camada de isolamento térmico, com protecções pesadas ou
mesmo sem protecção (recorde-se, novamente, que as normas europeias de ensaio e a
harmonizada dizem apenas respeito às membranas que constituem esses sistemas).
1.2 – O futuro das apreciações de sistemas de impermeabi lização de coberturas
A publicação da Directiva Comunitária 89/106/CEE, correntemente designada por Directiva
dos Produtos de Construção (DPC) e transposta para a ordem jurídica nacional pelo
Decreto-Lei n.º 113/93, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 4/2007, de 8 de Janeiro
[50], veio estabelecer um novo enquadramento legal para actividade de homologação. Com
efeito, esta Directiva obriga à aposição da marcação CE aos produtos de construção, desde
que se verifique a sua conformidade com as especificações técnicas aplicáveis, neste caso
Normas Europeias (EN) harmonizadas ou Aprovações Técnicas Europeias (ETA).
Como resultado desta nova situação, o acervo normativo nacional relativo a produtos de
construção, que era há uma década atrás bastante reduzido, tem vindo a crescer de uma
forma muito significativa; esta situação conduziu a que o LNEC deixasse de emitir
Documentos de Homologação para o conjunto de produtos de construção que foram sendo
abrangidos pelas normas entretanto publicadas, pois a homologação sempre se destinou a
ser aplicada a produtos que não são objecto de especificações oficiais, nas quais se incluem
as normas.
1 – Acrónimo da correspondente designação em inglês: European Technical Approval.
4
A definição do âmbito de aplicação da homologação do LNEC como resultado desta nova
realidade foi vertida para a legislação em vigor, tendo sido publicado o já referido Decreto-
Lei n.º 50/2008, de 19 de Março [10], que veio alterar o art.º 17.º do Regulamento Geral das
Edificações Urbanas, ao abrigo do qual o LNEC emitiu, durante longos anos, Documentos
de Homologação.
Assim, face a estas mudanças ocorridas no quadro legislativo europeu, a partir do termo do
período de coexistência da EN 13956 (1 de Julho de 2007), o LNEC deixou de emitir
Documentos de Homologação (DH) relativos a membranas de impermeabilização de
coberturas, ao abrigo do referido artigo 17.º do RGEU. No entanto, o LNEC continuará, à
semelhança de resto com o que sucede nos Institutos congéneres do LNEC sediados no
espaço comunitário, a disponibilizar aos fabricantes destas membranas interessados um
documento, que se passará a designar por Documento de Aplicação (DA). Tal Documento
de Aplicação será no entanto de carácter voluntário e, sempre que a marcação CE já seja
possível, os Documentos de Aplicação só são emitidos caso os produtos a tenham aposta.
2 – OBJECTIVOS
Para a elaboração dos referidos DA’s o LNEC continuará a adoptar os procedimentos e os
critérios definidos em Guias ou Relatórios Técnicos da UEAtc.
Assim, os futuros Documentos de Aplicação a emitir sobre as membranas de PVC
contemplarão aspectos não cobertos pela norma europeia que estão na base da marcação
CE, como, por exemplo, a definição do campo de aplicação e eventuais limitações de
emprego, não só das membranas mas também dos sistemas por elas formados, as
condições para a sua correcta colocação em obra, as regras para uma adequada
manutenção, as características de desempenho mais significativas, a avaliação de
características julgadas relevantes, complementares às abrangidas por aquela marcação, as
características (e respectivas tolerâncias) que devem ser objecto de eventuais ensaios de
recepção em obra e a consideração de eventuais especificidades nacionais. O Documento
de Aplicação destina-se assim, fundamentalmente, à semelhança do que já acontecia com
os Documentos de Homologação, a comprovar a adequabilidade dos sistemas de
impermeabilização respectivos a uma determinada utilização, bem definida através do
campo de aplicação e das condições de aplicação.
Para que a avaliação seja o mais objectiva possível e para que o meio técnico,
nomeadamente os fabricantes das membranas de PVC e os seus utilizadores, conheçam à
partida os procedimentos e critérios de concessão do DA, considera-se conveniente fixá-los
e disponibilizá-los em publicação própria.
5
É esse o objectivo principal do presente documento, onde se descrevem as várias acções a
realizar no âmbito do estudo para concessão de um Documento de Aplicação a sistemas de
impermeabilização de coberturas formados por membranas de PVC. Nele se referem os
requisitos aplicáveis ao processo de fabrico e ao respectivo controlo da qualidade, os
ensaios a efectuar e os respectivos critérios de apreciação. Esses critérios são naturalmente
transcritos do Guia UEAtc já mencionado [13].
3 – AS FASES DA APRECIAÇÃO DOS PRODUTOS
3.1 – Generalidades
Os estudos que têm como objectivo conduzir à emissão dos Documentos de Aplicação
devem contemplar o seguinte:
─ a realização de ensaios de tipo iniciais sobre as membranas, que poderão ser usados
pela empresa para aposição da Marcação CE;
─ a realização de ensaios complementares sobre os constituintes das membranas e
sobre os sistemas por elas formados;
─ outras acções, entre as quais uma visita às instalações de fabrico e visitas a obras em
curso e já realizadas.
Esses estudos incluirão geralmente as seguintes acções, divididas quase sempre em três
fases: na primeira fase analisa-se a informação preliminar disponibilizada e a documentação
técnica preparada pelo fabricante; na segunda fase realiza-se pelo menos uma visita às
instalações de fabrico, efectua-se a campanha experimental (seguindo as especificações
indicadas no capítulo 4), realizam-se visitas a obras em uso e em curso e apreciam-se os
resultados destas acções; na terceira fase o Documento de Aplicação (DA) é elaborado,
aprovado, publicado e divulgado. Os trabalhos a desenvolver em cada uma destas acções
são apresentados num Plano de Trabalhos detalhado fornecido ao fabricante.
3.2 – Primeira fase do estudo
Os estudos em questão iniciam-se então pela apreciação da informação preliminar e da
documentação técnica fornecidas pelo fabricante. Esta documentação técnica é
disponibilizada sob a forma de um dossiê técnico elaborado geralmente segundo um guião
fornecido pelo LNEC. No Anexo II apresenta-se um modelo desse guião.
6
A apreciação referida permite desde logo ao LNEC avaliar a capacidade técnica e a qualidade de
produção das membranas de PVC. A falta de um corpo técnico especializado ou a ausência de
um sistema mínimo de controlo da qualidade da produção serão, por exemplo, desde logo motivo
para condicionar o prosseguimento do estudo respectivo.
3.3 – Segunda fase do estudo
3.3.1 – Visita às instalações de fabrico
Será através da visita às instalações de fabrico que se confirma o disposto na referida
documentação, nomeadamente no que diz respeito ao referido sistema de controlo da
qualidade instituído nas diversas fases do fabrico das membranas de PVC. Devem estar
previstos procedimentos para a aceitação ou rejeição das matérias-primas e para aceitação
ou rejeição dos produtos acabados (as membranas). Os rolos das membranas rejeitados
devem ter uma localização definida devidamente assinalada.
Essa visita permite ainda marcar aleatoriamente os produtos que serão enviados ao LNEC
para ensaio.
No âmbito do controlo da qualidade devem ser realizados pelo menos os ensaios indicados
no quadro 1, com a periodicidade mínima que também aí se indica. Esta periodicidade pode
vir a ser ajustada face à quantidade e à frequência da produção de membranas de
características semelhantes. O LNEC avaliará em cada caso a razoabilidade dessa
alteração. A determinação das características das matérias-primas, tais como o PVC, os
plastificantes, os estabilizantes, os fíleres, as armaduras e os acabamentos superficiais
pode ficar a cargo dos respectivos fornecedores, devendo ser devidamente comprovadas
através de documentação apropriada apresentada pelos mesmos.
Durante o processo de fabrico devem ainda ser verificados constantemente o aspecto e a
regularidade do acabamento. Pelo menos de hora a hora deve ainda ser verificada a
espessura das membranas.
Note-se que muitas das características das membranas objecto do controlo da produção
devem também ser determinadas no âmbito da marcação CE, já que correspondem aos
ensaios de tipo iniciais indicados na norma europeia harmonizada EN 13956 [47, 48] em
questão.
7
Quadro 1 - Ensaios a realizar no âmbito do controlo da produção em fábrica da pasta de PVC e das membranas
Material controlado
Ensaios Periodicidade dos ensaios
Viscosidade ou densidade Todos os dias ou sempre que haja alteração da formulação
Pasta de PVC Teor de plastificante ou descloridrificação (DHC) Uma vez por mês
Espessura ou massa/m2
Largura
Todos os dias ou sempre que haja alteração da formulação
Planeza
Rectilinearidade Uma vez por mês
Propriedades em tracção Uma vez por semana (1)
Resistência ao rasgamento Duas vezes por ano (1)
Estabilidade dimensional (2) Uma vez por semana (1)
Dobragem a baixa temperatura
Teor de plastificante (4)
Duas vezes por ano (3)
Adesão entre filmes (5) Uma vez por semana
Resistência das juntas à pelagem Uma vez por ano
Membrana
Perda de massa após 4 semanas a 80 ºC Uma vez de 6 em 6 meses
1 – No caso do fabricante produzir continuamente diferentes tipos de membranas com a mesma armadura (do mesmo tipo e com a mesma massa) e com a mesma pasta de PVC, a frequência deste ensaio, cujos resultados estão essencialmente associados às características da armadura, pode ser considerada para a globalidade dos diferentes tipos de membranas.
2 – Ensaio dispensado sobre membranas com armaduras minerais ou de fibra de vidro não-tecidas.
3 – No caso do fabricante produzir continuamente diferentes tipos de membranas armadas, com a mesma pasta de PVC e com espessuras semelhantes, a frequência deste ensaio, cujos resultados estão essencialmente associados às características da pasta de PVC, pode ser considerada para a globalidade dos diferentes tipos de membranas.
4 – Ensaio a realizar sobre uma das membranas de uma mesma família de plastificante.
5 – Ensaio dispensado sobre membranas formadas por um só filme.
3.3.2 – Campanha experimental
É naturalmente através da campanha experimental que se avalia o desempenho das
membranas e dos sistemas por elas formados e se define o respectivo campo de aplicação.
8
Em geral os ensaios previstos na campanha experimental são realizados no LNEC, a sua
maioria no seu Laboratório de Ensaios de Revestimentos de Coberturas (LNEC/LERC); no
entanto, tais ensaios, ou parte deles, podem também ser realizados noutro laboratório,
desde que seja comprovadamente independente e credível, preferivelmente acreditado.
Neste caso, deve ser fornecida ao LNEC toda a documentação e informação requerida para
se avaliar a sua idoneidade.
Conforme no capítulo 4 se verá, os métodos de ensaio utilizados baseiam-se
fundamentalmente em Normas Europeias (ou na sua transposição para Normas
Portuguesas).
À medida que os ensaios vão sendo realizados no LNEC, os respectivos resultados vão
sendo enviados, através de Boletins de Ensaio, ao fabricante, ou ao seu representante, caso
este seja por ele indicado. A eventual ocorrência de resultados insatisfatórios para algumas
das características objecto da análise experimental será motivo de reformulação do
respectivo processo de fabrico; após acerto desse processo, são repetidos os ensaios
pertinentes para se voltar a avaliar as características então insatisfatórias.
3.3.3 – Visitas a obras
Após conclusão da campanha experimental com resultados globalmente satisfatórios, a
avaliação do sistema é completada com visitas a obras em curso e em uso. Nas primeiras
observam-se e avalizam-se as condições de aplicação das várias camadas da cobertura,
onde naturalmente o sistema de impermeabilização está incluído, e nas segundas procura-
se ter uma ideia da sua durabilidade nas condições de uso previstas, de modo a validar,
tanto quanto possível, os resultados dos ensaios realizados. Se durante as observações de
obras se verificar um comportamento não-satisfatório das soluções de impermeabilização
sem que para tal se encontre uma justificação aceitável, não será concedido o Documento
de Aplicação à solução em causa.
Registe-se que os critérios dos Guias da UEAtc apresentados em 4 têm como base uma
durabilidade mínima esperada dos sistemas de impermeabilização de coberturas de 10
anos, em condições normais de utilização e de manutenção dessas coberturas. No entanto,
a experiência tem mostrado que o tempo de vida útil desses sistemas, nas mesmas
condições referidas, é sempre largamente superior àquele limite, chegando a observar-se
coberturas ainda em relativo bom estado de funcionamento, pelo menos na sua zona
corrente, com 20 ou mais anos de uso.
9
3.4 – Terceira fase do estudo
A última fase do estudo passa pela elaboração do correspondente Documento de Aplicação
(DA) e pela sua aprovação por uma Comissão constituída para o efeito (Comissão de
Coordenação da Apreciação Técnica de Produtos de Construção do LNEC).
Por último, publica-se e divulga-se o DA. O cliente terá direito a um determinado número de
exemplares do DA, podendo solicitar a impressão de exemplares adicionais, caso o deseje.
O LNEC toma também a iniciativa de divulgar os DA’s emitidos, nomeadamente através da
Internet [17], de onde os mesmos podem ser livremente descarregados.
Durante o período de validade do Documento de Aplicação poderão ser realizadas visitas às
instalações de fabrico das membranas de PVC e a obras em curso ou já executadas que
permitam obter informações sobre a constância de qualidade de produção.
4 – CRITÉRIOS DE APRECIAÇÃO EXPERIMENTAL
4.1 - Generalidades
Dado que a campanha experimental é uma das principais acções a desenvolver no âmbito
destes estudos, justifica-se dar-lhe o relevo respectivo num capítulo individualizado.
Face à necessidade das membranas de PVC a contemplar no DA respectivo deverem ser
previamente objecto de marcação CE, identificam-se no quadro 2 as características
associadas a tal marcação, de acordo com o preconizado na já mencionada norma europeia
harmonizada EN 13956 [47, 48].
Segundo o definido nesta norma, desde já se refere o significado das siglas, trazidas da
língua inglesa, indicadas nos quadros seguintes para as características dos produtos:
MDV – valor declarado pelo fabricante (Manufacturer Declared Value)
MLV – valor limite anunciado pelo fabricante (Manufacturer Limit Value).
Ao valor declarado pelo fabricante (MDV) para uma dada característica deve estar sempre
associado um intervalo de tolerância. O valor limite duma característica é evidentemente
aquele que nunca deve ser excedido; consoante a característica, o MLV pode ser um valor
mínimo ou um valor máximo.
Na caracterização experimental das membranas de PVC e na avaliação do seu
comportamento face aos agentes atmosféricos ou a acções mecânicas, devem ter-se em
10
conta, evidentemente, as características dos seus principais componentes: a pasta de PVC
e as armaduras. As características destes componentes e as exigências a elas associadas,
bem como exigências adicionais em relação a certas características das membranas e dos
sistemas por elas formados não são contempladas nessa norma harmonizada; essas
características e exigências serão assim as preconizadas no referido Guia da UEAtc [13].
Conforme atrás já se referiu (vd. 2) os critérios respectivos são retirados desse Guia e estão
indicados nos quadros dos items 4.2 a 4.6.
Para a realização dos ensaios previstos no Guia UEAtc em questão [13], as características
das membranas consideram-se estabilizadas sete dias após o seu fabrico.
Quadro 2 – Características associadas à marcação CE das membranas de PVC
Características essenciais
Método de ensaio
Exigências Notas
Desempenho ao fogo exterior EN 13501-5
Classificação a declarar pelo fabricante, caso o deseje
Para satisfazer às exigências regulamentares
Reacção ao fogo
De acordo com as EN aplicáveis
Classificação a declarar pelo fabricante, quando requerido
(1)
Estanquidade à água NP EN 1928 Revestimento estanque para pressões ≤ 10 kPa
-
Propriedades em tracção
EN 12311-2 ≥ MLV -
Resistência à acção das raízes
NP EN 13948
Membrana resistente à acção das raízes
Somente para produtos usados como barreiras à acção de raízes de coberturas ajardinadas
Resistência a cargas estáticas
NP EN 12730 (2)
≥ MLV -
Resistência ao choque NP EN 12691(3)
≤ MLV -
Resistência ao rasgamento
EN 12310-2 ≥ MLV -
Resistência das juntas à pelagem
EN 12316-2 ≥ MLV Somente para sistemas de camada única fixos mecanicamente
Resistência das juntas ao corte
EN 12317-2 ≥ MLV Somente para sistemas de camada única
Perda de massa ≤ 5% Membranas armadas ou com acabamento inferior (4)
Compatibilidade com o betume
NP EN 1548
Variação do módulo de Young ≤ 50%
Membranas não-armadas e sem acabamento inferior
Dur
abili
dade
Observação visual NP EN 1297 sem defeitos -
Flexibilidade à dobragem
EN 495-5 Ausência de fissuração para temperaturas
≥ MLV -
Substâncias perigosas - Produtos nocivos a declarar pelo fabricante
(5)
11
Notas ao quadro 2 1 - Considera-se actualmente que a atribuição das classes D e superiores do sistema de classificação Euroclasses torna
necessária a realização de estudos de investigação para avaliar a adequação dessa classificação aos produtos objecto desta norma (o ensaio SBI pode considerar-se inapropriado para os produtos cobertos por esta norma). Assim, enquanto não se vierem a realizar tais estudos os produtos cobertos por esta norma são ensaiados segundo a norma EN ISO 11925-2 [31]. Se e quando um novo cenário de ensaio de reacção ao fogo e um método de ensaio forem desenvolvidos para estes produtos, esta norma será alterada para a eles se referir [39].
2 - Os resultados são expressos do seguinte modo:
− L5, se o provete é perfurado com a massa de 10 kg mas não com a de 5 kg; − L10, se o provete é perfurado com a massa de 15 kg mas não com a de 10 kg; − L15, se o provete é perfurado com a massa de 20 kg mas não com a de 15 kg; − L20, se o provete é perfurado com a massa de 25 kg mas não com a de 20 kg; − L25, se o provete não é perfurado com a massa de 25 kg. Se for usado o método A (suporte de EPS) a profundidade de penetração do punção não deve ser superior a 10 mm.
3 - Os resultados são expressos do seguinte modo:
− I10, se o provete não é perfurado com o punção de 10 mm de diâmetro; − I15, se o provete é perfurado com o punção de 10 mm de diâmetro mas não com o de 15 mm; − I20, se o provete é perfurado com o punção de 15 mm de diâmetro mas não com o de 20 mm; − I30, se o provete é perfurado com o punção de 20 mm de diâmetro mas não com o de 30 mm; − I40, se o provete é perfurado com o punção de 30 mm de diâmetro mas não com o de 40 mm.
4 - A experiência mostra que as membranas com acabamento inferior de feltro não-tecido de pelo menos 150 g/m2 são consideradas compatíveis com o betume.
5 - Uma base de dados informativa sobre as disposições europeias e nacionais relativa às substâncias perigosas pode ser
consultada no site EUROPA da Construção (CREATE, acessível no endereço: http://europa.eu.int).
4.2 – Características a satisfazer pela pasta de PVC
Indicam-se no quadro 3 as características a ter em conta, os métodos de ensaio para as
determinar e as exigências a que deve satisfazer este componente das membranas.
Quadro 3 – Critérios de avaliação das pastas de PVC
Característica Método de ensaio Exigência
Teor de cinzas a 850 ºC
ISO 3451-1 [51] ISO 3451-5 [52] Método A
MDV ± 5% (valor absoluto)
Teor de plastificante EN ISO 6427 [30] (ex-DIN 53738) MDV ± 2% (valor absoluto)
Tipo de plastificante Por espectrofotometria de infravermelhos -
4.3 – Características de identificação a satisfazer pe las armaduras
Indicam-se no quadro 4 as características das armaduras a ter em conta, os métodos de
ensaio para a sua determinação e as exigências a que devem satisfazer.
12
Quadro 4 – Critérios de avaliação das armaduras
Característica Método de ensaio Exigência
Natureza --- Informação a prestar pelo fabricante
Massa por unidade de superfície (kg/m2)
NP EN 29073 – Parte 1 [42] MDV ± 15%
Armaduras minerais ou compósitas
≥ MLV Força de tracção máxima (N) (1) NP EN 29073 – Parte 3 [43]
Armaduras de poliéster MDV ± 20%
Armaduras minerais ou compósitas
≥ MLV Extensão na força de tracção máxima (%)
NP EN 29073 – Parte 3 [43] Armaduras de poliéster
MDV ± 15% (valor absoluto)
Número de malhas (somente para armaduras tecidas ou redes)
Determinação efectuada sobre 200 mm, em ambas as direcções ortogonais
MDV ± 2
1 – Se a força máxima de uma membrana com armadura não for superior a 100 N/50 mm tal membrana não é
considerada armada.
4.4 – Características de identificação a satisfazer pe las membranas
De modo semelhante registam-se no quadro 5 as características de identificação das
membranas enquanto novas, os métodos de ensaio para a sua determinação e as
exigências a que devem satisfazer.
4.5 – Características de comportamento a satisfazer pelas membranas
4.5.1 – Membranas no estado novo
No quadro 6 registam-se as características gerais relativas ao comportamento das
membranas de PVC, os métodos de ensaio aplicáveis e as exigências a satisfazer por essas
mesmas membranas. Quando disposições regulamentares da Dinamarca, Finlândia,
Noruega e Suécia o exijam, as características complementares de comportamento das
membranas a ter em conta são as indicadas no quadro 7. No quadro 8 registam-se ainda
exigências adicionais para as membranas de PVC se tais forem requeridas ou aplicáveis.
13
Quadro 5 – Critérios gerais de avaliação das membranas em relação a características de identificação
Característica Método de ensaio Exigência
Espessura (1) EN 1849-2 [25] MDV ± 5% (valor médio) (2)
MDV ± 10% (valores individuais)
Massa por unidade de superfície
EN 1849-2 [25] MDV ± 10%
Comprimento EN 1848-2 [24] ≥ MLV
Largura EN 1848-2 [24] MDV (-0,5 / +1,0)%
Rectilinearidade EN 1848-2 [24] ≤ 30 mm
Planeza EN 1848-2 [24] ≤ 10 mm
Força de tracção máxima(3) EN 12311-2 [34] ≥ MLV
Extensão na força de tracção máxima(3)
EN 12311-2 [34] ≥ MLV
Dobragem a baixa temperatura EN 495-5 [19] Ausência de fissuração para temperaturas ≥ MLV (vd. também Quadro 6)
1 – É recomendável que a espessura nominal não seja inferior a 1,2 mm (neste valor não está incluída a camada de acabamento inferior de membranas com este acabamento).
2 – Para membranas com camada de acabamento inferior: MDV ± 10%
3 – No caso de membranas com armaduras compósitas que dêem origem a dois ou mais picos distintos na curva de forças-deslocamentos, devem ser registados os dois valores mais elevados das forças e dos correspondentes alongamentos.
14
Quadro 6 – Critérios gerais de avaliação das membranas em relação a características de comportamento
Característica Método de ensaio Exigência
Membranas sem acabamento inferior ≥ 1,2 mm
Espessura EN 1849-2 [25] Membranas com acabamento inferior ≥ (1,2 + x) mm (1)
Membranas com armaduras minerais
___
Membranas não-armadas variação dimensional ≤ 2 %
Membranas com acabamento inferior variação dimensional ≤ 1%
Membranas armadas com feltros de poliéster variação dimensional ≤ 0,5%
Estabilidade dimensional (deformação livre) EN 1107-2 [21]
Membranas com armaduras compósitas (poliéster+mineral)
variação dimensional ≤ 0,3%
Dobragem a baixa temperatura EN 495-5 [19] Ausência de fissuração para temperaturas ≥ -20 ºC
Estanquidade à água NP EN 1928 (Método B) [27]
Membrana estanque para pressões ≤ 10 kPa
Absorção de água (2) (3) ≤ 2 % (em massa) (4)
Capilaridade (5) (6) ≤ 15 mm, caso contrário o bordo da junta deve ser protegido por um líquido de PVC
Factor de resistência à difusão do vapor de água, µ
NP EN 1931 [28] MDV ± 30% (7)
NP EN 12310-1 (8) [32]
Membranas armadas ou com acabamento inferior ≥ 150 N
Resistência ao rasgamento (5)
EN 12310-2 [33] Membranas não-armadas ≥ MLV
Método B Membranas não-armadas ≥ 15 N/mm2
Método A Membranas com armaduras minerais ou compósitas ≥ 500 N/50 mm
Método A Membranas armadas com feltros sintéticos não-tecidos ou/e com acabamentos inferiores
≥ 650 N/50 mm Resistência à tracção
Método A
EN 12311-2 [34]
Membranas armadas com feltros sintéticos tecidos ou/e com acabamentos inferiores
≥ 800 N/50 mm
Método B Membranas não-armadas ≥ 250 % Método A Membranas com armaduras minerais ≥ 2 %
Método A
Membranas armadas com feltros sintéticos não-tecidos, com armaduras compósitas ou/e com acabamentos inferiores
≥ 40 % Alongamento (9)
Método A
EN 12311-2 [34]
Membranas armadas com feltros sintéticos tecidos ≥ 15 %
Resistência ao punçoamento estático NP EN 12730 (10) (Métodos A e B) [38] ≥ MLV
Resistência ao punçoamento dinâmico NP EN 12691 (11)
[37] ≤ MLV
Entre duas lâminas ou folhas ≥ 80 N/50 mm
Adesão interlaminar (pelagem) (12)
EN 12316-2 [35] Entre uma lâmina ou folha e a armadura ou entre a membrana e o acabamento inferior
≥ 50 N/50 mm
15
Notas ao quadro 6
1 – x – espessura da camada de acabamento inferior.
2 – Aplicável apenas a membranas sem acabamento inferior, armadas ou não.
3 – Imersão em água por períodos sucessivos de 24 h até que a diferença de massa seja ≤ 10 mg.
4 – Valores superiores a 2% exigem um estudo mais aprofundado do comportamento da membrana.
5 – Aplicável apenas a membranas armadas.
6 – Imersão numa solução fluorescente durante 21 dias, delaminação da membrana pela superfície da armadura e medição da profundidade da ascensão da solução na armadura.
7 – Exigência a satisfazer quando requerida.
8 – O ensaio deve ser efectuado segundo as duas direcções ortogonais de fabrico da membrana sobre provetes de 100 mm de largura (embora se possam aceitar resultados sobre provetes de 50 mm de largura, conforme preconiza a NP EN 12310-1).
9 – O alongamento no Método A é determinado na força máxima e no Método B na rotura.
10 – Devem ser usados ambos os métodos, A (sobre suporte de EPS) e B (sobre suporte de betão). O ensaio deve ser realizado por patamares de 5 kg, começando com a carga de 5 kg e terminando com a de 25 kg. Os resultados são expressos do modo indicado na Nota 2 do quadro 2.
11 – Os resultados são expressos do modo indicado na Nota 3 do quadro 2.
12 – Ensaio aplicável apenas ao caso de membranas obtidas por laminação (justaposição de lâminas ou folhas).
Quadro 7 – Critérios complementares de avaliação das memb ranas de PVC, em relação a algumas características de comportamento, apli cáveis aos Países do Norte da Europa
Característica Método de ensaio Exigência
Dobragem a baixa temperatura EN 495-5 [19]
Ausência de fissuração para temperaturas ≥ -30 ºC
Resistência ao punçoamento dinâmico a –10 ºC NP EN 12691 (1) [37]
Valores a preconizar após se dispor de maior experiência sobre este ensaio
Estanquidade à água após dobragem a baixa temperatura
EN 13897 (2) [41] Revestimento estanque para 10% de alongamento
1 – Ver nota 3 do quadro 2. 2 – Temperatura de ensaio: -10 ºC; pressão da água: 15 kPa.
Quadro 8 – Critérios adicionais de avaliação de membranas de PVC
Característica Método de
ensaio Exigência
Resistência ao granizo (1) NP EN 13583 [40]
Ausência de danos
Escorregamento (2) - Quando exigido pela regulamentação nacional
1 – Quando requerida, aplicável em locais onde esta acção atmosférica possa ocorrer. 2 – Característica aplicável quando esteja em risco a segurança dos operários.
16
4.5.2 – Membranas envelhecidas
Para procurar avaliar o efeito dos principais agentes atmosféricos nas membranas de PVC
realizam-se, durante um determinado período, condicionamentos em estufa e em água e
exposições à radiação UV e contactos com betumes; após estes agentes de envelhecimento
ou de alteração das propriedades da membrana seguem-se-lhes alguns ensaios de
comportamento.
No quadro 9 apresentam-se as características objecto de avaliação, os condicionamentos
respectivos, os métodos de ensaio aplicáveis à determinação dessas características e as
exigências a satisfazer.
O efeito de alguns daqueles agentes atmosféricos sobre as juntas de sobreposição é
também avaliado, sendo os critérios aplicáveis apresentados no quadro 10.
Quadro 9 – Critérios de avaliação de membranas de PVC envelh ecidas
Condicionamento Característica Método de ensaio Exi gência (1)
24 semanas a 70 ºC (2)
Dobragem a baixa temperatura (3)
NP EN 1296 + EN 495-5 [22, 19]
Ausência de fissuração para temperaturas ≥ -20 ºC (ou -30 ºC (4))
24 semanas a 70 ºC (2)
Perda de massa, ∆m NP EN 1296 + EN 1849-2 [22, 25]
∆m ≤ 2 %
24 semanas a 70 ºC (2)
Resistência à tracção e alongamento (5)
NP EN 1296 + EN 12311-2 [22, 34]
Desvio máximo de ± 20% em relação ao valor obtido ou declarado para a membrana em estado novo
Cal
or
4 semanas a 80 ºC
Resistência à pelagem do suporte, PS
(6)
NP EN 1296 + § 4.3.3 do Guia UEAtc (7)
[22, 13]
− Desvio máximo de ± 50% em relação ao valor obtido ou declarado para a membrana em estado novo
− PS ≥ 25 N/50 mm
Águ
a 4 semanas a 23 ºC
Perda de plastificante, ∆p EN ISO 6427 [30] (ex-
DIN 53738 ∆p ≤ 3 unidades
Dobragem a baixa temperatura
NP EN 1548 + EN 495-5 [44, 19]
Desvio máximo de ± 10 ºC em relação ao valor obtido ou declarado para a membrana em estado novo
Perda de massa, ∆m NP EN 1548 + EN 1849-2 [44, 25]
∆m ≤ 3 %
Con
tact
o co
m o
be
tum
e (s
e ap
licáv
el)
4 semanas a 80 ºC
Perda de aspecto NP EN 1548 [44] Ausência de danos
Perda de plastificante, ∆p
EN ISO 6427 [30] (ex-DIN 53738
∆p ≤ 3 unidades
Expo
sição
ao
s UV
(8)
2500 h a 45 ºC e 4500 MJ/m2
Perda de aspecto NP EN 1548 [44] Ausência de danos
Perda de massa, ∆m EN ISO 846 (Métodos B e C) + EN 1849-2
[20, 25]
∆m ≤ 10 %
Acç
ão d
e m
icro
rgan
ism
os
(9)
Acção de fungicidas e de culturas de bactérias
Perda de aspecto NP EN 1548 [44] Ausência de danos
17
Notas ao quadro 9
1 – Se as exigências não forem cumpridas torna-se necessário um estudo mais aprofundado do comportamento da membrana.
2 – Em acordo com o instituto que concede o Documento de Aplicação, o período de condicionamento pode ser reduzido para 12 semanas a 80 ºC. Caso seja solicitado, a característica em análise pode ser também determinada ao fim de 4, 8 e 16 semanas.
3 – Aplicável apenas a membranas armadas.
4 – Aplicável aos Países do Norte da Europa.
5 – Aplicável apenas a membranas não-armadas.
6 – Aplicável apenas a sistemas aderentes ao suporte.
7 – Durante o processo de pelagem, o bordo livre do provete (50 mm) é submetido à velocidade de 100 mm/min e mantido durante o ensaio em posição aproximadamente perpendicular (90º ± 5º) à zona ainda colada (ou ao suporte).
8 – Não aplicável a sistemas com protecção pesada.
9 – Aplicável apenas a sistemas com protecção pesada.
Quadro 10 – Critérios de avaliação de juntas de sobreposição envelhecidas
Condicionamento Característica Método de ensaio Exigência
Resistência ao corte (1) EN 12317-2 (2) [36]
Águ
a 1 semana a 60 ºC (1) Resistência à pelagem (1)
EN 12316-2 (2, 3) [35]
Desvio máximo de 20% em relação ao valor obtido para a membrana em estado novo
Resistência ao corte (1) EN 12317-2 (2) [36]
Cal
or
4 semanas a 80 ºC (1) Resistência à pelagem (1)
EN 12316-2 (2, 3)
[35]
Desvio máximo de 20% em relação ao valor obtido para a membrana em estado novo
1 – Condicionamento e ensaio não aplicável a juntas ligadas com ar quente ou com THF. 2 – O ensaio deve ser feito sobre provetes obtidos na direcção longitudinal e transversal de fabrico. 3 – É recomendável que a junta tenha um desenvolvimento de pelo menos 300 mm.
Conforme se observa nos quadros anteriores (quadros 9 e 10), o efeito do ozono não está
neles contemplado. Tal deve-se à experiência adquirida nos Institutos-membros da UEAtc
relativamente ao comportamento das membranas de PVC a este agente natural, que
indicam não serem as propriedades físicas deste tipo de membranas afectadas pelo ozono.
Igualmente se vem constatando que é mais pronunciado o efeito do envelhecimento nas
próprias membranas do que nas juntas ligadas por ar quente ou por solventes com base em
THF (vd. quadro 10 – Nota 1).
4.6 – Características a satisfazer pelos sistemas
As características indicadas para os sistemas de impermeabilização de coberturas formados
por membranas de PVC e as respectivas exigências têm em conta a classificação que lhes
18
é aplicável e as regras da sua instalação em obra. Assim, de forma semelhante ao
apresentado em quadros anteriores, registam-se no quadro 11 essas características, os
métodos de ensaio para as determinar e as exigências correspondentes.
Quadro 11 – Critérios de avaliação dos sistemas de imperm eabilização
Característica Método de ensaio Exigência
Resistência à sucção do vento (1)
ETAG 006 [49] com adaptações
De acordo com a prática e a regulamentação nacionais
Resistência à pelagem do suporte, Ps
(2) § 4.3.3 do Guia UEAtc (3) [13] Ps ≥ 25 N/50 mm
Resistência ao deslizamento, D (4) § 4.3.6 do Guia UEAtc (5) [13] D ≤ 2 mm
Resistência a movimentos cíclicos (fadiga) na zona duma junta (4) § 4.3.7 do Guia UEAtc [13]
− Ausência de roturas − Estanque à água − Descolamento total ≤ 100 mm − Descolamento dum dos lados
da junta ≤ 75 mm
Resistência ao punçoamento estático NP EN 12730 (6) [38] (7)
Resistência ao punçoamento dinâmico NP EN 12691(8) [37] (7)
Resistência das juntas ao corte, Cj (9) EN 12317-2 [36]
Rotura fora da junta ou Cj ≥ resistência à tracção da membrana
Pj ≥ 150 N/50 mm (valor médio) Resistência das juntas à pelagem,
Pj (9) EN 12316-2 (10) [35] Pj ≥ 80 N/50 mm (valor mínimo)
Desempenho ao fogo De acordo com as EN aplicáveis
De acordo com as EN e a regulamentação nacional aplicáveis
Notas ao quadro 11 1 – Característica a avaliar apenas nos casos de sistemas sem protecção pesada.
2 – Característica a avaliar apenas no caso de sistemas colados ao suporte
3 – Ver Nota 7 do quadro 9.
4 – Característica a avaliar apenas no caso de sistemas aderentes ao suporte.
5 – Deslocamento duma marca após submissão dos provetes a 80ºC durante 3 horas (1 hora com os provetes na posição horizontal e 2 horas na posição mais inclinada).
6 – Ver Nota 10 do quadro 6.
7 – Esta exigência será quantificada quando se adquirir experiência suficiente sobre este ensaio.
8 – Ver Nota 3 do quadro 2.
9 – O ensaio deve ser feito sobre provetes obtidos na direcção longitudinal e transversal de fabrico. 10 – Ver Nota 3 do quadro 10.
19
5 – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme se constatou do apresentado no capítulo anterior, o Guia UEAtc considerado [13],
à semelhança dos outros que dizem respeito a outro tipo de membranas [14 a 16], dispõe
não só de especificações aplicáveis às membranas em questão e aos seus principais
constituintes, mas também aos sistemas por elas formados. Estes Guias da UEAtc, tal como
aliás os da EOTA, têm assim na sua abordagem não só em conta as características das
membranas mas também as condições em que elas são aplicadas, isoladas ou associadas
a outras, de forma a que a avaliação laboratorial que dos correspondentes sistemas se faça
reproduza o melhor possível a realidade. São assim considerados nessa análise laboratorial
os tipos de suporte e de protecção dos sistemas, a pendente e a acessibilidade da cobertura
e as condições de envelhecimento acelerado desses sistemas por acção dos agentes
atmosféricos normais aplicáveis.
A metodologia de caracterização experimental apresentada, associada às restantes acções
desenvolvidas no âmbito dos estudos de apreciação dos sistemas em questão (vd. 3),
constitui, em relação às acções realizadas para a aposição da marcação CE nas
membranas de PVC, um complemento indispensável não só para definir o campo de
aplicação dos sistemas formados por essas membranas mas também para analisar a sua
durabilidade. Estas são razões que continuamos a julgar pertinentes para incentivar os
fabricantes a realizarem estudos com a abrangência referida, sendo os resultados desses
estudos, traduzidos em Documentos de Aplicação, igual e especialmente úteis para os
projectistas nesta especialidade e para os aplicadores destes sistemas de
impermeabilização.
20
BIBLIOGRAFIA
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(UEAtc) – Directives générales UEAtc pour l’agrément des revêteme nts
d’étanchéité de toitures. Paris: UEAtc, juillet 1982.
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bitumen . Paris: UEAtc, April 1984.
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bitumen . Paris: UEAtc, October 1997.
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toitures à base d’EPDM vulcanisé non armé . Paris: UEAtc, août 1988.
5 – UEAtc – Directive particulière UEAtc pour l’agrément des revêtem ents d’étanchéité
homogènes en bitume élastomère SBS (styrène-butadiène-styrè ne) armés . Paris:
UEAtc, janvier 1984.
6 – UEAtc – Directives particulières UEAtc pour l’agrément des revêt ements
d’étanchéité en bitume polymère APP (polypropylène atactique) armés . Paris:
UEAtc, janvier 1984.
7 – UEAtc – Directives particulières pour l’agrément des revêtements d’étanchéité en
bitume polymère APP (polypropylène atactique) en feuilles ar mées par film de
polyéthylène . Paris: UEAtc, avril 1987.
8 – UEAtc – Guide technique particulier UEAtc pour l’agrément des revêt ements
d’étanchéité de toitures monocouches . Paris: UEAtc, mars 1991.
9 – UEAtc – Guide technique complémentaire UEAtc pour l’agrément des revê tements
d’étanchéité de toitures fixés mécaniquement . Paris: UEAtc, avril 1991.
10 – /P/ - Leis, Decretos-Lei, etc. – Decreto-Lei n.º 50/2008, de 19 de Março, que altera o
artigo 17.º do Regulamento Geral das Edificações Urbanas. Lisboa: Imprensa Nacional -
Casa da Moeda, 2008.
11 – http://www.ueatc.com
12 – UEAtc – Regra UEAtc relativa a confirmações de homologação . Paris: UEAtc, Abril
de 1994. R04. (Edição da tradução portuguesa de Novembro de 1995).
21
13 – UEAtc – UEAtc Technical Guide for the assessment of non-reinforced, r einforced
and/or backed roof waterproofing systems made of PVC . Garston: UEAtc,
December 2001.
14 – UEAtc – UEAtc Technical Guide for the assessment of roof waterproofi ng
systems made of reinforced APP or SBS polymers modified bi tumen sheets.
Garston: UEAtc, December 2001.
15 – UEAtc – UEAtc Technical Guide for the assessment of non-reinforced, r einforced
and/or backed roof waterproofing systems made of TPO . Garston: UEAtc,
December 2001.
16 – UEAtc – UEAtc Technical Guide for the assessment of non-reinforced, r einforced
and/or backed roof waterproofing systems made of EPDM . Garston: UEAtc,
December 2001.
17 – http://www.lnec.pt/qpe
18 – http://ec.europa.eu/enterprise/policies/european-standards/documents/harmonised-
standards-legislation/
19 – EUROPEAN COMMITTEE FOR STANDARDISATION (CEN) – Flexible sheets for
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rubber sheets for roof waterproofing . Brussels: CEN, 2000. EN 495-5.
20 – CEN – Plastics. Evaluation of the action of microorganisms . Brussels: CEN, 1997.
EN ISO 846.
21 – CEN – Flexible sheets for waterproofing. Determination of dimens ional stability -
Part 2: Plastic and rubber sheets for roof waterproofing . Brussels: CEN, 2001. EN
1107-2.
22 – INSTITUTO PORTUGUÊS DA QUALIDADE (IPQ) – Membranas de
impermeabilização flexíveis. Membranas betuminosas, de pl ástico e de borracha
para impermeabilização de coberturas. Método de envelheciment o artificial por
exposição de longa duração a temperatura elevada. Caparica: IPQ, 2004. NP EN
1296.
23 – IPQ – Membranas de impermeabilização flexíveis. Membranas betumi nosas, de
plástico e de borracha armadas para impermeabilização de cobert uras. Método
de envelhecimento artificial por exposição combinada de longa d uração à
radiação UV, à temperatura elevada e à água. Caparica: IPQ, 2008. NP EN 1297.
22
24 – CEN – Flexible sheets for waterproofing. Determination of length, width,
straightness and flatness. Part 2: Plastic and rubber she ets for roof
waterproofing . Brussels: CEN, 2001. EN 1848-2.
25 – CEN – Flexible sheets for waterproofing. Determination of thicknes s and mass
per unit area. Part 2: Plastic and rubber sheets for roof wa terproofing . Brussels:
CEN, 2009. EN 1849-2.
26 – CEN – Flexible sheets for waterproofing. Determination of visible defects. Part 2:
Plastic and rubber sheets for roof waterproofing . Brussels: CEN, 2001. EN 1850-2.
27 – IPQ – Membranas de impermeabilização flexíveis. Membranas betumin osas, de
plástico e de borracha para impermeabilização de cobertur as. Determinação da
estanquidade à água. Caparica: IPQ, 2004. NP EN 1928.
28 – IPQ – Membranas de impermeabilização flexíveis. Membranas betumin osas, de
plástico e de borracha para impermeabilização de cobertu ras. Determinação das
propriedades de transmissão do vapor de água. Caparica: IPQ, 2004. NP EN 1931.
29 – CEN – Membranas de impermeabilização flexíveis. Membranas betumino sas, de
plástico e de borracha para impermeabilização de cobertu ras. Determinação das
propriedades de transmissão do vapor de água . Caparica: IPQ, 2004. NP EN
1931:2004/AC: 2008.
30 – CEN – Plastics. Determination of matter extractable by organi c solvents .
Brussels: CEN, 1998. EN ISO 6427.
31 – CEN – Reaction to fire tests. Ignitability of building product s subjected to direct
impingement of flame. Part 2: Single-flame source test. Brussels: CEN, 2002. EN
ISO 11925-2.
32 – IPQ – Membranas de impermeabilização flexíveis. Parte 1: Me mbranas
betuminosas de impermeabilização de coberturas . Determinação da resistência
ao rasgamento (por acção dum prego). Caparica: IPQ, 2001. NP EN 12310-1.
33 – CEN – Flexible sheets for waterproofing. Determination of resist ance to tearing -
Part 2: Plastic and rubber sheets for roof waterproofing . Brussels: CEN, 2000. EN
12310-2.
34 – CEN – Flexible sheets for waterproofing. Determination of tensil e properties -
Part 2: Plastic and rubber sheets for roof waterproofing. Brussels: CEN, 2000. EN
12311-2.
23
35 – CEN – Flexible sheets for waterproofing. Determination of peel resis tance of
joints. Part 2: Plastic and rubber sheets for roof waterproo fing. Brussels: CEN,
2000. EN 12316-2.
36 – CEN – Flexible sheets for waterproofing. Determination of the shear resistance of
joints. Part 2: Plastic and rubber sheets for roof waterproo fing. Brussels: CEN,
2000. EN 12317-2.
37 – IPQ – Membranas de impermeabilização flexíveis. Membranas betumin osas, de
plástico e de borracha para impermeabilização de cobertur as. Determinação da
resistência ao choque. Caparica: IPQ, 2004. NP EN 12691.
38 – IPQ – Membranas de impermeabilização flexíveis. Membranas betumin osas, de
plástico e de borracha para impermeabilização de cobertur as. Determinação da
resistência ao punçoamento estático. Caparica: IPQ, 2004. NP EN 12730.
39 – CEN – Fire classification of construction products and building elem ents. Part 5:
Classification using data from external fire exposure to roofs tests. Brussels:
CEN, 2005. EN 13501-5.
40 – IPQ – Membranas de impermeabilização flexíveis. Membranas betumi nosas, de
plástico e de borracha para impermeabilização de cobertur as. Determinação da
resistência ao impacto do granizo . Caparica: IPQ, 2004. NP EN 13583.
41 – CEN – Flexible sheets for waterproofing. Bitumen, plastic and rubbe r sheets for
roof waterproofing. Determination of watertightness after stretching at low
temperature. Brussels: CEN, 2004. EN 13897.
42 – IPQ – Têxteis. Métodos de ensaio para tecidos não-tecidos. Parte 1 :
Determinação da massa por unidade de superfície . Caparica: IPQ, 1993. NP EN
29073-1.
43 – IPQ – Têxteis. Métodos de ensaio para tecidos não-tecidos. Parte 3 :
Determinação da resistência à tracção e do alongamento . Caparica: IPQ, 1993. NP
EN 29073-3.
44 – IPQ – Membranas de impermeabilização flexíveis. Membranas de plástico e de
borracha para impermeabilização de coberturas. Método de e xposição ao
betume . Caparica: IPQ, 2008. NP EN 1548.
45 – CEN – Membranas de impermeabilização flexíveis. Membranas betumi nosas, de
plástico e de borracha para impermeabilização de cobertur as. Determinação da
resistência à penetração de raízes . Caparica: IPQ, 2008. NP EN 13948.
24
46 - IPQ – Membranas de impermeabilização flexíveis. Membranas betuminos as, de
plástico e de borracha para impermeabilização de coberturas. Regras de
amostragem. Lisboa: IPQ, 2004. NP EN 13416.
47 - CEN – Flexible sheet for waterproofing. Plastic and rubber sheets for roof
waterproofing. Definitions and characteristics . Brussels: CEN, 2005. EN 13956.
48 - CEN – Flexible sheet for waterproofing. Plastic and rubber sheets for roof
waterproofing. Definitions and characteristics . Brussels: CEN, 2006. EN 13956:
2005/AC:2006.
49 - EUROPEAN ORGANISATION FOR TECHNICAL APPROVALS (EOTA) – Guideline
for European technical approval of systems of mechanically fastened flexible
roof waterproofing membranes . Brussels: EOTA, March 2000. ETAG 006.
50 - /P/ Leis, Decretos-Lei, etc. – Decreto-Lei n.º 4/2007, de 8 de Janeiro , que altera e
republica o Decreto-Lei n.º 113/93. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2007.
51 - INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION (ISO) – Plastics -
Determination of ash - Part 1: General methods . Genève: ISO, 2008. ISO 3451-1.
52 - ISO – Plastics - Determination of ash - Part 5: Poly(vinyl ch loride). Genève: ISO,
2002. ISO 3451-5.
I.1
ANEXO I
LISTA DOS DOCUMENTOS DE HOMOLOGAÇÃO PUBLICADOS RELATIVO S A
SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS COM BASE
EM MEMBRANAS DE PVC
I.2
LISTA DOS DOCUMENTOS DE HOMOLOGAÇÃO PUBLICADOS RELATIVO S A
SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO DE COBERTURAS COM BASE
EM MEMBRANAS DE PVC
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas SIKAPLAN PVC 12G e
15G. Lisboa: LNEC, Outubro de 1992. DH 355 (substituído pelo DH 433).
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas SIKAPLAN PVC 12G e
15G. Lisboa: LNEC, Novembro de 1995. DH 433 (substituído pelo DH 554).
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas SIKAPLAN PVC 12G e
15G. Lisboa: LNEC, Novembro de 1998. DH 554 (substituído pelo DH 750).
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas TROCAL SGmA,
TROCAL T. Lisboa: LNEC, Junho de 1999. DH 569 (substituído pelo DH 751).
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas ALKORPLAN 35177
(1,2 e 1,5 mm). Lisboa: LNEC, Setembro de 2000. DH 609 (substituído pelo DH 818).
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas ALKORPLAN 35276
(1,2 e 1,5 mm). Lisboa: LNEC, Setembro de 2000. DH 610 (substituído pelo DH 819).
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas ALKORP LAN L ENI
(65577). Lisboa: LNEC, Abril de 2002. DH 685 (caducado).
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas SIKAPLAN PVC 12G e
15G. Lisboa: LNEC, Março de 2004. DH 750 (caducado).
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas TROCAL SGmA,
TROCAL T. Lisboa: LNEC, Março de 2004. DH 751 (caducado).
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas ALKORPLAN 35177
(1,2 e 1,5 mm). Lisboa: LNEC, Setembro de 2005. DH 818 (caducado).
− LNEC − Revestimentos de impermeabilização de coberturas ALKORPLA N 35276
(1,2 e 1,5 mm). Lisboa: LNEC, Setembro de 2005. DH 819 (caducado).
− LNEC − Sistemas de impermeabilização e de isolamento térmico de coberturas
INTEMPER TF Básico, TF Mixto, TF Aljibe, TF Ecolólico, TF Eco lógico Aljibe. Lisboa:
LNEC, Maio de 2006. DH 840 (em revisão).
II.1
ANEXO II
GUIÃO DE DOSSIÊ TÉCNICO PARA SISTEMAS DE IMPERMEABILIZA ÇÃO DE
COBERTURAS COM BASE EM MEMBRANAS DE PVC
II.2
GUIÃO DE DOSSIÊ TÉCNICO PARA SISTEMAS DE IMPERMEABILIZAÇÃO
DE COBERTURAS COM BASE EM MEMBRANAS DE PVC
1 – Instalação e exploração da indústria
1.1 – Identificação da empresa
1.1.1 – Designação social 1.1.2 – Endereço da sede social 1.1.3 – Data de constituição
1.2 – Gama de produção da empresa
1.3 – Pessoal técnico da empresa
1.3.1 – Número e qualificação técnica do pessoal da empresa em regime permanente 1.3.2 – Número e qualificação técnica do pessoal da empresa em regime
não-permanente (eventualmente)
1.4 – Produção das membranas e produtos complementares
1.4.1 – Instalações de fabrico
1.4.1.1 – Endereço 1.4.1.2 – Planta 1.4.1.3 – Área total e área coberta
1.4.2 – Número e qualificação técnica do pessoal afecto à produção das membranas e produtos complementares
1.4.3 – Equipamento de fabrico
1.4.3.1 – Tipo de equipamento 1.4.3.2 – Rendimento e outras características
1.4.4 – Fluxograma da produção (sequência gráfica das operações de fabrico)
1.4.5 – Capacidade anual de produção
1.4.6 – Organização do laboratório de controlo da qualidade
1.4.6.1 – Número e qualificação técnica do pessoal 1.4.6.2 – Equipamento de ensaio
1.5 – Modalidades de comercialização e de colocação em obra das membranas
1.5.1 – Aplicação das membranas (aplicação assegurada pela firma produtora, aplicação efectuada por firmas ligadas por contrato à firma produtora, venda livre do produto no mercado)
1.5.2 – Assistência técnica
1.5.2.1 – Tipo de assistência técnica fornecida pela firma produtora às firmas aplicadoras (antes, durante e após a aplicação)
1.5.2.2 – Organização e importância do serviço de assistência técnica
1.6 – Previsões de desenvolvimento (eventualmente)
1.6.1 – Área das instalações projectadas 1.6.2 – Equipamento projectado 1.6.3 – Capacidade de produção prevista
II.3
1.7 – Relações com empresas estrangeiras (eventualmente)
1.7.1 – Designação social 1.7.2 – Endereço da sede social 1.7.3 – Tipo de relação
2 – Descrição das membranas
2.1 – Identificação
2.1.1 – Identificação comercial
2.1.1.1 – Designação do revestimento (designação precisa e exclusiva) 2.1.1.2 – Designação dos produtos de colagem e de outros materiais
(designação precisa e exclusiva) 2.1.1.3 – Designação da camada de acabamento inferior, caso seja prevista
2.1.2. – Identificação dos constituintes
2.1.2.1 – Produtos de colagem
−−−− apresentação: líquida ou pastosa
−−−− natureza química
−−−− características: massa volúmica, extracto seco, teor de cinzas, consistência, viscosidade, ponto de inflamação
2.1.2.2 – Outros materiais (plastificantes, estabilizantes, aditivos, etc.)
−−−− apresentação: líquida ou pastosa
−−−− natureza química
−−−− características: massa volúmica, extracto seco, teor de cinzas, consistência, viscosidade, ponto de inflamação, etc.
2.1.2.3 – Membrana
−−−− pasta de PVC: massa volúmica, tipo e teor de plastificante, teor de cinzas a 850 ºC, viscosidade, DHC
−−−− armadura: natureza, valores nominais da massa por unidade de superfície, da força máxima de tracção e da extensão nessa força, para a generalidade das armaduras, e dos valores limite da força máxima e da extensão nessa força, para as armaduras minerais e compósitas, número de malhas (somente para armaduras tecidas ou redes)
−−−− acabamento inferior (se existir): as mesmas características da armadura
−−−− membrana propriamente dita: valores nominais da espessura, largura, massa dos rolos, massa por unidade de superfície, factor de resistência à difusão do vapor de água, e valores limite do comprimento, da força máxima e da extensão nessa força, flexibilidade a baixa temperatura, estabilidade dimensional, planeza e rectilinearidade, resistência ao rasgamento, de absorção de água, de capilaridade e de adesão interlaminar
2.2 – Campo de aplicação
2.2.1 – Acessibilidade da cobertura 2.2.2 – Pendentes mínimas e máximas
II.4
2.2.3 – Natureza dos materiais de suporte: betão normal, betões de agregados leves, outros materiais
2.2.4 – Limitações de emprego
2.2.4.1 – Em função da natureza dos materiais de suporte 2.2.4.2 – Em função da planeza, da coesão superficial e do estado de
limpeza dos suportes 2.2.4.3 – Em função do ambiente atmosférico: rural, urbano, industrial,
marítimo 2.2.4.4 – Em função da acessibilidade da cobertura
2.3 – Fabricação
2.3.1 – Processo de fabrico
2.3.1.1 – Preparação e dosagem das matérias-primas
2.3.1.2 – Mistura dos componentes
−−−− meios mecânicos utilizados
−−−− sequência da introdução dos componentes
−−−− duração da operação
2.3.1.3 – Fabrico das membranas
−−−− meios mecânicos utilizados
−−−− sequência das operações de fabrico: colocação da armadura, da pasta de PVC e de eventuais camadas de acabamento inferior
−−−− duração das operações 2.3.2 – Controlos de fabrico
2.3.2.1 – Controlos efectuados sobre as matérias-primas e sua periodicidade
2.3.2.2 – Controlos efectuados sobre os produtos durante o processo de fabrico e sua periodicidade
2.3.2.3 – Controlos efectuados sobre as membranas acabadas e sua periodicidade
2.4 – Armazenamento na fábrica
2.4.1 – Condições de armazenamento: local, posicionamento, protecções complementares
2.5 – Apresentação comercial
2.5.1 – Embalagens
2.5.1.1 – Tipos de embalagem para cada tipo de material 2.5.1.2 – Capacidade 2.5.1.3 – Informação contida nas embalagens: nome da firma produtora,
designação comercial do revestimento e produtos complementares, informação relativa à manutenção e ao armazenamento, data de fabrico ou data limite de utilização, etc.
2.6 – Aplicação em obra
2.6.1 – Condições atmosféricas que impedem a aplicação: chuva, vento, sol, temperaturas externas do ar
2.6.2 – Temperatura e humidade dos suportes: valores extremos que impedem a colocação em obra
II.5
2.6.3 – Preparação dos diferentes tipos de suporte
2.6.4 – Aplicação do revestimento em obra
2.6.4.1 – Descrição geral
2.6.4.2 – Primário (eventualmente)
−−−− preparação prévia: homogeneização, diluição eventual
−−−− técnica de colocação em obra: manual, mecânica
−−−− tempo de secagem
−−−− consumo (kg/m2) 2.6.4.3 – Revestimento em superfície corrente e em pontos singulares
(saliências e penetrações, caleiras, juntas de dilatação)
−−−− preparação prévia
−−−− descrição das operações de colocação em obra
−−−− técnicas de colocação em obra: sistemas aderentes, independentes ou semi-aderentes
−−−− modo de ligação das membranas (sobreposições mínimas)
−−−− recomendações para localização e execução das juntas de trabalho
2.6.4.4 – Protecção (eventualmente)
−−−− tipos possíveis de protecção: gravilha, betonilha, placas de betão, etc.
−−−− descrição das operações de colocação em obra
−−−− técnica de colocação em obra (cuidados a observar) 2.6.5 – Equipamento de aplicação dos produtos complementares
2.6.5.1 – Equipamento para aplicação manual: tipo de equipamento
2.6.5.2 – Equipamento para aplicação mecânica: características das pistolas (marca comercial, rendimento, acessórios)
2.7 – Armazenamento em obra
−−−− Condições de armazenamento em obra
2.8 – Manutenção e reparação
2.8.1 – Renovação periódica
−−−− técnica
−−−− periodicidade 2.8.2 – Reparação
−−−− técnica de reparação em zonas localizadas em função dos tipos mais usuais de anomalias
−−−− técnica recomendada para a renovação integral do revestimento
2.9 – Desenhos de pormenor, à escala adequada, das soluções construtiv as propostas para a realização da impermeabilização em pontos singulares – saliências e penetrações, evacuação da água da chuva, cale iras, juntas de dilatação, fixações mecânicas – e para a camada de protec ção do revestimento
II.6
3 – Obras já executadas
3.1 – Área total (aproximada) das coberturas realizadas
3.2 – Caracterização das aplicações mais significativas (de ac ordo com a listagem da Fig. I.1)
4 – Outros elementos informativos
4.1 – Cópias de documentos de homologação, de boletins de ensaio, ou de documentos análogos, emitidos por organismos nacionais e estrang eiros (caso existam)
4.2 – Fichas técnicas e catálogos comerciais
4.3 – Amostras individualizadas do revestimento e dos produtos compleme ntares
4.4 – Fotografias elucidativas do fabrico e da aplicação do revestime nto e de obras já executadas (eventualmente)
II.7
APLICAÇÕES SIGNIFICATIVAS DO REVESTIMENTO
Refª da aplicação _________________________________________________________________________ IDENTIFICAÇÃO DA OBRA Designação___________________________________________ ___________________ Endereço____________________________________________ ____________________ DONO DA OBRA Nome____________________________________________________________________ Endereço____________________________________________ _____________________ DIRECTOR DA OBRA Nome____________________________________________________________________ Endereço____________________________________________ _____________________ FIRMA APLICADORA Nome____________________________________________________________________ Endereço____________________________________________ _____________________ DATA DE APLICAÇÃO _________________________________________________________________________ IDENTIFICAÇÃO DA MEMBRANA (OU DO SISTEMA) _________________________________________________________________________ MODO DE LIGAÇÃO DO SISTEMA AO SUPORTE _________________________________________________________________________ ÁREA TOTAL DA COBERTURA (m²) _________________________________________________________________________ PENDENTES DA COBERTURA _________________________________________________________________________
REPARAÇÕES EFECTUADAS Data_____________________________________________________________________ Descrição__________________________________________ ______________________
_________________________________________________________________________ Data ______ / ___ / ___
Fig. I.1 - Modelo de ficha de caracterização duma aplicação do revestimento
MATERIAL DE SUPORTE _________________________________________________________________________ PROTECÇÃO _________________________________________________________________________
OBSERVAÇÕES