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Herpetologia 2007/1
Diversidade de répteis Répteis recentes: mais de 16000 espécies
Testudines: 300 Rhynchocephalia: 2 Squamata: 7750 Crocodylia: 23 Aves: ca. 8700
Herpetologia 2007/1
Testudines Casco
Ossificações dérmicas incorporando as costelas, vértebras e porções da cintura pélvica
Pouco movimento no esqueleto axial
Cinturas peitoral e pélvica mediais em relação à caixa torácica
Incorporação das costelas à derme durante o desenvolvimento embrionário
Membros, cauda, pescoço e cabeça saem por aberturas anteriores e posteriores
Herpetologia 2007/1
Testudines Casco
Carapaça (dorsal) e plastrão (ventral) Composta por elementos ósseos dérmicos, recobertos por
escudos queratinosos (ou pele) Desalinhamento das suturas entre escudos e ossos: maior
resistência Plastrão estrutura sólida ou elementos ósseos soltos ou
articulados
Herpetologia 2007/1
Testudines Casco
Maioria carapaça e plastrão rígidos Várias linhagens fecham o corpo dentro do casco Malacochersus carapaça e plastrão macios e flexíveis: se
esconde sob rochas
Terrapene
Kinosternon
Malacochersus
Herpetologia 2007/1
Testudines Crânio
Ausência de fenestras temporais anápsido Muitas espécies com grande emarginação posterior
regiões mais abertas Dentes ausentes (presentes em algumas fósseis) Bico queratinoso
Herpetologia 2007/1
Testudines Crânio
Orientação única dos músculos adutores da mandíbula
• Músculos passam sobre uma proeminência, a tróclea, formando um ângulo agudo na orientação das fibras musculares
Herpetologia 2007/1
Testudines Membros
Nadadeiras nas formas marinhas e em Carettochelys
Membranas interdigitais nos cágados, com algum movimento independente dos dedos
Robustos e verticais em jabutis, com dígitos reduzidos
Herpetologia 2007/1
Testudines Reprodução
Todas são ovíparas Ovos em ninhos no chão ou sem ninho, na superfície Geralmente, sem cuidado parental Machos possuem pênis crescimento da parede cloacal Côrte elaborada Determinação do sexo por temperatura na maioria das
linhagens
Herpetologia 2007/1
Testudines Fósseis
Registro extenso Mais antigas do final do Triássico
• Proganochelys• Palaeochersis• Proterochersis Palaeochersis
Proganochelys
Herpetologia 2007/1
Testudines Pleurodira
Pescoço se dobra lateralmente Cryptodira
Pescoço retraído verticalmente Perda da habilidade de retração em algumas famílias
Herpetologia 2007/1
Testudines Chelidae
Água doce ou salobra 15 a 50 cm (comprimento da carapaça) Chelus fimbriatus (Matá-matá) casco amplo e achatado,
com três quilhas, camuflado com algas; pele da cabeça e pescoço com dobras; alimentação por sucção
Chelodina rugosa único réptil que põe os ovos na água; desenvolvimento embrionário começa apenas quando os ovos são expostos, na época seca
11 gêneros, ca. 50 espécies. América do Sul e Oceania.
Chelus fimbriatus
Phrynops geoffroanus
Herpetologia 2007/1
Testudines Pelomedusidae
12 a 50 cm Habitam lagoas, riachos e pântanos (águas calmas) Caminham no fundo Principalmente carnívoros Pelomedusa subrufa enterramento e estivação na seca 32 gêneros, ca. 18 espécies. África.
Pelomedusa subrufa
Herpetologia 2007/1
Testudines Podocnemididae
Habitam lagos e rios Nadadores ativos, com carapaça achatada Principalmente herbívoros Stupendemys (5 MA) atingia pelo menos 2,3 m Podocnemis expansa até 90 cm; fêmeas põem ovos em
massa, em praias de ilhas fluviais; grande diferenciação genética entre populações
3 gêneros, 8 espécies. América do Sul e Madagascar.
Podocnemis expansa
Stupendemys
Herpetologia 2007/1
Testudines Chelydridae
Água doce Mandíbulas fortes Cabeça, pescoço e membros não são retraídos no casco Caminhadores de fundo Chelydra habitats com vegetação abundante; onívoros;
posição defensiva com a cabeça abaixada e os membros posteriores estendidos, expondo a carapaça
Macroclemys quase completamente aquáticos, até 70 cm e mais de 80 kg; língua bipartida serve para engodo
Platysternon cauda longa, carapaça achatada, carnívoros e noturnos, escalam bem a vegetação
3 gêneros, 3 espécies. Américas do Norte e Central, norte da América do Sul, leste da Ásia
Herpetologia 2007/1
Testudines Chelydridae
Chelydra serpentina
Macroclemys temminckii
Platysternon megacephalum
Herpetologia 2007/1
Testudines Cheloniidae e Dermochelidae
Totalmente marinhos 70 cm a 1,5 m (Chelonia mydas e Caretta caretta); estima-
se que Dermochelys possa atingir de 2 a 2,5 m Membros modificados em nadadeiras; anteriores mais
desenvolvidos do que os posteriores Oviposição em praias tropicais (ou temperadas quentes,
em Caretta) Fêmeas individuais não se reproduzem todo ano Construção de ninhos noturna (diurna em Lepidochelys) Alimentam-se de plantas e animais no substrato
• Chelonia mydas é herbívora Migrações extensas, orientação pelo campo magnético da
Terra Fidelidade às áreas de reprodução
Herpetologia 2007/1
Testudines Cheloniidae e Dermochelidae
Dermochelys coriacea (tartaruga-de-couro)• Pelágica, se alimenta primariamente de águas-vivas• Carapaça formada por milhares de
osteodermos poligonais, embutidosna pele coriácea
• Sem garras Cheloniidae 5 gêneros, 6 espécies Dermochelydae 1 espécie Distribuição cosmopolita
Chelonia mydas
Caretta caretta
Dermochelys coriacea
Herpetologia 2007/1
Testudines Emydidae
Maioria de água doce ou semi-aquática Malaclemys terrapin água salobra e regiões marinhas
costeiras Terrapene maioria terrestres 12 a 60 cm Maioria onívora 12 gêneros, 40 espécies. Américas, Europa e norte da
África.
Trachemys scripta
Herpetologia 2007/1
Testudines Bataguridae
Maioria dulcícola, aquática a semi-aquática Alguns de água salobra Muitas espécies herbívoras ou onívoras 12 a 80 cm Muitas espécies ameaçadas de extinção 23 gêneros, 65 espécies. Américas, Europa, África, Ásia e
Oceania.
Rhinoclemmys pulchirrema
Herpetologia 2007/1
Testudines Testudinidae
Terrestres, com cascos altos e em forma de domo (jabutis)• Proteção contra predadores, pois são maiores do que podem
abocanhar Membros robustos, pés sem membranas, dígitos com até 2
falanges Cabeça e membros podem ser totalmente retraídos 10 a 130 cm Gigantismo evoluiu várias vezes em populações de ilhas
oceânicas Maioria herbívora ou onívora Habitam desde desertos áridos a florestas tropicais úmidas Maioria com ninhadas pequenas (1 ou 2 ovos) 11 gêneros, ca. 40 espécies. Américas, Europa, Ásia, África
e Oceania.
Herpetologia 2007/1
Testudines Trionychidae
Totalmente aquáticos Corpo achatado e redução das porções ósseas do casco Costelas livres distalmente Ossos do plastrão não fundidos medialmente Placas ósseas do casco recobertas por pele, sem escudos
queratinizados Focinho com uma probóscide carnosa e mandíbula com
lábios, ao invés de bico córneo Muitas espécies se enterram no substrato pescoço longo
acima da água, para respirar Bons nadadores membros com membranas interdigitais Primariamente carnívoros 25 a 130 cm 14 gêneros, ca. 27 espécies. América do Norte, África, Ásia
e Oceania.
Herpetologia 2007/1
Testudines Carettochelyidae
Monotípica: Carettochelys insculpta 70 cm Habita riachos e lagoas, além de estuários de água salobra Primariamente herbívora, pode comer também crustáceos
e insetos Oviposição noturna, em bancos de areias durante a
estação seca Maturação sexual em 14-16 anos para machos e 20-22
anos para fêmeas Carapaça coberta por pele Possui uma probóscide carnosa no focinho Natação por movimento simultâneo dos membros (como
em tartarugas marinhas) Sudeste da Nova Guiné e nordeste da Austrália
Herpetologia 2007/1
Testudines Dermatemydidae
Monoespecífica: Dermatemys mawii 65 cm Totalmente aquática, habita grande rios, lagos e poços
temporários com vegetação; pode chegar a água salobra Herbívora Aparentemente utiliza o aparelho bucofaringeal para trocas
gasosas Américas Central e do Norte
Herpetologia 2007/1
Testudines Kinosternidae
Casco alongado Plastrão pode ser alongado 11 a 40 cm Glândulas na cloaca liberam um odor desagradável Vivem em águas calmas com bastante vegetação Caminhadores de fundo Carnívoros 3 gêneros, 22 espécies. Américas.
Kinosternon flavescens
Staurotypus salvinii
Herpetologia 2007/1
Lepidosauria Tuatara, lagartos, serpentes e anfisbenas
Sinapomorfias Fenda cloacal transversal Muda regular e súbita Autotomia caudal
Herpetologia 2007/1
Rhynchocephalia Tuatara
Dentes grandes, acrodontes Heterodontia Dentes caniniformes na extremidade anterior dos
maxilares e do dentário Dentes presentes nos palatinos Durante a ontogenia, os dentes pré-maxilares são
substituídos por crescimentos ósseos da pré-maxila Bolsos pareados rasos na cloaca homólogos ao
hemipênis? Ausência de osteodermos Cauda com planos de autotomia
Herpetologia 2007/1
Rhynchocephalia Tuatara
Até 300 mm de comprimento Tuatara “espinhos nas costas” (nome Maori) Duas espécies diferenciadas geneticamente Terrestres, mais ativos durante a noite Constroem tocas ou utilizam aquelas de aves marinhas Primariamente insetívoros Maturidade sexual atingida aos 20 anos Fêmeas individuais se acasalam a cada 4 anos Ninhada de 5 a 15 ovos Sexo determinado por temperatura Muitas populações ameaçadas introdução de espécies
Herpetologia 2007/1
Rhynchocephalia Tuatara
Duas espécies viventes Sphenodon punctatus e S. guntheri Ocorrem na Nova Zelândia
Registro fóssil Grupo diversificado e bem distribuído durante o Mesozóico Formas herbívoras e insetívoras, corredoras terrestres e
aquáticas
Herpetologia 2007/1
Squamata Características gerais
Crânio cinético Hemipênis órgão copulatório pareado
• Derivados da parede posterior da cloaca• Uma fenda, o sulco espermático, transporta o esperma• Muitas vezes ornamentados: taxonomia• Evertidos na cópula, apenas um é utilizado
Herpetologia 2007/1
Squamata Características gerais
Tendência à redução dos membros em várias linhagens (uma estimativa aponta 62 vezes)
A maior parte das reduções envolve apenas falanges Serpentes e muitos lagartos apresentam uma condição
extrema, com perda de todos, ou quase, os elementos ósseos dos membros
Alongamento do corpo e perda da diferenciação regional do esqueleto axial
Herpetologia 2007/1
Squamata Implantação dentária
Padrão acrodonte• Arranjados em um sulco nos ossos; ligados às faces lingual e
labial por osso; permanentes nos adultos; sem reabsorção; não são substituídos
Padrão pleurodonte• Suposta condição ancestral; ligamento ósseo à parede da
mandíbula no lado labial, mas a base do dente encontra uma quilha horizontal no lado lingual; reabsorção, substituídos continuamente
• Serpentes: pleurodonte modificado, com alvéolo rudimentar
Herpetologia 2007/1
Squamata Mecanismo de quebra da cauda, ou urotomia
Autotomia• Quebra facilitada por planos de fratura nas vértebras e pelo
arranjo dos músculos e tecido conjuntivo• Perda sob o controle do animal e ocorrência de regeneração
(cauda “nova” suportada por um bastão cartilaginoso)• Perdida várias vezes
Pseudautotomia• Quebra entre as vértebras• Não é espontânea• Não ocorre regeneração
Herpetologia 2007/1
Squamata Reprodução
Grande diversidade, padrões evoluíram diversas vezes Oviparidade e viviparidade Ocorrência de espécies partenogenéticas em vários grupos
• Acredita-se que seja resultado de hibridização, na maioria dos casos
Determinação de sexo dependente de temperatura e genética
• Serpentes apenas determinação genética
Herpetologia 2007/1
Squamata Pele
Com relativamente poucas glândulas, agrupadas em áreas específicas
Osteodermos ósseos depositados na derme (ausentes em Serpentes)
Escamas camadas mais grossas de tecido epidérmico e dérmico, formados por dobras durante a embriogênese
• Camada mais externa com ornamentações microscópicas Cores cromatóforos
• Coloração pode ter papel na termorregulação e defesa• Mudança fisiológica da cor comum em lagartos
Escamas com órgãos sensoriais mecanorreceptores
Herpetologia 2007/1
Squamata Muda
Células do estrato germinativo se movem ao estrato córneo e são perdidas
Produção sincronizada de células epidérmicas muda regular
• Logo antes da muda, as novas células epidérmicas entre o estrato germinativo e a camada externa se tornam queratinizadas
• A camada externa é perdida totalmente (serpentes) ou em grandes grupos (lagartos)
Respiração anaeróbica, com produção de ácido lático facilita a hidratação e separação das células
Fosfatase ácida quebra de desmossomos intercelulares e de material cimentante
Herpetologia 2007/1
Squamata Sistemática
Iguania• Chamaeleonidae e “Agamidae” formam um clado denominado
Acrodonta Scleroglossa
• Inclui Amphisbaenia e Serpentes, ambos monofiléticos Muitas controvérsias!! Caracteres convergentes em formas fossoriais
Herpetologia 2007/1
Squamata “Agamidae”
Tamanho moderado a grande Diurnos Primariamente terrestres Membros bem desenvolvidos Escamas freqüentemente modificadas formando cristas,
ornamentações ou espinhos• Podem ser sexualmente dimórficos
Draco vôo planado, com costelas alongadas e móveis apoiando uma membrana de pele
Ovíparos (exceto Phrynocephalus) Várias espécies desenvolveram pseudautotomia
intervertebral Ca. 45 gêneros, mais de 380 espécies. África, Ásia e
Oceania.
Herpetologia 2007/1
Squamata Chamaeleonidae
25 a mais de 500 mm de comprimento Grande desenvolvimento de elmos, cornos e cristas na
cabeça da maioria das espécies Pés zigodáctilos, com dedos adjacentes fusionados nas
mãos e pés Caudas preênseis nas espécies arborícolas Línguas extremamente alongadas modificações do
aparelho hióide Olhos se movimentam de forma independente usam
acomodação para medir a distância dos objetos Maioria com corpos achatados lateralmente Exclusivamente diurnos Primariamente insetívoros Maioria ovípara 6 gêneros, ca. 130 espécies. África, Ásia e sul da Espanha.
Herpetologia 2007/1
Squamata Iguanidae: Iguaninae
Moderados a grandes (14 a 70 cm) Terrestres, habitantes de rochas ou arbóreos Amblyrhynchus possui glândulas de sal; entra no oceano
e se alimenta de algas Primariamente herbívoros quando adultos Ovíparos Cólon particionado, para a digestão de matéria vegetal
(exceto em Amblyrhynchus) 8 gêneros, ca. 34 espécies. Américas e Oceania.
AmblyrhynchusIguana iguana
Herpetologia 2007/1
Squamata Iguanidae: Oplurinae
Terrestres, habitantes de rochas ou arbóreos Ocorrem primariamente em áreas sub-úmidas a áridas Chalarodon madagascariensis adaptações para a
locomoção em areia solta e uso de tocas Ovíparos Podem ser coloridos durante a estação reprodutiva Machos territoriais 2 gêneros, 7 espécies. Madagascar.
Oplurus
Chalarodon
Herpetologia 2007/1
Squamata Iguanidae: Phrynosomatinae
Diversidade morfológica e ecológica Phrynosoma pequenos e com espinhos; corpos e caudas
curtos; solitários e crípticos; vivem em desertos; comportamento de defesa contra canídeos: esguicham sangue pelas órbitas
Sceloporus terrestres, arbóreas e habitantes de rochas; de florestas tropicais a arbustos de montanhas altas
Uma adaptados a habitats arenosos Algumas espécies vivíparas 9 gêneros, ca. 125 espécies. América do Norte e Central.
Phrynosoma
Sceloporus
Herpetologia 2007/1
Squamata Iguanidae: “Tropidurinae”
Grande variedade de habitats, inclusive florestas úmidas e secas, savanas, desertos e campos de altitude
Habitantes de areia, rochas, terrestres e arbóreas Diurnos Variedade na forma do corpo e na história natural 50 a 90 mm de comprimento, maioria pequena e
primariamente insetívora Várias espécies se alimentam de formigas que picam Maioria ovípara 12 gêneros, ca. 275 espécies. América do Sul e Central.
Herpetologia 2007/1
Squamata Iguanidae: Polychrotinae
Anolis 400 espécies; presença de lamelas subdigitais, com setas similares às das lagartixas, embora mais simples
8 gêneros, mais de 450 espécies. Américas.
Polychrus acutirostris
Anolis
Herpetologia 2007/1
Squamata Iguanidae: Hoplocercinae
Tamanho moderado, ca. 160 mm Primariamente terrestres, com caudas espinhosas Várias espécies cavam tocas Enyalioides e Morunasaurus florestas úmidas Hoplocercus cerrado
• Hoplocercus spinosus inflam o corpo para que não sejam retirados de suas tocas
3 gêneros (possivelmente parafiléticos), mais de 12 espécies. América do Sul.
Enyalioides laticeps Hoplocercus spinosus
Herpetologia 2007/1
Squamata Iguanidae: Crotaphytinae
Moderadamente grandes (ca. 100 a 145 mm)
Áreas mésicas a áridas Além de insetos, a maioria
também se alimenta de vertebrados
Vocalizam gritos estridentes quando estressados
2 gêneros, 12 espécies. América do Norte. Crotaphytus
Herpetologia 2007/1
Squamata Iguanidae: Corytophaninae
Cristas cranianas e elmos bem desenvolvidos• Podem ser sexualmente dimórficos
Corytophanes crista utilizada em display defensivo, fazendo o corpo parecer maior
Basiliscus capacidade de correr de forma bípede sobre a superfície da água
• Dedos com escamas quadrangulares 3 gêneros, 9 espécies. México, América Central e norte da
América do Sul.Basiliscus
Herpetologia 2007/1
Squamata Gekkonidae
Lagartixas Arborialidade e habilidade de escalar setas
microscópicas nas superfícies ventrais dos pés• Projeções de escamas modificadas, com expansões
espatuladas Muitas espécies são secundariamente terrestres, com
redução dos discos digitais Maioria noturna Coloração forte é incomum Vocalização cliques e trinados na comunicação
intraespecífica Ovíparos, com geralmente 1 ou 2 ovos por ninhada
• Gekkoninae cascas endurecem no contato com o ar Partenogênese ocorre em algumas espécies Algumas espécies com sexo determinado por temperatura
Herpetologia 2007/1
Squamata Gekkonidae
Mecanismos de defesa• Grande capacidade de autotomia caudal• Pele frágil, se rompe facilmente
Eublepharinae noturnos, quase todos terrestres; sem setas subdigitais; retêm pálpebras; habitats áridos ou sub-úmidos
Pygopodinae alongados, sem membros anteriores e com membros posteriores vestigiais; vivem em tocas ou na serrapilheira
Ca. 97 gêneros, 1050 espécies. Cosmopolitas.
Herpetologia 2007/1
Squamata Gekkonidae
Hemidactylus mabouia
Briba brasiliana
Gymnodactylus geckoidesGonatodes hasemani
Herpetologia 2007/1
Squamata Gekkonidae
Gonatodes humeralis
Gonatodes concinnatus
Thecadactylus rapicaudata
Herpetologia 2007/1
Squamata Dibamidae
Pequenos (até 250 mm) Se enterram Olhos vestigiais, cobertos por uma escama Sem aberturas externas do ouvido Ambas extremidades do corpo obtusas Machos com membros posteriores vestigiais; fêmeas sem
membros Ovíparos, ninhada de 1 só ovo 2 gêneros, 10 espécies. México, Ásia e Oceania.
Dibamus
Herpetologia 2007/1
Squamata Teiidae
“Macroteídeos” Diurnos, ativos Habitats variam de desertos áridos a florestas tropicais
úmidas Algumas espécies semi-aquáticas Dracaena dentes molariformes, utilizados para esmagar
caramujos Sem redução de membros Ovíparos Algumas espécies partenogenéticas 9 gêneros, 125 espécies. Américas.
Herpetologia 2007/1
Squamata Teiidae
Kentropyx pelviceps Cnemidophorus Ameiva ameiva
Crocodilurus amazonicus
Herpetologia 2007/1
Squamata Gymnophtalmidae
“Microteídeos” Maioria ativos e diurnos Habitats variam de desertos áridos a florestas tropicais
úmidas Muitas espécies não são conspícuas e vivem na
serrapilheira ou são semi-fossoriais Algumas espécies semi-aquáticas Ovíparos Algumas espécies são partenogenéticas Redução de membros e alongamento do corpo evoluíram
várias vezes 35 gêneros, mais de 150 espécies. Américas do Sul e
Central.
Herpetologia 2007/1
Squamata Gymnophtalmidae
Leposoma parietale
Prionodactylus
Alopoglossus angulatus Neusticurus ecpleopus
Colobosaura modesta
Herpetologia 2007/1
Squamata Gymnophtalmidae
Micrablepharus maximiliani
Vanzosaura rubricaudaCercosaura ocellata
Leposoma
Tretiocincus
Herpetologia 2007/1
Squamata Lacertidae
Pequenos a moderados Membros bem desenvolvidos Escamas dorsais pequenas e granulares Maioria terrestres ou vivem em rochas Diurnos Primariamente insetívoros Ovíparos, exceto maioria das populações de Lacerta
vivipara Ocorrem também formas partenogenéticas híbridas Heliobolus lugubris juvenis mimetizam em tamanho,
comportamento e padrão de coloração uma espécie de besouro que libera substâncias tóxicas; Kalahari
25 gêneros, ca. 250 espécies. África, Ásia e Europa.
Herpetologia 2007/1
Squamata Xantusiidae
Relativamente pequenos Corpos e cabeças relativamente achatados, ausência de
pálpebras móveis, geralmente noturnos, relativamente sedentários
Ocorrem em habitats úmidos a áridos Várias espécies são especialistas (habitats) Várias espécies de Lepidophyma se reproduzem por
partenogênese, mas não associada a hibridização• Algumas delas bissexuais, outras apenas com fêmeas
Todas as espécies continentais são vivíparas• Cricosaura, de Cuba, é ovípara
3 gêneros, 18 espécies. Américas do Norte e Central.
Herpetologia 2007/1
Squamata Scincidae
Maioria com escamas ciclóides lisas e brilhantes, com osteodermos subjacentes compostos por um mosaico de ossos menores
Muitos possuem um palato secundário bem desenvolvido Formas corporais bastante variáveis membros robustos e
corpos curtos a sem membros e alongados Grande variedade de habitats maioria terrestres e
fossoriais Cryptoblepharus boutonii tolerância a água salgada,
habita regiões intertidais Grande variação de tamanho (5 a 32 cm) Ca. 45% das espécies são vivíparas Maioria diurna
Herpetologia 2007/1
Squamata Scincidae
Redução e perda de membros ocorreram várias vezes• Variação intragenérica
Corpo arredondado e duro dificuldade na predação• Alguns predadores especializados
Ca. 115 gêneros, 1260 espécies. Cosmopolitas.
Mabuya nigropunctata Mabuya heathi
Herpetologia 2007/1
Squamata Cordylidae
Escamas em círculos transversais ao redor do corpo; corpo com muitos osteodermos; freqüentemente possuem caudas bem quilhadas ou com muitos espinhos
Quase todas as espécies vivem em rochas e inflam o corpo para se esconder em vãos
Cordylus giganteus terrestre, vive em buracos; possui baterias de grandes espinhos no dorso da cabeça e na cauda, que utiliza para afugentar predadores ou se prender à parede da toca
Muitos são solitários e territorialistas Vivíparos, exceto Platysaurus 4 gêneros, ca. 42 espécies. África.
Herpetologia 2007/1
Squamata Gerrhosauridae
Escamas em fileiras transversais, com osteodermos subjacentes
Pequenos a grandes (15 a 70 cm) Habitats variados Espécies sem membros associadas a ambientes arenosos
ou a campos 6 gêneros, ca. 35 espécies. África.
Gerrhosaurus
Herpetologia 2007/1
Squamata Anguidae
Bem distribuída em regiões tropicais e temperadas Maioria terrestre Habitats diversos campos abertos, dunas, florestas
temperadas e tropicais Maioria é diurna e prefere ambientes amenos e úmidos De menos de 70 mm a mais de 1,3 m Cauda se autotomiza facilmente Perda e redução de membros evoluiu diversas vezes Vários gêneros vivíparos 13 gêneros, ca. 110 espécies. Américas, Europa, Ásia,
Oceania e norte da África.
Herpetologia 2007/1
Squamata Xenosauridae e Shinisauridae
Vivíparos Xenosaurus habitam florestas úmidas de montanhas e
campos de baixas altitudes (exceto duas espécies); habitantes de rochas; 90 a 150 mm de comprimento; diurnos; se alimentam principalmente de artrópodes; caudas espinhosas que não sofrem autotomia
Shinisaurus crocodilurus diurno; semi-aquático, se alimenta de peixes e girinos
Xenosauridae 1 gênero, 6 espécies. México e Guatemala Shinisauridae 1 espécie. China.
Xenosaurus
Shinisaurus
Herpetologia 2007/1
Squamata Varanidae e Lanthanotidae
Ovíparos Varanidae 25 cm a 3 m (Varanus komodoensis: Dragão-
de-Komodo); forrageadores ativos, movem-se rapidamente e se alimentam de pequenos invertebrados e vertebrados
• 1 gênero, ca. 40 espécies. África, Ásia e Oceania. Lanthanotidae 1 espécie, Lanthanotus borneenesis;
fossorial, semi-aquático, noturno; membros curtos e cauda preênsil. Bornéo.
Varanus komodoensisLanthanotus borneenesis
Herpetologia 2007/1
Squamata Helodermatidae
Caudas curtas e obtusas, um pouco preênseis, servem para armazenar gorduras
Monstro-de-Gila: únicos lagartos venenosos glândulas de veneno não-muscularizadas, localizadas no tecido das mandíbulas
Forrageadores diurnos e noturnos, alimentam-se de vertebrados
Ovíparos 1 gênero, 2 espécies. Oeste da América do Norte
e noroeste da Central.
Heloderma suspectum
Herpetologia 2007/1
Squamata Amphisbaenia
Todas as espécies são escavadoras Alongados e sem membros (exceto Bipes) 10 a mais de 80 cm de comprimento Cinturas peitoral e pélvica reduzidas ou ausentes Maioria com caudas curtas Corpo dividido em anéis dois por vértebra O pulmão direito é reduzido Crânios muito ossificados, modificados para cavar Cérebro totalmente cercado pelos ossos frontais Na maioria, a pele pode se movimentar
independentemente do tronco movimentação retilínea• Qualquer ponto do corpo pode ser utilizado como âncora
Algumas espécies com caudas autotomizáveis, mas sem regeneração
Formato da cabeça varia maioria, arredondada
Herpetologia 2007/1
Squamata Amphisbaenia
Ocupam muitos ambientes, inclusive florestas úmidas, matas subtropicais semidecíduas e desertos áridos
Maioria ovípara Predadores especializados em anfisbenas por exemplo, a
serpente Cryptolycus nanus Amphisbaenia alba cerrado; dieta consiste em besouros,
formigas, aranhas e cupins Trogonophidae sem autotomia caudal, dentes
acrodontes, troncos mais curtos, corpos triangulares, utilizam a cauda para fazer força ao cavar
Bipes retêm os membros anteriores, utilizados para cavar, mas não para se movimentar; mãos com falanges extranuméricas, vivem em ambientes áridos
25 gêneros, 145 espécies. Américas, África, Europa e Ásia.
Herpetologia 2007/1
Serpentes Características gerais
Numerosos caracteres derivados, mas que também ocorrem em outros grupos convergências quanto à perda e redução de membros
Pulmão esquerdo reduzido Quando há autotomia, é intervertebral (pseudautotomia) Ausência de ossos escleróticos Perda de ossos do crânio ou elementos hióides lacrimal,
jugal, epi-pterigóide, esquamosal Mandíbula composta pelo dentário e fusão do articular e
pré-articular 120 ou mais vértebras pré-cloacais Ausência de músculos no corpo ciliar do olho modo único
de acomodação
Herpetologia 2007/1
Serpentes Características gerais
Muitas comparações, como o modo de alimentação, são feitas entre serpentes muito derivadas e lagartos relativamente generalizados
• Na realidade, serpentes basais são mais similares aos lagartos Crânio cinético perda de ambos os arcos temporais; o
quadrado se liga ao crânio pelo supratemporal Cérebro enclausurado em um caixa rígida, formada por
extensões dos frontais e parietal Ovíparas ou vivíparas Determinação do sexo geneticamente Dimorfismo sexual geralmente é mais sutil Proporções e morfologia refletem o habitat
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Serpentes Arbóreas
Pouca massa corporal Corpo comprimido Cauda relativamente
longa, freqüentemente preênsil
Olho relativamente grande Fileira de escamas
vertebrais mais larga Centro de gravidade
posterior Aquáticas
Deslocamento dorsal e terminal de olhos e narinas
Narinas com válvulas
Fossoriais Corpo curto Cabeça pouco larga Boca inferior Escamas reduzidas na
cabeça e corpo Olho pequeno Reforços cranianos Focinho estreito e/ou
pontudo Escamas muito lisas
Criptozóicas (serrapilheira) Tamanho reduzido
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Serpentes Dentição
Dentes típicos longos, finos, levemente curvados Implantação pleurodonte modificada cada dente em um
alvéolo raso Podem estar presentes na pré-maxila, maxila, palatinos,
pterigóides e dentário; o número de dentes varia Colubroidea evolução de várias formas de heterodontia;
presença de presas com fendas ou ocasPadrões gerais Áglifo dentição maxilar homodonte Opistóglifo o par posterior nas maxilas é maior Proteróglifo maxilas relativamente longas, com presas
ocas na extremidade anterior (não-eréteis) Solenóglifa maxilas reduzidas, apenas com presas ocas,
eréteis pela rotação da maxila no pré-frontal
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Serpentes Dentição
Viperidae e Elapidae Presas anteriores possuem um canal de veneno, um tubo
oco separado da cavidade da polpa Homólogas às presas posteriores de Colubridae Não se desenvolvem por fechamento de uma fenda, mas
por alongamento de uma estrutura tubular
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Serpentes Venenos
Colubroidea glândulas de veneno associadas às presas Toxinas proteínas que variam de pequenos peptídeos a
enzimas complexas, além de proteínas não-enzimáticas com altos pesos moleculares
Hemorraginas, hemolisinas, miotoxinas, neurotoxinas Acredita-se que evoluíram de enzimas digestivas, por
duplicação e divergência genética
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Serpentes Sistemas sensoriais
Olfato e visão bem desenvolvidos Ausência de ouvidos externo e médio captam som
transmitido pelo ar e pelo substrato Olfato forrageamento e comunicação intraespecífica
• Feromônios produzidos na pele e provavelmente em glândulas de odor na cauda
Visão importante no forrageamento e defesa (exceto formas fossoriais, de olhos reduzidos)
Acomodação visual por movimentação do cristalino em relação à retina
• Outros tetrápodes: por modificação da curvatura do cristalino• Perderam e depois ganharam olhos
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Serpentes Sistemas sensoriais
Receptores de luz infravermelha fossetas loreais• Membrana fina e inervada, esticada sobre uma cavidade
Imagens visuais e infravermelhas superimpostas
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Serpentes Anomalepididae e Typhlopidae
Maxilas com dentes, presas ao crânio por articulações móveis
Dentário raramente possui mais do que 1 dente Pré-maxila sem dentes, firmemente articulada com o
focinho Anomalepididae sem vestígios da pelve; pré-frontais se
estendem posteriormente, sobre as órbitas Anomalepididae 4 gêneros, ca. 15 espécies. Américas do
Sul e Central Typhlopidae todos ovíparos, mas a retenção é comum;
alimentam-se de ovos, larvas e pupas de cupins e formigas Typhlopidae 6 gêneros, ca. 200 espécies. Cosmopolita.
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Serpentes Leptotyphlopidae
Crânio e maxila imóveis Dentes presentes apenas no
dentário Atingem até 30 cm de
comprimento; maioria com 10 cm
Ovíparos; ovos alongados unidos em uma fileira
Geralmente se enterram• Leptotyphlops dulcis
populações densas e estáveis encontradas em ninhos de corujas
Alimentam-se de artrópodes 2 gêneros, ca. 90 espécies.
Américas, África e Ásia.
Leptotyphlops humilis
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Serpentes Anomochilidae
2 espécies, cada uma conhecida por 3 espécimes Menores do que 400 mm Malásia, Bornéo e Sumatra
Anomochilus leonardi
Anomochilus weberi
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Serpentes Aniliidae
Monotípica: Anilius scytale Cerca de 1 m de
comprimento Vivípara Olhos pequenos,
localizados sob um grande escudo cefálico
Se enterra Pode ser diurna ou
noturna Alimenta-se de
vertebrados alongados, como cecílias, anfisbenas, enguias e serpentes
Bacia Amazônica e região das Guianas
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Serpentes Uropeltidae
Uropeltinae• Grupo fossorial altamente especializado• Até 800 mm de comprimento• Vivíparos• Se alimentam primariamente de minhocas• Cabeças cônicas e estreitas, com uma quilha• Caudas obtusas• Musculatura anterior com grande suprimento de mioglobina,
enzimas catalíticas e mitocôndrias• Coluna vertebral, músculos esqueléticos e vísceras se movem
independentemente da pele Cylindrophis de fossoriais a terrestres; até 700 mm;
vivíparas; se alimentam de presas alongadas como enguias, cecílias e serpentes
9 gêneros, ca. 55 espécies. Sudeste da Ásia e Oceania.
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Serpentes Xenopeltidae e Loxocemidae
Xenopeltidae fossoriais e noturnos; habitam florestas tropicais úmidas; 1 m de comprimento; escamas ventrais um pouco reduzidas; sem vestígios de pelve; ovíparos; se alimentam de lagartos, anuros e roedores
• 1 gênero, 2 espécies. Sudeste da Ásia e Oceania. Loxocemidae monoespecífica: Loxocemus bicolor; habita
florestas tropicais secas; focinho um pouco pontudo; é, pelo menos, parcialmente fossorial; ca. 1,3 m de comprimento; ovípara; se alimenta de roedores e ovos de répteis; México e América Central.
Xenopeltis Loxocemus
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Serpentes Boidae
Boas e pítons; inclui as maiores serpentes viventes, mas várias espécies são pequenas
Ocorrem em florestas úmidas, secas, de coníferas ou de montanhas e desertos arenosos ou rochosos
Hábitos terrestres, arbóreos, aquáticos e semifossoriais Dietas extremamente variadas Fossetas loreais variáveis em presença, posição e número Pythoninae ovíparos; fêmeas constroem ninhos de folhas ou
desovam em buracos no chão; se enrolam nos ovos e os incubam com contrações musculares
Boinae e Erycinae vivíparos Eunectes murinus anacondas; predadoras de espreita, se
alimentam de peixes, anfíbios, tartarugas, jacarés, aves e mamíferos grandes (pacas, capivaras, veados)
Ca. 20 gêneros, 74 espécies. Cosmopolitas.
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Serpentes Boidae
Boa constrictor (Jibóia) Corallus enhydris
Corallus hortulanus Epicrates cenchria
Eunectes (Anaconda)
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Serpentes Xenophidiidae
Duas espécies, cada uma conhecida por um espécime Noturnas e inconspícuas Florestas tropicais Menores do que 350 mm de comprimento Dentição e conteúdo estomacal alimentação de lagartos Bornéo e Malásia
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Serpentes Tropidophiidae
Pulmão esquerdo substancialmente reduzido ou ausente Presença de vestígios da cintura pélvica em quase todas as
espécies Tropidophis pequenos (34 cm a 1 m); noturnos,
terrestres ou arbóreos; habitats arbustivos xéricos a florestas tropicais úmidas; alimentam-se de anuros e lagartos, e uma espécie maior, de aves e roedores
• Postura defensiva em váriasespécies hemorragiasespontâneas dos olhos e boca
Trachyboa boulengeri vivípara e piscívora
2 gêneros, 31 espécies.Américas do Sul e Central.
Tropidophis
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Serpentes Bolyeriidae
Ausência de vestígios dos membros posteriores ou da cintura pélvica
Pulmão esquerdo bastante reduzido Possuem hipapófises nas vértebras posteriores do tronco Possuem ossos maxilares divididos auxiliaria na captura
de lagartos 2 espécies: Bolyeria multocarinata e Casarea dussumieri.
Round Island (no Oceano Índico)
Casarea dussumieri
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Serpentes Acrochordidae
Aquáticas, quase incapazes de movimento em terra Escamas pequenas e fortemente quilhadas Pele solta e larga Escamas ventrais pouco alargadas Cauda levemente comprimida Baixas taxas metabólicas Alimentam-se de peixes e crustáceos Noturnas e vivíparas Acrochordus arafurae primariamente dulcícola, pode
entrar em estuários e no oceano aberto Acrochordus granulatus primariamente marinha e de
estuários 1 gênero, 3 espécies. Sudeste da Ásia e Oceania.
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Serpentes Viperidae
Víboras Terrestres ou arbóreas Habitats variam de florestas úmidas a desertos e
montanhas altas Ovíparas ou vivíparas Pupilas verticais e pequenas escamas ou placas
fragmentadas na cabeça (exceto Causus) Maioria das espécies pequenas e dos juvenis das grandes
se alimenta de lagartos ou anfíbios; espécies grandes predam mamíferos
• Dietas podem ser extremamente variáveis Entre 20 e 27 gêneros, ca. 228 espécies. Cosmopolitas.
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Serpentes Viperidae
Crotalinae Forame sensível ao calor na cabeça Cascavéis ponta da cauda modificada em um chocalho,
composto por segmentos de queratina• Vibração da cauda faz com que os segmentos se esfreguem
uns nos outros, produzindo som, uma defesa a predadores Quase todos vivíparos Lachesis maiores crotalíneos do Novo Mundo, com mais
de 3,5 m; ovíparosViperinae Ausência de fossetas loreais Maiores incluem Bitis (1,5 m) e Daboia russelii (1,7 m) Oviparidade e viviparidade
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Serpentes Elapidae
Najas, mambas, corais verdadeiras Todas venenosas Dentição proteróglifa e maxila longa, relativamente sem
rotação, e podem possuir dentes posteriores às presas Terrestres ou criptozóicas, arboreais, aquáticas,
semifossoriais ou marinhas Habitats variam de desertos extremamente áridos a
florestas tropicais úmidas Dietas extremamente variáveis Grande variação de tamanho (50 cm a mais de 5 m) Muitas estão entre as serpentes mais perigosas grande
tamanho, natureza ativa e venenos potentes Ovíparas ou vivíparas
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Serpentes Elapidae
“Capuz” das najas abertura de costelas alongadas na região do pescoço
Cuspe? abertura do canal do veneno das presas aponta para a frente, ao invés de para baixo
Muitas espécies de corais são mimetizadas por colubrídeos não-venenosos
Ca. 70 espécies com especializações marinhas glândula de sal ao redor da bainha da língua
• Grupo Laticauda nadadeira caudal pouco desenvolvida; passam bastante tempo em terra
• Grupo Hydrophis vivíparas; escamas ventrais reduzidas, corpo comprimido lateralmente, nadadeira caudal apoiada por espinhos neurais e hemapófises expandidos e alongados, narinas dorsais e com válvulas
Ca. 62 gêneros, 300 espécies. Cosmopolitas
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Serpentes Atractaspididae
Pequenas a médias (ca. 1 m) Maxilar extremamente reduzido, com uma enorme presa
oca; possui uma articulação complexa com o pré-frontal e pode ficar ereta rotação lateral (e não posterior-anterior); a ponta da presa voltada posteriormente
Alimentam-se de pequenos mamíferos, aves no ninho, lagartos e serpentes
Primariamente noturnas; ovíparas 1 gênero, ca. 18 espécies. África e Oriente Médio.
Atractaspis
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Serpentes “Colubridae”: Natricinae
Pequenos a moderadamente grandes Terrestres, aquáticos (quase exclusivamente dulcícolas) ou
semifossoriais Vivíparos ou ovíparos Dietas variadas: minhocas e lesmas, peixes e anfíbios,
crustáceos 40 gêneros, 210 espécies. Américas Central e do Norte,
África, Europa, Ásia, Oceania.
Nerodia sipedon
Rhabdophis tigrinus
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Serpentes “Colubridae”: Colubrinae
Ocorrem em diversos habitats (exceto fossoriais e marinhos), maioria terrestre ou arbórea
Grande variação de tamanho (20 cm a mais de 3 m) Dietas variam de generalistas a especialistas Mais de 150 gêneros, 700 espécies. Cosmopolitas.
Chironius Coluber Elaphe
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Serpentes “Colubridae”: Xenodontinae
Médios (0,5 m) a grandes (1,3 m) Terrestres, de florestas tropicais úmidas e secas e habitats
abertos; poucas espécies fossoriais, aquáticas ou arbóreas Dietas diversas lagartos, anuros, serpentes, mamíferos;
raramente invertebrados Primariamente ovíparos Ca. 65 gêneros, mais de 300 espécies. Américas Central e
do Sul.Helicops
Liophis Oxyrhopus Philodryas
Thamnodynastes
Waglerophis
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Serpentes “Colubridae”: Dipsadinae
Serpentes predominantes nos ecossistemas da América Central
Maioria pequena (menos de 70 cm) Fossoriais, de serrapilheira e arbóreas Dietas diversas maioria se alimenta de invertebrados Quase todas ovíparas Ca. 25 gêneros, mais de 250 espécies. Américas.
Sibynomorphus Leptodeira Imantodes Dipsas
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Serpentes “Colubridae”: Homalopsinae
Dulcícolas, marinhas ou de estuários Narinas podem ser fechadas por uma combinação de
músculos e tecido cavernoso da câmara nasal Glote pode ser ligada às coanas respiração apenas com
as narinas fora d’água Vivíparas Opistóglifas, se alimentam de vertebrados e invertebrados 11 gêneros, ca. 33 espécies. Ásia e Oceania.
Homalopsis buccata
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Serpentes “Colubridae”: Pareatinae
Noturnas Ovíparas Alimentam-se de gastrópodes Terrestres ou arbóreas 2 gêneros, ca. 20 espécies. Ásia.
Aplopeltura
Pareas monticola
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Serpentes “Colubridae”: Aparallactinae
Pequenas (maioria com menos de 1 m) Ativas à noite Maioria inconspícua, muitas fossoriais Dieta composta primariamente de vertebrados alongados,
como serpentes, lagartos, cecílias e anfisbenas• Aparallactus se alimentam de centopéias
12 gêneros, ca. 45 espécies. África e Oriente Médio.
Aparallactus
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Crocodylia Características gerais
Corpos alongados e encouraçados osteodermos ósseos, localizados na derme, sob os escudos epidérmicos
• Muitas espécies com osteodermos ventrais também Focinhos longos Membros e cauda poderosos Dentes tecodontes localizados em alvéolos, com
ligamentos Membros relativamente curtos, pés com membranas Todas as espécies viventes são aquáticas, em algum grau Olho com membrana nictitante Separação muscular entre as cavidades peitoral e
abdominal, análoga ao diafragma mamaliano Alvéolos pulmonares bem desenvolvidos
• Dois últimos são característicos de Archosauria
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Crocodylia Características gerais
Septo interventricular completo Mistura de sangue oxigenado e desoxigenado ocorre por
uma abertura que conecta as circulações pulmonar e sistêmica
Ajuste da circulação periférica e interna, em resposta às necessidades (submersão, termorregulação)
Superfícies dorsal e ventral com órgãos sensoriais e glândulas
• Receptores de pressão em domo, na cabeça detectam ondas na superfície
Escudos pós-cranianos de Crocodylidae e Gavialidae com forames possível função osmossensorial
Glândulas de sal linguais em Crocodylidae e Alligatoridae Glândulas nas regiões gular e cloacal feromônios?
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Crocodylia Adaptações para respirar sob a água
Narinas dorsais, localizadas na ponta do focinho, fechadas por válvulas durante a submersão
Palato secundário bem desenvolvido, separando completamente as passagens bucal e respiratória
Coanas (narinas internas) se abrem após o palato secundário e podem ser fechadas por dobras
respiração na água com presas na boca!!
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Crocodylia Características gerais
Excelentes nadadores dobram os membros contra o corpo e nadam por ondulação lateral
Se locomovem bastante rápido em terra erguem a barriga, com os membros sob o corpo
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Crocodylia Características gerais
Ovíparos Ovos em ninhos construídos com vegetação e solo
(maioria) ou diretamente no solo (Gavialis e espécies de Crocodylus)
Determinação do sexo dependente de temperatura Cuidado parental, pelo menos junto aos ninhos
característico de Archosauria Comportamento social complexo utilização de
vocalizações: defesa de território, avisos agressivos e comunicação dos neonatos
• Vocalização antes do nascimento nascimento simultâneo Sinais corporais como aviso de dominância Olfato e visão bem desenvolvidos
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Crocodylia Características gerais
Predadores eficientes dieta inclui peixes, tartarugas, aves, mamíferos e mariscos
Predação geralmente noturna Forrageamento na água ou presas são trazida à água Presas mortas por afogamento Não mastigam desmembram as presas e engolem os
pedaços Exploração pele para couro, como alimento
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Crocodylia Fósseis
Tamanho grande, hábitos aquáticos e ossificação extensa facilitam a fossilização
Diversas linhagens radiaram em ambientes marinhos (Metriorhynchidae) e terrestres
Duas tendências gerais• Aumento da flexibilidade e força da coluna• Palato secundário completo
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Crocodylia Alligatoridae
Jacarés e caimãs Alligator = El lagarto
1,7 a mais de 6 m de comprimento Habitam grandes rios, lagos e lagunas
• Exceto Paleosuchus, de pequenos riachos e lagoas na Amazônia
Dentes da mandíbula se encaixam em espaços na maxila, e não podem ser vistos com a boca fechada
Herpetologia 2007/1
Crocodylia Alligatoridae
Alligator mississipiensis entra em águas marinhas nas costas e ocorre em áreas com congelamento da água
Paleosuchus vivem em florestas tropicais, a alguma distância da água; hábitos noturnos; dietas com vertebrados terrestres; ninhos construídos ao lado de cupinzeiros: aquecimento dos ovos
3 gêneros, 8 espécies
Caiman latirostris Paleosuchus palpebrosus Melanosuchus niger
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Crocodylia Crocodylidae
Crocodylus porosus até 7 m de comprimento, é o maior crocodiliano atual; maior distribuição (Índia a Austrália); encontrado em oceanos, coloniza ilhas a 1000 km
Osteolaemus tetraspis ca. 2 m; habita riachos de florestas úmidas e savanas; constrói tocas sob margens
Ataques a humanos C. porosus e C. niloticus 2 gêneros, 13 espécies
Quarto dente da mandíbula é acomodado em entalhe na maxila, sendo visível com a boca fechada
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Crocodylia Gavialidae
Focinhos alongados e estreitos Primariamente piscívoros Gavialis gangeticus (gavial) 6,5 m; mais aquático, com
membros relativamente fracos; habita rios de correnteza rápida; ninhos em buracos nas margens
Tomistoma schlegelii (falso-gavial) 4 m; constrói ninhos 2 gêneros, 2 espécies
Gavialis gangeticus Tomistoma schlegelii