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JORNALISTA TRABALHO DE CONCLUSÃO DO CURSO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA
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12/08/2015 ALERRANDRO LIMA A MODA E SOCIEDADE
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quartafeira, 12 de agosto de 2015
Ética, Moral, Sociedade e Brasil: Crise?
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Política
Primeiro governo Dilma corroeu finanças da estatal, ao rebaixarartificialmente preço dos combustíveis e obrigála a arcar,quase sozinha, com investimentos do PAC
Crise
Petrobras: as causas da crise, além daLava Jato
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8 de agosto de 2015
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World timeFortaleza, 16 de abril de 2015.
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FORTALEZA, 15 DE ABRIL DE 2015, AS16:24PMATENÇÃO!!MESTRADO EMPSICOLOGIA CLÍNICAÁREA DE PESQUISANEUROCIÊNCIAMAPEAMENTO
ACEJI APOIA EDUCAÇÃO CONTINUADA Professor César Augusto V da Silva
VINCULADA AO INSTITUTO DE ENSINO, PESQUISA EXTENSÃO E CULTURA PUBLICAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE ATENDIMENTOS EDUCACIONAIS ESPECIALIZADOS REALIZADOS PELOS ESPECIALISTAS SECRETARIA GERAL VIRTUAL DO INESPEC ESTAMOS EM 2015 ANO VIII DO INESPEC
INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O PROGRAMA DE PESQUISA EM CLÍNICA PSICOPEDAGÓGICA DO AUTISMO, PARTE INTEGRANTE DE UM PROJETO DE DISSERTAÇÃO DE MESTRADO EM SEGUIMENTO PSICOLOGIA CLÍNICA – NEUROCIÊNCIA MAPEAMENTO CEREBRAL. INFORMAÇÕES OPERADORA
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A investigação policial é certamente um pesado agravante para a companhia. Mas a Lava
Jato não é a causa primeira das atuais dificuldades da Petrobras
A Operação Lava Jato e seus
desdobramentos são hoje o fato
central da vida brasileira, pela
desestabilidade que causam nos
agentes políticos, e nas
dificuldades que acrescentam ao
dia-a-dia material de todos. O
ambiente político está
estilhaçado pelas revelações da
relação entre grandes empresas
e partidos políticos, revelações
que lançam dúvida sobre a
eleição de deputados, senadores,
governadores, e da própria
Presidente da República.
A população sofre consequências
diretas porque, ao acusar
criminalmente os gestores
das maiores empreiteiras do
país, as investigações limitam o
ritmo de atividade de negócios
em geral, e da construção civil
em particular, reforçando ociclo
de desemprego, já nitidamente
instalado. A taxa nacional de
desemprego evoluiu de 6,2% ao
final de 2013 para 6,9% ao final
de 2014, para 8,1% no segundo
trimestre de 2015. Só na
construção civil houve redução
de 500 mil pessoas ocupadas em
maio de 2015, com relação ao
ano anterior.
A Petrobras é, infelizmente,
protagonista central da
Operação Lava Jato, na condição
de vítima dos crimes praticados
por seus próprios funcionários em conluio com empresas fornecedoras de
1
CEREBRALINFORMAÇÃO AOS DOCENTESDO CAEE/INESPEC.PROTOCOLO002006/2015
PROTOCOLO 002004/2015
CENTRO DE ENSINO E CULTURAUNIVERSITÁRIARÁDIO UNIVERSITÁRIAEADCONTA:[email protected]ÉISVINCULADOSRÁDIO WEB INESPECEDUCAÇÃO À DISTÂNCIACURSOShttp://rwieadbrasil.blogspot.com.br/Sinal para repassar nesta data em rede:segundafeira, 13 de abril de 2015, as15:41:59.
ATENÇÃO PROFESSORES DO AEE NO CENTRO DE ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO DO INSTITUTO DE ENSINO, PESQUISA, EXTENSÃO E CULTURA. EM AGOSTO, DIA PRIMEIRO COMEÇA O CURSO DE CLÍNICA PSICOPEDAGÓGICA NO AUTISMO. PARTE DO PROJETO DE PESQUISA DO MESTRADO EM PSICOLOGIA CLÍNICA NA UNIVERSIDADE INTERAMERICANA, SEGUIMENTO DE “NEUROCIÊNCIA” PARTE DA DISSERTAÇÃO AO TÍTULO DE MESTRE DO PROFESSOR CÉSAR AUGUSTO VENÂNCIO DA SILVA COORDENAÇÃO PRESIDENTE DO INESPEC Professora Ray Rabelo
E OS QUE AINDA NÃO ESTÃO INSCRITOS, PODEM ACESSAR A FICHA DE MATRÍCULA NOS FORMATOS PDF E WORD – COORDENAÇÃO Professora Ray Rabelo
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▼ 2015 (13)▼ Agosto (13)
Ética, Moral, Sociedade e Brasil: Crise?
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bens e serviços. Pelo efeito devastador que as investigações têm sobre as
expectativas de quem investe, é fácil atribuir à Operação Lava Jato a causa
das dificuldades financeiras que reduziram o valor de mercado da Petrobras
a menos da metade do valor contábil da companhia. Mas, embora
convidativa e conveniente, essa interpretação seria equivocada, porque não
corresponde à realidade dos fatos.
A Lava Jato tem sim um terrível impacto sobre a atividade econômica; as
notícias recentes dão conta de que a Presidente da República e seus
ministros mais próximos atribuem à Lava Jato a queda de 1 ponto
percentual no produto interno. A investigação policial é certamente um
pesado agravante para a companhia. Mas a Lava Jato não é a causa primeira
das atuais dificuldades da Petrobras. A causa maior e direta do atual
constrangimento financeiro da Petrobras foi o abuso de poder pelo
Governo Federal enquanto acionista controlador da companhia. Dito ao
contrário, ainda que não existisse a Lava Jato, a Petrobras estaria num
aperto neste momento.
Enquanto controlador o governo federal tem, sim, a prerrogativa de dar
diretrizes estratégicas à Petrobras. Mas a decisão executiva tem que ocorrer
dentro dos limites das reais possibilidades da companhia em seu ambiente
de negócios, manifestas em custos de insumos, preços de venda,
capacidade dos fornecedores, e na capacidade técnica e gerencial da
própria companhia. Fora desses limites haverá sempre destruição de um
patrimônio coletivo que é, na Petrobras, majoritariamente patrimônio
público.
O governo federal atropelou abertamente esse limite, na política de preços
e na política de compras. Os resultados são melancólicos: o
estrangulamento financeiro da Petrobras, o descrédito da política de
conteúdo local, a desqualificação da atuação do Estado enquanto agente
econômico, e o fortalecimento do discurso privatista em relação à
Petrobras.
A possibilidade de ação política
Quer se esteja ou não de acordo, o fato é que a ação do Estado nas estatais
está formalmente prevista na Lei das S.A. (Lei 6.404/1976), no Capítulo XIX,
que trata das sociedades de economia mista:
“Art.238 – A pessoa jurídica que controla a companhia de economia mista tem
os deveres e responsabilidades do acionista controlador (artigos 116 e 117), mas
poderá orientar as atividades da companhia de modo a atender ao interesse
público que justificou a sua criação”.
A redação desse artigo 238 deixa, evidentemente, larga margem para
interpretação do que vem a ser “o interesse público que justificou sua
criação” na gestão das empresas de economia mista. À época da sua
criação, a Petrobras era o instrumento exclusivo para exercício do
monopólio do Estado na indústria brasileira de petróleo (Lei 2004 de 1953).
É claro que, diante da fragilidade atual da Petrobras, ressurgem
reclamações para alterar essa redação na Lei das S.A., e reduzir o espaço de
ação do Estado na gestão das empresas que controla.
No caso específico da Petrobras, a possibilidade de ação política está
também explicitada no alerta constante do Informe 20F, que vem a ser um
documento exigido de todas as companhias que têm títulos negociados na
Bolsa de Valores de Nova York. O documento se destina a orientar os
investidores da bolsa norte-americana, e é reapresentado,
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obrigatoriamente, logo após cada divulgação do resultado anual. O 20F
apresenta informações detalhadas sobre a composição societária e sobre
os negócios da companhia. A seção inicial (Parte I) desse documento
enumera diversos fatores de risco, isto é, elementos e circunstâncias do
ambiente de negócio que colocam em risco a possibilidade do investidor
reaver o seu dinheiro na forma esperada (aumentado por dividendos ou
juros). Entre eles estão“riscos relativos ao nosso relacionamento com o
Governo Federal Brasileiro”. Ali, a Alta Direção da Petrobras alerta
explicitamente o investidor interessado na companhia:
“Como nosso acionista controlador, o governo federal brasileiro tem buscado, e
pode buscar no futuro, alguns de seus objetivos macroeconômicos e sociais por
meio de nossa companhia, conforme permitido por lei. […] Em conseqüência,
podemos nos dedicar a atividades que dão preferência aos objetivos do governo
federal brasileiro em vez de nossos próprios objetivos econômicos e
comerciais.”
Evidentemente, a ação política do governo federal sobre a estatal petroleira
não é surpresa ou segredo. Pelo contrário, tem o amparo formal da lei. O
problema está no abuso dessa possibilidade de ação, porque ela tem
limites. Um desses limites é o compromisso que a companhia assume ao
financiar suas atividades através da emissão de ações e de títulos de dívida.
Acordo com o capital
Ao vender ações e títulos de dívida da Petrobras, o Estado brasileiro –
enquanto acionista controlador – assume o compromisso de conduzir os
negócios de maneira a atender os interesses de quem investe. Há
investidores que compram ações da companhia (acionistas), e há os que
compram títulos de dívida da companhia. Os proprietários de ações só têm
retorno na medida em que a companhia produz lucros para distribuir. Por
isso são ditos investidores de renda variável. Os que compram títulos de
dívida têm direito a seu rendimento com valor e data marcados,
independente do andamento dos negócios. São os investidores de renda
fixa. A companhia compromete-se a gerar dividendos regularmente para os
acionistas, e a gerar dinheiro suficiente para garantir pagamento de
amortização e juros aos detentores de título de dívida. Para controle desse
compromisso, a companhia se obriga a apresentar, a cada três meses, um
relatório detalhado do andamento dos negócios, mostrando que atua
conforme os compromissos financeiros assumidos.
É claro que estão previstas penalidades em caso de descumprimento do
que foi acordado, isto é, caso o acionista controlador (Estado) conduza os
negócios de forma lesiva ao interesse dos investidores. No caso dos
acionistas, o julgamento dos eventuais conflitos se dá através da CVM e da
Justiça, em processos tipicamente demorados. Já no caso dos detentores de
títulos de dívida, o descumprimento de condições contratuais pode causar o
vencimento imediato de parte ou mesmo de toda a dívida da companhia.
Constitui-se numa ameaça à própria existência da companhia, na medida
em que pode bloquear qualquer possibilidade de financiamento das
atividades de negócio. No caso dos estrangeiros proprietários de títulos de
dívida, essa ameaça tem o agravante de ser regida por leis e órgãos de
controle também estrangeiros, isto é, fora do domínio do Estado brasileiro.
Endividamento e Política de Preços
Não é possível compreender a dificuldade em que se encontra a Petrobras
sem reconhecer o imenso dano causado diretamente pela desastrada
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intervenção do governo federal na política de preços da companhia entre
2011 e 2014, e registrar as condições gerais em que se deu essa infeliz ação.
O Plano de Negócios 2012-2016 da Petrobras foi o primeiro da gestão Graça
Foster, uma indicada pessoal da Presidente Dilma Rousseff e que contaria,
esperava-se, com todo o apoio da Presidência da República em sua gestão.
Aquele plano previa investimentos de 236 bilhões de dólares, custeados
com 151 bilhões de caixa próprio, gerado com a venda de combustíveis a
preços de mercado. Os restantes 84 bilhões seriam custeados com novas
dívidas, ou 17 bilhões por ano, em média. Havia, nos termos propostos para
execução do plano, o compromisso de que o endividamento (a
alavancagem) da Petrobras permaneceria confortavelmente entre 20% e
30%.
O problema surgiu quando o indispensável apoio da Presidência da
República à gestão da Petrobras não se materializou. Pelo contrário. A
companhia foi alvo preferencial de uma bizarra tentativa de controle de
preços comandada pelo então ministro da Fazenda, a partir de 2011. A
tentativa produziu resultados desastrosos em diversas atividades. No caso
da Petrobras, o ambicioso plano de investimentos de 2012 dependia
explicitamente da manutenção de preços dos combustíveis em paridade
com preços externos (estava escrito naquele plano, assim como está no
atual). Foi essa a mensagem enviada aos investidores, foi esse o
compromisso assumido. Na prática, porém, os preços não foram esses.
Melhor dizendo, ficaram muito longe disso, mesmo admitindo a postura
oficial da companhia de “não repassar ao mercado doméstico as flutuações
internacionais de curto prazo”.
Confundindo tragicamente as atribuições de ministro da Fazenda
epresidente do Conselho de Administração da Petrobras, o governo federal
impôs à Petrobras um castigo longo e severo, reprimindo os preços
domésticos dos combustíveis em níveis muito inferiores aos do mercado
externo. Ao mesmo tempo, manteve a companhia obrigada (ainda que
informalmente) a garantir abastecimento do mercado interno. Essa tática
míope para conter artificialmente os preços produziu a progressiva asfixia
financeira que, depois de quatro anos, levou a Petrobras às cordas. Fruto
dessa lambança, o segmento de Abastecimento contabilizou perdas
gigantescas em série: 6 bilhões de dólares em 2011; 17 bilhões em 2012; 13
bilhões em 2013; e 24 bilhões em 2014, segundo os demonstrativos
contábeis oficiais.
Ao fim das contas, o represamento de preços durante quatro longos anos
impôs prejuízo de 60 bilhões de dólares à Petrobras ou, ao câmbio de hoje,
R$ 204 bilhões. Ao impedir o necessário reajuste de preços durante tanto
tempo, o governo federal privou a Petrobras de 40% do recurso próprio
previsto para realizar o plano de investimentos aprovado pelos
representantes do mesmo governo federal no Conselho da companhia, e
oferecido aos investidores interessados. Esse imenso rombo na previsão de
receita própria teve, evidentemente, que ser coberto com empréstimos
adicionais, levando a alavancagem a 52% em março de 2015, muito acima
do limite pactuado de 20% a 30%. Daí a crescente desconfiança dos
investidores quanto à capacidade da companhia honrar seus compromissos
financeiros.
Limites da Política de Compras
O ovo ou a galinha? É dessa natureza a pergunta sobre o nexo causal entre
a formação do cartel de empreiteiras e a política de compras da Petrobras –
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principal iniciativa de política de conteúdo local do governo federal. Pela
ordem cronológica, a existência e convivência das empreiteiras antecedem
largamente a formulação da política de conteúdo local para a indústria do
petróleo. Mais que isso, o desenrolar das investigações policiais já chegou
aos contratos para instalação da usina nuclear Angra-3, e atingiu um
renomado executivo do setor elétrico, presidente da Eletronuclear, oficial
aposentado da Marinha do Brasil. Qualquer que seja a ordem dos fatores,
estão intimamente entrelaçados a Petrobras, a política de conteúdo local, e
o cartel de empreiteiras.
O que sim existe nesse complicado enlace é um claro nexo entre o
endividamento da Petrobras e o papel de liderança atribuído à companhia
pelo governo federal na política de investimentos do pais. O protagonismo
da Petrobras constava do PAC – Programa de Aceleração do Investimento
anunciado em janeiro de 2007. Foi reforçado tanto pela descoberta do pré-
sal anunciada ao final de 2007, quanto pela surpreendente crise financeira
mundial em 2008. Frente ao cenário externo adverso, o governo federal
procurou acelerar ao máximo o investimento da Petrobras como forma de
combater o efeito recessivo da retração mundial. E fez isso de modo a
favorecer os fornecedores brasileiros, notadamente as grandes
construtoras, definindo metas ambiciosas para o conteúdo local dos
equipamentos comprados pela Petrobras, com destaque para as
encomendas de construção naval.
Mas não basta querer. Metas excessivamente ambiciosas foram além do
limite da capacidade tanto da Petrobras quanto dos fornecedores, e
desvirtuaram aquela que seria, conceitualmente, uma política virtuosa de
estímulo à economia brasileira.
Os processos internos de formulação, análise, e execução de projetos da
Petrobras foram sobrecarregados por um orçamento de investimento que
aumentou incríveis 4,5 vezes em seis anos. Em 2007, a Petrobras
apresentou um orçamento quinquenal de investimentos de 67% maior que
o apresentado em 2006. Esse já seria um salto gigantesco para qualquer
companhia. Mas a expansão prosseguiu a cada ano. Em 2008, primeiro
orçamento após o anúncio do pré-sal, foi a 112,4 bilhões de dólares. Em
2009-2013, com a inclusão das refinarias do Maranhão e Ceará, o
orçamento deu outro salto espetacular de 55%, chegando a 174 bilhões de
dólares. Em 2010-2014, lastreado no aumento de capital da companhia, o
investimento previsto foi a 224 bilhões. Finalmente, no plano 2012-16 o
investimento proposto atingiria o máximo de 236 bilhões de dólares.
É claro que essa avalanche de novos investimentos implicou prazos
menores para análise das oportunidades, menor precisão nas
especificações para contratação, e seguidas alterações durante a execução
dos projetos. Não surpreende, portanto, o grande número de aditivos aos
contratos originais, e o explosivo aumento de preços durante a execução
dos projetos. A pretensão excessiva de investimento comprometeu na raiz a
qualidade do gasto da Petrobras. Pior, a imprecisão nas especificações e as
repetidas renegociações de contratos foram terreno fértil para os
injustificáveis desvios de conduta agora revelados pela Operação Lava Jato.
Capitulação
Depois de ter estrangulado financeiramente e imposto pesados prejuízo à
Petrobras por quatro anos, o governo federal viu-se obrigado a entregar a
companhia a uma intervenção dos agentes financeiros, para evitar o cenário
de catástrofe com vencimento antecipado de dívidas. Cenário que se
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desenhou com o surto de endividamento da companhia, agravado pela
enxurrada de denúncias de corrupção que retardou de março para maio
deste ano a apresentação dos demonstrativos contábeis auditados relativos
a 2014.
A prática da intervenção financeira de emergência está resumida no novo
plano de negócios da companhia, divulgado em 29 de junho. A ordem do
dia é enquadrar o endividamento nos limites “normais” de operação (35%)
até 2020. O caminho para isso é cortar gastos. O plano traz redução dos
investimentos para 130 bilhões de dólares, isto é, apenas 60% do previsto
no plano anterior. A projeção da produção de petróleo para 2020 foi
reduzida de 4,2 para 2,8 milhões de barris por dia. Também são esperados
cortes significativos no pessoal terceirizado, a qualquer momento.
Como de hábito, o plano supõe manter os preços dos combustíveis num
valor que gere caixa para a companhia, e supõe que a taxa de câmbio se
mantenha relativamente estável. A companhia se compromete (uma vez
mais) a praticar preços equivalentes aos do mercado mundial.
Mas isso já não basta. Para fazer caixa rapidamente, a companhia se vê
também obrigada a acelerar venda de ativos, tanto no exterior quanto no
Brasil. O problema é que a maré não está para peixe no setor de petróleo
neste momento. Para atrair compradores, a Petrobras tem que oferecer
ativos bons, inclusive no Brasil, inclusive na região do pré-sal, e a preços
convidativos. O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse em
entrevista recente que não serão vendidos ativos em produção. É o único
consolo no momento. Existem no Brasil ativos excelentes que ainda não
produzem e que estarão na roda – por exemplo, Carcará.
Além disso, o mesmo Bendine quer retomar a discussão a respeito da
obrigatoriedade da operação pela companhia de todas as áreas do pré-sal
(participação de 30%). A atual diretoria executiva da estatal gostaria que a
petroleira tivesse opção de recusar a operação obrigatória. Isto é, que a
Petrobras tivesse o direito de escolha sobre ser ou não operadora de cada
bloco do pré-sal, mas que não fosse obrigada a isso, caso a diretoria
executiva entenda que isso levaria ao endividamento excessivo da
companhia. Essa controvertida posição da direção da companhia é revelada
no momento em que já tramitam no Congresso propostas de lei que
desobrigam a Petrobras do pré-sal.
O governo federal não capitulou de bom grado. Cedeu porque a Petrobras
chegou ao limite da possibilidade de ação política na gestão de um
empreendimento petroleiro de grande porte. A pesada interferência do
Estado na condução dos negócios da Petrobras causou o endividamento
excessivo da companhia e favoreceu, pelo menos por descuido e imperícia,
a ocorrência dos crimes revelados pela Operação Lava-Jato.
Esse amargo episódio não terá sido em vão se aceitarmos os evidentes
limites. Primeiro, que qualquer empreendimento comercial, para ser
sustentável, tem que ser lucrativo. O controle de preços de combustíveis foi
a ação mais desastrada sobre a companhia desde a quebra do monopólio.
Segundo, que não basta querer crescer. Há fatores tecnológicos e
organizacionais que representam limites concretos para a “aceleração do
crescimento” dos negócios. Ao ignorar essas realidades o governo federal
causou um prejuízo que será pago com destruição de milhares de postos de
trabalho, e colocou em xeque o papel da Petrobras na indústria brasileira
de petróleo.
8
12/08/2015 ALERRANDRO LIMA A MODA E SOCIEDADE
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Postado por TELEVISÃO UNIVERSITÁRIA EAD REDECOM BRASIL às 10:43 Nenhum comentário:
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1 IBGE – PNAD Contínua, Maio de 2015, Tabelas 28 e 16.
2 Comparação do valor atual com 29 de agosto de 2014.
3 O controlador é a União, em nome da qual age o Governo Federal.
4 Lei 67.404/1976, em Portal da
Contabilidade, http://cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=lei6404cap19.
5 Petrobras – Formulário 20F para 2014.
Emhttp://www.investidorpetrobras.com.br/pt/relatorios-anuais/form-20f.
6 Alavancagem medida por: endividamento líquido / (endividamento líquido
+ patrimônio líquido), conforme Petrobras, Relatório ao Mercado Financeiro
1T 2015, em 31/3/2015.
7 Segundo o Relatório ao Mercado Financeiro do 4º. Trimestre de cada ano,
convertidos ao dólar médio reportado para o período.
8 Antonio Pita e Fernanda Nunes – Diretoria defende que Petrobras decida
participação no pré-sal. Agência Estado 30 de junho de 2015.
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Empresas como Orizon, ePharma e Vidalink são contratadas pelas farmácias
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operadoras e seguradoras de saúde e laboratórios da indústria farmacêutica.
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vende serviços de coleta e tratamento de dados de saúde, sem que tenham
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esclarece por meio de sua assessoria de imprensa que não mantém convênio
com as empresas de gestão de PBM e gerencia as “questões relacionadas a
aprovação de compras de medicamentos do Farmácia Popular diretamente
com as farmácias participantes do programa”.
Segundo a advogada Flávia Lefévre Guimarães, conselheira da Proteste, o
compartilhamento de informações entre gestoras de PBM e outras empresas,
como as empresas de segurosaúde, pode levar a violações de direitos. “Se
confirmado, este compartilhamento de dados pode ser usado para discriminar
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para, digamos, o tratamento de uma doença crônica, ela pode se negar a
oferecer seus serviços a este paciente, com base nessa informação”.
12/08/2015 ALERRANDRO LIMA A MODA E SOCIEDADE
http://jornalistaalerrandrolimarvt.blogspot.com.br/ 10/14
Campos de cadastro para venda de medicamentos pelo Farmácia Popular
A assessoria do Ministério da Saúde afirma que a pasta mantém fiscalização
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proteção destes dados e da privacidade dos cidadãos que fazem uso do
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Por essa razão, Guimarães considera as determinações da portaria
insuficientes e argumenta que se uma farmácia partilha dados de pacientes de
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caso de nosso serviço de Farmácia Popular, nosso cliente é a farmácia e não o
paciente”. As gestoras de PBM Orizon e eFarma não responderam as
solicitações do Observatório.
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Postado por TELEVISÃO UNIVERSITÁRIA EAD REDECOM BRASIL às 10:40 Nenhum comentário:
Campos de cadastro do software de gerenciamento de descontos da empresa ePharma
Para garantir a segurança dos dados do paciente, Guimarães defende que na
portaria deveria estar expresso que se a coleta dos dados será terceirizada pela
farmácia, ela se obriga a contratar estes serviços de modo que essas empresas
não possam utilizar esses dados para nenhum outro fim.
A conselheira da Proteste explica que, “conforme a legislação internacional”
dados pessoais relacionados a saúde são considerados “dados sensíveis”,
sobre os quais “pesa muito mais a necessidade de consentimento expresso do
cidadão para o seu uso”, e pondera ainda que embora o Brasil ainda não tenha
uma legislação específica para a proteção de dados pessoais, a intimidade e a
privacidade do cidadão são protegidos pela Constituição e pelo Código Civil.
* O Observatório da Privacidade e Vigilância é uma iniciativa do Grupo de
Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação da Universidade de
São Paulo (GPoPAIUSP) que monitora ações do Estado e de empresas que
tenham impacto sobre a privacidade dos cidadãos.
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Nomes que se tornam internacionalmente conhecidos porforça da rede mundial de computadores....
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Cultura
Jovens que apresentam livros no Youtube são descobertos poreditoras, que aos poucos começam a investir em modeloinovador para atrair interesse sobre lançamentos e obrasclássicas.
Internet
Como os booktubers estão mudando omercado literário
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O desafio de recriar e dar voz ao ‘OPequeno Príncipe’
Muitas editoras começaram a trabalhar com blogueiros ou booktubers da mesma forma
que colaboram com jornalistas profissionais especializados em literatura.
Por Sabine Peschel
Com o cabelo tingido, ela
aparece em frente à câmara e
explica como acabou de
reorganizar a sua lista de livros
“para serem lidos” – o que ela
chama de TBRs ou “To Be Reads”.
Ela o fez por cor – do rosa ao
púrpura – e mostra 66 obras que
adquiriu e planeja ler, resumindo
em uma breve frase do que cada
um se trata.
Ela é conhecida como "Little
Book Owl", a “corujinha dos
livros”. Qualquer um que
pretende ter sucesso
como booktuber pode se inspirar
nesse estilo, que parece
funcionar muito bem: seu canal
tem quase 132 mil assinantes.
Ela dá algumas dicas para isso
em um vídeo chamado “How to
booktube”.
Trata-se de uma forma moderna
de propaganda boca a boca. A
maioria dos blogueiros não é realmente de analistas ou críticos literários –
os booktubers menos ainda. Mesmo assim, milhares de pessoas acessam
seus vídeos para ouvir o que eles têm a dizer sobre um determinado livro.
A Alemanha já tem as suas próprias celebridades no ramo. Lucie Redhead,
por exemplo, foi uma das personagens mais aguardadas do “Kölner
VideoDays 2015” – festival de produtores de vídeos no Youtube na cidade de
Colônia.
Apesar de Lucie fazer uma performance solo em seus vídeos, ela tem o
apoio de uma equipe, o que também é o caso de muitas estrelas
emergentes na internet.
Sara Bow, cujo verdadeiro nome é Sara Garic, é uma vlogueira alemã que dá
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dicas de maquiagem e moda nos seus canais do Youtube. Desde 2013, ela
também é uma booktuber "profissional".
Sara tem quase 20 mil assinantes no Youtube e 3 mil seguidores no Twitter.
Cinco pessoas trabalham com ela na produção dos vídeos: um fotógrafo,
um diretor de cooperação, um assistente e dois editores. Em seus
comentários, muitas vezes, ela cita a sua equipe.
“Eu me divirto tanto com as pessoas online. Se eu posso inspirar o meu
público a ler, sinto que faço sucesso com o que eu estou fazendo”, explica.
O sucesso também compensa financeiramente. Profissionais da indústria
acreditam que, uma vez que você atinge 100 mil assinantes, pode se
sustentar com um canal no Youtube. Mas é claro que cosméticos e moda
são mais lucrativos do que livros.
Novos canais
Muitas editoras começaram a trabalhar com blogueiros ou booktubers da
mesma forma que colaboram com jornalistas profissionais especializados
em literatura. As editoras veem nesse novo modelo uma forma de atingir o
público entre 18 e 34 anos.
A Random House, por exemplo, criou em março deste ano o seu próprio
portal para blogueiros, onde eles podem ter acesso a cópias. A empresa
também apresenta seus lançamentos especialmente para os booktubers de
maior destaque.
Os booktubers podem definitivamente impulsionar vendas, pelo menos nos
gêneros mais populares entre adolescentes e jovens adultos, como fantasia
e as chamadas light novels – romances com ilustração, em geral no estilo
anime.
Mas não é somente por dinheiro que os livros são apresentados em vídeo.
Um exemplo particularmente inovador é o “Thug Notes”, produzido pelo
grupo de mídia californiano “Wisecrack”´. A ferramenta é uma criação do
comediante Greg Edwards, especialista em stand-up, e dos autores Joseph
Salvaggio e Jared Bauer, entre outros.
O slogan da série é “Thug Notes: Literatura Clássica. Gangster Original”, que
resume a filosofia do canal. O modelo adotado é o uso de "gangsta rap",
animações e gráficos engraçados. Eles apresentam trabalhos literários
importantes – de obras de Shakespeare, passando pelo clássico “1984”, de
George Orwell, até o romance mais recente de Harper Lee “Go Set a
Watchman”.
“Eu criei o 'Thug Notes' porque notei que existia uma lacuna no Youtube.
Existem milhares de canais de educação bem-sucedidos que se concentram
em ciências exatas, mas nenhum sobre ciências humanas. É muito difícil
fazer as pessoas se interessarem por artes, especialmente a audiência
jovem. Como alguém pode despertar o interesse em algo como “Grandes
esperanças” [de Charles Dickens]? Para isso você tem que fazer algo radical”,
explica Jared Bauer.
O rap foi o meio que ele considerou apropriado para aplicar esse conceito.
“O hip hop é tão abrangente internacionalmente que ele oferece uma nova
ferramenta de identidade para a apresentação, que possibilita atrair o
público mais jovem aos nossos vídeos”, explica o comediante Greg Edwards.
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Postado por TELEVISÃO UNIVERSITÁRIA EAD REDECOM BRASIL às 10:39 Nenhum comentário:
“Nós fazemos resumo e análise sobre os livros de um jeito engraçado,
exagerado, de uma forma mais próxima a esse público, assim as pessoas
ficam interessadas em ler o livro e formar a sua própria opinião”, afirma. O
canal tem meio milhão de assinantes.
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