Upload
werleyalcantara
View
225
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
1/26
RESENHA
Prof. Rejane Marques
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
2/26
Definio:
Para Andrade(1995,p.61):
Tipo de resumo crtico, contudo maisabrangente: permite comentrios eopinies, inclui julgamentos de valor,comparaes com outras obras da
mesma rea e avaliao darelevncia da obra com relao soutras obras do mesmo gnero.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
3/26
Estrutura da resenha:
a) Capa;b) Folha de rosto;
c) Sumrio(se necessrio);d) Introduo;e) Apresentao das ideias do texto;f) Apreciao crtica;g) Concluso;h) Referncias.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
4/26
Tipos de Resenha:
1) Descritiva;
2) Crtica ou Cientfica.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
5/26
Como o resenhista pode iniciar seutexto:
A) informar ao leitor quem o autor daobra;
B) apresentar brevemente o conceito doobjeto do livro;C) contar uma passagem da vida do autor;
D) discorrer sobre a expectativa da
publicao;E) relacionar ideias atuais com antigas jpublicadas.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
6/26
I Resenha descritiva:
Estrutura da resenha descritiva:
nome do autor;
ttulo e subttulo da obra;se traduo, nome do tradutor;
nome da editora;
lugar e data da publicao da obra;nmero de pginas e volume;
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
7/26
descrio sumria de partes,captulos, ndices;
resumo da obra, salientando objeto,objetivo, gnero (poesia, prosa,dramaturgia, ensaio literrio, poltico);
tom do texto;
mtodos utilizados;
ponto de vista que defende.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
8/26
Exemplo de resenha descritiva:
Discurso e texto: formulao e circulao dossentidos (218 pginas), de Eni Puccinelli Orlandi,publicado (2001) pela Editora Pontes deCampinas, uma obra composta de 13 captulos.Entre eles, ressaltam-se: Anlise de discurso einterpretao; A escrita da anlise de discurso; Osefeitos de leitura na relao discurso/texto; Oestatuto do texto na histria da reflexo sobre alinguagem; Do sujeito na histria e no simblico;Ponto final: interdiscurso, incompletude,
textualizao; Boatos e silncios: os trajetos dossentidos, os percursos do dizer; Divulgaocientfica e efeito leitor: uma poltica socialurbana; A textualizao poltica do discurso sobrea terra.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
9/26
A obra da Prof. Eni Puccinelli tem como objeto odiscurso e seu funcionamento, rea da qual
jamais se afastou, como se pode verificar pelasdezenas de textos que publicou. Procura, na obra
atual, dar resposta s questes "o que texto?","como se textualiza um discurso poltico, umdiscurso jurdico, um discurso cientfico?", "comoos boatos funcionam no espao social e poltico?"Ocupa-se a autora das diferentes maneiras pelas
quais os sentidos so constitudos, soformulados e circulam.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
10/26
Essas maneiras de constituio dossentidos so decisivas para a relao dohomem com a sociedade, a natureza e a
histria. O texto o momento fundamentalda significao em que o sujeito, ao dizerde um modo e no de outro, define amaneira como o sentido faz sentido no
apenas para ele mesmo, como tambmpara os outros, para a sociedade em quevive.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
11/26
A autora adota a perspectiva da Anlise deDiscurso de linha francesa, como o leitor podeverificar pela bibliografia utilizada, pelosposicionamentos e pelos conceitos de que se valepara explicar o discurso. A anlise de discursoconcebe a linguagem como mediao necessriaentre o homem e a realidade natural e social. E essa mediao, que o discurso, que tornapossvel a permanncia e a continuidade, odeslocamento e a transformao do homem e da
realidade em que vive. Entre outros, o leitor vaideparar com autores citados corno Courtine,Ducrot, Maingueneau, Pcheux. Considera aautora, antes de tudo, a Anlise de Discurso umadisciplina da interpretao.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
12/26
Trabalha no s a textualizao do poltico, mastambm a poltica da lngua que se materializa nocorpo do texto, ou seja, na formulao, por gestosde interpretao que tornam forma na
textualizao do discurso. Interessa-se peladeterminao histrica dos processos designificao, pelos processos de subjetivao,pelos processos de identificao e deindividualizao dos sujeitos e de constituio de
sentidos, assim como por sua formulao ecirculao.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
13/26
II Resenha crtica:
Na resenha crtica, alm doselementos descritivos e narrativos, hos dissertativos, a defesa de umponto de vista, a apresentao deargumentos, provas.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
14/26
Trecho de resenha crtica:
Quando morreu, em dezembro de2001, Cssia Eller estava empenhadaem realizar uma metamorfoseartstica. Cansada do rtulo deroqueira barulhenta, ela queriaconsolidar a imagem de excelente
intrprete, o que de fato era.(Veja,4dez. 2002)
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
15/26
Modelo para a prtica de resenhascrticas:
1) Referncia bibliogrfica:-Autor.- Ttulo da obra.- Elementos de imprenta (local da edio,editora, data).- Nmero de pginas.- Formato.
Exemplo:
GARCIA, Othon. Comunicaoemprosamoderna:aprenda a escrever, aprendendo a pensar. 8.ed. Rio de Janeiro: FGV, 1980. 522 p. 14 x 21cm.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
16/26
2) Credenciais do autor:- Informaes sobre o autor,nacionalidade, formao universitria,ttulos, livro ou artigo publicado.3) Resumo da obra (digesto):- Resumo das ideias principais da obra.De que trata o texto? Qual suacaracterstica principal? Exige algum
conhecimento prvio para entend-Ia?Descrio do contedo dos captulos oupartes da obra.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
17/26
4) Conclusesda autoria:
- Quais as concluses a que o autorchegou?
5) Metodologiada autoria:
- Que mtodos utilizou? Dedutivo?Indutivo? Histrico? Comparativo?
Estatstico?- Que tcnicas utilizou? Entrevista?Questionrios?
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
18/26
6) Quadrode refernciado autor:
- Que teoria serve de apoio ao estudoapresentado? Qual o modelo terico
utilizado?7) Crticado resenhista(apreciao):
- Julgamento da obra. Qual a
contribuio da obra? As ideias so origi-nais? Como o estilo do autor: conciso,objetivo, simples? Idealista? Realista?
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
19/26
8) Indicaesdo resenhista:
- A quem dirigida a obra? A obra
endereada a que disciplina?Pode ser adotada em algum curso?Qual?
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
20/26
Exemplo de resenha crtica:
ANDRADE, Mrio de. Querida Henriqueta: cartasde Mrio de Andrade a Henriqueta Lisboa. Rio deJaneiro: Jos Olympio, 1991. 214 p.J forampublicadas cartas de Mrio de Andrade a
Manuel Bandeira, a OneydaA
Ivarenga (Mrio deAndrade: um pouco), a lvaro Lins, a FernandoSabino (Cartas a um jovem escritor), a CarlosDrummond de Andrade (A lio do amigo), aPrudente de Morais Neto, a Pedro Nava(Correspondente contumaz), a Rodrigo de MeIo
Franco, e Anita Malfatti. Em todas elas, possvelverificar a surpreendente revelao dapersonalidade de Mrio de Andrade, seusconhecimentos, suas preocupaes, suadedicao arte, o entusiasmo com que tratavaos escritores iniciantes.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
21/26
Em Querida Henriqueta, reunio de cartasde Mrio poetisa Henriqueta Lisboa,Mrio to generoso quanto o fora em A
lio do amigo, to competente quanto ofora nas cartas a Manuel Bandeira. Aexposio sempre franca, os temasabordados variados e a profundidade e o
valor humano notveis. Para alguns, ascartas de Mrio, em seu conjunto, esto nomesmo nvel que suas criaes literrias.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
22/26
possvel ver nas cartas o interesse deMrio pela motivao dos iniciantes,analisando com dedicao e competncia
tudo o que lhe chegava s mos. H emseu comportamento o sentido quase demisso esttica. As recomendaes so asmais variadas: ora sugere alteraes, ora asupresso, ora o cuidado com o ritmo, ora
com as manifestaes de contedocultural. No o mestre que fala, mas oamigo.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
23/26
No o professor, mas o artista experiente, quesabe o que diz e por que o diz, que temconscincia de tudo o que fala, que leva otrabalho artstico muito a srio. As consideraes
no so, no entanto, apenas de ordem tcnica.Mrio de Andrade, por sua argcia crtica, penetrana anlise psicolgica. Assim, examina os retratosfeitos por diversos artistas, como Portinari, AnitaMalfatti, Lasar Segall. Segundo ele, Segall ter-se-
ia fixado em seu lado obscuro, quase oculto,malvolo de sua personalidade.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
24/26
A relao angustiada do autor de Macunamaconsigo mesmo aparece nas cartas a HenriquetaLisboa. Da mesma forma, aparecem o problemado remorso e da culpa, o cansao diante da
propaganda pessoal, do prestgio, da notoriedade,da polmica. No silencia sequer a anlise dasrelaes com a famlia.Aqui, no a imagem deMrio revolucionrio e exuberante que apresenta.No. Tambm no h lamentaes: tudo
exposto com extrema lucidez quanto s virtudes edefeitos. Mrio abre o corao numa confidnciade quem acredita na amiga e nas relaeshumanas.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
25/26
As cartas foram escritas de 1939 a1945, quando Mrio veio a falecer. Eso mais do que uma fonte deinformao ou depsito de ideiasestticas: so um retrato de seuautor, com suas angstias e
expanses de alegria, de emoo ede rigidez comportamental.
8/7/2019 Slide Re Sen Ha
26/26
REFERNCIA BIBLIOGRFICA
MEDEIROS, Joo Bosco de.Redao cientfica: a prtica defichamentos, resumos, resenhas.11.ed.So Paulo: Atlas, 2009.