Upload
buiminh
View
224
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
I i I
. .
REVISTA THEOBROMA
Janeiro-Março l~?J Ano UI N9 1
Publicação trime~tral dedicada à divulgação de investigação cientlfica relacionada com problemas agronÔmicos e sÓCio-econômicos de áreas cacaueiras. Editada pelo Centro de Pesquisas do Cacau (CEPECI, Departamento da CÕ·missâo E:><ecutiva do Plano de Reçuperaçâo Econômico-Rural da Lavoura Cacaueira (CEPLAC).
COMISSAO EDITORIAL
Alvim, Paolio de T, Cruz, Luiz C, Sa-les, José C. de Vello, Fernando
ASSESSORES CIENTfFICOS
Aitken, William M, Alencar, Maria H. Cabala R., F. Percy Carletto, Geraldo A. Deuimoni Pinto, C.M. Ghosh, Biswa N. lgue, Ko~en Loureiro, Edmar S. Maravalh<U, NeiBon Mariano, Antonio H. Medeiros, Arnaldo G. Pereira, ÇlÓvi• P, Rocha, Henn{nio M. Silva, Luiz F, da Silva, Pedrito Vasconcelos FUho,A.P. VentocHla, José A.
Endereço para correspondência {Address for correspondence):
Revista Theobroma Centro de Pe•quisaB do Cacau {CEPEC) • Cahca Postal 7 45 • 600 - Itabuna-Bahia
Brasil
Tiragem
3. 000 exemplares.
CONTEÚDO
1. CoMidelt.açõu gvr.a.\.~ ~oblt.e <t4 e~óelt.M.\.dade~ do caca~e.\.lt.o na Amazo-nia. G.R. Manço .........••.•..•.
General considerations on caca o diseases in Amazonia. (Swnmary). p. ll.
2. Sclt.etning oó ~~ngicide.6 agaúut Pk!ltopijtftolt.o; p<tim.\.vOit.<t (6~t{.) 6~tz7 .. .._,. v4fio~. A.l/:o;.,, IJ. M. Rocha e C. RaM.,, ..•....••.....•••....•• ,
Ensaio de fungicidas "in vitro" para o controle do Phytophthora pahnivora (Butl.) Butl. (Resumo). p. ll.
3. ln6t~incia da t~z. teMpe~t.at~lt.<t e ~midade ~t.eiativa, na e.6pclt.~tação do Phgtcphtho~t.a paimivolt.a (6~tt. I s~t:e. e"' 6.t~lo~ de caco~.u. ti.M. Rocha e A.IJ. Ma.:-.haao •••••••••. ...
The effect of light,temperature and retative hurnidity on sporulation of Phytophthora palmi"ora (Butl.) Butl. incacao pods, (Summary). p. 25.
4. Te~te~ de g.tau.6 de a~tocompat.\.bitidade e111 caca~e«o ITheob~t.oma caco;o L.J. G. A. Ca~t.iello e J. ~ :i<':ã: v . ........................ ..
Mechani>mu which determine the degree of selfcompatibility of Theobroma ca~ L. (Sumrnary). p. 35.
5. ~e.,o;tode~ oó the cocoa ~t.egion c6 6ahio~.,6~t.azil. J - Plant-palt.a~it.\.c and ó~t.ee-t.\.uing nematcde~ a~~cciated with lt.~bbe~ (Heuea bit.<t~.\.lüot~i~ Mlletl. A~t.g.l.-r."U. sha.t-~ .... A. LCOÓ·················
NematÓdios da região cacaueira da Bahia, Braail. I - NematÓdios para$itos e não parasitos associados com a seringueira {lk=A. braailienoi• Mtlell. Arg.). (Ruumo). p. 41.
.,,,. ~ovo; p.taga ao cacaueilt.o no 61t.a~it (!ot
~ecta, Ccleopte~t.a,Cult.c~ticnido~.el. P. Silva e A. S. Co~ta ....... •••••
A new pest of cacao in Braúl (Inaecta, Coleoptera, Curcu!ionidae). p. 43,
"
"
"
• CONSIDERAÇÕES GERAIS
SOBRE AS ENFERMIDADES DO CACAUEIRO NA AMAZ0NIA"'
As principais doenças fÚngicas do cacaueiro na Aina~ônia
são a "vassoura de bruxa" (Marasmius perniciosus Stahe~ "podridão parda" (Phytophthora pahnivora (Butl.) Butl. ), SupÕese que a primeira, endêmica em toda a bacia amazônica, exista nessa região desde o século passado, embora sua ocorrência so-
mente haja sido registrada em 1938 (7) e 1943 (4),
As perdas causadas pelo M. perniciosus são de difÍcil estimativa, Segundo Vieira (8), a "vassoura de bruxa" causou em Santarém, Estado do Pará, em 1942, prejuÍzos da ordem de 60%. O Quadro 1 apresenta os resul-
Quadro 1 - Ocorrência de "vassouras" em plantação com 10 anos de idade. perÍodo de 09. 09,71 a 02, 02, 72.
100 cacaueiros de urna Munic(pio de Tomé-Açú,
* Fl'utos cmn maia de 5 em de cmnprimento, Os fl'utoe "pecosn não fol'am cmnputados,
~Recebido po.ra publicação em fevereiro, 1972, *~ Eng? Agr., M,S,, Serviço E><perlmental em Bdém, Acordo de Colaboração Técnica
CEPLAC/MA, Belém, Pará, Bra8il,
Revi•la Theobroma. CEPEC, Itabuna, Bra•il, 3(1):3-13. Jan.-mar. 1973.
3
I
I
....... a a.rrtostragem feita tados de ""'' , nte em Tome-Açu,tam-recenteme 1 , je Estado, a qua reve-bem naque
d~· causadas pelo M. la as per ...,. . -
• · 8 u s e a quantidade de pernlClO -ÍÍvassouras" existentes nos ca-
. As Figuras 1 e 2 mos-cauetros, ~acaueiro "Com um", tram um ~
com 10 anos de idade,e ll1TI exemplar do clone JCS-39, com 6 anos de idade,atacados por este f~go, Por outro lado, tem-se nohcias de que esta enfermidade t_:m dizirn.ado extensas plantaçoes de cacau nas Guianas Inglesa e Holandesa, na ilha de Trinidad e no
Equador (2).
O principal hospedeiro do M.• perniciosus é o cacaueiro (Theo-
~ ~ L.), embora o cupu
açu {T. g:randiflorum (Willd) Schurn), planta dom€stica cujo fruto participa da dieta do paraense, também o hospede, constituindo assizn uma fonte de inÓculo permanente da enfermidade para o cacaueiro.
Quanto 'à "podridão parda", nao se tem referência de percentual de incidência em plantações comerciais da Amazônia. Assegura-se, porém, que, nos meses de maior precipitação pluviométrica, os ataques são mais acentuados (Figura 3). A Figura 4 apresenta a distribuição percentual de frutos atacados, em diferentes épocas doano,emUin
Cacaueiro "Comum" com 10 anos de idade, atacado pela" ' d H vassoura de bruxa" (detalhe). Fazen a St~
elena, Castanha!, PA.
4
l
Figura 2 - Cacaueiro do clone ICS-39 (susceptível), com 6 anos de idade, atacado pela "vassoura de bruxa". SEBE, Belém, PA.
campo de produção de sementes em Belém, Pará, no perÍodo de janeiro a julho de 197Z.
O ataque do P. E..._lmivora a plântulas e enxertos de cacaueiros enviveirados (Figuras 5 e 6) é bastante intenso no perÍodo de janeiro a abril, quando provoca a "queima n. Tal fato leva à suposição de que a sua existência saprofítica no solo pode determinar infestaçÕes de caráter epifitótico bastante rápidas nas futuras plantações de cacau.
Eventualmente, registram- se casos de "doença rosada" (Corticium saltnonicolor B. et Bred.) ;--;r;-"koleroga" (f.. koleroga), ambas ataca.In os ra.Inos do cacaueiro. A prizneira ocorre em plantas jovens, fazendo-as definhar quando não controlada, e a segunda, pouco .comum na região
5
cacaueira baiana, apresenta-se em cacauais adultos nas cercanias de Belém, Castanha!, ToméAçu e ilhas de Barcarena, no Pará, nas épocas mais chuvosas do ano.
NematÓdios ocorrem com certa freq!lência em plântulas de cacau enviveiradas, retardando o seu desenvolvimento. Mudas produzidas na sede do IPEAN, em Belém, PA, apresentaram infestação de nematÓdios do gênero Dolychodorus enquanto em outros locais do Estado foram registrados ataques pelo gênero Meloido-
-"=·
TRABALHOS DE PESQUISAS
Até hoje são raros os registros sobre as enfermidades do
Figura 3 - Cacaueiro do clone IMC-67 atacado pela "podridão parda": SEBE, Belém, PA, janeiro, 1973.
cacaueiro na região amazônica, tendo sido Pound (7), Vieira (8), Deslandes (4), Dantas (3) e GOnçalves (5) alguns dos poucos que pesquisaram o assunto,
A fim de atender às necessidades do seu programa na região amazônica, a CEPLAC iniciou, em 1970, uma série de pesquisas fitopatolÓgicas no Pará com o objetivo principal de determinar a resistência dos clones introduzidos e dos selecionados na Amaz~ia ao M. perniciosus e p. palmlvora e estabelecer medidas de c o n t r o 1 e qu(mico e profilático destas enfermidades, Os trabalhos objetivam também a avàliar a ocorrência do p. palmivora e
6
M. perniciosus nas populaçÕes cacaueiras da Região e identificar e controlar os nematÓdios em plantas enviveiradas.
"Vas-soura de bruxa" (M. pel!.rt..icÜ<IU-6)
As pesquisas em andamento sob r e resistência do cacaueiro ao M.perniciosus baseiam-se em ensaios de inoculação de sementes oriundas de cruzamentos de diversos clones com o Sca-6, considerado como a melhor fonte de resistência a este fungo até o momento, No Equador, entretanto, a resistência desta fonte foi quebrada, sugerindo ser ela ver-
tical e existir naquele Pa(s, uma raça diferente do fnngo.
Observações do autor levadas a efeito no Equador evidenciaram, em ensaios de inoculação de sementes para seleção de plântulas resistentes, alguns pontos duvidosos quanto à validade do método, pois plântulas sem sintomas do fnngq, selecionadas para plantio em campo, apresentaram a doença quando adultas, sugerindo duas interpretações; I. A quantidade de esporos inoculada (ZOO. 000/ml) foi. insuficiente para provocar a infecção; e Z. O método selecionou a p e na s plantas com resistência vertical ao fungo, O descarte de plantas com sintomas da enfermidade, como é feito no Equador e Trini_dad, possibilita a eliminação de plantas que poderiam conviver com a enfermidade e produzir. Estes fatos controvertidos sobre seleção de cacaueiros resistentes ao M. perniciosus mostram a necessidade de mudar os méto-
..
..
'0
JANEIRO FEVEFIEIF!() MAFI~
dos de pesquisas sobre a enfermidade até agora nsados,
Atualmente, no s trabalhos conduzidos em Belém, as plântulas provenientes de cruzamentos são, aos 6 meses de idade, classificadas de acordo com o grau de hipertrofia que apresentam. As portadoras de sintomas leves são plantadas no campo junto às isentas de sintomas, a fim de verificar se há ocorrência de resistência horizontal.
Também está sendo tentado desenvolver um método eficiente de inoculação de ratnos de cacaueiros para ensaiar a resistência em enxertos, pois, até o momento, os métodos de inoculação de ramos dão resultados muito variáveis (6). Futuramente, quando se dispuzer de maior abundância de dados de resistência em plântulas de cruzamentos controlados, será melhor est-udada a influência da quantidade de inÓculos do fungo nos ensaios de inoculação,
A8FIIL JUNHO JULHO
Figura 4 - Ocorrência de frutos com "podridão parda" em um ensaio de densidade. SEBE, Belém, PA, per{odo janeiro a julho, 197Z (dados obtidos em 1.326 árvores),
7
Figura 5-"Queima"em plântulas de cacau com 4 meses de idade, causada pelo Phytophthora palmivora, Munic(pio de Stil Izabel, PA.
As pesquisas sobre o contr~le qu(mico doM. perniciosus, ate o momento, não oferecem resultados satisfatórios (6). Recentemente, no Equador, os fungicidas Plantvax e Vitavax, de caráter sistêmico, foraxn selecionados em ensaios com plântulas para. ~osterior comprovação e~ cond1çoe_s de campo. Em Belém, estes do1s fungicidas estão se d t d '" n o est~ ':_8 em arvores adultas em
cond1çoes de campo, aplicados no solo e na folhagem dos cacaueiros. Outros fungicidas s· t • .
deverão lS eml· cos ser testados em no-vos ensaios.
Quando for enco tr d
'
....... naourn ung1c1 ....... eficiente 0 .- . • controle
qu1m1co do M. pern-· , - L<.:lOSUg pode ra oferecer boas -
. perspectivas po1s, C(}mo o fungo e t'" • d
. s a associao a tec1dos rnerist 't• . ema 1cos
crescimento(!) e 0 em cacaueiro a-
8
presenta anualmente duas épocas principais de lançamento de ramos novos, pode-se estabelecer um esquema de aplicação do fungicida para proteger as brotações, A proteção dos ramos novos determinará wna constderável redução da enfermidade, pois resultará na queda da maior Íonte de produção de esporos: as nvassouras".
Os trabalhos em desenvolvimento deverão enfatizar as pesquisas sobre o controle qu(mico da enfermidade, pois, ao que tudo indica, a "vassoura de bruxa" será epidêmica nos cacauais atualmente em fase de implantação e a serem Unplantados na Amazônia, conforme pode S"er vislumbrado através das Figuras-le2.
O J:. palmivora tem aparecido em locais onde ja.Tnais se
havia suspeitado da sua existência. A sua ocorrência em plântulas enviveiradas nos munic(pios de castanha! e Santa Isabel, PA, onde não se encontram cacauais produtivos, comprova sua vida saprof(tica nos solos em n(vel capaz de provocar epidemias em cacaueiros em in(cio de produção, como ocorreu em 1972, em um ensaio experitnental conduzido na se de do Instituto de Pesquisas e Experitnentação Agropecuária do Norte (IPEAN), em Belém (Figura 2), onde a enfermidade causou preju(:ws estimados em 15% da produção,
Com base em experiência da CEPLAG na Bahia e nas condi-
çÕes clitnáticas do Estado do Pará, um esquema que poderia dar bons resultados no controle da npodridão parda", seria a aplicação de fungicidas à base de Óxido cuproso na dosagem de 3% em janeiro, maio e junho, e a 4% em fevereiro, março e abril.
outro aspecto observado com relação à enfermidade no Pará é a variação do fungo, Foram constatadas, a grosso modo, trê• variações: uma cepa de Belém (patogênica ao clone Sca-6), =a de Castanha! e uma outra de Tomé-Açu, apresentando diferentes formas de esporângios, O Quadro 2 registra a patogenicidade destas cepas em frutos de
Figura 6- "0ueima" em enxerto de cacaueiro, causada pelo Phytophthora palmivora. SEBE, Bel~m. PA.
9
Quadro 2 - Clones susceptíveis à inoculação artificial de três possí~ veis raças de Phytophthora palmivo1·a em seus frutos, Pefíodo abril-del!lembro, 1972 (Resultados parciais),
diN"ersos clones, decorrente de um teste de inoculação realbado com o objetivo de conhecer o comportamento dos clones frente aos fungos da Região e às suas di f e rentes raças, caso sejain realmente diferentes,
Outras enfermidades
O problema de nematódios em plantas enviveiradas foi resolvido pelo tratainento prévio do solo com o PMTT (3, 5-dimetiltetraidro-l, 35-2H-tiodiaJ1;ino- 2 ~
tiono) granulado, sob o nozne comercial de Basamid, Isto foi feito aplicando-se uniformemente 2DOgjm3 de solo e revolvendo-se a intervalos de 10 dias, Quarenta dias apÓs a aplicação do nematicida, o solo pode ser usado para enchimento dos vasos e semeio do cacau.
As enfern"Jidades causadas p~r C. salmon~color e-º._. koleroga _sao de ocorrencia rara no baixo Atnazonas e podem ser facihnente controladas eliminando-se freqUentemente os galbos atacados.
LITERATURA CITADA
l. BAKER, R.E.D, and CROWDY, S. H. Studies in the witches'broom disease of cacao caused by Mara51nius pel:niciosus Stab:ol. I. Imperial College of Tropical Agriculture, Department of Mycology and Bacteriology, Memoi.rs No. 7, 8, l'H3., 1944. 2 pts.
2, and HOLl:,IDAY, P. Witches'broom disease uf cacao (Ma-rasmius perniciosus Stahel). Commonwealth·Mycological In-stitute, Phytopatologka.l pape r N"o. 2. 1957. 42 p.
10
3, DANTAS, B. A epifitiologia e o controle da "vassoura de bruxa" e da "podridão parda" do cacaueiro -bases teóricas e resultado econômico, Boletim de Agricultura de Pernambuco (Brasil) 16(3-4):239-253. 1949.
... 4. DESLANDES, J. A. Observaç.Ões íitopatolÓgicas na Ama7.Ônia, Bo ... letirn Fitossanitário do Ministério da Agricultura (Brasil) 1(3-4):H9-Z4Z. 1944.
5. GONÇALVES, J, R. C. Theobroma grandiflorurn (Spreng) Schum, as source of inoculwn of witch broom disease of Theobroma V c a c a o L, Tropical Agriculture (Trinidad) 42(3):261-263. 1965,
é. HOLLIDA Y, P, A test for resistance to Marasmius pernid.osus (Stahel). In Imperial College of Tropical Agriculture. Areport on caZ"ao research, 1954, St Augustine, T:dnl.dad, 1<:]55,
pp. 50-55,
7. POUND, F, J. Cacao and witch broom disease (Marasmius perniciosus) of South America, With notes on other species of ~roma, Report on a visit to Ecuador, the Amazon Valley and Colombia, Apl:il 1937 - April 1938, Port-of-Spain, Youille's Printerie, 1938. 58 p.
S.. VIEIRA, J, T. "La.gartão• ou "vassoura de bruxa". Boletim de Agl:icultura do Rio de Janeiro (Brasil) 31(11):39-44. 1942.
RESUMO
Visando a obter subsÍdios para atender à.s necessidades de seu programa na regtao AmazÔnica, a CEPLAC iniciou, em 1970, urna série de observações e trabalho!! de pesquisa relacionados com as e6.fermidades do cacaueiro naquela região.
Em plantações estabelecidas no Estado do Pará, foram realizadas observações sob:re a ocorrência da "vassoura de bruxa" (Maras~ perniciosus) e "podridão pal'da" (Phytophthora palmivora) a fim
de detll'rminar a importância destas enfermidades e os pel'Íodos de maior incide"""ncia,
As observaçÕes referentes à "vassoura de bruxa" (setembro a novembro de 1971 e fevereiro de 1972) mostraram que a sua maior incidência ocorre em fevereiro e novembro. O per(odo de maior incidência da "p. parda" parece ocorrer entre fins de março e inÍcio de abril (observaçÕes realizadas entre janeiro e julho de 1972).
Para controlar essa!! enfermidades, forazn realizados vários ensaios de resistência, utilizando-se clones introduzidos e material lo~
lJ
cal seledonado nas expediçÕes à região amazônica. Foram iniciados ensaios de inoculaçÕes com M. perniciosus em sementes oriundas de cruzan1 entos dt diversos clones com o clone Sca-6, considerado como a fonte de resistência de maior consistência até o momento, Os resultados são ainda muito preliminares mas já possibilitam melhorar a metodologia de pesquisa para este tipo de ensaio.
Os ensaios com P. palmivora permitiram determinar variaçÕ_es no fungo, Parece eristir na Região três raças distintas, sendo uma delas patogênica ao clone Sca-6.
Também foram iniciados ensaios com de bruxa".
fungicidas sistêmicos, viIniciahnente estão sendo sando ao controle da "vassoura
testados os fungicidas Plantvax futuros ensaios outros produtos çados no mercado,
e Vitavax, devendo ser incluídos nos de ação sistêmica recentemente lan-
Para o controle da npodridão parda" na Região sugerem-se aplicaçÕes de fungicidas à base de Óxido cuproso, na dosagem de 3% durante os meses de janeiro, maio e junho e a 4% em fevereiro, março e abril.
Ocorrências de.!:'· palmivora em plântulas enviveiradas, bem como de nematÓdios dos gêneros Dolychodorus e Meloidogyne foram assinalados na Região, Os nemat6dios são facilmente controlados pelo tratamento do solo com o nematicida Basamid na proporção de 200 g/m3 de solo.
As enfermidades causadas pelo C. salrnonicolor e C. koleroga são de ocorrência rara no baixo Amazonas e de facil controle.
GENERAL CONSIDERATIONS ON CACAO DISEASES
IN AMAZONIA
{SUMMARY)
To attend the basic prograrn of cacao-crop in Amazonia, observations and research on cacao diseases were started by CEPLAC in 1970.
The economic importance and pe~iods of high incidence of cacao diseases were evaluated, basing on "witches'broom" (M. perniciosus) and on Black-pod (_!:' • .E._almivora) observati.ons.
To "witches'broor:hn indicated a high incidence during February and No:rember while Black-pod occured normaly between the end of March and beginning of April.
12
To contra! these diseases, use of resistant plants are needed. Screening oí resistant material was carried out. Inoculations trials were performed with M. perniciosus in seeds from severa! crosses between clones and local types with Sca-6, the latter being considered as a source aí resistance, Although the results are preliminary, the methodology to assess the resistance has"been improved.
Studies on E_. palmivora variation showed that at least three "strains" occur in the region; one of them is virulent to Sca-6.
Systemic fungicides such as Plantvax and Vitavax, were considered for controlling "witches'broom" in preliminary trials.
Application of cuprous oxide at 3%, during January, May and June, and at 4% during February and March, were recommended for the control of Black-pod.
The occurrence of P. palmivora along with nematodes, Dolychodorus and Meloidogyn;- were found in the nursery. The nematodes ~ easily controlled by soil fumig'ahon with Basarnid at 200gjm3 of soil.
Corticium sahnonicolor and .f· koleroga causing diseases are of rare occurrence in the lower Amazonas andare easily controlled.
•••
13
SCREENING Pky.taphth011.a.
OF FUNGICIDES AGAINST pa.lmivo4a. (BUTL.) BUTL. "IN VITRO"*
A.6 ka Ra.m** He4m1nio Ma.ia. Roeka.*** Chha.tthaa Ra.m****
Black-pod disease of cacao (Theobroma~ L.), caused by the fungus Phytophthora palmivora (Butl.) Butl., is one of the most serious disorders of this crop i_n the South of Bahia, Brazil, where it causes a annualloss of 20-30 per cent (4). The disease occurs in all cocoa producing countries of the world and has a considerable economic importance, ]:. palmivora also causes canker, leaf fall, chupon blight and seedling wilt of cocoa.
Whils t the disease can be controlled by the development of new resistant clones and hybrids the use of fungicides for controlling the disease, specially in existing plantations, is of great importance, In recent years there has been a téndency to evaluate ''in vitrd' the various comme r c ially available fungicides before applying them directly in the field as it saves both time and money by elirninating ineffective fungicides, Published literature indicates that a very
~ Received for publicaUon in July, 1972.
limited number of investigations have been carried out on laboratory screening of fungicides against P. palmivora. Hislop (2) reported that the growth of ~palmivora on cassava agar was inhibited by O, 02o/o phenyl mercury nitrate and O, 2% fentin (triphenyltin acetate). In Brazil, only two investigations (3, 5) have so far been reported on this subject. '
The present study is a part oi' a research programme in which se v e ral fungicides are being screened for their efficacy against p, pahnivora u:o.der laboratory ;-onditions, the main objective being to inve stigate the most effective fungicide w-h i c h could control Black-pod disease unde r the environmental conditions of cacao region of Bahia.
MATERIALS AND METHODS
Thiity one fungicides of various chemical groups including nine systemic formulations were
~" B.Se. (Ag!, M. Se,, Dlvision of Plant Pathology, CEPEC, lt&bun&, B&hl"-, BraaU. *** Eng? Agr,, M.S., Diviltfon of Plant Palh<>logy, CEPEC, lt&buna, Bahia, Br.•all. .
*~~~ B.Sc. (Ag) Int., M.Sc., Divisio" of Plant Pathology, CEPEC, Itabuna, Bahia, Br&aol,
Re"ista The<>broma. CEPEC, Itabunil., Brasil, 3(1):14-ll. Jan.-mar. 1~73.
14
-
•
)
'
used in thi.;~ investigation. Although different methods for laboratory screening of fungicides have been suggested by various investlgators in the past, the simple and efficient technique (poisoned food) evolved by Falck (I) has been used in this study. For the experimental work, 15 ml of solld and 50 ml of liquid organic medium (5 g malt extract, 5 g yeast e.xtract, 15 g dextrose, 18 g agar and 1000 ml distilled water) were put in 80 mm Petri dishes and 125 ml Erlenmeyer flasks Í'espectively and were sterUized at 120oc for 15 minutes; an equal amount by weight of the active ingredient of each fungicide was used in arder to a v o i d variations between their strengths. The calculated amount of each fungicide was mixed thoroughly under sterile condition in a pre-sterilized mediurn. followed by inoculations with mycelial di s c s of 6 mm diameter taken from 5 days old pure culture of the test organism. The initial screeniil.g was done at 1000 ppm, and those fungicide s that proved to be effective were tested again at five different concentrations, namely 500; 400; 300; 200and lOOppm. Three replications were made for each treatment, along with controle.
The inoculated flasks and dishes were incubated at laboratory temperature (23-25°G) and observations were made 7 days after inoculation, In arder to obtain a dry sample from the liquid mediwn, the mycelium was fi.ltered through Whatman filter paper No.40, throughly washed with distilled water, dried at a tem-
15
perature of 600C for 48 hours and weighed. The radial growth of the colonies in Petri dishes was measured directly. The inocula treated with fungicides in liquid medium did not show any fungai growth after 7 days were transferred to tubes containing the organic mediurn and were incubated for 4 days in arder to ascertain if an effective fungicide is either fungistatic or fungitoxic. The name of the active ingredient, its percentage and the source of the fungicides tested are given in Table 1.
RESULTS AND DISCUSSION
The effectiveness of the different fungicides tested on controlling the growth of ~· palmivora in liquid and solid media is shown in Tables 2 and 3 respectively. The best fungicides which inhibited growth up to 100 ppm were Actidione BR, BL-1182, Brestan 20, Busan 72, Captan 50, Dithane M-45, EL-273, Maneb and Difolatan, Truban and Zerlate were fungistatic at 100 ppm and 200ppm respectively, while Dikar, Manzate and Miltox were fungitoxic only up to 200 ppm. On solid medium, Actidione BR, BLIl8Z, Busan 72, EL-273 and Truban completely inhibited the fungus growth up to 100ppm whereas Maneb and Miltox inhibited growth up to 200 ppm, Amongst copper fungicides,Kocide 101 was most effective,followed byCupravit blue, Cuprosan green an·' Copper Sandoz. The fungícides which appeared to be effective at low concentration "in vitro" will !ater be tested under field conditions for the control of Black-pod.
Table 1 soul'ce of the fungicidas Table I - Continued.
* Systemic Continued. * Systemic
J7 16
Table 2 - Eífectiveness of variou a fungkides on controlling the growth oi Phytophthora palrnivora in liquid mediuhl.
O. O Fungitoxk; O. O* Fungistatic; - Not tested.
The results of the fungicides on solid medium were not the same as in liquid; similar variations were also obtained by Lellis
18
and Matta (3). In general, fungicides were more effective in liquid, probably due to more difusion in this mediurn. Further,
Table 3
- Not tested.
the organic fungicides appeared to be more effecti.ve than copper fungic ides.
Lellis and Matta (3) studied the inhibitory effect of several
19
the growth
fungicides on the gro\\th of P. palmivora on soli.d and li qui. d media and found rhat Copper Sandoz at concentrati_on of !00 ppm completely inhibited fungal dcvelopment while othcrs produced
only temporary inhibition. They found that in liquid medium, all fungicides except Bordeaux mixture inhibited growth at concentration of 100 ppm; however, in the present investigation Copper Sandoz was not effective even at 300 ppm and Cuprosan green at 200 ppm on solid medium, although the method adopted was the same used by Lellis and Matta (3). Medeiros and Rocha
(5) investigated fungitoxic and fungistatic ef.fects of l3 commercial fungicides on t h e indirect gerrnination of sporangia of P. pahnivora "in vitro" and found that Brestan 60, Brestan 20 and Dithane .M-45 were more effective as cmnpared to copper formulations, whereas in this investigation Brestan-20 was effective against ~· pahnivora up to lOOppm only in liquid medi um.
LITERATURE CITED
l. FALCK, R. Mycelien 1:153-154. 19ú7.
2. HISLOP, E. C. Studies on the chemical central of Phytophthora palmivora (Butl.) Butl. on Theobroma cacao L. in Nigeria IV. Further laboratory and field trials of fungicides. Annals of Applied Biology 52(3):465-480. 1963,
3. LELLIS, W. T. e MATTA, E. A. F. de. Cmnpetição de fungicida no controle da podridão parda _dos frutos do cacaueiro. In Conferência Interamericana de Cacao, 6~, Salvador, Bahiã", Brasil, 1956, Bahia, Instituto de Cacau da Bahia, 1957, pp. 301-309.
4. MEDEIROS, A.G. Combate da "podridão parda". Cacau Atualidades (Brasil) 2(1):3-5. 1965.
5. e ROCHA, H. M. Ensaio do poder fungicida e fungistá-tico de produtos comerciais ao Phytophthora pa 1m i v o r a (BIÍtl,) Butl. In Itabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas do Cacau,-RelatÓrio Anual, 19_64, Bahia, Imprensa Oficial. 1965, pp. 28-29.
SUMMARY
Thirty one fungicides of various chemical groups including nine systemic formulations were tested for their efficacy against Phytophthora pahnivora (Butl.) Butl. at different concentrations in both liquid and solid media. The fungicides in general were more effective in liquid medium, The organic fungicides which completely inhibited growth of the fungus up to 100 ppm were BL-1182, Brestan 20, Busan 72, Captan 50, Dithane M-45, Difolatan and Maneb Sandoz in liq-
20
1
• t
uid mediwn whereas on solid medium, only BL- l 182, Busan ?2 and Truban were effective. The copper fungicides were either fungistatic or fungitoxic only up to 300 ppm. Of nine systemic fungicides screened, only Actidione BR and EL-273 were effective which inhibited growth up to 100 ppm.
ENSAIO DE FUNGICIDAS "IN VITRO" PARA O CONTROLE DO
Phy~oph~ho4~ palmivo4a (BUTL.) BUTL.
{RESUMO)
Trinta e um fungicidas de vários grupos químicos, inclusive nove formulações sistêrnicas, foram ensaiados contra Phytophthora palrnivora (Butl,) Butl., a diferentes concentraçÕes em meios lÍquid~ lido, Os fungicidas, em geral, foram mais eficazes em meio lÍquido. Os fungicidas orgânicos que inibiram completamente o crescimento do fungo até 100 ppm foram BL-1182, :Brestan 20, Busan 72, Captan 50, Dithane M-45, Difolatan e Maneb Sandoz em meio lÍquido, enquanto no meio sÓlido somente o BL·1182, Busan 72 e Truban foram eficazes. Os fungicidas cÚpricos foram fungistáticos ou fungitÓxicos somente até 300 ppm, Dos nove fungicidas sistêmicos testados, somente Actidione BR e EL-273 foram eficazes inibindo o crescimento até 100 ppm.
•••
•
2l
INFLU~NCIA DA LUZ, TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA NA ESPORULAÇÃO DO
Phytophtho~a patmivo~a (BUTL.) BUTL. EM FRUTOS DE CACAU*
He~m1nio Maia Ro~ha** Antonio Vanta& Ma~hado***
Vários estudos tem sido efetuados em condiçÕes de laboratório com a finalidade de determinar fatores ambientais associados à esporulação do .!:'. palmivora. VariaçÕes na taxa de oxigênio e gás carbônico da atmosfera, oscilações da umidade relativa e temperatura e intensidade e qualidade da luz têm sido apontados como fato r e s ligados a urna maior ou menor intensidade de esporulação de várias espec1es de Phytophthora (2, 3, 4, 5, 7).
No presente trabalho, deu-se especial atenção à influência da luz associada à temperatura e umidade relativa na esporulação do.!:'· palmJ.vora em frutos de cacau.
MATERIAIS E ~TODOS
Foram utilizados frutos de cacau da variedade Comurn, com aproximadamente 4meses de ida-
de. Cinco frutos com lesão provocada pelo .!:'. palmivora (3 dias de incubação) foram colocados em urna câmara de crescimento ISCO, modelo E-3A, com programaÇão controlada para luminosidade, temperatura e utnidade. Os frutos foram previamente tratados pelo método descrito por Rocha (6) para induzir a esporulação.
O experimento foi dividido em duas fases, testando-se a influência conjunta da temperatura e umidade na ausência e presença de luz (6. 700 lux, ao nível dos frutos). Foram utilizadas temperaturas de 15; 20; 25; 3·0 e 350C e umidades relativas tle 70; 80; 90 e JOOo/o,
ApÓs 20 horas de expos1çao dos frutos às condições desejadas, os esporângios foram removidos dos frutos po~- meio de wn pequeno pincel e colocados em
*Recebido para publicação em fevereiro, 1972-~ Parte dO trabalha "Pesqui•a• Sobre "Podridão Parda' na. Bahia., Bra.oil". apreoenta.do na.
IV Conferência Internacion•l de Peoquisao em Cacau, Trinidad e Tobago, janeiro 1972. « Eng? Agr., M. S., Divisão de Fitopatologia, CEPEC, ltabuna., Bahia, Braoil.
""* Eng? Agr,, M.S,, Divisão de Fisiologia, CEPEC, Ita.buna, Bahia, Br;ooil.
Revista Th.,obroma, CEPEC. Itabuna, Brasil, j(l):ll-Z5. Jan,-mar. 1973,
22
n ' j:l
•••
--------------
10 ml de água destilada. Na auspensão de esporângios, colocouse uma gota de detergente e, em seguida, deternünou-se o seu nÚmero com auxfiio de um hematocitômetro. O número médio de esporângios/ml correspondente a Z5leituras por tratamento foi relacionado com a área média esporulada de cada fruto.
RESULTADOS E DISCUSSÁO
Os resultados (Quadro J) mostram a grande importância da luz na esporulação do.!:'· palmivora em frutos de cacau. Verificaram R se drásticas reduçÕes da esporulação na ausência de luz em todas as combinações de temperatura e linlidade ensaia~
das, Encontrou-se que a maior intensidade de esporulação ocorreu em presença de luz, a 25°C e 80% de umidade relativa, e a total inibição foi observada a 15°C no escuro e a 35oç, com ou sem luz, para todos os níveis de umidade relativa ensaiados. Mesmo nas melhores condiçÕes de temperatura e umidade (250C e SOo/o
de umidade relativa) a ausência de luz provocou uma redução na esporulaçâo de quase 75%.
Pela comparação dos totais de esporulação, verificou-se que os três fatores ensaiados atuam de forma conjunta no processo, sendo a unüdade relativa, nas faixas mais propícias à esporulação, o fator de menor influência.
Os resultados aqui apresen{ados concordam com os encontrados por alguns autores, como Brasier (2) e Aragaki e Hine (1), com relação à influência da luz e temperatura na. esporulação de várias espécies de Phytophthora e com os de Medeiros e Alvi.rn (4}, em relação à umidade relativa.
Tendo em vista que os esporângios são geralmente considerados corno o principal agente de dispersão do .!:'. palmivora, os presentes resultados pode rã o fornecer subsÍdios valiosos para o aprimorrunento dos métodos de controle da "podridã~ pardan.
Quadro I Intensidade de esporulação (número de esporângios/cm2) do.!:'· palmivora em frutos de cacau, em presença e ausência de luz, sob diferentes condiçÕes de temperatura e umidade relativa (médias de cinco frutos).
23
CONCLUSÕES 1. A luz,temperatura e umi
dade relativa exercem urna grande influência na esporulação do !:'. palmivora em frutos de cacau, sendo a luz o fator mais importante;
2. As condiçÕes mais favoráveis à esporulação do P. palmivora em frutos de cac;:u são: temperatura de aproximadamente 250G, umidade relativa de mais
ou menos 80o/o e presença de luz. Total inibiçã.:. foi encontrada a 15oç no escuro e a 350G, com ou sem lnz, para todos os n(veis de temperatura e umidade ensaiados.
3, Os três fatores atuam de forma conjunta no processo de esporula.ção, sendo que a umidade relativa nas faixas mais prop(cias foi o fator de menor influência,
LITERATURA CITADA
l. ARAGAKI, M, and HINE, B. Effect of radiation on sporangial production of Phytophthora parasitica on artificial media and detached papaya fruit. Phytopathology 53:854-856. 1963.
2, BRASIER, C,M, The effect of light and temperature on reproduction in vitro in two tropical species of Phytophthora. Transations of the British Mycological Society 52(1):105-113. 1969.
3, GOODING, G, V, and LUCAS, G.B. Factors influencing sporangial formation and zoospore activity in Phytophthora parasitica var. nicotianae. Phytopathology 49:277-281. 1959.
4, MEDEIROS, A.G. e ALVIM, P. de T. Influência do gás carbônico e <\_a wnidade relativa do ar na esporulação do Phytophthora palmivora {Butl,) Butl. Turrialba 17(1):18-22. 1967,
5, MITGHELL, D. J, and ZENTMYER, G. A. Effect o f oxygen and carbon dioxide tension on sporangiwn and oospore formation by Phytophthora spp. Phytopathology (In Press),
6. ROCHA, H. M. A method for inducing the sporulation of Phytophthora pahnivora (Butl.) Butl. in cacao pods, ~ International Cocoa Research Conference, 3rd., Accra, Ghana, November 23-29, 1969. Tafo, Ghana, Gocoa Research Institute, 1971. pp. 490-493.
7, WILLIS, W. H. Sporangiurn formation by Phytophthora Dastur var. nicotianae (Breda de Hann) Tucker. the Elisha Mitchell Scientific Society 70:235-243.
Z4
parasitica Journal of 1954.
••
RESUMO
A fim de determinar as condiçÕes de ambiente mais favoráveis à esporulação do Phytophthora palmivora em fruto de cacau, foi realizado wn experimento em câmara de creschnento com programação controlada para lwninosidade, temperatura e wnidade,
Em condiçÕes controladas, verifica-se que a esporulação do P, palmivora em frutos de cacau é altamente influenciada pela luz, te~ peratura e umidade; na P!.e:~enç~ de luz, ela é drasticamente reduzida; na presença de luz sua mai~r intensidade ocorre a 25°G e 80o/o de umidade relativa.
THE EFFECT OF LIGHT,TEMPERATURE ANO RELATIVE HUMIDITY ON SPORULATION OF
Phytophtho4a paimivo4a (BUTL.) BUTL. IN CACAO PODS
(SUMMARY)
To determine the most favourable conditions for sporulation of Phytophthora pahnivora on cocoa pods an experiment was made in a growth chamber with different light, temperature and hwnidity programs.
Under the controled conditions, it was found that sporulation of .!.'· pahnivora was greatly reduced in the absence of light with the best conditions, being a light regime with a temperature of 25°C, and a relative hwnidity of 80%.
• ••
I
1
TESTES DE GRAUS DE AUTOCOMPATIBILIDADE EM CACAUEIRO (Th~ob~oma eaeao L.)*
G~~alto Adami Ca~letto** Jo~g~ So~ia V.***
Os programas modernos de implantação e renovação de cacauais utilizam hCbridos ou de scendências melhoradas que têm UITl ou dois pais autoincompatÍveis ou, ainda, populações provenientes de pais autocompatíveis.
Os progressos alcançados no conhecimento do controle genéti.co das reações de incompatibilidade permitem planificar e assegurar às novas plantaçÕes a probabilidade de manutenção de UITl bom balanço de polinização cruzada que, no cacaueiro, depende das mesquinhas do gênero Forcipomyia.
A eficie-ncia de polinização aumenta em populações de plantas autocompatÍveis, tanto por efeito de crUzamentos como de autofecundaçÕes efetuadas pela Forcipomyia como por outros agentes polinizadores secundários. Por outro lado, nas áreas onde as populaçÕes de Forcipomyia são <:oscassas, os ntveis de
polinização cruzada são mais baixos e as populações autoincompatíveis resultam menos produtivas pela falta de polinização, 'razão pela qual se recomenda plantar material autocompatível.
Ao tratar de determinar os genÓtipos de incompatibilidade em vários clones de cacau em Costa Rica, Coral (5) observou diferentes graus de autocompatibilidade em clones autocompatíveis, propondo uma teoria genética para explicar o fenômeno. Seu trabalho, contudo, não oferece dados comprobatÓrios da existência de graus de autocompatibilidade nos clones autocompatí'veis capazes de fixar características nas suas descendências e de assegurar nÍveis mais altos de fertilização do material melhorado.
Com o presente trabalho, procurou-se comprovar a existência de graus de autocompati-
x, Recebido par;o publicação em eetembro, 1972, ~Trabalho e><traÍdo da teoe intitulada "E:otudos doo Mecani!IITlOS Determinante. de Grauo
de Autocompatibilidade em Theobroma ~·, apreoentada para obtenção do título de M.S, ao IICA·CTE:l, Turrlalba, Costa Rica,
~~ E:ng~ Agr., M. S., Divisão d" Genética, CE:PE:C, nabuna, Bahla, Brasil, ~** Bng~ Agt,, Ph.D., Departamento de Fitotecnia, !ICA·CTE:l, Turrlalba, Coota Rica.
Revista Theobn>ma, CE:PEC, Itabuna, Brasli, 3(1):26-35, Jan.-rnar. 1973.
26
. ' ~.
(
••
bilidade em clones e a hipÓtese genética proposta por Coral (5).
A existência de cacaueiros autoincompatÍveis e autocompatí'veis foi observada desde 1925 (6). Posteriormente, Pound (lO, 11, 12) confirmou o fato e comprovou que, em alguns casos, o pÓlen de á r v o r e s autoincompatíveis não fecundava outras árvores incomtÍveis.
Cheesman (3) classificou as plantas quanto à sua reação à polinização em: a, Autocompat(veis - há fecundação com pólen de outras árvores autocompatíveis ou autoincompatíveis; b_AutoincompatÍveis - há fecundação cOm pÓlen de outras plantas autoincompatívei.s; e c, Autoincompatíveis- não há fertilização com pÓlen de outros clones autoincompat{veis. Posnette (9) encontrou que a maioria dos clones coletados no Alto Amazonas eram autoincompatíveis e propôs vál"ias hipÓteses para explicar o fenômeno, destacando com o as mais importantes a falha de germinação do tubo polínico no estigma, crescirrlento muito 1 e n to do tubo po!Ínico, falha da singamia dos nÚcleos masculinos e femininos ou a ação de fatores letais depois da singamia.
Knight e Rogers,em 1955(8), ofereceram uma explicação genética da incompatibilidade em cacau com base na ação de uma série de alelos mÚltiplos "S" em UITl só locus comum, com vários graus de dominância e de ação esporofÍtica. Descreveram cinco alelos coin a seguinte ordem de dominância:
27
C ope (4) demonstrou que a reação da incompatibilidade em cacau se localizava no saco embrionário, com a fusão ou não fusão dos Óvulos e os nÚcleos do pÓlen no momento da singamia. Nos clones autoincompatíveis,hávia 25; 50 ou 100% de não fusão, ao passo que nos autocompatíveis havia 100% de fusão. As três proporçÕes de fusão/não fusão encontradas nos clones autoincompatíveis eram diferentes e geneticamente determinadas, sugerindo que o sistema de incompatibilidade em cacau combinava aspectos do controle esporofítico e do gametof{tico. A reação esporofítica acontece antes da formação das tétrades por influência de doi.s pares de genes complementários A(a) e B(b)independentes entre si e dos alelos "5". Estes genes complementários produzem lll7l precursor para a ativação da série de alelos "S" já proposta por Knight e Rogers (8) a que Cape (4) agregam =novo So, A reação gametofítica sucede depois da formação das tétrades e a fusão ou não fusão dos gametas masculinos e femininos dependem unicamente da diferença ou similarid<tde dos alelos "S" em presença da reação esporofÍtica dos genes A/-B/-.
Por oUt~do, a reação de queda da flor é similar para as diferentes proporçÕes de não fusão nas combinações autoincompatíveis, tornando-a indistinguível da reação tÍpica esporofítica de controle no estilo e tubo polÍnico com ação de dominância dos alelos "5", não explicando os casos de aparecimento de plantas autoincompatíveis em cruzamen-
tos de clones autocompat(veis de origem "Criollo". Estes casos são satisfatoriamente explicados com a combinação dos dois sistemas.
Coral (5), em trabalho realizado em Turrialba, Costa Rica, sugeriu que havia graus herdáveis de autocompatibilidade em cacau e propÔs que o caráter era controlado pOr dois pares de genes independentes entre si e dos alelos "S".
MATERIAIS E ~TODOS
O presente trabalho foi realizado no Centro Tropical de Ensetlanza y Investigación del Instituto Interamericano de Ciencias Agrícolas (IICA-CTEI), Turrialba, Costa Rica, com os seguintes c 1 o n e s autocmnpa.t(veis: ICS-1, UF-667 e UF-29, de fórmula genotípica Sff (I, 5).
Utilizaram-se para o estudo dos graus de autocompatibilidade proposto por Coral (5) os métodos de sucesso ou insucesso na singamia, sob o modelo espo:t"ofítico clássico (8), e o de fusão e não fusão de Óvulos (4).
' Para utilização do método de Knight e Rogers (8), foi feito wn
cruzamento dialelo com os clones ICS-1, UF-66? e UF-29, onde se obteve a informação do comportamento dos cultivares quando autofecundados e cruzados.
Foram feitas 15 polinizações por combinação, segundo a técnica proposta por_ Carletto (2), registrando-se o núnrrero de pe-
28
gamentos e abcisÕes 10 dias apÓs, com base nOfl resultados encontrados por Coral (5) em Costa Rica. ConsideJ:"aram-se, na análise estatÍstica de segregação, as proporções teÓricas obtidas das fÓrmulas genotÍpicas propostas por Coral (5) para cada clone. Estes genótipos na realidade podem ser reduzidos às proporções teóricas de segregação de um par de genes, conforme apresentado no Quadro I. As propor-. çÕes foram de 1:3; l:l; 3:1 e 4:0, ou seja, 25; 50; 75 e JOO'l'o de graus de autocmnpatibilidade.
Para estudar se os graus de autocompatibilidade têm alguma relação cmn o fenômeno de iusão de Óvulos proposto por Cape (4). foram coletadas flores, 75 horas depois de autofertilizadas_, dos clones ICS-1, UF-667 e UF-29, par a observação microscÓpica, segundo a técnica citolÓgica recomendada por Johansen (7).
A interpretação dos resultados obedeceu ao seguinte princÍpio: de acordo com Cape (4), todos os clones autocernpatÍveis deveriam apresentar 100% de fusão, ou seja, a proporção teÓrica de 4:0. Por outro lado, consideraram- se também as proporçÕes alternativas de 1 :3; l: I e 3: J, tendo em vista os resultados reportados por Coral (5), segundo os quais, em alguns clones autocompatÍveis, as segregaçÕes de fusão e não fusão dão proporçÕes diferentes.
Para estimar os efeitos puros de tratamentos na análise de x 2, utilizou-se a propriedade de aditividade (13, 14). Calculou-se
'I
' oi
um valor de x 2 total ou de agrupamento de amostras simples, ou seja, o smnatório de valores individuais de cada X2 calculado. O valor de x 2 real foi determinado com base na forma geral das observações dos Óvulos fusionados e não fusionados. Por diferença destes dois valores de x2 anteriormente calculados, estimou-se mn valor de x2 para verificar a homogeneidade da amostra e confiabilidade dos dados.
RESULTADOS
Determinação de graus de autocompatibilidade
Com base na metodologia de Knight e Rogers
Os resultados de pegamentos e abcisÕes advindos da metodologia de Knight e Rogers (8) são apresentados no Quadro l,no qual se incluem também os genótipos de graus de autocompatibilidade, conforme proposto por Coral (5) para os clones e seus lu"bridos, as proporções de fenÓtipos esperados e observados e o x 2 para os dados observados.
Clones
ICS- J - Em autofecundação, depois de transcorridos os 10 dias recmnendados, mostrou l3 pegamentos e duas falhas. Segundo Coral, este clone tem a fÓrmula xxzz e deveria segregar na proporção de 4:0, dando lOOo/o de pegamenta. O x 2 deste resultado
ajusta-se à proporção 4:0, muito embora o resultado não defira também significativamente da proporção de segregação 3: l.
UF-667- O resultado de autofecundação deu lO pegamentos e cinco falhas. Segundo o genÓtipo proposto por Coral, este clone deveria segregar na propor;ão de 3:1. A análise de X não mostra diferença significativa cmn as proporçÕes de 1:1 e 4:0, apesar de se ajustar à proporção 3:1.
UF -29 -A autofecnndação do clone UF-29 deu 10 pegaroentos e cinco falhas. o teste de x2
não mostrou diferença significativa em relação à proporção teórica esperada de 3:1, embora o x2 se ajuste também às proporçÕes de 1: l e 4:0.
Híbridos
ICS-1 x UF-667 - 0 valor de X 2
dos resultados obtidos de três pegd.mentos e 12 falhas não se ajusta à expectação da proporção I: 1, proposta por Coral (5). O x 2 mostra que o cultivar está segregando dentro da proporção teÓrica de 1 :3 ou seja 25% de compatibilidade em cruzamento.
ICS-1 xUF-29- O teste de X 2 dos resultados obtidos deste cruzamento indica que não existe diferença significativa entre a proporção esperada de
Quadro I - Resultados de: genÓtipos, proporçao teÓrica, observada (pegamentos/abcisÕes) e )1
2 •
proporção
;rcl tabelado 1 Gl O, 05% "'3, 84. * lignificativo ao n(vel de O, 05%.
1:1 e os resultados obtidos. Tampouco diferem significativamente das proporções de 3:1 e 4:0, apesar da segregação se ajustar melhor à proporção d-e 3: I.
UF-667 x IGS-1 - A análise do teste de x 2 dos resultados obtidos de 13 pegamentos e duas falhas mostra diferença altamente significativa, indicando que não se está cum.prindo a segregação teórica esperada de 1:1, Por outro lado, não se observa diferença significativa entre as proporções alternativas de 3:1 e 4:0, embora os indivÍduos se ajustam melhor à proporção de 4:0.
30
UF-667 x UF-29 - O teste de x2
dos resultados obtidos de 11 pegamentos e quatro falhas se ajustam à segregação de 3:1. Mesmo assim, o x 2
destes resultados também se ajusta às segregações de 1: I
e 4:0.
UF-29 x IGS-1 - Os resultados do teste de X2 deste cruzamento com sete pegamentos e oito falhas revelam que a segre-. gação dos indivÍduos se ajusta melhor à proporção teÓrica esperada de 1:1. Não há também diferença significativa com a proporção de
1:3.
UF-29 x UF-667 - O teste de x 2
não detectou diferença signi-
~'
ficativa entre a proporção teórica esperada de I: 1 e os resultados obtidos de o i to pegarnentos e sete falhas. Também os resultados não mostrara.u1 diferenças significativas com as proporções de 3:1 e 4:0.
com base na metodologia de Cape
No Quadro 2 estão apresentados os resultados das observações de fusão do nÚCleo polar com um doa nÚcleos do pÓlen dos clones UF-667, UF-29 e ICS-1.
Os dados obtidos com os .,studos citolÓgicos constantes da metodologia de Cape (4) e analisados através do teste X 2, revelam que, nas autofecundações,todos os indivÍduos mostram a proporção de 25o/o de óvulos não fusionados, não segregando na proporção esperada de 4:0, ou seja, 100% de fusão, Desta forma, estes clones, que se riam autoincompatí'veis para C ope (4), na realidade sã o autocompatÍveis, mesmo não dando 100% de pegamento nos testes de pegamento/ abcisão.
Em todos os casos estudados, o valor x 2 encontrado para estimar a homogeneidade da. amostra não alcançou diferença significativa, demonstrando que existe uniformidade nos dados.
DISCUSSÃO
Os ajustes das provas de x 2
às seg:tegaçoes teÓricas de pega-
31
Quadro Z - Resultado do estudo citológico dos clonelil ICS-1, UF-667 e UF-Z9 segundo a metodologia de Cope (4).
F"' Fusão; NF:: Não fusão: T "' Total e "lo F = percentagem de fusão.
mento e não pegamento nas autofecundações e cruzatnentos dos clones ICS-1 e UF-29, indicam
que a proposta de Coral (5) não pode ser rejeitada. Entretanto, surge urna dÚvida sobre a existência dos graus de autocompatibilidade suge:ida, quando se observa que os valores encontrados para o teste de x2 se ajustam também a outras segregações que não a correspondente à do genÓtipo proposto. No caso do clone UF:-667, por exemplo, que, teoricamente, segundo Coral (5), deveria dal' 75o/o de autocompatibilidade em autofecundação e 50o/o em cruzamento com o clone ICS-1, não se observou ajuste a esta expectação. O fato dos resultados encontl'ados se ajustarem a outl'as proporções indica que os genÓtipos propostos para explicar graus de autocompatibilidade não são corretos.
As· observaçÕes mencionadas anteriormente opÕem-se à hlpóte se da existência de graus de autocompatibilidade e de um possível controle genético, sugerindo que as diferenças da autocompatibilidade observadas nos clones sejam devidas a fatores fisiológicos ou mol"iolÓgicos dos Órgãos florais e à eficiência na mecâníca das polinizações,
Por outro lado, é possÍvel que o tamanho da amostl'a esteja influenciando os resultados, urna vez que os valores encontl'ados para o teste de X 2 tomant vál'ias tendências, fato também observado no tl'abalho de Coral (5 ).
Tendo em vista a falta de informação anteriol' sobre o problema, é conveniente fazer um estudo sobl'e o tamanho da amos-
3Z
tra que se dev~ considerar para trabalhos desta natureza a fim de se poder obtel' resultados mais claros e que permitam til'al' conclusÕes mais acertadas,
Os resultados deste trabalho confirmam a teoria de Knight e Rogers (8) e indicam que Sff é l'ealmente o genÓtipo de todos os clones autocompatíveis,
Foi usado também o método ·de Cape (4) com o fim de buscar outra explicação dos possÍveis graus de autocompatibilidade, com base em mais uma informação proporcionada por Coral (5), Este autor encontrou uma gl'ande variação de proporçÕes de fusão e não fusão dos nÚcleos polares de Óvulos com o nÚcleo genel'ativo de pÓleu dos clones ICS-1 e UF-667, quando analisou as incompatibilidades por este método (4). De acordo com Cape (4), os clones autocompatÍveis devel'iam dar J00o/o de fusão, mas os resultados encontrados para os clones UF-667, UF-Z9 e ICS-1 mostram que nenhum deles apresenta 100o/o de fusão, nem mesmo o Último citado, que foi por ele estudado, Estes dois clones tiveram Z5o/o de Óvulos não fusionados, o que tampouco ajuda a explicar qualquel' diferença em graus de autocompatibilidade,
' Os números de fusão e não fusão de óvulos encontl'ados neste trabalho para os clones autocompatíveis ICS-1 e UF-667 confirmam o reportado por C oral (5), de que a explicação de lOOo/o de fusão, para se considerar urna planta autocompatível, proposta
"t
por Cape (4), nao se está cumprindo. As causas das diferenças entre os resultados reportados deveria.zn continuar sendo estudados, utilizando pÓssivelmente os mesnJOS clones que Cape, em diíerentes locais e épocas do auo. A teoria de Cape (4) é completa e bem documentada, pelo que se justificam novos esfol:"ços para compl'ová-la com clones de outras origens.
CONCLUSÕES
], Não se encontrou cornpr<wação genética para a proposta d" Coral da existência de gratHI de autocompatibilidad" em T. caca o.
Z. O fenÔmeno de autocompatibilidade é melhor explícado pelo método de Knight e Rogers e não se ajusta ao método proposto por Cape.
LITERATURA CITADA
I, AREVALO, A., CARLETTO, G. A. y OCAMPO, F. DeterminaciÓn de los genotipos de incompatibilidad Ó compatibilidad en varias clones de cacao. Revista Theobroma (Brasil) 2(Z): 33-38. 1972.
2, CARLETTO, G,M. A polinização controlada na flor do cacaueiro. Bahia, Brasil. Instituto de Cacau. Boletim Técnico n'? 6. 1946. pp. 5-30.
3. CHEESMAN, E. E. The botanical programme of 1937. ~ Imperial College of Tropical Agriculture. Annual Report on Cacao Research 7:1-2. 1938.
4. COPE, F. W. The mechanism of pollen incompatibility in Theo~ ~L. Heredity 17:157-182. l96Z.
5, CORAL, F.J. Estudo comparativo das teorias sobre o controle genético das incompatibilidades do cacaueiro (T h e o b r om a cacao). Tesis Mg. Se, Tul'rialba, Costa Rica, Instituto Inte"rãmericano de Ciências AgrÍcolas, 1970. 5 J p.
6. HARLAND, S. S, Some botanical pl:"oblems of cacao, Tl'opical Agriculturist (Ceylon) 64(4):Z89-Z9l. l9Z5.
7, JOHANSEN, D, A. Pla'llt microtechnique. London, McGraw-Hill, 1940, 132 p.
8. KNIGHT, R. and ROGERS, H. H. cacao. Heredity 9(1):69-77.
Incompatibility 1955.
in Theobroma
9. POSNETTE, A.F. Incompatibility aud pollination in cacao. Imperial College of Tropical Agl'iculture (Trinidad). Annual Report on Cacao Research 7:19-20. 1938,
10, POUND, J.F. Studies of fl'uitfulness in cacao. II. Evidence for partia! sterility. ~E Imperial College of Tropical Agricultul'e. Annual Report on Cacao Research l:Zl-Z8. 1932.
33
11. POUND, J.F. Certain barren types of cacao. In Imperial College of Tropical Agriculture, Annual Report o-;;_ cacao Research 4:11-15, 1935.
12. ---,.= Studies of fruitfulneas in cacao, compatibility and its implications. In Tropical Agriculture, Annual Report 4:17-19. 1935,
V. Conditional self Imperial College of on Cacao Research
13. STEEL, R. G. D. and TORRIE, J.H. Principies and procedures of statistics, New York, McGraw-Hill, 1960. 481 p.
14. STRICKBERGER, M. W, Genetics. New York, MacMillan, 1968. 868 p.
RESUMO
A presente investigação tem COlno finalidade comprovar a proposta de Coral da existência de graus de autocompatibilidade em cacaueiro e, ao mesmo tempo, determinar se o fenômeno está regulado pelos mecanismos genéticos de herança.
Para estudar os graus de autocompatibilidade, tomou-se como base os métodos de Knight e Rogers, de pegamento e abcisÕes de flores, e o de Cape, de fusão e não fusão de Óvulos.
Os resultados de pegamentos e abcisÕes forrun conseguidos através de um cruzamento dialelo entre os clones ICS-1, UF-667 e UF-29. A análise estatí~tic~---;t~a-;.f~do teste de X2 revelou que as segregações em autofecundaçÕes se ajustam à proposta de Coral, quando, porém, observados os resultados dos cruzamentos recÍprocos, não se ençontrou, em alguns casos, ajuste à expeçtação teÓrica.
Além disto, os resultados da maioria das combinaçÕes ajustaram-se também a outras segregaçÕes. Observou-se ainda que o tamanho da runoptra foi pequeno e pode estar influenciando os resultados. De acordo com as tendências observadas para os valores de x 2 , não se encontrou evidência para a proposta de Coral de graus de autocompatibilidade. Todos os clones estudados são autocompatíveis e esta condição é melhor explicada pelo método de Knight e Rogers e não pelo de Cope,
Quando se analisou os dados de fusão e nao fusão de Óvulos para testar o funcionamento da teoria de Cape, encontrou-se que os três clones não se ajustavam à expectação teÓrica de IOOo/o de fusão e sim à proporção de 3:1 ou seja 25% de Óvulos não fusionados, resultado que também não oferece condições para explicar graus de autocompatibilidade,
34
,~ .. ,
MECHANISMS WHICH DETERMINE THE DEGREE OF SELFCOMPATIBILITY OF Theob4oma eaeao L.
(SUMMARY}
The main purpose of the study was to check a hypothesis concerning degrees of selfcompatibility in cocoa, as proposed by Coral, and at the same time to determine whether this phenomenon is regulated by the genetic mechanism of heredity,
In arder to study the degrees of selfcompatibility, the studies of Knight and Rogers on the setting and absci.ssion of flowers and that of Cape on the fusion and non-fusion of ovules, were used as the base. In addition, a cytological study was carried out on the chromosome pairing in the formation of pollen and its normality in order to know its behavior in relation with the proposal.
The resulta of the settings and abscissions were obtained through a diallelic cross between clones ICS~l, UF-667 and UF-29. The statistical analysis through the x 2 test showed that the segregations selfing adjusted to Coral's proposal, however, when the results of the reciproca! crossings were observed, an adjustment to the theoretical expectation was found in some cases, Besides this, the results of the majority of the <::ombination also adjusted to the other segregations, It was also observed that the size of the sample was small and could be influencing the :results. Accordi.ng to the tendencies for the x 2
values, no evidence was found for Coral' a proposal on the degrees of selfcompatibility. All the clones studied were selfcompatible and this condition was better explained by Knight and Roger's method than by Cope's.
When the data on the fusion and non~fusion of the ovules was analysed in order to prove Cope's theory, it was found out that all three clones did not adjust to the theoretical expectation of lOOo/0 fu~
sion and that they did adjust to the 3: l proportion, that is, 25% of the ovules did not fusion, thus not offering conditions to explain the degrees of self<::ompatibility.
•••
35
NEMATODES OF THE COCOA REGION OF BAHIA, BRAZIL I - PLANT-PARASITIC AND FREE-LIVING NEMATODES
ASSOCIATED WITH RUBBER (Hevea b~aói!ien&ió MUELL, ARG)*
Ravi Va~t Sha4ma** Piete~ Aa~t Albe~tu& Loo6***
R u b b e r production is increasing in Brazil, and tbe trend is likely to continue in the forseable future. Hevea brasiliensis Mliell. -Arg,, known as Para rubber, was first collected from the Amazon Ba sin and na m e d after the Para District of Brazil. It is grown at lower altitudes and is known as low land type tree, As little infonnation is available at present it is considered useful to review the nematological works and observations carried out in Nigeria (1) and in Brazil (4).
Rubber ill susceptible to diseases and ins~cts, where as the role of plant-pãrasitic nematodes is still unknown. Therefore the main object of this investigation was to determine the occurrence and distribution of plant-parasitic and free-living nematodes associated with r u b b e r in Bahia, Brazil.
MATERIALS ANO METHODS
In May, 1971, the first general survey of nematodes wa s started to determine the genera of known and possible plant-parasitic nematodes besides freeliving nematodes present in different crops, including rubber in the Cocoa Region of the State of Bahia. Data on the distribution of plant-parasitic nematodes according to host, soil texture and geographic axea was xecorded in order to study the nematode problem.
F o r economic reasons the survey was limited to sites where trees showed poor growth o r declining symptoms. Sampling sites, soil type, number of sa.mples collected from the rhb:osphere of rubber nursery plants and trees are listed in Table 1, About 1. 5 kg of soil and 100 g of f e e de r roots were collected in
* Recelved for public&tion in September, 197l. "* B.Sc. (Ag), M.Sc., D.Sc., Divieion of Etttomology, CEPEC, ltabuna., Bahia, Braell.
*"* Du. Nematologt.t, ~ndbouwhogeechool, Wageningen, The Netherland•,
Revi•ta Theobroma. CEPEC, ltabuna, Bra.il, 3(1):36-41. Jan.-rnar. 1973.
-
•
,..
Table 1 - Sa.mpling sites, soil type and nwnber of samples collected from the rhizosphere of rubber nursery planta and trees in Coco<>. Region of Bahia, Brazil.
plastic bags using a spade to dig from 5 to 6 spots up to 40 em depth within a radius of 150 em and 40 em from tree trunk and nursery plants respectively.
Individual samples were thoroughly mixed together, and 100 g were removed for the purpose of nematode recovery. A modified decantation cotton wool filter technique (2) was used for recovery involving the use of sieves with pore sizes of 1000 Jl,
105 \l and a staple of three sieves of 44\l each mesh prior to nematode cotton wool filters. The holdback of 1000 \l sieve gave the f in e r roots free from organic matter which were then placed in Petri dishes and shredded carefully with stout steel needles under the dissecting microscope in order to locate the position of nematodes in the tissues. The holdback of 105 \l sieve was passed througb nylon sereens of 125 \l
placed in Petri dishes containing
37
20 ml of tap water in order to collect larger nematodes. The filtrate of 105 \l sieve was mixed with the holdback of 44 \l sieves and afterwards passed tbrough double cotton wool filters.
T h e nernatode suspensions were collected from the extraction trays and Petri dishes after 24 hours, mixed together, and made up to 100 ml. Later on nematode populations were determined and analysed up to generic levei using stereoscopic microscape. The nematodes were killed and fixed in 5o/o formalin and permanent mounts were prepared in pure glycerin (3).
RESULTS ANO DISCUSSION
Assessment of economic leveis of crop injury lay outside the scope of the present survey. The syrnptoms of the diseased rubber plants and the associated nematodes up to generic leve! were reported earlier (4). The plant-
parasitic and free-living nematodes found are Iisted in Tables Z and 3. Plant-parasitic nematodes oi the genera Xiphinema and ~ ratrichodorus, some species of which are vir'l.ls vectors, were particularly numerous in the nursery at Itabuna. All the nine
8amples collected írom the nurse r i e s contained plant-parasitic and free-living nematodes (Tables 2 and 3),
In established plantations at Terra Nova Estate, Una,the trees with dieback syrnptoms were associated with identified nematode of the genus Paratylenchus, The comparatively healthy tree was totally free from nematodes, In Mocambo Estate, Uruçuca, nine nematodes genera of plant-parasitic form s were encountered both from healthy and diseased trees (Table 2). High populations of Macroposthonia onoensis with 51 specimens per 100 ml of soil were recovered frmn a healthy tree 'and was absent in the diseased tree, Xiphinema larvae, Longidoridae larvae and Criconematidae male were present in the samples from healthy trees,
In Agrisma F;.state, Ituberá, a sample collected from the rhizosphere of a declining tree with yellowing of foliage and progressiva dieback symptoms contained four nematode genera of plantparasitic forms yiz: Dolichodorus sp., Trichodorus c f. monohfstera, Discocriconemella limi~. Paratylenchus brachyurus and 15 free-li.ving forma (Table 3). From Boa Vista Estate, Uruçuca, a single sample from a healthy tree growing among di se as e d trees contained seven plant-pa-
38
Table 2- Plant-parasitic nematodes associated with the r o o t s of Para rubber (.H. braailiensia Mtlell. Arg.) in Bahia, Brazil.
(*) % in the .amples.
rasitic forms, one suapected plant~paraaite (Table Z) and 19 free-living forma (Table 3). The
•
Table 3 - Free-living nematodes associated with roota of nursery planta and mature Para rubber trees (~ brasi~ Mllell. Arg.) in Bahia, Brazil.
plant~parasitic forme were Aphelenchoides sp., Basiria ap., Rotylenchulua reniformis, Helicotylenchua sp., H. dihyatera, Xiphinema sp. (larva), Discocriconemella cf. limitanea and the suspected plant-parasitea waa Aphe~ Ienchus~.
Praty!enchus brachyurus, Rotylenchulus reniformia, Paratri-
39
chodorus ~· Xiphinema ~ colurn, X. vulgare, X. denoudeni, Helicotylenchus sp. ,-Meloidogyne ap,, and Pailenchus cf. hilarulua from nuraery plants and the nematodes mentioned in Table 2 under the sub-heading, "In established plantations", are recorded as aaaociated with rubber for the first time in BraZil. Discocriconemella limitanea, Dolichodorus
sp., Helicotylenchus pse.udorobustus, Huntaphelenchoides sp., Macroposthonia ono:)ensis, M. coomansi, Paratylenchus sp., Trichodorus cf. monohystera,.IY: lenchus sp., Aphelenchoides sp., and Basiria sp., associated with mature rubber trees are recorded for the first time, The following nematodes, Scutellonema sp., Tylenchorhynchus sp., Hoplolaimus pararabustus, and severa! species of Xiphinema recorded from Nigeria by Caveness
( 1) were not yet encountered in this survey.
The nematodes recorded in Table 3 are reported for the first time frcnn rubber nursery plants and mature trees. The large num b e r of nematodes isolated from very small quantities of soil as well as the different forms of nematodes present, indicate that a study on the economic ituportance of nematodes on rubber is needed.
LITERATURE ClTED
1. CAVENESS, F. E. Nematology studies 1960-1965. Lagos, Nigeria, Ministry of Agricultura and Natural Resources, Western Region, Nigeria and U.S.A.I.D. Project 620.11.110,050, (Revised edition). 1967. 135 p.
2. OOSTENBRINK, M. Estimating nematode populations by some selectedmethods, In Sasser, J, N. and Jenkins, W. R. Nematology. ChapeCHill, University of North Carolina Presa, 1960. pp, 85-102.
3, SEINHORST, J. W, Killing nematodes for taxonomic study with hot f.a. 4:1. Nematologica 12(1):178, 1966,
4, SHÀRMA, R. D. Nematodes associated with cacao and rubber in Bahia, Revista Theobroma (Brazil) 1(3):43-45, 1971.
SUMMARY
A taxonomic survey of nematodes associated with Hevea brasiliensis Mfiell, Arg. in Bahia, Brazil, was conducted íro~y~ till May, .l972. sp.,
40
•
mentioned above, a total of 36 genera and 54 species of free-living nematodes of which 19 genera and 25 species were from the nursery plants and 28 genera and 40 species fr= mature trees are recorded for the first time.
NEMATÔDIOS DA REGIÃO CACAUEIRA DA BAHIA, BRASIL. I - NEMAT0DIOS PARASITOS E NÃO PARASITOS
ASSOCIADOS COM A SERINGUEIRA (Hevea b4a4~tle~4~4 MUELL. ARG.)
(RESUMO)
Um levantamento taxonômico de nematÓdios aseociados com a seringueira (Hevea brasiliensis Mfiell. Arg.) na Bahia, Brasil, foi realizado entre maio de 1971 e maio de 1972. Dolichodorus sp., Huntaphelenchoides sp., Meloidogyne sp., Pratylenchus brachyurus, Rotylenchulus reniforrnis, Psilenchus cf. hilarulus, Paratrichodorus minar, Tylenchus sp., Xiphinema ifacolum, X. vulgare, X. denoudeni forazn isolados de p1ântulas enviveiradas e APhelenchoides sp., Basiria sp., Discocriconemella limitanea, Dolichodorus sp., Helicotylenchus pseudorobustus, Huntaphelenchoides sp., Macroposthonia onoensis, M. coomansi, Paratylenchus sp., Tl'ichodoru~ c f. rnonohystera, Tylenchus sp. e Xiphinema sp., de plantas adultas no campo. Além dos nematÓdios parasitos mencionados acima, um total de 36 gêneros e 54 espécies de nematÓdios não parasitos -dos quais 19 gêneros e 25 espécies, foram isolados de plântulas enviveiradas e 28 gêneros e 40 espécies, de árvores adultas - são registrados pela primeira vez.
• ••
NOTA
•
NOVA PRAGA DO CACAUEIRO NO BRASIL • !In&ee~a. Cotecpte.4a, Cu~eulionidae.)
Pe.dJtLto s.u.va.*"' Antônio da. Silva. Co~ta.***
Em fevereiro de 1972, no jardim clonal de cacau do Serviço Experimental em Belém, Pará (Acordo de Colaboração Técnica CEPLAC/MA), foram observados ~érios estragos em folhas de cacaueiro (Theobroma cacao L.), causados por adultos de um coleÓptero,
Trata-se de um coleÓptero da famfiia dos Curculionidae, subfamflia Brachyderinae, tribo Naupactini. A espécie foi enquadrada no genero Plectrophorus, segundo a chave de identificação apresentada por Lacordaire (2). Atuahnente, este gênero abrange oito espécies com a seguinte distribuição geográfica na Região NeotrÓpica, segundo Blackwelder (l): .!:'· acuminatus Chevrolat, P. albitarsis Chevrolat, P. bifasciatus Chevrolat e P. unicolor Che;-rolat, na ColÔmbia; P. humeralis Chevrolat e P. quadrimaculatus Chevrolat, no Brasil; P, impressicollis Chevrolat e!:· lutra Dahnan, na Guiana Francesa.
Embora o inseto tenha sido, a prmcfpio, classificado tentativamente como!:'· lutra Dalman, exames posteriores revelaram que a sua descrição não coincide com a de qualquer uma das oito espécies conhecidas. Descrição feita posteriormente pelo Dr. E. Voss (Alemanha} revelou pertencer ele a uma nova espécie que passoU a ser denominada Plectrophorus incertus n. sp.
Este é o primeiro registro de uma espécie do referido gênero observada como nociva a uma planta cultivada - no presente caso, 0
cacaueiro- admitindo-se que as outras espécies possam vir a atacar esta planta na região llmazÔnica.
*Recebido ~ra publicaçio em junho, 1912. H Eng? Agr., F. R. E. S., Divisio de Enlomologla, CEPEC, Itabuna, Bahia, Brlull.
*** Eng9 Agr., Serviço Expt!rimental @J11 Belém, Acordo de Colaboraçio Técnica CEPLAC/ MA, Belém, Pará, Bra•il.
Revi•ta Theobroma. CEPEC, !tabu'"", Bra&ll, 3(1):42-43. Jan.-rnar. 1973.
42
j
I
\1
--------
LITERATURA CITADA
1. BLACKWELDER, R. E. Checklist of the Coleopterous insects of Mexico, Central Ame rica, The West Indies and South America. Part 5, Washington DC, Smithsonian Institution, United States National Musewn, Bulletin 185. pp. 765-925. 1946.
2. LACORDAIRE, T. Curculionides. In Histoire natureUe des insects: Genera des Coleopteres-:' Tome 6, 637 p. 1863.
A NEW PEST OF COCOA IN BRAZIL (ln4ecta, Coleopte~a. c~~c~lionidae)
Serious leaf damage by weevila was observed in February 1972 in the clonal gardens belonging to the joint research program of the Instituto de Pesquisas Agropecuárias do Norte (IPEAN) and CEPLAC in Belém in the State of Pará,
The weevil was identified as a member of the family Curculionidae, subfamily Brachyderinae, tribe Naupactini. The species was placed under the genus Plectrophorus from the identification key by Lacordaire (2).
This genus includes eight species, which according to Blackwelder (I) have the following geographic distribution: P. acuminatus Chevrolat, P. albitarsis Chevrolat, P. bifasciatus Che-;rolat and p un~color chevrolat, in Colombia; !:· humeralis Chevrolat and ~- qu'ã~ drunaculatus Chevrolat, in Brazil; !'· impressicollis Chevrolat, and P. lutra Dalman, in F rene h Guiana.
Although the weevil was at first identified as P. lutra Dalman, further exa.mination of the specimens did not corr;-spond to the descriptions of any of the eight species already known. It was fina.lly identified as a new species by Dr. E. Voss (Gennany), being called Pk:ctrophorus incertus n, sp.
It is the first record of a member of Plectophorus a.ttacking a cultivated plant, in this case cocoa, and it is suggested that others members of the same genus are likely to become pests of this crop in the Anlazonian Region.
• ••
43
~----
INFORMAÇ!o AOS COLABO~RES
Os con..;.eitoa e opiniÕes, emitidos no~ artigos, sâo da excl•lsiva Tesponl'abiiidade dos autores. São aceitos para publicl'Ção trabalhos que se constituam em real contrihlllÇãopara um melhor conhecimento dos t<'mas relacionados com probl";mas agronômicos e sÓcio-econÔmicos de áreas cacalleiras.
Os artigos devem ser datilografados em espaço duplo, com o máximo de 2.500 palavras ou lO íÔlha~ tamanho carU. (28,0 >< 21,5 em), em uma sÓ face e com margen6 de :>em por todos os 1;.<\oa. Os originais devem ser acompanha.dos de duas cÓpias perfeitamente legÍveis.
Desenh<>S e gráíic<>s devem ser feitos com tinta nankin e não ultrapassa!" a medida de l$,0 ><:ZO,O em; as fotog~aíias devem te-. \5,0 :o: ;>.3,0 <em, empap..t r<>tográrico brilhante com bom contraste. As ilustrações devem ser numeradas e com legendas escritas à máquina, em papel separado. Recomenda-se não dobrá-Ias para evitar dificuldades· na rept-Odução.
As referências no texto devem ser feitas pelo nome do autor, acompanhado do número de ordem da citação bibliográfica. Ex.: MedeiroG (5), ou simplesmente (5). A ttLiteratura Citada" deve ser organi~ada por ordem alfabética dos autores, com nÚrnet-o de ordem, usando-se o seguinte siste~na:
5. MEDEIROS, A.G. Método para estimular a esporulaçâo do Phytophtho~ palmivor,.(Butl.)BilH. em ptaca<" de f'etri. Phyton Zl(l ):13- 11. 1965.
O resumo não deve exceder meia página d<ttilografa"da, sendo acompanhado de versão em inglês. São aceitos artigoa em português, espanhol, inglês e francêr.
INFORMAT!ON FOR CONTRIBUTORS
Concapts and opinions given in articles are the e::<clusive responsibility of the autho:rs. Only artides ccmcerned with agronornic and social-economi-c problems of cocoa growing areas, which repre~ent a new contribution to the subject, will be acce>'ted for pu.bhcatio"·
Articies should be typed in double Sp«cing With a rnaximum oí Z,SOO words o r I O letter sized pages (2$. O ::< 21. 5 em) with a 3 em m"rgin on ali sides, together with two legible copies.
Drawings and graphs should be prepared with India ink not e,.:ceeding 18. O JC ZO. O em; photographs should l>e 15. O::< 23. O em glossy prh>ts with good cont:raat. Illust:rations must be numbered, with the machine typed subtitles on sepat-ate paper. To avoid ~eproduction dl-iliculties it is recommended that enclo$ures should not be folded.
Te>:f re[e!"ences should appear with th<! name oí the author and/or the crder number in th.e literatute citati<rtl. The "l..ite~ature Cited" should be numbe.red in alphabetical order employíng the following system:
5, MEDEIROS, A. G. Método para estimular a esporulação do Phytoph!~ palmivora (Butl.) Butl. em plac«s de Petri. Phyton 22(1 ): 73-77. 1965.
Articles are accepted in Portuguese, Spani~b, English, aod Ft-ench,
44
REVIS1 A THEOBROMA
Abdl- Jullho 1973 Ano UI N? 2
Publicação trimestral dedicad;> à divulgação de investigação científica rel~c~onada com problemas agronomt~os e sõdo-econômieos de areas cacaueiras. Editada pelo Centro de Peaqulsas d<> Ca<:a11 (CEPEC), Departa.nent<> da Coll\issiio Executiva do Plano de Recuperação EconônúcoRural da Lavoura Cacaueira (CEPLAC).
COMISSÃO EDITORIAL
Alvim, Paulo de T. Cruz, Luiz C. Sa)es, José C. de Vello, Fernando
AsSESSORES CIENTÍFICOS
Aitken, William M. Alencar, Maria H. Cabala R., F. Percy Carletto, Ger,.ido A. Desslmoni Pint<>, C.M. Ghosh, Biswa N. lgue, Kozen Loureiro, Edmar S. Maravalhas, Nelson MMiano, Antonio HMedeiroS, Arnaldo G. P~;reira, Clóvis P. Rocha, Hermínio M. Silva, Lniz F. da Silva, Pedrito Vasconcelos Filho, A.P. Ventocilla, José A.
Endereço para corresponclência (Address for correspond· ence):
Revisttt Theobroma Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC). Caixa Postal 7 45.600 - Itabnna- Bahia
Brasil
Tiragem 3.000 exeurplares
CONTEt1DO
1. Armadilha automálica de suct;íio no es~udo de microdípteros associados ao cacauetro e ao cacau armazenado. f. A. tl'inder, G.V. dos Santos e P. Silva.
1'1\e study of Mict:odÍ\Itera in cacao planta• tions and warehouses usillg an insect sue· tion trap. {Summaty) p.l2.
2. Algunos fuclores de/ sue/o asociados. con la pror!uCtividad Jd cacaotero en Ba~ui, Brasil. A. Cadimil z. e P. de T. Alv•m.
Soil factors affecting root gt<>Wth and y>ekl of cocoa in Bahia, Brazil. (Summary) p. 26.
). Coutrole químico dos inutos filôjagos do ca· caueiro na Bahia~ Espírito Sawto. J. M.
Abreu e G. E. Smith.
Chemical control of the cocoa !eaf-fceding insects in Bahia and Esplrito Santo. (Summary). p. 32.
4. Çolletotrichum' ~{a:.§ associaled wilh co· coa in BaMa. Brazil. A. R4m, C. Ram e /1.
M. Rocha._ ..
Colletotriclmm crassives associado com mur· cha do cacaueiro na Bahia, Brasil. (Reswno). p. 40.
5. L<:>cuis ,U c~leta e distribtJiçlio de ~t!J!.: !!D!M (Diptera, Ceratopogonidae) rdaciorM· -das com a flor4çiio r frutificaçii~ do ca· caaeiro na Babia. Brasil. S. de}. 5ori<> •. -..
Col)ecting sites and disttil>utioo of F<><c.ioo· !.1)Y@ spp. midges (Diptera, Cerato~ogomdae) related to f\o"'eti.n$ and pod setllng of cacao in Bahia, Brazil. (Sum,nary). p. 48.
NOTAS
1/uminaçlio de m~saicos ~"- rddar ,a prep~raçiia de um mapa lopograf;co,/Jma a r~g<an ca· caueira da Bahia. J. de O. Lâte.
Rsdar jmsgery ilumination in the prepsr>otion of a base map for the o;:ocoa region of Bahia, Brazil. p. 54.
"Ncnica simples p~rr~ is>:>/011 MicmcydKs uld (P. 1/Etln.) u. Arx1 fungo responsávd pela •qudma sul-americana" das folha5 da se· ringueira. A. G. Medeiros..
A simple technique to isolate 11\jcrocyclus !!ki (P. Henn.) v. Arx the causal agent of south americ"n rubber \eaf bl\ght. p. SS,
"
I
r '
ARMADILHA AUTOMÁTICA DE SUCÇÃO NO ESTUDO DE MICROD!PTEROS
ASSOCIADOS AO CACAUEIRO E AO CACAU ARMAZENADO*
Joh~ Anthony WindeA** Guy ValéAio do~ Santoh*** PedAito Silva****
O conhecimento do comportamento de um animal constitui mn parâmetro para determinar a sua posição no ecossistema onde vive (14), Da[ a necessidade da coleta de dados exatos de suas atividades diária e estaciona], antes de ser iniciado um estudo populacional e elaborada uma tabela etária para as espécies consideradas, No campo econÔmico, estes dados são importantes para os programas de controle quÍmico e/ou biolÓgico de pragas (8).
Os mais variados equipamentos têm sido usados para coleta, amostragem e análise das populaçÕes animais (1, 7, 14) e, dentre eles, as armadilhas de sucção constituem dispositivos importantes para a amostragem das populações aéreas de insetos (6).
No presente trabalho, são apresentados os resultados preliminares do uso de um dos tipos de armadilha automática de sue-
* Recebido para publicação em julho, 1972.
çao, operada em cacauais frut(feros e em armazéns de cacau, visando ao estudo de microd(p
teros.
MATERIAL E ~TODO
Os ensaios foram realizados em setembro/outubro de 1969, em cinco locais da região cacaueira da Bahia, sendo dois em cacauais produtivos do CEPEC (CEPEC 1 e 21 um em cacaual também produtivo das Fazendas Mucambo, em Uruçuca, e mais dois em diferentes at"mazéns de cacau também do CEPEC - Al'"mazéns n'? 1 (gl'"ande e relativamente abet"to) e 2 (pequeno e provido de equipamento contl'"oladol'" de temperatul'"a e umidade do ambiente). Tanto os cacaueil'"OS como o seu produto c a c a u et"am da val'"iedade Comum.
Nos ensaios, foi usada uma al'"madilha automática de sucção
** B.A. (Oxon), Divisão de Entomologia, CEPEC. *** Técnico de Laboratório, Divisão de Entomologia, CEPEC.
**** F.R.E.S., Divisão de Entomologia, CEPEC.
Revista Theobroma. CEPEC, l!abuna, Brasil, 3(2) 3 ·12. Abr.- jun. 1973.
3
"Johnson & Taylor", que consiste etn urn venti.ladot:" com 30,5 em de diâmetro colocado sobre um cone invertido (Figura l ), que aspira 900, OO:J litros de ar/hora em velocidade normal (3, 4, 5), Os insetos são aspirados, para uma câmara de tela e depositados em u:m cilindro, também de tela, colocado no vértice do cone, A coleta é separada em discos que caem através de um eixo central para uma câmara, a intervalos reguláveis por um mecanismo automático operado eletricamente, Os discos são usualmente cobertos com piret-ro, que age rapidamente e mata os insetos sugados. No presente trabalho, foi usado Dieldrin, uma vez
que não se dispunha de piretNl,e as amostras foram separada" a intervalas,de 60 minutos, durante 24 haras consecutivas,
RESULTADOS
Ensaios de campo
Composição das coletas
Nos cacauais, os d(pteros constituirarn a maioria da coleta total- 96,5% e 79,5% no CEPEC e 81, 1% na~:~ Fazendas Mucambo (Quad-ro l)- e gera.lmente a maioria dos insetos coletados em qualquer ocasião durante as 24 horas de operação (Figura 2).
Figura I- Armadilha automática de sucçao "Johnson & Taylor", ope'!'ada em um cacaual do CEPEC.
4
,...
Quadro I -
• " w
" • c
<00
•o
•o
'o 00
o:rdens de insetos coletadas em cacauaie safreiros e armazéns de cacau, situados em diferentes localidades da
região cacaucira da Bahia.
'
' 'i" _ _j,
' ' i/\
'v,
'
~~~
" j
--CEPEC
---- CEPEC 2
- -- FAZE!'!OD.S MUCAMBO
' " HORAS 00 OIA
\!
'
" Ffgura 2 _ Distribuição de díptel'os coletada em· cacauais fruttferos
em difel'entes horas do dia, ero três diferentes localidades
da l'egião cacaueil:a baiana,
5
Em sll'guida, por ordenl de importa~nci.a nun1érica, eviden~·iaranl-se os homópteros, himenÓpteros e l~pidÓpteros perfazt>ndo os quatro grupos, inclusive os dÍpteros, mais de 94% da coleta total em todos os casos. Os outros grupos - hem(pteros, co}eópt<.'ros, tisanópteros, psocÓph'ros, dictiÓpteros (Blattidae) etc - comportaram-se como voadores into>rtnitentes e raramente foram coletados,
Entre os d(pteros, os Cecidomyiidae e Psychodidae constituíram mais de 60% nos três locais de coleta (Quadro 2). As outras farnÚias - Culicidae, Phoridae, Ceratopogonidae, MycetophiIidae, Drosophilidae e C:\:lironomidae - constituíram porcentagem mÍnima e variável em cada caso. Deve ser enfatizado que o sombreamento pela Ei'ythrina glauca e cacaueiros, concorre para a manutenção de criadouros sem-
pre Úmidos - cascas podres de_ fruto de cacaueiro, manto de folhas em de~omposição no solo, musgos vegetando nos troncos de árvores, pseudocaules e brácteas de bananeira e terrarium de bromeliáceas - onde usualmente se desenvolvem as larvas destas famflias (17).
Periodicidade de vôo
O vôo dos insetos é periÓdico e usualmente tem lugar somente durante parte das 24 horas, sendo a palavra "diurno" usada para descrever a periodicidade abrangendo o ciclo de 24 horas (6).
A curva de periodicidade de vôo para os dÍpteros (Figura 2) mostrou um aumento entre as 5 e 6 horas da manhã, provavelmente em conseqtlência do aumento de intensidade de luz, um dos prin-
Quadro 2 - FamÍlias de dÍpteros coletados em três diferentes cacauais na região cacaueira da Bahia,
6
I.
r
cipais fatores cíclicos do _ambiente que influenciam o voo dos
insetos,
os Cecidomyiidae e Psychodidae mostraram uma atividade geral diurna, enquanto os Culic~dae exibiram uma curva especLfica de periodicidade. Os Phoridae mostraram wn padrão de vôo unimodal, mais ativo entre as 8 e I6horas,enquanto que osMycetophilidae apresentaram urna curva de vôo vagamente bimodal {Figu
ra 3),
Enquanto quase todos os representantes das famÍlias de dÍpteros voam à luz do dia, um contraste interessante foi apresentado pelos homÓpteros (heterÓpteros) que exibiram urna curva caracteristicamente bimodal, com os picos ao amanhecer e ao entardecer, sendo este Último o maior (Figura 3). Esta atividade pode ser da mesma ou de duas populaçÕes diferentes.
Ensaios em armazém
composição das coletas
O ambiente artificial e simplificado do armazém n'? 2 produziu um decréscimo marcante na diversidade de espécies coletadas (Quadro 1). Mais de 56% do total coletado eram lepidÓpteros, dos quais a mariposa Ephestia {Cadra) cautella (Walker)- cuJ;llarva ataca o cacat'. armazenado - constituiu o principal com-ponente. Intimamente ligado a este fato, houve um aumento na população de himenÓpteros, particularmente do braconÍdeo Mi-
7
crobracon hebetor (Say), parasita da larva desta espécie de mariposa (12).
Estas duas espécies, em conjunto, constituíram mais de 68% da coleta total em ambos os casos. Qs dÍpteros, menos de 25o/0 da coleta total, mostraram um aumento relativo em nÚmero de representantes de Drosophilidae e Phoridae, comparado com as coletas de campo.
Periodicidade de vôo
A atividade crepuscular dos lepidÓpteros mostrou aumento acentuado de vôo entre J6e 17 horas, fato que também foi verificado no campo onde, além de IepidÓpteros, foram observadas várias espécies, apresentando lOngos perÍodos de repouso durante o dia.
DISCUSSÃO E CONCLUSÕES
As vantagens da armadilha usada no presente estudo sobre as tradicionais -luminosas, pegajosas etc - se evidenciam em cinco pontos principais: 1. Oferece resultados quantitativos, relacionando a amostra com o volwne de ar amostrado e permitindo estimar a densidade aérea dos insetos; 2. Colhe amostras, mais ou menos ao azar, durante o dia ou à noite, independentemente do estado sensorial dos insetos voadores e do fator atração ( 16); 3. Pode ser usada errl ambiente fechado ou a céu aberto - onde as densidades aéreas sã o máximas e as armadilhas operadas pelo vento, insuficien-
" zo
" 'o
'
" " "
• 'o o • • > '" ' z
'
'
'
" '0
'
Figura 3
PHOR!DAE
/
CUL.iCIOAE
' I
MYCETOPHILIOAE
HOMOPTERA
.f R_ : ~ ~ '
' " " :'
' "
'
' /'
"
' " " ':
_,?'-
HORAS DO OIA
---CEPEC I
------CEPEC 2
-----·-FA:zENO.t.S MUCAIIII!IO
" N~mero de dÍ:pteros (Phoridae, Culicidae e Mycetophilidae) e Homoptera (Heteroptera) coletados durante o dia em três diferentes localidades da região cacaueira baiana.
8
•
tes - ou, ainda, em situaçÕes expostas, onde a sua eficiência diminui ligeiramente com os ventos acima de 25 km/h, quando os resultados precisam ser estimados e cordgidos; 4. A amostragem é separada automatic~mente, a intervalos de tempo pre-estabelecidos; e 5, Apresenta boas
condiç~es de limpeza durante a operaçao, os insetos são recuperados em bom estado, a carga e descarga são feitas com rapidez e cada disco é capaz de conter, por exemplo, 3, 000 insetos de 2 rnm de comprhnento,
No caso de sua utilização para obter dados de densidade aérea de insetos alados, deve-se levar em consideração que avelocidade do vento altera a quantidade de ar amostrada bem como a eficiência da coleta varia com o tamanho do inseto { 15 ). Utilizando-se tabelas para amostrar o fator de conversão {logaritmos), que são levadas em conta para estas variáveis, usase a seguinte fÓrmula:
IDg. D I.og. Cjh+F=---,..,-,-,.---
28.317 x 103 litros ar
c = coleta F = fator de conversão D = densidade de inseto
No caso de conversão de densidade aérea para a população total, o assunto é mais complicado e, assim, requer tomadas de dados a diferentes alturas {4,
14).
O fato desta armadilha poder ser utilizada em qualquer situação ecológica oferece grandes
9
vantagens. Na região cacaueira da Bahia, onde a eletrificação rural é ainda deficiente, ela f o i operada com um gerador de 110 V/60 ciclos,acionada por um motor a gasolina, sendo facihnente transportado por jipe, permitindo aumentar a flexibilidade de seu
uso no campo.
Admitindo-se que os principais polinizadores do cacaueiro sejam pequenos d(pteros da fam(lia Ceratopogonidae {2, 13, 18), nenhum programa de manipulação da população, seja natural ou artificial, pode ria se r 1 a n ç a do sem a informação básica da dinâmica populacional e bioecologia, É neste contexto que a armadilha automática de sucção
"Johnson & Taylor" pode ser usada para: 1. Auxiliar na solução do complexo de espécies de Ceratopogonidae nos seus habitats, atl:'avés de uma coleta sistemática dos adultos, e um dos exemplos pode sel:' tomado dos ensaios deste estudo (Quadl:'o 3); 2. Correlacional:' a pel"iodicidade do vôo diurno nas observações climáticas - velocidade do vento, umidade, chuva, nebulosidade etc.a fi.rn de tJ:"açar as curvas correspondentes para estes difel:'entes parâmetros; 3. Mostrar as flutuações populacionais por estação e por ano, tentando medir a população aérea total; e 4. Correlacionar os nomes de prováveis polinizadores dentro das populaçÕes espec(ficas e a intensidade de floração,
Quanto à utilização desta
armadilha nos trÓpicos para investigar a bioecologia da b (f.:.) cautella e de outros insetos as-
Quadro 3 - Çe:ratopogon(deoB {Dipte:ra) coletadoB em duaB diferentes localidades da :região cacaueira da Bahia.
sociados ao cacau e amendoim él:rmazenadoB, convém assinalar as tentativas feitas neste sentido em Gana {10) e na Nigéria {9, 11),
Os ensaios foram somente de natureza preliminar e mostraram apenas as possibilidades do seu uso para obter dados quantitativos compreens(veis e seguros dos padrÕes de vôo de insetos e as flutuaçÕes de suas populaçÕes,
LITERATURA CITADA
I. HAARLOV, N. Entomologisk indisamlingstekník, med saerling henblik pa de kvantitative metoderB envendelighed. Norsk Entomologisk Tidsskrift 8:265-286. 1966,
2. HERNANDEZ, B,J. ln~;~ect pollination of cacao (Theobroma cacao L.) in Costa Rica. Ph.D. Thesis. Madison, University of Wisconsin. 1965. 167 p.
3, JOHNSON, C.G. A suction trap for small airborne insects which automatically segretates the catch into sucessive hourly samples. Annals of Applied Biology 37:80-91. 1950.
4. ---,.,"""· The distribution of insectB in the air the empirical relation of density to height. Journal of Animal Ecology 26: 479-494. 1957.
5, and TAYLOR, L. R. The development of large suction traps for airborne insects. Annals of Applied Biology 43: 51-62. 1955.
6. LEWIS, T. and TAYLOR, L. R. Diurna! periodicity of flight by insects. Transactions of The Royal Entomological Society of London 116:393-479. 1965.
7. __ 7
ccc •nd .,.--~London, Academic
Introduction to experimental Press, 401 p. 1968:
ecology.
8. MELLANBY, K, Pesticides and pollution. London, Methuen. 1968. 221 p.
9. OURESHI, A, H. and HALLIDAY, D. A record of stored products pests caught in a suction trap operated at dusk at the Nassarawa groundnut Stacking area, Kano, Nigerian Sto:red Pro-
lO
10.
duct Research Institute, Annua.l Report. 1964, pp. 31-34.
1964.
RAWNSLEY, J. çadra cautella (Walker), the tropical warehouse moth; biological studies in relation to contrai. Symposium control of Pests, Ghana Academy of Sciences, 4 p, 1964.
11. RILEY, J. Data obtained from two suction traps used to catch flying insects in a groundnut shed at Apapa. Nigerian Stored Product Research Institute, Annual Report 1964. pp. 35-42.
1964.
12. SILVA, P. Controle biolÓgico da "traça do cacau" pelo Micro~ bracon hebetor (Say). Bahia, Brasil, Instituto de Cacau.
Boletim Técnico n9 7. 1947. 39 p.
13. SORIA V., S. de J. Studies on Forcipomyia spp. midges (Diptera, Ceratopogonidae) related to the pollination of Theobroma cacao L. Ph.D. Thesis, Madison, University of Wisconsin.
1970. 129 p.
14. SOUTHWOOD, T, R. E. Ecological methods. London, Methuen,
2nd. ed. 1968. 391 p.
}5. TAYLOR, L. R. The standardization of air-flo"': in insect suction traps. Annals of Applied Biology 43:390-408. 1955.
16. ---cc,.· The absolute efficiency of insect suction traps. Annals of Applied Biology 50:405-421. 1962 . •
17. WILLIAMS, R.W. I. Observations on habitats of Culicoides 1arvae in T:rinidad, W.I. (Diptera: Ceratopogonidae), Annals of the Entomological Society of Ame rica 57:462-466. 1964.
18. WINDER, J.A. and SILVA, P. Cacao pollination: microdiptera f of cacao plantations and some of their breeding place s.' Bulletin o f Entomological Research 61:651-655. 1972,
RESUMO
Ensaios preliminares foram realizados com a armadilha automática de sucção "Johnson & Taylor" em plantaçÕes de cacau, bem como em cacau armazenado, em cinco diferentes locais da região cacaueira
da Bahia.
Nos ensaios de campo, mais de 80'1o dos insetos coletados pela armadilha foram dÍpteros. Vários grupos - incluindo os Diptera, Mycetophilidae, P h o r ida e, Culicidae e Homoptera (Heteroptera) -tiveram wna periodicidade de vôo bastante característica. Os lepidÓpteros - tanto no campo quanto no armazém -mostraram maior atividade de vôo entre as 16 e 17 horas.
A utilidade desta armadilha é enfatizada para estudos entomolÓglcos inclusive aqueles referentes à polinização do cacau,
ll
THE STUDY OF MICRODIPTERA IN CACAO PLANTATIONS ANO WAREHOUSES
USING AN INSECT SUCTION 'l'RAP
(SUMMARY)
Preliminary trials were carried out with a Johnson & Taylor insect suction trap in cacao plantations and warehouses in five different places in the Gacao Region of Bahia, Brazil.
More than 80% of the insects collected in the field were Diptera. Various groups including the Mycetophilidae, Phoridae, Culicidae and also the .Homoptera (Heteroptera) showed characteristic flight activity. The Lep1doptera in both field and warehouses showed greatly increased flight activity between !6:00 and 17:00.
The studies,
versatility of the trap is emphasised for many including those concerning cacao pollination,
•••
• 12
entomological
•
•
•
•
•
•
r
;
•
ALGUNOS PACTORES DEL SUELO ASOCIADOS CON LA PRODUCTIVIDAD DEL CACAOTERO
EN BAHIA, BRAZIL*
AnZon~o Cad{ma Z.** Paulo de T. Alvim***
Las variaciones en la (ertilidad natural de los suelos incluyendo factores quÍmicos y fÍsicos pueden ser responsables por acentuadas diferencias o falta de uniformidad en la producciÓn de las plantas que componen un campo de cultivo. En plantaciones de cacao del sur del Estado de Bahia, Brasil, es muy cort1Ún observar áreas de buena producciÓn, situadas al lado de otras donde las; plantas no se desarrollan bien y acusan producciones hajas. Esas diferencias entre áreas buenas y malas sou atribuidas a variaciones en las caracterÍsticas fÍsicas y/o quÍmicas de los suelos, pera no se ha hecho ningun estudio con el ob/etivo de determinar cuales de esas caracterÍsticas están más intimamente asociadas c ou la productividad de las plantas.
El presente estudio tuvo por objetivo cmnparar los suelos de áreas de alta y de baja producciPn, en aquellas características que se considerao de mayor
importancia para el desarrollo de las plantas tales como riqueza mineral, profundidad e f e c ti v a, textura, constantes hÍdricas y dureza o resistencia del suelo al corte.
MATERIAL Y MP.TOOOS
Selección db dreas
Los cacaotales utilizados en este estudio están distribuídos por diversas localidades del sur de Bahia, en suelos de las unidades Itabuna modal (Alfisol), Cepec moda! (Alfisol), Vargito eutrÓfico (Alfisol) e Aluvial arcilloso (Entisol). Una descripciÓn más por~ menorizada de los diferentes tipos de suelos de la regiÓn fué hecha por Silva (7). Las informaciones generales acerca de los sitias y sus caracterÍsticas quÍmicas y fÍsicas están indicadas en los Cuadros 1, 2 y 3.
Eu cada hacienda se selec-cionaron dos de alta y otra
areas, siendo una de baja producciÓn,
* Recibido para publicación en diciembre de 1972. ** lng? Agr?, Sector de Física de Sue los, División de Sue los, CEPEC.
*** Ph.D., Fitofisiólogo de! IICA e Superintendente Técnico de Ia CEPLAC.
Revista Theobroma. CEPEc;, Itabuna, Bras H, 3(2): 13-26. Abr.- jun. 1973 .
l3
Cuadro I - Informaciones gene rales acerca de diferentes areas dei sur de Bah(a donde se encuentran los cacaotales estudiados.
Unidad dei suelo:
A - Aluvia.l (Inceptisoi) C - Cepec (Alfisol) 1 • It.al:ru.na (UltLsol) V- Vargito (Alfi~ol)
~ A- Al-ta
producción B- Baja
producción
14
N - Nula U - Laminar ligera
moderada Nc - No constatada
M -Moderadamente drenado
B - Bien drenado 1 • lmper[ectamente
drenado
Cuadro 1 - Continuación,
Unidad del suelo:
A -Aluvial (Inceptisol) C - Cepec (Alfisol) I • Itabuna (Ultisol) V - Vargito (Alfisol)
~ A -Alta
producción B - Baja
producción
en la misma unidad de suelo, Aparentemente los árbole s de ca.cao eran de la misma edad y desarrollo, aconteciendo lo mis
. mo con los árboles de sombra, Esta apreciaciÓn cabe para todos los árboles de las áreas estudiadas. En cada <Írea se mal'Caron 50 plantas en una superficie de aproximadamente 600 m2,
N - Nula M - Moderadamente drenado LI - Laminar ligera
Lm - Laminar B - !Hen drenado moderada
Nc - No constatada I - rmperfect-amente
drenado
15
La producciÓn de cada área fuê estimada por media del contaje de frutos cosechados durante los arios de 1966, 1967 y 1968. Para expresar los datas en kg de cacao seco por hectárea se considerá un número medi.o de 833 plantas por hectárea y un peso promedio de 34 gramas de alm.,ndras por fruto,
Cuadro 2 - Caracteristicas qurmicas de los suelos del sur de Bahfa donde se encuentrau los cacaotales esl:udiados,
];2:~~~-~-n:
:Uxuçuca c
Unidad del A -Aluvial (Inceptisol) C - Cepec (Alfisol)
suelo: r Itabuna (Ultísol)
V - Vargito (Alfisol)
,,
S"' Suma de bases A"' Alta producción B "' Baja producción
I
1
cuadro 3 - CaracterisUcas ffsicag de los suelos dt>l sur de Bah{a donde se encuentran los cacaotales estudiados,
Ullld.ld del ,.udo: A -Aluvial (Illceptisol) I - ltabuna (Ultisol) C - Cepec (Alfisol) V - Vargito (Alfisol)
"
~~~~~
S =Suma de bases A= Alta producción B = Baja producciÓn
Estudio del si;,; tema radicular
F',ll"a estndiar la distribudÓn de la,. raíccs <h'l ra<.'aot<"ro, se ,\bri.eron calkatas a una distandJ. q,, ')0 ,.,, d<.• las plantas y se l't>11laron las ra{ces a proíundidad..,,. de O a 30; 30 a 60; 60 a 90 y <11) ;:1 \lO em en dos plantas escojidas al azar para cada área, aduptándose el método propuesto por Boynton y Sands (2) utilizado en trabajDs anteriormente realizados por Cadima (4) y Cadima y Alvirn (5}. El contaje se hizo en e! lado de la calicata mas cercano ;ü tronco del cacaotero, donde se marcaron cinco cuadrados de 30 s 30 em para cada profundidad. Las raíces fueron clasificadas en cinco categorlas según su dián1etro: menores de 0,2; 0,3 a 0,5; O,hal,O; l,'ia2,0cmjmayores de 2 em,
Caracterizaciõn edáfica
Para la caracterizaciÓn edáfica, se abrieron calicatas en la parte central de cada área, efectuándose la descripciÓn de las capas del suelo hasta el horizonte C y retirándose muestras de ti e r r a de cada horlzonte para análisis. Para el cálculo de los análisis granulométricos se empleÓ el método de la pipeta con dispersl.Ón de NaOH a 1 N. La suma de bases (Ca++, Mg++, Na+ y K+) fué determinada por medio de! acetato de an1onio pH 7, O; el alumini ), empleando el KCl y el fósforo asimilable (PzOs) por medio de la soludón de Truog.
F u e r o n también retiradas muestras no alteradas del suelo,
18
un anilloa d<J 5 em de di.án1etro por I cnl de altura, para la determinaciQn de las curvas de retención de lmmedad. Paralelan1ente, en las misn1as calicatas seefectuaron medidas de resistencia del suelo hÚmedo e-n los tre-s horizontes, con cinco repeticiones ?Or capa, utilizándose el "Torvane"*, para medir la resistencia al corte.
Para e-1 cálculo de los análisis estadÍsticos en la parte química, íueron tomados valores de suma de bases, fÓsforo, magnésio, c a leio, potasi.o y relación Ca+Mg/K, los cuales fue:t'on correlacionados con la producci.Ón (promédio de 3 a:rlos). Con respecto a .las prop_iedades f(si.cas se realizaron estudios de correlaciÓn utili.zándose los datas de mayor importancia para la producci.Ón como el agua di.sponible, el porcentaje de arcilla y la resistencia dei sue lo al corte, En todos los análisisestad(sticos fueron tomadas en consi.deraciÓn las correlaciones entre cada horizonte ai.sladamente y el promedio de los tres horizontes con la producci.Ón.
RESULTADOS Y DISCUSSION
Producción de frutos
Las medias de prodl!CciÓn en los ailos de 1966; 1967 y 1968 se encuentran resuhüdas en el Cuadro 4, donde se observa la gran
* Aparato de torsió" co" cuchlllas "Torvane" (Cat. n? CL-600, Torvane vane shear, de la Soil T"st, 2105 Le" St., Evanston. illinois 60202 , USA).
... Cuadro 4 - P:t'oducción promédia anual de
áreas de alta y baja producciÓn del su:r de :Bah(a.
cacao durante 3 aíios en en diferentes localidades
A " Alta producciÓn B , Baja producciÓn
variabilidad entre Ias distintas á r e as, oscilando la producciÓn entre 30 y más de 2. 000 kg por hectárea. En general, las áreas buenas produjeron dos o tres veces más de que las áreas malas. Los valores prornedios fueron de 909 y 335 kg/ha para áreas buenas y malas respectivamente. Se nota también que en el aiio de 1968, como consecuencia de la mala distribuciÓn de las lluvias ( 1) la producciÓn f ué baja de un modo general en comparaciÓn cort el a:rio de 1967. Es interesante se:rlalar que en algunas áreas consideradas relativamente secas y en zonas de transición como Gandu e lbicaraí, la pro-
ducciÓn en 1968 fué superior a 1. 200 !<g/ha de cacao seco, úendo mejor que en los aiios normaleiS, Los promedios menores correspondientes a las áreas de baja producción, pertenecen a la unidad Cepec modal (Alfisol) en haciendas de los Municipi.os de Gandu, Ibicaraí e Itajuípe.
19
Distribución de las ralces
La Figura I presenta los·valores promedios del número de ra(ces menores y mayores de 2 mm de diâmetro en las diversas capas. Se observa m ej o r distribuciÓn en áreas de alta
Raíces menores de 2 mm de diámetro
0-30
r-:;•1 Alta producción
O Bojo produoción
Roíces mayores de 2 mm de diámetro
"
90-(20 0-30 <10-60 60-90
FROFUNDIDAD DEL SUE LO (em )
Figura 1 _ Promedio del número de ra:Íces de cacaoteros encontradas en varias capas de sue los en düerente s zonas del sur de Bahia.
produción donde las r aÍ c e s se profundizan más. En suelos de alta producción, 84% de las raíces se desarrollan en los primeros 30 em de suelo; 12o/o de 30 a 60cm; 3,8o/o de 60 a 90cm y 0,2% de 90 a 120 em, mientras que en áreas de baja producción 90% de las raÍces se encuentran en la capa de O a 30 em; 8, 7% de 30 a 60cm y 1,3% de 60 a 90cm. Como se puede apreciar en las áreas de alta producción 99,8%
20
de las raÍces se encuentran de O a 90 em, mientras que en las de baja producción 98% se situan de Oa60cm.
En el Cuadro 5 se observa la cantidad de raíces en las diversas profundidades de las áreas estudiadas. Hubo correlaciones significativas a 5% entre el total de raíces,lo mismo que entre las raÍces situadas entre O y 30 em con relaciÓn a la producción. No
cuadro 5 - CorrelaciÓn entre el nÚmero de raí'ces y la producciÓn de cacaoteros en diferentes zonas del sur de Bahí'a.
'' - Significativo a 5% NS - No significativo
fueron significativas las correlaciones para las profundidades de 30 a 60 em y de 60 a 90 em. Se debe anotar que en estes estudios no se llevaron en consideraciÓn laS raíces secundarias que apareceu al final de la pivotante, en el horizonte C, debido a la dificuldad en contar las.
21
A - Alta producción B - Baja producciÓn
~~
características químicas y fÍsicas del suelo
En el Cuadro 6, se observan los contenidos de elementos quí'micos de cada horizonte y del prornedio del perfil, en áreas de alta y baja producciÓn de cacaoteros. Los análisis de correia-
Cuadro 6 - Correlación entre e! contenido de elementos y Ia producciÓn de cacaoteros en diferentes' zonas dei sur de Bahla.
** Significativo a 1% de probabilidad * Significativo a 5% de probabilidad
NS No significativo
ciÓn estadÍstica entre producción y composiciÓn quÍÍnica f u e r o n significativos en la mayoría de los casos para los horizontes B y C y para el promedio del perfil. En el horizonte A, se encontró correlaciÓn significativa so-
22
lamente para el fÓsforo, que es el elemento nutritivo más deficiente en la zona de cacao de BahÍa (3).
Con respecto a las propiedades fÍsicas, se observa en el
"
I .!
~
'
Cuadro 7, que la correlaciÓn entre arcilla y producciÓn es negativa y altamente significativa para el horizonte C. Para las otras capas no se presentaron significativas. Con referencia a la densidad real, densidad aparente y porosidad, no revelaron ninguna correlación con la producción.
Los datos sobre el porcentaje de agua disponible para la planta basados en la diferencia entre la capacidad de campo (1/3 de atmÓsfera de presiÓn) y el punto de marchltamiento pennanente ( 15 atmósferas de presiÓn), están en el Cuadro 7. La correlación entre el promedio de agua disponible del perfil y la producciÓn fu~ significativa a 5% de
probabilidad no ~:~iendo para lo~:~
horizontes considerados aisladamente.
La resistencia dei suelo al corte (Cuadro 7) fué invariablemente mucho más alta, en las áreas de haja producciÓn. Quiza sea esa resistencia la mas i=portante de las propiedades fÍsicas del suelo que afecta el crecimiento de las raíces y, consecuentemente, la nutriciÓn de la planta y su productividad. La correlaciÓn fué significativa a I% de probabilidad para el horizonte A y a 5% para el horizonte B, siendo tarnbién significativa para el promedio de! perfil. Esos resultados pareceu indicar que la resistencia de! sue1o a!
Cuadro 7 - CorrelaciÓn entre los factores fÍsicos y la producciÓn de cacaoteros en diferentes zonas de! sur de Bahía.
NS No significativo * Significativo a 5% de probabilidad
** Significativo a J% de probabilidad
23
c'ort<' fu6 e1 factor f(sico que más limitó €'1 crecinüento de las ra(ces en las áreas de baja producciÓn.
CONCLUSIONES
Los resultados dei presente trabajo revelaron acentuadas diferencias entre los suelos de Ias áreas consideradas de alta y de baja pr<Xiucción, tanto en lo que se refieren a factores físicos corno quÍmicos. Aunque la importancia relativa de cada uno de esos factores sin duda varía según la localidad o el tipo de suelo en que se encuentra la plantación, los análisis de correlación efectuados en este estudio permiten identificar los factores dei suelo que con más frecuen.cia limitao la productividad de cacao bajo las condiciones climáticas de Bahía.
Se Uama la atención para la gran diferencia entre las plantas de las áreas buenas y malas con respecto ai desarrollo del sistema radicular. Esadiferencia pane en evidencia que el "espacio radicular" o "root-room" del
suelo_ terminolog(a propuesta por Hardy (6) para referirse ai conjunto de facto,res fÍsicos que controlao el desarrollo del sistema radicular de la planta, han tenido una influencia decisiva sobre la productividad del cacao. Aparentemente son los factores flsicos que afectan el espacio radicular, tales como la mayor dureza o resistencia del suelo al corte y el rnayor porcentaje de arcilla (menor aireaciÓn) en las áreas de~ producciÓn inferior, los que mas contribuyen para la diferencia en productividad entre Ias áreas estudiadas.
La compostclQn quí"mica dei suelo aparentemente ha contribuido también para la diferencia en productividad entre las áreas buenas y malas. Sin embargo, ese factornoparece tener Ia misma importancia de los factores fÍsicos, más directamente relacionados al crecimiento de las raÍces.- Entre los nutrientes minerales que pudieron haber contribuído para limitar la producciÓn de las áreas malas, están el fÓsforo, el magnesio y la relación Ca + Mg/K.
AGRADECIMIENTOS
AI Sector de Pedología de Ia DivisiÓn de Suelos dei Centro de Pesquisas do Cacau, por la descripción de todos los perfiles correspondientes a las calicatas, A la SecciÓn de Suelos de! Instituto de Pe~q~isas e Experimentação fgro-Pe .. cuárias do Leste en cuyos laboratonos se efectuaron los analisis qu1mtcos y granulométricos de las muestras de suelos de los perfiles estudiados y al Dr. Warren M. Forsythe, por la ayuda prestada con respecto a los estudios sobre la resistencia del suelo al corte,
24
l
I
LITERATURA CITADA
1. ALVIM, P, de T. Fatores responsáveis pela queda de produção de cacau na Bahia em 1968, Itabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas do Cacau. Comunicação Técnica n'? 20, 1968. 8 p.
2. BOYNTON, D. and SANDS F. A survey of the fertility status of the cacao soils of Costa Rica as determined by soil and leaf analyses and a preliminary study of the relation of depth of rooting of cocoa trees to soil drainage. In Conferencia Interamericana de Cacao, 5~, Turrialba, Costa Rica, 1954. Trabajos presentados, Turrialba, Costa Rica, IICA, 1954, v.J, Sección "Suelos", Doc. 3. 13 p,
3, CABALA R., F.P, et al, Deficiências minerais e efeitos da adubação na região cacaueira da Bahia. In Conferência Internacional de Pesquisas em Cacau, 2~, Salvador e ltabuna, Bahia, Brasil, 19 a 26 de novembro, 1967. Memórias. Itabuna, Centro de Pesquisas do Cacau, 1969. pp. 436-442.
4, CADIMA Z., A. Estudo do sistema radicular do cacaueiro em algWls tipos de solos da região c~~a'.!eira do Sul da Bahia, Itabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas do Cacau, Boletl.ro Técnico n'i' 5, 1970. 31 p,
5, y ALVIM, P. de T. Influencia del árbol de sombra Ery-thrina glauca sobre algunos factores edafologicos relacionados con la producciÓn del cacaotero, Turrialba (Costa Rica) 17(3):330-336. 1967.
6, HARDY, F, Manual de cacao. EdiciÓn espaÜola, ta Rica, Instituto Interamericano de Ciências 439 p,
Turrialba, CosAgricolas, 1961.
7. SILVA, L. F. da. Classificação dos principais solos de cacau da Bahia, Brasil. Revista Theobroma (Brasil) 1(2):17-25, 1972.
RESUMEN
Diferencias de producciÓn, entre áreas relativamente cercanas, dentro de una miSilla plantaciÓn de cacaoteros, son observadas frecuentemente en rnuchas haciendas en Bahía, Brasil.
Este trabajo presenta los resultados de un estudio llevado a cabo en 14 haciendas cacaoteras situadas en la región cacaotalera de Bah(a en las cuales dos áreas cercanas con árboles de 11alta" y nbaja" producciÓn fueron comparadas con relaciÓn a los factores fÍsicos y químicos del suelo, Las ra{ces de cacaoteros de runbas áreas fueron también estudiadas, La producciÓn fué estimada contando periodicamente el nÚmero de fructos en 50 cacaoteros de cada una de las 28 áreas durante 3 allos consecutivos (1966, 1967 y 1968),
25
Las producciones promedias de las áreas de alta y baja producciÓn fueron respectivamente 909 y 335 kg/ha/aflo.
Con base en los datos de creci.nüento de ra(ces e en los estudios de correlación entre productividad y factores edáficos se concluye que aparentemente los factores f(sicos que afe<.:tan el crecimiento radicular, tales como la mayor dureza o resistencia del suelo al corte Y el ma~~r porcentaje de a.rcilla (menor aireaciÓn) en áreas de haja produccwn fueron los que mas contribuyeron para las diferencias en productividad. La composiciÓn qu(mica dei suelo aparentemente contri~uyó también para la diferencia en productividad; sin embargo, no tuvzeron la misma importancia de los factores f{sicos que están mas estrechamerte ligados al crecimiento de las ra(ces,
SOIL FACTORS AFFECTING ROOT GROWTH ANO YIELD OF COCOA
IN BAHIA, BRAZIL
(SUMMARY)
Wide differences in yield between adjacent sites within the same cocoa field is a common ocurrence on most farms in Bah:ia,
This paper presents the results of a study carried out at 14 private cocoa farms in Cocoa Region of Bahia, in whích adjacent sites with "High Yielding" and "Low Yielding" trees were compared with regard to same physical and chemical soil factors, The root system of the cocoa trees at each site was also studied. Yield estimates were ob_tained by periodically counting the number of hanging fruits on 50 trees at each of the 28 sites, for 3 consecutive years (1966 to 1968),
The average yields for the high and low yielding sites were, 990 and 335 kg/ha/year respectively. Based on root growth data and on correlation studies between yield and edaphic factors it is concluded that the physical factors known to be correlated to root development such as soil resistence (shear strength) and clay coni:ent (reduced aeration) were the most important limiting factors for yield in the lower productivity areas. Chemical soil composition apparently also contributed to the differences in yield although this factor seems to be less important than the physical factors which are closely related to root development.
•••
26
I
!
t
j
CONTROLE QUtMICO DOS INSETOS FILÓFAGOS DO CACAUEIRO
NA BAHIA E ESPtRITO SANTO*
João Manuel Ab~eu** Guilleftmo En~iq~e Srnith F.**
O COlnbate às pragas docacaueiro foi urna das práticas agr(colas em que se alicerçou o Departamento de Extensão da CEPLAC (DEPEX) par<>. difundir entre os cacauicultores o uso de técnicas modernas de produção. ApÓs o lançamento, em 1964, da primeira campanha extensionista de combate às pragas, o consumo de BHC lo/o apresentou um crescimento vertiginoso, passando de aproxÍlnadamente 28 mil sacos de 25 kg, no ano da campanha, para ISO mil em 1970 (1).
O sucesso alcançado com a prática se deve, em grande parte, à eficiência do polvilhamento do cacaueiro com o BHC 1%, inseticida que, além de ser de baixo custo, apresenta baixa toxicidade para aqueles que o utilizam.
Os ensaios de inseticidas :realizados anteriormente na Bahia e Esp(rito Santo (2, 3) mostraram ser o BHC o inseticida mais eficaz no COinbate aos insetos filÓfagos que atacam o cacau-
* Recebido para publicação em setembro, 1972. ** M.S., Divisão de Entomologia, CEPEC.
eiro nesses dois Estados. As aplicações maciças de BHC nos Cacauais, no decorrer dos anos que se sucederam àqueles ensaios iniciais, motivaram dÚvidas quanto à continuidade da eficiência entomolÓgica destes tratamentos, pela suspeita do aparecimento de casos de resistência. Por este motivo, foram realizados novos ensaios para reavaliar a eficácia do BHC e compará-la com a de outros inseticidas existentes no mercado.
MATERIAIS E ~TODOS
Os ensaios foram realizados nas regiÕes produtoras de cacau da Bahia e Esp(rito Santo, em plantações de cacaueiros safreiros, aplicando-se os inseticidas em pÓ nas concentrações disponÍveis no mercado.
Ensaio I - Realizado em janeiro e fevereiro de 1972, no munic(pio de Unhares, E sp(rito Santo, a fim de avaliar a eficácia
~-Revista Theobroma. CEPEC, ltabuna, Brasil, 3(2)·27-32. Abr.-jun. 1973
27
d<>BHC 1,5%, Sevin7,5%, Parathion metÚ.ico Z, Oo/0 f" Trichlorfon l, 5%, aplicados à razão de 16 kg por hectare. A avaliação da <"ficácia foi feita em relação a grupos de filÓ[agos das fam(lias Chrysomelidae- Maecolaspis ~ nata (Germar) - e Curculionidae
Lordops aurosa Germar e Naupactus bondari Marshall. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com quatro tratamentos e seis repetiçÕes.
Ensaio II - Executado nos munic(pios de Camacan, Uruçuca, Itabuna e Floresta Azul, na Bahia, de dezembro de I971 a fevereiro de 1972, a fim de avaliar a eficácia do BHC lo/o, Parathion met(lico, Gusathion I, 5%, Trichlorfon 2, 5%, Lindane O, 2% (emulsão) e Malathion O, 2% (emulsã'o). Os inseticidas na formulação de pÓ foram aplicados à razão de I6 kg por hectare enquanto os emulsionáveis, à razão de 80 litros de emulsão por hectare. A avaliação da eficácia foi obtida em re-lação aos crisomel(deos fi!Ófagos mais importantes, como M. arnata e Colaspis sulcata Letevree ;;;;--relação ao grupo. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com seis tratamentos e 10 repetiçÕes.
Ensaio III- Conduzido no munic(pio de Itacaré, Bahia, a fim de obter dados conclusivos sob r e diferentes concentraçÕes dos inseticidas que apresentaram melhores resultados nos ensaios anteriores. Foram testados o BHC lo/o, BHC 1,5%, BHC 2%, Parathion metâico I, 5o/o, Lindane O, 2% e Lindane O, 4%. O Lindane foi aplicado à razão de 80 li-
28
tros de en1ulsão por hectare enquanto que os demais inseticidas, na dosagem de 16 kg por hectare. As espécies consideradas para avaliação da eficácia foram as mesmas do ensaio II. O delineamento experimental foi o de blocos ao acaso com seis tratamentos e quatro repetiçÕes.
Cada parcela media 2.500m2, onde foram tomados, ao acaso, 10 cacaueiros para a avaliação da eficácia dos inseticidas pelo método "knock-down".
Na véspera do ensaio, foran1 estendidos lençóis de pano, medindo 4 x 4m, sob cada cacaueiro amostrado na parcela. Apesar de se deixar wua bordadura de 50 m entre as parcelas, os tratamentos f oram aplicados às primeiras horas da manhã a fim de evitar a deriva de inseticidas por efeito de correntes aéreas.
A primeira coleta de insetos foi feita 8 horas após os tratamentos e a segunda 24 horas após. Transcorrido este per(odo, procedeu-se ao polvilhamento de choque ("knock-down") com BHC 12% nas árvores. anteriormente tratadas e amostradas. Decorridas 6 horas, foi feita a coleta dos insetos mortos. Os exemplares foram acondicionados em frascos com álcool 70% para posterior identificação.
O grau de eficácia foi avaliado em percentagem decorrente da relação dos insetos mortos no final de 24 horas e o total de insetos mortos após o tratamento de choque. As percentagens foram transformadas em arco seno
~---··· -----------------------------
I !
da raiz quadrada da percentagem e submetidas a análise de variância.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ensaio I - Os resultados da eficácia dos inseticidas testados em Linhares, são apresentados no Quadro I. Para ambos os grupos de filÓfagos, o BHC 1,5% foi o inseticida que apresentou maior eficácia. As diferenças encontradas nos resultados para os crisomel(deos não foram significativas; para os curculion(deos, no entanto, houve diferença significativa entre os três primeiros inseticidas, quando comparados com o Trichlorfon. Comparando-se a eficácia do BHC 1,5% no presente ensaio com aqueles do ensaio realizado anteriormente em Linhare s (3), pode-se verificar que as diferenças não são acentuadas. Para ambos os grupos de insetos, os resultad0s são bem semelhantes.
A não ser pelo BHC l, 5%, as eficácias apresentadas pelos demais-inseticidas estão muito aquém de poderem ser levadas em
consideração por serem muito baixas e não ofereceriam, na prática, um controle satisfatório destes insetos.
Ensaio II - O Quadro 2 mostra os resultados do ensaio realizado em diversos munic(pios da região cacaueira da Bahia. Para o caso dos crisomel(deos, os melhores resultados foram alcançados pelo Lindane 0,2% (emulsão) e Gusathion 1,5% (pÓ), sem haver diferenças significativas em relação ao BHC 1% e Parathion metÚ.ico 2%.
Com relação ao M. ornata, verifica-se praticamente ~mo. As análises não mostraran1 diferenças significativas entre o BHC 1%, Parathion met(lico 2%, Gusathion J,5o/o e Lindane 0,2% (emulsão), cabendo, no entanto, ao Parathion metÚ.ico e ao Lindane os melhores resultados.
No caso do C. sulcata, oParathion metâico-2% foi o mais eficiente. Embora não tenham sido verificadas diferenças significativas entre os tratan1entos, as eficácias alcançadas f o r a m baixas.
Quadro J - Eficácia de diferentes inseticidas no controle de crisomel(deos e curculion(decs. Linhares, ES., janeiro e fevereiro de 197Z.
29
Quadro 2 - Efic..Í:cia de diferentes inseticidas no controle' de crisornelÍdeos, Ensaio conduzido em diversvs municÍpios daregião cacaueira baiana, dezembro de 1971 a fevereiro de 1972.
Ensaio III - Os resultados do ensaio conclusivo feito para verificar a eficácia de diferentes concentraçÕes do BHC e J;...indane, que se evidenciaram nos ensaios precedentes, e da nova formulação comercial do Parathion metúico estão no Quadro 3. A não ser para a espécie M, ornata, para a qual se verificou diferença significativa entre o BHC 2o/o e Lindane O, 2%, os demais resultados não acusaram diferenças significativas quanto à eficácia.
Neste ensaio, pode ser observado que em nenhwn caso a eficácia foi inferior a 90%, Uma perfonnance superior a 90% é desejável, senao o tratamento pode ser deficiente em função da razão de crescimento da população, ainda não conhecida para c a da geração das espécies em discussão,
O BHC 2% acusou eficácia menor que o BHC I% e o BHC 1, 5%, embora esta diferença não
Quadro 3- Eficácia de diferentes inseticidas no controJe de crisomel(deos. rtacaré, BA, março e abril de 1972.
30
•
\, 'lli .
I
seja estatiS:ticarr>ente significativa, podendo ser atribuÍda não só a variabilidade devida ao acaso, COlTlO também a provável falha na formulação do produto.
As diferenças de eficácia encontradas entre o segundo ensaio e o conclusivo podem ser atribu{das principalmente à chuva e temperatura, porquanto, em trabalhos desta natureza, não se consegue uniformidade em relação ao clima, já que as repetiçÕes sã o efetuadas não só em épocas diferentes, como também em á r e as ecologicamente distintas.
CONCLUSÕES
Para a Bahia, os resultados verificados no ensaio conclusivo
mostraram a comprovada eficácia alcançada pelo BHC, Parathion met{lico e Lindane (emulsão) em quaisquer das concentrações empregadas.
Embora tenham sido utilizados apenas quatro inseticidas no ensaio realizado no EspÍrito Santo, ficou evidenciado que o BHC I, 5% mantém a eficácia em relação aos insetos filÓfagos daquela área,
As alternativas para substituir o BHC, caso haja problemas de resistência, poluição ou mesmo de saÚde pÚblica, são limitadas em termos de inseticidas em forma de pÓ, devendo-se considerar também, além da eficácia entomolÓgica, os fatores economia e toxicidade para o homem.
LITERATURA CITADA
1. ALVIM, P. de T. e ROSÁRIO, M. Cacau ontem e hoje. Itabuna, CEPLAC, 1972. pp. 33-34, 48-51,
2, SMITH, G.E. e ABREU, J.M, de, Ensaio de inseticidas no combate aos crisomelídeos com especial referência ao Colaspis ornata Germar e Nodonota theobromae Bryant, pragas docacaueiro na Bahia. Cacao (Costa Rica) 14(2):3-4, 1969.
3. -----,cc-' ABREU, J.M. de e VENTOCILLA, J.A. Ensaio de inseticidas no combate a insetos filÓfagos do cacaueiro no EspÍrito Santo. Turrialb~ (Costa Rica) 18(2):186-188. 1968.
RESUMO
Ensaios com inseticidas foram realizados em diversas localidades das regiÕes produtoras de cacau da Bahia e Esp{rito Santo, de dezembro de 1971 a abril de 1972, visando a reavaliar a eficácia entomolÓgica em relação a insetos filÓfagos do cacaueiro, principalmente os crisomel(deos Maecolaspis ornata e Colaspis sulcata, e os curculionldeos Lordops aurosa e Naupactus bondari.
31
O ensaio realizado na Bahia evidenciou a eficiência do Lindane O, 2% (emulsão), Gusathion I, 5% (pÓ), Parathion 'met(Uco lo/o e BHC 1%, sem terem sido encontradas diferenças estatisticamente significativas entre eles. No ensaio realizado no EspÍrito Santo, o BHC I, 5% apresentou a maior eficácia,
No ensaio conclusivo, também realizado na Bahia, em que foram usadas concentraçÕes diferentes de BHC e Lindane, além da nova formulação comercial do Parathion met(lico, os resultados foram praticamente idênticos em relação aos crisomelfdeos e C. sulca ta, pois as diferenças não foram estatisticamente significativ;;.s, Encontrou-se diferença significativa somente quando comparada a eficácia entre o Lindane O, 2% (emulsão) e o BHC 2% (pÓ) com relação ao M. ~. tendo o primeiro apresentado JOO% de eficácia.
CHEMICAL CONTROL OF THE COCOA LEAF-FEEDING INSECTS
IN BAHIA ANO ESPIRITO SANTO
(SUMMARY)
Insecticide trials wer<; carried out to re-evaluate their efficiency in the contra! of various cocoa Ieaf-feeding insects, chiefly the Chrysomelids - Maecolaspis ornata and Colaspis sulca'ta, and the Curculionids beetles Lordops aurosa, Naupactus bondari, in a number of localitles in the cocoa producing regions of Bahia and Espírito Santo.
The resulta showed that Lindane 0.2% (emulsion), Gusathion I. 5%, Methyl Parathion 2%, and BHC 1.5%, gave ~xcellent contrai but with no significant differences between them, for Bahia, though BHC 1.5% was significantly better in Espírito Santo.
In a third trial, also carried out in BahLa, in which BHC (1,0%, 1.5% and 2%), Lindane (0.2% and 0.4%) and Methyl Parathion 1.5% were tested for the control of Chrysomelids, which included C. sulcata, no statistical differences were found between the treatme~. However, for M. ornata there was a significant difference between Lindane 0.2% and BHC 2.0%, the forrner giving 100% contrai.
•••
32
Co!letot41chum c4a~~1pe~ ASSOCIATED WITH COCOA WILTING
IN BAHIA, BRAZIL*
Allha Ram** Chhatthoo Ram** He4m1n1o Mala Rocha**
In May 1971, it was reported that a nwnber of 8-year old cocoa trees of the clone SIAL 698, planted at theJuçari Experimental station belonging to the joint research prograrn of the Ministry of Agriculture and CEPLAC, Juçari, Bahia, were showing wilting syrnptoms. Although it appeared similar to a drought condition this had to be discounted since there was no soil moisture problem. The leaves of the affected trees were drooped with a dull green colar. The wilting was characterized by a gradual yellowing, withering and drying of the leaves followed by death of the tree (Figure 1). Groups of diseased trees were scattered throughout the field. Examination of the roots and crown showed that the tissues were blackened, the roots first showing a reddishblack discoloration and f in a 11 y becoming rotten. It appeared like a vascular parasite invasion of the cocoa root system.
* Received for publication in January, 1973. ** M.S., Division of Plant Patbology, CEPEC.
MATERIALS ANO METHODS
Isolation
Isolations were made from infected roots. They were thoroughly washed in tap water and the root surface scraped using a ste rile scalpel. Small pieces were cnt from the exposed area at the union of the diseased and healthy parts of the infected roots and after surface-sterilization in 7% sodiwn hypochlorite solution for 30 seconds they were placed on potato-dextrose-agar (PDA) slants in tubes. They were left to incubate at laboratory temperature (23-250C), and after 3 days mycelial growth of the fungus was observed in all tubes. Hyphal-tip transfers were t h e n made to fresh PDA tubes.
Pathogenicity tests
The pathogenicity of the fungus was determined by two methods:
Revista Tbeobroma. CEPEC. Itabuna, Brasil, 3(2) 33·40. Abr.· jun. 1973.
33
Figure 1 - Naturally infected cocoa tree showing wilting symptoms in field. Juçari Experimental Station, 1971.
1. Agar tube inoculationForty ml of 2% agar was poured in glass tubes (3. 5 x 15. O em) and sterilized at 12 JOC for 15 minutes. The sterilized tubes were kept in a vertical position for solidifying the agar. Mycelial discs of 9 mm diameter taken from 7 -day old culture of the fungus were inoculated in the tubes. After 5 days of incubation, a cocoa bean (surface-sterilized in 7o/o sodium hypochlorite for a few seconds) was placed in each tube under aseptic conditions. Controla were also maintained whe r e b y the sterilized beans were sown on agar inside similar tubes. Five replications were made for each, the inoculated and
34
control· tubes being incubated for 15 days at laboratory temperature (23-250C).
2. Soil inoculation - The fungu!l was first grown on a sand maize-meal mediwn consisting of 1000 g of washed sand, 1000 g of maize meal and J500ml of distilled water. Ten-day old inoculum was mixed with sterile soil at a J :5 ratio and kept in perforated plastic bags (15 x 20 em) in a hwnidity chamber with fluorescent daylight tubes. Five days a f te r incubation fíve surfacesterilized cocoa beans were sown in each plastic bag and left for 15 days in the hwnidity chamber. Contrais were also maintained,
"
•
15 replications being ma de of each. After !5 days the two treatments were removed to the greenhouse for infection and disease scoring.
Comparison between the pathogen and Coiletot~ichum 9loeo~po~ioide~ Penz. for growth in culture,morphology and infection
It is well known (1, 2) that _f.. gloeosporioides can cause pod rot, leaf ·blight and die-back of cocoa; hence, in order to make a morphological, cultural, and pathogenic comparison of the new pathogen with C. gloeosporioides, five C. gloeosporioides isolates were-obtained from the infected pods, leaves and twigs of various cocoa trees.
l.Growth inculture- Inocula from the two fungi were prepared on PDA in Petri dishes. Mycelial discs of 5 mm diameter were cnt from the cultures grown on PDA for 7 days using a sterile cork borer and plated on PDA, malt extract agar, cornmeal a g a r, yeast extract agar and Prune agar (Bacto). The inoculated dishes were incubated at 260C, and radial growth and colony characters were taken 4 and lO days respectively after the inoculation.
2.Morphologicalcharacters The two fungi were grown on
PDA for 2 weeks to compare their morphological characteristics. Size and shape of conidia were cornpared and the production of acervnli and sele r o tia noted.
35
3. Pathogenicity on pods and leaves of cocoa
a. On pod The tis sue of healthy detached pods was re-moved, using a sterile cork borer 9 mm in diameter, and replaced by mycelial discs of similar size taken from 1-week old cultures of the pathogen and the five isolates of C. gloeosporioides. The inoculated pods were kept in plastic bags, in which 10 ml of sterile distilled water was added in arder to maintain the hwnidity and incubated for 5 days at laboratory temperature.
b. On leaf- The two fungi were grown separately on PDA for 7 days after which myceliwn of the pathogen and spores of the f. gloeosporioides isolates were collected and mixed in a I% water agar solution. Leaves of 4-month old seedlings of the Catongo cultivar were inoculated by brushing the solutions on the upper surface of the leaves, using a fine camel-hair brush. The inoculated leaves were enclosed in plastic bags and lO ml of distilled wate r added to each for maintaining the humidity. The leaves were reexamined 15 days after the inoculation.
EXPERIMENTAL RESULTS ANO DISCUSSION
Pathogenicity tests
The re sults for the two di fferent tests are given in Table 1. In the agar-tube me t h o d the seedlings were stunted, root development was restricted and the
Table 1 - Pathogenicity tests with C, crassipes isolated from cocoa roots. CEPEC, 1971.
roots became black 15 days after inoculation, The iníection extended to the epicotyl region and finally the seedlings died. For the soil inoculation some of the beans germinated but never reached the foliar stage si n c e their hypocotyls were infected, The remaining seedlings shoWed stunted growth and produced wilting symptoms (Figure 2) 20 days after inoculation, The root system of these seedlings was less developed, later becor:ning black and rotten. The contra! seedlings in both tests were healthy and normal.
The pathogen
1. Microscopic charactersThe fructification of the pathogen was not found growing on the affected parts of the trees, No acervuli were formed on the media tested with only a few conidia being produced on the cultures. Conidia were hyaline, unicellular, oblong to elongate and measured 6.0-30.5 xZ.S-4.0 ll. Sclerotial bodies were found in abundance in the cultures but asci and
36
Figure 2 - Cocoa seedlings wilting 20 days after soil inoculation, left: contrai; right: inoculated, CEPEC, 1971.
ascospores were not found on any of the media tested,
The root rotting pathogen apparently belongs to the genus Colletotrichum, Since no other species of the genus has been previously reported causing root rot of cocoa and dueto the difficulty in obtaining sufficient fungai fruiting bodies in cultores as well as on the host parts, the culture of this pathogen was sent to the Centraalbureau voar Schimmelcultures, Baarn, T h e Netherlands, for species determination where it was identified
" 'l1
as Colletotrichwn c r as si p e s (Speg.) v. Arx; the culture was deposited under C. B. S, collection sub nwnber 277.72.
2. Cultural characters - The fungus was grown on a variety of artificial culture media. On PDA it developed qnickly, forming at first white colonies late r becoming brown to black. The colonies were slightly floccose and thin; the reverse was black, On cornmeal agar and yeast extract agar it grewrnoderately, producing different types of colony, On corruneal agar, the colonies were pinkish-white and p os se s se d ridges and furrows, No change in calor was noticed on the reverse side but there were many fissures. On yeast extract agar, the colonies were whitish-brown, with few ridges and furrows; the reverse was totally black with few fissures.
Table 2 -
37
Comparison with C. 9loeo~po~ioide~
Comparative studies between f. crassipes and f. gloeosporioides have shown that the former was totally different in its morphological and cultural behaviour (Tables 2 and 3), It produced very few spores but abundant sclerotial bodies in the culture media, The conidia were long and the colonies were generally deep brown to black whereas C. gloeosporioides bore small corridia and did not produce sclerotia like bodies in the cultures and its colonies were mostly brown with pinkish acervuli with strong sporulation on the cOrnmon media. f. crassipes grew fast and attained a diameter of 7.5 em on the 4th day on rnalt agar and 7. O em on Prune agar, The colonies on PDA were deep brown to black, srnooth, slightly floccose and had
Table 3- Radial growth of colonies of C. crassipes and five of ~· gloeosporioides {mean ~f five replicates). 1971,
isolates CEPEC,
som e ridges and furrows and with reverse black. C, gloeosporioides grew moder"ãtely on the first two media and attained a diameter of 6, 0-6.4 em on malt agar and 4. O to 4. 8 em on Prune
agar on the 4th day, On PDA the c o 1 o n i e s varied from whitish brown to light brown with pinkish acervuU, flat to raised and the rever se was pink brown to black patches (Figure 3).
Figure 3 - Çomparative colony characteres of ~ crassi~ (b) and C. gloeosporioides (a, c, d, e and f; Nos. 6, 4, 7, 5 and 8 respectively) on PDA. CEPEC, 1971.
38
•
An analysis of the resulte of comparative pathogenicity testa for these two species of Colletotrichum (Table 4) indicate that ç_. crassipes is more pathogenic to poda and leaves than all isolates of .9· gloeosporioides, It also produces different type of leaf spots on "Catongo" seedlings.
The leaf spots were typical, at first small, coalescing, forrning big patches, deep brown to black, and irregular in size. In the case of .9. gloeosporioides isolates, the leaf spots were mostly elongate, reddish brown and enlarged quickly, later becoming irregular in size,
Table 4 - Comparative infectivity of f_. crasr>ipes and f.. gloeosporioides isolates to poda and leaves of cocoa. CEPEC; 1971.
++ "' severe infection + = moderate infection O =no infection
ACKNOWLEDGEMENT
Thanks are dueto Dr. J .A. von Arx., Director, Centraalbureau voar Schimmelcultures, Baarn, The Netherlands, for identification of fungus species.
LITERATURE CITED
1, DESROSIERS, R. and DIAZ, J.M. The world distribution of diseases of cacao, ~Conferência Interamericana de Cacau; 6~;
Salvador, Bahia, Brasil, 1956, Bahia, Brasil, Instituto de Cacau, 1957. pp. 331-341.
2. DIAZ, F, Colletotrichum sp. in cacao, (Abatract). Phytopathology 57(1):7. 1967.
39
SUMMARY
' The association of Colletotrichurn crassipes (Speg.) v. Arx. with
cocoa (Theobroma cacao L.) wilt disease is discribed. The pathogen was first isolated from roots of the cocoa clone SIAL-698 showing wilting symptoms, at the Juçari Experimental Station, Bahia. :rhe main symptoms of the disease were drooping, gradual yellowtng, withering and drying of the leaves followed by death of the tree.
The pathogenicity of C. crassipes was proved on cocoa seedli~gs by different methods of inoculation. The inoculated seedlings dted within l month. The fungus also induced pod-rot and leaf spot on cocoa and was more pathogenic to pods and leaves than Ç. gloeospo
rioides.
In comparison to s::_. gloeosporioides, s::_. crassipes formed different types of colonies on culture media, its conidia were slightly
longe r with sclerotia being found in abundance.
Colletotftiehum cfta~~ipe~ ASSOCIADO COM MURCHA DO CACAUEIRO
NA BAHIA,BRASIL
(RESUMO)
É descrita a associação do Colletotrichum crassipes (Speg.) v. Arx. com a murcha do cacaueiro {Theobroma cacao L.). O patógeno foi isolado de raízes de plantas do clone SIAL-698 com sintomas de murcha, na Estação Experiinental de Juçari, Bahia. Os principais sintomas da enfermidade são definhamento, amareleciinento gradual e seca das folhas seguida pela morte da planta.
A patogenicidade do .f.: crassipes foi pro~ada e~ plântu.las de cacaueiro por diferentes métodos de inoculaçao. Plantul:s maculadas morrerrun em ] mês. o fungo também induziu podridao d_o _fruto e J
manchas das folhas do cacaueiro e mostrou-se ma,is patogemco aos
frutos e às folhas do que o .f.: gloeosporioides.
Em comparação com o C. gloeosporioides, o C. crassipes }~rmau diferentes tipos de colônias em meios de cultura, com comdtas ligeiramente maiores e abundância de esclerÓcios.
•••
40
.l!:, ''t!
LOCAIS DE COLETA E DISTRIBUIÇÃO DE Fokcipomyia {DIPTERA, CERATOPOGONIDAE)
RELACIONADAS COM A FLORAÇÃO E FRUTIFICAÇÃO DO CACAUEIRO NA BAHIA, BRASIL*
Saulo de Je~u~ Softia**
Locais de coleta de adultos Fo4eipomyia spp.no cacaueiro
O conhecimento dos hábitos dos polinizadores, sob condições naturais, é particularmente importante devido às implicaçÕes econômicas que novas práticas de cultivo podem trazer ao modificar as condiçÕes do agro-ecossistema do cacaual.
E s tudo s sistemáticos, que permitirrun conhecer os locais onde se abrigam polinizadores adultos nos cacaueiros, foram realizados na área do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC), Ilhéus, Bahia, Brasil, no perÍodo de julho a novembro de 1972.
Para tanto, foram efetuadas coletas sistemáticas de polinizadores em 108árvores previamente etiquetadas. As observaçÕes foram feitas nos botÕes florais, pétalas, estarninÓides, sépalas e ápices secos das folhas, até a altura de 1,80m, em 36 árvores,
* Recebido para publicação em maio, 1973. *" Ph.D., Divisão de Entomologia, CEPEC.
entre 8:00 e 10:00 horas da manhã, e registradas em cartÕes individuais para .cada árvore.
Quando descoberta numa flor, a mesquinha era capturada e a flor imediatamente encerrada em um vidro com 2, 5 em de diâmetro e 1 I em de comprimento. As mesquinhas capturadas eram conduzidas ao laboratório, onde eram mortas e conservadas em álcool a 70% pa:ra estudos taxonÔmicos. As mosqui.nhas foram comparadas com exempla:res identificados por Wirth, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da Atnérica do Norte, para Winder e Silva (13) e para Soria { 16), e por L. G. Saunders, para Soria (11). As chaves de classificação foram consultadas em Wirth { 14, 15 ), Dow e Wirth (3), Saunders (7, 8, 9, 10) e Dessart (2).
Os dados {Quadro I) indicam a quantidade e localização das mesquinhas nas diferentes partes
Revlsta Theohroma. CEPEC, ltabuna, Brasil, 3(2)· 41-49. Abr.- jun. 1973.
41
/
Quadro 1 - Distribuição de mosquinhas Forcipomyia spp. e Daayhelea spp. em diferentes locais do cacaueiro. CEPEC, Bahia, Brasil, abril/novembro, 1972.
da árvore. Por exemplo, 60o/o de Forcipamyia (Euforcipomyia) sp. n9 2 foram caletadas em atitude de descanso em botões florais. Ademais, foram coletadas 19o/o em estaminÓides, sendo todas elas fêmeas polinizadoras de acordo com o hábito descrito por Billes (1), Pasnette (6), Hernandez (5) e Entwistle (4). O restante (2lo/o) foi coletado em sépalas, pétalas e pontas secas de folhas em proporções aproximadamente iguais.
Forcipomyia (Euforcipomyia) sp. n9 1 foi o outro taxon qualitativamente importante (Quadro 1), do qual 57o/o foram coletadas em botÕes florais, 23o/o nos estaminÓides, 10o/o nas pétalas e os !Oo/o restantes nas sépalas e pontas de folhas em proporçÕes aproximadamente i:guais. Os exemplares coletados nos estaminÓides eram
42
exclusivamente fêmeas polinizadoras. A proporção entre machos e fêmeas foi de I :2 e não de 1:1 co'Po e:t"a esJ'erado. Este desequilib:t"io numerico se deve provavelmente à ênfase que foi dada à procura de fêmeas, face ao importante papel que elas desempenham na polinização do cacaueiro.
Observou-se que a maioria dos exemplares (62o/o), nos diferentes grupos taxonÔmicos mencionados, foi coletada em botões florais. O grupo polinizador F. (Euforcipomyia) spp. foi o ÚniCo a demonstrar marcada tendência para os estaminÓides. Os demais locais - pontas secas de folhas, pétalas e sépalas - foram menos visitados. As pontas secas de folhas foram regist:t"adas pela primei:t"a vez como locais de descanso para as mosquinhas polini-
·•
1
zadoras. Existe a possibilidade de que os dados <>stcjam viciados, como conseqtlência da escolha deliberada do local, durante a coleta das mosquinhas. As polinizadoras !.'· (Euforcipomyia) spp. foram as Únicas observadas a caminhar nos estaminÓides, constituindo este comportamento uma ajuda para sua identificação no campo. Não se registrou caso de coleta de mosquinhas no interior das conchas petalÓides que, segundo Hernandez (5), são locais muito f:t"eqtlentados por elas. Isto se deve provavelmente ao fato de os operários encarregados da c o le ta não estarem suficientemenLe treinados para reconhecer a silhueta da mosquinha, vis(vel através da concha petalÓide semi-transparente.
Os adultos, repousando nas diferentes partes da planta, estão permanentemente expostos às diversas práticas fitossanitárias contra os insetos nocivos que integram o agro-ecossistema do cacaual. As formas imaturas -ovo, larva e pupa -, que permanecem ocultas nos substratos de criação, provavelmente escapam aos efeitos do BHC e de outros inseticidas.
Distribui~ão de Fo~cipomyia com relaçao à floração e frutificação em cacaual jovem
Soria (li) mencionou a relação entre distribuição agregada de Forcipomyia spp. e a frutificação do cacaueiro no campo. A maior concentração de mosquinhas Forcipomyia e frutos em certas árvores, comparadas com
43
outras, calirnulou o estudo da possÍvel r<.olação mÚtua da presença das mosquinhas corn a (.arga de frutos. T:t"ês hipÓteses f,,_ ram estudadas por Soria (I J) para tentar explicar a ra,ão P''r que algumas árvores prod•u:em muito mais que outras nurn determinado momento:
A. A possibilidade de uma maior atratividade das suas flo:t"es para as mosquinhas foi estudada com base no nÚmero de flores polinizadas por árvores, mas não foram encontradas diferenças significativas quando se compararam as árvores altamente produtivas com as nao produtivas;
B. A possibilidade de que as árvores particularmente visitadas por mosquinhas estivessem na proximidade de fontes de água, poss(veis s(tios de criação, foi estudada Sem resultados positivos. Os focos de população estavam distribu(dos ao acaso no campo, quer prÓxllnos, quer distantes das fontes de água; e
C. Foi estudada também a possibilidade de haver uma relação direta entre os números de flores dispon(veis na árvore, polinizadores atra(dos e b i I r os resultantes das visitas. A taxa de polinização, em termos de percentagem, apareceu sen1prc co1n urna proporção inversa ao nÚmero de flores disponíveis (4, 5, J 1). Soria ( 11) explica este fenômeno como uma diluição de uma populaç.ão de polinizadores lentamente_ crescente, face a urna populaçao de flores rapidanwnte crescente numa detcrn1inada estação
do ano. O nÚmero de bilros, comparado com o de mosquinhas disponi'veis, nunca foi satisfatoriamente medido e se supoe ser wna resposta às visitas dos polinizadores,
Um a correlação numérica entre as três variáveis - flores, mesquinhas e bilros -, nwn determinado momento, ofereceria wna resposta mais satisfatória para o fenômeno, porquanto ela é teórica e praticamente o resultado de wna relação mÚtua docacaueiro com as mosquinhas Forcipomyia,
Um a área experimental de 368m2 foi selecionada no CEPEC para estudos de distribuição de mosquinhas Forcipomyia, relacionados com a polinização do cacaueiro (Figura I) durante o peri'odo de floração (março/abril de 1972). Esta área, pertencente à Divisão de Genética é dedicada à produção de sementes hÍbridas para distribuição aos agricultores. O estudo foi in i c ia do com wna amostragem da bilração na área. Observou-se iniciahnente wna bUração superior nas árvores l; 12 e !3 (Quadro 2), razão pela qual foi efetuada a procura de mosquinhas nas suas proximidades. ApÓs 2 semanas de coleta, foram registrados dados de mosquinhas, floração e bilração para cada árvore (Quadro 2).
As árvores l; 12 e 13 receberam 3; 11 e 26% do total de visitas de mosquinhas coletadas e renderam o equivalente a 8; 38 e 40o/o da bUração total, respectivamente. Simultaneamente, pesquisaram-se locais naturais da criação nas proximidades das
44
SIAL325 IMC 67 [ SIC 813 [IMC-67
0 ® ®
•'' @ ® ® ® ® @.,, ' ~3 ® ® ® ®
@ @ @ ® @I ®
"" @ @ @ @ @ @ •
® ® ® @ ® ® ÜCACAUEIRO
• ARMADILHA 'NORTE
Figura I - Distribuição dos cacaueiros e localização das armadilhas tipo Winder e Silva no cacaual jovem estudado. CEPEC, Bahia, Brasil, março/ 1972.
mencionadas árvores, encontrando-se pseudo-caules podres de bananeira {Musa sapientum), reconhecidos criadouros em outras áreas do Continente (11). Os pseudo-caules de bananeira foram cobertos com armadilhas de emergência tipo Winder e Silva ( 13), que é uma adaptação bastante modificada da armadilha-isca tipo Estação Experime~tal de Citrus (12). O maior nÚmero de mosquinhas foi obtido nas armadilhas A! e A4{Quadro 3),que foram dispostas a urna distância inferior a 6 metros das árvores 12 e 13 (Figura 1).
Para estudar a poss(vel influência da localização dos cria-
• •
Quadro 2 - Flores abertas, ~ cipomyia spp. e bilros encontrados em illn
cacaual jovem. CEPEC, Bahia, Brasil, abril/maio, 1972.
douras na bUração, somaramse arbitrariamente os totais de mosquinhas e bilros das árvores situadas em volta das armadilhas. Setenta e três por cento do
45
total das mosquinhas e 95% do total de bilros fora.In encontrados nas árvores vizinhas (máximo de 3m de distância das armadilhas). Não foi possível isolar do total de bilros a percentagem correspondente à polinização manual na mesma área, fator que interferiu na interpretação dos presentes dados. Em experimentos futuros, qualquer interferência deste tipo deverá ser controlada.
A proximidade de pseudocaules de bananeira podres das árvores altamente produtivas sugeriu wna relação quantitativa direta da bilração COm os locais de criação. A localização das árvores de sombra Erythrina glauca e M. sapientum a espaços irregulares no cacaual não teve qualquer influência na distribuição das mosquinhas na área. A fase experimental - na qual os pseudo-caules podres de bananeira, previamente infestados com a descendência de espécies polinizadoras conhecidas e localizadas nas proxilnidades de árvores de floração - permitiria comprovar a hipótese acima exposta, Este efeito total está provavehnente relacionado não só com as exigências alimentícias das mosqui.nhas, mas tanJbém COnl a sua capacidade de vôo e direção do vento que, neste perlodo, demonstrou uma orientação predominante de leste para oeste,
Os dados obtidos quanto à freqfiência de Forcipomyia spp. no cacaueiro sugerem o efeito diluído de um pequeno nÚmero de polinizadoras ativas no meio de um grande número de congêneres
I
i ' '
Quadro 3 - Forcipomyia spp. e Dasyhelea spp. obtidas em 17 amostras de pseudo-caules podres de bananeira nas armadilhas de extração tipo Winder-e Silva. CEPEC, Bahia, Brasil, ab:dl/rnaio, 1972.
inativos, ObservaçÕes, a nível de espécie, deverão, por conseguinte, ser feitas para avaliar as
relaçÕes inseto/planta implicadas no fenômeno de polinização do cacaueiro.
AGRADECIMENTOS
O autor agradece aos Eng'?s Agr<?s Pedrito Silva, João M. de Abreu e J.A. Ventocilla e ao B,S, J.A, Winder, pela revisão do manuscrito e cd'ticas; ao Eng<? Agr'? Fernando Vello, pelas facilidades oferecidas na sua área de experimentação, e ao Sr, Florisvaldo A, Galvãa pela ajuda na redação do presente trabalho.
1.
z.
3.
LITERATURA CITADA
BILLES, D. J. Pollination of Theobroma c~cão L. in Trinidad, B.W.I. Tropic~l.Agricul.tu.re (Triuidad) 18(8):151-156. 1941.
DESSART, P. Gont:ribution a l'etude de,; C<Jratopogonidae (Diptera). (VII). Bruxelles, Institut Royal de S~í.ences Natu.relles de Belgique 2(72):1-151, 1963.
DOW, M, 1. and WIRTH, W, W. Stu.dies on the genus Forcipomyia, 2. The Neartic species of the subgenera Thyridomyia and Synthyridomyia (Diptera, Ceratopogonidae). Annals of the l!:ntomological Society o{ Ame rica 65( 1 ): 177~20 1. 1972.
46
• •
4, ENTWISTLE, P. F. Peste of ço<:oa, London, Longman, 1972, 779 p.
5. HERNANDEZ, J. In,;eçt pollination o f çaçao (Theobroma çaçao L.) in Costa Rica, Ph.D. Thesis. Madison, University of Wisconsi.n, 1965, 1&7 p.
6. POSNETTE, A. F. Pollination o f cacao in Trínidad. Tropical Agriculture (Trinidad) 21(6):115-118. 1944.
7. SAUNDERS, L.G. On the life history and anatomy of the early stages of Forci.pomyia (Di.ptera, Nemat. Ceratopogonidae) Parasitology 16:164-213. 1924. ·
8. ·--Of~:;·~O;n~the life history, morphology and sisteu1atic position of Apelma Kieffer and Thyridomyia n, gen. (Diptera, Nemat. Ceratopogonidae). Pa1:a.sitology 17:252-2.77, 1925.
9. ---c7C~ Revi.sion of the genus Forcipomyi.a based on characters of ali stages. Canadian Journal of Zoology 34:657-705. 1956,
10. Methods for studying Fordpomyia midges with special reference to cacao pollinating species (Diptera, Ceratopogonidae). Canadian Journal of Zoology 37;33-5 1, 1959.
11. SORIA, S, StudiOO's on Forcipomyia spp. midges (Diptera-, Ceratopogoni.dae) related to the pollina-tion of Theobroma cacao L. Disserta-tion Abstracts IntOO'rnati.oual3l(5):2744-B. 1970.
12. SOUTHWOOD, T. R. E. Ecological methods. London, Methuen, 1966. 391 p.
13. WINDER,J.A. and SILVA, P. Current research on inseçt pollination of caca6 in Bahia. ~ International Cocoa Research Conference, 4th, Trinidad and Tpbago. Jauuary, 1972. 14 p. e anexos. i
14. WIRTH, W. W. The Heleidae of~_alifornia. Universi.ty fornia Publications Entomology 9:95-266, 1952.
15. --~~ The Neotropical Forcipomyia midges of the Thyridomyia Saunders (Dipte:ra, Ceratopogonidae) . Entomo1ogica B(l-4):429-440. 1970.
16. ----· Correspondência particular. 1973.
RESUMO
of Cali-
subgenus Studi.a
Estudos dos locais de coleta de adultos Forcipornyia spp. (Diptera, Ceratopogonidae) no cacaueiro e sua distribuição com relação à floração e frutificação num cacaual jovem foram conduzidos no Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC), Bahia, Brasl.l, em 1972. F'ora:m coletadas 60% do total de f. (Euforcipomyia) sp. polinízadora n<? 2 em
41
atitude de descanso em botÕes florais e 19o/o em estaminÓides. Os 21% restantes foram coletadas em sé palas, ,_pétalas e pontas secas de folhas em proporçÕes aproximadamente iguais . .f. (Euforcipomyia) sp. n'? 1 foi outro taxou qualitativamente importante, do qual 57% foram coletados em botões florais, 23% nos estaminÓides, 10% nas pétalas e os 10% restantes nas sépalas e pontas secas de folhas, em proporçÕes aproximadamente iguais. A totalidade de exemplares das duas espécies mencionadas coletados nos estaminÓides eram fêmeas polinizadoras. A maioria (62%) dos exemplares foi coletada em botões florais.
Os adultos, repousando nas diferentes pa:t"tes da planta, estão '?ermanentemente expostos às diversas práticas fitos sanitárias contra os insetos nocivos ao cacaueiro. As formas imatu:t"as - ovo, larv! e pupa -, que, no entanto, permanece= ocultas nos substratos naturais de criação, provavelmente escapam aos efeitos dos inseticidas localmente usados. As mesquinhas coletadas e os frutos pegados por árvore indicaram uma agregação daquelas em árvGres e em grupos de árvores, na área experimental do CEPEC. Nas árvores ao redor dos sítios de criação, até 3m de distância, fora= encontradas 73% do total de mesquinhas e 95% do total de bilros. Encontrou-se uma relação quantitativa direta entre a agregação de mosquinhas e a de bilros, atribuÍda à proximidade dos sÍtios de criação, assim como à provável atratividade e à eficiência de fecundação das flores, no clone SIAL-325, auto-compatível.
COLLECTING SITES ANO DISTRIBUTION OF Fo4c~pomyia SPP. MIDGES (DIPTERA,CERATOPOGONIDAE
RELATED TO FLOWERING ANO POD SETTING OF CACAO IN BAHIA, BRAZIL
(SUMMARY)
Studies on the collecting sites of the adult Forcipomyia spp, (Diptera, Ceratopogonidae) on adult cacao trees and the midge dis.tribution on young cacao plantings related to flowering and pod setting were carried out at the Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEO), Bahia, Brazil in 1972, Of the total number of Forcipomyia (EuforcipoiTJyl.a) sp. pollinator species n'? 2 collected, 60o/o were resting on flower buttons of cacao, 19% were females collected on staminods pollinating cacao flowers while the remaining 21% were collected in sepals, petals and dry tips of leaves in equal proportions. Forcipomyia (Euforcipomyia) sp. pollinator species n'? 1 was another taxou qualitatively important of which 57% was collected from flower buttons, 23% were females walking on staminods performing pollination, 10% were recovered from petals and. the remaining 10o/o were from sepals and dry Hps of leaves in about equal proportions.
48
..
•
lt has been pointed out that adults resting on different parts of cacao trees were permanently exposed to the danger of the routine plant protection practices against insects and fllllgi, Irnmature stages such as eggs, larvae, and pupae that remained hidden in their natural breeding places perhaps might escape from the effects of the insecticides Iocally applied,
Midges and yolll!g pods that were collected suggested an aggregation of midges in trees and groups of trees, in the experimental area of CEPEC. Seventy three percent of the total midges and 95% of the total pods were found in the trees that surrounded the natural b r e e di n g places. A direct quantitative relationship between the aggregation of pods was fonnd which is attributed to the proximity of the breeding places, as well as to the probable attractivity and/or fertility of the self-compatible flowers of SIAL-325 trees.
•••
49
NOTAS
•
ILUMINAÇÃO DE MOSAICOS DE RADAR NA PREPARAÇÃO DE UM MAPA TOPOGRÂFICO
PARA A REGIÃO CACAUE!RA DA BAHIA*
Jo~e de O!iveiAa Leite**
• Um dos maiores problemas da cartografia é a obtenção de mapas
topográficos que permitam o levantamento sistemático dos recursos naturais e humanos de uma região (I, 2, 3, 4, 5).
Até fins da década de 60, a obtenção de mapas topográficos consistia exclusivamente na coleta ou determinação de apoios geodésicos, execução de vôos fotográficos, serviços de aerotriangulação, compilação de elementos topográficos por meio de restituidores e, finalmente, obtenção de mapa topográfico com simbologia adequada.
Segundo esta seqtlência, cada projeto de mapeamento exige muito tempo e maiores gastos. Em áreas onde as condições climatolÓgicas não permitem a execução de vôos fotográficos normais nem trabalhos de campo regulares durante todo o ano, o problema se torna mais
sério.
Atualmente, estas dificuldades podem ser atenuadas -e até mesmo eliminadas - com a obtenção de cartas topográficas de boa qualidade a partir da "iluminação" de quadrículas de mosaicos semi-controlados de imagens de radar de visada lateral***· A "iluminação" de imagens de radar consiste na identificação ou revelação de elementos da toponírnia regional sobre estas hnagens, através da utilização de técnicas de fotointerpretação e da execução de traba)hos de
campo.
Na Bahia, estes novos recursos tro de Pesquisas do Cacau (CEPEC) =a superfície de aproximadamente a constituir um suporte cartográfico
já estão sendo usados pelo Cenpara obtenção do mapa-base de 90.000 krn2 (Figura 1) destinado atualizado e suficiente para ma-
* Recebido para publicação em junho, 1973. ** Eng~ Agr?, Setor de Aerofotogrametria, CEPEC.
*** Side Looking Airborne Radar (SLAR).
Revista Theobroma. CEPEC, !tabuna, Brasil3(2) 50-56. Abr.-jun. 1973.
50
f
•
..,,Ó<Io, ...........
""'"''·'' .. ""'"""" """ """'"'" - """" •• ?a% ffiiii] "''" 30 O >O %
~ "''" 20• "'% ~ • .,,.,o,,o% [SSSl '"~' " • • %
~ "'"~'"' ... ~- </000""
''m"• "'"'" .. ool ~c.,,,,· ....
'"' •• moolo.poo
""" ~·· .........: 'j""
Figura 1 - que está sendo cartografada pela CEPLAC através da "il=inaçâo" de imagens derivadas de radar.
5 I
peamento dos solos, recursos geolÓgicos ,.e florestais, elementos do uso-da-terra, hidrologia e outras informaçÕes sobre 89 municÍpios da região cacaueira e áreas circunvizinhas, Com base na metodologia desenvolvida, já foi. coberta uma superficie de 60.000 km2, tendo sido utilizadas mais de 4 mil fotografias aéreas, seis faixas estereoscÓpicas de radar e executados caminhamentos numa extensão de 4.200km.
METODOLOGIA
O processo de "iluminação" desenvolvido no Setor de Aerofotogrametria do CEPEC consiste em: l. Análise direta de imagens de radar, na escala de 1:250.000,e aplicação de técnicas de fotointerpretação a fotografias aéreas verticais - nas escalas de 1:20. 000 a 1:130.000- e a mosaicos fotográficos e fotoindíces; 2. Utilização de mapas topográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e mapas municipais nas escalas de 1:30.000 a 1:250.000; e 3, Obtenção de dados através de caminhamentos topográficos rápi"f dos. A utilização destes elementos varia com as condiçÕes encontradas nas diferentes áreas da Região, conforme pode ser visto a seguir:
Identificação de elementos topográficos locais maiores ou evidentes na imagem de radar
Consiste na identificação direta de acidentes geográficos sobre a imagem de radar em cronapaque, utilizando-se informações contidas em mapas do IBGE, na escala de 1:500.000. Assim, foram reconhecidas as maiores cidades da Região, calhas dos cursos inferiores dos rios de Contas, Pardo, Cachoeira, Jequitinhonha e Mucuri, lagoas, rias da baía de Camamu, estradas federais implantadas etc.
Identificação de redes de drenagem em faixas de radar estereoscópicas
Executada apenas nas áreas onde as faixas de radar permitem a observação estereoscÓpica de imagens resultantes de superposição de rastreias radagramétricos.
Identificaçã? de redes de dren~gem = elementos topográficos menores* em areas com fotograf~as aereas e mosaicos convencionais
Consiste na identificação estereoscÓpica de redes de drenagem, com generalização, e elementos toponÍmicos em fotografias nas es-
* São considerados elementos topográficos menores as pequenas cidades, vilas e povoados, rodovias estaduais e municipais etc., não prontamente per<::eptiveis na imagem de radar, mas sensoriadas por este sistema.
52
•
calas de l :25. 000 seguido do lançamento imediato destas informaçÕes sobre fotofndices e mosaicos fotográficos convencionais em 1:150.000 e destes, por comparação de imagens, para o mosaico d" radar em cronapaque. A utilização de fotoíndices e mosaicos nestes trabalhos torna-se necessária por causa da dificuldade de compq.ração direta de urna área contida numa fotografia com sua correspondente na imagem de radar devido à grande diferença (lO vezes) de "8-calas entre as duas imagens,
Identificação de redes de drenagem e de elementos menores em áreas com fotografias em várias escalas porém sem fotoindices ou mosaicos
Neste caso, tendo em vista a necessidade de se ter os elementos topográficos em urna escala mais próxima de imagem de radar, as observações estereoscÓpicas são feitas como no caso anterior. Mas, ao invés do lançamento das informaçÕes topogr.Í:íicas sobre fotoÍndices e mosaicos fotográficos, procede-se à montagem de um mosaico com as fotografias trabalhadas, seguidas da compilação e redução pantográfica ou fotográfica das informaçÕes para a escala aproximada do mosaico de radar (1:250.000) antes do seu lançamento neste.
Identificação de informações topográficas menores em áreas sem fotografia aérea
Consiste na execução de caminhamentos topográficos superexpeditos* utilizando-se automóvel - cujo odômetro, modificado, fornece as distâncias dos alinhamentos- e bÚssolas tipoBRUNTON para medir os azimutes.
ApÓs o desenho dos caminhamentos na escala de 1:25.000, procede-se à sua redução para a escala de 1:250.000, em papel vegetal, Identificadas no mosaico de imagem de radar em cronapaque as extremidades do trecho levantado, é verificada a coincidência de todo o seu traçado com as indicações do relevo, segundo a imagem de radar e, finalmente, o trecho é gravado ou "iluminado" com Uina pena tipo POLYGRAPH.
DESENHO FINAL DO MAPA TOPOGRÁFICO
O desenho final do mapa topográfico com simbologia adequada será a cÓpia em papel Herculene das informações topográficas "iluminadas" sobre as quadrículas de mosaicos de imagens de radar.
* Rendimento médio de 25 km de poligonais por dia, ao invés de menos de 3 km diários obtidos por meio de caminhamentos topográficos exp&ditos normais.
53
LITERATURA CITADA
1. AMERICAN SOCIETY OF PHOTOGRAMMETRY. Manual of photogrammetry. 3rd. ed. Falls Church, Va., American Society of Photogrammetry, 1966. 1199 p.
2. BRANDENBERGER, A. J. World-wide mapping survey. Photogrammetric Engineering 36:355-359. 1970.
3. ----:;:::; Economic impact of world-wide mapping. Photogramtnetric Engineering 35:341-345. 1969.
4. CRANDALL, C .J. Radar Engineering 35·641-646.
mapping 1969.
in Panama. Photogrammetric
5. VAN ZUILEN, L. Production of photomaps. The Journal (Eng1and). Dezembro: 92-102. 1969.
RADAR IMAGERI ILUMINATION IN THE PREPARATION OF A BASE MAP
FOR THE COCOA REGION OF BAHIA,BRAZIL
Cartographic
•
4
The availability of topographic base maps for integrated surveys of natural and human resources constitutes one of the biggest problems in several developing countries in the world (J, 2, 3, 4, 5).
Up to the end of the 60's decade, the production of base maps basically consisted of collection or determination of ground control points, flights for aerial photography, aerlal triangulations, p1otting of topographic elements by means of stereoplotters and, finally, the preparation of a topographic map with adequate syrnhols.
According to this sequence, each rnapping project is time consuming and expensive. On arcas whEoore clouds neither permit photogrametric flights nor regular field works along the year, the problem becornes more serious.
However, these dificulties rnay be attenuated ar elirninated with the preparation of base maps by iluminating semi-controlled mosaics of SLAR * irnagery. The "ilumination" of this basic rnateria.l means the identification o r revelation of regional topographic e 1 em e n t s through the use of photointerpretation techniques and field works.
In Bahia, this method is being used by the Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC) for the preparati.on of a topographic map of an
* Side Looking A1rborne Radar.
54
area of about 90,000 sq.km. (Figure 1), whkh will be an up-to-date basic map and will provide sufficlent support for soils, geology, hydrology,land-use and other informations in 89 counties of the Cocoa Region and the adjoining areas.
METHOD
The process of "ilumination" developed by the CEPEC consists of direct analyses o( radar imagery, photointerpretation of aerial photographs and topographic maps at dif(e:rent acates, ages and quality that are available in the region; as follows:
Identification of major topographic elements on radar imagery
It consists of the direct identilicati0n Gol geographic informations on semi-controlled mosaics o! SLAR image:ry (on polyeater base), by uaing elements shown on topographic map available at the scale of 1:500,000. In this way, the largest towns, :rbrers channels, lagoons, federal roads, and drainage lines on flat su:rfaces are easily recognized.
Identification of drainage networks on radar strips
Executed only on those areas where thls kind_ of photographic material permits the stereoscopic observations of images fo:rmed from the overlaping of flight strips.
• Identification of drainage networks and other minar topographic elements* in areas with aerial photographs and conventional mosaics
It consists of the stereoscop1c identification of drainage lines and topog raphic informations on aerial photographs at the scale of 1:25, 000 and transference of the informationa to conventional photographic mosaics at the scale of 1:100,000. Then, by comparison of images, the elements are plotted on SLAR mosaics.
The use of conventional photographic mosaics was necessary because of the difficulty of making a direct comparison of an area on the aerial photograph with its correspondent SLAR imagery, dueto a large difference ( 10 ti.mes) in scale.
* Minor topographic elements mean little vmages, hamlets. drainage ]ines and roads not c]eady idenHfled on SLAR imagery, but recorded by SLAR system.
55
Identification of drainage networ~s- and minar topografic elements on areas with photograph1C converage,but without conventional mosaics
In this case, due to the need for topographic elements at a scale closer to SLAR mosaic, the stereoscopic observations are carried out as in the fonner case, However, instead of plotting the informations on conventional mosaics, a special mosaic is made by preparing an assemblage of the airphotos previously interpreted. Then, after compilation, all informations are reduced to SLAR mosaics scale, befol'e they are plotted on the radaT photo-base,
Identification of minar topographic informations on areas without aerial photographs
• It consists of the super-expedite* surveys by using a jeep with
its odometer modified, for providing distances, and a BRUNTON cornpass foT measuTing azimuths. After the poligonal surveyed !ines are drawn at 1:25,000, a photographic reduction is made and all the information put on the reduced copy at the scale of 1:250,000, Then the extreme points of each poligonal line are identified on the rad:fr mosaics and the details of all the ground featuTes in between the points are analysed with the help of the local relief seen on radar imagery. Finally, the information is plotted on the radar mosaic by using ink.
THE FINAL TOPOGRAPHIC MAP
The final cartographic base, with adequate symbols, prepared on polyester base paper, provide all the informations that are revealed or nnmninated".
•••
* It was called super-expedite because the average of line smveyed per day was 25 sq. krn lnslead oi around 3 8q. km that ls nmmally p<Jssible dai!y by conventional methods.
•
TtCNICA SIMPLES PARA ISOLAR Mic~ocyclu~ alei (P. HENN) V. ARX,
FUNGO RESPONS1i.VEL PELA "QUEIMA SUL-AMERICANA" DAS FOLHAS DA SERINGUEIRA *
A~naldo Gome~ Medei~o~**
Os fungos de Cl'escimento rápido em melo de cultura sao relativamente fáceis de se Tem isolados de partes infectadas de plantas, A desiníestação prévia da superfí'cie da planta, com substâncias qufrnicas e/ou mesmo lavagens sucessivas com água esterilizada, fo:rnece culturas puras do fungo, pela implantaçâo do tecido no meio de cultivo.
Para fungos de crescimento lento em meio de cultura, que, apesar de precauções assépticas rotineiras, são geralmente contaminados por bactérias e fungos de crescirnento rápido, têm sido desenvolvidos, com sucesso, meios de cultivo seletivos,
Nos trópicos, existe sempre a necessidade de prover culturas puTas, em curto espaço de tempo, de material de plantas naturalmente infectadas. Isto constitui um problema pois, algumas vezes, a área infectada se apresenta coberta com diferentes estrb.turas fúngicas. Ou meios seletivos de cultivos estão faltando ou as drogas quiÍnicas são de difÍcil obtenção; e muito tempo seria necessário para desenvolver mn novo meio de cultivo.
O isolamento do Mycrociclus ulei, agente causador da "queima sul-americana" das folhas de seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg. ), apresenta as dificuldades acima citadas (1, 2).
Uma metodologia para coleta manual de massa de esporos de estruturas fúngicas externas no material infectado foi impl'ovisada e usada com sucesso para isolar tais microrganismos em standard agar-batata-dextrose (ABD), apesar de seu lento crescimento e ocorrência com outras estruturas fÚngicas. Uma vez obtida a colônia em cultura pura, poderão ser obtidas culturas monospÓricas pol' métodos rotineiros, desenvolvendo-se meios seletivos, se necessários, para posteriores isolamentos e estudos específicos,
A metodologia consta de seis etapas, a saber:
I. Selecionar material infectado com escassa frutificação do fungo;
* Recebido para publicação em junho, 1973. ** Enlt' Agr?, M.S., Divisão de Fitopatologla, CEPEC.
Revista Theobroma. CEPEC, ltabuna, Brasil, 3(2) 57·59. Abr.~jun. 1973.
57
2. Se necessário, induzir esporulação;
3. Sob a binocular estereoscÓpica, localizar uma estrutura particular, portadora de esporo, e torná-la bem visÍvel, colocando a superfÍcie da necrose foliar perpendicular ao campo, por ajusta
mento do foco;
4. Tomar uma alça de platina (melhor ainda se for de arame) com bloco triangular, tão pequeno quanto possível, de agar-água na
ponta;
5. Sob a binocular, tocar um vértice do triângulo, suavemente, no esporo e/ou na massa de esporos, sem tocar a superfÍcie foliar; e
6. Rapidamente, transferir o bloco de agar-água para um tubo de ensaio contendo ABD inclinado.
Todas essas operaçÕes são conduzidas com flarnbagem, rotineiramente usada em técnicas de isolamento. Maior sucesso terão os isolamentos nos quais os esporos coletados sejam recolhidos para ABD o mais depressa possível.
Em nossa experiência, ocorreu apenas lO a 20% de contaminação bacteriana. Isolamentos com sucesso foram feitos com quase todos os tipos de fungos fi.topatogênícos, incluindo· M. ulei, Stemphylium solani Weber, Cercospora musae Zim, Phytophthora infestans (Mont) De Bary, Phytophthora palmivora (Butl.) Butl., Curvularia maculans, Hehninthosporium, Cephalosporium, Verticillium, Ceratocystis, Sep
toria, Periconia etc.
l. c.
LITERATURA CITADA
GONÇALVES, C.J.R. Isolamento de D ulei a partir de lesão foliar. Bol. Técn. n'? 35. MA/IPEÃN-.-1968.
2. LANGDON, K. R. Developrnent of a new medium for culturing ~ thidella ulei in quantity. Phytopathology 56:564-565. 1966.
A SIMPLE TECHNIQUE TO ISOLATE /.U •. cJw cyef.u.-!> u.le.i. (P. HENN)--:- V. ARX
. THE CAUSAL AGENT OF SOUTH AMERICAN RUBBER LEAF BLIGHT
Fast growing fungi in culture media, are relatively easy to be isolated from infected plant material. Previous surface disinfestation with chemicals or even washing several times with sterile water, providc pure cultures of the fungus by tissue implantation in the
media
58
•
Slow growing fungi in culture media, generally are easily contamined by íast growing fungi and bacteria in despite of routine asseptic precautions. Selective media have been sucessfully developed for isolation of specific fungus.
In the tropical area, always there is need to provide pure culture, in short time, from natural infected plant material, or, sometimes the infected area is covered with unlike fungi structures. Selective medi um, either is missing o r chemicals are difficult to be obtained, also time would be consumed in the new culture medium development.
Microciclus ulei, the causal agent of South Ame rica rubber (~ brasiliensis Muell. Arg.) leaf blight is representative of those difficulties (1, 2).
Hand picking spore mass from outside infected plant material fungi structures was improved and successfully used to isolate such microorganisms in standard potato dextrose agar (PDA), in despite of their slow growth and occurrence as in mixed structures. Once the colony is obtained in pure culture, monosporic cultures can be obtained by routine rnethods, as selective media can be developed, if necessary, for further isolations and specific studies.
The methodology consista in the following six steps:
L Selection of the infected material with scanty fungus structul"e;
2. If necessary sporulation should be induced;
3. Under binocular esterioscopic, locate the particular structure bearing spore and make the structure well visible by placing the necrotic leaf surface ·perpendicular to the field by adjusting the focallevel;
4. Take a platinum needle (better is a wire) with a triangular wateragar block at the end, smaller as possible;
5. Under binocular, gently touch one vertex of the triangle in the spore or spore mass without touching the Ieaf surface;
6. Quickly transfer the water-agar block to aPDA slant in a test tube. All these operations are carried out under a fi:re flame as routinelly used in isolation technique. As quick as the spore picking is made and transferred to PDA, more successfully will be the isolaments.
In our experience, only lO to 20% bacterial contamination does occurs. Successfull isolation were made with almost all kind of phytopathogenic fungi, including: M_; ulei, Stemphylium solani Weber, Cercospora ~ Zim, Phytophthora infestans (Mont) de Bary, Phytophthora palmivora (Butl.) Butl., Curvularia maculans, Helminthosporium, Cephalosporium, Verticillium, Ceratocystis, Periconia, Sep~ and so on.
59
INFORMAÇXO AOS COLABORADORES
Os conceitos e opiniOes, emitidos nos artigos, sâo da exclnsiva responsabilidade dos autores, São aceitos para publicação trabalhos que se constituam em real contdbuiçâopara um melhor conhecimento dos t€mas relacionados com problemas agronÔmicos e sÓcio-econÔmicos de áreas cacaueiras.
Os artigos devem ser datilografados em espaço duplo, com o máximo de 2. 500 palavras ou 1 O (Ôlhas tamanho carta (28, O x 21, 5 em), em uma sÓ face e com margens de 3 em por todos os lados, Os originais devem ser acompanha. dos de duas cÓpias perfeitamente legÍveis.
Desenhos e gráficos devem ser feitos com tinta nankin e não ultrapassar a medida de 18, O X 20, O em; as fotografias devem ter 15, O X 23, O em, em papel fotográfico brilhante com bom contraste. As ilustrações devem ser n'~meradao e com legenda~ escritas à máquina, em papel separado. Recomenda-se não dobrá-las para evitar dificuldades na reprodução.
As referências no texto devem ser feitas pelo nome do autor, acompanhado do nÚmero de ordem da citação bibliográfica. Ex.: Medeiros (5), ou simplesmente (5 ). A "Literatura Citada" deve ser organi=<ada por ordem alfabética dos autores, com número d<: ordem, usando-se o seguinte sistema:
5, :MEDEIROS, A,G, Método para estimular ,a eaporulação do Phytophtho.r! palmivora (Butl.) Butl. em placas de Petri, Phyton 22(1):73-77. 1965.
O resumo nãc deve exceder meia página datilografada, sendo acompanhado de versao em inglês. São aceitos artigos em portuguêa, espanhol, inglês e francês.
INFORMATION FOR CONTRIBUTORS
Concepts and opinions given in artides are the exclu~ive responsibility of the authors. Only articles concerned with agronomic and social-economic problems oí cocoa growing areas, which representa new contribution to the subject, will be accepted for publication,
Artides should be typed in double spacing with a ma>rimum o f 2, 500 words o r lO letter sized pages (28. O x 21.5 em) with a 3 em ma~gin on ali sides, together with two legible copies.
Drawings and graphs should be prepared with India ink not exceeding 18. O x 20. O em; photographs should be 15. O X 23, O em glosay prints with good contrast. Illustrations must be numbered, with the machine typed subtitles on separate paper. To avoid reproduction difficulties it is recommended that enclosures should not be folded.
Text references should appear with the name of the author and/or the order nurr.ber in the literature citation. The 11 Literature Cited" should be numbered in alphabetical order employing the following system:
s. MEDEIROS, A. G. Método para estimular a esporulação do~!hora palmivora (Butl.) Butl, em placas de Petri. Phyton 22(1): 73-77. 1965.
Articles are accepted in Portuguese, Spanish, English, and French.
60
•
•
..
REVISTA THEOBROMA
Julho-Setembro 1973 Ano lU N? 3
Pul>licação trimestral ded;csda à divulgação de investigação científica relacionada com problemas agronômicos e sócio-econômicos de áreas cacaueiras. Editada pelo Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC), Departamento da Comissão Executiva do Plano de Recuperação Econômico· Rural da Lavoura Cacaueira (CEPLAC).
COMISSÃO EDITORIAL
AI vim. Paulo de T. Cruz, Luiz C. Sales, José C. de Vello, Fecnando
ASSESSORES CIENTÍFICOS
Aitken, William M. Alencar, Maria H. Cabala R •• F. Percy Cadetto, Geraldo A. Dessimoni Pinto. C.M. Ghosh. Biswa N. lgue, Kozen Loureiro, Edmar S. Maravalhas. Nelson Mariano, Antonio H. Medeiros. Arnaldo G. Pereira, Clóvis P. Rocha. Hermínio M. Silva, Luiz F. da Silva, Pedrito Vasconcelos Filho. A.P. Ve!l.tocilla, José A.
Endereço para correspondência (Address for correspondence):
R<'vista Theobroma Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC). Cab,a Postal 7 45.600- Itabuna. Bahia
Brasil
Tiragem
3.000 exemplares
CONTEÚDO
1. Controle das formigas cortadeiras Atta cepha· lotes e Atta sexdens na região c"caueira da Bahia. J.M. Abreu e P. Silva ..... .
Control of tbe leaf--cutting ants Atla cepha· lotes and Atta sexdens in the Cacao Region of Bahia. (Summary) p. 10.
2. Virulence of some selected isolates of Pbytopbthora palmivora in cacao. c. Ram e
A. Ram.
Virulência de alguns isolados selecionados de Phytophthora palmivora em cacaueiro. (Resumo). p. 16.
3. Nematodes of lhe Cocoa Regiou o/ Bahia. Brazi/. 11- Occurrence and distdb1ltion of plant paras#tc nem(ltodes associ(lted witb cocoa (Theobroma cacao L.). R.D. Shmm(l e S.A. Sher.
Nematódios da região cacaueira da Bahia. li - Ocorrência e distribuição dos nematódios parasitos associados com cacau (Theobmma cacao L.). p. 24.
4. Aptidão agricola dos solos da região cacaueira da Bahia. L. F. da Silva. R. Carvalho Filho e A.A.O. de Melo.
Agricultura! potential of the soils of the Bahian Cocos Region. (Summary). p. 39.
NOTA
E!xpedição inlemadonal.O Am<~zôniaEqu<~torhma para coleu de material botânico de cacau. G.A. Carletto.
An intemational cocoa collecting expedition to the Ecuadorian Amazon. p. 44.
J
"
•
'
CONTROLE DAS FORMIGAS CORTADEIRAS At:ta. c.epha.to:teil E A:tta. il cxderu.,
NA REGIÃO CACAUEIRA DA BAHIA*
João Ma.nael Abftea** PedA~:to S~lva.***
As sauvas (formigas cortadeiras) podem ser consideradas como as pragas mais nocivas à agricultura brasileira, No Brasil, são encontradas 11 espécies de sa~vas (7). Dentre elas, a "sa~va da mata" (Atta cephalotes L.), e a "formiga de mandioca" (Atta sexdens, (L.), s. lat.) atacam o cacaueiro na Bahia. A distribuição geográfica da primeira, em territÓrio baiano, se estende por toda a floresta tropical ~mida, onde se cultiva o cacaueiro, sendo circunscrita pela segunda, que é tÍpica das áreas cobertas por vegetação do tipo de transição, abertas para os cultivos de subsistência (9).
Algumas diferenças no comportamento e hábitos das espécies acima referidas são apontadas por Silva (8).
Os danos causados pelas sauvas vezes, plantas
aos cacaueiros são, por tão severos que muitas nao se recuperam e mor-
rem, devido aos ataques contÍnuos, dando lugar a "clareiras" nos cacauais,
A grande importância que as sa~vas representam para a economia agrÍcola brasileira motivaram inÚmeros estudos, principalmente no campo do controle quÍmico (2, 3, 5, 6, 10).
Neste artigo, são apresentados os resultados obtidos em ensaios comparativos de campo , nos quais foram utilizadas iscas granuladas e formicidas em pÓ, visando ao controle dessas espécies na zona fisiográfica cacaueira da Bahia e áreas limÍtrofes.
MATERIAIS E MÉTODOS
Os ensaios para determinar a eficácia dos formicidas contra a A. cephalotes foram realizados no-; municfpios de Una, Camacan, Ubaitaba e Ibirapitanga, no perÍodo de outubro de 1970 a agosto
* Recebido para publicação em dezembro, 1972. ** M.S., Divisão de Entornologia, CEPEC.
*** F .R.E.s., Divisão de Entomo!ogia, CEPEC.
Revista Theobroma. CEPEC, ltabuua, Brasil, 3(3):3- 11. Jul.-set. 1973.
3
------·-----
de 1971. Com relação à A. ~ dens, foram efetuados em Itagintirim e Eunápolis, cobrindo o perÍodo de outubro de 1971 ajaneiro de 1972.
Os tratamentos e dosagens empregados foram os seguintes:
Iscas granuladas
Mirex (Dodecacloro) Mirex (Dodecacloro) Nitrosin (Aldrin) Nitrosin (Aldrin)
pós secos
Aldrin 5% Aldrin 5o/o + PDCB Heptacloro 5o/o
Dosagens (g/mZ de
ninho)
5 lO 5
lO
30 30 30
Em cada localidade, foi realizado um ensaio. Para cada ensaio, foram escolhidos 70 formigueiros (lO para cada tratamento). A quantidade de formicida destinada a cada formigueiro foi calculada em função da área, sendo os pÓs secos aplicados com o auxÍlio de bomba insufladora manual e as iscas, depositadas ao longo dos carreiras, nas proximidades da entrada dos canais de abastecimento,
A primeira verificação do efeito dos tratamentos foi feita decorridos 60 dias da aplicação e constou da introdução e agitação de uma vara ílexfvel no interior dos canais do formigueiro. A saida de individuas indicava que o ninho se encontrava etj ~tividade, A segunda verificaçao foi efetuada 90dias apÓs a aplicação, procedendo-se do mesmo modo que para a anterior, A Última
4
verificação foi efetuada decorridos 120 dias da aplica5ão e constou da abertura da media de cinco canais artificiais por ninho, utilizando-se uma sonda JP {4), Se,pelo canal artificial, não saisse algum indivÍduo,o formigueiro era considerado extinto. A 1 ~ m disso, procedeu-se a escavaçao de alguns ninhos.
A eficácia dos formicidas foi avaliada em porcentagem decorrente da relação entre o nÚmero de ninhos extintos e o de ninhos tratados.
A fim de avaliar a eficiência dos formicidas nos diferentes locais e sua interação, aplicou-se • o teste de Qui-quadrado, consi-derando-se os ninhos extintos e os ativos. Para comparar os formicidas, o Qui-quadrado para tratamentos foi decomposto em tantos contrastes o r to g o na i s quantos eram os seus graus de liberdade.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A. ee.pha.to-tef>
Na Figura 1, está registrada a eficácia m~dia apresentada pe. los formicidas, no controle da A. cephalotes, nas diversas locali'= dades. No Quadro 1, estão representados os dados referentes a dosagens, nÚmero de formigueiros tratados, área m~dia dos formigueiros e eficácia m ~di a alcançada p e I os formicidas no combate à saÚva da mata.
A análise dos dados mostrou haver diferenças ao nfvel de 5o/o de probabilidade entre os trata-
' .
.•
MIRE>(
5g/m2
DuNA
MIREX
10s/m2
~CAMACAN
PDCB
IIlliJ UBAITABA l§J IBIRAPITANGA
Figura I -Eficácia de formicidas no controle da Atta cephalotes. Região cacaueira baiana, perÍodo outubro 1970/agosto 197!.
mentos, Os pos secos f o r a m mais eficientes quando comparados com as iscas granuladas, sendo as diferenças altamente significativas. Entre os pÓs,destacaram-se o Aldrin + PDCB e o Heptacloro, sem que se encontrasse diferenças quando comparados com o Aldrin. As iscas granuladas, quando comparadas entre si, não acusaram diferenças significativas.
Não se verificaram diferenças entre Una e Camacan quanto aos resultados da eficiência no combate à A. cephalotes; contu-
5
do, entre Ibirapitanga e Ubaitaba, a diferença foi significativa, Ao se comparar os resultados obtidos em Ubaitaba e Ibirapitanga com os de Una e Camacan, ocorreu diferença significativa. A diferença observada entre os resultados de Ubaitaba e Ibirapitanga foi motivada principalmente pela baixa eficiência obtida pelo Mirex, na dosagem de lO g/m2, aplicado em Ibirapitanga. Esta baixa eficiência parece ter sido influenciada pela precipitação ocorrida no mesmo dia de aplicação da isca (7, Smm) que se elevou nos 2 dias subseq6.entes.
Quadro I Eficácia média de form;cidas no controle da Atta cephalotes em quatro diferentes localidades da região cacaueira baiana. Periodo outubro 1970/agosto 197l.
'<E. f;i Área i-nédia; NiimeN de Efi.;:ácia.
Dosagens do' Formicidas {g/ml) fOrmigueiros
formigueiros média
:s lQ 5:'
Aliás, a explicação para a menor eficiência das iscas granuladas no controle _da .f'!::. ceph;;lotes, em comparaçao com os pos secos, está ligada às precipitações, pois elas não devem ser aplicadas quando ~ esperado um periodo chuvoso dentro de 24 horas {l). Este perÍodo é, no entanto, diffcil de ser previsto nas condiçÕes de clima tropical ,:;__ mido.
Comparando os resultados do presente trabalho com os de outros autores, verifica-se, com relação aos pÓs secos, que Vanetti ( 10) faz referências a trabalho realizado no Peru onde foi demonstrada a eficiência do Aldrin, Clordane e Dieldrin no controle da!'!::.: cephalotes. Com referência as iscas, Zarate (11), ainda no PE'ru, obteve eficiência máxima com o Mirex no controle
tratados l="l
i%1
4ú !=.3, 2 40 72,0
·.4Sf'" .td.,8 ·>~o,' ;'H}.S
6
•
de!::· cephalotes, aplicando IOOg da isca por canal de abastecimento.
A. ó exdertó
No Quadro 2', estão registrados os resultados relativos à eficiência m~dia alcançada pelos formicidas, no controle da!::· sexdens, bem como a área m~dia dos formigueiros, as dosagens e o niimero de formigueiros tratados para o ensaio. A Figura 2 mostra a eficácia apresentada pelos inseticidas em Itagimirim e Eunápolis.
A análise dos dados evidenciou não haver diferenças significativas entre os tratamentos. No entanto, ao se agrupar os pÓs secos e as iscas granuladas, foram encontradas diferenças significativas entre eles, sendo que
•
•
Quadro 2 - Eficácia m~dia de formicidas no controle da Atta sexdens em duas diferentes localidades da região cacaueira baia
Feriado outubro 1971/janeiro 1972.
as iscas obtiveram os melhores
resultados.
Ao se comparar os resultados dos ensaios realizados em Eunápolis com os de Itagimirim, não se encontrou diferença significativa. Isto demonstra que, independentemente des~es locais, a ação dos formicidas e similar.
Entre o Mirex e o Nitrosin, nao se encontraram diferenças nem mesmo quando comparadas as dosagens diferentes com que foram testados. O mesmo se verificou quando se compararam Aldrin com Heptacloro e Aldrin com Aldrin + PDCB.
Contrariamente aos resultados obtidos para a f::.· cephalotes, as iscas granuladas foram mais eficientes no combate à !:'!· sexdens. Esta maior eficiência pode ~:r ligada não sÓ ao comportamento da prÓpria esp~cie em a-
7
ceitar as iscas como tamb~m ao fato de a distribuição desta formiga se estender pela região de transição, mais seca do que a área de distribuição da !'!c· cephalotes, e se limitar com a área da floresta tropical \imida:_ onde as precipitaçÕes anuais sao ma 1 s elevadas. As iscas granuladas -salvo no caso do Mirex na dosagemde 10g/m2, aplicad~ emlbirapitanga, onde a eficacia foi mais baixa - apresentaram resultados que se aproximam, tanto no combate à!::· cephalotes como à!::· sexdens.
Os pos secos foram mais eficientes no controle da !::· ~ phalotes devido às diferenças ~e estrutura do ninho de cada especie, A A. sexdens constrbi os formigueiros em solo não sujeito a inundação, as "pane las" que abrigam as hortas de fungo se encontram a boa profundidade e
D lTAGIMIRlM
Figura 2 - Eficácia de formicidas gião cacaueira baiana,
os canais possuem estrutura e entrelaçamento muito complicado, o que, de certa maneira, dificulta a penetração do p,:; nas câmaras. Os ninhos de~· cephalotes, por sua vez, se encontram em solos sujeitos a inundações, os formigueiros fonnando enormes montes de terra solta, no interior dos quais, ou à pouca profundidade, se encontram as "panelas" (9).
CONCLUSÕES
Os resultados alcançados evidenciaram as diferenças entre as duas formulaçÕes de for-
lilllJ EUNÁPOLlS
no controle da Atta sexdens. ReperÍodo outubro 1971/janeiro 1972.
8
micidas no que se refere à eficácia de controle da!:::· çephalo~ e!:::· sexdens. As iscas granuladas foram mais eficientes no controle da ,!:::. sexdens e os pos secos no da~- cephalotes.
No caso da A. cephalotes, --qualquer um dos pos secos pode ser recomendado para o seu controle em todas as estaçÕes do ano e, muito embora tenham sido, sem sombra de dÚvida, os mais eficientes, podem tamb~m ser usadas as iscas granuladas nas épocas mais secas do ano. Para o controle da !:::· sexdens, podem ser, indiscutivelmente,
•
•
recomendadas as iscas granu
ladas.
As iscas -tanto o Mirex, como o Nitrosin Extra - podem
ser aplicadas na dosagem de 5 gfm2 de formigueiro enquanto que qualquer um dos p,:;s, na dosagem de 30 g de formicida por m2,
AGRADECIMENTOS
Os autores agradecem ao B.A. (Oxon) John Anthony Winder, pela colaboração prestada na execução dos trabalhos de camyo e ao D~, Gilberto Paez Bogarin, do Instituto Interamericano de Ciencias Agricolas da OEA, Turrialba, Costa Rica, pela orientação nas análises
estatÍsticas,
LITERATURA CITADA
1. ALLIED CHEMICALS. Summary of basic informati.on for Mirex pelleted bait "450". Agricultura! Chemicals 1283-01-1105
(u.s. Reis sue 24, 750). s.d. 4p .
2. AMANTE, E. Competição entre Heptacloro pÓ e outros formicidas clorados em pÓ no combate à formiga saúva Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 e Atta laevigata (F. Smith, 1858). Biol~gi.co (Brasil) 33(4):80-84. 1967.
3, ·---~c· Competição entre as iscas gl'anuladas à base de Aldrin e Mirex (dodecacloro) no combate à formiga saÚva: Atta sexdens rubropilosa F orei, 1908 e Atta laevigata (F. Smith, 1858) Hymenoptera: Formicidae. BiolÓgico (Brasil) 34(7):
168-171. 1968.
4. AUTUORI. M. Um novo processo de combate à saÚva. BiolÓgico
(Brasil) 6(9):270-272. 1940.
5. COSTA, J .M. Teste comparativo dos formicidas ''Elenco" e "MM 33" no combate à sa~va do cacaual, Atta cephalotes. !!!. Reunião do Comité Técnico Interamericano de Cacau, 61}, Salvador, Bahia, Brasil, 1956. Bahia, Instituto de Cacau, 1957.
PP· 343-350.
6. FREIRE, J .A.H. e VANETTI, F. Nota preyia sobre o emprego de iscas granuladas no controle da sauva ~ sexdens rubropilosa Forel, 1908. Revista Geres (Brasil) 14(81):225-
228. 1968.
7. MARICONI, F.A.M. As sauvas. São Paulo, AgronÔmica Geres,
1970. p. 167.
9
8. SILVA, P. 13-16.
SaÚva da 1964.
mata. Cacau Atualidades (Brasil) 1(7 -8 );
9. ----:--:-c.' ABREU, J .M. e SMITH, G.E. Aspectos bioecolÓgicos e combate às saÚvas nas regiÕes cacaueiras da Bahia e Esp(rito Santo. In Itabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas do Cacau. Informe Técnico 1968 e 1969. Itabuna, s.d. pp. 93-94.
10. VANETTI, P. Resultados experimentais, sobre ~controle à formiga saÚva~ sexdens rubropilosa Forel 1908, com inseticidas clorados. Tese de doutoramento. Viçosa, Minas Gerais, Brasil, Escola Superior de Agricultura da Universidade Rural do Estado de Minas Gerais, 1960. 60 p.
11. ZARATE, L. L. Cebos contra la hormiga "Coqui" Atta cephalotes L. en Tingo Maria. Lima, Peru, Universidad Agraria La Molina, 1964, (Mimeografado).
RESUMO
As formigas cortadeiras Atta- cephalotes L. e Atta ocorrem na região cacaueira da Bahia e são consideradas portante s do cacaueiro.
sexdens L. pragas im-
Com o objetivo de determinar a eficácia de formicidas no controle destas formigas, foram realizados diversos ensaios com as iscas granuladas Mirex (Dodecacloro} e Nitrosin Extra (Aldrin) e os pÓs secos Aldrin + PDCB, Heptacloro e Aldrin.
Os resultados mostram que as iscas foram mais eficientes no controle da~· sexdens enquanto que os pÓs apresentaram maior eficacia no controle da A• cephalotes.
São apresentadas recomendaçÕes para o controle das refel:'idas pragas.
CONTROL OF THE LEAF-CUTTING ANTS Atta eephaloteh AND Atta hexdenh
IN THE CACAO REGION OF BAHIA
(SUMMARY)
The leaf-cutting ants, Atta cephalotes and Atta sexdens which occur in the Cacao Region of Bahia, are considered important pests of the cacao trees.
10
•
•
-------------
Field trials were carried out using the baits Mirex (Dodecacloro) and Nitrosin Extra {Aldrin) and the dusts Aldrin, Heptachlor and a mixture oí Aldrin and PDCB, to determine their efficiency in the con
tra! of these ants.
The results showed that the baits were more efficient in the contrai oí A· sexdens and the dusts in the contra! of A· cephalotes.
Recomendations for control are presented.
•••
11
,il! 111 ,,
VIRULENCE OF SOME SELECTED ISOLATES OF Phy~oph~ho~a palmivo~a IN CACAO*
ChhaLthoo Ram** A-Ilha Ram**
Variations in the virulence of the isolates oi Phytophthora palmivora (Butl.) Butl., the cause of black pod,canker,ílower cushion infection, leaf fall, chupou and seedling wilt diseases of cacao (Theobrowa ~L.), have been described by several investigator, {2, 3, 8). This fungus also infects other hosts belonging to over 50 genera (1) and is responsible for economically imp01:tant diseases of rubher, cit:t"us, coconut and Palmyra .,alms,
More recently, Zentmyer (lO) found out variations in the j:>athogenicity of E· palmivora isolates on· some cacao cultivars and also pointed out that a special inoculation technique and differential hosts are necessary to determine differences in their virulence (potential colonization), Other investigators (4, 8, 9, 11) have shown the different leveis of disease incidence observed in the cacao plantations from year to year and in some regions within a single year, and also indicate
* Received for publication in February, 1973. ** M.S., Divísion of P]ant Pathology, CEPEC.
the occurrence of different "strains" in the pathogen population. During 1971/72, an investigation of cacao isolates of the pathogen frorn nine different localities of the Cacao GrowingRegion of Bahia, Brazil, was undertaken to determine their vi.rulence on four cacao clones exhibiting different leveis of resistance (6, 7). The resulta obtained are" discussed in thi.s paper.
MATERIALS AND METHODS
Cacao pods oí íour clones ("Comum", UF-221, TSH-565 and Sca-6) were used in testing the virulence oí 22 i.solates oí !:'· palmivora. The source and origin oí the isolates are given in Table 1. The stock cultures were maintained on French bean agar medium- a clear extract of 110 g oí frozen beans (not blended) were boiled in 1 litre of distilled water for i hour i.n the autoclave with the exhaust open. The beans were removed by straining
Revista Theobroma. CEPEC, Itabuna, Brasil, 3(3):12-16. Jul.-set. 1973.
12
•
'
t I
through cotton cloth, 15 g each of Bacto agar and Bacto dextrosewere mixed into the filtrate and the final volume adjusted to 1, 000 m1. This medium was also used in the preparation of the inocula
o f the isolate s •
Detached and immature pods of the above four clones of more o r less similar age and size were washed and surface desinfected with 90 per cent alcohol before p r e s si n g the sul:'íace with the semi-circular smooth head of a glass rod ("empola") approximately 6mm diameter so that the pod surface was only depressed. The diameter of depression thus obtained on the pod surface was 4 mm. Discs of 5 mm diametel:' taken from the edge of the active gl:'owing 4-day old cultures with presterilized cork borer w e r e placed face down on the depressed area of the pods. The inoculated pods were kept in plastic bags containing 15 ml sterile distilled water to maintain the humidity. All inoculated pods wel:'e placed in an incubator at a controlled temperature of 26±...1 °C because this temperature proved to be optimum for funga! growth in cacao pods (5). After 5 days of incubation, the area of lesions was measured. Five replications were maintained in each isolate.
RESULTS ANO DISCUSSION
The black pod lesion size ranged from small to big*. Sca-6 had no lesiondevelopment against
* The lesion ls dlvided into six groups between 0.0 to 9.5 em to denote the degree of vitu!ence of the lsotates (see Table 1).
18 isolates. lsolates 15, 57 and 66 were able to burst the epidermis of this clone and produced bigger lesion size in the pods; isolate 178 produced a very small lesion. lsolates 45, 129, 168, 193 and 200 infected TSH-565, besides the isolates 15, 57, 6b and 178 infected clone Sca-6. Clones "Comum" and UF-221 had the highest disease leveis (in terms of larger black pod lesion size) almost "to all isolates, but the lesion size varied because oí the variability exhibited by the isolates. It was also noted that the source and geographic distributionofthe isolates had no efíect in their infectiveness to the clones.
Thus, it clearly shows that the isolates of P. palmivora vary greatly in thei"i virulence to clones tested (Table I). The differences encountered in the virulence are most stl:'iking when isolates are compareci on different cacao clones; similar results were also obtained by Zentmyer (lO). It seems possible to group the isolates by their virulence potential, as it is highly correlated with the diferential clones, although similar correlation was not found between the isola te s and their source and origin. lt also appears that Sca-6 has a higher degree of ):'esistance to many isolates (in terms of no black pod lesion size), including those used by Rocha andVello(7). On the other hand,the clone TSH-565 shows significant resistance to 13 isolates, whereas clones "Comum" and UF-221 fail to show any degree of ;t"esistance to all the isolates. Thus it appears that the isolates can be grouped ac-
13
i! ,, ,:1·
'11 I,.
I
11
Table 1 - So_urce and ori~in of various isolates of Phytophthora E:!!: rmvora and thetr degree of virulence in the pods of düferent cacao clones in the Cacao Grciwing Region of Bahia,I971/72.
*a -~il (less:han2.0cn:t); b ·verypoor (2.1- 3.5 em); c- poor (3.6. S.Ocn:t~ ** d • 1ntermed1ate (5. l • 6. 5 em); e - high (6.6 - 8. O em); f - most (8.] • 9. 5 em).
Taken from culture collection of Plant Patho!ogy Diviaion of CEPEC *** lsolated by senior author. ·
cording to their degree of virulence. Isolates 15, 57 and 66 are. highly pathogenic to Sca-6 and TSH-565; isolate 200 is most pathogenic and isolate 45 is highly pathogenic to TSH-565, but not to Sca-6, Isolates 129, 168 and 193
are very poorly pathogenic to TSH-565, but not infective to Sca-6; isolate 178 is poorly pathogenic to Sca-6, The rest of the isolates are not pathogenic to TSH-565 and Sca-6, but most virulent to "Comum" and UF-221.
LITERATURE CITED
1, HICKMAN • C ,J · Phytophthora - plant destroyer. Transactions of the British Mycological Society 41:1-13. 1958.
2. MEDEIROS, A.G. e MELO, J.W. de, Natureza do Phytophthora palmivora responsável pela podridão parda em cacau Caton-
14
----------
go. In Itabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas doCacau. Informe Técnico 1966. Itabuna, 1966. pp. 50-56,
3. ORELLANA, R.G. Variation in Phytophthora palmivora isolates from cacao and rubber, Phytopathology 49:210-2!3, 1959.
4. RAM, C. and FIGUEIREDO, J.M. de. Comparative studies of different Phytophthora palmivora isolates. Revista Theobroma (Brasil) 1(4):3-9. 1971.
5. ----,-~ and RAM, A. Inoculation methods and other factors affecting strain <letermination of Phytophthora palmivora in cacao. (In press).
6. ROCHA, H.M. Cacao varieties resistant to Phytophthora palmivora (Butl.) Butl. A literature review. Cacao (Costa Rica) 10(1):1-9. 1965.
7. e VELLO, F. Estudos sobre resistências do cacau (Theobroma caca o L.} a Phytophthora palmivora (Butl.) Butl. ~ International Cocoa Research Conference, 3rd, Accra, Ghana, November 23-29. 1969. Tafo, Ghana, Cocoa Researchlnstitute, 1971. pp. 430-438.
8, TURNER, P.D. Variation in Phytophthora palmivora (Butl. )Butl. on Theobroma cacao L. in West Africa. Nature 1986:495-496. 1960.
9. WHARTON, A.L. Strains of Phytopnthora palmivora in Nigeria and Ghana, In West African Cocoa Research Institute. Annual Report 1956-1957, Tafo, Gold Coast, 1958, pp. 36.
lO. ZENTMYER, G.A. Variation in Phytophthora palmivora. ~International Co coa Research Conference, 4th, Trinidad and To bago, January, 1972.
11. ___ õ;:!;!,;a;n~d~MITCHELL, D.J. Mating types in Phytophthora palmivora. ~ International Cocoa Research Conference, 3rd, Accra, Ghana, November 23-29. 1969. Tafo, Ghana, Cocoa Research Institute, 1971. pp. 494-497.
SUMMARY
The degree of virulence of 22 isolates of Phytophthora palmivora collected from nine different localities of the Cacao Growing Region ofBahia,Brazil,was assessed on four differential clones oíTheobroma cacao L. in arder to group the isolates according to their leveis of ~ence. Results of lesion size produced in pods by different isolates showed significant differences between both isolates and clones and support the conclusion that the isolates highly differ in their degree of virulence. To obtain adequate leveis of resistance in cacao,
15
a breeding program is suggested. Also, highly pathogenic isolates should be used in the breeding program to mai.ntain an acceptable leve! of resistance,
VIRULtNCIA DE ALGUNS ISOLADOS SELECIONADOS DE Phytophtho~a palmivo~a EM CACAUEIRO
(RESUMO)
O grau de virulência de 22 isolados de Phytophthora palmivora c~letados. em. nove di:erentes localidades da região cacaueira da Bahia, Brasrl, for deternunado em quatro diferentes clones de Theobroma caca.o L: a !i.m de agrupar os isolados de acordo com os seus ni.veis d~ vrrulencra. Os resultados referentes ao tamanho da lesão produz.rda .nos frutos ~elos diferentes isolados mostraram diferenças'"'signiÍlcatrva~ entre Isolados e clones, apoiando a conclusão de que 05 isolados diferem muit~ no seu grau de virulência. Para obter nfveis adequados de reslstencia em cacaueiro, sugere-se um programa de ~elhoramento baseado e~ cruzamentos, no qual devem ser usados Isol_a~os altamente patogenicos para manter um nfvel de resistência aceltavel.
•••
16
#
NEMATODES OF THE COCOA REGION OF BAHIA, BRAZII,. II - OCCURRENCE ANO DISTRIBUTION
OF PLANT PARASITIC NEMATODES ASSOCIATED WITH COCOA (Theob!toma c.ac.ao L.)*
Ra.v-i. Va.t.t Sha~r.ma** Sa.muet Atexi~ She!t***
Like rnanytropical crops cocoa is susceptible to the attack of insects and diseases. However, the role of plant parasitic nematodes in cocoa culture is still not yet ele ar.
Root-knot of cocoa was reported for the first time in 1900 by Ritzema Bos ( 15) and has atso been reportedfromCongo (9), são Tomé (4), Ghana (5, 8) Malawi (3, 14), Ivory Coast {12), Venezuela (24), Brazil (lO, 11. 13, 16, 17), Nigeria (2, 6), Zanzibar (25} and Java (7). Pratylenchus coffeae infects cocoa roots in Java (7) and ~· brachyurus has been found on and around the roots of cocoa in West Africa ( 12) but their effect ou the crop is unknown. Radopholus similis reported from cOcoa roots in Jamaica but did not multiply in them(l). Several species of ectoparasitic nematodes associated with cocoa have also been reported from Nigeria and Costa Rica (2, 21). The information on nematodes associatedwith
* Received for pub!icatlon in ]une, 1973.
co coa fromBahia is scanty. Therefore, a systemati.c nematode survey of the Cocoa Region of Bahia was initiated to study the Oçcurrene e and distributionof plant para sitie nematodes of different crops including cocoa.
MATERIAL ANO METHODS
In May, 1971, a general survey of nematodes was begun to identify the genera of plant parasitic nematodes present in the Cocoa Region of Bahia to determine their distribution according to host, soil type and geographic area.
Initially the survey was limited to sites where cocoa trees and seedlings showedpoor growth or in the state of decline. The term declining refers to thetrees either showing symptoms of dieback or "Morte SÚbita" which is literally translated in English as "Suddendeath" of cocoa. The sym-
** D.Sc.(Agric), Division of Entomology, CEPEC. *** Ph.D., University of Ca!ifom1a, Riverside, Cal. U.S.A.
Revista Theobroma. CEPEC, !ta buna, Brasil, 3(3): 17-24. Ju!.·set. 1973.
17
ptoms of dieback and "Mortes.;.bita" of cocoa trees have been described by Silva (19) and in seedling by Sharma ( 16) and are briefly described below.
Dieback - It is a condition of progressive necrosis of branch terminais of the cocoa trees and other plants. The tree dies down to its roots, which remain alive and sends up shoots the following growing season and also when the dead terminais are pruned off. The roots are discoloured and sometimes galled.
Morte SÚbita -It is a condition of cocoa tree when the green leaves after turníng yellow and then brown finally dry up and r emain hanging intact on the later for a long time evenafter its death. The above conditíon looks like a case of permanent wilting. In the begining the tree looks healthy and the above mentioned phases of the symptoms of this disorder develop veryquicklyand hence its na me "Morte SÚbita" or "Sudden death". T h e roots are discoloured and rotten,
Nematode extraction
The method of sampling for nematodes and their extraction was according to the method described by Sharma and Loof (18). The characteristics of sampling sites are presented in Table l.
Nematode identification up to the generic levei was clone at CEPEC using a stereoscopic microscope. Identification of the invididual species was clone in
18
U.S.A. after receiving the killed and fixed concentrated nematode populatiorls in 5o/o formalin. The permanent mounts were prepared in pure glycerine using Southey's (20) slow glycerine m_ethod,
RESULTS
The results on the occurence and distribution of plant parasitic nematodes associated with cocoa in Bahia are presented in Tables 2, 3and4,
• A total of 118 samples from 24 different sites of which 62 came from cocoa trees showing symptoms of dieback, 29 of "Morte SÚbita" and the remaining 27from healthy trees were collected, Se venteen genera and 25 different species of plant parasitic nematodes were encountered in this survey.
The root-knot nematode, M. incognita and the sheath nematode, Hemicycliophora sp. were found in large numbers in sandy loam and 1 o a m y soils where as the reniform nematode, §. reniformis was encountered more in clay soils. The awl nemaiode, Dolichodorus sp. and the dagger nematode, Xiphinema spp. were present in both loam and clay soils. The spiral nematode, Helicotylenchus spp. w e r e found in ali types of soil throughout the Cocoa Region of Bahia.
DISCUSSION
The data mentioned in Tables 2 and 3 suggest that plant para-
•
•
Table 1 - Sampling sítes, number oí samples collected, source and soil type írom the Cocoa Region oí Bahia.
tree, S seedling.
sitie nematodes have a strong aífinity with both dieback and "Morte SÚbita" of cocoa and may play a vital role in the development of the abnormal conditions of cocoa.
Plantparasitic nematodes have been found debilitating co coa seedlinginthe nurseries inBrazil {ll, 13, 16} and Costa Rica (22). Further evidence of nematode damage was offered by the favourable growth response and yield increase when nematicides were used in field experiments (l7, 23 ).
19
Whitehead (25) observed root~ knot nematode damage to cocoa trees in Zanzibar. In Central Airica, cocoa roots infected With M. javanica showed some galling ( 14), In Malawi young cocoa trees grew slowly in patches of soil heavily infestedwith M. javanica. The roots, though iníeded with a d u 1 t females oí M. javanica were little galled(3). M.incognitaisa commonpest in WestAfrica ;:;:-nd has been found as a parasite of cocoa tree in there, but its effect on the cocoa tree is unknown
Table 2 - Occu:rrertce and distribution of plant pa.rasitic nematodes associated with dieback of caçoa from 62 sarnples collected
1973,
A""' Belmonte; B = Buerarema; C = Camacan; D =Candeias; E =Coaracl.; F =Ilhéus; G = Floresta Az\Jl; H = Gandu; J = Itabuna; K = ItajuÍpe; L= Itapé; M = ItororÓ; N = ltuberá; O = Juçari; R = Paramirim; S =Rio Branco; X = Varglto.
(6, 12). In Bahia, M, incognita is a very widespread nernatode and its importance as a p e s t should not b"' underestimated,
Pratylertchus cofíeae infects cocoa roots in Java (7} and is a serious pest of cofíee in Brazil was not yet encoun.teredinBahia. E: brachyurus has been found on and about the roots o[ cocoa in WesternAfrica (6,12), but its effect on the crop is unknown. P, brachyurus was encountered from
20
the rhizospheres of both healthy and diseased cocoa trees i.nBahia and has also been reported from WestAfrica(6, lZ}and Nigeria (2),
Helicotvlenchus erythrinae, Hemicriconemoides sp., Longidorus sp., Meloidogyne incognita, ~lenchus sp., Pratylenchus brachyurus, R. reniformis, ~phurus sp.andXiphinema setariae, were recorded as assaciated with cacoa for the lirst tin>e in Brazil andthis is thefirst report of f!:.!.-
....
Table 3 - Occu-rrence and distribution oí plant parasitic nematodes associated with "Morte SÚbita", or "Sudden death" aí cocoa from 29 samples collected fro-rn th.e Gocoa Region of Bahia, from May, 1971 to May, 1973.
B • euerarema; C • camacan; 1 = lbicaraf; J • ltabuna; L~ ltap~; M = l1ororÓ; N = lt-oberá; O • Juçari; P. Lomll-nto JÚnior; Q = MaraÚ; U • Ubaitaba.; V= Uru>; W = Uruçuca.
Table 4 - Occurrence and distribution of plant para.sitic nematodes associated with healthy çocoa trees f-rom ?.7 samples collected ú:om the Cocoa Region of Bahia, from May, 1971 to May,. 1973.
A • Bdmonte; B • Buerar-ema; :E:= coa:coacl; G • Floresta Azul; l = Ibica:raf: 1 • !tabu• n;;; L • Itapé; M • ltororÓ; f'/ • Jtuberá; O= Juçari; U • tJba.itaba; W = Uruçuca,
conemoides onoensis, Helicotyw lenchus californicus, H. exallus, Peltamigratus sp. Trichodorus monohystera, Xiphinema sp. and Aphelenchus avenae.
The results of this limited survey indicate that nematodes inw cluding harmfulspecies, are much more prevalent and more widely distributed than h as been believed.
LITERATURE CITED
I. REPORT OF Ministry of Agricu1ture and Lands, Jamaica. Kingw ston, Jamaica, 1963. pp. 48 w 49.
2. CAVENESS, F.E. Nematology studies 1960/1965. Lagos, Nigeria, Mínistry of Agriculture and Natural Resources, Western Region, Nigeria and USAID Project 620-11-110-050 (Revised ed. ). 1967. 135 p.
3. CORBETT. D. C. M. In Report of Department of Agriculture 1959/60, Part Il. Nyasa1and, 1961. pp. 157- 158.
4. COTTEREL, G.S. In Bulletin Department of Agriculture. Accra, Go1d Coast, 1930. 22 p.
5 • EDWARDS, E.E. Further observations on the occurrence of nematodes of the genus Meloidogyne in Gold Coast. Journal of Helminthology 29(3}:153- 170. 1955.
6. ENTWISTLE, P.F. and CAVENESS, F .E. In Nematology Report of West African Cocoa Research Institute, 1960/62. T afo, Ghana. 1963. pp. 113- 114.
7. FLUITER, H.J .de and MULHOLLAND, J .J. Gegevens, verkregen bij het onderzoek naar de. Waardplanten van Tylenchus coffeae. Bergcultures 15(47): 1588 - 1593. 1941.
8. GERARD, P.M. Nematode studies, In Report of West African Cocoa Research Institute 1961-62. Tafo, Ghana. 1963. pp. 32 - 33,
9. GHESQUI~RE, J. Nouveaux parasites du cacaoyer. Maladie vermicularie du cacaoyer (Ty1enchus (Heterodera) radicicola Greef) et sa relation avec la maladie du Diplodia (Coup de So1eil, Dieback). Bul1etin of Agriculture (Gongo- Belge) 12 (4): 709-718. 1921.
10. JIMÉNEZ S., E. RelaciÓn entre el ataque de nemátodos y la muerte s,:;_bita dei cacao (Theobroma cacao L.) en Bahia, Brasil. Turrialba 19(2): 255 - 260. 196~
•
t
'!! I
I
i I
f I
I
•
11. LORDELLO, L.G.E. NematÓides associados a uma doença do cacaueiro. Revista de Agricultura (Brasil) 43 (3/4): 154. 1968.
12. LUC, M. and GUIRAN, G. de. Les n~rnatodes associ~s aux plantes de l'Ouest Africain. Liste preliminaire. Agronomie Tropicale 15 (4) :434-449. 1960,
13. MANÇO, G.R. NematÓdios em plântulas de cacau. In Itabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas do Cacau. Informe T~cnico 1968 e 1969. ltabuna, s.d. pp. 99- 101.
14. MARTIN, G.C. Plant species attacked by root-knot nernatodes (Meloidogyne spp.) in the Federation of Rhodesia and Nyasaland. Nematologica 6(2): 130- 134. 1961.
15. RITZEMA BOS, J. Les n~rnatodes parasites des plantes cultive~s . 1n. Congress Internationale d'Agriculture, 6, Paris. 19 O O.
pp. 306 w 312.
16. SHARMA, R.D. Nematodes associated with cacao and rubber in Bahia. RevistaTheobroma(Brazil) 1(3):43 -45. 1971.
17.
18.
Annual Nematology Report. Itabuna, Brasil, Centro de Pesquisas do Cacau. 1972. 3 p. (Datilografado)
---,;-::-ccand LOOF, P.A.A. Nematodes of the Co coa Region of Bahia, Brazil. I - Plant parasitic and freewliving nematodes associated with rubber (Hevea brasiliensis Muell. Arg. ). Revista Theobroma (Brazil) 3(1): 36-41. 1973.
19. SILVA, P. Emponteiramento do cacaueiro. Cacau Atualidades (Brasil) 5(1): 15- 17. 1968.
20. SOUTHEY, J .F. Laboratory methods for work with plant and soil n'ernatodes. London, Ministry of Agriculture, Fisheries and Food. Technical Bulletin N9 28 (5th ed. ). 1970. 148 p.
21. TARJAN, A.C. Some interesting associations of parasitic nematodes with cacao and coffee in Costa Rica. Nematropica l(l): 16. 1971.
22. and JIMENEZ, M.F. Debilitation of cacao in Costa Ri-
23.
ca by plant nematodes. Nematropica 3(1): 25-28, 1973.
---:CC"-,:-' JIMENEZ, M. F. and SORIA V,, J. Reaction of nematized cacao to chemical treatment. Nernatropica 1(1): 16. 1971.
23
24. TORREALBA, P.A. Survey of plant parasitic and free-living nema.tode genera from Venezuela. In Peachey, J. E. ed.Nernatodes of tropical crops. St. Albans, Herts. Commonwealth Agricultura! Bureaux, Technical Communication N 9 40. 1969. pp. 257-263.
25. WHITEHEAD, A.G. Nematodes attacking cofíee, tea and cocoa, and their control. fn Peachey, J. E. ed. Nematodes of tropical crops. St. Albans, Herts. Commonwealth Agricultura! Bureaux, Technical Communication N'? 40. "1969. pp. 239 -250.
SUMMARY
Seventeen genera and25 species ofplant parasitic nematodes were encountered in 118 samples carne from 24 different localities of the Bahian Cocoa Region. Twenty seven of the samples were taken from healthy co coa trees; 62 were taken from cocoa trees with symptoms of dieback and 29 showed symptoms of "Morte SÚbita", The nematodes encountered in this survey were: Aphelenchus avenae, Criconemoides onoensis, Dolichodorus sp., Helicotylenchus sp., H. californicus, H. dihystera, H. exallus, H. erythrinae, Hemicriconemoides sp. Hemicycliophora sp., Heterodera sp., Longidorus sp., Meloidogyne ~ nita, Paratylenchus sp., Peltamigratus sp., Pratylenchus brachyurus, Rotylenchulus reniformis, Trichodorus sp., T. monohystera, Trophurus sp., Tylenchus sp., T. davainei, Xiphinema sp., X. ensiculiferum and X. setariae,
NEMATÔDIOS DA REGIÃO CACAUEIRA DA BAHIA, BRASIL. II - OCORRÊNCIA E DISTRIBUIÇÃO
DE NEMATÔDIOS PARASITOS DAS PLANTAS ASSOCIADOS COM CACAU (TheobJtoma c.acao L.)
(RESUMO)
Dezessete gêneros e 25 esp~cies de nematÓdios parasitos das plantas foram encontrados em 118 amostras coletadas na rizosfera do cacaueiro (Theobroma cacao L.) em 24 diferentes localidades daregião cacaueira da Bahi;;;::-yinte e sete amostras foram coletadas em cacaueiros sadios e 62 e 29, em cacaueiros com sintomas de "morte descendente" e ''morte sÚbita", respectivamente. São eles: Aphelenchus avenae, Criconemoides onoensis, Dolichodorus sp., Helicotylenchus sp., !:!.· californicus, H.: dihystera, H. exallus, li! erythrinae, Hemicriconemoides sp., Hem.icycliophora sp., Heterodera sp., Longidorus sp., Meloidogyne incognita, Paratylenchus sp., ~tamigratus sp., PratylenChus brachyurus, Rotylenchulus reniformis, Trichodorus sp., T. monohystera, Trophurus sp., Tylenchus sp., '!:_. davainei, Xiphinema sp., X. ensiculiferum e K· setariae,
24
•
APTIDÃO AGRfCOLA DOS DA REGIÃO CACAUEIRA DA
SOLOS BAHIA*
Luiz FeJtJte~Jta da Sitva** Raimundo CaJtvalho Filho** Ac.qJt Alve& OliveiJta de Melo**
Visando a interpretação prática dos mapas de solos para fins de utilização agr{cola, torna-se necessária a elaboração de mapas de capacidade de uso, os quais sao também importantes para o fornecimento de informaçÕes básicas para os planejamentos de desenvolVimentÇJ regional.
Para as condiçÕes brasileiras de -um modo geral, em que não se dispÕe de levantamentos pedolÓgicos detalhados e cartas básicas precisas nem de um nÍvel de tecnologia agrÍcola elevado, é impraticável a simples adorão de m~todos de apti~ão agrícola desenvolvidos em países de agricultura altamente tecnificada. Isto porque os fatores limitantes de utilização agrÍcola estão estreitamente reladonados com a correspondente tecnologia. Em razão disso, muitos solos -aqui mesmo na Bahia - considerados altamente produtivos, sao marginalizados, se enquadrados
* Recebido para publicação em setembro, 1973.
em tais sistemas, pois expressam exclusivamente um manejo altamente tecnificado,
Importante e, poi.s, ter-se uma classificação de vocação agrÍcola que mostre o nÍvel tecnolÓgico de que se dispÕe e permita projetar o uso dos solos sob uma tecnologia avançada, considerando-se, inclusive, as implicaçoes de ordem social e economica,
Isto posto e baseando-se em sistemas já desenvolvidos (3, 4, 6), o presente trabalho utiliza uma classificação de capacidade de uso apoiada em dois sistemas de manejo agrÍcola - convencional e futuro - elaborada pelo Setor de Pedologia (7), na intenção d;,além de fornecer informaçÕes basicas para planejamentos diversos, contribuir para o aprimoramento metodolÓgico do mencionado sistema,
* Entende-se, no presente caso, por "Região Cacaueira da Bahia" todos os municípios produtores de cacau no Estado e outros que têm estreita. relação de natureza sócio-econômica com os primeiros, correspondendo a uma área aproximada de 91.000 km'.
** Eng~s Agr'?s, Setor de Pedologia da Divisão de Solos, CEPEC.
Revista Theobroma. CEPEC, ltabuua, Brasil, 3(3)25-40. Jul.-set. 1973.
25
CRITfRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DAS TERRAS
Foram considerados dois tipos de tecnologia agrfcola - convencional e futuro - como tentativa de diagnosticar o comportamento de cada unidade de mapeamento nestes dois niveis operacionais distintos, a exemplo do que j~ foi feito por outros autores (2). Para tais manejos, são considerados cultivos anuais e perenes e possibilidades de melhoramento das condiçÕes agricolas dos solos em uma escala de viabilidade t~cnica, social e econÔmica compativel com os nfveis de tecnologia citados.
Cinco fatores limitantes para a utilização agr{cola f o r a m utilizados para fins de conceituação dos desvios das condiçÕes agrÍcolas das diferentes unidades de mapeamento em relação ao solo de referência, ou solo agrÍcola ideal, isto é, sem limitaçoes. Estes fatores foram: deficiência de fertilidade, susceptibilidade à erosão, deficiência de água, impedimentos ao uso de máquinas agr{colas e excesso de água (deficiência de arejamento), com seus respectivos graus: 1; 2; 3; 4 e 5, ou sejam, nula, ligeira, moderada, forte e muito forte.
As possibilidades de melhoramento das condiçÕes agricolas dos solos são consideradas s<egundo três classes de viabilidade- l (facilmente viável), 2 (viável) e 3 (possivelmente viável). Estas, muitas vezes, dependem não s;; do solo mas também do capital disponÍvel e do conhecimento t~cnico operacional para
26
conduzir os trabalhos de melhoramento necessários, estando estas possibilidades de melhoria estritamente relacionadas com o nÍvel tecnolÓgico a considerar.
O que se pretende é, através da simples descrição dos fatores e graus limitantes de utilização agrÍcola, já defi:didos por outros autores (2, 3, 4), expressar as qualidades de cada solo quanto à sua utilização mais racional. A comunhão desses cinco aspectos agricolas reflete a sua maior ou menor adaptabilidade aos cultivos e permite inferir o grau de tecnologia que se deveria - ou poderia - adotar para a obtenção de maiores rendimentos.
SISTEMAS DE MANEJO DOS SOLOS
As práticas de manejo dos solos dependem de muitos fatores que poderiam ser divididos em sociais, econÔmicos e técnicos (3), Em razão disso, há uma grande variação da tecnologia agr{cola no Brasil, e particularmente na Bahia, o que dificulta a aplicação de um sistema rigido de classificação de terras que, para ser válido, deve expressar a realidade rural de uma determinada região.
Dois sistemas de agricultura foram elaborados e são descritos a seguir, os quais, mutatis illl!
~. poderão ser aplicados em qualquer região da Bahia.
Sistema futuro de agricultura
Trata-se de um manejo avançado em que se faz uso inten-
•
'
------·------------
sivo de capital e se dispÕe de um alto nfvel de conhecimento técnico. Nas práticas de manejo, são utilizadas maquinarias operadas com força motriz para fins de trabalhos intensivos de drenagem e de medidas para controlar a erosao. Também são usadas a fertilização intensiva, quando necessária, e técnicas de irrigação,
Neste siste111.a, admitem-se as possibilidades de melhoramento das condiçÕes agricola.s, segundo três classes de viabilidade, exCeto para os casos de deficiência de água e erosão (Quadro l).
Com a adoção das classes de melhoramento, poderão ser facilmente visualizadas as condiçÕes agricolas de um determinado s o 1 o, em estado natural, e suas possibilidades, projetadas para o futuro ante uma agricultura tecnificada. É de se esperar, pois, que muitos solos mudem de classe, para melhor ou para pior, indicando, neste Último caso, sua impossibilidade de serem manejados tecnicamente.
Neste sistema, foram separados os cultivos anuais e os perenes, cujas classes de capaci-dade de uso podem ser distintas, já que fatores como mecanização e susceptibilidade à erosão dão pesos diferentes, dependendo do tipo de exploração agrÍcola. Obviamente, para cultivos de ciclo curto, os fatores aludidos são de maior importância, requerendo solos com menores graus de limitação em comparação com os de ciclo longo.
•
27
Sistema convencional de agricultura
As práticas agrÍcolas, neste sistema, dependem, de um modo geral, de m~todos tradicionais. Por tal razão, admite-se apenas uma possibilidade de melhoramento- Classe de Viabilidade Iexceto para o fator fertilidade, conforme a classificação apresentada no Quadro 2.
Em sintese, o manejo convencional é uma modalidade de agricultura em que os cultivos dependem da fertilidade natural dos solos. As suas práticas agricolas se restringem a cultivos em contorno, irrigação por gravidade, drenagem por abertura de valas e remoção de pedras para fins de utilização de implementas manuais.
Também neste sistema de agricultura, par a facilidade de classificação das terras, são distinguidos cultivos anuais e perenes. Desta maneira, a limitação por falta de água é muito importante na determinação de aptidão agr{cola de um solo ao se considerar as duas modalidades de cultivos, já que, para o caso de plantas de ciclo longo, é mais seletivo. Assim posto, solos carentes em água por determinado per{odo do ano,podem ter melhor classificação quando são destinados a cultivos anuais do que a perenes. Isto porque, no primeiro caso, há possibilidade de bons rendimentos em grande parte do ano, dependendo, logicamente, da combinação dos outros fatores de limitação agricola. O mesmo raciocinio perde a validez quando se trata de cultivos de ciclo lon-
Quadro 1 -Classificação de terras - sistema futuro.
CA De ciclo anual. CP De ciclo perene.
Mecanização
Erosão ~ncia de água
Deficiência de Deficiência de
oxigênio fertilidade:
MELHORAMENTOS
1. Remoção de pedras; 2. Drenagem em tubos: 3. Tubos e bombas ou terraços.
I. Cultivos em contorno; 2. Terraços e faixas. 1. Irrigação por gravidade (la - fácil. lb - dificil}.
2. Implementos. I. Valetas. 2. Valetas com tubos. 3. Bombas. I. Correção de um ou dois nutrientes: la. Adubação+
calagem (doses simples); Zb. Adubação maciça+ calagem média; 3a. Adubação+ calagem (doses maciças) 3b.Desalcalinização com/ou dessalinização.
()Comousemo melhoramento respectivo.
28
Quadro 2 -Classificação de terras - sistema convencional.
CA De ciclo anual. CP De ciclo perene.
Melhorament,os
_Mecanização I. Remoção de pedras. Erosão I. Cultivos em contorno. ~ncia de água l. Irrigação por gravidade (la -:fácil. lb - düfci!). Deficiência de oxigênio: 1, Valetas. ( ) Com ou sem o melhoramento respectivo.
go, )a que a sua produtividade sera sempre afetada por aquele perÍodo de carência de água.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tomando-se por base trabalhos anteriormente publicados pelos autores (1, 5, 8), foi possÍvel evidenciar os fatores limitantes de utilização agrÍcola dos solos da região cacaueira baia-
29
na (Quadro 3), cujos graus sao acompanhados de um Índice de viabilidade de melhoramento, com sua respectiva nova classe de limitação.
Assim, são expressas as limitaçÕes de um solo em suas condiçÕes naturais e, paralelamente, as transformaçÕes em graus destes fatores limitantes ao ser utilizado um determinado tipo de melhoramento. Exempli-
' AÚ~I
~G:4 lo.
;Aa:"!L· . .Aa;.'t:'
. A0::4i . ·Aq,.;t
•
31
Quadro 3 - Con<:~"'-'-" ção
S'l'mi ...;.,,';{~;· mttntanh<:>~'Os
ÓX!>U Muai Mt!ihor,amento ,Oraú ftltai
úr~~-<1 a.tuat uc~3 Melho,n•m•htt:Ô: •· · · 1
, ·cl\-.u:nnal · '. ,~d-~
ox.:l oX~t
''(a!W «tuai 'MC' ~ 'Mêui:>i:fft-m?lWJ._' !::1 ~, ... , :z,. ,Cn{ufiila1 '··''ü.J:iC.:?; "#:lJ::, 'Ót-~:iw<tl Mi;~'L ;:'S.-!f1,.r.~.,·;··
~ti'.: i ,FE:..:4
Mdlio';riiimirrt~ ;;;,:. ' c: __ __ - •• ,rn!~íJJià;t: .:,::,: MQ.-1': '<E1<'7!i: " <JI'EO.l
ijf~'ui~lili;,i" :MciiiS: **..z' :u~!JWI:*in~~.· 'l " "z:,' ,b;<iu 1inai , Mê}w)!; ''t&Pi'
·fi~"'< "\·.u ' int:~1
'':·â,r;,.i!;~~:' '<:;Iv:tdL~ .... ERJ,~'; ,.,·,lmlri•A.,'.Meih!>râtni!ht~::c ·.:' i'·,
,~AlJ,}in~ , MC;3 .:~~fw'( 'ó:X-/
élX"'4'
' ox-J
ficando, para maior c 1 a reza, tem-se a unidade ColÔnia Úmido com limitação forte pela fertilidade (FE-4), por,;;m com possibilidade de sanar tal impedimento, transformando-se em um solo sem esta limitação (FE-l), ao se aplicar o melhoramento Zb (Quadro 3),
Desta maneira, esta inovação do sistema elaborado permite, atrav,;;s de um simples quadro de limitaçÕes, a visualização das condiçÕes agr{colas de um terreno e, ao se aplicar melhoramentos, inferir suas possibilidades agrfcolas e a maneira como deve ser manejado racionalmente.
'i:R-J
32
O Quadro 4 mostra as classes de capacidade de uso que espelham as possibilidades de aproveitamento agrÍcola da região levantada, em função das quais foram confeccionados os mapas de aptidão agrfcola para fins básicos de planejamentos agropecuários (Figuras l, 2, 3 e 4).
O Quadro 5, evidencia a importância deste sistema de aptidão, fornecendo opçÕes de utilização agricola em função do tipo de cultivo e do manejo de agricultura, de modo a permitir um zoneamento agricola racional da região cacaueira baiana.
•
·····-.----------
Quadro 4 - Classes de aptidão agrÍcola dos solos da região cacaueira baiana.
CA - Cultivos de ciclo anual. CP -Cultivos de ciclo perene.
33
LEGENDA -CLASSE U ~ -CLASSE 111 REGULAR
[JJJll CLASSE IV RESTRITA
111111111 CLASSE V MARGINAL
ASSOCIAÇÕES
[B.El CLASSE 111 + CLASSE IV
- CLASSE + CLASSE V
CONVENÇÕES
RtOS PRINCIPAIS ~ ESCRITÓRIOS DAccc~c'c'c'c'c__ LOcALIDADES LIMITES INTEIIMUHICIF'tdS -·- - - -
LIMITES INTUES"lllDUAIS-----
Figura l Aptidao agrfcola dos solos da regiao cacaueira baiana. Sistema futuro. Cultivos de ciclo anual.
34
LEGENDA - CLASSE U ·~
[JJJll CLASSE lU REOOLAR
EIHl CLASSE r-J IIESTRITA
111111111 CLASSE V MARGINAL
ASSOCIAçÕES - CLASSE ,. CLASSE IV - CLAS'>E , .. CLASSE 111
llllll CLASSE 11 + CLASSE V
CONVENÇÕES
RIOS PRINCIPAIS ~ EScRITÓRIOS DA CEPLAC LOcALIDADES LIMITES INTERMUNICIPAIS----
LI!'ITES INTERESTAOUAIS----
LI!'ITES DAS MANCHAS ---.... "- ... , .. i I i i
"'" """' Figura 2 -Aptidão agrfcola dos solos da regiao cacaueira baiana.
Sistema futuro. Cultivos de ciclo perene.
35
LEGENDA - ~= "'"• - CLASSE 11 OM -CLASSE 111 REGULAR
illll CLASSE W !!ESTRITA - CLASSE ~ MARGINAL
ASSOCIAÇÕES - CLASSE 11 + "- "' - CLASSE 11 + "-· " - CLASSE 111 + CLASSE "' CONVENÇÕES
Ro:lS~II'IliS ~ ESCI!ITÓI>tos M CEPLAC LOCALIOAOES • LIIIIIT[S INTEIIMUNICJI'Ill$ -··-···-·
LIMITES ~flleiT.oouAIS----
UMITES OAS MANCHAS
, ... ~
,. ....
Figura 3 agricola dos solos da regiao cacaueua baiana. Sistema convencional. Cultivos de ciclo anual.
36
•
i '
LEGENDA - Cl-ASSE ÓllMA - CLASSE ti OM
!l!:ll CLASSE 111 REGULAR
!l!:ll CLASSE IV ~EST~ITA -CLASSE V MARGINAL
ASSOCIAÇÕES - CLASSE "' CLASSE "' - CLASSE 11 + CLASSE " - CLASSE 111 + CLASSE "' CONVENÇÕES
RlOS PRINCIPAIS ~ ESCRITÓRIOS DA CEPLAC LOCAUOAOES -----LIMITES INTE .... <RIICIPAIS ·-- ---UMITES INTERESTADUAIS_, __ _
LlldiTES DAS MANct!llS
"'"'
4 -Aptidão agr1cola dos solos cacaueira baiana. Sistema convencional. Cultivos de ciclo perene.
37
Quadro 5 -Distribuição cartográfica (km2) das classes de capacidade de uso na região cacaueira da Bahia.
CP - Cultivos de ciclo perene. CA -Cultivos de ciclo anual.
LITERATURA CITADA
I. CARVALHO FILHO, R., DIAS, A.C.C.P. e MELO, A.A.O. de. Solos da bacia meta-sedimentar e região pastoril do Sul da Bahia, Itabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas doCacau. Comunicação Técnica n'.' 34. 1969. 29 p.
2, BRASIL. MINISTÉRIO da Agricultura, Equipe de Pedologia e Fertilidade do Solo. I. Levantamento de reconhecimento dos solos da zona de Iguatemi Mato Grosso; li. Interpretação para uso agrÍcola dos solos na zona de Iguatemi Mato Grosso. Rio de Janeiro, Ministério da Agricultura. Boletim Técnico n'? 10. 1970. 99 p.
3. JAN BEEK, K., BENNEMA, J, y CAMARGO, M. Primer intento - lnterpretaciÓn de un levantamiento de suelos en Brasil. Wageningen, DPFS/FAO/STOBOKA. Informe n9 3677. 1965. 53 p.
4. et al. Interpretação preliminar da carta de solos da re-giao cacaueira, In Congresso Brasileiro de Ciência do Solo, 109, Piracicaba, São Paulo, Brasil, 1965. 127 p. (Mimeografado).
5. MELO, A.A.O. de e SILVA, L. F. da. Solos da faixa litorânea Itaca:.;é-Camamu, Bahia, Itabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas ,do Cacau. Boletim Técnico n'? 14. 1971. 31 p.
38
6. SILVA, L.F. da e CARVALHO FILHO, R. Classes de solos para cacau na Bahia, Brasil. Revista Theobroma (Brasil) 1(2): 39-54. 1971.
7. , MELO, A.A.O. de e CARVALHO FILHO, R. Sistema de classificação de terras da região cacaueira baiana. lnitabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas do Cacau, Informe Técnico 1970 e 1971. Itabuna, s.d. pp. 87-88.
8. ---~~ et al. Solos das bacias inferiores dos rios Almada e Cachoeira, Bahia, Itabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas do Cacau. Comunicação Técnica n'? 23. 1969. 55 p.
RESUMO
Para a interpretação prática dos mapas de solos, é necessaria a elaboração de cartas de capacidade de uso, que são importantes para o fornecimento de informaçÕes básicas para o planejamento de desenvolvimento regional. Em razão disso, utilizou-se um sistema de capacidade de uso com base nos fatores de limitação agrÍcola {deficiências de fertilidade, água e oxigênio; susceptibilidade à erosão e impedimentos ao uso de maquinaria agrÍcola), Foram considerados dois sistemas de manejo -convencional e futuro -sob dois tipos de cultivos - anuais e perenes.
Tal sistema modificado de classificação de terras foi aplicado aos solos da região cacaueira baiana, possibilitando informações
• acerca da sua mais adequada utilização e do sistema de agricultura que deve ser empregado.
AGRICULTURAL POTENTIAL OF THE SOILS OF THE BAHIAN COCOA REGION
(SUMMARY)
For the practical interpretation of soil survey maps it is also necessary to prepare maps indicating land use potential, an important parameter required for any regional development plan. Land use potential was calculated by considering the negative factors which limit agricultura! production: deficiencies in soil fertility, water or oxygen; liability to erosion and presence of rocks or accentuated relief which limit the degree of mechanization possible. There were then related for both annual and perennial crops with two imposed management systems - the traditional and a hypothetical futuristic one where modern farm technology is employed.
39
This modiíied system of land classification was applied to the soils of the Bahian Cocoa Region. The results provide a basis for better future recommendations on the land use and management systems for the region.
•••
40
NOTA
EXPEDIÇÃO INTERNACIONAL A AMAZÔNIA EQUATORIANA PARA COLETA DE MATERIAL BOTÂNICO DE CACAU*
Gvr.aldo Adamt CM1e.tto**
O Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC), Instituto Nacional de InvestigaçÕes Agropecu;;.rias (INIAP) e Instituto Francês do Caí~ e do Cacau (IFCC) patrocinaram uma expedição botânica à AmazÔnia Equatoriana, com a finalidade de coletar material de cacau de boas caracteristicas agronômicas e diversidade gen~tica para uso em programas de melhoramento.
O grupo t~cnico expedicionário, formado por G. A. Carletto (CEPEC), A. Loayza (INIAP} e J. Besse (IFCC}, partiu da localidade chamada Francisco de Orellana (Equador} em junho de 1973 e, durante 5 dias, percorreu intensivamente as margens e áreas vizinhas dos rios Alto e Baixo Napo, Payamino e Coca (Figura I), coletando material.
Foi escolhida essa epoca do ano devido a informaçÕes de expediçÕes anteriores (4, 7} onde são comentados os hábitos vegetativos e reprodutivos do cacaueiro nativo daquela área. As condiçÕes do meio ambiente,~_na oportunidade, serviram como indicadol:" natural para a
• seleção de plantas com ind[cios de resistência à vassoul:"a-de-bruxa (Mal:"asmius perniciosos Stahel), principal enfermidade e fator limitante da produção nos paÍses da área amazÔnica e do CaJ:"ibe. Al~m da resistência a esta enfermidade, foram tamb~m considerados, na seleção, os aspectos: rusticidade, vigor, produtividade e :resistência a pragas. O material coletado na expedição (Quadro I) foi enviado à EstaciÓn Experimental Tropical - Pichilingue, Equador - para ser multiplicado e, posteriormente, fornecido aos paÍses interessados.
COMENTÁRIOS GERAIS
O cacaueiro é ali conhecido pelos nativos como "cacao del monte", designação que serviu para a classificação de "Criollo dei monte", feita por Pound {2).
* Recebido para publicação em agosto, 19'73. ** M.S., Divisão de Genética, CEPEC.
Revista Theobroma. CEPEC, Itabuna, Brasil, 3(3):41·47. Ju!....set. 1973.
41
Figura l -Área da AmazÔnia Equatoriana visitada pelos expedicionários. Junho, 1973.
As plantas nao apresentam diversidade marcante nas flores, frutos e sementes, pontos fundamentais usados para a classificação de cultivares. De conformidade, por~m, com a localização, varia de porte e n~mero de ramificações. Dentro da floresta, devido à competição pela luz com as outras espécies, a sua altura alcança mais ou menos 20 metros; nas margens dos rios, em áreas derrubadas pelos nativos para plantio de cultivos de subsistência, o porte~ menor.
As folhas sao de tamanho médio a pequeno, com ápice terminado em forma de lança retorcida. Nos lançamentos novos, a coloração é verde pálido, sem pigmentação antociânica, caracterfstica do cultivar Gatongo. As flores, de tamanho m~dio, são de cor amarelo-pálida em suas partes componentes com exceção dos estaminÓides, que sao pigmentados. Os frutos são ciÜndricos, como os amelonados, têm superficie rugosa, lembrando os criollos, sulcos lisos e coloração verde quando imaturos, caracteristica genética dominante nas populaçÕes amazÔnicas. As sementes são globosas, de tamanho médio a pequeno, e os cotilédones,completamente desprovidos de pigmentação antociânica.
Segundo as observaçÕes realizadas, parece que nao existe, pelo menos em forma aparente, problemas de incompatibilidade naqueles
42
•
Quadro l -Descrição do material AmazÔnia Equatoriana.
botânico coletado Junho, 1973.
na expedição a
(I~· Fazenda Valerio Greffa-Noroeate do acampamento da Texaco. (2)- Fa~enda lrrnaoa Capuchinhos-Noroeste do acampamento da Texaco. (3)- Fazenda Catalina Guatat~ca·Alto Napo, 1:30 h subindo o rio Coca. (4)- Fazenda LetÍcia Guatatoca-200 m submdo o riO ~apo. (5)- 50 m ao sul do cultivar NAP0-44. (6)- 200m ao sudoeste da Fazenda Letícia Guatatoca. (7)- Margem direita do rio Napo, no lugar Caspisapa-Zh de Francisco de Orellana. (8)- 200m ao sudoeste da planta. NAP0-47. (9)- De Casp·sapa. 7~ min rio (Napo) abai"o, lado esquerdo. (lO)- 100m da .Í:rvore NAP0-49 pa.ra 0
1
inte~ nor. (li)- IO,min de NAP0-50 descendo o rio-lado direito-Fa~enda Lucia.no. (12). 30m ao sul da arvore NAP0-51. (13)- Gaurnaya.co, 30 min descendo o rio Napo, lado esquerdo. (~4)- 2 h ~ubindo o rio Pa.ya.mino, lado esquerdo, em Yuralpa. (15). 20 min descendo o rto Payam1no, margem direita.
R =Rugoso
CBM = CilÍndrica, branca., tamanho m~dio P = Pouca.
A • Abundante PVp • Pouca., verde p.Í:lido AVp = Abunda.nte, verde pá:lido
cacaueiros, tendo em vista que, tanto em plantas isoladas como em conjunto, encontraram-se frutificaçÕes ou indÍcios.
Resultados de investigaçÕes sobre a herança de alguns caracte~es quantitativos e qualitativos e observaçÕes da planta nas diversas areas produtoras do mundo poderiam fornecer subsÍdios importantes para uma discussão. Assim, a cor verde do fruto é um caráter rec;s_sivo (5!; a rugosida~e da casca, parece ser uma caracteristica genehca devtda a um ambJ.ente especifico, capa:~; de mutar quando trasladado do seu habitat natural. Idêntico fenÔmeno parece ter ocorrido com a ,:or das s:mentes, que, como uma forma seletiva para a perpetuaçao de especies, passou de branca a roxa. Estudos realizados por Vello (6) e Soria e Esquivei (5) com tipos amazÔnicos e trinitários mostraram que a cor roxa das sementes é controlada por um par de genes maiores. Talvez, a mudança da cor branca para roxa, possa ser explicada :omo um caso de mutação inversa, possÍvel de acontecer numa freqtiencia de 1:10 da direta {3).
43
Revendo os comentários feitos por investigadores de expediçÕes anteriores {2, 4, 7) e confrontando com as ob~;.ervaçÕes registradas nesta expedição, somos inclinados a aceitar a proposta de Cheesman (1) que considera esta área como o centro de origem do cacaueiro.
AGRADECIMENTOS
Aproveitamos a oportunidade para deixar registrados sinceros agradecimentos à Diretoria e pessoal do INlAP, em e~>pecial ao Eng9 Agr9 A. Loayza e à Texaco Co. del Ecuador, pelas atençÕes e facilidades oferecidas.
LITERATURA CITADA
1. CHEES:MAN, E.E. Notes on nomenclature, classification and possible relationships of cacao population. Tropical Agriculture (Trinidad) 21:144-159. 1944.
2. POUND, F ,J. Caca o and witchbroom desease {Marasnllus perniciosus) of South America with notes on other species of Theobroma; report on a visit to Ecuador, the Amazon Valley and Colombia, April 1937 - April 1938, Port-of-Spain, Yuille's Printerie, 1938, 58 p.
3. SOLBRIG, O.T. Evolutionand sistematics. New York, McMilan. 1966.
4. SORIA V., J. The latest cacao expedition to the Cacao {Costa Rica) 15(1):5-15. 1970.
amazon basin.
• 5, y ESQUIVEL, O. Algunos resultados del programa de
mejoramiento genetico de cacao en el IICA-Turrialba. ~ Conferência Internacional de Pesquisas em Cacau, 2~, Salvador e Itabuna, Bahia, Brasil, novembro, 19-26, 1967. MemÓrias. Itabuna, Centro de Pesquisas do Cacau, 1969. pp. 35-41.
6. VELLO, F. ConsideraçÕes sobre a gen~tica de pigmentação do cacau branco da Bahia. Cacau Atualidades (Brasil) 1(1):3. 1964.
7. ----;o,.- e MEDEIROS,A.G. Expedição botânica à AmazÔnia Brasileira. Cacau Atualidades {Brasil) 2(4):47-51. 1965.
AN INTERNATIONAL COCOA COLLECTING EXPEDITION TO THE ECUADORIAN AMAZON
The Cocoa Research Center (CEPEC) of Brazil, the National Institute of Agricultura! Research (INIAP) of Ecuador and the French
44
..
Coffee and Cocoa Institute (IFCC), recently organized a botanical expedition to the Amazon Region of Ecuador for the purpose of collecting new cocoa plant material of good agronomic characteristics and genetic diversity for use in their breeding programs.
The expeditionary group consisting of A. Loayza (INlAP), J. Besse (IFCC) and G.A. Carletto (CEPEC) started from the town of Francisco de Orellana {Ecuador) in June 1973 and for 5 days collected plant material from the banks and adjoining areas of the Upper and Lower Napo river, the Payamino and the Coca rivers (Figure 1).
This period of the year was chosen mainly because of the observations made by previous expeditions (4, 7) in relation to the vegetative and reproduction habits of the wild cocoa trees in the area. The weather conditions during the period of the expedition appeared to be conducive to the selection of plants with signs of resistence to the "Witches'broom" (Marasmius perniciosus Stahel), the principal plant disease and limiting factor for cocoa production in the Amazonian and Caribbean areas. In addition to disease resistence, other aspects selected for were robustness, vigor, productivity, and pest resistence. The material collected during the expedition (Table I) was sent to the Tropical Experimental Station at Pichilingue, Ecuador, for multiplication prior to distribution to the interested countries.
GENERAL COMMENTS
The cocoa tree is known in the area by the natives as "cacao del monte", a term which was used in the classification of "criollo del monte" by Pound (2),
The plants collected did not appear to be fundamentally different from each other as regards their flowers, fruits and seeds although the height and branching varied with location. In the forest, due to competition for light with other plant species, the cocoa trees reach a height of approximately 20 metres, but those near the river banks and in the relatively open areas prepared by the natives for subsistence crops, they are much shorter.
The size of the leaves were average to small with their apex ending like a twisted spear. When flushing, the calor of the leaves was very pale green without an anthocyanin pigmentation. This incidentally is also a characteristic of the Bahian cultivar Catongo.
The flowers were medium in size, all their parts being pale yellow except for the staminodes, which were pigmented,
The fruits were wrinkled (similar to the Criollo) with smooth furrows, The pods were cylindrical, typical of the amelonados and
45
Table I - Description of botanical material collected on the expedition to Ecuadorian Amazon. June, 1973.
(l)- Valeria Greífa farm-Northeasl of lhe Texaco substation. (2)- Irmãos Capuchinhos farm -N.W. of the Texaco substation. (3)- Cala.lina Guatatoca farm- Upper Napo, lhr. 30 mln. up lhe Coca River. (4) - Leticia Guatatoca farm, 200m up the Napo River. (5)- 50 m to lhe South of the NAP0-44 tree. (6)- 200m to the Southwest of the Letícia Guatatoca (arm. (7) - On the right hand margin of the Napo River in the village of Caspisapa, 2 hours from Francisco de Orellana. (8) -200m to the Southeast of the tree of NAP0-47. (9)- From Caspisapa, 25 min. down river on the left margin of the River Napo. (lO)- 100m from the tree of NAP0-49 in the direction of the interior. (li)Luciano farm, lOmin. down ri ver on the right. (12)- 30m to the South of tr.e NAPQ-51 tree. (13)- Gaumayaco, 30 min going down Ri ver on the left land side of Ri ver r!f'apo. (14)- 2 hours up the Payamino River left land side in village of Yuralpa. (!5)- 20min. going down the Payamino River right land side,
W = Wrinkled CWM = Cylindrical, white, medium size L = Little
A ~ Abundant LP = Little, pale green AP = Abunda.nt, pale green
were green, genetical characteristics dominating in amazonian populations. The seeds were cylindrical, medium to small in size, with the cotyledons having no anthocyanin pigmentation,
From the observations made it would appear that self incompatibility problems do not exist inasmuchas all the plants were found with fruits or signs of fruiting,
Some of the research results of the inheritance of the quantitative and qualitative characteristics, in addition to observations made in different cocoa producing areas, indicates that the green colo r of the pod is a recessive character {5). The wrinkles of pods seems to be a genetic characteristic attributable to a specific environment. Mutation is possible when the tree is transferred from its natural habitat. The same phenomenon, for the survival of the species, seems to have occurred with the c olor of the seeds which has changed from
46
! !
I I I I
white to purple. Studies made by Vello (6) and Soria and Esquivei {5) with Amazonian and Trinitarian types indicate that the purple colar of the seeds is controlled by a pair of larger genes, The change from white to purple perhaps can be explained as a case of inverse mutation, with a possible frequency of occurrence in the arder of 1:10 (3).
Re-examining the remarks made by investigators of previous expeditions (2, 4, 7) and comparing them with the observations of this expedition, we are inclined to accept the hypothesis of Cheesman (1), i,e., that this areais, in great probability, the lo cale of origin of the cocoa tree,
•••
47
INFORMAÇÃO AOS COLABORADORES
Os conceitos e opiniÕes, emitidos nos artigos, são da exdusiva responsabilidade dos autores. São aceitos para publicaçà'o trabalhos que se constituam em real contribuição para um melhor conhecimento dos temas relacionados com problemas agronômicos e sÓcio-econÔmicos de áreas cacaueiras.
Os artigos devem ser datilografados em espaço duplo, com o márimo de 2.500 palavras ou lO fÔlhas tamanho carta (28,0 x 21,5 em), em uma sÓ face e com margens de 3 em por todos os la<los. Os originais devem ser acompanh"' dos de duas cópias perfeitamente legÍveis.
Desenhos e gráficos devem ser feitos com tinta nanHn e não llltrapassar a medida de 18, O X 20, O em; as fotografias devem ter 15, O x 23, O em, em papel fotográfico brilhante com bom contraste. As ilustrações devem ser nomeradas e com legendas escritas ';, máquina, em papel separado. Recomenda-se não dobrá-las para evitar dificuldades na reprodução.
As referências no texto devem ser feitas pelo nome do autor, acompanhado do nÚmero de ordem da citação bibliográfica. Ex,: Medeiros (5), ou simplesmente (5). A "Literatura Citada" deve ser organizada por ordem alfabética dos autores, com nÚmero de ordem, usando-se o seguinte sistema:
5. MEDEIROS, A.G. Método para estimular a esporulação do Phytophtho~ pa!mivora(B~>tl.)Butl. em placas de Petri. Pbyton 22(1):73-77. 1965.
O resumo não deve exceder meia página datilografada, sendo acompanhado de versão em inglês. São aceitos artigos em português, espanhol, inglês e hancês.
INFORMATION FOR CONTRIBUTORS f
Concepts and opinions given in artides are the exclusive responsibility of the authors. Only articles concerned with agronomic and social-economic problems of cocoa growing arcas, which representa new contribution to the subject, will be accepted for publication.
Articles should be typed in double spacing with a marirnurn o f 2, 500 words o r I O !etter si:z:ed pages (28. O x 21. 5 em) with a 3 em m<\rgin on all sides, together with two legible copies.
Drawings and graphs should be prepared with India ink not exceeding 18. O x 20. O em; photographs should be 15, O x 23, O em glossy prints with good contrast. Illustrations must be numbered, with the machine typed subtitles on separate paper. To avoid reproduction difficulties it is recommended that enclosures should not be folded.
Text references shollld appear wHh the name of the <1uthor and/or the arder number in the literature citation. The "Literature Cited" should be numbered in alphabetical order employing the following system:
5. MEDEIROS, A. G. Método para estimular a esporulação do Phytophthora palrnivora {Butl.) Butl. em placas de Petri. Phyton 22(1): 73-77. 1965.
A:dicles are accepted in Portuguesa, Spanish, English, and French.
48
•
REVISTA THEOBROMA
Outubro-dezembro 1973 Ano l1l N~ 4
Publicação trimestral dedi· cada à divulgação de investigação científica relacionada com problemas agronômicos e sócio-econômicos de ãreas cacaneiras. Editada pelo Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC), Departamento da Comissão Executiva do Plano de Recupemção EconômicoRum! da Lavoum Cacaueim (CEPLAC).
COMISSÃO EDITORIAL
Alvim, Paulo de T. Cruz, Luiz C. Sales, José C. de Vello, Fernando
ASSESSORES CIENTÍFICOS
Aitken, Wiiliam M. Alencar, Maria H. Cabala R •• F. Percy Carletto, Geraldo A. Dessimoni Pinto, C.M. Igue, Kozen Loureiro, Edmar S. Maravalhas, Nelson Mariano, Antonio H. Medeitos, Arnaldo G, Menezes, ] . A. S. Pereira. Clóvis P. Rocha, Hennínio M. Silva, Luiz F. da Silva, Pedrito Vasconcelos Filho, A.P. Ventocilla, José A.
Endereço para correspondência (Address for correspond· ence):
Revista Theobroma Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC). Caixa Postal 7 45.600- Itabuna -Bahia
Brasil
Tiragem 3.000 exemplares
CONTEÚDO
1. Avaliação de fuseticidas no wmbal€ ao tripes do cac11ueiro (Selenothrips rubrocinctus (Giard) aa Bahia,}. M. Abreu. ·····-·
Evaluation of insecticides lo control cocos thrips Selenothrips rubrocfuctus (Giard) in Bahia, Bmzil. (Snmmary} p. 10.
2. Toxidez do alumiuio em plântu/as d€ cacau. M. B. M. Santana. P, Cabala R. e E. R. de Mir~~J~da.
Aluminum toxicity in cocoa seedlings. (Sommary) p. 20.
3. Aferição de niveis de potássio em solos da Região Sal da Bahia. C. f. L. de Santana e M. B. M. Santana,
Potassium leveis in Southern Bahian soils. (Summary) p. 34.
4 The concept and practice o{ integrated coa. trol and prospects of theiT adoption for West African cacao ecosystem. W. E. Eguagie .. __
Conceito e prã!ica do controle integrado e suas perspectivas de adoção no ecossistema do cacaueiro no Oeste Africano. (Resumo) p. 44.
NOTA
Sonda Cepec para retirada de amostras de solos a diferentes profundidades. A. Cadima Z .. __
The "Cepec Soil Sampling Tube" for collecting cote sarnples <o• different depths. p. 47.
3
11
35
•
AVALIAÇÃO DE INSETICIDAS NO COMBATE AO TR!PES DO CACAUEIRO
(Selenotbrips rubrocinctus (GIARD) NA BAHIA•
Jo4o Manuel Abreu••
O Selenothrips rubrocinctus (Giard) emergiu como praga imw portante do cacaueiro, na Bahia, a partir de 1972, quando foram registrados surtos alarmantes em quase toda a região cacaueira desse Estado. Já era considerado como a praga mais importante dos cacauais no EspÍrito-Santo (1), tendo sido tamb~m apontado por Bondar (2) e Silva (4, 5) como uma sé:ria praga na Bahia, porém ocorrendo em surtos ciclicos, alguns deles precedidos ?Or periodos longos de seca.
' -Ensaios de competiçao de inseticidas foram realizados por Smith, Abreu e Ventocilla (6) no EspÍrito Santo, onde se destacaram o BHC l,So/o (pÓ) e Baygon 0,4% (emulsão) como os mais eficientes no combate ao tripes. Considel-ando-se ser o uso do Baygon rrLuito dispendioso, f o i então recomendado o BHC !,5o/o, aplicado à razão de 16 kg por hectare.
A importância apresentada pelos surtos de tripes em 1972,
*Recebido par<! publicação em outubro, 1973. u M.S., Divisão de Entomologia, CEPEC.
que causaram apr<::ensio entre os produtores, aliada à pouca dispow nibilidade de inseticidas comprovadamente eficazes para combaw tê-lo motivaram a execução do presente trabalho.
MATERIAIS E M~TOOOS
Dois ensaios foram realizados nos municfpios de Gandu, Ipiaíi, Canavieiras e Itamaraju no perfodo de junho dê: 1972 a marÇo de 1973. O primeiro constou de sete tratamentos, onde os inseticidas foram aplicados à razão de 24(lg de p.a. fha, todos em for· mutação l(quida, salvo o BHC, que foi aplicado em forma de pÓ seco. Os tratamentos foram os seguintes; BHC, linda.ne, malaw thion, phosalone, fenitrothion, diazinon e testemunha. O segundo ensaio foi .executado com inseticidas em forma. de pÓ seco, nas concentraçÕes comerciais, apliw cados à razão de 16 kg/ha, em que foram inclu{dos os seguintes tratamentos: BHC l,So/o, BHC 2%, carbaryl 7, 5%, malathion 4, Oo/o,
Revista Theobroma. CEPEC, Itabuna, Brasil, 3(4):3 10. Out...dez. 1973.
3
------~--......... __________________ __
parathion metÍUco 1, So/o, fenitrothion I, 5o/o e testemunha.
O delineamento expe-rimental foi o de parcelas subsubdivididas, inteiramente casualizadas, com duas repetiçÕes. Cada localidade acima referida constituiu uma parcela. A subpar:_ela experimental ocupou uma area de I250 m2 onde foram tomados cinco cacaueiros e, em cada um deles, marcadas com fitas, 25 folhas infestadas com tripes. Como subsubparcelas, foram considerados os niimeros de dias (I; 7; 14 e 21) apÓs a aplicação dos inseticidas. A avaliação das populaçÕes de tripes, antes e depois da aplicação dos tratamentos, foi efetuada destacando-se cinco folhas por cacaueiro num total de 25 folhas por subparcela. A eficácia de cada um dos inseticidas foi determinada pela fÓrmula deHenderson e Tilton(3),
As percentagens de eficácia foram transformadas em arco seno da V "lo para análise de variância, a fim de discriminar variabilidades diferenciais devidas aos inseticidas, locais, tempo e respectivas interações.
RESULTADOS
ao•
Experimento I - Os inseticiclorados foram superiores fosforados, embora não te-
nham sido encontradas diferenças significativas)Ouadro ,I), Esta superioridade e devida principalmente ao efeito residual, que é mais prolongado nos clorados, considerando-se que, para o cálculo destas eficácias, entraram
4
Quadro 1 - Eficácia média de inseticidas no combate ao S. rubrocinctus Giard-:- aplicados na dosagem de 240g de p, a. /ha, sob a forma de emulsão. Região cacaueira baiana, 1972.
* pó seco. cv ~ 47% -os valores que cada tratamento obteve decorridos 1; 7; 14 e 21 dias apÓs a aplicação.
As eficácias dos inseticidas em cada localidade são apresentadas na Figura 1. O BHC e o lindane se destacaram em Gandu, Canavieiras e Itamaraju, embora com resultados semelhantes aos obtidos em lpiaii,onde se sobressaíram o malathion e fenitrothion. Considerando-se os tratamentos para cada localidade, não foi encontrada diferença significativa. Tal fato demonstra que os inseticidas agiram similarmente no combate ao tripes, independentemente do local onde foram utilizados.
Os resultados sobre a persistência dos efeitos inseticidas encontram-se na Figura 2. O !indane e BHC, neste caso, poderiam ser agrupados como alta-
J' i.
t
•
100
90
eo
70
" • 60
1! 50 ... " ~ "' 40
30
20
lO
GANOU CANAVIEIRAS ITAMARAJU
flil BHC OuNDANE ~~ MAUffi-IION • FHOSALONE ~ti] FE~ION~~ DIAZINON
Figura 1 - Eficácia dos inseticidas no combate ao S. rubrocinctus n~ dosagem de 240 g de p.a/ha em função ~s localidades em que foram experimentados. Reg i ã o cacaueira baiana, 1972/73.
mente residuais. pois ainda apresentavam respectivamente 73% e 70o/o de eficácia 21 dias apÓs o tratamento, Os fosforados, tanto o fenitrothion e phosalone como o malathion e diazinon, seriam agrupados como de efeito residual moderado e leve. Os fosforados apresentaram eficácias acima de 80o/o apÓs 24 horas da aplicação, com pequena redução até o sétimo dia, quando então cafram a nÍveis bem baixos, variando de 20% a 60o/o. Deve ser registrado também que, considerando-se as
'
eficácias dentro de cada perfodo apÓs o tratamento, elas não foram estatisticamente diferentes entre si.
Experimento II - No Quadro 2 encontram-se as eficácias m~dias dos inseticidas, calculadas dos totais obtidos em todas as localidades. O carbaryl a i, 5o-o foi o mais eficaz seguido do BHC 2o/o, malathion 4, o~O e fenitrothion 1,5o/o, sendo que, entre estes, não houve diferenças si~nificativa'i'. O mesn1o st• v.-rifica ao St'ren1
00
• ~ • ro u
~ • ~ u
00
~~
.--;--PHOSALONE
NALATIIION
----... ______ ----/-~~
'
-----.
• DIAS APÓS TRATAMENTO
-
Figura 2 - Persistência da eficácia dos inseticidas, de per si, no combate ao .ê_. rubrocinctus, aplicados na dosagem de 240 g de p.a/ha. Região cacaueira baiana. 1972/73.
comparados o BHC Z, O%, malathion 4,0%, fenitrothion 1,5o/o. BHC l, 5% e parathion metÚico 1, 5%.
Na Figura 3 podem ser verificados os resultados de eficácia para cada localidade. Para este caso, em que não houve uniformidade de princfpio ativo, as di-
6
Quadro 2 - Eficácia m~dia de inseticidas no combate ao..§, rubrocinctus Giard,aplicados à razão de 16 kg/ha, sob a forma de pÓ seco, Região cacaueira bai
ana, 1972.
DMS Tukey p = o, 05 cv = 31%
14,52
ferenças de eficácia dos inseticidas em relação a cada local foram significativas. O BHC I, 5%, BHC 2, Oo/0 e carbaryl 7, 5% agiram diferentemente quando comparadas as localidades do Norte da região cacaueira (Gandu e Ipia-G.) com as do Sul (Canavieiras e Itamaraju), sendo as eficácias mais elevadas no Norte que no Sul, sempre lideradas pelo car
baryl.
A baixa eficácia apresentada pelos inseticidas em Canavieiras e, principalmente, em Itamaraju resultou da recuperação mais rápida das populaçÕes de tripes nas parcelas tratadas, a partir do 149 dia da aplicação. Estarecuperação foi mais acentuada no
caso do BHC.
Os Íosforados agiram similarmente quando agrupados os lo-
"
,l
•
eo
~ i " 00 o
g o 40 -.. o
"' ;;:
"' 20
lO
IPIAÜ CANAVIEIRAS ITAMARAJU GANDU
~BHCI,S%
D 6HC2,0%
1m CARBARVL 7,5% ~~ PAAATHION MET. I ,5o/o
mlliiJ MALATHION 4,0o/o ~~ I'ENilROTHION I,So/o
Figura 3 -Eficácia dos inseticidas, no combate ao S. rubrocinctus nas concentraçÕes comerciais, em função das localidades em que foram experimentados. Região cacaueira baiana, 1972/1973.
cais Gandu-Canavieiras e lpia-G.Itamaraju. Cabe notar que os fosforados tiveram liderança absoluta somente em Canavieiras.
~ A Figura 4 ilustra a persistencia do efeito inseticida durante o perfodo em que os ensaios f o r a m executados, O carbaryl 7,5% e o BHC 2% foram os inseticidas que mais se destacaram P_?is as eficácias apresentadas a~ te 21 dias apÓs o tratamento foram de 70o/"o e 6210 , respectivamente. Esperava-se, tamb~m, que o BHC I, So/"0 ficasse inclufdo nesse grupo, considerando -se ser ele u · t' 'd m lnse 1c1 a de poder resi-dual prolongado. Tal fato não o-
7
correu devido aos resultados de Can~vieiras e Itamaraju, onde as eficacias obtidas 7 e 14 dias apÓs a aplicação foram prejudicadas pela recuperação das populaçÕes de tripes nas subparcelas que foramdestinadas a este tratamento.
Os fosforados, como no caso anterior, foram os de poder residual mais curto, embora a sua eficácia, nas primeiras 24 horas, tenha sido bastante elevada, variando de 93% a 99%.
DISCUSSÃO
Confrontando-se os dados obtidos nos experimentos na Ba-
00
~~ -----~ '
/, ~ BMC 2/l'lo '•, -..... -------.. ~
~
00 ~- ... -- / • .. \-----
~ FEN~I,. --, ..
' 2 ~ ----.. • • ~
00 .. BHC 1.:1'11> .. / PARATHION MET.~·· ••
~ __ ...
'" ' •
PIAS APÓs TRATAMENTO
Figura 4 - Persistência da eficácia dos inseticidas, de per si, no combate ao 'ª-· rubrocinctus aplicados nas concentraçÕes comerciais. Região cacaueira baiana, 1972/73.
hia com os anteriormente realizados no EspÍrito Santo (6), verifica-se que as eficácias do BHC l, 5o/o e malathion 4%, na forma de pÓ seco,foram bem aproximadas 24 horas apÓs o tratamento. Para as eficácias calculadas 14 dias apÓs tratamento, o BHC 1, 5o/o
apresentou melhores resultados no EspÍrito Santo,enquanto o ma-
8
lathion 4o/o se destacou na Bahia. É preciso salientar que a metodologia para a avaliação da eficácia destes inseticidas na Bahia diferiu da utilizada no Espfrito Santo, sendo provavelmente um dos fatores que motivaram a discordância de dados neste confronto.
A não ser o diazinon e phosalone, que apreseutaram eficácias baixas 24 horas apÓs a aplicação dos tratamentos, os inseticidas testados poderão ser indicados no combate ao §.. rubrocinctus na Bahia. A disponibilidade de inseticidas para o combate ao tripes na região cacaueira da Bahia, fica, deste modo, ampliada, pois se disporá não sÓ do BHC 1,5"/0 , já indicado anteriormente para co~ater o tripes nos cacauais do Espirito Santo, como também do malathion(Üquido e pÓ), fenitrothion (liquido e pÓ), parathion metÚico (pÓ), lindane (Üquido) e carbaryl (pÓ), agora com as eficácias experimentalmente comprovadas.
No entanto, alguns fatores devem ser considerados ao ser indicado um inseticida. Em primeiro lugar, se for desejada a persistência da eficácia do produto para sustentar o combate, pelo menos por 3 semanas, seria indicado o lindane (liquido), BHC l, 5o/o e 2"70 (pÓ) ou carbaryl (pÓ). Na alternativa de um inseticida de efeito residual curto, os fosforados seriam a melhor opção. Vale salientar ainda o fator econÔmico, não sÓ no que se refere ao preço do inseticida como à modalidade de aplicação, isto é, se pcir via lfquida ou seca. Deve ser ainda considerada a época de
i "
•
" aplicação, que e um fator muito importante a ser prontamente determinado apÓs estudos de flutuação anual da população da praga no ecossistema dos cacauais.
CONCLUSÃO
Os resultados evidenciaram que o lindane, o BHC e o carbaryl são inseticidas de eficácia elevada no combate ao §.. rubrocinctus. A eficácia destes inseticidas persiste por um periodo de até 21 dias, apesar de ocorrer pequena redução a partir do 149 dia apÓs o tratamento.
O malathion (pÓ e liquido), fenitrothion (pÓ e tfquido) e opa-
alta-rathion metÚico (pÓ) sao mente eficazes até 24 horas apos o tratamento. O phosalone e 0
diazinon foram os inseticidas de mais baixa eficácia.
A indicação do inseticida para combater essa praga deve ser fundamentada não sÓ na eficácia entomolÓgica, mas também nos fatores economia, toxicidade para os animais de sangue quente e época de aplicação. Este ~ltimo fator é muito importante a fim de se obter um efeito mais seletivo, motivo pelo qual está em andamento um trabalho para determinar a flutuação anual da população deste inseto em diversas localidades da região cacaueira.
AGRADECIMENTOS
Ao pessoal técnico do Departamento de Extensão da CEPLAC, (DEPEX) lotado nos escritÓrios locais de Gandu, Ipia~, Canavieiras e Itamaraju, pela colaboração na execução dos trabalhos de campo. Ao Eng9 Agr9 Pedrito Silva e Dr. Saulo Soria, da Divisão de Entomologia, pelas sugestÕes apresentadas quando da elaboração deste artigo.
LITERATURA CITADA
1. ABREU, J .M. de. Problemas entomolÓgicos da cacauicultura no Espirito Santo, Turrialba {Costa Rica) 18(2):182-186. 1968.
2. BONDAR, G. Insetos daninhos e parasitas do cacau na Bahia, Brasil, Instituto de Cacau. Boletim Técnico n'? 15, 1939. 112 p.
3, HENDERSON, C. F. and TILTON, E, W. Tests with acaricides against the brown wheat rn.ite. Journal of Economic Entomology 48(2):157 -161. 1955,
4, SILVA, P. Insect pests of cacao in Tropical Agriculture 21(1):8-14.
the State 1944.
of Bahia, Brazil.
5. Tripes do cacaueiro causador do "queima" da folha e da "ferrugem" do fruto. Cacau Atualidades (Brasil) 1{9-10): 1-4. 1964.
9
6. SMITH F., G.E., ABREU, J .M, de e VENTOCILLA, J .A, Competição de inseticidas no combate ao tripes do cacaueiro, Selenothrips rubrocinctus (Giard), no EspÍrito Santo, Brasil. Revista Theobroma (Brasil) 1(1):15-21, 1971,
RESUMO
A eficácia de inseticidas no combate ao tripes do cacaueiro (Se• lenothrips rubrocinctus (Giard) foi testada em dois experimentos de campo. O primeiro constou de sete tratamentos, onde foram avaliados o lindane, malathion, phosalone, fenitrothion e diazinon (em forma liquida) e BHC (sob forma de p;; seco); todos na dosagem de 240g de p.a./ha, O segundo experimento foi efetuado com inseticidas sob a forma de pÓ seco, nas concentraçÕes comerciais. Fora.m eles: o BHC 1,50/o e Zo/0 , carbaryl 7,5o/o, malathion 4o/o, parathion metÚico l, 5o/o e fenitrothion I, 5o/o, aplicados à razão de 16 kg/ha.
Os resultados mostram que o lindane, BHC e carbaryl 7, 5"/o foram os inseticidas mais eficazes, persistindo sua eficácia por 21 dias, apesar de ocorrer pequena redução a partir do 14'? dia do tratamento. O malathion (pÓ e lÍ<:juido), fenitrothion (pÓ e l{quido) e o parathion metÚico {pÓ), são altamente eficazes at~ 24 horas apÓs o tratamento.
EVÃLUÃTION OF INSECTICIOES TO CONTROL COCOÃ THRIPS
Selenotbrif!s rubrocintus (GIÃRD) IN BÃHIÀ, BRÃZIL
(SUMMARY)
Emulsions of lindane, malathion, phoaalone, fenitrothion and diazinon compared with BHC dust were applied at the rate of 240g a, i./ ha, to control cocoa thrips Selenothrips rubrocinctus (Giard) a major cocoa pest in Bahia, Brazil. In a second trial, commercial formulations of BHC I. 5o/o, BHC 2%, carbaryl 7. 5%, malathion 4o/o, methyl parathion 1.5% and fenitrothion 1.5% were applied at the rate of 16 kg/ha,
Resulta showed that lindane, BHC l.So/0 , BHC 2% and carbaryl 7. 5% were the most efficient with a persistence as long as 21 days, There was a small decline in toxicity after the second week following application. Both the dust and liquid formulations of malathion and fenitrothion and the dust formulation of methyl parathion were highly efficient for the first 24 hours following application, but effectiveness decreased rapidy thereafter.
lO
...
•
TOXIDEZ 00 ALUMÍNIO EM PLÂNTULÃS DE CACÃU•
Maria B. M. Santana .. Percy Cabala Rosami•• • Bmo Ruy de Miranda• ...
Sob condiçÕes de clima tropical t'.mido, os processos de meteorização e lixiviação da maioria dos solos são bastante intensos. Isto causa empobrecimento das bases e acidificação gradativa do perfil traduzida por baixos valores de pH e pela presença de alumÍnio, ferro e manganês no complexo.
Solos minerais, com pH inferior a 5, contêm quantidades apreci>i.veis de alumfnio no complexo de troca e na solução edáfica. Tal fato reflete significativamente sobre a retenção e disponibilidade de cations e anions (8), podendo, em alguns casos, atingir nfveis tÓxicos para a maioria dos cultivos,
Pratt (ll) assinala gue, na faixa de pH 5,2 a 7,5, há pouco ou, nenhum alumÍnio na solução edafica enquanto que, em valores ao redor de 4, 5, o alumÍnio no complexo pode ser alto ou baixo, dependendo da natureza do solo,
*:Recebido para publicação em setembro, 1973. *** Eng~ Agr., Divisão de Solos, CEPEC.
M.S., Divisão de Solos, CEPEC.
É geralmente baixo em s o 1 os cujos colÓides minerais possuem pouca ou nenhuma carga permanente, ocorrendo o mesmo em solos turfosos ou naqueles arenoso.s onde a maior parte do material ativo ~ constituido pela fração orgânica.
Clark e Nichol, citados por Evans e ~amprath (3), formulal:'am a hipotese de que a mat~ria orgânica diminui a solubilidade do aluminio p e 1 a formação de complexos organo-minerais. Isto explica, possivelmente, o melhor comportamento das plantas em solos orgânicos do que em solos ácidos minerais.
A importância do aluminio como fonte de acidez dos solos e seus efeitos diretos e indiretos no desenvolvimento da maioria dos cultivos - notadamente os mais exigentes - justificaram investigaçÕes que comprovaram a existência, dentro de uma mesma esp~cie vegetal, de varieda-
Revista Theobroma. CEPEC, ltabnna, Brasil, 3(4):11 21. Out.-.dez. 1973.
li
•
des mais ou menos tolerantes à ação desse elemento (4, 6, 7, 9). Alguns aspectos, entretanto, permanecem ainda pouco esclarecidos, devido a dificuldades de se separar os seus efeitos diretos e indiretos sobre os cultivos,
Os sintomas comuns de toxidez do alumfnio descritos na literatura se referem ao desenvolvimento deficiente da parte aérea e crescimento reduzido do sistema radicular, em decorrência da inibição da divisão celular (I),
Como a literatura se ressente da falta de informaçÕes concernentes a cultivos de ciclo longo, como o cacaueiro (Theobro~ cacao L.), foi levado a efeito o presente trabalho, cujo objetivo foi medir os efeitos de doses crescentes de alumÍnio sobre o desenvolvimento de plântulas de cacau.
MATERIAIS E MÉTODOS
Empregando-se plântulas de cacau "Catongo", em cultivos hidropônicos, conduziram-se, em diferentes per(odos, quatro ensaios em casa de vegetação, segundo o de s e n h o experimental completamente casualizado a fim de medir os efeitos de concentração crescente de alumfnio. Cada unidade experimental foi constituÍda por uma plântula de cacau. Como variáveis de resposta, consideraram-se as massas secas das partes aéreas e raizes.
Usaram-se vasos plásticos, com capacidade para 900 ml, revestidOs externamente com folhas
!2
de alumfnio para evitar o crescimento de algas. As sementes fora~ germinadas em areia e,logo apos a emissao do primeiro par de folhas, foram colocadas em solução nutritiva de Hoagland l/2 concentração, onde permaneceram 15 dias para adaptação ao meio lÍquido. Como variáveis de resposta, consideraram-seas massas secas das partes aéreas
' e ra1zes,
As técnicas adotadas nos quatro experimentos foram as seguintes:
Experimento I - O cultivo das plântulas foi conduzido pelo sistema de raÍzes divididas, ficando uma metade imersa em solução nutritiva de Hoagland e a out;ra, em solução contendo alumÍnio nas dosagens 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 e 8, O ppm com quatro repetiçÕes para cada tratamento. Para provocar o desenvolvimento de rafzes secundárias e, as81m, facilitar a sua separação em duas partes, cortaram-se as raizes pivotantes das plântulas. As plântulas foram colhidas 105 dias apÓs a instalação do experimento, substituindo-se quinzenalmente as soluçÕes em que se mantiveram neste periodo.
Experimento 11 -Seguiu-se o mesmo processo do Experimento I, aumentando-se, porém, para seis o n~mero de repetiçÕes. As concentraçÕes de alumÍnio foram de O; 8; 16 e 32 ppm. As plântulas permaneceram 120 dias nas soluçÕes,
Experimento III- Cultivo também realizado em solução nutritiva de
--
Hoagland à qual foram adicionadas doses de aluminio (O; 64; 128 e 256 ppm), com seis repetiçÕes, não sendo adotado, neste caso, o sistema de raizes divididas. As soluçÕes eram substitufdas cada 12 dias e a duração do experimento foi de 60 dias.
Experimento IV - As plântulas, crescidas em solução nutritiva de Hoagland durante 35 dias, foram transferidas para soluçÕes contendo alumfnio em doses de O; 8; 16; 32; 64 e 128 ppm, onde per~ maneceram 30 dias. Utilizaramse quatro repetiçÕes.
Nos experimentos li, III e IV, foi feita análise dos tecidos das
' ' partes aereas e ra1zes por ata-que nitro-perclÓrico, relação 5: I, determinando-se alumfnio, magnésio, fÓsforo e potássio no extrato. O alumÍnio foi dosado por colorimetria com aluminona, o cálcio e magnésio, por titulação com EDTA, o fÓsforo, por colo:dmetria e o potássio, por foto-
"' metria de chama.
RESUL TAOOS E DISCUSSÃO
Embora se tenha verificado, nos dois primeiros experimentos, uma diminuição da massa da parte aérea das plântulas (Figura 1) com o aumento da concentração de aluminio na solução, tais efeitos não atingiram o nÍvel de significância. É provável que tal fato se deva ao sistema de cultivo - metade das raizes se desenvolvendo em solução nutritiva completa - o qual garantiu um crescimento quase normal das partes aéreas.
13
Quanto às raizes, houve uma acentuada redução de massa das imersas nas soluçÕes de alumfnio de concentração superior a 16 ppm (Figura 1). Entretanto, dada à grande variabilidade decorrente da dificuldade em se dividir as raizes em duas porçÕes iguais, conforme evidenciam os altos coeficientes de variação (50-60"/o), não foi possÍvel detectar efeitos estatfsticos para tratamentos.
No Experimento III, constatou-se uma drástica redução no crescimento e morte das plântulas cultivadas em soluçÕes com 64; 128 e 256 ppm de alumÍnio, respectivamente. No ~ltimo experimento, constatou-se a morte das plântulas das soluçÕes contendo 64 e 128 ppm de a:1umÍnio e uma redução acentuada no crescimento daquelas colocadas nas soluçÕes contendo 32 ppm. Para ambos os casos, houve signific~ncia a 5o/o, tanto para as partes
' aereas como para ra1zes e os coeficientes de variação f o r a m de 13% e 18%, respectivamente.
Possivelmente, no caso da solução de Hoagland, a presença de outros cations atenuou a ação do Al, tornando -o menos tÓxico, haja vista a sobrevivência das plântulas em solução com concentração de Al igual a 64 ppm.
Os resultados dos dois ~timos experimentos s a o concordantes com os encontrados por Miranda e Dias (10) em solos Oxissol. Nesse experimento, incorporaram-se alumÍnio à razão de 9 mEq/ lOOg e doses crescentes de calcário dolomÍtico, para
I
!\
i I I
,I I
I ·.i: :'1 ,, ',I !'!
..
•
Figura 1
• NjtTE AÉIIEA ltAIZ- ALUMÍNIO IWZ-SOL~io
MUTIIIT.
CONCENTRA~() DE Al.llliiiÍIIt> Elfll PPM.
CÁLCIO
•----- MAGNÉSIO
FÓSFOIW' ALUM{NIO ._ _____ _...
40
10
20
>O
-Massa seca e conteÚdos de P, Ca, Mg e Al da parte a~rea e das raÍzes de p:lântulal'l de cacau cultivadas com separa
ção das raÍzes.
14
•
condicionar diferentes graus de saturação de alum{nio. VeriHcou-se morte das plântu1as de cacau a partir de 4 7% de Al e paralização no crescimento nos tratamentos com 41% de saturação de alum(nio.
De modo geral, a sintomatologia observada para toxidez de alomfnio foi o não alongamento das raÍzes, em contraposição com o desenvolvimento excessivo dos seus diâmetros (Figura 2 ), Nos tratamentos em que se verificou toxi!lez mais intl'!nsa, houve redução de massa das raizes e, conseqi.ientemente, da parte aérea, especialmente nas plantas cultivadas na solução nutritiva + Al. e nas cultivadas inicialmente na solução de Hoagland e depois transferidas para soluções com doses crescentes de a 1 um f n i o (Flgura 3).
Foy e outros (5, 6), com referência à tolerância ao alumfnio por variedades de trigo, ceVada e soja, mostraram o efeito prejudicial desse elemento sobre o crescimento das raÍzes - e conseqüentemente, sobre a parte a~rea - nas variedades qve demonstraram alta sensibilidade a esse elemento.
A análise dos tecidos mostrou haver translocação de solução de uma metade das raÍzes para outra {Quadro 1), haja vista a presença de alumÍnio nas raizes 1mersas na solução nutritiva e de nutrientes, principalmente fÓdoro, nas raÍz;es imersas em soluçÕes contendo sÓ alumÍnio. Observou-se tnaior concentração de fÓsforo Das raÍzes dos trata-
15
mentos com doses elevadas de Al e o t-::anslocarnento relativamente pequeno, embora proporcional às dosagens, do alumÍnio para as partes aéreas. Verificou-se também utna acentuada diminuição do cálcio nas rafzes, sob altas doses de alumfnio, observando-se sÓ utna ligeira diminuição desse elemento nas partes a~reas, A concentração de tnagnêsio parece aumentar nas partes aéreas e diminuir nas -::aCz,es, à medida que se elevam as doses de alumÍnio.
As Figuras 1 e 3 mostram os conteÚdos de fÓsforo, cálcio, tnagnésio e alumÍnio encontrados nas raizes e partes aéreas das plantas cultivadas em soluçÕes separadas e em soluções de Hoagland com alu:m.Ínio, respectivamente. Nota-se, em tode>s os casos, uma tendência geral de apenas um pequeno translocamento de alumÍnio e redução dos conteÚdos de fÓsforo e cálcio, ambos nas partes aéreas, à medida que aumenta a dose de alumÍnio, Por outro lado, observa-se um acúmulo de P nas raizes que receberam dos e s elevadas de alu-
' . mLnLO.
Writh (13) refere-se à precipitação do fÓsforo pelo alumfnio dentro da planta e conseqüente redução da disponil:lilidade daquele elemento para os processos metabÓlicos. O mesmo autor (13), citando trabalhos realizados anteriormenfle - pelo sistema das raizes divididas, a fim de evitar o contato Al - P - verificou através da análise das diferentes partes da planta, a formação de fosfatos de atumfnio
Figura 2- Aspecto das plântulas de cacau cultivadas em soluções nutritivas com diferentes concentrações de alu,m(nio,
com reflexos negativos sobre o desenvolvimento das plantas,
Clarkson ( 1 ), apresentando resultados experimentais de alguns autores, assinala que as ra(,.;es tratadas com al<1mfnio absorveram mais fÓsforo do que as não tratadas. O mesmo autor ( 1) afirma que a inibição da divisão celular das raizes e a redução do translocamento do fÓsforo para as partes aéreas, são duas maneiras pelas quais o alumi'nio afeta o crescimento das plantas. Randall e Vose (12), trabalhando com fÓsforo marcado, encontraram que o principal efeito da tox:idez de alumfnio r,lantas re-
16
sulta da :redução dr.l'Stica da assimilação de fÓsforo.
Por outro lado, Foy e outros (5) mencionam que a interferência marcante do aluminio sobre a absorção e transporte do cálcio, parece estar altamente :relacionada com o grau de sensibilidade das culturas àquele elemento.
Com referência ao alumÍnio (Figuras 1 e3 e Quadro !),observa-se que hii. um maior teor nas raizes do que nas partes aéreas, dados que são concordantes com a afirmativa de Pratt (li). Segundo ess-e autor, nas plantas afetadas pela toxidez do alumÍnio,
•
I ?
I
"
"' ~ " ~ "' ~ <i ~ "
!
\ \
o 64 12.8 2S6 o
IIAIZ IIAIZ
64 128 256 o 8 16 32 64 128 o 8 16 32 64 128
CONCéNTRAÇÃO 0E AWMÚUO éM PPfo{.
--------· CÁLCIO
MAGNÉSIO
FÓSFORO
ALUMÍNIO L------~
MASSA SECA
~ " ~
"' -~ ;;;
~
" "' <> <>
''> ~ ,. <> "
•
Figura 3 -Massa seca e conteÚdos de P, Ca, Mg e Al da parte aérea e das raÍzes das plântulas de cacau crescidas em solução nutritiva com Al e das plântulas crescidas em solução nutritiva e, depois, colocadas em soluçÕes contendo sÓ Al.
17
Quadro I - ConcentraçÕes {ppm) de fÓsforo, alumÍnio, cálcio e magnégiO nas partes aéreas e raÍzes das plâr:_tulas de cacau submetidas a diversos tratamentos (soluçao nutritiva de Hoagland e doses crescentes de alumÍnio).
* tr =traçao
o Al que se desloca para as partes aéreas não é maior do que o encontrado numa planta normal; suas raÍzes, entretanto, armazenam grandes quantidades desse elemento. Menciona tamb;;m que, so nas plantas tolerantes ao alumÍnio, este elemento ;; trans1ocado e acumulado nas folhas e nas hastes.
CONCLUSÕES
- O alumÍnio, em combinação ou não com soluçÕes nutritivas completas de Hoagland, afeta de modo sensÍvel o desenvolvimento das plântulas de cacau.
O cacaueiro é tolerante a concentraçÕes de alumÍnio inferiores a 16 ppm. ConcentraçÕes
18
superiores desse elemento inibem o desenvolvimento do sistema radicular, sendo que concentraçÕes da ordem de 128 e 2 56 ppm provocam dist~rbios graves ou at;; letais. #'
-No cultivo de raÍzes divididas, houve uma translocação do alumÍnio para as raÍzes imersas na solução nutritiva, as quais apresentaram também maiores conteÚdos de fÓsforo, à medida que se elevaram as doses de alumÍnio.
Sob doses elevadas de alumfnio, as concentraçÕes de fÓsforo se elevam significativamente nas raÍzes enquanto os conte~dos de fÓsforo e cálcio diminuem nas partes aéreas.
----------
LITERATURA CITADA
1. CLARKSON, D. T. Effect of aluminum on the uptake and metabolism of phosphorus by barley seedlings. Plant Phyliology 41:165-172. 1966.
2, COLEMAN, N. T. and THOMAS, G. W. The basíc cbemístryof aoil acidity. J!! Pearaon, R. W, and Adams, F, eda. SoU acidity and liming. Agronomy n'? IZ. Madi1on, Wiacon1in. American Society of Agronomy. 1967, pp. 1-41.
3. EVANS, C. E. and KAMPRATH, E. J. Lime response as related to percent Al saturation, solution AI and organic 1natter content. Soil Science Society of America Proceedings 34: 893-896. 1970.
4. FOY, C. D., FLEMING, A. L. and SCHARTZ, J. W. Opposíte aluminum and manganese tolerance of two wheat varieties. Agronomy Journal 65(l):IZ3-1Z6. 1973,
5. --~~-' FLE:MING, A. L. and ARMIGER, W. H. Aluminum tolerance of soybean varieties in relation to calcium nutrition. Agronomy Journal 61:505-511. 1969.
6. ----- et al. Characterization of differential aluminum to!erance among varieties of wheat and barley. Soil Science Society of America Proceedings 31~513-SZI, 1967
7. KAMPRATH, E. J. Chemical and physical barriers deep rooting. Crops and Soils 25(6):12-13. 1973,
8. and FOY, C. D. Lime fertilizer- Plant interations in-acid soils, !!; Olson, R. A. et al. Fertilize r tecnology & use. Madison, Wisconsin. Soil Science Society of America. 1971. pp. 105-151.
9. LONG, L. F., LANGDALE, G.W. andMYHRE, D.L. Response of Al - tolerance and Al-sensitive genotype to lime, P, and K on three Atlantic Coast Flatwoods soils. Agronomy Journal 65(1):30-34. 1973.
lO. MIRANDA, E. R. de e DIAS, A. C. C.P. Efeito da s~turação de alumÍnio no crescimento de plântulas de cacau. Revista Theobroma (Brasil) 1(3):33-41. 1971.
11, PRATT, F. P. Curso intensivo de quÍmica do solo. A. Nascimento e L. Vettori. s. 1. U.S.A.I.D.
19
Tradução de 1966. 88 P•
• 12. RANDALL, P. J, and VOSE, P. B. Effect of aluminum on the
uptake and translocation of phosphorus by perennial ryegrass. Plant Physiology 38:403. 1963.
13, WRITH, K. E. The internai precipitation of phosphorus in relation to aluminum toxicity. Plant Physiology 18:708. 1943.
RESUMO
Em quatro ensaios em casa de vegetação, foi medido o efeito de doses crescentes de alumÍnio sobre o desenvolvimento de plântulas de cacau.
Nos dois primeiros ensaios, empregou-se uma t~cnica de cultivo em que as raÍzes eram separadas em duas partes ficando uma parte imersa em solução nutritiva ·de Hoagland e a outra em solução de sulfato de alurnfnio em doses crescentes, As dosagens usadas foram: 0,0; 0,5; 1,0; 2,0; 4,0 e 8,0 ppmno primeiro ensaio e O; 8; 16 e 32 ppm no segundo. ~essas condiçÕes, consta~ou-se redu5ão no desenvolvimento das raizes quando a concentraçao de alumínio era de 32 ppm.
No terceiro ensaio, as plântulas foram cultivadas em vasos contendo solução nutritiva de Hoagland com quantidades crescentes de alurninio (O; 64; 128 e 256 ppm). Uma semana apÓs a instalação do ensaio, constatou-se a morte das plântulas nas soluçÕes com 128 e 256 ppm de Al.
• No ~ltimo ensaio, as plântulas foram cultivadas em solução nu
tritiva de Hoagland durante 35 dias. A seguir, foram transferidas para vasos contendo soluçÕes de alumfnio, em doses crescentes - O; 8; 16; 32; 64 e 128 ppm- onde permaneceram 30 dias.
As plântulas resistiram às doses inferiores a 32 ppm de AI e as concentraçÕes mais elevadas exerceram efeitos altamente prejudiciais ao seu bom desenvolvimento.
ALUMJNUM TOXJCITY IN COCOA SEEDLJNGS
(SUMMARY)
The effect of increasing leveis of aluminum on the growth of cocoa seedlings was measured in four greenhouse trials.
20
l J,
'
i
In two experimenta the rooh oi the cocoa seedlings were subdívided, one half being immersed in a Hoagland nutrient solution and the other in aluminum sulphate solutions •. This was to avoid inter.actions between the phosphorus and the alutnlnum. In one of these tr1als the aluminum leveis were from O- 8 ppm and in the other O- 21 ppm. Resulta showed that root growth was reduced at the 32 ppm leve!.
In the third experiment the seedlings were cultivated in a Hoagland nutrient solution to which had been added varying quantities of aluminum sulphate (.O- 256 ppm Al. ). A week after the start of the experiment the seedlings in the 128 and 256 ppm treatments had died.
In the fourth trial the seedlings were cultivated in a Hoagland solution íor 35 days, transferred to different aluminum sulphate solutions (O -128 ppm Al.) and cultivated for a further 30 days. The cocoa seedlings supported aluminum leveis up to 16 ppm above which growth was stunted with death occurring at the higher dosages.
•••
2!
r
AFERIÇÃO DE NfYEIS DE POTÁSSIO EM SOLOS DA REGIÃO SUL DA BAHIA•
Charlesfosi Leondy tle Santana,... Maria Bernatleth Machado Santana•••
A seleção de m~todos analiticos que expressem a capacidade de um solo em liberar K para as plantas tem sido objeto de várias investigaçÕes (1, 8, 16). Existem, atualmente, diversos extratores que são adotados com essa finalidade por diferentes laboratÓrios; entretanto, os m~todos adotados e os resultados obtidos variam em função da capacidade extratora da solução, tipo de solo, tempo de contato etc. Desse modo, faz-se referência ao acetato de amÔnia, que ~ considerado por vários autores (8, 13) um extrator "standard" de
' ' ' potassio dispomvel e ao metodo de Carolina do Norte, que tem sido adotado por vários laboratÓrios do Brasil (21). Entretanto, muitos pesquisadores preferem utilizar ácidos diluÍdos a frio ou a quente (16),
Os crit~rios adotados na escolha desses m~todos têm tomado por base a possÍvel associação entre os dados de produção e
*Recebido para publicação em setembro, 1973. ** M.S., Divisão de Solos. CEPEC.
*** Eng? Agr .• Divisão de Solos, CEPEC.
os resultados da an;;_lise de solo, Pl""att (16) e Legg e Beacher (14) encontraram, para solos dosEstados Unidos, uma boa associação entre o K extraido pelo HN03 N e a produção relativa da planta. No Brasil, Sá Junior e colaboradores (17) encontraram, com Zl ensaios conduzidos em várias regiÕes do Nordeste, uma boa associação entre os dados de potássio obtidos pelo m~todo de Carolina do Norte e a resposta do milho à adubação. O mesmo processo, adotado por Fonseca e colaboradores (lO), em solos da região cacaueira da Bahia, conduziu a resultados semelhantes, utilizando-se microJCarcelas de milho.
Contudo, a seleção de extratores quÍmicos deve-se processar, de fortna especÍfica, para cada cultura ou grupo de culturas semelhantes, de modo que se consiga um m~todo de extração que melhor se correlacione com o desenvolvimento d,a planta e,
Revista Theobroma. CEPEC, Itabuna, Brasil, 3(4):22 34. Out.-dez. 1973.
22
•
principalmente, com econÔmica.
A possibilidade de se tomar os resultados analfticos de qualquer elemento como base para recomendaçÕes de fertilizantes exige naturalmente o conhecimento da correlação entre os dados de análise dos diferentes m.~todos e a resposta biolÓgica. Fitts e Nelson(S) consideram esse tipo de correlação como a fase fundamental para a interpretação e recomendação para o uso de fertilizantes em bases racionais. Cate e Nelson {7), por sua vez, apresentam um m~todo rápido para fins de interpretação que consiste num teste de correlação não param~trica que separa o gráfico em quadrantes, onde se associa a produção relativa com os resultados de análise de solo.
No presente trabalho, são apresentados subsÍdios à t~cnica de interpretação de análise quimica de potássio e resposta de plântulas de cacau à adição de diferentes doses desse elemento em solos representativos gião cacaueira da Bahia.
MATERIAIS E MéTODOS
dare-
Utilizaram- se amostras compostas - coletadas nas profundidades de 0-20 em- de solos das s~ries Sede {Alfisol), Viveiro (Alíisol) e Produção (Alfisol) e dos grandes grupos Vargito EutrÓHco e Itabuna Modal (Alfisois), Água Sumida, Valença e ColÔnia (Oxisois), Nazar~ e Vargito DistrÓfico (Ultisois) e HidromÓríico (Inceptisol).
23
Essas amostras foram analisadas, sendo o pH, fÓsforo assimilável, cálcio, magn~sio e alumÍnio trocáveis determinados segundo a metodologia proposta por Vettori (Zl), O potássio disponÍvel foi determinado pelos seguintes m~toqo a: l. Mehlich, HGl O, 05 N + H2S04 O, OZ5 N na proporção de lO g de terra fina para 100 ml do extrator, com agita-ção durante 5 minutos; 2. Truog, H2S04 O, 002 N + 3 g de (NH4)2S04/litro na proporção de I g de terra fina por 200 ml do extrator, com agitação durante 15 minutos; 3. HzS04 O, I N na proporção de I, O g de terra fina para 100 ml do extrato r; 4. HN03 N na proporção de Z,5 g de terra fina para 100 ml do extrator; e 5, Nl40Ac N pH 7 na proporção de I g de terra fina para 100 ml do extrator. Em todos os extratos, o potássio foi dosado por fotometria de chama.
Os resultados analÍticos foram ajustados com r e 1 ação à umidade da amostra seca ao ar, utilizando-se o fator "f" calculado de acordo com o m~todo apresentado por Vettori (Zl).
Os mesmo a solos foram submetidos a prova biolÓgica em casa de vegetação, segundo o esquema experimental inteiramente casualizado com quatro repetiçÕes e com os tratamentos O; 30; 60; 90 e 120 kg de KzO por hectare.
C a da unidade experimental constou de uma plântula de cacau "Catongo" cultivada num saco de polietileno contendo 2, 4 kg de solo. Todos os tratamentos foram
complementados com 50mg de N, 75 mg de Pz05, 30 mg de CaO e ZO mg de MgO, nas formas de NH4N03, NH4HzP04, CaCl e Mg S04, respectivamente, e elementos menores à razão de 3, 5 mg de ZnClz, Z,5mg de MnClz.4Hz0, Z,5mg de NazB407.lOHzO, Z,5mg de FeS04 e O, 5 mg de NazMo04. ZHzO.
Todos_ os nutrientes f o r a m aplicados em forma de solução e a umidade do solo foi mantida aproximadamente a 75o/o da capacidade de campo através de irrigaçÕes periÓdicas.
As partes aereas e raÍzes foram colhidas aos 150 dias e registradas as massas secas a 70°C.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Quadro 1 mostra algumas caracteristicas qu{rnicas dos solos ensaiados. Os valores de pH situam-se na faixa de 4,9 a 7,3, eQquanto a relação C/N varia de 7, O a 10, Z apresentando-se, na maioria dos solos -possivelmente pela diferença em profundidade - abahc.o do limite de adequação sugerido por Hardy para o cacaueiro, conforme assina 1 a Smith(l9). Os teores de Ca+Mg, em cinco dos onze solos, superam o nfvel crftico sugerido por Cate (6), notando-se tamb~m que, na maioria desses solos, os teores de magnésio superam os de cálcio, corroborando os resultados apresentados por Cabala (2) e Silva e Melo (18). O fÓsforo disponÍvel é, de modo geral, baixo, com exce'ião dos solos Produção e Hidromorfico que apresentam valores na faixa média/alta (4).
24
Os diferentes métodos usados na avaliação dos teores de potássio disponiveis evidenciam diferente capacidade extratora. Seus valores médios obedecem à seguinte seqüência decrescente: HN03 N> Truog> H2S04 O, IN> NH40Ac. N pH 7>MehUch (Quadro 2). A comparação de extrateres pelo método de Tukey mostrou diferença significativa (P< O, 05) somente entre o HN03 N e Mehlich. A maior capacidade extratora do HN03 N pode ser atribuida ao fato de ser a extração com esse ácido realizada com ebulição, o que deve acarretar, seguramente, a liberação de potássio de alguns minerais silicatados (11).
A respoSta dos solos à adição de K variou principalmente em função do seu teor no solo. Nos solos com teores elevados desse elemento, a probabilidade de resposta foi normalmente baixa, ocorrendo, em alguns casos, efeitos depressivos devidos à adubação potássica. Os solos Viveiro, HidromÓrfico e Produção, com teores de K abaixo de O, 10 mEq/ 100 g (método de Mehlich), deram respostas altamente significativas. tis s o 1 os Nazaré, Sede, Água Sumida e Vargito eutrÓfico, com teores de K acima de 0,27 mEq/100 g, não deram qualquer resposta, enquanto os demais solos, mesmo apresentando teores desse elemento situados nas faixas média e baixa, registraram os aumentos que não atingiram nivel de significância.
Verificou-se também que, curiosamente, os solos Valença e ColÔnia (Oxisois) não responde-
I ~
.•
I
l
Quadro l -Algumas caracteristicas qufmicas dos solos estudados.
ram à adição de K, apesar de, nesses solos, os teores deste elemento se situarem abaixo de 0,10 mEq/lOOg. Acredita-se que este fato se deve ao baixo teor de Mg (< 1,5 mEq/100 g), conforme observações anteriores (lO),
Fonseca e colaboradores (lO) verificaram que, nos ensaios de
Z5
microparcelas de milho conduzidos na região cacaueira baiana, as respostas à adição de K decresc~ram em grandeza e probabilidade, quando o teor disponfvel de K, avaliado pelo método de Mehlich, foi maior do que O, 20 mEq/l-00 g, Com relação ao cacau!"iro, Wessel e colaboradores (23), em experimentos conduzi-
li [I ,I' (
Quadro 2 -Teores dispon:fveis de potássio extraÍdos por cinco métodos diferentes,
Entre extratores: Tukey 5o/o= O, 504 Tukey I%= 0, 617
dos na Nigéria, nao encontraram respostas à adição de potássio em solos com teores entre O, 18 e 0,22 mEq/100 g de K e, principalmente, além desses valores.
26
Entre solos: Tukey 5%:= O, 729 Tukey 1%=0,857
Maliphant (15) e Verliere (20) também assinalam respostas do cacaueiro à adubação potássica em solos com O, 12 e O, 13 mEq/ 100 g de K, enquanto Fonseca e
colaboradores (9) acreditam que solos com teores trocáveis desse elemento acima·de O, 15 mEq/ 100 g parecem não dar respostas satisfatÓrias à adubação potássica.
Na Figura I, são apresentadas as equaçÕes de resposta para os três solos que apresentaram reação altamente significativa à adição de K. Em todos esses casos, as equações são de natureza quadrática, ocorrendo o máximo de produção com as do s e s '<ie 95, 7; 145,8 e 145,5 kg/ha nos solos Produção, HidromÓrfico e Viveiro, respectivamente.
Na Figura },observa-se também que as respostas, quando se considera o K consumido p e 1 a parte aérea das plantas, são de natureza linear, devido à existência de um consumo de luxo, ao qual não correspondem incrementos de massa, de modo sitnllar ao registrado para o fÓsforo, em solos da mesma região (3).
As análises conjuntas dos expe.~"imentos desses três solos, realizadas para a parte aérea e para a raiz, mostraram respostas significativas {P< O, OI) entre solos e entre tratamentos. Na Figura I, são apresentadas as equações de respostas globais para esses solos, onde se observa que os incrementos são máximos, nas doses de 123,3 e 109,1 kg/ha para a parte aérea e raizes, respectivamente.
O Quadro 3 mostra as correlaçÕes e equações de resposta entre o K aplicado e o K consumido por planta para os solos ensaiados. Nota-se que, na maio-
ria dos solos, essas correlaçÕes foram significativas. As baixas correlações encontradas nos solos Sede, Água sumida e Vargito eutrÓfico se explicam pelos elevados teores de K desses solos. Do mesmo modo, o sinal negativo dessas correlações demonstra o efeito depressivo devido às adiçÕes de K a tais solos.
Os coeficientes de correlação entre a massa da parte aérea e massa das raÍzes das plântulas do tratamento sem K com os teores desse elemento extraÍdos pelos diferentes métodos, mostram maior associação para as partes aéreas (Quadro 4), corroborando os resultados encontrados para o fÓsforo por Cabala e Santana (3).
Comparando-se esses coefi~cientes de correlação pelo teste "t", verifica-se que os métodos de extração não diferem e n t r e si. Todavia, as quantidades de potássio extrafdas pelo HN03 N mostram uma menor correlação com a resposta biolÓgica, não constituindo, assim, um indicador seguro sobre a disponibilidade desse elemento para fins de recomendação de fertilizantes.
Utilizando-se a técnica proposta por Cate e Nelson (7), delimitaram-se os nÍveis de 0, 12
- mEq/100 g para os métodos de MehJ_ich e Truog e O, 13 mEq/1 OOg para o HzS04 O, I N e NH40Ac • N pH. 7 (Figura 2). Em todos ~s casos, considerou-se a produçao relativa das partes aéreas das plântulas de cacaueiro do trata-
27
' 'd menta sem potassio, o conteu o relativo de K {porcentagem de massa seca) dessas mesmas
I
'I ,,1'
'I' .I 'li
I' 1,1
,, ::I
•• 000Ttne:'-
+.o• • + •• ~ • .,.
~~::1 " J..~'!!.o o :f#
• ...--ot.â ~/ 4-~
"' ~ /f ~
I! / ,o I / '
~ ?-~1 •
" ~ ,·tf li :o" /t Vfõ
Q' !'/' .... "' ;ç_~
~ •. "' ..:-~~ ., /.
• "' ' ' ::: I
~ I • ' '
~ ' I
' 'i ' v..·0..~17X2
" ,o,o~i\ il: <JII' ....... -----
'(~;· ~'"".,fj.í'f.E"?. • • ~~o -õ:"-
~i]fo •
' I 0,105
o• o R~ ~/;·
~rs;,o '
"' "' ., "' :t ~
" ' ::: ':! ~
"' "' ,045 "' "' ·§
~ "' "' "
/ /
/
o
Figura
120 o ,. ,. POTiSS/0 ( KzO) APLICADO EM Kg/ho.
1 ~EquaçÕes de regressão, massa seca e conteudos de K da parte aérea e das raÍzes de plântulas de cacaueiro.
-, ..
•
Quadro 3 -CorrelaçÕes e regressoes entre K aplicado e K consumido •
Signiíicância 5%" O, 878 Significância 1% = 0,959
Quadro 4 - Coeficiente de correlação e percentagem de associação de variáveis entre os teores disponiveis de potássio e as massas da parte aérea e raizes das plantas do tratamento
sem potássio.
Significância S% = 0,602
plântulas e os teores de K disponfvel avaliados por diferentes m~todos de extração qufmica. Os nÍveis obtidos são concordantes em ambos os casos, não obstante a freqtiência de resultados nos quadrantes negativos ser maior quando se considera o conteÚdo de K na planta,
Na interpretação dos resultados (solo x produção relativa),
Z9
Significância lo/o " O, 735
constatou-se que apenas 90o/o dos pontos se colocaram nos quadrantes positivos e essa anormalidade foi causada pelos s o 1 o s Valença e ColÔnia (Oxisois). Esses solos, não obstante apresentarem um baixo teor disponÍvel de K, mostraram urna produção relativa alta, o que concorreu para que tais pontos se colocassem no quadrante negativo superior. Isto se deve, talvez, a relações
I'
I li
:!'
,1. ,, li
'I' li
''I .I ' ,,
'li,
'I '
TRUOG Hr:~O.IN
"" . . • . . ' • .
# 00 • . 2 .. • . 1l ~ ..
. 40
~ .. ~
.§ 120 Ac Nt4 N MEHLICH .. ~
~ . . • . . • . .. . . . • 80
• . . . . . 40
120 TRUOG . Hz$04 O. IN . . . . . . • : . . . . ~ 80 ~ .. • ;! ~ ~
4 o • . • .. • o .. ~
o A, NH4 N MEHUCH . 12
~ o o ~
. • . . • . • . . . . . . 80
. . .
• 40 . Q.2 0.4 06 0.8 1.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0
POTÁsSIO EM mEq /IOOg Figura 2 - NÍveis de K delimitados com qn.atro extratores
quÍmicos, para massa seca e conte~dos desse elemento na parte aérea de plântulas de cacaueiro.
30
catiÔnicas desbalan_ceadas, fato: esse já observado por Fonseca e colaboradores ( 10) •
De modo geral, os nfveis delimitados estão prÓximos dos assinalados por Catani e colaboradores (5) para solos de São Paulo, porém inferiores aos propostos por Hardy para o cultivo do cacaueiro (12). Observa-se, ainda, que os mesmos situam-se bem prÓximos do nfvel O,lOmEq/ 100 g, utilizado no Brasil para grande nÚmero de cultivos (6), inclusive o cacaueiro (4),
Entretanto, esses nfveis sao inferiores ao encontrado por Duran, assinalado por Waugh e Fitts (22)- 0,22 mEq/IOOg de K, para o método de NH40Ac neutro em 35 solos do Peru. Isto deve decorrer, seguramente, não sÓ do extrator como também das condiçÕes naturais daquele paÍs.
CONCLUSÕES
1. O método do HN03 N foi mais energico na extração de K,
•
em solos da região Sul da Bahia, do que os métodos de T ruo g, HzS040,lN, NH40Ac.N pH7,0 e Mehlich.
2. Os aumentos de biomassa para a adição de pot.i.ssio são de tendência quadrática enquanto o conte,;.do desse elemento nas plantas segue tendência 1 in e a r, evidenciando, assim, a existência de um consumo de luxo ao q u a 1 não correspondem incrementos de massa.
3. são altas e bastante proximas as associações dos teores de potássio evidenciados p e 1 os
métodos H2S04 0,1 N, NH40Ac. N pH 7, Mehlich e Truog com a resposta biolÓgica de plântulas de cacau, podendo empregar-se, para as condiçÕes do Sul da Bahia, qualquer um desses extratores .
4. O nÍvel de resposta para os métodos de Mehlich e Truog corresponde a 0,12 mEq/100 g, enquanto que, para os extratores H2S04 0,1 N e NH40Ac.N pH 7, é igual a 0,13 mEq/100 g •
LITERATURA CITADA
1. BRA Y, R.H. Correlation of soil test with crop response to added fertilizers and with fertilizer requirement. In Kitcben, H. B., ed. Diagnostic techniques for soils and -;;-rops. Washington, D. C., American Potash Institute, 1948. pp. 53-86 •
2. CABALA R., F.P. Influencia del encalado en las formas, íijaciÓn y disponibilidad de fÓsforo en suelos de la regiÓn cacaotera de Bahia, Brasil. Tesis Mg.Sc. Turrialba, IICA, 1970.
97 p.
3. ___ 7
_e SANTANA, M.B.M. Comparação de extratores quÍmicos de fÓsforo em solos do Sul da Bahia. Turrialba 22{ I):
19-26. 1972.
31
----------------------------
4. CABALA R. et al. Emprego de fertilizantes no cultivo do cacaueiro. Itabuna, Bahia, Centro de Pesquisas do Cacau, 28 p. 1972. (Mimeografado).
5. CATANI, R.A., GALLO, J .R. e GARGANTINI, H. Amostragem de solo, método de análise, interpretação e indicações gerais para fins de fertilidade. Campinas, São Paulo, Brasil. Instituto AgronÔmico. Boletim Técnico n'? 69. 1965. 28 p.
6. CATE, R.B. Sugestões para adubação na base de análise de solo, Primeira aproximação, Recife, Pernambuco, Brasil. North Carolina State University, International Soil Testing Project, 1966. 16 p.
7, and NELSON, L.A, A rapid method for correlation of soil test analysis with plant response data. Raleigh, North Carolina, North Carolina State University and International Soil Testing Series, Technical Bulletin n'? 1. 1965. l3 p.
8, FITTS, J. W. and NELSON, W .L. The determination of lime and f e r ti 1 i z e r requirements oi soils through chemical tests. Advances in Agronomy 8:241-282. 1956.
9. FONS!:CA, R., SANTOS, Z.G. e JESUS, A.F. Soil testing para cacau. In Conferência Intel:"nacional de Pesquisas em Cacau, 2~, Sal~dor e Itabuna, Bahia, Brasil, novembro 19-26, 1967. MemÓrias. Itabuna, Centro de Pesquisas do Cacau. 1969. pp. 461-466.
lO. et al. Nfveis de potássio e magnésio trocáveis nosso-los e correlaçÕes com resultados de experimentos em microparcelas de milho. Convênio M.A. -CEPLAC-I. C, B,, 1965. 14 p. (Mimeografado).
11. GARMAN, W. L. Potassium release characteristics of severa! soils froril Ohio and New York. Soil Science Society of America Proceedings 21:52-58. 1957.
12. HARDY, F. Manual de cacao, EdiciÓn espaíiola. Turrialba, Costa Rica, 1961. 439 p.
13, JACKSON, M.L. Soil chemical analysis, Englewood Chiffs, N.J., Prentice-Hall, 1958. 498 p.
14. LEGG, J. and BEACHER, R.L. The potassium suppling power of representative Arkansas soils. Soil Science Society of America Proceedings 16:210-214. 1952.
15. MALIPHANT, G.K. Long term effects of fertilizers on cacao in ~
relation to shade. In Conference Internationale sur les Recherches Agronomiques Cacaoy"6res, Abidjan, November 15-20, 1965. Paris, 1967. pp. 102-108,
16. PRATT, P.F. Potassium, !DBlack, C.A. etal, eds. Methods of soil analysis, Madison, Wisconsin, American Society of Agronomy, 1965 v. 2, pp. 1022-1030.
32
17. SÁ JUNIOR, J.P.M,, UCHÔA, B.F. e SKOGLEY, E.O. Subsf-dios à caracterização de solos .carentes em P e K lho na região íisiográfica do Nordeste do Brasil. Agropecuárias Brasileiras 5:351-357. 1970.
para o miPesquisas
18. SILVA, L.F. da e MELO, A.A.O. de. Levantamento detalhado dos solos do Centro de Pesquisas do Cacau. Itabuna, Bahia, Brasil. Centro de Pesquisas do Cacau, Boletim Técnico n9 I. 1970. 89 p.
19. SMITH, A.J. La selecciÓn de suelos para cultivo del cacao. FAO. Boletin sobre Suelos n9 5. 1967. 77 p.
20, VERLIÊRE, G. Un essai d'engrais sur cacaoyers en CÔte d'Ivoi-re; Amelioration des rendements par la fumere minérale et rentabilité. In Conference Internationale sur les Recherches Agronomique;- Cacaoyeres, Abidjan, November 15-20, 1965. Paris, 1967. pp. 74-81.
21. VETTORI, L. Métodos de análise de solos. Equipe de Pedologia e Fertilidade do Solo. Brasil, Ministério da Agricultura. Boletim Técnico n'< 7. 1969. 24 p.
22. WAUGH, D.L. and FITTS, J.M. Soil test interpretation studies; laboratory and potted plant. International Soil Testing. s.l. North Carolina. Technical Bulletin n9 3. 1966. 33 p.
23. -WESSEL, M., FREE:MAN, G.H. and OGUNKUA, 1.0. Fertilizer trials on farmers amelonado cocoa in Western Nigeria. ~ Conference Internationale sur les Recherches Agronotniques Cacaoy'eres, Abidjan, November 15-20, 1965. Paris, 1967. pp. 83-86.
• RESUMO
Foi detertninado o potássio disponfvel em 11 solos da região Sul da Bahia, utilizando-se cinco métodos de extração- Mehlich, Truog,
HzS04 O, ltl, HN03 tl e NH40Ac tl pH 7,0 -,dosando-se esse elemento no fotômetro de chama. Nos mesmos solos, foi verificad'+ a resposta a doses crescentes de potássio - O; 30; 60; 90 e 120 kg de KzO por hectare -com quatro repetiçÕes. Todos os tratamentos receberam, em forma complementar, nitrogênio, fÓsforo, cálcio, magnésio e elementos menores. Como planta indicadora, foi utilizado o cacaueiro (Theobroma ~L.) de cujas partes a~reas e raizes, colhidas aos 150 dias, foram registradas as massas secas.
Cada solução extra tora mostrou uma capacidade de extração diferente, cuja ordem decrescente é a seguinte: HN03 tl > Truog)..
33
• HzS04 0,1!::! > NH4 OAc - !::! pH 7, O > Mehlich. De modo geral, as respostas à ap1icação de potássio nos solos com teores desse elemento maiores que O, 12 mEq/100 g não foram significativas. Em sete dos solos, obtiveram-se respostas à aplicação desse elemento, sendo que, em três deles, elas foram altamente significativas. As correlaçÕes entre as massas secas da parte aérea e das raÍzes do tratamento sem potássio com os teores desse elemento extra idos pelos cinco métodos, mostraram associaçÕes médias da ordem de 54% para a parte aérea e de 47o/o para as raÍzes. A maior associação foi obtida para o HzS04 O, I tl e a menor para o HN03!::!.
Utilizando-se a técnica de Cate e Nelson, delimitaram-se os nfveis de O, 12 mEq/100 g para os métodos de Mehlich e Truog e 0,13 mEq/ 100 g para o HZS04 O, 1!:! e NH40Ac !:! pH 7, O.
POTASSIUM LEVELS IN SOUTHERN BAHIAN SOILS
(SUMMARY)
Available potassium was measured for 11 soils írom Southern Bahia. FiYe extraction methods were used: Mehlich, Truog, O.IN HzS04, IN HN03, IN NH40Ac at pH 7 .0. Pot experiments vere made in the greenhouse to test the response aí cocoa seedlings (Theo~ ~L.) to rising leveis aí potassium added to the soils. The experiment was completely randomized with íour replications. Potassium was added at rates equivalent to 0, 30, 60, 90 and 120 kg {K20 per hectare), with a basic íertilizer oí nitrogen, phosphorus, calcium, magnesium and micronutrients being applied to ali treatments. The cocoa seedlings were harvested aíter 150 days and the dry weights obtained oí the leaves and stems and the roots.
The arder oí the extraction capacity for the difíerent methods was l;t:J: HN03 > Truog "> 0.1!:! H2S04 > l!:J: NH40Ac - pH 7, O > Mehlich.
The average correlation between the dry weights oí the leaves and stems and the roots cotnpared with tbe íiv:e diíferent extraction methods based on the zero K treatment was 54o/0 for the leaves and stems and 47o/o for the roots, The best correlation was íound. for the method O.l!:J: H2S04 and the l.owest for the IN HN03. Application oí potassium to the soils with a potassium content greater than 0.1~ mEq/lOOg had no significant eífect on cocoa seedling growth, although higllly significant results were íound for three soils to which potassium had been added.
Criticai leveis oí potassium for the Mehlich and Truog extractants were set at 0.12 mEq/IOOg and 0.13 mEq/IOOg for the O.l!:J: HzS04 and the ltl NH40Ac pH 7, O.
34
THE CONCEPT ANO PRACTICE OF tNTEGRATED CONTROL
ANO PROSPECTS OF THEIR ADOPTION FOR WEST AFRICAN CACAO ECOSYSTEM•
W. E. Eguagie••
T h e ultimate practical objective oí insect control is to lessen the extent oí insect damagetoman's possessions or bealth by the suppression or prevention aí insect outbreaks at the econornic level. To achieve this end, a wide variety oí measures are oíten employed singly or in combination in many pest control programmes, each practice being carefully chosen for speciíic situations. Chemical and biological methods form two oí these useful weapons to which man írequently resorts inthe war against pests. This paper discusses some examples of how through knowledge of the ecosystem, chemical methods have been successfully integrated with other methods for the control of particular pe~ts and explores what possibilities exist for the adoption oi similar practices for pest control on cacao (Theobroma E!!:_
~ L.) in West Africa. It deals with the contrai oí major cacao crop pests rather than with pests oi stored cacao beans. Contrai of the íormer group of insects possess more complex problems and better illustrates the need for
the new approach herein advo
cat~d.
Mojor pests of c:ocoo in West Africa
About 500 insect species are associated with cacao in We st Africa (13). In general, any of these species may attack one or more organs of the cacao plant. The .feeding habits o.f the insects fall into either of two categories: biting and chewing or piercing and sucking. The .former category includes various species oi stem or pod-boring Lepidoptera {e. g. Eulophonotus myrmeleon Fildr, , Characoma stictigrapta Hmps.) and Coleoptera (e. g. Tragocephala castinia c a c a o e n si s Entw. and Xyleborus morstatii Hag.) which are regarded as minar pests oí cacao (8), Major p e s t s of economic importance such as cacao rnirids, Sahlber~ singularis Haglund and Qktantiella theobroma Distant (Heteroptera) and the mealybug vectors of cacao swollen shoot v i r u s ( CSSV): Planococcoides njalensis Laing; Planococcus citt}{Ri.sso) and Ferrisiana vir gata
"'Re<'eived fo< publication in Ma<eh, 1972. . . "'*Ph.D., F .R.E.S., Cocoa Resea<eh lnstitute of Nige<ia, P.M.B. 5244, Ibadan, Ntgena.
Revista Theobroma. CEPEC, ltabuna, Brasil, 3(4):35-44. Out.-dez. 1973.
35
Ckll. (Homoptera: Pseudococcidae) fali within the latter category. About 17 other mealybugs which do not transmit any isolates of CSSV or other cacao viruses as well as some species of scale insects and plant bugs which do not cause econorn.ic losses on cacao are grouped among minar pests (6, 7),
Protic:ol signiflc:anc:e of natural c:ontrol
Cacao mirids are attacked in nature by a wide range of enemies. These include parasites: Euphorus sahlbergellae Wlk. (Braconidae) and Me r mi s sp. (Mermithidae); pathogens: Hir~ sp., Aspergillus sp, Beauveria sp. and Bacillus sp.; and predators: species of Formicidae, Reduviidae,Araneidae, Mantodea and possibly also solne insectivorous birds 116), The efficiency of such natural enemies depends ontheir: A.Abilityto out-number their hosts; B. Specificity; C. Ability to withstand competition; D. Adaptation to the physical environment; andE, Dispersai rate (26). In a review of the role of natural enemies as regulators or disturbers of natural populations of cacao mirids Eguagie (6} concluded that biotic agents on their own are unable to g i v e satisfactory control, due primarily to low reproductivepotentials, polyphagy in some cases and hyperparasitism and/or intra-specific competition in others. Similarly, Eguagie (7)- has pointed out that although a b ou t 700 species of parasites (Encyrtidae) and predators (Cecidomyiidae, Cocoinellidae and Lycaeni-
dae} are associated with cacao mealybugs in West Africa they exert inadequate regulation on mealybug population owing to the activities of their numerous hyper -parasites,
Bialagic:al c:ontrol
Previous attempts at biological control (using exotic parasites and predators) of cacao mirids and mealybugs have been unsuccessful owing mainly to poor establishment of the importe d species in West African environments, However, spraying of the parasitic fungus, Cephalosporium sp., extracted from P. citri has been found to contrai' th~alybug f. njalensis (7}.
Chernic:ol c:ontrol ond s ide.effec:ts
Chemical contrai of c a c a o mirids in West Africa dates as far back as 1944 when nicotine sulphate and DDT emulsion were used on mature and young cacao respectively (20), From 1944 to the early 1950's other chlorinated hydrocarbons that had b e e n tried for mirid control on cacao include Aldrin, Dieldrin, Heptachlor and Chlordane (9). The use of Gamma - BHC sprays (three applications of 4 oz. toxicant in lO gallons of water per acre per y e a r using pneumatic knapsack sprayers in Nigeria and motorised mist blowers in Ghana) hafll been adopted to date. Direct contact kill of cacao mealybugs and indirect control of the virus vectors by spraying of the mealybug-tending ants have been virtually unsuccessful. Wbere a per-
..
i!IÍBtent insecticide such as Dieldrin has indirectly c o n t r o 11 e d mealybugs, populations oí a n t s predatory on mirids were severely decimated (6, 7). Other adverse side-effects of the use of chemicals for pestcontrolon WestAfrican cacao include mammalian to x i c i t y, phytotoxicity, tainting of beans, decimation o f populations of cacao flower pollinators and the build up of resistance to B H C by mirids in some localities (6). The spectrum of resistance is widening in e a c h of the major cacao producing countries in West Africa. Problems of inadequate coverage of crop with spray fluids continue to depress the efficiency of chemical methods of control of cacao mirids and mealybugs.
Definition and c:onc:ept of integroted c:antrol
Stern et al (23) have defined integrated contrai as an applied pest control which combines and integrates biological and chemical control. Chemical control is used as necessary and in a manner whic.h is least disruptive to biological control. Integra te d control may make use of naturally occurring biological contra! as well as that effected by manipulated or introduced biotic agents. Thus, while·chemical contrai effects temporary decimation of local pest numbers, biological control contributes to permanent de n si t y regulation, Integrated contrai, by carefully harmonizing both tools, seeks to produce a permanent change in the general equilibrium position, so that the pests population density does not
37
approach or attain economlc threshold. De Bach (3) however prefere to use the term in a wider sense, He defines integrated or supervised pest control as an intelligent combination of all phases of pest control - chemical, biologieal, cultural etc. - into a uniíied complete programme. The latter definition is preferred by the author and adopted in subsequent discussions oí this paper.
Pro•pects of inte;roted contrai on West Africon c:ocoo
Evidence for the practicability of integrated control (3, 12, 17, 18, 19, 24) has come from many countries in which various pests,living in diverse ecological situations have been successfully checked. The appearance of cacao rn.irid cyclodience resistance to chlorinated hydrocarbon insecticides (except DDT and its analogues) amongst other adverse side-effects has naturally dietateci a change to another farn.ily of insecticide as an immediate answer to the resistance problem. Recent research at the CocoaResearch Institute of Ghana and Nigeria have indicated that carbamates - Arprocarb (Baygon, Unden), Ortho - Bux and Dioxacarb (C8353, Ciba-Geigy) are suitable alternatives to Ganuna -BHC (6) for mirid control. Since the widespread application oí any of these alternative chemicals may ultimately lead to the development of resistance (2), it is apparent that integrated methods involving the use of the new insecticide would be most essential. The inadequacy of the degree oi mirid control which is
exercised by natural agents emphasizes the need for insecticide application, but such alternative insecticides should possess the following properties if they are to be satisfactory for integrated control programme.
A. Physiological selectivity - It
is of the utmost importance that wherever possible, a selective insecticide should be preferred to one with a broad spectrum of action{I, 3, 17, 22). Where a selective material is used for control, insecticide induced mortality of essentially 100 per cent is unnecessary to give satisfactory contrai of a resistant sucking insect (24}. Since some predators such as the ants, Crematogaster and Oecophylla spp. are mutually exclusive on cacao (15), an insecticide which is Iess toxic to the Iatter shouid be preferred since it is oftennecessaryto control the former because they tend mealybugs (7).
B. Short residual action- Buildups of minar pests of cacao have been associated with the use of toa persistent insecticides ( 11 ). Thus, where a selective insecticide is not available, it is possible to exert a selective effect on the arthropod population of the cacao plantation by the use of a chemical with short residual action justas De Bach (3) observed
"' in the case ofGhromaphis juglandicole. The latter author and Pickett et al (21) have successfully evoived integrated control programme for the control of. citrus and apple orchard p e s t s, through the use of 'short actiont insecticide s.
• C. Contact insecticide with appreciable fumigant action An essential feature of the problem of mirid and mealybug contrai is the düficulty of depositing the insecticide on parts of the cacao tree where the largest number of pest individuais would come in contact with it. In West Africa, spray liquids are generally applied with either pneumatic knapsack sprayers or motorized rnist blowers. Quite often, adequate coverage of the canopy is not possible (lO). This is especially true in plantations where the cacao type is Amelonado (most of West African crop is this type) with characteristically tall trees. The net result is that bugs high up in the canopy escape contact with the insecticide and are not killed. W h e r e the insecticide used has both contact and furnigant action, many more individuais are affected by the s p r a y. During such treatments, some of the hymenopterous parasites and predato:rs may be destroyed, but survivors would eventually mop up individuais of mirids w h i c h resi.st the treatment.
'Spot spraying'
Cacao mirids (28) and mealybugs (7) are usually patchily distributed in the field. This implies that mirid populations and damages tend to be concentrated on a few adjacent cacao t r e e s 'mirid pockets' while other trees ~ nearly remain virtually free oi infestation. Such population characteristics could be exploited to advantage the adoption of 'spot' rather than 'blanket' spraying. When 'pockets' are sprayed only
a 8mall fraction of the íarm 111 disturbed and natural enemie • f r o m untreated parhl ean then move into treated area11 and continue reduction of pest numbers, Otbers advantages of 'spot' treatment include reduction in c os t and time oi pe 11t control.
c-trol control
Integrated control o( cacao mirids involving the use oi a cbemical belonging to any of the categories (A-C) above would be most effieient if 1centrally organized', By central organization, I mean a control which is left primarily to the supervision oi govermnent entomologists and their subordinate staff. Thls practice has shown considerable pro:mise in the Kwara State of Nigeria, where the method has been adopted for 9 years. Eacb cacao farmer declares his total acreage to tbe Ministry of Agriculture and the Ministry's entomology staff undertake routine 'spot' spraying oi :mirid 'pockets' in farms, making sure that adjacent farms are inspected and sprayed on the same day, Each farmer is then charged a .fixed cost of control acre per year, The establishment of local econornic thresholds, dosage rates and frequency of application is tbus standardized and Ieft in the h a n d s of skilled personnel. A tecbnique for determination of economic thresholds was reported by Strickland (25).
Cultural praçtices
The relationship between the effects of rnirids and other pests
and dillea11e11 of caeao 11 gene1"ally given by the following diagram:
Virus and other diseases
. -c IH - Die Env1ronment a onectna - 1 -- back
Mirids and other pests
'Die back' of cacao with its consequent deterioration of farms usually arises from the combined interaction of factors such as di se ases (besides Galonectrial infection) pests and adverse environment (weeds, moisture stress, inadequate soil nutrients). Virus and :mirid attack both weaken trees and predispose them to Galonectrial invasion. The joint effect of fungai and vira! infection is localized defol
iation which added to mechanical damage (in some cases), often resulta in 'breaks' in the cacao canopy. Sueh 'breaks' constitute areas of active weed growth, dense regenerative tissue and increased light intensity which are known to attract cacao m i r i d s (formation oi tbe so-called "capside = mirid pocket" ). Weed competition with cacao for moisture and nutriente may attain a crucial level during the dry season (November to following May in West Mrica) with increased s t r e s s and reduced disease o r pest resistance to the crop. Taylor (27) has pointed out that
adverse effects of mirids feeding on cacao is that they provide entry for the weekly pathogenic fungus Calonectria rigidiuscula B e r k . and Br, Sacc. which causes 'die back'. Thus where cacao trees are not under heavy shade and where moisture stress and weed competition are low, greater tolerance to mirid attack and hence Calonectrial infection could be e:x:pected. Eguagie (6) has pointed out that good cultural practices (including routine pruning) enhance pest management of cacao.
Exploitotion of differences In ecolo;y of pests ond porruite
This method, has been used successfully in the case of plant sucking pests. It could be parth:ularly suitable for the control of cacao mealybugs. The use o! a systemic insecticide, applied to the soil or by trunk-painting or implantation would selectively destroy the pests, while leaving beneficiai insects, most o! which would have been destroyed by spraying of contact insecticides. In this connection the use of Bidrin and Azo d r in which have proved effective against aphids, To:x:optera aurantii (B. de. F,); thrips Selenothrips rubrocinctus (Giard) and mirids (6) should be encouraged especially on young cacao. Cacao mealybug, E· !!É:_~ hasbeen controlled inGhana either by trunk implantation or
soil à.pplication of Dimefox, without adversely affecting the pollinating Ceratopogonid midges or predators of the mealybugs (14).
Augmentatian of noturol enemies of the pest
Where natural enemies of a pest are not sufíiciently efficient to give satisfactory control, they ma y be augmented in an integrated control programme by the introduction of active e:x:otic species or by artificially releasing species that have been bred for tolerance to particular insecticides or to physical environmental stresses (4), Hymenopterous endoparasites E. sahlbergellae of the West African mirid ê_. singularis could be increased in this way,with appreciable success. The choice of an e:x:otic species which would establish itself in its new environment is however not easy, nor is it likely to be a quick or a cheap programme, If successful, it undoubtedly yields the highest dividends in the long run. Decker (5) reported unsuccessfully attempts to establish some exotic parasites and predator'l of cacao mealybugs inGhana. Although results from such pioneer works were far from encouraging, the success that has been achieved through introduction o f e :x: o ti c species in the control of other orchard pests seems to justify the need for further attempts.
ACKNOWLEDGEMENT
The author is grateful to Dr. L.K. Opeke, Director, Cocoa Research Institute of Nigeria (CRIN), Ibadan, Nigeria, for permission to puhlish this paper.
40
-LITERATURE CITED
1. BARTLETT, B. R. Laboratory studies on selective aphicides favouring natural enemies of the alfafa Aphid. Journal of Economic Entomology 51; 374- 378. 1958.
z. CROW, J. F. Genetics of insect resistance to chemicals. Annual Review of Entomology 2 : 227 - 246, 19 57,
3. DE BACH, P. Applications of ecological information to control of citrus pests in Gali.:fornia. Proceedings of the 10th International Congress of Entomology 3: 187- 194. 1956.
4. Selective breeding to improve adaptations of parasitic insects. Proceedings of the 10th International Congress of Entomology 4: 759-767. 1958.
5, DECKER, F. E. Parasites and predators of capsids and mealybugs in Ghana. West African Cocoa Research Institute. Annual Report: 1951 -52. Tafo, Gold Coast, 1953, pp. 28-31.
6, EGUAGIE, W. E. Advances in the control of cocoa mirids (Sahlbergella singularis Haglund and Distantiella theobroma Distant) (Heteroptera). In Progress in Tree Crop Research in Nigeria. Ibadan, Abiodun Printing Works. 1971. pp. 144-166.
7. The bioecology and control of cocoa mealybugs {Ho-moptera; Pseudococcidae) in Nigeria. In Progress in Tree Crop Research in Nigeria. Ibadan, Abiodun Printing Works. 1971. pp. 167-183.
8. ENTWISTLE, P. F. Cocoa capsids in Nigeria: A review of present knowledge. !!!- Cocoa Mirid Control Conference. Pro~oceedings. Tafo, Ghana. Cocoa Research lnstitute, 1963:55-61.
9. Cocoa mirids and their control. Cocoa Growers Bul-letin n'? 6:17-22. 1966,
10. , YOUDEOWEI, A. and EGUAGIE, W. E. Field e:x:peri-----:m:-:e-::cnts in the contrai oi Sahlbergella singularis Hagl. (Hemip
tera: Miridae) with sevin and sumithion in Nigeria. In Conference on Mirids and Other Pests of Cacao, lbadan, Nigeria, March 24-27, 1964. Proceedings, pp. 26-34.
11. et al. New pest of cocoa, Theobroma cacao L. in Gha-na following application of insecticides. Nature 184:2640.
1959.
12. EWART, W. H. and DE BACH, P. DDT for control of citrus thrips and citricola scale. California Citrograph 32:242-245.
41
13. GERARD, B. M. A review of fifty years of app1ied entomology in Nigeria- Tree crops. Proceedings of the Entomological Society of Nigeria, 1967. pp. 25-28.
14, HANNA, A. D. et al. Control of the mealybug vectors of the swollen shoot virus by a systemic insecticide, Nature 169: 334-335. 1952.
15. LESTON, D. Entomo1ogy of the co coa farm, Entomology 15:273-294. 19?0,
Annu~l Review of
16. MARCHART, H. Radiott'acer study of the predators on ~tiella theobroma (Distant) (Hemiptera: Miridae), In Symposium on the Use of Isotopes and Radiation in Entomology. Vienna, Dec. 4-8, 1967. Proceedings. Vienna, International Atomic Energy Agency, 1968. pp. 3-15,
17. MASSEE, A. M. Effects on the balance of At'thropod populations in orchards at'ising ft'om the unt'estricted use of insecticides. Proceedings of the 10th InternationalCongress of Entomology 3:163-168. 1956.
18. MICHELBACHER, A. E. and MIDDLEKAUFF, W. W, The Walnut aphid Chromaphis juglandicola (Kaltenbach) in Northern California. JOut'nal of Economic Entomology 43:448-456, 1950.
19. and SWANSON, C. Factot's influencing contt'ol of the walnut aphid. Journal of Economic Entomology 38:127-128., 1945.
20. NICOL, J. Cocoa capsids and their contt'ol in Ghana. In Cocoa, Chocolate and Confectionery Alliance, Ltd. Report of the Cocoa Conference, 1948. London, 1949. pp. 54-58.
21. PICKETT, A. D. et al. Progress inhat'monizingbiologicaland chemical control of orchat'd pest in Eastern Canada, Pt'oceedings of the 10th International Congress of Entomology 3:169-174. 1956.
22. RIPPER, W. E, Biological control as a supplement to chemical contrai of insect pests. Nature 153:448-452. 1944,
23. STERN, V. M. and Van Den BOSCH, R. Field expet'iments on the effects of insecticides. Hilgardia 29(2):103-130, 1959,
24. et ai. The integrated control concept. Hilgardia 29(2): 81-101, 1959.
42
-25. STRICKLAND, A. H. The assessment of insect pest density in
relation to crop losses, Report 6th Comm. Ent, Conf.
London: 78/83.
26, SWEETI\.1AN, H. L, The biological control of insects. Ithaca, N.Y.,Comstock. 1936. 383p.
27. TAYLOR, A. J. A summary of the results oí capsid research in the Gold Coast. West African Cocoa Research Institute.
Technical Bulletin n'! 1. 1952. 20 p.
28. YOUDEOWEI, A. A note on the spatial distribution oí the cocoa mirid Sahlbergella singularis Hagl. in a cocoa farm in Western Nigeria, Nigerian Agricultura! Journal 2(2) :66-67. 1965 ·
SUMMARY
1. The use of chlorinated hydrocarbon insecticides for the contrai of cacao mirids Sahlbergella singularis Hagl. and Distantiella theobroma Dist. in West Africa has led to the development of undesirable effects in the arthropod fauna of the crop in some localities. Notable among these side effects are the resurgence in numbers of secondary pests, which before the introduction of the insecticides existed at sub-economic leveis and more recently the development aí resistance to Gamma- BHC. It is suggested that centrally organized 'spot' spray programmes, based on integrated methods involving a careful cho~ce of chemicals and more efíicient methods aí application could prOV1de an answer to the present pt'oblem, Whenever possible chosen insecticides should have short residual action, appreciable íunrlgant properties and must be selectively toxic to the economlc pest. Optimum t'esults would be achieved if insecticides with these properties are incorporated itl. an integrated contrai programme which combines good cultural practices such as regular prunning and weed slashing.
2. For the contt'ol of piercing and sucking insects (aphids, psyllids, tht'ips, mealybugs) of young cacao, differences in the ecology of pests and their parasites may be exploited in an integrated co_ntrol pr~gramme by the use of systemlc insecticides such as Azodnn and Bl
dt'in applied to soil or by trunk-painting.
3. Previous attempts to enhance the activity of natural ene:rues oi caçao mirids and mealybugs by the importatioil of exotic spec1es were unsuccessful in West Africa. It is suggested that there is need for a t'evival of this approach. The integrated methods advocated may be expensive and take a long time to reach full implementation, ~ut if logically pursued would most certainly yield lasting dividends 1n the
long term.
43
• CONCEITO E PRÁTICA DO CONTROLE INTEGRADO
E SUAS PERSPECTIVAS DE ADOÇÃO NO ECOSSISTEMA DO CACAUEIRO
NO OESTE AFRICANO
(RESUMO)
l, O uso de inseticidas clorados para o controle dos MirÍdeos do cacaueiro Sahlbergella singularis Hagl. e Distantiella theobromaDist, no Oeste Africano tem trazido, c~mo conseqtiência, o desenvolvimento de efeitos colaterais indesejaveis na fauna de artrÓpodos em algumas localidades. Entre estes efeitos colaterais, é notável a reaparição de várias pragas secundárias, as quais, antes da introdução desses in~eticidas, já existiam, porém em nÍveis que não causavam dano economico e, mais recentemente, o desenvolvimento de resistência ao isÔmero gama do BHC. Visando-se dar solução a este problema, sugere-se a c,riação de programas de pulverização centralizados, baseados em metodos que_ envolvam a cuidadosa escolha de inseti_7idas e métodos de aplicação de maior eficiência. Sempre que possi~el, os inseticidas escolhidos devem ter poder residual curto, apl:"eciavel podeJ:" fumigante e ser, antes de tudo, de toxicidade sel,e.tiva pal:"a as pragas de interesse econÔmico. Poderiam se obter Ótimos resultados se, dentJ:"o de um programa de controle integJ:"ado, se incorpoJ:"assem inseticidas com as propriedades mencionadas em combinação com boas pl:"áticas culturais, como a poda nOJ:"mal'e a eliminação de ervas daninhas.
2. Para o combate aos insetos sugadores e brocas (afideos, psilideos, tripes e cochonilhas) em cacaueiros novos, poderia-se explorar, talvez, no programa de controle integrado, as diferenças da ecologia destas pragas e dos seus parasitos, utilizando-se inseticidas sistêmicos como Azodrin e o Bidrin, aplicados ao solo ou pincelados no tronco.
3. Tentativas anteriores para aumentar a atividade dos inimigos naturais dos mirideos e das cochonilhas, pragas dos cacaueiros, importando espécies exÓticas, não tiveram êxito no Oeste Africano. No entanto, sugere-se a necessidade de se tentar novamente essa possibilidade de combate.
Os métodos integrados sugeridos talvez sejam de elevado custo e tomem mu~to tempo até a sua total execução, porém, logicamente,.# que se esta objetivando são colheitas constantes e lucros a longo prazo.
••• 44
NOTA
SONDA CEPEC PARA RETIRADA DE AMOSTRAS DE SOLOS A DIFERENTES PROFUNDIDADES•
Antonio Cadima z• •
Nos estudos de agua no solo, em que há necessidade de amostras não alteradas a diferentes pX"ofundidades, deve ser usado um tipo de sonda que não fracione estas amostras. Visando selecionar a melhor sonda para este fim, foram testados pelo Setor de Ffsica de Solos do CEPEC diversos modelos, destacando-se, entJ:"e eles, o Veihmeyer Soil Sampling Tube (Mansen Machine Works, Sacramento, CalifÓrnia U.S.A.). Este instJ:"umento, apesar de muito usado em diveJ:"sos pa(ses, não vem funcionando satisfatoriamente nas condiçÕes edafo-climáticas do Sul da Bahia, tendo sido, por esta J:"azão, aperfeiçoado a fim de melhorar a coleta de amostJ:"as a diferentes profundidades.
A nova sonda, denominada "Sonda Cepec", coleta amostJ:"as de solos que geralmente mantêm a forma e poderão seJ:" utilizadas para quaisquer estudos analfticos e, mesmo, morfolÓgicos (cor, estrutura etc.).
Basicamente, a sonda Cepec consta de três partes: "tubo", "ponta" e "batedor". O tubo (Figura la), é um cilindro de ferro galvanizado com 112 em de comprimento por 2,5 em de diâmetro interno, É marcado a intervalos de 10 em e possui uma rosca na parte externa inferior. A outra extremidade é reforçada e possui duas protuberâncias. A pdbta (Figura lb), é um cone truncado de aço, oco, cuja parte mais larga possui uma rosca interna que se ajusta à rosca do tubo. O batedor (Figura lc) é um bloco de ferro de 7 x 7 x 5 em, soldado a dois cilindros opostos - um superior com 18 em de comprimento e outro inferior, com42 em-, possuindo dois ganchos de 26 em encurvados nas extremidades,
A montagem do instrumento é feita, ajustando-se a ponta na extremidade inferior do tubo e introduzindo-se o cilindro maior do batedor na sua extremidade superior (Figura 1d).
* Recebido pata publicação em abril, 1972 . ** Enlf.' Agr., Divisão de Solos, CEPEC.
Revista Theobroma, CEPRC. Itabuna. Brasil, 3(4):45 47. Ont:-<lez. 1973.
45
•
T''i ...... ; ·-
·-·~
I l ' Ir=!~
... oo .......... o ··-
~) ., .
I ' ,_._ ·r r ·-..... ·-j J
~!"::-
•••••o• L_~__] •o• u L!___j. ... o .::o ,_
Figura 1 -Sonda CEPEC: partes componentes e instrumento montado.
Para coletar as amostras de solo, coloca-se a sonda em posição vertical, com a ponta para baixo, tocando o solo, Em seguida, vibram-se golpes no tubo, com o batedor, a fim de que o instrumento penetre o solo at~ a profundidade desejada, A retirada da sonda do solo~ feita atrav~s de golpes com o batedor, de baixo para cima: os ganchos chocam-se contra as protuberâncias do tubo e o impulsionam para cima. Para retirar a amostra, coloca-se o tubo com a ponta voltada para cima e retira-se o solo contido no seu interior (Figura 2).
As vantagens deste instrumento são as seguintes: 1, Precisão e rapidez na coleta de amostras a diferentes profundidades; 2. As amostras reproduzem fielmente as caracterfsticas do solo; 3. As amostras permitem avaliar, com tna.ior precisão, o grau de hidromorfismo.
46
Figura 2 - Retirada da amostra de solo da sonda.
\ J I I
THE "CEPEC SOIL SAMPLING TUBE" FOR COLLECTING CORE SA.MPLES
AT DIFFERENT DEPTHS
In soil water studies it is necessary to take soil cores at diííerent depths, which rem.ain intact during the core remova! process. One of the better soil samplers tested by the Soil Physics Department was the "Veihmeyer Soil Sampling Tuben (Mansen Machine Works, Sacramento, California, U. S. A,). Although this sampler is used extensively elsewhere it did not prove completely satisíactory in Bahia. This note describes a modiíied sampler based on the Veihmeyer model. It has been íound to give a more uniform core which is suitable for analytical or morphological studies (calor, structure, etc).
The "Cepec Soil Sampling Tube" consists oí a metal tube, a detachable tip and a ram device which serves as a hammer. T h e galvanised iron tube (Figure la) is 112 em long, an internai diameter of 2.5 em with depth notches marked oíf at lO em intervals. The base oí the tube has a screw thread to which is fitted the steel tip. The/ típ {Figure 1b) is in the form oí a truncated cone and screws over the base of the tube. The ram or hammer (Figure lc) is made by welding a solid iron block (7x7x5 em) between two solid iron rods. The upper one oí 18 em acts as a handle and the lower, of 42 em, as a guide rod. To the base of the iron block are also welded two iron hooks, 26 em long which when removing the tube from the ground strike against two metal stubs located at the top of the tube.
Soil sampling procedure is to screw on the steel tip, introduce the guide rod into the top oí the tube {Figure ld) and with the tube standing vertically to hammer it into the ground to the desired depth. For longer life the top of the tube is specially reiníorced. To remove the tube the ram is twisted into such a position that when upward strokes are ~iven the two hooks atrike against the tube &tubs thus lifting the whoi"'e apparatus out of the ground. To remove the core the tube is inverted and with gentle tapping the core slides out (Figure 2).
The advantages of this soil sampler are threefold:
1. Ease, precision and speed in taking soil core samples.
2. The core samples repr<Xl.uce the true characteristics oí the soil.
3. The cores permit accurate evaluation of the degree oí hydromorphism.
••• 47
• INFORMAÇÃO AOS COLABORADORES
Os conceitos e opiniÕes, emitidos nos artigos, são da exclusiva responsabilidade dos autores. São aceitos para publicação trabalhos que se constituam em real contribuição para um melhor conhecimento dos temas relacionados com problemas agronômicos e sÓcio-econÔmicos de áreas cacauehas.
Os artigos devem ser datilografados em espaço duplo, com o máximo de 2,500 palavras ou 10 fÔ!has tamanho carta (28,0 x 21,5 em), em uma só face" com margens de 3 em por todos os lados. Os originais devem ser acompanh:o. dos de duas cÓpias perfeitamente leg{veis.
Desenhos e gráficos devem ser feitos com tinta nankín e não ultrapassar a medida de 18,0x20,0cm; as fotografias devem ter 15,0x23,0cm, empapei fotográfico brilhante com bom contraste. As ilustrações devem ser nuzneradas e com legendas escritas à máquina, em papel separado. Recomenda-se não dobrá-las para evitar dificuldades na reprodução,
As referências no teJd:o devem aer feitas pelo nome do autor, acompanhado do nÚmero de ordem da citação bibliográfica, E>t,: Medeiros (5 ), ou simplesmente (5), A "Literatura Citada" deve ser orga.ni,.ada por ordem alfabética dos autores, com número de ordem, usando-se o seguinte sistema;
5, :ME:DElRCS, A.G. Método para estimular a esporulação do Phytophtho~ palmivora (Butl.) Butl, em placas de Petri. Phyton 22(1 ):73- 77, 1965,
O resuzno não deve e><eeder meia página datilografada, de versão em inglês. São aceitos artigos em português, francês,
INFORMATION FOR CONTRIBUTORS
sendo acompanhado espanhol, inglês e
Concepts and opinions given in articles are the exclusive responsibility of the authors, Only articles concerned with agronomic and social-economic problema of cocoa·growing areas, which representa new contribution to the subject, will be accepted for publication,
Articles should be typed in double spacing with a maximnm of 2, 500 words o r I O letter sized pages (Z8, O Jt 21.5 em) with a 3 em margin on all sidu, together with two legible copies,
Drawings a.nd graphs should be prepared with India ink not e><eeeding 18, O x 20. O em; photographs should be 15, O Jt 23, O em glossy prints with good contrast, lllustrations must be numbered, with the machine typed subtitles on aeparate paper. To avoid reproduction difficulties it is recommended that enclosures should not be folded,
Te:ld: references should a.ppear with the na me of the author a.nd/ o r the order nnmber in the litera.ture citation, The "Literature Cited" should be numbered in a.lphabetical order employing the following system: ~
5, MEDEIRCS, A. O. Método para estimular a esporulação do ~thora palmivora (Butl,) Butt, em placas de Petri, Phyton ZZ(l ): 73-77, 1965,
Articles are accepted in Portuguese, Spa.nish, Engliah, and French,
48
•
•
'
ESTE LIVRO DEVE SER DEVOLVIDO
U úLTIMA Dftll CIRlM81Dft
CEPLAC • 0112.00454