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C3 Campo Grande-MS |Sexta-feira, 25 de setembro de 2020 ARTES&LAZER Seu Jorge, Dudu Nobre, Alcione, Fernanda Abreu e Rappin Hood são alguns dos nomes confirmados O2 Filmes, Santander e CUFA se unem em apoio ao projeto “Mães da Favela” Deafbrick de Iggor Cavalera estreia com tambores em faixas sujas Solidariedade Música Alcione é presença confirmada no evento Reprodução Divulgação *Sylvia Cesco é professora, cronista e poeta; presidente da UBE-MS. FALANDO DE NA TRILHA DAS FORMIGAS Folhapress Os tambores hipnóticos que abrem o primeiro disco do De- afbrick parecem menos uma música com início, meio e fim e mais uma introdução à faixa seguinte, “Força Bruta”. Esta é um misto de sintetizadores e guitarras executados em velocidade tão rápida que o ouvinte fica tonto, sem tempo de absorver a agressividade do som. A música tem um ar meio retrô, lembrando o grupo industrial Ministry, que fez sucesso nos anos de 1990. Mas as faixas seguintes do álbum de estreia da banda – formada pela junção do trio paulistano de punk psicodélico Deafkids com o duo britânico de eletrônica Petbrick, que tem o baterista Iggor Cavalera na formação – jogam o ouvinte em outros territórios. “The Menace of the Polar Night” parece a trilha de um filme de Glauber Rocha, com seu vocal cheio de ecos repetidos à exaustão. “O Antropoceno” lembra as experimentações com percussão do Sepultura, antiga banda de Cavalera. Com o mesmo nome da banda, o disco foi concebido e gravado em só dois dias e meio, em Londres, no estúdio do pro- dutor Wayne Adams, a outra metade do Petbrick -- dupla eletrônica à qual Cavalera se dedica em paralelo ao grupo de thrash metal Cavalera Cons- piracy, com seu irmão Max. Cavalera conta que a sonori- dade maníaca do Deafbrick é em grande parte decorrente da mão de Adams, que fez carreira no Reino Unido pro- duzindo tanto artistas de mú- sica eletrônica não dançante quanto de rock pesado. “Ele picota qualquer coisa em questão de segundos, faz aquilo ali virar uma loucura sônica. Isso vem de vários anos, de fazer isso lá atrás, quando não existia Ableton Live [software de produção musical], esses plugins. Ele fazia tudo na mão. Ele con- segue tirar um puta som de guitarra pesada, um som orgânico de bateria, como também entende para ca- ramba da parte de música eletrônica, não é um cara que começou ontem no laptop”, afirma o baterista. O disco capta o “estado febril” dos músicos em es- túdio, diz Mariano de Melo, do Deafkids, banda sensação do underground paulistano com carreira consistente no exte- rior. A empolgação começou no ano passado, quando o grupo se apresentou com o Petbrick no festival holandês Roadburn. No show, eles to- caram versões turbinadas das músicas de ambos os grupos. A sinergia ao vivo funcionou tão bem, relata, que os grupos resolveram formar uma nova banda e gravar um álbum. “Deafbrick” alterna faixas de identidade profundamente brasileira com outras de hardcore eletrônico. Há tam- bores que remetem a ritmos africanos e uma certa sujeira sonora, que põe o grupo ao lado de outros nomes de hoje que tentam expandir as fron- teiras do metal. Os 40 minutos do álbum têm clima de fim do mundo, num desconten- tamento que se manifesta na sonoridade e nos títulos das faixas, como em “Free Speech for the Dumb”, ou li- berdade de expressão para os idiotas, um cover do grupo punk Discharge. O protesto se realiza mais na forma do que no conteúdo -- não espere le- tras panfletárias. “Deafbrick” é um trabalho “politicamente motivado, mas não politica- mente explícito”, afirma Melo, acrescentando que, mesmo antes da paralisação geral da vida causada pela pandemia, já havia muitas situações para serem postas para fora. Marcelo Rezende Hoje a partir das 19h, a O2 Filmes se une ao Santander Brasil e à Central Única de Favelas (CUFA) para o en- cerramento histórico do “O Canal é Seu”. Em formato inédito, com 12 horas de trans- missão ao vivo, o projeto tem como objetivo dar apoio às famílias e comunidades mais impactadas pelos efeitos eco- nômicos da pandemia, arre- cadando cestas básicas para o “Mães da Favela” – ligado à entidade que representa 1,1 milhão de famílias em todo o país e está presente em mais de 5 mil comunidades. Seguindo as orientações de segurança da OMS e evitando aglomerações, o encerramento do “O Canal é Seu” acontecerá em formato híbrido e já tem confirmada a participação de mais de 50 grandes nomes do entretenimento brasileiro, com apresentações de: Seu Jorge, Karol Conká, Dudu Nobre, Rappin Hood, Tassia Reis, B Negão, DJ Hum, Alcione, Fer- nanda Abreu, Rincón Sapi- ência, Larissa Luz, Mc Zaac, Mc Menos MR, Samba Q Elas querem e Leci Brandão. “Esse é com certeza um dos maiores projetos que a O2 já fez. Estamos realizando em tempo recorde uma logística de produção. É um grande desafio para nós produzirmos essas 12 horas de transmissão ao vivo, algo que vamos fazer pela primeira vez. Estamos muito felizes em fazer parte dessa história e principal- mente em ajudar uma causa tão linda”, comenta Rejane Bicca, diretora-geral da O2 – empresa responsável pela produção de todo o projeto. “O grande desafio dessa vez foi criar um projeto tão grande em tão pouco tempo. Tenho muito orgulho de ter unido tantos profissionais em uma equipe tão eficiente, que conseguiu resolver as questões técnicas e montar um projeto inédito em tempo recorde. Tenho certeza que será um sucesso”, comple- menta Rafael Forte, produtor- -executivo da O2. A campanha já está rece- bendo doações, que poderão ser feitas até a noite do dia 26 de setembro, quando a ação inédita marcará o encer- ramento que será veiculado em TVs e rádios parceiros, que se revezam, a cada 30 minutos, para exibir uma pro- gramação especial e convidar os telespectadores a parti- cipar da arrecadação – além de serem disponibilizados integralmente nos canais de YouTube da CUFA e do San- tander. Entre as emissoras que já se engajaram e cederão espaço em suas grades estão Band, Record, Cultura, Re- deTV, SBT, Warner, TNT, TNT Series, Space, Record News, CNN Brasil, AgroMais, Band- News, Discovery, AMC, Sony (via YouTube), CBN, Antena 1, Band FM, Transamérica, Na- tiva FM, portal Terra, Yahoo e Jovem Pan (no YouTube). “O ‘Mães da Favela’ é muito importante porque tem duas vertentes: doação de cesta bá- sica física, com alimentos do- ados, ou da cesta digital, com o mesmo valor em dinheiro para que haja poder de escolha na compra de itens conforme a Estive, na última quinta- -feira, no lançamento do livro “Na Trilha das Formigas”, de autoria de Ana Maria Bernar- delli. Não, não pensem que eu cometi algum desrespeito às recomendações para ficar em casa, como infelizmente temos visto por aí, desrespeito esse gerado, (é quase certo), pela negação da gravidade do Covid-19 feita pelo nosso próprio Presidente. Longe de mim. A vida me é muito linda, ainda mais agora que Ravi, meu bisneto, está para ancorar em nossos braços, logo, logo. Acontece que a Life Editora vem lançando, já há algum tempo, os livros de nossos escritores por meio do sistema “drive thru” e até mesmo “drivin-in”, como foi o caso do livro ‘A Glória desta Morena”, numa noite memo- rável, em que a gente nem sai do carro, adquire o livro, que também é autografado, tudo dentro das máximas condições de segurança. Dito isso, vamos ao: “Na Trilha das Formigas”. Quando recebi o convite encaminhado pela própria autora, profa. Ana Maria Bernardelli, imaginei, con- fesso, ser um livro infantil, talvez pela minha memória afetiva onde ainda vivem a conhecida Fábula de Esopo, “A Cigarra e a Formiga”, o poema “As Formigas”, que Cecília Meireles escreveu para tocar delicadamente o coração das crianças, e ainda o livro “As Três Formigas”, da nossa reconhecida escritora de literatura infanto-juvenil, Ana Maria Machado. Em en- trevista, porém, publicada na imprensa local, a autora do livro “Na Trilha das For- migas” informava que era um livro de poemas “que tratam de temas atemporais e uni- versais, como emoções, sen- timentos, dúvidas e leituras do mundo”. E que apesar de os elementos da natureza es- tarem presentes, como o mar, as estrelas, a lua e as árvores, seu livro não era de “poe- sias românticas, mas sim, indagações sérias do nosso papel no mundo”. Deslumbrada que sou, por versos, não poderia deixar de comparecer ao lançamento de “Na Trilha das Formigas”, que ocorreu no pátio da OAB. Tudo muito organizado, tran- quilo, harmonioso. Ontem, finalmente abri o livro. Oti- mamente apresentado e pre- faciado por dois de nossos outros poetas, Raquel Naveira e Rubenio Marcelo, respecti- vamente, me surpreendi com tudo o que li. Se na sua cole- tânea de poemas “Emoções gota a gota”, publicada em 2014, a poeta parecia, pelo próprio título, querer reprimir suas emoções e sentimentos, neste, Ana Maria está mais decidida ainda a não expor aos leitores o lirismo, o sub- jetivismo, o arrebatamento de que valem, quase sempre, aqueles que poetam; é que, para ela, “a poesia não se curva a carências (...) tam- pouco possibilita promessas / não substitui nada / nem se deixa permutar”. Não po- deria deixar de ser: como uma aquariana autêntica, Ana é prática, extremamente racional, lógica e analítica, qualidades abundantes na sua poesia consciente, “só- bria, madura, refletida” (RN). Não sei vocês, mas a pri- meira coisa que me intrigou foi o título do livro. Por que “Na Trilha das Formigas”? É a própria autora que explica no seu poema “Sob o Olhar das Formigas”: (...) “em es- pessa trilha / vencem o fron- doso tronco / as convictas formigas / e indiferentes ao presente / caminham e ca- minham / pobre poeta! / o tempo nunca acaba / fugir, voltar, recomeçar / são os im- perfeitos da vida / as sábias formigas disso sabem / e como sabem! / pródigas, fazem do amargor / seu paraíso e / trilham o prazer numa ronda ininterrupta!” E também é Ana Maria que confessa em “Via Vitae” ao se perguntar: “quem sou eu realmente? (...) não tenho a disciplina mágica / das formigas diligentes / passo pela vida displicente / na ânsia de seguir / sem antes nem depois / a trilha do derradeiro espanto”. Sobre a autora, registro ainda as palavras de outro poeta, Fábio Gondim: “Ana Maria, poeta, é dessas almas que não se curvam ao peso do corpo; flutuam acima das atmosferas convencionadas. Ana Maria, poesia, paira igual- mente por esses ares ao nível das profundezas existenciais. Tem ciência a autora: dar no- tícias sobre as humanidades que orbitam o ser é fincar-se diariamente em si o punhal das sensações”. O livro pode ser adquirido no site da Life Editora www.lifeeditora.com. br. Preço: R$ 40, 00 necessidade. Neste momento de tanta tensão, pessoas que sempre foram vulneráveis ficam em uma vulnerabilidade ainda maior”, afirma Celso Athayde, fundador da CUFA. Além de engajar a socie- dade, o “O Canal é Seu” ainda busca a adesão de outros ca- nais e emissoras de rádio à campanha. Todas as informa- ções sobre a ação podem ser encontradas no http://www. oseucanal.com.br/ – as doa- ções em dinheiro serão feitas diretamente em uma conta- -corrente da CUFA, que rever- terá o valor em cestas básicas que custam R$ 120 cada. (Com assessoria). SERVIÇO: Para quem quiser doar o Banco é o Santander - 033, agência 2093, conta-corrente: 13002055-0. A razão social é Central Única das Favelas, CNPJ: 06.052.228/0001-01

Solidariedade O2 Filmes, Santander e CUFA se unem em apoio ... · sônica. Isso vem de vários anos, de fazer isso lá atrás, quando não existia Ableton Live [software de produção

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Page 1: Solidariedade O2 Filmes, Santander e CUFA se unem em apoio ... · sônica. Isso vem de vários anos, de fazer isso lá atrás, quando não existia Ableton Live [software de produção

C3Campo Grande-MS |Sexta-feira, 25 de setembro de 2020ARTES&LAZER

Seu Jorge, Dudu Nobre, Alcione, Fernanda Abreu e Rappin Hood são alguns dos nomes confirmados

O2 Filmes, Santander e CUFA se unem em apoio ao projeto “Mães da Favela”

Deafbrick de Iggor Cavalera estreia com tambores em faixas sujas

Solidariedade

Música

Alcione é presença confirmada no evento

Reprodução

Divulgação

*Sylvia Cesco é professora, cronista e poeta; presidente da UBE-MS.

FALANDO DE

*Sylvia Cesco é professora, cronista

NA TRILHA DAS FORMIGASFolhapress

Os tambores hipnóticos que abrem o primeiro disco do De-afbrick parecem menos uma música com início, meio e fim e mais uma introdução à faixa seguinte, “Força Bruta”. Esta é um misto de sintetizadores e guitarras executados em velocidade tão rápida que o ouvinte fica tonto, sem tempo de absorver a agressividade do som. A música tem um ar meio retrô, lembrando o grupo industrial Ministry, que fez sucesso nos anos de 1990.

Mas as faixas seguintes do álbum de estreia da banda – formada pela junção do trio paulistano de punk psicodélico Deafkids com o duo britânico de eletrônica Petbrick, que tem o baterista Iggor Cavalera na formação – jogam o ouvinte em outros territórios. “The Menace of the Polar Night” parece a trilha de um filme de Glauber Rocha, com seu vocal cheio de ecos repetidos à exaustão. “O Antropoceno” lembra as experimentações com percussão do Sepultura, antiga banda de Cavalera.

Com o mesmo nome da banda, o disco foi concebido e gravado em só dois dias e meio, em Londres, no estúdio do pro-dutor Wayne Adams, a outra metade do Petbrick -- dupla eletrônica à qual Cavalera se dedica em paralelo ao grupo de thrash metal Cavalera Cons-piracy, com seu irmão Max. Cavalera conta que a sonori-dade maníaca do Deafbrick é em grande parte decorrente da mão de Adams, que fez carreira no Reino Unido pro-duzindo tanto artistas de mú-sica eletrônica não dançante quanto de rock pesado.

“Ele picota qualquer coisa em questão de segundos, faz aquilo ali virar uma loucura sônica. Isso vem de vários anos, de fazer isso lá atrás, quando não existia Ableton

Live [software de produção musical], esses plugins. Ele fazia tudo na mão. Ele con-segue tirar um puta som de guitarra pesada, um som orgânico de bateria, como também entende para ca-ramba da parte de música eletrônica, não é um cara que começou ontem no laptop”, afirma o baterista.

O disco capta o “estado febril” dos músicos em es-túdio, diz Mariano de Melo, do Deafkids, banda sensação do underground paulistano com carreira consistente no exte-rior. A empolgação começou no ano passado, quando o grupo se apresentou com o Petbrick no festival holandês Roadburn. No show, eles to-caram versões turbinadas das músicas de ambos os grupos. A sinergia ao vivo funcionou tão bem, relata, que os grupos resolveram formar uma nova banda e gravar um álbum.

“Deafbrick” alterna faixas de identidade profundamente brasileira com outras de hardcore eletrônico. Há tam-bores que remetem a ritmos africanos e uma certa sujeira sonora, que põe o grupo ao lado de outros nomes de hoje que tentam expandir as fron-teiras do metal. Os 40 minutos do álbum têm clima de fim do mundo, num desconten-tamento que se manifesta na sonoridade e nos títulos das faixas, como em “Free Speech for the Dumb”, ou li-berdade de expressão para os idiotas, um cover do grupo punk Discharge. O protesto se realiza mais na forma do que no conteúdo -- não espere le-tras panfletárias. “Deafbrick” é um trabalho “politicamente motivado, mas não politica-mente explícito”, afirma Melo, acrescentando que, mesmo antes da paralisação geral da vida causada pela pandemia, já havia muitas situações para serem postas para fora.

Marcelo Rezende

Hoje a partir das 19h, a O2 Filmes se une ao Santander Brasil e à Central Única de Favelas (CUFA) para o en-cerramento histórico do “O Canal é Seu”. Em formato inédito, com 12 horas de trans-missão ao vivo, o projeto tem como objetivo dar apoio às famílias e comunidades mais impactadas pelos efeitos eco-nômicos da pandemia, arre-cadando cestas básicas para o “Mães da Favela” – ligado à entidade que representa 1,1 milhão de famílias em todo o país e está presente em mais de 5 mil comunidades.

Seguindo as orientações de segurança da OMS e evitando aglomerações, o encerramento do “O Canal é Seu” acontecerá em formato híbrido e já tem confirmada a participação de mais de 50 grandes nomes do entretenimento brasileiro, com apresentações de: Seu Jorge, Karol Conká, Dudu Nobre, Rappin Hood, Tassia Reis, B Negão, DJ Hum, Alcione, Fer-nanda Abreu, Rincón Sapi-

ência, Larissa Luz, Mc Zaac, Mc Menos MR, Samba Q Elas querem e Leci Brandão.

“Esse é com certeza um dos maiores projetos que a O2 já fez. Estamos realizando em tempo recorde uma logística de produção. É um grande desafio para nós produzirmos essas 12 horas de transmissão ao vivo, algo que vamos fazer pela primeira vez. Estamos muito felizes em fazer parte dessa história e principal-mente em ajudar uma causa tão linda”, comenta Rejane Bicca, diretora-geral da O2 – empresa responsável pela produção de todo o projeto. “O grande desafio dessa vez foi criar um projeto tão grande em tão pouco tempo. Tenho muito orgulho de ter unido tantos profissionais em uma equipe tão eficiente, que conseguiu resolver as questões técnicas e montar um projeto inédito em tempo recorde. Tenho certeza que será um sucesso”, comple-menta Rafael Forte, produtor--executivo da O2.

A campanha já está rece-bendo doações, que poderão

ser feitas até a noite do dia 26 de setembro, quando a ação inédita marcará o encer-ramento que será veiculado em TVs e rádios parceiros, que se revezam, a cada 30 minutos, para exibir uma pro-gramação especial e convidar os telespectadores a parti-cipar da arrecadação – além de serem disponibilizados integralmente nos canais de YouTube da CUFA e do San-tander. Entre as emissoras que já se engajaram e cederão espaço em suas grades estão Band, Record, Cultura, Re-deTV, SBT, Warner, TNT, TNT Series, Space, Record News, CNN Brasil, AgroMais, Band-News, Discovery, AMC, Sony (via YouTube), CBN, Antena 1, Band FM, Transamérica, Na-tiva FM, portal Terra, Yahoo e Jovem Pan (no YouTube).

“O ‘Mães da Favela’ é muito importante porque tem duas vertentes: doação de cesta bá-sica física, com alimentos do-ados, ou da cesta digital, com o mesmo valor em dinheiro para que haja poder de escolha na compra de itens conforme a

Estive, na última quinta--feira, no lançamento do livro “Na Trilha das Formigas”, de autoria de Ana Maria Bernar-delli. Não, não pensem que eu cometi algum desrespeito às recomendações para ficar em casa, como infelizmente temos visto por aí, desrespeito esse gerado, (é quase certo), pela negação da gravidade do Covid-19 feita pelo nosso próprio Presidente. Longe de mim. A vida me é muito linda, ainda mais agora que Ravi, meu bisneto, está para ancorar em nossos braços, logo, logo. Acontece que a Life Editora vem lançando, já há algum tempo, os livros de nossos escritores por meio do sistema “drive thru” e até mesmo “drivin-in”, como foi o caso do livro ‘A Glória desta Morena”, numa noite memo-rável, em que a gente nem sai do carro, adquire o livro, que também é autografado, tudo dentro das máximas condições de segurança. Dito isso, vamos ao: “Na Trilha das Formigas”.

Quando recebi o convite encaminhado pela própria autora, profa. Ana Maria Bernardelli, imaginei, con-fesso, ser um livro infantil, talvez pela minha memória afetiva onde ainda vivem a conhecida Fábula de Esopo, “A Cigarra e a Formiga”, o poema “As Formigas”, que Cecília Meireles escreveu para tocar delicadamente o coração das crianças, e ainda o livro “As Três Formigas”, da nossa reconhecida escritora de literatura infanto-juvenil, Ana Maria Machado. Em en-trevista, porém, publicada na imprensa local, a autora do livro “Na Trilha das For-migas” informava que era um livro de poemas “que tratam de temas atemporais e uni-versais, como emoções, sen-timentos, dúvidas e leituras do mundo”. E que apesar de

os elementos da natureza es-tarem presentes, como o mar, as estrelas, a lua e as árvores, seu livro não era de “poe-sias românticas, mas sim, indagações sérias do nosso papel no mundo”.

Deslumbrada que sou, por versos, não poderia deixar de comparecer ao lançamento de “Na Trilha das Formigas”, que ocorreu no pátio da OAB. Tudo muito organizado, tran-quilo, harmonioso. Ontem, finalmente abri o livro. Oti-mamente apresentado e pre-faciado por dois de nossos outros poetas, Raquel Naveira e Rubenio Marcelo, respecti-

vamente, me surpreendi com tudo o que li. Se na sua cole-tânea de poemas “Emoções gota a gota”, publicada em 2014, a poeta parecia, pelo próprio título, querer reprimir suas emoções e sentimentos, neste, Ana Maria está mais decidida ainda a não expor aos leitores o lirismo, o sub-jetivismo, o arrebatamento de que valem, quase sempre, aqueles que poetam; é que, para ela, “a poesia não se curva a carências (...) tam-pouco possibilita promessas / não substitui nada / nem se deixa permutar”. Não po-deria deixar de ser: como

uma aquariana autêntica, Ana é prática, extremamente racional, lógica e analítica, qualidades abundantes na sua poesia consciente, “só-bria, madura, refletida” (RN).

Não sei vocês, mas a pri-meira coisa que me intrigou foi o título do livro. Por que “Na Trilha das Formigas”? É a própria autora que explica no seu poema “Sob o Olhar das Formigas”: (...) “em es-pessa trilha / vencem o fron-doso tronco / as convictas formigas / e indiferentes ao presente / caminham e ca-minham / pobre poeta! / o tempo nunca acaba / fugir, voltar, recomeçar / são os im-perfeitos da vida / as sábias formigas disso sabem / e como sabem! / pródigas, fazem do amargor / seu paraíso e / trilham o prazer numa ronda ininterrupta!” E também é Ana Maria que confessa em “Via Vitae” ao se perguntar: “quem sou eu realmente? (...) não tenho a disciplina mágica / das formigas diligentes / passo pela vida displicente / na ânsia de seguir / sem antes nem depois / a trilha do derradeiro espanto”.

Sobre a autora, registro ainda as palavras de outro poeta, Fábio Gondim: “Ana Maria, poeta, é dessas almas que não se curvam ao peso do corpo; flutuam acima das atmosferas convencionadas. Ana Maria, poesia, paira igual-mente por esses ares ao nível das profundezas existenciais. Tem ciência a autora: dar no-tícias sobre as humanidades que orbitam o ser é fincar-se diariamente em si o punhal das sensações”. O livro pode ser adquirido no site da Life Editora www.lifeeditora.com.br. Preço: R$ 40, 00

necessidade. Neste momento de tanta tensão, pessoas que sempre foram vulneráveis ficam em uma vulnerabilidade ainda maior”, afirma Celso Athayde, fundador da CUFA.

Além de engajar a socie-dade, o “O Canal é Seu” ainda busca a adesão de outros ca-

nais e emissoras de rádio à campanha. Todas as informa-ções sobre a ação podem ser encontradas no http://www.oseucanal.com.br/ – as doa-ções em dinheiro serão feitas diretamente em uma conta--corrente da CUFA, que rever-terá o valor em cestas básicas

que custam R$ 120 cada. (Com assessoria).

SERVIÇO: Para quem quiser doar o Banco é o Santander - 033, agência 2093, conta-corrente: 13002055-0. A razão social é Central Única das Favelas,CNPJ: 06.052.228/0001-01