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Eloy Oliveira Sem limites para felicidade 9 772176 240023 3 2 0 0 0

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Eloy Oliveira

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Eloy OliveiraSem limites para felicidade

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carta ao leitor“É difícil perder-se. É tão difícil que

provavelmente arrumarei depressa um

modo de me achar, mesmo que achar-me

seja de novo a mentira de que vivo”Clarice Lispector

Dói ser passado para trás, mas dói mais ainda não ter forças para levantar, e são nessas horas que conseguimos enxergar quem realmente está do nosso lado, quem realmente luta, acredita, batalha e, se for preciso, entrega-se para ganhar ou perder o duelo da vida ao seu lado. Família, equipe, time, galera, cada um dá um nome para aquele grupo de pessoas que nos amam e que nós acabamos amando. Mas o que é o amor afinal? Amor é confiança, amor é fraternidade, amor é tudo e mais um pouco.

Na vida real, as pedras aparecem e é nosso dever saber o momento de pular, driblar ou parar, já no nosso mundinho não acontece nada de ruim para nos derrubar. Na arte que é conviver, temos que aprender a pincelar cada capítulo e escrever a cada tombo uma poesia. Chorar, faz parte, quando começamos a viver a primeira coisa que fazemos é chorar. Por que não se pode chorar depois? Pode sim! Chore, ria, lute, brigue, faça tudo que puder, sempre!

O valor da vida está no que se fez e não naquilo que se deixou para trás. Viva muito. Grite loucamente, fique resfriado depois de dançar na chuva, faça o que quiser, mas lembre-se que sua vida é reflexo de felicidade para aquele que te quer bem, sendo assim, faça o bem, propague o amor, ajude quem está ao teu lado, quem está perto de ti, são essas pessoas que vão fazer a sua base ser forte.

Podem milhões tentarem te derrubar, nenhum deles será tão forte quanto a força do amor daqueles que te seguem e acreditam no que você é capaz.

Saia do mundo de perfeições que se criou para fugir de tudo. Enfrente, do teu lado e ao teu redor sempre existirão guerreiros prontos pra te ajudar, nem que seja pra te darem a mão ou o ombro quando você cair.

Cair faz parte, mas levantar também faz.

Hoje agradeço a Deus, mais uma vez pela força que encontro em cada queda, a meus pais e a minha equipe, que na última batalha, estiveram ao meu lado, rumo à vitória da guerra.

Boa Leitura,

Maycow Montemor

As situações difíceis aparecem de repente. Elas não escolhem um momento propício, ou muito menos deixam que você se prepare. Nessas horas achamos que é muito mais fácil fechar-se em um mundo só nosso onde nada do que é real possa entrar. Nem a angústia, nem o desespero, nem a preocupação, nada que nos aflige cotidianamente chega nem perto da realidade que fazemos de escudo.

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Direção Maycow Montemor (MTB 46.380)Diretor Financeiro José Carlos dos SantosJornalismo Érika Freire (MTB 56.586)Diagramação Ana Beatriz NoyaProdução & Fotografia Tatiana AguenaConsultoria Jurídica Flávia Barile Logística Léya SantanaConsultoria de T.I. Pedro MendesEstagiárias Letícia Fontes e Mariana RioColaboradores Rana Abdouni, Leny Almeida, Renata Pierry, Beth Teani, Márcia Atik, Fernanda Ventura, Fernanda Vannucci

na edição anterior...Um mergulho no mercado do luxo. Conhecemos um pouco sobre os produtos e serviços exclusivos que a Cidade oferece. Nossos leitores tiveram a oportunidade de conhecer a trajetória da empresária Mi-rian Gotfryd que, mesmo “caminhando contra o vento”, conseguiu chegar aonde desejava. Foi atrás de seu sonho e venceu. Parabéns!

Viver implica em esbarrar nos problemas. Mas por aqui, tenta-mos fazer mais: ultrapassá-los. Não poupamos sacrifícios quan-do o assunto é produzir a revista. Pois sabemos que, com es-forço, no final tudo dá certo.

A morte, tema debatido incansavelmente pela filosofia, veio dar o ar graça por aqui. Conversamos com um psicólogo com abordagem holística para falar sobre o assunto. E ainda comentamos sobre o filme “Nosso Lar”, baseado na obra de Chico Xavier, e que já ultrapassou a marca de 1 milhão de espectadores .

Na reportagem de capa, você entrará na vida do designer de interiores, Eloy Oliveira. Apaixonado pela arte, ele cresceu no meio de cores e paisagens. Com muito esforço, tornou-se empresário e hoje está à frente da Palha de Seda, há de-zesseis anos.

Na seção “Quem te viu quem te vê” fomos até a casa de Flávio Righi, um dos percursores da televisão regional.

As nossas queridas “Entre Amigas” debatem um tema que muitos ainda não aprenderam a praticar: amor próprio. Afinal, quanto vale o seu?

Entramos nos espaços da Santos Aquidecor para trazer as novidades para você.

Preparamos também matérias sobre as vantagens de adquirir um diploma no exterior, a importância da terapia, porque conversar faz realmente muito bem. Nesta edição, a Amélia resolveu dar uma de cupido.

Boa Leitura

Maycow Montemor

editorial

expediente

M. Montemor Editora de Publicações CorporativasM. Montemor dos Santos - ME

CNPJ 09.400.313/0001-01 IE 633.675.615-111 Av. Ana Costa, 482, cj.509 - Gonzaga - Santos-SP

[email protected]

(13) 3302-0973

Publicação Bimestral Tiragem 15.000 exemplares

Prol GráficaEsta é uma publicação da M. Montemor Editora

com todos os direitos reservados.

errataA Kyowa Tapeçaria foi fundada em 1980, pe-los empreendedores Zahra e Rafic Abdouni. Está no mercado há 30 anos, e não há 15, como informou a matéria “O preço da exclu-sividade”, na última edição.

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África do Sul Angola Argentina Austrália Bolívia Brasil Canadá Espanha Estados Unidos França Paraguai Portugal Uruguai Verão 2011 - Paris e Tóquio

Carmen SteffensShopping Praiamar

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África do Sul Angola Argentina Austrália Bolívia Brasil Canadá Espanha Estados Unidos França Paraguai Portugal Uruguai Verão 2011 - Paris e Tóquio

Carmen SteffensShopping Praiamar

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índice

Morte - Totalidade da vidapág. 16

Praiamar - 10 anos de prestígiopág. 20

Reforma Íntimapág. 22

Flávio Righi - Um homem de mil facespág. 24 Cinema - Paixão que move os santistaspág. 26

Santos Arquidecor - Espaços de sonho e confortopág. 32

Amor próprio - Quanto vale o seu?pág. 38

Ermenegildo Zegna - 100 anos de elegânciapág. 40

Ondine - Entre a imaginação e a razãopág. 42

Intercâmbio - Conhecimento além das fronteiraspág. 45

Cultura e Lazer - Diversão elegante em alto marpág. 58

Dúvidas frequentes, respostas pertinentespág. 64

O Irã sob o Chadorpág. 66

Ataque de pânico - O perigo que vem de dentropág. 68

Nova Arezzopág. 70

Pág. 50

Eloy OliveiraSem limites para a felicidade

Ele cresceu em meio a cores e hoje faz da sua vida uma arte. Conheça a história de Eloy Oliveira.

Terra Encantadapág. 72

Bistrô Sandra Baccaratpág. 74

Me2 Entertainment - Selo de qualidadepág. 76

Fazer o bem sem olhar a quempág. 78

No divã - Porque conversar faz bempág. 80

Amar uma pessoa, duas, três...pág. 82

Políticos com ética, por que não?pág. 84

Diga não ao atraso!pág. 86

Dicas da redaçãopág. 88

Rana Abdouni - Felicidade é conhecer a sipág. 90

Eu vou com Rana Abdounipág. 92

Almoço de domingopág. 94

Coluna Socialpág. 96

Cupidopág. 98

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Av. Euclides da Cunha, 21 - Tel: (13) 3288-2805

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vida real

MorteTotalidade da vida

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ca, “morrer não é legal”. A ideia de finitude como um todo é ruim, desagrada, causa aflição e dissa-bores.

Não é legal quando um bate-papo gostoso acaba, quando o chocolate chega ao último pedaço, quan-do a novela chega ao último capítulo, quando um belo livro se finda. “Morrer é ridículo”, dá trabalho, é triste, para alguns, é até injusto. Você vem, nasce, estuda, conhece, sorri, chora... Tantos livros, tantos filmes, tantos amores não vividos, tudo por causa da morte.

Morrer é tão curioso que é a única certeza que te-mos. A morte não tem piedade, e diante deste ine-xorável o que nos resta? Viver. Porém é inevitável pensar na ideia de que existe um fim. O que se pode fazer é tentar conviver melhor com tudo isso.

Se nos perguntarmos quantas vezes nós já morre-mos, alguns diriam que todo dia se morre um pou-co. Sandoval coloca uma questão mais profunda: “Dormir é morrer”. Para ele, o espírito é indefinido e abstrato. Porém, “ele precisa de uma casa para morar, que é o nosso corpo. Quando dormimos, o espírito sai e vai receber aprendizados. É por isso que todo dia nós acordamos diferentes”, comenta.

A abordagem que Sandoval oferece para seus paci-entes é diferente da psicologia tradicional. Na psi-cologia holística, o homem é visto como um todo integrado, onde qualquer comportamento envolve toda a estrutura humana.

Atuando há mais de 40 anos na profissão, Sando-val é muito procurado por pessoas que tem medo de partir. “O ser humano tem medo de morrer de-vido ao apego. É um pouco de egoísmo... Nada é por acaso, tudo tem um por que e nós precisamos descobrir esse enigma que é viver”. Aqueles que, assim como Sandoval, acreditam que existe outra vida após a morte, acabam tendo mais conforto ao pensar no assunto. Se somos energia, o que é bom tem que ficar, e o ruim precisa sair. “As-sim, se dará uma nova vida, uma nova casa e novas

tarefas”, acrescenta o psicólogo.

A advogada Maria Luiza Giaffone, de 33 anos com-partilha da mesma opinião de Sandoval. Para a ela, a morte não é o fim, é a passagem de um estado para outro. “É o desprendimento do corpo físico, a despedida deste plano material em que vivemos”, salienta.

Por não acreditar na ideia de finitude, Maria Luiza tenta não temer o fim, mas concorda que nem sem-pre dá para encarar a morte com indiferença. “Mas o desconhecido sempre causa aflição, então é claro que não dá para ver com tanta naturalidade. To-dos têm medo de morrer, em algum nível. Chico Xavier, que tinha motivos concretos para acreditar em vida após a morte, gritou de pavor quando o avião em que estava teve problemas. Impossível não ter medo algum. O receio do desconhecido eu certamente tenho, mas procuro encarar com sereni-dade”.

Los Hermanos que responde bem sobre o que podemos fazer para suprir às necessidades, medos e deixar algo que possa ser eterno aqui: “Faço o melhor que sou capaz, só para viver em paz”, acres-centa João.

Como estamos aqui, sem ao menos saber o porquê, o que nos resta é cumprir o contrato com a vida da melhor maneira. Há quem busque na religião um sentido, outros na filosofia, ou simplesmente aqueles que procuram o nada, o não acreditar. O certo é que, o medo da morte nos força a viver, seja para o bem ou para o mal.

A advogada Maria Luiza filosofa: “Li em algum lugar que a única coisa que se leva da vida é a vida que se leva”. Para ela, permanecer vivo naqueles que nos amam é uma espécie de imortalidade. “Enfim, o antídoto para a morte é a vida, vivida da forma mais intensa que conseguirmos”.

Morte e Filosofia

O tema já serviu como personagem principal para todas as áreas: cinema, artes plásticas, literatura e principalmente para a filosofia. O escritor Michel de Montaigne já dizia que “filosofar é aprender a

M orrer: cessar de viver, secar-se, extin-guir-se, acabar, não concluir-se, de-saguar, definhar... Quantas definições para um único ato. Como diz a crôni-

"Nada é por acaso, tudo tem um por que e nós precisamos descobrir

esse enigma que é viver”

“Ninguém pode falar em morte, se não falar sobre a vida. Elas estão interligadas. Vida e morte são a mesma coisa, pois você não morre”, comenta o psicólogo com abordagem holística, Sandoval Pereira Santos.

O jornalista João Fernando Baldan, de 33 anos é irredutível em rela-ção ao assunto: “Sim. Tenho medo de morrer”. Seu maior receio é “partir na hora errada”, deixando de fazer coisas que considera im-prescindíveis.

“Tem o trecho de uma música do

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morrer”.

Sócrates, filósofo grego, dizia que “os verdadeiros filósofos exerci-tam-se para morrer”. Para Epicuro, “o medo da morte e o anseio da imortalidade são os sentimentos que mais arruínam nossa passagem por este mundo”. Para ele o morrer e o bem viver deveriam ter a mesma proporção e importância.

Um dos maiores representantes do movimento existencialista foi Martin Heidegger. Segundo ele, fazemos parte da própria estrutura da existência: “com a morte se conquista a totalidade da vida”.

Já a ideia de Sartre é que, na realidade “é absurdo que tenhamos nascido e absurdo que morramos”.

Se “filosofar é aprender a morrer”, então façamos filosofia. Mesmo àqueles que vivem uma busca incessante para dar sentido à vida, uma busca diária para o despertar da consciência, muitas vezes che-gam a lugar nenhum. Nenhuma iluminação. Ainda vivemos diante de uma cegueira hipnótica, mas a vida é muito mais além do que as ações cotidianas na qual estamos determinados. Talvez, quando conseguirmos despertar para isso, podemos então entender a morte.

“Nosso Lar”

Baseado na obra de Chico Xavier, o filme “Nosso Lar” conta a história de um médico que, ao morrer, acorda em um “mundo” diferente. Cheio de tristeza, dores e pessoas praticamente em pânico. Fome, sede, frio e uma incerteza angustiante: o que se passa?

O personagem André Luiz, vivido pelo autor Renato Prieto, desperta com o rosto imerso à lama. Perdido, sem saber onde está. Ele se le-vanta para tentar sobreviver em meio ao caos. Não aguenta e passa a implorar por ajuda, a clamar para um Deus. É atendido e finalmente viajamos para a cidade de “Nosso Lar”, onde a paz reina.

Dirigido por Wagner de Assis, o filme já atingiu a marca de 1 milhão de espectadores. Um número surpreendente para o cinema nacional atualmente.

No mundo espiritual, André começa uma nova jornada, cheia de en-sinamentos e viverá uma intensa experiência.

Para quem já acredita na vida após a morte, “Nosso Lar” reforça os valores, chegando até proporcionar um certo alívio para o morrer. No filme, temas como o amor, a paciência, amizade e solidariedade com o próximo ficam expressos em pequenas cenas, mas para o especta-dor mais atento, são uma verdadeira avalanche de conhecimento.

" Ainda vivemos diante de uma cegueira hipnótica, mas a vida é

muito mais além..."

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sucesso

Praiamar10 anos de prestígio

te e ainda se divertir. Agora imagine tudo isso em um só lugar.

Não há nada melhor que desfrutar os prazeres da vida ao lado de quem se ama. Tirar um dia de folga e passear com a família, apreciar uma boa cu-linária, pegar um cinema domingo à noi-

Um empreendimento que nasceu de uma área de 130 mil m², que abrigava campos de futebol. O ter-reno que até então era a diversão de muitos garotos e jovens, se transformou em um ambiente de lazer e diversão. A nova construção, inaugurada em 2000, é responsável pela valorização do bairro da Apare-cida. Além disso, trouxe investimentos expressivos

Foto: Imagem de divulgação

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Dentre as lojas que integram a nova ala de com-pras no segmento feminino estão a Enjoy, Márcia Mello, Empório Naka e M. Na masculina, a Brooks-field e Brooksfield Júnior. Já para ambos os públicos o Praiamar conta com a Luigi Bertolli e M.Officer. Além disso, na parte de cosméticos também tem novidade, o espaço possui a Body Store, que apre-senta uma proposta de preservação ambiental. Para os que gostam do setor de eletrodomésticos e ele-trônicos, a Fast Shop é uma boa opção. Já na gas-tronomia, a ala conta com o restaurante Viena e o Café Paris. Sem falar no estacionamento VIP com manobrista que oferece vantagens para o público mais exigente.

Além disso, o Praiamar Shopping é ganhador por seis vezes consecutivas do prêmio Top of Mind ofe-recido pelo grupo A Tribuna que homenageia às marcas mais lembradas da região. O empreendi-mento também conquistou outros títulos impor-tantes como o AlshopVisa.

Quanto aos planos e projetos para o futuro, Re-nato Peris enfatiza a preocupação em atender às expectativas do seu público mais exigente, os con-sumidores, por isso o grupo faz um controle com pesquisas, e análises de sugestões, onde propõe ações diferenciadas que também acontecem em shoppings do exterior. Não é à toa que a empresa comemora hoje 10 anos de sucesso.

“Buscamos adequar à nossa realidade local para prestigiar nossos consumidores. Mais eventos ba-canas estão sendo programados para os clientes do Praiamar”, finaliza.

e impulsionou construtores a apostarem na região.

Tornou-se um dos pontos mais nobres de Santos, com prédios e condomínios de alto padrão. Não é a toa que hoje o Praiamar shopping é um dos melhores centro de compras e este ano celebra 10 anos de sucesso.

O centro comercial foi inaugurado com 200 lojas, quatro âncoras, um hipermercado e 2.300 vagas de estacionamento, sendo 80% delas cobertas. Hoje, o empreendimento conta com 210 lojas, além das quatro âncoras e do hipermercado. Ele faz parte do Grupo Mendes, que possui ainda o Parque Bal-neário, o Hotel, Jovem Pan Santos, Mendes Conven-tion Center, Miramar Empreendimento Imobiliários, entre outros. Além do novo shopping de São Vicen-te, o Brisamar, inaugurado em 2007.

“A ideia inicial do Praiamar foi preencher uma de-manda existente no mercado local, prestigiando o público da região”, diz o gerente de marketing do estabelecimento, Renato Peris. Mas ao longo dos anos muitos acontecimentos con-tribuíram para o histórico do shopping, e ajudaram seu crescimento, como por exemplo, as edições do Praiamar Summer Show, Natal Solidário, a inaugu-ração do Lounge Praiamar, um espaço maravilhoso que surpreendeu os clientes.

O grupo realiza também eventos para comemorar os aniversários do shopping, com shows exclusivos, liquidações de verão e inverno já bastante aclama-das pelo público, desfiles de moda, treinamento constante para os lojistas e campanhas.

O gerente ressalta que a principal mudança foi a ex-pansão do shopping com o Lounge Praiamar. Inau-gurado em agosto deste ano, o projeto é bastante ousado e aprimorou ainda mais o mix de lojas. São nove operações inéditas na região, inteiramente pensadas nas necessidades dos santistas.

O lounge Praiamar é mais uma opção de lazer e compras para os santistas. O espaço vem completar o mix de grifes do shopping e da região.

Foto: Tatiana Aguena

Foto: Tatiana Aguena

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timentos e até contemporizar divergências.

É claro que a minha longa experiência ao lidar com o íntimo das pessoas me permite ajudar no dire-cionamento de caminhos e na busca da reforma ín-tima de que necessitam para superar seus fantas-mas. Mas também há momentos em que a minha impotência nas respostas não me permite sair do lugar. Sou humana, embora estudiosa de almas. E assim como qualquer um, também me deparo com as interrogações diante das questões humanas, ora banais, ora profundas... E a insegurança trazida pe-los mistérios de mundos desconhecidos entorpece os meus sentidos.

São assuntos de vários níveis que passam diante dos meus olhos. Pessoas materialistas, que perdem a paz em troca de bens às vezes sem tanto valor, só para mostrar sua força diante do outro.

Outras, escravas do ego, tentando fazer valer aquilo que enxergam como “verdade”, desrespeitando com palavras, somente para contestar.

Sem falar naquelas que adotam a teimosia e a ma-nipulação como forma de mostrar autoridade e po-der, para chegar onde desejam, mesmo que depois desistam do seu intento. Jogo de vaidades! Jogo de falsos vitoriosos, porque o vaivém da vida se ganha com “jogo de cintura”. E isso requer equilíbrio, diálogo e acima de tudo o exercício de nos colocar-mos no lugar do outro, com respeito às diferenças e educação para lidar com elas.

Estamos cada vez mais carentes de afeto, de com-preensão e acima de tudo de entendimento. É pre-ciso que cada um de nós busque nas coisas simples, valores profundos. E que cada um encontre a sua forma de se desprender do seu próprio mundo e dos seus próprios problemas para entender que o egoísmo nos cega e anestesia.

O antídoto? O amor! Ele fala todas as línguas e de-sata todos os nós.

Reforma íntimacrônica

Terapeuta holística por opção, vocação e entrega. Sim, esse é o meu ofício. E é em nome dele que sempre sou procura-da para dar respostas, apontar soluções, clarear dúvidas, apaziguar emoções, sen-

Por Leny Almeida

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quem te viu, quem te vê

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Um homem de mil faces Flávio Righi

porta do apartamento se abre, e atrás dela está um homem vestido todo de preto. A roupa sóbria entra em conflito com a feição e o olhar de menino. Ele sorri como quem diz: sejam bem-vindas.

Como em tudo o que faz, Flávio se esforçou ao máximo para fazer um bom trabalho. Fez cursos de apresentação televisiva e cursou Jornalismo, uma de suas grandes paixões. “Mesmo sendo diretor da TV, gostava de editar todo o programa. Na época co-ordenava mais de 40 profissionais de comunicação e me senti obrigado a fazer o curso de Jornalismo, pois queria impor mais respeito. No mínimo eu teria noção das coisas que estava coordenando”, conta.

Vários anos se passaram à frente do programa Em Foco, que marcou o colunismo social. Flávio decidiu parar, pois há tempos havia deixado de dedicar-se à si e à família. Sua esposa, Vanesca Leite, que co-nheceu em 2000, o via poucas vezes durante o mês. “Parei no momento certo. As pessoas estavam se aproximando de mim com interesse. Passei a me dedicar mais à minha família e à mim mesmo”.

Como se fosse uma grande aventura, Flávio pas-sou por uma experiência marcante e transforma-dora. Foi convidado para acompanhar uma equipe durante 50 dias pela costa brasileira. Foram mais de 4.000 km percorridos. Righi foi diretor de vídeo e produtor. “Passei por experiências incríveis.”

Amante da vida e da família, ele tem em sua sala portas-retratos espalhados com fotos de momentos felizes. Entre muitas paixões, uma se destaca: ama cantar e tocar violão. Já participou de coral e até cantou ópera. Seu maior sonho? “Cantar em uma churrascaria” (risos), pois segundo ele, não existe público mais sincero. Flávio é assim: alguém de personalidade tímida, mas que aos poucos revela mil faces.

Com o violão, finaliza o bate-papo tocando de ma-neira suave uma das trilha sonora que rege seus momentos...

“Pra que usar de tanta educação. Pra destilar tercei-ras intenções. Desperdiçando o meu melDevagarzinho, flor em flor. Entre os meus inimigos, beija-flor”.

AToda essa receptividade é de Flávio Henrique Cuoghi, mais conhecido como Flávio Righi. Jorna-lista, bacharel em Direito, técnico em turismo, em-presário, pai e diretor.

“A nossa Pátria mãe tão distraída... em perceber que era subtraída em tenebrosas transações.” A máxima de Chico Buarque retrata uma das épocas mais duras de Flávio, as lembranças de sua infância são marcadas pela ditadura militar. O pai advogado sofrera as duras consequências daqueles tempos. Com isso, sua família mudou-se para São Paulo, onde iniciaram uma nova vida.

Já adolescente, Flávio começou a ajudar o pai no escritório de advocacia. Ao contrário do que muitos pensam não foi fácil. “Meu pai me colocou para tra-balhar com o oficce boy para fazer todo o serviço de escritório, e o salário era menor que a mesada, que já havia sido cortada. Como já estava trabalhando na área, entrei no curso de Direito”, relembra.

Com o diploma em mãos a família esperava que ele começasse a advogar de fato, mas na mesma época resolveu acompanhar o irmão que fazia Rádio e TV na FAAP, em um arriscado projeto. Em 1986, inau-gurou e dirigiu a rádio 95 FM, de Santos. Nesta é-poca seu interesse pela comunicação começa a des-pontar. Mais tarde, dirigiu também a Enseada FM.

Flávio sempre encarou os desafios que a vida lhe propôs. Foi diretor e sócio da TV Mar, uma das mais conceituadas televisões de transmissão regional da época. Ficou conhecido pelo público quando começou a apresentar o programa Em Foco. “Sem-pre gostei de ficar nos bastidores, mas infelizmente o apresentador Charles Martinez faleceu e fiquei res-ponsável de encontrar uma pessoa para sub-stituir. Passei alguns meses procurando alguém que tivesse o perfil. Até que durante uma reunião, a di-reção me escolheu para apresentar o programa”.

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Ocheiro do café inebriava o ambiente, dei-xando o clima ainda mais aconchegante. Enquanto aguardavam, alguns preferiam ler, outros papeavam. A fila do lado direito começava a se estender, porque a sessão

CinemaPaixão que move os santistas

cultura

já ia dar início.

Munidos de pipoca e refrigerante, o público dava os primeiros passos na sala escura. Lá dentro, a enorme tela os recepcionava. Sala cheia, risos, falatório. “Psiiii, silêncio!”, alguém pede. Um pouco distante dali, em um espaço menor, as

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pessoas começavam a se acomodar. O silêncio imperava e a tela res-pondia com as primeiras imagens do filme “A Vida Íntima de Pippa Lee”.

Realidades e filmes distintos, mas o prazer era o mesmo. O ritual que unia aquelas pessoas era o amor pela sétima arte.

As mesmas cenas descritas acima são repetidas incessantemente em vários pontos da região. A relação das pessoas que aqui vivem com a sétima arte é indiscutível. Ir ao cinema faz parte da vida dos muníci-pes. É programa para toda a família, para os namorados, amigos e até grupos que tem como objetivo discutir o filme. Santista respira cinema.

E respira há muito tempo. Segundo informações do portal Novo Milênio, conhecido por retratar a Santos de antigamente, a primei-ra referência ao cinema por aqui “data de junho de 1897, quan-do a firma Fernando & Queiroz fez durante algumas semanas exibição pública de “fotografia animada” no Recreio Miramar da praia da Barra (Boqueirão).”

Praia Palace, Alhambra, Paramount, Paratodos e Itajubá foram alguns dos cinemas que passaram pela cidade. O Cine Roxy, um dos mais badalados da região, foi inaugurado no dia 15 de março de 1934, e contemplou os santistas com o filme “Cântico dos Cânticos”. Algumas salas se foram e deixam saudades. Outras chegaram para suprir a fome que santista tem por cultura.

“A cidade sempre teve esse sabor pelo diferencial, mas não é só em cinema, é em tudo. Não podemos esquecer que a vida cultural em Santos sempre foi superior a do Rio e São Paulo no final do século 20”, diz o coordenador do Cine Arte, Nivio Mota.

O Cine Arte, localizado no posto 4, é uma sala para quem procura por filmes diferenciados, não-comerciais. Apaixonado por cinema, Nivio confessa que trabalhar com a sétima arte foi uma “decorrência do destino”. Assumiu o cargo em 2001, quando a Secretaria de Cultura ficou sem ninguém para gerir a programação do espaço. “Lembra-ram da minha predileção por cinema e perguntaram se eu queria ar-riscar a fazer a programação”. Aceitou e hoje já são quase dez anos à frente do Cine Arte.

Atualmente a cidade conta com aproximadamente 24 salas, mas já teve o maior número de áreas de projeção por habitante do país, o que demonstra a paixão do santista pela sétima arte. “Santos é uma das cidades que tem em média a maior quantidade de ingressos ven-didos pela média de moradores, e algumas vezes até chegando ao primeiro lugar”, ressalta Nívio.

A publicitária Tatiana Nascimento é uma das pessoas que contribuem para estes dados. Sua relação e interesse pelo cinema começou aos 18 anos, quando foi estagiar na área de Rádio e Tv de uma grande agência de comunicação de São Paulo. “Comecei a produzir filmes publicitários e, assim, passei a ter contato com diretores impor-tantes”.

Devido ao trabalho, Tatiana fez um mergulho pelo mundo cine-matográfico e passou a assistir a vários filmes, grande parte deles de arte. “Além de ter se tornado um hábito foi um grande auxiliador no

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com legenda em esperanto. Dá para imaginar uma coisa dessas?

Ele lembra que mesmo com todas as dificuldades, o público permanecia em silêncio. “O máximo que acontecia era alguém ir à frente para ler o release do filme, só para situar o público do que estava acontecendo na história”

Para Nívio a maior alegria de trabalhar com cinema e, especificamente administrar o Cine Arte, é sem-pre ter em mente que serviço público de qualidade é possível. “Isso é uma norma minha de trabalho. Meu maior prazer é mostrar para as pessoas que é possível se divertir e pensar ao mesmo tempo. Acho isso um grande barato!”

Curta Santos

A cada ano uma surpresa, um tema novo, e novos homenageados do cenário cinematográfico nacio-nal. O Curta Santos - Festival Santista de Curtas-Metragens já contou com a participação de artistas ilustres como Ney Latorraca, Matheus Nachtergaele, entre outros. É o evento cultural mais importante do calendário da Baixada Santista e Vale do Ribeira.

“Nosso evento cresceu proporcionalmente com mostras competitivas nacionais e hoje está no Guia dos Festivais de Cinema do Brasil, além de per-tencer ao Fórum dos Festivais, entidade que certi-fica e qualifica as mostras de cinema no Brasil”, diz o diretor do Curta Santos, Ricardo Vasconcellos.

Infelizmente este ano todos foram surpreendidos com o falecimento de Toninho Dantas, que certa-mente deixará muitas saudades. O agitador cultural e um dos principais organizadores do Curta Santos, faleceu aos 62 anos, no dia 14 de maio deste ano.

Em sua homenagem, a empresária Ludmilla Rossi, postou em seu blog a música “Só os loucos sabem” da banda Charlie Brown Júnior. Ao ver a letra, a produção logo entrou em contato com Ludmilla, e assim nasceu às pressas o novo tema para o fes-tival, em homenagem ao célebre Toninho Dantas.

O festival proporciona a inclusão social e a busca constante pela consolidação do pólo audiovisual re-gional.

Além disso, o evento oferece cursos, oficinas e ainda

meu trabalho”.

Tatiana acredita que o gosto da população santista por cultura se deve não somente ao cinema. “Não sou santista, mas tenho um amor muito grande por este Município que me acolheu tão carinhosamente, e vejo o santista muito engajado na arte como um todo”.

A publicitária costuma frequentar o Cine Arte, devi-do sua preferência por filmes não-comerciais.

Assim como Tatiana, a fotógrafa e estudante Lua-na Garrido, de 26 anos, aproveita o tempo livre para assistir a filmes. “Sem dúvida os santistas são amantes da sétima arte. E ir ao cinema é sempre uma boa pedida”.

Ela conta que desde pequena costumava assistir a filmes devido ao incentivo do pai. “Lembro que existia ainda o Cine Indaiá. Sempre me interessei, pois acredito na riqueza cultural que esta arte pro-porciona”.

Luana comenta que em matéria de conforto, gosta muito do Roxy. Mas quando o assunto é conteúdo cinematográfico? “Sem dúvida eu fico com o Cine arte. Lá eu encontro filmes incríveis, uma novidade atrás da outra e ainda por um preço super aces-sível”.

Recentemente, o Cine Arte passou por uma ampla reforma promovida pela prefeitura, atendendo à reivindicação dos usuários.

Maurice Legeard

“Você sabia que ele estava no cinema quando via uma brasinha de cigarro e alguém tossindo”, relata Nivio Mota. O francês Maurice Legeard que escolheu a cidade para viver e, por aqui, espalhou o amor pelo cinema.

“Cinema para ele era arte completa, sonho e reali-dade misturados, técnica, divertimento, indústria, pedagogia, comércio, fenômeno social e político, sobretudo, uma maravilha, enfim. Era algo que se confundia com a dinâmica multifacetada da própria vida e até ultrapassava, provavelmente mais em preto e branco que em cores”, informava o texto de Cid Marcus, publicado no dia 24/07/09, no Portal Novo Milênio. Nivio conta que Maurice Legeard veio para cá e criou a Cinemateca, que foi a 4ª a ser criada no país. “Ele era um cara que movimentava a opinião pública. Criou a sessão da meia noite, onde duas mil pessoas se reuniam em uma sala de cinema, sem ar condicionado, no verão assistindo a um filme russo

“Cinema para ele era arte completa, sonho e realidade misturados, técnica,

divertimento, indústria...”

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há as quatro mostras competitivas: Olhar Caiçara Universitário, Olhar Caiçara Independente, Videoclipe Caiçara e Videoclipe Brasilis.

Um dos vencedores deste ano foi o filme “Oito”, que recebeu do júri o prêmio especial na categoria Olhar Caiçara Universitário. “ O “Oito” se baseia nas relações humanas, no quanto somos dependentes de alguém e do quanto outras pessoas dependem de nós. Temos como pano de fundo uma doença, a epilepsia, mas ela não é o foco, ela não serve nem como desculpa para a proximidade dos personagens ali colocados. Personagens esses que poderiam ser qualquer pessoa que nem sabemos o nome, que poderiam ser qualquer um de nós”,diz o assistente de produção do filme, Clayton Gama.

Porém, a mostra cultural deste ano surpreendeu a todos com o faleci-mento do anfitrião, Toninho Dantas, que foi diretor das sete primeiras edições do Curta Santos. Dono de uma “loucura imensurável”, ele deixará muitas saudades.

“Ele nos deixou preparados para qualquer obstáculo, e o importante era não desistir e seguir em frente naquilo que podíamos fazer e concretizar. Foi aí que veio nosso desafio: continuar seu legado mas do nosso jeito - o Curta Santos agora está em nossas mãos e vamos mostrar o que aprendemos, a cidade esperava isso, nos unimos e com a ajudinha dele lá em cima, conseguimos. Foi ótimo o resultado alcançado com grande repercussão, o que o Toninho sempre queria que acontecesse”, diz Ricardo.

Mas antes de falecer, Toninho deu uma entrevista ao blog Cinecartó-grafo, do crítico de cinema Ricardo Prado, onde contou sobre suas expectativas para a oitava edição do Curta Santos, palavras que fi-carão para sempre:

“Como a alegria do palhaço é ver o circo pegar fogo, gostaria de ver os pipoqueiros afunhenhados sem dar vazão a tanta pipoca para uma fila interminável, de ver platéias lotadas aplaudindo e vaiando deli-rantemente seus preferidos, mas, concretamente, que estudemos e celebremos o presente momento do cinema nacional, que gritemos por uma distribuição mais sólida e democrática, que o público e os realizadores venham para uma troca ansiada”.

“E que, ao final, todos saiamos renovados e prontos para novas lu-tas”, dizia Toninho Dantas, em entrevista ao blog Cinecartógrafo, do dia 23/03/2010.

Agora ele deixa os palcos para se transformar em uma estrela, que além de brilhar no céu, ficará imortalizada na memória dos que o admiravam e também na tradicional Calçada da Fama do Cine Roxy, no Gonzaga junto com outros ícones como Bete Mendes, Gilberto Mendes, Ney Latorraca e Chorão

Dicas

Livro: O Século do Cinema, de Glauber Rocha – Editora Cosac Naify Site: Adoro Cinema - Tudo sobre Filmes, Atores, Diretores e Festivais: http://www.adorocinema.com/ Portal: Cinecartógrafo – Resenhas, críticas e dicas de filmes: http://www.cinecartografo.com.br

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arquitetura e decoração

Santos Arquidecor

A

Espaços de sonho e conforto

rquitetos, decoradores, designers, e paisagistas reunidos em um só lugar. Neste ano, a Santos Arquidecor Casa Natal, traz o tema “Embaixadores da Baixada”, uma maneira de ho-menagear personalida des que se

destacam no cenário regional, e promovem a quali-dade natural da nossa região. Esta é a 16ª edição do evento, que é realizado pela Associação dos Ex-Alunos do Stella Maris – AEA.

Muito mais que uma mostra, a exposição tem cu-nho social com renda revertida para manutenção de creches e ações beneficentes, mantidos pela AEA. Além disso, é a oportunidade de expor as novidades e conceitos no mercado de arquitetura, decoração, paisagismo e design.

A casa traz os seguintes ambientes: bilheteria, li-ving, varanda, home theater, home office, hall social, hall íntimo, quarto do rapaz, quarto do

bebê, quarto do casal, banheiro do casal, quarto casal sênior, banheiro sênior, banheiro da moça, quarto da moça, adega, sala de jantar, cozinha gourmet, jardim de eventos, bistrô, banheiro pú-blico, studio, bar, espaço arte, sala de jogos, atelier, hall de entrada, lounge de saída, um espaço pra sonhar e banheiro Universal.

Uma das empresas que novamente colaborou com a Santos Arquidecor foi a SCA, presente no espaço dos profissionais Fabrício Novaes, Gabriela Teixeira, Melba Nadais Aidar e Fernanda Lins.

Consolidada, a empresa está na região desde 2003, e é uma das principais no setor de móveis. Seu foco é o desenvolvimento de novos produtos, que ex-pressam estilo e personalidade. Além disso, a alta tecnologia e a qualidade de nível internacional são marcas registradas da SCA, presente em mais de trinta países da América do Sul, América Central, América do Norte, Europa e Oriente.

Foto: Tatiana Aguena

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Fabrício Novaes e Gabriela Teixeira – Espaço Studio

Marinheiros de primeira viagem, os arquite-tos Fabrício Novaes e Gabriela Teixeira es-trearam com grande estilo a participação na mostra. Convidados pelo núcleo de decora-ção Pólo Decorare, a dupla foi responsável pelo Espaço Studio.

O ambiente foi desenvolvido em homena-gem à presidente do Fundo Social de Soli-dariedade de Santos, Silvia Papa. “O obje-tivo era criar um ambiente para uma mulher solteira, simples, discreta e sofisticada. To-dos os espaços foram integrados para me-lhor serem aproveitados”, diz Fabrício No-vaes.

“Os produtos da SCA são os mais conceitua-dos no mercado e é a única empresa em Santos que oferece a qualidade do plane-jado”, comenta o arquiteto Fabrício.

Fotos: Tatiana Aguena

Foto:Leandro Amaral

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Melba Nadais Aidar – quarto sênior

Com 24 anos de experiência profissional, a arquiteta Melba Nadais Aidar possui em seus projetos características mais contem-porâneas. “Como tudo é muito globalizado, o comprador tem acesso à muitas informa-ções, e na maioria das vezes procuram seguir a tendência daquilo que está se usando. É ai que entra o papel do arquiteto, fazer com que o projeto fique personalizado e adequado à necessidade de cada um”, diz Melba.

Este ano seu projeto foi o Quarto Sênior, em homenagem ao comportamentalista e jorna-lista, Luis Alca de Sant’ana. Os tons sóbrios dão ar de modernidade e requinte. Em função dos espaços cada vez menores a arquiteta re-solveu explorar como solução a localização da cama junto à janela, dando uma visão dife-renciada ao ambiente.

Fotos: Tatiana AguenaFoto:Leandro Amaral

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Fernanda Lins – Cozinha Gourmet

No mercado há 29 anos, Fernanda lins segue um estilo contemporâneo nos seus projetos e sempre procura estar antenada com as últi-mas tendências de mercado, não só quanto aos materiais empregados, como na decora-ção.

Um espaço prático, funcional e moder-no essa foi a proposta de Fernanda com a Cozinha Gourmet em homenagem a Odila Peres Valência Hoehne (Odilinha). “Todos os materiais utilizados seguem as tendências do mercado, portanto o mobiliário escolhido, só poderia ser SCA”, diz.

“O projeto em si define bem cada setor de uso e funcionamento correto de uma cozinha. Setorizei área de convívio, de trabalho, de equipamentos (forno, microondas, despen-seiro e geladeira) e armários de apoio.

Fotos: Tatiana Aguena

Foto:Leandro Amaral

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Amor próprioQuanto vale o seu?

base para o amor. Acima de tudo está o amor por nós mesmos. No relacionamento vale a transparên-cia, vale lutar por alguém que mereça o nosso amor e que nos respeite. A autoestima é tudo, é cons-truída aos poucos e acredito que a infância de uma pessoa é o passo principal e o mais importante. Te-nho consciência de que a autoestima está total-mente relacionada às nossas conquistas e ao suces-so, é saber que somos e que podemos.

Quando me sinto triste, procuro lembrar de ensina-mentos, pensar que a tristeza, o fracasso, as perdas também fazem parte da vida e do nosso crescimen-to. Atravessar os momentos difíceis e de tristeza

entre amigas

O amor pode ser experimentado de to-das as formas, mas nenhuma delas será possível se antes não nos amarmos. Tem dias que o sol parece brilhar me-nos, acinzentando nossa auto-estima.

Só que sem ela, a vida que já não é fácil, torna-se praticamente impossível. Nesta edição, “Entre Ami-gas” fala sobre o amor próprio. E você, já pensou quanto vale o seu?

Silvana Barros - O amor próprio é a base de tudo para que possamos explorar e amar outras pes-soas. Seja o amor incondicional de pai e mãe, seja a paixão, o amor de uma amizade, enfim, é a nossa

Silvana Karla Thaís Lúcia

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podemos amar o resto do mundo. Ele nos faz acre-ditar no que somos e buscamos. Acredito que para a vida acontecer e ser bonita precisamos nos amar.

Numa conquista cada um joga com as armas que tem. É claro que cada um deve buscar o equilí-brio dentro disso e sempre pensar primeiro em si próprio. Pois é difícil conquistar alguém se primeiro não se valorizar! Para ter sucesso na vida a autoes-tima é um requisito fundamental.

Para aliviar a dor e a tristeza é importante fazer uma boa reflexão, uma caminhada na praia e sem-pre pensar que poderia ser muito pior. Ou seja, o-lhar sempre para o lado bom e acreditar que sem-pre acabará bem. Claro que todos temos fraquezas, mas precisamos saber lidar com elas para não dei-xar a autoestima se abalar. Precisamos acreditar para as coisas acontecerem como desejamos. Te-mos que gostar da gente, cuidar da cabeça, ler, cui-dar do corpo, ter uma boa dieta, dormir bem, sair, curtir, apreciar, respeitar, se fazer respeitar, ser bom ao próximo, ser bom a si mesmo e principalmente acreditar sempre.

Thaìs Bértuol - Amar a si mesmo é precedente a qualquer outro tipo de amor. É a essência, o re-conhecimento à vida, a si próprio e a capacidade de evoluir constantemente. Quanto vale? Vale a própria existência! Só se pode amar ao outro uma vez que amamos a nós mesmos.

O limite é a consciência de nosso valor e do direito que o outro tem de percebê-lo ou não como atrativo para si mesmo. Com a maturidade, descobrimos que não existe apenas uma alma gêmea, e sim uma infinidade delas... Nossa felicidade depende mais de nós mesmos do que do outro.

A depender da intensidade da tristeza, primeiro me recolho para viver, refletir e aprender sobre e com o momento (sozinha, com a ajuda de verdadeiros amigos que estejam bem e sejam capazes de me acolher e ajudar, ou mesmo, com a ajuda de um terapeuta, depois sacudo a poeira: gasto energia através de exercícios físicos, trabalho, invisto em mim mesma e, por fim, dou a volta por cima: en-frento a situação ou mesmo deixo-a passar ao largo com a consciência de que é uma escolha.

Somos energia pura: pensamentos, palavras e ati-tudes. Transmitimos exatamente o que acredita-mos, portanto, renovemos a nossa autoestima, base para o nosso progresso, sempre! Precisamos acreditar que nascemos para sermos felizes.

não é tarefa fácil, mas devemos ir adiante, pois as turbulências passam. É preciso lembrar que as pes-soas nos enxergam da forma como nos comporta-mos. Nossa essência é muito forte e capaz de der-rubar qualquer máscara. Ser verdadeiro, ser firme, ter amor próprio isso tudo nos faz posicionarmos na vida de forma que as pessoas saibam quem somos e para que viemos.

Primeiro é preciso se conhecer, assim você desco-brirá suas aptidões, saberá fazer escolhas, opções de vida de forma que você consiga seguir o cami-nho. A nossa valorização é o inicio de tudo para ser-mos felizes.

Lúcia Elisa Cunha - O amor próprio é ser capaz de respeitar, confiar e gostar de si mesma. É um patrimônio pessoal e intransferível, que não tem preço, troca, nem barganha. Para os psicólogos é um pouco mais complexo: autoestima é a percep-ção lúcida de três fatores: capacidade de enfrentar os desafios da vida, aceitação das outras pessoas e saber do direito de ser feliz. Autoestima saudável garante acesso à felicidade. Na conquista por um amor vale tudo, desde que o amor que você sente pelo outro fique abaixo do que sente por si mesma. No alfabeto, o “S” vem antes do “T”, você precisa ser amor antes de ter amor. Para lutar por um amor você não paga “mico”? Ah, paga sim. Quem se ama de verdade não aceita ser tratada sem respeito, sem carinho. Policiar seus pensamentos e procurar analisar com clareza a situação é fundamental para mandar embora o objeto do seu amor e preservar seu amor próprio.

Todos nós temos momentos de tristeza e baixa au-toestima, quando isto ocorre faço um diálogo in-terno e começo me perguntado: por que estou me sentindo assim? Por que estou preocupada com o comentário de fulano ou siclano? Por que não estou conseguindo o que quero? E, esta é boa, me per-gunto, será que eu casaria comigo? Se a resposta for sim, tudo bem, se for não, começo a maneirar, melhorar, até chegar a conclusão que sou especial, mereço ser amada e que casaria sim comigo. Pro-curo identificar os meus defeitos tentando corrigi-los, me perdoar quando erro, e valorizar minhas qualidades. Em determinados momentos, “ouço” um sininho de alerta, aprendi a prestar atenção na minha intuição.

Acredito que as pessoas nos enxergam da mesma maneira que nos comportamos na vida. Não adianta ser muito linda e sem sal, ter corpão e ser chata, ser intelectual e mal vestida. Equilíbrio é tudo.

Karla Guisande – Amor próprio é a qualificação mais importante para o ser humano. A partir dele

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rumo a construção de seu império. Na época, a produção têxtil da Inglaterra era con-siderada a melhor do mundo, e a ambição de Zegna era superar a qualidade do país. Queria também melhorar as condições da região. Para isso, ajudou na construção de uma escola, um hospital, áreas esportivas entre outros.

Aliando empreendedorismo e trabalhos sociais, aos poucos seus tecidos começaram a conquistar espaço no mercado. Investiu ainda na inovação do design e se dedicou a criações de peças masculinas. Seu esforço não foi à toa. Este ano a marca comemora 100 anos de muito luxo e sofisticação.

Para comemorar o centenário da marca, a empresa montou uma superexibição chamada “Cem anos de excelência – de tecelagem a fábrica de estilo“, e está instalada na cidade natal da marca, Milão.

Em 1942 os filhos de Ermenegildo, Aldo e Angelo passaram a fazer parte da empresa e anos mais tarde, assumiram o controle do grupo, após o fa-lecimento do pai, aos 74 anos.

Com a entrada de Aldo e Angelo, que fizeram parte da terceira geração, os ternos que antes eram feitos somente por encomendas, passaram a ser produzi-dos em série. Hoje, eles ainda mantém uma linha denominada “premium suits”, que são feitos sob

Lá em Triveroa, uma pequena região lo-calizada na Itália, um jovem de vinte anos assumiu os negócios do pai, uma loja de tecidos de apenas três teares. O ano era 1910 e o então rapaz, Ermene-gildo Zegna dava os primeiros passos

medida, e custam em torno de 7 a 17 mil reais. São mais de 450 tipos de tecidos à disposição do cliente.

Atualmente, a Maison italiana está sob o comando da quarta geração e tem como diretor o neto de Ermenegildo, Zildo Zegna. A família ainda prima pela qualidade e gestão empresarial, fatores que sempre foram perseguidos por todas as gerações. Certa vez, o diretor-geral da marca, Paolo Zegna declarou: “Só crescemos em tamanho. As ideias, as direções e as linhas eram e continuam a ser as mes-mas.” Para ele a qualidade do produto sempre será a maior preocupação da empresa, e é isso que os compradores esperam da marca.

Os números impressionam: são 525 lojas, mais de sete mil funcionários, uma produção anual em torno de dois milhões e trezentos mil metros de tecidos, seiscentos mil costumes, um milhão e seiscentos mil artigos para o segmento casual e quase dois milhões de acessórios.

O império está disponível em vários lugares do mundo: Índia, China, Japão, Estados Unidos, Rús-sia, Mongólia entre outros. No Brasil, os homens mais antenados e preocupados com o mundo fa-shion podem encontrar os brilhantes ternos da mar-ca em São Paulo, no bairro do Jardins.

Além dos ternos de corte impecável, a grife também trabalha com jaquetas e casacos, e acessórios como perfumes, cintos, mocassins, carteiras e pastas.

Vestir Zegna significa preocupação com a excelência e harmonia entre moda e conforto.

Ermenegildo Zegna100 anos de elegância

personalidade

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Gênero: Drama Ano: 2010 Origem: Irlanda / EUA Direção: Neil Jordan Elenco: Colin Farrell, Alicja Bachleda, Dervla Kirwan, Stephen Rea, Don Wycher-ley, Emil Hostina Produção: Ben Browning, James Flynn e Neil Jordan Roteiro: Neil Jordan Fotografia: Christopher Doyle Trilha Sonora: Kjartan Sveinsson

cinema

Entre a imaginação e a razãoOndine

Em uma das cenas, ele questiona Ondine por quanto tempo ela ficará naquele lugar? Ela responde que a escolha será dele. “Se depender de mim, você pode ficar para sempre”, diz. O pescador. Uma história de amor e esperança, que ultrapassa as barreiras do pensamento. Que faz questionar o que é real, ou não. Segundo alguns críticos, o roteiro, escrito também por Neil Jordan deixa um pouco a desejar no des-fecho, mas nada que tire o impacto sobre o misté-rio. Um ponto forte do filme é a trilha sonora que se harmoniza com as estonteantes cenas. “Ondine” é baseado no romance “Undine” de Frie-drich de La Motte Fouqué.

Recheado de simbologias e citações literárias, retra-ta uma crença inabalável no impossível. “A verdade não é o que você sabe, mas o que você acredita”, como define o trailer.

Certo dia, enquanto trabalhava, Syracuse encontrou em sua rede de pesca uma bela moça. Seu nome era Ondine. Desde então, a vida daquele pescador e de todo o vilarejo nunca mais foi a mesma. Seria Ondine uma ilusão? Ninguém sabia.

Com ares de conto de fada, o novo filme de Neil Jor-dan, “Ondine” promete ser uma daquelas surpresas da sétima arte. A estreia no Brasil está prevista para a primeira quinzena de dezembro.

Filmado nas estonteantes e frias paisagens da Ir-landa, tem fotografia de Christopher Doyle e conta a história do pescador Syracuse (Colin Farrell). Sepa-rado da esposa, ele encontra durante um dia de tra-balho uma mulher em sua rede enquanto pescava. Ele se apaixona perdidamente. Já Annie, sua filha, acredita que Ondine (Alicja Bachleda) é uma sel-kie, criatura do folclore irlandês parecida com uma sereia.

A chegada da misteriosa moça traz uma nova alegria para a sua vida. Mas ao mesmo tempo em que os ventos sopram felicidade e desejo, deixa os pensa-mentos de Syracuse confusos.

Era uma vez, um pescador solitário que vivia nas gélidas paisagens da Irlanda. Seu nome era Syracuse e tinha uma lin-da filha chamada Annie, uma deficiente física linda e sonhadora.

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educação

uitos são os jovens que desejam es-tudar no exterior. Prova disso é o au-mento do número de brasileiros que viajam para fora do país, em busca de aperfeiçoar seus conhecimentos.

IntercâmbioConhecimento além das fronteiras

MDe acordo com dados coletados pelo Salão do Estu-

dante, cerca de 120 mil pessoas saem do país por ano pra se matricular em universidades estrangeiras.

A então estudante Guta Virtuoso conhece bem esta experiência. Embarcou para Milão há um ano a fim de estudar moda na Universidade Ma-rangoni. Começou uma graduação na Faap, mas

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não se identificou com o curso. Então, resolveu tri-lhar os caminhos do mundo fashion.

“O ensino lá fora não é como no Brasil. Na Maran-goni, por exemplo, não temos aulas didáticas, e sim um acompanhamento de um projeto ligado a alguma marca com boa representatividade. Geral-mente alguém da empresa apresenta o produto a ser desenvolvido: o público alvo, lifestyle, e a partir daí começa nosso processo de criação. É algo bem profissional e bem corrido, afinal temos uma em-presa esperando a entrega dos projetos”, explica.

Como era um curso intensivo, seu dia a dia em Milão era todo preenchido: acordar cedo e ir de bicicleta até universidade, onde passava boa parte do dia. À noite, reservava o tempo para concluir os traba-lhos que não poderiam atrasar de maneira alguma. “Quando o professor nos falava a data de entrega, a possibilidade de atraso nem era cogitada, mesmo que o prazo fosse para o dia seguinte. Toda a co-brança nos faz crescer muito como profissional. Os professores também nos vêem assim. Então, se não for um aluno competente não espere boas notas”, conta.

Para Guta, a parte mais difícil foi a distância de casa. “Senti muita falta da minha família e dos meus ami-gos, mas posso dizer que quase todos os dias senti saudade da comida brasileira! É ruim também pen-sar que se você estivesse no seu país, teria alguém disposta a ajudar, ou até mesmo fazer por você”, fala.

Ainda de acordo com dados do Salão do Estudante, os três destinos mais procurados são Canadá, Aus-trália e Estados Unidos. De cada dez pessoas que fazem intercâmbio, sete têm entre 20 e 30 anos, sendo que mais de 50% são mulheres. Os preços variam conforme o país, o tempo de permanência e tipo de curso.

De acordo com a pedagoga Cristhiane Maia, o mer-cado de trabalho está cada vez mais concorrido, por isso a vivência no exterior se torna um grande dife-rencial no currículo. “A oportunidade de obter um diploma no exterior é importantíssima. O mercado exige profissionais polivalentes, e graduar-se em outro país é a chance de conhecer outras realidades, tornando-se mais apto para resolver questões e tra-balhar com todo o tipo de adversidade. É a capaci-dade de enxergar além”, diz.

Experiência de vida e prática são os diferenciais do profissional que estudou fora. “O contato com no-vas práticas e tecnologias que provavelmente ainda não foram inseridas ou conhecidas no Brasil. Este profissional terá mais facilidade de compartilhar seus conhecimentos, o que fará dele indispensável no ambiente de trabalho”, conta.

Para aproveitar ao máximo a estadia em outro país algumas dicas são válidas. “Em primeiro lugar es-forçar-se apesar das adversidades. Estar em outro país, conhecer outras culturas nem sempre é fácil, mas quem tem esta oportunidade é privilegiado! O principal é saber que o conhecimento adquirido por esta experiência será único”, acrescenta.

Para quem deseja estudar fora do Brasil, o portal Educaedu reúne informações sobre os melhores cursos e universidades de diferentes países. Com dados de mais de 90 mil cursos, graduações, pós-graduações e mestrados, este diretório internacio-nal também oferece ao internauta a possibilidade de entrar em contato diretamente com as instituições de ensino por meio de um formulário, para esclare-cer suas dúvidas sobre os programas mais adequa-dos ao perfil do aluno. O endereço é: www.educaedu.com

“graduar-se em outro país é a chance de conhecer

outras realidades”

“O principal é saber que o conhecimento adquirido por esta

experiência será único”

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Eloy OliveiraSem limites para felicidade

Com o papel em branco, o designer de interiores graduado em Desenho Industrial, Eloy Oliveira, se encarregou de criar e cons-truir sua trajetória rumo ao sucesso.

Nasceu em Santos, onde cresceu valorizando as coisas simples da vida.

Aos 21 anos, colocou uma pasta cheia de desenhos embaixo do braço e bateu na porta de uma grande empresa de decoração. Queria emprego, conseguiu. Aprendeu e empreendeu. Com 25 anos, e formado em Desenho Industrial, havia chegado o mo-mento de dar o passo seguinte: abrir seu próprio negócio.

Mesmo diante do medo, arriscou, pois sempre soube aonde que-ria chegar. Jamais se imaginou longe das cores, rabiscos e de-senhos. Hoje, já são 16 anos de profissão e à frente da Palha de Seda.

Na tarde em que passamos com Eloy, ele voltou no tempo e nos contou sua história. Como em qualquer jornada, passou por mo-mentos difíceis como a perda do pai que sempre o apoiou. Seus olhos brilham quando se lembra dos momentos que estiveram juntos.

Sonhos e dificuldades, mas uma imensa vontade de vencer. Che-gou a quase cair, mas manteve o foco e conquistou o que muitos parecem temer: a liberdade.

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo”

Fernando Pessoa

Quando pequeno, sua diversão era ficar em meio a lá-pis de cor, tintas e réguas fazendo da vida uma arte. Cresceu transformando, colorindo e alegrando não só os ambientes, mas a vida das pessoas.

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Você nasceu em Santos? Como foi sua infância?

Sim, nasci aqui. Minha infância foi muito boa. Morei em um prédio de três andares e quando meus pais compraram esse apartamento, eu estava pratica-mente nascendo. O prédio era todo habitado por jovens casais e ficava no Campo Grande, um bairro bem tradicional. Minha família também era assim. Minha mãe sempre foi muito rígida, até hoje tudo tem que ser do jeito dela. Sempre foi o general de casa. Meu pai não, era mais tranquilo, meu porto seguro. Cresci naquele ambiente gostoso e lembro que desenhar era o meu brincar. Passava horas a fio...

Então sua relação com o desenho vem desde cri-ança...

Sim, sempre gostei de desenhar. Como os amigos sabiam que gostava, eu que fazia os trabalhos da escola. No grupo, cada um fazia uma tarefa, aquilo que mais gostava. Um escrevia, o outro recortava, eu desenhava e aí dava certo.

Algum momento marcante desta época...

Essa paixão pela arte levou você a entrar na Rio de Janeiro Decorações, que naquela época era considerada uma das lojas do ramo mais con-ceituadas da cidade...

Estava fazendo faculdade de Desenho Industrial, na Universidade Santa Cecília quando comecei lá, tinha 21 anos. Estudava e dava aulas de natação. Mas como natação era algo bem diferente da minha área, resolvi pegar minha pastinha cheia de dese-nhos e ir até a loja. Pedi para falar com o dono e disse que não estava muito contente onde estava trabalhando, e que tinha interesse na área de deco-ração. Pediram para começar no dia seguinte. Aí, resolvi perguntar: “Mas amanhã não é feriado?” Responderam: “Sim, mas vamos trabalhar. Bem vindo ao mundo do shopping”. (risos)

Lembro que quando estava no pré-primário, ganhei uma medalha em um concurso que reuniu várias escolas da Prefeitura. Tinha que fazer um desenho, algo bem artístico e acabei ganhando o concurso. A cerimônia de premiação aconteceu no Teatro Mu-nicipal. Foi muito emocionante (risos).

Era isso o que queria?

Sim, fui trabalhar muito feliz. Por isso, acho que às vezes o friozinho na barriga acaba sendo um desa-fio. Se você decidir não fazer alguma coisa, pode acabar perdendo muito. É melhor você experimen-tar e tentar. Se der certo deu, também se não der é porque não era pra ser.

Acho que tem coisas que até podem não ter dado certo, mas que pelo menos tentamos, fizemos a nos-sa parte e levamos alguma experiência disso. Não é porque não deu certo que você não vai aprender. Acho que vale a pena tentar, pois sempre apren-demos alguma coisa.

Por tentar você chegou à maior loja de decora-ção da cidade na época, e nem tinha experiên-cia...

Como eu já havia feito um curso de decoração, já tinha toda a teoria. Mas a decoração era algo que eu tinha tanta certeza, que acreditava tanto que pen-sei que precisava experimentar para saber como me sairia. Acabei ficando uns quatro anos. Depois fui trabalhar na Vidraçaria Siqueira, onde fiquei um ano. Queria conhecer, adquirir experiência para conquistar outras coisas. Foi quando decidi montar minha loja.

Montar uma loja não é fácil...

Pois é! Mas eu já tinha experiência de uns cinco anos nas duas lojas de decoração que havia traba-lhado. Conhecia algumas empresas, visitava feiras e fui entrando em contato com alguns fornecedores para que pudesse adquirir os produtos. Montei a loja em uma ação muito rápida.

Mas você lida bem com esse “não era pra ser”?

“Cresci naquele ambiente gostoso e lembro que desenhar

era o meu brincar”

E sua família diante da decisão de abrir seu negócio?

Meu pai teve receio, sim. Quando falei que ia abrir a loja aos 25 anos, ele ficou preocupado: “Nossa você vai sair de um emprego fixo, onde tem estabilidade, férias e 13º, para fazer uma coisa que nem sabe se vai dar certo?”. Acho que às vezes o medo é um fa-tor motivacional e, assim, passa a ser um desafio. Não tinha noção nenhuma da parte administrativa, mas queria ir atrás do meu sonho. E é claro que sozinho você não faz absolutamente nada. Na é-poca, meus pais planejavam morar em uma chácara e quando avisei da minha intenção, eles desistiram para me dar suporte. Eu produzia, desenvolvia, criava e meus pais me davam o alicerce na parte administrativa. Fui fazendo meus trabalhos, pontu-ando as necessidades, mas não fazia reformas nem obras. Dava apenas uma assessoria, uma orientação

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Aqui na Palha de Seda, sempre quis manter a facha-da com característica de casa, pois acho que isso atrai. Tem a coisa do bolo, do café e toda essa sim-plicidade que conquista, pois acho que não adianta trabalhar com arrogância.

para quem quisesse arrumar alguma coisa em casa. Depois, as pessoas passaram a querer um pouco mais. Foi quando comecei a investir e a desenvolver projetos.

Quando as coisas começam a acontecer, e o crescimento chega, assusta um pouco...

Pois é, seu nome vai ficando em evidência, mas esse não era o foco. Pensava em trabalhar, em de-senvolver, criar e de repente as coisas foram acon-tecendo. Hoje temos mostras de decoração que também ajudam no reconhecimento dos profisio-nais. Mas confesso que não imaginei que fosse tomar essa proporção e reconhecimento dentro da cidade.

“Fiquei tão mal que pensei em fechar a loja para ficar em casa, sem

fazer mais nada da vida”

Qual é o seu maior prazer dentro da profissão?

São vários. Mas o cliente que acaba virando amigo é sensacional! Isso é um prazer para mim.

Olha, eu já pensei nisso e poxa vida: fazer aquilo que eu gosto é tão bom! Tenho um prazer tão grande em levantar e ir trabalhar, que não tem preço. Isso é a minha vida. É a minha energia, eu me recarrego trabalhando.

Deve ter sido muito triste...Sim, eu tive depressão e síndrome do pânico. Co-mecei a perceber que algo não estava bem, mas, fingia que não era nada e que ia passar. Quando veio o pânico, me assustei. Mesmo assim demorei uns seis meses para começar o tratamento. Fiquei tão mal que pensei em fechar a loja para ficar em casa, sem fazer mais nada da vida, viver da pensão do meu pai. Comecei a achar que minha profissão não servia pra nada, que era inútil. Depois acabei conhecendo pessoas que me fizeram ver as coisas de forma diferente. Cheguei a decorar um quarto de um menino que estava sobrevivendo apenas com aparelhos ligados. Eu o via lá deitado, naquela triste situação, sobrevivendo devido a um tubo... A mãe tentava se animar, escolhia as cores para pintar a parede. Dizia que ele havia gostado, e eu ficava me perguntando como se ele nem falava... Depois, per-cebi que se eu estive ali, foi porque alguém colocou, então precisava passar uma energia para aquela mãe. Nada é por acaso.

Você se deu conta da importância de seu trab-alho...

Exatamente! Acho que nosso trabalho tem uma ou-tra função. Não é apenas questão de luxo, são pro-jetos que cumprem ação de prazer, emoção... basta buscar. Eu gosto dessa coisa da casa que cuida e cura.

Qual é a essência da sua empresa, além da sua alegria?

“Acho que às vezes o medo é um fator motivacional e, assim,

passa a ser um desafio. “

Você fez tudo naturalmente, sem muita pretensão. Como é hoje olhar pra trás e ver tudo isso?

A sua casa te curou?

Minha casa me cura todos os dias. Preciso e neces-sito do meu canto, da minha cama... A gente passa uma boa parte da vida dormindo, então o quarto é um espaço muito importante.

Mas às vezes o receio aparece, não é mesmo?

Mesmo diante do medo, sempre fui de arriscar. Quando comecei eu não tinha noção de como era administrar. Sabemos que quem trabalha com arte é muito lunático, então não vê números. Não vê se entrou e saiu. Eu não sabia nada: “Tem que pagar conta? Tem que dar lucro? Tem que pagar aluguel? (risos) Por isso meus pais chegaram para tomar conta da situação. Eles foram muito importantes na minha jornada.

E o seu pai...

Meu pai faleceu em 1999. Ele trabalhava aqui comi-

go, e estava em sua na sala quando tudo aconteceu. Ele tinha sérios problemas cardíacos e estava com 60 anos. Lembro que naquele dia foi uma correria para tentarmos fazer alguma coisa por ele. Mas não conseguimos... Ele se foi... Foi tudo muito rápido. Durante toda a minha vida meu pai sempre me amparou. Até hoje sou muito acudido. Ainda moro com mãe e avó e tenho essa comodidade. Nunca tomei conta de nada, nem o número da minha conta bancária eu sabia. Acabei não administrando coisas importantes na minha vida. Depois de perder meu pai, acabei ficando doente e não sabia o que estava acontecendo comigo. Quando perdi meu pai, perdi o chão...

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Foi complicado. Alguns perguntavam se eu estava bem, já outros nem percebiam. Muitas vezes eu tentava camuflar. Mas depois acabei assumindo a doença.

Às vezes acabamos nos camuflando, criamos nos-sa própria realidade para sofrer menos...

Eu tenho isso! Quando estou bem, eu vou aos even-tos, mas se não estou, prefiro ficar em casa. Acho que é uma forma de me proteger, e também acho que ninguém é obrigado a ficar com gente mal hu-morada. Quando não estou bem, preciso me res-peitar e me dar um tempo.

“Alguns perguntavam se eu estava bem, já outros nem percebiam...”

Você é uma pessoa muito feliz, e muitas vezes as pessoas mais alegres acabam sofrendo mais...

Porque a gente não quer ver esse mundo que está aí, a gente não quer ver essa violência, porque não estamos buscando isso. Isso agride, a gente pinta de vermelho para ficar alegre, coloca um sofá para dar conforto, um quadro para admirar, harmoniza, cria, colori para o mundo ficar mais bonito, mas lá fora não é assim e isso magoa! Queria que todas as pessoas tivessem oportunidades de poder, ter, fazer... Mas é difícil conviver com tantas desigual-dades.

e as pessoas vão entendendo e aceitando. Meu pai foi alguém que sempre me aceitou. Depois que ele se foi, fiquei pensando como seria.

Mas depois que seu pai se foi, alguém preencheu esse lugar ou pelo menos uma parte dele?

Sim, meu irmão. Ele passou a ter as mesmas ati-tudes que meu pai. De me apoiar, me aceitar, de perguntar se estou bem. Ele me passa tranquili-dade, calma e a segurança que meu pai me dava.

Muitas vezes nos sentimos sozinhos no meio da multidão. Isso já aconteceu com você?

Sim, algumas vezes. Mas não muitas. Eu tive o problema de voltar para casa e saber que não teria a presença do meu pai. Sempre arrumava alguma desculpa para não voltar, sempre tinha um compro-misso à noite... foi difícil. Mesmo assim não tenho essa coisa de chorar so-zinho. É engraçado, sabe com o que eu choro? Com o programa da Ana Maria Braga (risos). Choro com a vida das pessoas, a vida real me comove. Adoro ouvir as histórias dos outros, aprender e me emo-cionar com elas.

Como foi neste período o olhar das pessoas para você?

Quais foram as pessoas que mais te ajudaram no período em que ficou doente?

Assim, você acaba aceitando a quem você ama. A gente vive em um mundo onde temos que descobrir e agradecer de estar aqui. Quando e-xiste alguma coisa diferente, é perceptível, não tem como se camuflar e colocar um pano. Acho que a gente vai se colocando, se posicionando,

“Queria que todas as pessoas tivessem oportunidades de poder, ter, fazer...”

Minha família, minha mãe que me levantava, me dava apoio e dizia para seguir adiante. Tive amigos e pessoas super do bem. Uma amiga me levou para fazer um curso de liderança e lá vivi coisas maravi-lhosas. Então, várias pessoas me acolheram. Elas se esforçaram, fizeram de tudo para me ajudar.

Quando a gente se ajuda e se aceita, tudo fica mais fácil. Seus pais sempre te apoiaram também. Sempre foi assim: seus sonhos, seus desejos...

E a religião...

Todo dia antes de dormir agradeço por tudo. Sem-pre peço as coisas de um modo geral. Tenho uma ligação muito forte com São Judas, sempre procuro ir à igreja agradecer. Dia 28 de outubro é o dia dele, e é engraçado que também tenho relação pelo bair-ro onde fica a igreja, lá no Marapé. Adoro o Marapé, adoro o Clube Ouro Verde, as cadeiras de praia es-palhadas pela calçada, o bate-papo no domingo...

A família na sua vida?

É a base. Acho que quando você tem uma base, você tem uma construção mais sólida. Dona Marli não é só minha mãe, que quando eu cai, foi quem mais ficou de pé, e que pedia para eu levantar. Te-nho um carinho enorme e respeito, e uma seguran-ça muito grande, é uma pessoa muito forte. As mu-lheres da minha família são muito fortes, minha avó também é uma mulher incrível. Tenho uma relação maravilhosa com elas.

Ah, acho que não tenho limite (risos).

Qual seu limite ?

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turismo

Cultura e LazerDiversão elegante em alto mar

que seja o destino é sempre garantia de novas ex-periências, novas culturas e pessoas.

Para quem planeja uma viagem a bordo de um tran-

Há experiências que são únicas. Só viven-do para se ter uma noção do quanto po-dem ser prazerosas. Uma delas é viajar. Percorrer caminhos nunca antes explo-rados. Viajar nunca é demais, qualquer

satlântico, uma boa pedida é embarcar no cruzeiro temático, Cultura e Lazer. Organizado pela Mendes Tur – Câmbio e Turismo, no navio Bleu de France, o objetivo é aliar diversão e cultura em uma única experiência.

“O cruzeiro Cultura e Lazer é uma experiência única que alia conhecimento e descontração. Espero que o cruzeiro seja um sucesso assim como foi na edição

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cuidadosamente com sabor e requinte, característi-cos de um chef francês. A equipe trabalha para criar uma atmosfera que propicie bem-estar em qualquer hora e lugar. O roteiro desta viagem começa pela saída de Santos, no dia 1º de abril de 2011, passa por São Francisco do Sul, Itajaí e retorna nova-mente no dia quatro.

Para fazer dessa viagem uma lembrança ainda mais

inesquecível, três ícones culturais foram convidados para proporcionar aos navegantes momentos de conhecimento. Um trio que agrega intelectualidade, emoção e razão, uma diversidade de sentimentos compilada de uma só vez.

O grande anfitrião é o jornalista e comportamen-talista Luiz Gonzaga Alca de Sant’Anna que além de ser curador do cruzeiro, analisará a razão e os

anterior”, diz diretora da Mendes Tur, Ines Bellini.

O Bleu de France é o navio mais elegante da temporada, preparado para prestar um serviço de alta qualidade e que supere as expectativas do passageiro mais exi-gente. Tudo planejado para oferecer prazer, comodidade e diversão. Além disso, o passageiro pode desfrutar de uma deliciosa gastronomia, com receitas preparadas

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mistérios do ser humano. Nascido em Santos, ele estudou na cidade até concluir a faculdade de Fi-losofia. Trabalha na área de dinâmica de grupo des-de 1973. Além disso, ministra cursos regulares em Santos e São Paulo, com um método próprio.

Na primeira edição, além de Luiz Alca, o cruzeiro contou com a presença do psicanalista Jorge Forbes, abordando a sociedade utilitarista e a do crítico de cinema Rubens Ewald, falando sobre a sétima arte. Como o evento foi um sucesso, resolveram fazer um novo cruzeiro, desta vez, com a presença do maestro João Carlos Martins, uma personalidade brasileira de fama internacional.

Luiz Alca explica que a ideia de realizar um cru-zeiro cultural surgiu em um papo com Inês Bellini, da Mendes Tur, que pretendia organizar um evento diferente e acabou dando certo.“Será em um navio que nunca havia estado no Brasil: o charmoso Bleu de France. Prevemos o mesmo sucesso, se Deus quiser!”, completa Alca.

João Carlos Martins vai estrear no cruzeiro e sen-sibilizar a todos com a sua emocionante trajetória de vida. Sua paixão pela música começou cedo, quando ganhou um piano de seu pai. Aos oito anos

de idade, venceu o concurso onde teve de executar obras de Bach, o primeiro de muitos que estavam por vir.

Jorge Forbes é o terceiro componente que mais uma vez estará no cruzeiro compartilhando seus conhec-imentos. Psicanalista e médico psiquiatra, teve par-ticipação fundamental na criação da Escola Brasilei-ra de Psicanálise, onde foi o primeiro diretor-geral. Hoje, é membro das Escolas Brasileira e Européia de Psicanálise. Além disso, dirige as pesquisas da Psicanálise com a Genética, no Centro de Estudos do Genoma Humano- USP.

Quem participou do primeiro Cultura e Lazer, con-hece bem a experiência que é agregar, conhecimen-to e diversão. Diva Kodama comenta que adorou a idéia: “Quando viajamos, queremos nos desligar da rotina, experimentar novas propostas, fazer desco-bertas de lugares e pessoas; bem, alimentar o cor-po e a alma... mesmo que seja só por poucos dias”.

Diva gostou tanto que pretende repetir a dose na próxima temporada, e ter a oportunidade de con-hecer pessoalmente João Carlos Martins, a quem ela tanto admira.

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“Os turistas tiveram diversão e descanso na dose certa. Essa viagem ficará no baú das minhas re-cordações. Foi uma oportunidade única”, diz.

Além dela, Lourenço Lopes, empresário da Real Consultoria Imobiliária também foi com a esposa, Andrea e afirmou que valeu a pena. “ Rever ami-gos de outras áreas profissionais, desfrutar dos jantares,shows , e palestras como a de Luiz Alca, e Jorge Forbes foi incrível. Pretendo ir novamente”, diz.

Quem quiser aproveitar e desfrutar de momentos marcantes abordo do Bleu de France, basta entrar em contato com a Mendes Tur por meio dos tele-

fones (13) 3208-9000 (13)3279-9000.

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ão“... no navio Bleu de France,

o objetivo é aliar diversão e cultura

em uma única experiência.”

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divino divã

Dúvidas frequentes,

com Dra. Tosca Amieiro

Ao buscar terapia nos percebemos totalmente fra-gilizados. Pois presentifica-se: “em algum momento falhei.” Chegamos ao consultório com este senti-mento ainda maior e mais evidente. Portanto, neste primeiro contato o que queremos e precisamos é ser acolhido. Este “fala” da sua terapeuta não trouxe isso. Muito pelo contrário! Com esta reação se deu

Tenho 25 anos e comecei a fazer terapia aos 20. Na primeira consulta, após preencher a ficha com meus dados, ela iniciou a sessão dizendo: “Fala”. Achei de uma falta de sensibilidade. Depois ela melhorou e fiquei por apenas um mês e abandonei o divã. Voltei após três anos, mas não senti resultado e resolvi parar. Afinal, qual é o papel da Psicologia? De que maneira ela auxilia no desenvolvimento humano?

o afastamento e o fracasso terapêutico. A ênfase da terapia está na aproximação do paciente com seu modo de estar no mundo; tendo o cuidado, a delica-deza e a importância como primazia. É nesta apro-ximação via terapeuta que o paciente também con-segue perceber seu modo de ser, favorecendo suas ações no dia a dia e tornando-as mais conscientes.

Geralmente o profissional é indicado por alguém próximo que já fez terapia (com esta pessoa), ou que conhece algum profissional da área. A aborda-gem de início não deve ser algo que possa influen-ciar sua escolha. Você deve procurar um psicólogo e só. A diferença entre as abordagens está na visão de homem e de mundo do terapeuta, e isto é muito

Sempre quis fazer terapia, mas confesso que não sei como escolher o profissional. Tenho dúvidas em rela-ção à abordagem que cada um usa, e nem mesmo sei a diferença entre Psicanálise e Psicologia. Poderia me explicar?

importante para que possamos perceber quando este homem está doente, e também vai influenciar diretamente no jeito que se dá o atendimento tera-pêutico. A psicanálise é uma das abordagens dentro da psicologia, que é uma área de atuação da saúde.

Tenho o interesse em cursar psicologia e tenho algumas dúvidas sobre métodos e abordagens. Por exem-plo, já ouvi falar do médico Josef Breuer que iniciou revolucionários tratamentos através da conversa. Freud que trabalhou com hipnose e sonhos; e Jung que ampliou os estudos de Freud em relação aos so-nhos. Qual é a importância de cada um deles em relação aos métodos como ciência e aplicabilidade? Na faculdade, estudarei todos esses métodos?

Na faculdade você terá uma visão extensa de to-das as abordagens, métodos e áreas de atuação do psicólogo. É importante que se entenda a história da psicologia para que se possa usá-la como ciência que estuda o comportamento humano. Josef Breuer, médico e fisiologista austríaco, é visto como o funda-

dor da Psicanálise. Durante seu atendimento como fisiologista auditivo, permitiu o alívio de sintomas depressivos em uma paciente ao fazer uso do que denominou “terapia da conversa”. Mais tarde, ele passaria seu método a Freud, que foi quem publicou pela primeira vez sobre a prática clínica.

Mande suas perguntas para o email

[email protected].

As questões serão respondidas no mais

absoluto sigilo.

Respostas pertinentes

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resenha

Segundo Adriana, o Irã é um país jovem, em que mais de 70% da população têm menos de 30 anos, 67% das vagas nas universidades são ocupadas por mulheres e elas representam a metade da força de trabalho – são engenheiras, jornalistas, escritoras, médicas, jogadoras de futebol, motoristas de táxi. “O que me chamou a atenção nessas mulheres foi a coragem e a determinação com que lutam por seus direitos e desafiam as regras.

A jornalista comenta que O Brasil poderia ser e fa-zer muito mais, considerando que é um país livre, democrático e rico. “O discurso da pobreza não cola mais – não dá para chamar de pobre a 8ª econo-mia do mundo. A desigualdade, sim. E esse indi-vidualismo exacerbado tem a sua parcela de culpa nisso. Por outro lado, você tem milhões de mulheres brasileiras chefes de família que seguram a onda no dia a dia violento e difícil das favelas e periferias, enfrentam traficantes e a polícia, e o perrengue de ter de criar os filhos sozinhas”.

Para ela, a face sisuda do presidente Mahmoud Ah-madinejad não é a única expressão do Irã. É claro que existem muitas injustiças e eles lutam contra isso, mas. O país não cabe na simplificação dos es-tereótipos. Há uma juventude educada, criativa, conectada com o mundo, que adora ouvir música, dançar, fazer festas e tudo aquilo que os jovens de todo o mundo curtem.

O Irã Sob o Chador (Editora Globo) conta um pouco dessa realidade singular, em um dos raros lugares do mundo ainda resistentes aos efeitos da globa-lização, e traz relatos das viagens que Adriana Car-ranca e Márcia Camargos fizeram ao Irã em mo-mentos diferentes.

O Irã Sob o ChadorPor Renata Pierry

Olivro “O Irã Sob o Chador”, revela o caldeirão de contradições de uma na-ção enigmática. Uma nação onde a liberdade é palavra fora do dicionário. A obra é o resultado da descoberta co-

mum de uma realidade singular, em um dos raros lugares do mundo ainda resistentes aos efeitos da globalização.

Escrito pelas jornalistas Adriana Carranca e Márcia Camargos, mostra um cenário de conflitos perma-nentes entre arcaico e moderno, religioso e secular, opressivo e libertário.

“O Irã que nós conhecemos pelos jornais é muito diferente daquele que eu vi in loco”, comenta a jor-nalista, Adriana Carranca.

Nascida em Santos, é repórter do jornal O Estado de São Paulo. Formada na Universidade Católica de Santos, trabalhou por um ano na TV Tribuna. Ela conta que sempre gostou de escrever. “Acho que a minha mãe ainda tem guardada uma redação que escrevi quando tinha uns 8 ou 9 anos. Falava sobre política e era endereçada a Paulo Maluf”.

Naquela época, Adriana já tentava se expressar contra a corrupção e as injustiças sociais.

Como jornalista, esteve em países como Afega-nistão, Irã, Inglaterra, EUA, Canadá, México, Haiti entre outros. Foi correspondente da Onu em Nova York e, segundo ela, uma experiência incrível. “Foi possível ver como a organização funciona, acom-panhar negociações diplomáticas e decisões impor-tantes do Conselho de Segurança, por exemplo, so-bre o programa nuclear do Irã ou as sanções contra o Sudão”.

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comportamento

O perigo que vem de dentro Ataque de Pânico

udo começou quando a jornalista Jaque-line Caires, de 22 anos, passou a sen-tir medo de sair de casa e de perder as pessoas que amava. Na época, seu pai tinha se separado de sua mãe e logo teve

que saia da faculdade. Ao atravessar a rua, pensou em se jogar na frente do carro. Mas, notou que sua mãe a esperava do outro lado. “Havia chegado o momento de fazer algo por si”

“Uma visita ao inferno”. Assim resume os ataques de pânico a publicitária Renata Marques, de 35 anos. Ela tinha 24 anos quando teve seu primeiro conflito. Havia saído do trabalho e seguia pela Ave-nida Brasil, em São Paulo, quando o trânsito parou. No mesmo instante, sentiu uma forte tontura e ta-quicardia. “Fiquei gelada, pés e mãos dormentes e aquela horrível sensação de que vai morrer. Abri a porta do carro e, num impulso, saí correndo, largan-do-o ligado no meio da avenida”.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a síndrome do pânico atinge de 2% a 4% da população mundial.

Segundo a neuropsicóloga Christiane Valentini, a de-

Tque lidar com a traição do namorado.

Após tantos conflitos, passou a ter crises de choro e falta de ar, como se o seu coração fosse explodir. Sua vontade era de sumir do mundo.

Durante um domingo acordou chorando e com medo de tudo. Sua mãe a levou para o hospital. O médico diagnosticara síndrome do pânico. Jaqueline não queria aceitar. Acreditava que era “uma enfer-midade de quem não tinha o que fazer”. Fato que não acontecia com ela. Trabalhava, estudava e, até então, tinha uma vida normal.

As coisas foram se agravando e só percebeu que precisava de ajuda quando teve uma crise, assim

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nominação correta é ataque de pânico. Ela explica que trata-se de um evento caracterizado por medo ou desconforto intenso, acompanhado de, pelo me-nos, quatro de treze sintomas somáticos ou cogni-tivos.

Entre os sintomas estão: palpitação, taquicardia, sensação de falta de ar, desconforto torácico, sen-sação de tontura, instabilidade, vertigem, desmaio, medo de morrer, calafrios, ondas de calor, entre outros.

A doença tem como característica principal a ansie-dade e, segundo a neuropsicóloga, os desencadea-dores podem ser muitos. Diferente de outros trans-tornos de ansiedade, o pânico produz uma sensação de descontrole, desamparo, perigo iminente e inca-pacitante.

“Há, certamente, um comprometimento neuro-químico. Determinados neurotransmissores – den-tre eles, serotonina e noradrenalina – são produzi-dos de modo irregular e fazem com que o cérebro dispare comandos incorretos. A pessoa tem a sen-sação de perigo, reage a isso, porém não está vi-vendo realmente tal ameaça”.

Uma nova e triste vida

Já faz 11 anos que Renata convive com ataque de pânico. Ela comenta que passou a ter outra vida, cheias dificuldades. Coisas que antes eram simples, como ir à padaria ou fazer uma pequena viagem, tornam-se um martírio.

“Você passa a ter sensações tão ruins e misteriosas que com certeza não vai querer sentir no meio da rua, longe da sua segurança. No meu caso, para agravar, minhas piores crises aconteceram quando estava dirigindo. Era estranho, eu que sempre amei dirigir, passei a ter medo.”

Hoje, mais informada, percebe que por pior que pareça a crise, ela não vai matar. Então, usa seus métodos para tentar controlar. Sua vida mudou muito por causa da doença. Adiou o sonho de ser mãe e deixou de trabalhar fora, pois ambientes cor-porativos eram um verdadeiro tormento. “Agora te-nho meu tempo, meus métodos, infelizmente fiquei mais lenta por conta dos remédios, então montei um escritório em casa e só trabalho como freelan-cer. Assim consigo controlar minha ansiedade e fa-zer as coisas direito, sem olhares de pena ou co-branças excessivas que levam a me sentir pior”.

Para Jaqueline também não foi fácil. Foram quase três anos em meio a muitos remédios e sessões de terapia. Mas conseguiu, e hoje comenta que a doen-ça está controlada. “Sem dúvidas sou uma nova

pessoa. Sinto-me bem, tranquila e, acima de tudo, mais segura. Tenho meus sonhos e sinto que posso realizá-los, mas tenho meus pés no chão, pois sei que os obstáculos são diversos e eles podem apa-recer novamente. A diferença é que agora eu não tenho medo de enfrentá-los”

Medo do eterno retorno

O maior receio de Jaqueline é que as crises voltem. Por isso, quando sente-se muito cansada e com falta de ar, tenta relaxar e conversar com as pes-soas. “Procuro fazer as coisas que amo e que me dão prazer. Vou ao cinema, saio para dançar com os meus amigos. Acredito que essa seja a melhor maneira de manter a doença e a depressão longe de mim.

Renata tem o mesmo medo. “A verdade é que não existe uma cura para a síndrome do pânico, ainda. Há o controle - a duras penas -, mas não a remissão total”.

Quando sente um pequeno mal estar, tenta se con-trolar. Para ela o importante é equilibrar os pensa-mentos. “Sua mente pode ser seu maior inimigo. Cuide dos seus pensamentos. Pensar em coisas boas, em vez de ruins, pode parecer clichê, mas ajuda muito”.

Christiane explica que o tratamento envolve várias vertentes. O profissional responsável pelo diag-nóstico poderá prescrever medicação que promova o reequilíbrio dos circuitos neuroquímicos afetados, o que criará condições favoráveis para se evitar novo ataque.

“É muito importante, contudo, o tratamento psico-terápico, tanto para auxiliar o paciente a se tornar menos sensível às situações ansiógenas quanto para a compreensão dos motivos que o levaram a criar tal padrão de comportamento”.

Ela acrescenta que é preciso aprender a aceitar e lidar com suas limitações, adquirir flexibilidade, de-senvolver estratégias para gerir a vida. “Por mais que desejemos controlar as circunstâncias, ante-cipar ações e reações, lidamos diariamente com o imprevisto, o improvável, o indesejável”.

Sabemos que nem sempre é fácil ser forte, mas há que se fazer um esforço para suportar a ansiedade da espera, arriscar, levantar e dar a volta por cima quando somos abatidos por uma perda.

“Quem enfrenta as situações e busca reparar-se às circunstâncias não está imune, mas cria condições favoráveis para não entrar em Pânico”, conclui a neuropsicóloga.

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Nova Arezzo

acabamentos, compõem mobiliários simples, em uma brincadeira de volumes e movimentos.Os sapatos, que mais parecem peça de decoração, são parte da coleção primavera/verão 2011 que torna o ambiente ainda mais bonito. Apostando na diversidade de estilos e tendências, a proposta da marca é seguir a referência dos anos 70, do militarismo, globalismo e futurismo tribal. Com uma paleta de cores com tons neutros como o bege e o Off-white (influência do minimalismo), a coleção apresenta ainda, cores vibrantes, estampas e fortes referências étnicas. Vale a pena conferir!A Arezzo fica no shopping Praiamar, nº 120

Novidade: essa é a palavra que define tudo o que a Arezzo preparou para o seu público em sua nova loja. Com um conceito original em sua estrutura e coleção, a Arezzo cria tendências e oferece o que há de mais moderno e sofisticado. O novo conceito arquitetônico definido para a rede de lojas AREZZO, nasceu através do movimento minimalista. Prateleiras de vidro emolduradas por aço com diferentes

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Terra Encantada

A Terra Encantada traz marcas conceituadas no vestuário como PUC, Hering Kids, Th Bike e1 +1 entre muitas outras. Além disso, o diferencial do estabelecimento é a decoração e os pequenos detalhes, como o cantinho feito especialmente para a realização de oficinas de pin-tura, brincadeiras com fantoches, contação de histórias aos finais de semana, e até uma área com livros. O local também conta com monitoria para supervisionar os baixinhos. “Assim, enquanto os pais fazem as compras, conversam e tomam um cafezinho, os filhos se divertem com segu-rança”, complementa Paula.No mês de outubro, haverá uma programação especial em homenagem às crianças. Uma das novidades é o serviço de um hair stylist na loja. Para as mamães que gostam de vestir bem seus filhos, e as vovós que adoram mimar os netos, a Terra Encantada é um paraíso. Muita fantasia e brinquedos para a alegria das crianças, e tranquilidade dos pais. Quem quiser conhecer, a loja fica na Rua Bento de Abreu, 49, no Boqueirão, em Santos e fica aberta de segunda a sexta, das 9h30 às 19h, e aos sábados das 10h às 19h.

Cenário mágico repleto de fantasia e cor. Um ambiente lúdico que mais parece um castelo e fascina só de olhar. Inaugurada no dia 25 de setembro, a Terra Encantada é uma loja infantil criada para satisfazer pais e filhos. “O objetivo é fazer com que as compras sejam motivo de prazer, amizade e descontração para toda a família”, diz a proprietária Paula Villaron Prado Sahade.

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Com o intuito de criar um clima intimista, uma das apostas do local é oferecer oportunidades para o cliente. Como ter a ajuda de um chef de cozinha para preparar uma refeição especial para os amigos.Os pratos são variados e para todos os paladares. Os proprietários Sandra e Eduardo Baccarat têm a preocupação com quem almoça fora todos os dias. “Almoçar fora de casa, nem sempre é muito agradável, por isso temos a cautela de deixar aquele gostinho de comida caseira, mas sempre com um toque de sofisticação”, conta Sandra.Além de almoços, o bistrô oferece chá da tarde, jantar e happy hour! O Bistrô Sandra Baccarat fica na Vilaria Ateliê e Oficina, Rua Alfredo Porchat, nº 67, em Santos.

A o entrarmos na graciosa Villaria percebe-se nos mínimos detalhes o charme e a sofisticação. Como se fosse mais um adjetivo do espaço, o bistrô Sandra Baccarat traz aos seus clientes delícias com o sabor de casa, mas com um toque requintado. A decoração é delicada e feita especialmente para deixar os clientes à vontade e confortáveis.

Bistrô Sandra Baccarat

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Me2 Entertainment Selo de qualidade

a vontade de agregar qualidade aos padrões de cul-tura, lazer e entretenimento da cidade. A Me2 En-tertainment foi criada exatamente para isso. A ini-ciativa foi de Carlos Virtuoso e seus filhos Eduardo e Bernardo.

A empresa faz muito mais que apenas organização de eventos. O objetivo é criar um selo de qualidade,

geral

Santos é um lugar de gente que sorri porque tem a praia para admirar, o jardim para andar e os bares para con-versar. Pessoas que admiram mani-festações culturais, que sabem apreciar

a arte e se encantam com uma bela canção.

Para suprir essa “fome”, uma empresa uniu ideias e

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para que a marca fique reconhecida como padrão em excelência. Para isso acontecer, a equipe procu-ra o que há de melhor e mais exclusivo no mercado de diversão.

Importantes ferramentas, as mídias sociais têm sido cruciais para as empresas e todo seu processo de divulgação de marcas e produtos. Esses meios são o marketing da Me2. O twitter, facebook e o site são atualizados constantemente e se aproximam ain-da mais do público.

Sua estreia no ramo foi promovendo o desfile “Iriana Autostar”, realizado no estacionamento da loja. O Dj da noite foi o ex piloto de Formula 1 Raul Boesel. O evento teve cunho social, arrecadando fraldas para o Fundo Social de Solidariedade de Santos.

O empresário Carlos Virtuoso acredita que a Me2 tem muito a crescer a partir do momento que tra-ta seus parceiros como amigos. “Procuro estabe-lecer uma relação de amizade nas ações que pro-movemos, pois assim se cria algo que vai além dos eventos. Tudo é feito da melhor maneira possível”, conta.

“Nós percebemos que o público santista pede e é carente neste aspecto. Queremos oferecer mais op-ções na área de lazer e expandir o acesso das pes-soas à cultura”, ressalta Carlos.

Entre seus parceiros estão: Iriana Básico, Básico Homem, Conceito Iriana, Bikkini Barista, Morocco Dining Club (Maresias), Club Sirena e Dub Music.

A Me2 entertainment conta com a colaboração de Melissa Cotofre e Mayara Moran. Quem cuida da parte de produção e organização dos eventos é Re-nata Pierry.

Renata está na empresa há pouco tempo, mas co-menta que está adorando. “Quando resolvi buscar um novo desafio, logo pensei na Me2. A empresa é visionária, está sempre pensando no futuro o que é muito importante. O que me atraiu aqui foi entrar em um projeto novo, com vontade de crescer”.

Para Melissa é uma oportunidade única fazer parte de uma empresa que tem como foco a área cultural. “As propostas são arrojadas e acredito em um fu-turo promissor”.

Entre os destaques das produções estão a grava-ção do DVD de Dany Romano. “A ideia partiu do próprio cantor, que me ligou num final de semana e expôs a sua vontade de lançar um DVD intitu-lado “AO VIVO NO COLISEU” com o tema “O MEU SONHO”. Abracei a ideia e realizamos esse sonho. O

lançamento foi no teatro Guarany (hoje totalmentereformado e tombado pelo patrimônio histórico), houve distribuição de DVDs para os convidados e o ingresso era mediante a entrega de 1 Kg de ali-mento não perecível”.

Dois grandes shows também já foram produzidos. Titãs e Aliados, ambos com sucesso de bilheteria e ótima repercussão de satisfação do público e mí-dia. Em breve lançarão o DVD do grupo de pagode, Fatal.

Outra novidade é uma parceria feita com o Moby Club, que promete balançar as noites de quinta-fei-ra dos santistas. “Serão feitas várias alterações, a começar pela mesa de som e iluminação, incluindo a criação de logomarca, layout de convites, ambien-tação cenográfica, palco, pista e lounge. Serão uti-lizados elementos como: móveis, painéis, espelhos e muitas outras coisas. Teremos um DJ residente (Clarissa Pessoa), e a cada semana um convidado”, explica.

A Me2 entertainment foi responsável por organizar o primeiro workshop de DJs da região, na Unimonte com a presença de Tom Keller, Re Dupre e Leo Casa-grande.

A onda da Black music está de volta e com essa tendência a Me2 organiza no Bikkini Barista o ‘Black Chic’ que faz muito sucesso na casa.

Mídia

Em parceria com a TV Tribuna Digital, a Me2 divul-gará o que rola de interessante na Baixada Santista, com uma agenda cultural (Santos e região) em for-mato de vídeo, juntamente com um programa de variedades, onde mostra os eventos da cidade e fora dela, com apresentação de Melissa Cotofre e Mayara Moran, colaboradoras da Me2.

Me2 entertainment agrega pessoas, estilos e gos-tos. Tudo para transformar ideias em realidade e propagar a cultura.

Carlos, Eduardo e Bernardo Virtuoso

Sociedade em família

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responsabilidade social

sem olhar a quem Fazer o bem

Skopje, em 26 de agosto de 1910, ela sempre foi uma mulher determinada a seguir a vida religiosa.

Durante meio século realizou um trabalho de as-sistência em Calcutá com as Missionárias da Cari-dade, a ordem que fundou após uma experiência mística. O momento crucial de sua vida foi a titula-ção de Madre Teresa de Calcutá, por entregar-se de corpo e alma ao serviço dos pobres, vivendo entre eles. Devido a isso recebeu o Prêmio Nobel da Paz, em 1979 e foi beatificada em 2003 pelas autori-dades da Igreja Católica. A religiosa morreu em 5 de setembro de 1997, aos 87 e deixou um legado de inumeráveis serviços prestados à humanidade, e hoje é exemplo para muitos cidadãos que assim como ela acreditam que é preciso fazer o bem sem olhar a quem.

Ela se foi, mas deixou seus ensinamentos e, muitos por aqui, resolveram trilhar pelo mesmo caminho.

Atualmente muitos empresários realizam eventos, promovem ações e festas em prol de entidades ca-rentes. Ana Paula Tavares de Pinho é uma delas. Empresária e proprietária da Boomerang, loja de calçados infantis, localizada no Super Centro Bo-queirão, em Santos. Sempre que acaba uma coleção, ou sobra mercadoria, ela doa para instituições de caridade, como fez no último mês com os calçados infantis para a creche Vovó Alaíde. Ana Paula res-salta que independente do segmento, toda empresa

deveria ter um compromisso social. “Quem ajuda o próxima sente-se bem, pois as entidades ficam satisfeitas com as doações”, diz.

Em parceria com Adriana Frazão, da loja Planeta Moda, a Boomerang vai realizar mais um evento de cunho social. Um desfile beneficente que tem o objetivo de arrecadar recursos para as entidades, e também mostrar um pouco das tendências em roupas e calçados para as crianças. O desfile acon-tecerá no dia 10 de novembro, no Clube Internacio-nal de Regatas às 19 horas. “Gostaríamos de ajudar todas as entidades, afinal elas precisam. Mas dentre muitas escolhemos o Grupo Assistencial Ninho de Amor e Luz e a Casa Vó Benedita”, explica a em-presária.

Assim como Ana Paula, Vera Borges também atua como cidadã, e com suas ações beneficia a creche Vovó Alaíde, que não conta com nenhuma ajuda governamental. “Quando conheci o trabalho de-senvolvido pela creche, me interessei em colaborar, pois as crianças ficavam em uma casa muito peque-na, alugada e sem a menor infraestrutura.

“Compramos um imóvel de três quartos, sala, co-zinha, banheiro que está sendo adaptada para me-lhor abrigar as crianças”, diz Vera. A idealizadora do abrigo foi Katia Rangel, que foi criada no lar de as-sistência ao menor (LAM) e resolveu retribuir todo o afeto e carinho que recebeu à época. Hoje, como proprietária da Vovó Alaíde, cuida de 89 crianças.

A creche existe há mais ou menos 15 anos e cuida de crianças de até seis anos. Lá elas contam com café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. Quem

Figura ímpar, dona de um amor sem fronteiras que marcou a história da hu-manidade. Este ano o mundo celebrou o centenário da missionária do século XX, Agnes Gonxha Bojaxhiu. Nascida em

Foto: Tatiana Aguena

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A Casa Vó Benedita é conveniada com a Prefeitura. Para quem quiser ajudar, a instituição aceita produ-tos descartáveis de todos os tamanhos, gêneros alimentícios em geral, leite NAN1 entre outros. A entidade fica localizada na Rua Carlos Caldeira, 675 – Jardim Santa Maria – telefones: (13)3299-5415 e (13) 3299-3015.

Grupo Assistencial Espírita Ninho de Amor e Luz

Com a perda de seus filhos e dor da saudade, cinco mães se uniram e através da liderança de Flávia Aracy Tavares Barbieri fundaram o Grupo Assisten-cial Espírita Ninho de Amor e Luz. O objetivo era acolher, confortar, consolar e orientar pessoas que passaram pela mesma experiência de verem seus entes queridos partirem. Com base na religião es-pírita, o grupo promove eventos sociais, como feiras de artesanato, almoços, sorvetadas, cujas rendas são sempre revertidas para as atividades sociais mantidas pela instituição. Além do projeto “Crian-ça nossa esperança”, iniciado em 2004, que acolhe menores na faixa etária de sete a 12 anos.

Todos os trabalhos estão sempre abertos para vo-luntários que queiram participar. Além disso, eles aceitam doações de qualquer espécie. Endereço: Rua Borges, 258 no Macuco, telefone: 3224-8670.

quiser colaborar pode fazer contato direto coma creche, ou com a proprietária pelo telefone: 3464-2798. A instituição fica à Rua Cidade de Santos, 61, no México 70.

Casa da Vó Benedita

O abrigo existe há 34 anos e surgiu da dedicação de Dona Benedita de Oliveira, que cuidava de crianças abandonadas pelos pais. Ficou conhecida carinhosa-mente por “Vó Benedita”, e veio a falecer em 17 de setembro, de 1984. Na época de seu falecimento, cerca de 19 menores estavam abrigados na en-tidade, sendo que alguns foram abandonados com poucos meses de vida. Vó Benedita recebia ajuda de colaboradores para manter a Instituição.

Após a sua morte, o grupo de cooperadores lidera-dos pelo médico Dr. José Carlos de Azevedo e Maria Odila de Oliveira, filha adotiva de Benedita, funda-ram a Entidade Casa Vó Benedita, a partir de então, assumiram as responsabilidades do abrigo. Ela só foi oficializada em 06 de setembro, de 1986. “A fi-nalidade é socorrer menores em estado de aban-dono e maus tratos. As crianças permanecem na instituição até que sejam adotadas, seguindo sem-pre determinação judicial”, diz a diretora Elizabeth Rovai de França.

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bem-estar

Porque conversar faz bemNo divã

cola “cheia de pessoas estranhas”.

A rotina de garota que adorava esportes e que fa-

zia parte do time de handball deu lugar a uma vida rodeada pelo medo do desconhecido. As tristezas e decepções foram preenchidas com pensamentos ruins e descontadas na comida.

O tempo passou e havia chegado o momento de cursar Direito. Era a realização de um sonho. Ali se iniciava uma esperança, um sentido para a vida e

o auge da adolescência uma mudança de cidade fez a vida da menina de ca-belos pretos e beleza oriental, com então 14 anos, mudar por completo. Nova casa, cidade, amigos e uma es-N

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mecanismos de defesa, repressão psicológica, e por criar a utilização clínica da psicanálise como trata-mento da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista.

A causa exata da depressão permanece desconhe-cida. As explicações ainda são controversas. Mui-tas vezes essas patologias são tratadas apenas de forma orgânica, negligenciando a história de vida dos pacientes, seus desejos e angústias. O uso con-tinuado da palavra, através da terapia da conversa, pode levar a pessoa a obter uma maior compensa-ção de si.

Eventos desencadeantes são muito estudados e, de fato, encontra-se relação entre certos acontecimen-tos estressantes na vida das pessoas e o início de um episódio depressivo.

Os nomes dados às patologias são inúmeros, porém na psicanálise os casos são analisados individual-mente. “As pessoas que se analisam são tratadas de forma individual, não existe um manual que dê conta da subjetividade de todos, os sintomas são manifestações que representam algo particular a cada individuo.”, explica Arthur.

Procurar ajuda terapêutica não precisa ser neces-sariamente quando algo vai mal, pode ser um in-vestimento em uma melhor qualidade de vida. “As pessoas estão em constante mudança. A análise nos revela um saber desconhecido em nós. É pro-curar o saber que existe dentro de nós, e que ainda desconhecemos”, salienta o psicanalista.

Numa batalha diária, Carolina está constantemente em busca de se conhecer. “Tenho uma família linda que sempre me apoiou, um namorado carinhoso, e amigos que sempre estiveram comigo. Todos têm o poder de enfrentar nossos problemas, mas existem momentos em nossas vidas em que estamos mais frágeis e não vemos a melhor forma de lidar com isso, é importante ter em mente que não há ver-gonha em pedir ajuda e buscar melhorar sempre”. A vida nos leva a caminhos que nem sempre são favoráveis. Encarar os desafios do cotidiano e se conhecer a ponto de saber até onde conseguimos chegar, faz parte da jornada. Procurar ajuda, é uma maneira de conquistar uma qualidade de vida me-lhor. É valorizar-se, pois nada é mais importante do que você mesmo!

quem sabe uma melhora. Porém, ela mal sabia que mais uma decepção estava por vir. O curso não era nada do que havia idealizado.

A história acima é da secretária bilíngue, Carolina Yuki do Nascimento, hoje com 27 anos. Foi na tera-pia que encontrou a chave para amenizar todas as suas angústias.

Quando os pensamentos se tornam repetitivos e as questões insistem em rondar a mente de uma ma-neira quase insuportável. Algo aperta o peito e seca a garganta... O que será que está acontecendo? Se na busca por conhecer o próprio interior leva à con-clusões desconfortáveis algo pode ser feito.

Uma válvula de escape para sanar às dúvidas inte-riores. A terapia leva o ser humano a compreender-se e formar opiniões sobre o que pode fazer com que as situações que ainda não identificou. Se algo está obscuro, chegou a hora de procurar ajuda.

Os tons claros e neutros se contrastam com o cinza do prédio na agitada Conselheiro Nébias, em San-tos. O consultório do psicanalista Arthur Alexander Abrahão tem em cada detalhe um único motivo: deixar o paciente mais à vontade possível. O divã, no canto direito da sala é o palco para as angústias.

Segundo o psicanalista, a terapia tem como objetivo o autoconhecimento. “Aqui é um espaço do qual o cliente é livre para se expressar, ficando frente a frente com seus anseios e temores. A única regra é: fale o que lhe vier à cabeça”. Muitas pessoas se in-timidam ao procurar ajuda, pois pensam que serão julgadas, e é exatamente isso que não acontece. Cabe a Arthur o papel de escutar e, junto com o paciente possibilitar a elaboração dos conflitos.

Receio e medo de se expor, são alguns dos motivos que muitas vezes levam alguém a não procurar te-rapia. “O que precisa ficar claro é que no consultório somos profissionais e tratamos nossos clientes de forma ética e não através de um julgamento mo-ral. Falar de forma livre com o mínimo de censura possível possibilita que o analista ajude o cliente a construir um saber sobre si e resignificar seu sin-toma, respeitando a individualidade e o tempo de cada um”, explica.

Muitos são os estudos em torno da mente humana e a causa de seus conflitos. Um grande estudioso e um dos percussores da psicanálise foi Josef Breuer, médico e fisiologista austríaco a quem se atribui a fundação da psicanálise juntamente com Sigmund Freud. Freud também é conhecido por suas teorias dos

“não existe um manual que dê conta da subjetividade de todos”

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Amar uma pessoa, duas, três...

sua alma ou mesmo na culpa carregada.

Quando isso acontece, as pessoas envolvidas sen-tem-se incompletas mesmo estando com outros parceiros. Não quero fazer apologia ao adultério, mas não posso deixar de admitir que no campo da psiché os caminhos do coração são de maneira geral indeterminados por quem quer que seja.

Já que falei do coração, vale a pena fazer o ques-tionamento do que é amor? Sujeição? Dominação? Doação? “Deixe-me tocar sua alma com a superfície da palma da minha mão”, diz uma música que tra-duz instantes de amor, onde a intimidade dos senti-dos extrapola o concreto e chega à alma. Pensando assim, esse sentimento pode aparecer em situa-ções diversas e não apenas com aquela pessoa com quem fiz um contrato de vida.

Sim ou não; essa questão envolve duas situações fortes e reais: a dos sentimentos e a das conven-ções sociais.

Os casamentos, mesmo os mais felizes e completos envolvem muitas razões para sustentá-los e não ne-cessariamente o amor. Eu diria que existem diver-

sos tipos de amor.

Não me refiro ao amor universal, ao amor mater-no, fraterno ou filial; refiro-me ao amor Eros, aos amores que ligam pessoas adultas homens e mu-lheres héteros ou homossexuais. Falo de casais, de desejo, de atração...

A partir da idade média, o romantismo nos inspira a admitir apenas uma parceria amorosa, mas isso não impede que desejemos outras pessoas, pois o desejo erótico escapa de nosso controle racional. Já a escolha do caminho a seguir, o comportamento diante do desejo, esse sim é uma escolha e total responsabilidade.

É preciso entender que o sentimento não é construí-do, mas que a relação sim. Torna-se fundamental para que, sem nenhum tipo de hipocrisia, possamos nos ver e compreender o que sentimos para fazer-mos nossa escolha.

A verdade é que não existe ninguém no mundo ca-paz de satisfazer todas as nossas expectativas e conviver com algumas faltas. Faz-se necessário em qualquer relação que se preze.

Entender que sexo, paixão e amor têm movimentos próprios, e o grande esforço criativo para ser feliz é compreender tudo isso.

sexualidade

Por Dra. Márcia Atik

EEssa é uma reflexão que mexe profun-damente com nossos valores, crenças e hábitos apesar de que intimamente quase a totalidade das pessoas já viveu esse conflito, na fantasia, no segredo de

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política

Políticos com ética, por que não?

justamente nesta hora que devemos refletir e cum-prir dignamente com nosso papel de cidadão. Não podemos ficar omissos. É preciso envolvimento com a política do país, pois é dela que depende o futuro da nação.

Atualmente o acesso à informação é muito grande e não podemos mais dizer que não conhecemos os candidatos, ou que não sabíamos em quem está-vamos votando. Não podemos mais nos esconder atrás dessa retórica. Este ano tivemos eleições onde se decidem os cargos mais importantes da admi-nis-tração pública do nosso país e, por isso, temos que ter muito cuidado com quem queremos eleger. O Ficha Limpa, por exemplo,ajudou muito. Porém num país como o Brasil que sempre se dá “um jei-tinho”, é obrigatório estudar sobre os candidatos, suas propostas, seus planos de governo, assistir aos horários eleitorais e debates políticos.

Não devemos desanimar e muito menos desacredi-tar que é possível mudar. O poder está em nossas mãos e não nos apropriamos dele, o voto é o maior poder de uma nação, somos nós que decidimos quem governará nosso estado, nosso país. Políticos com ética? Por que não?

Chega de conformismo e de políticos cor-ruptos! Quem foi que disse que não exis-te ética na política? Entendo o desanimo da população quando se chega à hora de decidir quem nos representará, mas é

Há quem diga que a política e a ética não conseguem caminhar juntas. Eu discordo. Acho que é muito cô-modo colocarmos a culpa somente nos governantes. Mas e o nosso dever? Temos honrado com ele? Por onde andam os militantes políticos? Os caras-pin-tadas? (que acreditamos nós que tenham sido um movimento espontâneo e não fantoches manipula-dos por agremiações partidárias e seus interesses eleitoreiros).

Em pleno século XXI, infelizmente ainda existe uma grande fatia da população que “barganha” seu voto, muitas vezes, os mesmos que reclamam dos atos de corrupção praticados por políticos inescrupu-losos. Não seriam estas pessoas também respon-sáveis pelo descaso de alguns agentes políticos com o erário público?

Não estou aqui fazendo apologia ao voto, nem ques-tionando a obrigatoriedade do mesmo. Porém, bri-go pelo voto consciente, e não desanimo nunca da política, pois acho que podemos planejar um país com menos desigualdade social. Aumentar as ações para que a população tenha uma vida auto-susten-tável com dignidade e respeito, acabando definitiva-mente com as sub-moradias e investindo em educa-ção de qualidade.

Nosso país, nos impôs o voto obrigatório, não va-mos desperdiçá-lo.

Por Fernanda Vannucci

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etiqueta social

Diga não ao atraso!

De uma forma ou de outra é lastimável passarmos por inúmeras situações no nosso dia a dia que nos causam problemas e desconfortos por um simples atraso. A pessoa que não cumpre o horário passa sempre uma impressão de ser desorganizada, ba-gunceira e que não demonstra respeito pelo pró-ximo.

No mundo corporativo, essa atitude é muito mais grave, porque acaba gerando dúvidas sobre a se-riedade do profissional, passando a impressão de pouco caso. Além de ser totalmente deselegante. Quem se atrasa gera impaciência, irritação, raiva, dúvida e preocupação naquele que espera. Quem não é pontual, e costuma fazer isso com frequência, acaba ganhando uma fama ruim, comprometendo assim sua postura.

Em compromissos é ideal chegarmos quinze minutos antes do horário marcado, para corrigir a aparência, deixar a respiração se normalizar, colocar as ideias do que se irá tratar em ordem, beber um copo de água, usar o banheiro, enfim, se posicionar.

Acredito que muitos desconhecem a im-portância de exercer a pontualidade, seja por achar desnecessário, total-mente inútil, fora de moda ou até mes-mo por uma razão cultural.

É claro que imprevistos acontecem, mas são ex-ceções. Não ocorrem todo dia. Se você perceber que não vai conseguir chegar no horário combinado, seja elegante e avise àquele que o espera. É o mínimo! A pontualidade é uma virtude. É muito desagradável chegar tarde a um jantar em que o anfitrião espera por todos, numa cerimônia aparecer na metade ou no fim, em um espetáculo entrar depois de ter começado, atrapa-lhando todos para poder sentar-se, numa reunião é totalmente anti-profissional. Quando você chega pontualmente a um compromis-so, seja ele social ou profissional, passa a imagem de serenidade, equilíbrio e confiança. Sua aparência está sempre impecável, sua respiração acompanha o pensamento, ao passo que se estiver atrasado, estará ofegante, aflito e perdido. A pontualidade é um exercício que deve ser prati-cado, levado a sério com insistência para se obter sucesso. Pratique em todos os compromissos, desde as primeiras horas do dia. Lembre-se, se você não atrasa, aquele que o espera também não chegará tarde a outro compromisso e assim por diante.

Acho que vou começar uma campanha, “Diga não ao atraso!”

Por Fernanda Ventura

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Depois da Vida

“Qual lembrança você levaria para o outro lado da vida?” É a frase que resume esse primoroso filme de Kore-eda, uma maneira criativa de encarar a passagem da vida para a morte. Um longa metragem to-cante, sensível rico em detalhes que fará você se questionar sobre o que é realmente essencial na exis-tência e o que deve se levar dela.

dicas da redação

Blue Ray Uma história sem fim

O filme “Uma história sem fim” foi um clássico dos anos 80 e teve sua estrutura toda remasterizada e modificada, dando um baile em muitos filmes novos quanto ao áu-dio, que incrivelmente é 5.1 DTS Dolby Digital. A história, quando vemos na visão de uma criança, não têm nada de mais, mas quan-do crescemos e assistimos o filme conseguimos enxergar lições lindís-simas, com uma sutileza incrível, além da música tema que é apai-xonante.

Maycow Montemor

Filme

Tatiana Aguena

Música

Usher e Will i AM - Oh my Gosh

Com ritmo contagiante, as bati-das do electro animam qualquer pista de dança. A música do rapper Usher conta com a participação de Will.i.am, e faz parte do 6º álbum de Raymond vs Raymond, lançado em 2010, considerado o hit mundial do momento.O cantor americano também é ator e dançarino, e nos shows sempre se destaca pela performace incom-parável nos palcos. Para quem é fã de R &B, Hip Hop,Black Music,Rap e Pop o single da dupla é sensacional.

Mariana Rio

Mais culturaConfira as dicas da equipe Studio Box

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Red Hot Chilli Peppers Californication

A banda Red Hot Chilli Peppers pas-sou por constantes mudanças e por isso podemos ouvir muitos estilos diferentes em um só álbum. Lan-çado em 1999, Californication é um CD cheio de sucessos, incluindo “Around the World”, “Scar tissue”, vencedora do Grammy, e a música título do CD, conhecidas por fica-rem durante muito tempo entre as mais ouvidas nas rádios.É considerado por muitos o melhor da banda. Está entre os 200 me-lhores álbuns definitivos do Salão da Fama e Museu do Rock.

Ana Beatriz Noya

CDLivro

Érika Freire

A Paixão de Amâncio Amaro

A fluência do texto de André Lau-rentino é tão impressionante que ninguém diria que este é seu ro-mance de estreia. “A Paixão de Amâncio Amaro”, além do belo títu-lo, é uma excelente narrativa, cheia de bom humor e esperteza. O per-sonagem é um menino com mais de cinquenta nomes. E, claro, não consegue decorá-los. Além disso, precisa lidar com a rabugice do pai e o amor excessivo da mãe. O autor consegue uma prosa delica-da, retrata o nordeste com alegria, apesar das tristezas que estão den-tro dos personagens.

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o que faz você feliz?

Nas horas vagas, gosta de ir ao shopping, tomar café com a irmã, e também cuidar da beleza. Além disso, aproveita para levar o filho para passear.

Como a vida é feita de escolhas, a dentista comenta que o importante é fazer o que gosta, pois assim a vida fica mais leve e, consequentemente, agradável. No casamento, Rana acredita que é sempre preciso reservar tempo pra ficar a sós, namorar, e apimen-tar a relação. Ser honesto e companheiro.

“Sou uma pessoa muito feliz. Uma mulher comple-ta, mãe, esposa e profissional. Tenho um filho lindo, cheio de saúde e que faz das nossas vidas uma ver-dadeira festa. Além de uma família grande e unida. Os problemas sempre existirão, e para superá-los cada um tem a sua fórmula. A minha é a de sim-plesmente viver”.

Ping Pong

Trabalho: o meu Família: Abdouni Felicidade: sorrir para vida Amor: o do meu filho Ammer Dinheiro: necessário Futuro: esperança Passado: doces lembranças Presente: Embrulhado e com laço de fita bem grande Lar: meu refúgio Desejos: todos que couberem em minha mente

Rana AbdouniFelicidade é conhecer a si

Para ela, viver bem é compartilhar os momentos alegres com quem se ama. A cirurgiã dentista, Rana Abdouni, de 26 anos, gosta das coisas simples da vida: “o cheiro do meu filho Ammer,

o beijo que ele me dá logo pela manhã, a preocupa-ção do meu marido conosco, um cafezinho com as amigas no shopping, o olhar de agradecimento de um paciente”.

Rana segue sua vida colocando intensidade a cada episódio e, seguir pelo caminho da simplicidade, é uma boa alternativa para se encantar com cada de-talhe. “Para ser feliz é preciso enfrentar os desafios de cabeça erguida com maturidade, respeito e con-fiança em Deus. Assim, tudo se resolve”.

De família tradicional, ela conta que a ordem em sua casa era orientar, apoiar e amar incondicional-mente os filhos. Durante sua infância, estudou em uma escola de freiras, na zona sul de São Paulo.

Logo depois, a escolha pela odontologia veio natu-ralmente, pois sua família sempre quis que seguisse a área da saúde. “Enquanto cursava a universidade, me casei com Adib e o desafio era conciliar a vida de casada e a saudade da família. Mas venci. Acho que esse é o grande desafio da mulher, ser mãe, esposa, filha e profissional”.

Para Rana a busca da felicidade começa através do conhecer a si. É preciso saber quais são os anseios, medos e expectativas. “Quando nos conhecemos, entendemos melhor nossas limitações, e após saber quem você é, a vida traz felicidade”.

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eu vou com

Al Kabir O restaurante possui duas cozinheiras libanesas que fazem uma das comidas árabes mais deliciosas que já comi, perdendo somente para a da minha mãe.

Um ambiente lindamente decorado, com luzes colo-ridas e fotos do Líbano. Além disso, pratos saboro-sos com destaque para o fatuch, kibe cru, tabule, arroz com aletria, filé-mignon de cordeiro, salpicado com amêndoas e pinoles, ataif entre outros.

Para quem aprecia um bom kibe, a porção é pre-parada de maneira especial, deixando a carne cro-cante e saborosa. A salada al kabir, feita com be-rinjela, coalhada, folhas verdes, uva-passa, azeite e zátar também é uma ótima opção.

Depois, delicie-se com uma bela sobremesa. O ataif, que é um crepe recheado com nozes e regado com calda de mel de flor de laranjeira.

Para quem quiser conhecer, o restaurante fica à Rua Jorge Tibiriçá, 28 Gonzaga – Santos. Telefone: 3289-1093

Puerto de Palos Comida espetacular em um ambiente que faz você sentir-se na Argentina. “Lá, relembrei os momentos que passei em Buenos Aires”.

Para quem gosta de boa gastronomia, o Puerto de Palos é um local maravilhoso.

O nome do restaurante é uma homenagem ao porto de Santos, conhecido por ser o maior e mais impor-tante da América Latina.

Carnes importadas da Argentina e uma maravilhosa carta de vinhos que fazem sucesso com os frequen-tadores. Destaque para a batata assada com alho e salsinha, picanha de cordeiro, costela bovina, entre outros.

Entre os doces, a panqueca recheada de doce de leite, servida com sorvete de creme faz a alegria dos clientes.

Para quem quiser conhecer, o restaurante fica à Rua Luis de Farias, 64 - Gonzaga – Santos. Telefone: 13 - 3289-3394

Rana Abdouni

Foto: Tatiana Aguena

Foto: Tatiana Aguena

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gastronomia

Almoço de domingoPor Beth Teane

mente 1,2kg aberto em manta- 8 fatias de presunto cru- 6 fatias de queijo cremoso(brie, queijo fundido, camenbert, cream cheese, La vache que rit, etc...)- 3 colheres de pinoli dourado- 2 colheres de sopa de salsinha fresca picada- 3 colheres de sopa de queijo parmesão ralado- 2 colheres de sopa de azeite- Sal- 150 ml de vinho branco seco- 1 lata de tomates pelatos picados

Modo de preparo:

1) Estender o filé aberto em manta sobre uma tábua2) Temperá-lo com sal e pimenta e rechear com as fatias de presunto cru e queijo3) Salpicar com uma colher de pinoli e a salsinha fresca picadinha e o queijo4) Fechar o mignon e amarrá-lo com cordoné5) Numa panela, esquentar o azeite e nele selar o filé mignon6) Quando estiver dourado, retire e reserve7) Tempere o filé com sal e pimenta do reino e dis-ponha-o numa assadeira com o vinho branco8) Na mesma panela de fritura, colocar os tomates pelatos e refogar levemente9) Temperar com sal10) Para servir, esquentar o filé por 10-15 minutos no forno previamente aquecido à 240ºC11) Dispor o mignon no prato de servir, colocar o molho de tomates em volta12) Decorar com o restante do pinoli e servir em seguida

Arroz com cava espanhol

Ingredientes:

- 4 xícaras de arroz parboilizado- 6 colheres de sopa de azeite- 1 cebola picadinha- Sal- 500 ml de cava espanhol (ou vinho branco ou champagne ou prosecco)- 500 ml de caldo de carne quente, aproximada-mente- 250 ml de creme de leite fresco- 100 g de queijo parmesão ralado

Modo de preparo:

1) Numa panela, esquentar o azeite e nele refogar a cebola2) Juntar o arroz e temperar com salColocar o espumante e deixar que evapore total-mente3) Depois, adicionar o caldo de carne quente, pouco a pouco4) Cozinhar por 25-30 minutos5) Adicionar queijo e o creme de leite fresco6) Retificar o tempero e servir em seguida

Mignon recheado com presento cru, queijo cremoso e pinoli

Ingredientes:

- 1 pedaço uniforme de filé mignon de aproximada-

Foto: Tatiana Aguena

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Fotos: Gilberto Branco - Tudo em Foto

Silvana Barros

Graça Silva e Eliana RaposoPaulo Mendes

João Paulo Tavares Papa

Coluna Socialpor Renata Pierry

coluna social - Renata Pierry

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Fabiana Addario

Melba Nadais Aidar

Iná Loureiro Quintas Castaldi

Claudio Abdalla e Solange Martins Fontes

Maurício e Ana Lúcia Cury

Luiz Alca

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Cupido

o diário de Amélia

deixando os pelos à mostra. Ele é tipo charmosão, o problema é que usa sapato mocassim. Poxa, Paulão, mocassim é muita mancada. Só falta a pochete e o pente no bolso esquerdo da camisa. Usando Le Cheval, seria o típico baiano legal.

Mesmo se fazendo de durão, Paulão já tentou rela-cionamento sério com uma moça de 32 anos. Es-tava gostando, mas aí ela sumiu. Ficaram afastados por seis meses. Um dia a moça ligou para ele, e foram à praia. Paulão começou a conversa assim: “Poxa, você sumiu. Voltou de viagem e nem me li-gou!”. Ela se precipitou e respondeu: “Não, sabe o que é? É que estive pensando... já estou com 32 anos e queria formar uma família”.

Paulão, como já estava com raiva mesmo, logo re-spondeu: “olha, não penso em formar po**a de família nenhuma. Na minha idade, já não formo mais nada’. Depois disso, nunca mais se falaram.

Desde então, só se envolve com faixa etária de até 21 anos. “Mas Paulão, aonde que isso vai dar?”, per-gunto. “Mas não é para dar em nada mesmo”, ele responde.

Paulão é meu amigão, por isso, quero o melhor para ele. Também quero o melhor para Raimunda, uma vizinha querida. Esses dias o telefone tocou às 8:45h. Ok, isso não seria problema se não fosse sábado. Era Raimunda, mais uma vez querendo sa-ber minha opinião sobre Frederico Evandro, o cara por quem está apaixonada.

Calma, caro leitor, eu sou uma boa amiga, mas não sou Freud e nem Mãe Dinah, muito menos fiz curso para trazer o marido de volta em três dias. Logo, nem sempre tenho uma opinião sobre os assuntos do coração. E o mais curioso, é que Raimunda cos-tuma me ligar para que eu opine sobre coisas, diga-mos, exóticas como, por exemplo: “Amélia, ontem o Frederico Evandro estava de blu-

Tsa vermelha. Você acha que ele está mais disposto a se entregar a uma nova paixão?”, ou “No sábado ele me encaminhou um email de uma corrente para arrecadar fundos para as vítimas do terremoto do hemisfério norte. Você acha que ele quis se aproxi-mar?”, e ainda: “Esses dias o encontrei na padaria e ele me perguntou se o pão estava quente. Você acha que aos poucos eu terei uma chance?”

Desta vez, não foi muito diferente. Raimunda queria saber o que eu achava sobre Frederico Evandro ter colocado a seguinte frase no MSN: “Só sei que nada sei”. E logo ela emendou: “Você acha que foi uma indireta pra mim?” “Ah, ele acabou de colocar: “Filo porque quilo”. Será que agora ele me quer?

Ela insistia, dizia que não conseguia se imaginar ao lado de outro homem. Respirei fundo, tentei burlar o mau-humor matutino e disse: “se tiver que ser, será, o que é do homem o bicho não come, pratica o Segredo, nada é por acaso, quem espera sempre alcança, a esperança é a última que morre... Ter-minado o estoque de clichês, ela acrescentou cho-rando: “Ah, eu o amo! Ele é o cara mais lindo que já vi. Sem ele não consigo viver, ele é o sol que irradia minha vida”.

Como não consegui, resolvi ser sincera: “Raimunda, se apaixonada por um homem de verdade. Aquele que bate na mesa, cospe no chão e coça o saco. O Frederico Evandro é esquisito. Aposto que quando ele transa, fica preocupado com o topete. Sai dessa meu”.

Respirei fundo e pensei: um confuso mais outro confuso é igual a dois confusos. Era isso, problema resolvido. Apresentei Paulão e Raimunda e tive meu problema resolvido.

Foi incrível a mudança dos dois. Paulão, já não recorria mais a memória para falar de sexo. Fazia planos e até parou de usar mocassim. Raimunda nunca mais foi à cartomante, e Frederico Evandro era carta fora do baralho.

enho um amigo chamado Paulão, um 46 complicado que por ser divorciado, não quer mais nada com a vida. O que ele quer é ficar bebendo no boteco da esqui-na com aquela camisa de botão aberta,

Amélia Kafka Silva, 27 anos é uma personagem fictícia.

Pero no mucho

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