60

Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 1/60

Page 2: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 2/60

 

I ': H IiI ~ N ; l I I i" ' ! i I ' r J I O O o~ IJ W . t o rc Y < "" 'o : M I i . . . . S o m ~ " " ~ i " ', , " , ,, ~ " " " " ""~ e.n::..,GOId)fIl.Elnill:!noU~m.I.uI!II!&n"""Il<p<I ... ~J\min Hudl<fl.."

d. ...""'r.IiIIIl\\IqI~C .."H""G.brtrj(i~II.r·rv(JII.I'tII> ....ndirn.rr"'.ao1 I1 .~ ~ M .I M " ' O B h r l l o . I 'obrdlo I 'f<!J". (~''' ' .... o I o . . .. .. . ' 0 10 1 ." " 1. .. ., ( 1 1. .: < 10

(lo!il.:c&obc, '" N.... ~ dl o;.l "'l J" "" "'~ 'lO "~ ~ I 'il uk ld or .s.- m . .. . . . /aJ.

:~:=~.~~~~~~~=~w:.<:iIIJJo:I~OOI~. 'FfOII .cr .o.Gwomo~~l:>! lI ' t>:n;Rru"";':"'IIr'ft-"""_.,,Dar.l""_I~(]iWlo_""""

' NWW" ,u p e" " IE . .. , ., . .. rr t~ . < . .. . . , ~ ,

"A P AL AV RA ·IM PO ssiv EL 56 E XIS TE N O D IC IO NA RIO

DOS IOIOTAS". costum ava dizer 0 general e imperadorfrances Napoteec Bonaparte 11769-18211. vindo do scjeto

q ue ac ho u q ue cc ns eq uin a in va dir e ccn qots te- a R U $:S I< ;;

com 0 irwernc se aprosirnandc e sem cerreqar muitos

suprimentos. 0 afonsmo deveris inspirer eo manes

urn pcuqcln ho de cuidedo. A reasta que voce vs i ter

e um e ten tative de exp lorer 05 - l im ites en tre -0 possfve l

e 0 l-npo ssiv el. P ortanto . case e qente nao queira co rneter

escorreqades de propcrtbes napclebnices, e born tenter

defin jr. ab-e t de comas , on de diabos fica esse lim ite.

Para comecar: sim, e verdede ql)~nos uhimos seculos

a curiosidece cientfica da nossa especie ejudcu a diluir

e ss as b arre jra s d e ta l forma q ue a s lie ze s e ta s p are cem

ter surrudo de vez. Dizern per sf qUE quatquer forma

sufi cie n temen te evancada de tacno toqi a e mdls tin q ufv el de

magia. e decertc Pedro Atvares Cabral denuociaria boa parte

da pcputecac do pais que descobriu como bruxos se v issa

taota gente Ietendc eo cetular com pessoes a quilcmetros

de drstancia Se ate a [dade M edia a Lua e cs ptenetas eram

vls tos com o es teras irnu taveis "presas " 0 1 0 lu-mamerno.

os ecareu-cs constru ldos pete hornern hcje v is lam esses

Iuqares e ale abrem buracos ne les D e ta te. 0 "imposs ivel

es te encothendo num a velcc idede es tcn teen te

E esta ancolh endo . como voce ve l ve r 11i'!~ paginas

a seqolr. snnptesmente pcrque n6s sabemcs cada 'Vel mats

tirar pa rtid o de s le is lu no am sn ta is q ue re gem o s s eres v iv ose o U n iv ers e. Ia is le ijs muita s v t:z es v ao c en tre 0 nos s c sen se

comum . em qe-el porque etas funclonam ern escalas de

espaco ou de tem po que cs 1l01OS0S; sen ti do s nee con seqoem

perceber direternente. Se alqum di a ccnsequirrncs nos

leletransporlar para 0 outre lade dornondc ouviver para

sempre. nao sera porque essas l-e is forem revoqedes. mas

po rqu e . na tu r etmen te . etas contem ctausclas que podem ser

exptoradas por "advcqadcs de derese" as pertin hos . N eese

case. tetv ez eeja necessartc redefinir 0 irnpossfvet como 0

pctencial ta teme deste ncsso C osmos matuco e fasc inan te

I'(JIU(J(IoAll~ aHnIAWADk D ito , M._ ~ Gogj:. ~ Ortiz.

~.""_'s..dns..mpolo Eo. . u doN."ld"'.I!oo;wnd .. DAmm,""","llII

ll_.~S:-.ON4lIG:I)dHIO,(IcWt~C_~T_,!:q,ElJ:,;[I'ruI~.

l_buoN",~ ..tdloAlmdrb.M_\"ODid""/aoB&>ll!lrto:nBVliilo.lLlI4ltIM.......... T o 1 I l o I . . .. . . \·i1poIIoArr!'.W1l1lo1otb,.,...PUIII.I(lOA.!)EU.:;IONAl.oO;"O"""

J""I""'Boul_I'UIOUOOIolltAIOO( ....... O:Dlrd""l'odtllmlln_

~~ (1I>UrIO iIl'cuN I t o . . . . u~_". ~ 8MID: o-.Cl-~ 1'llnI....

HOlIri~I._,","1IDchI PU8UClDAO£HUo.lO)ovlM:-''-~>ob..Im

b:_""d.~o:.uicc\\1Iu ....AMIA""lkrItIa.c.d.I"""""".ClJ6bc..IIy.

Jolol[dQuljj.Dlu.UbRrn,..se~~!I"'M'~COA!""'R'OH!U1""')lo .... ~I"'; '"I!;o~ MllJlJ;rnHG(C~WlACAtI;GooNnlotdo","",lli"",; Lctr.:PIJrj~\i<!retI~!I

dltubi<Jol«"l'lIt<Io~I.oNtJClpo.Ed"'.~J1.A~;FIz:d.~'ad'"

l i ru < J I' ri o :A&! Jo h l ol l l . .. . G . o" '" ,. . . . I 'w "''''''C Om ll .~ '''d ''''" 'A nIo li , C 1b ol tl>!";lIf.~~ro.SIomwil1II'1nI~illJg,iIOi«lulwill.omllo ... _ """"""'"

.. .. . "b oo :'" "'I IS up ab lG .,.. .n ~.~ .( l" ~A >~ n.tur ... .;><q;I.J[[ttiI'UlNfI.O.MEH·

~{}.llJOll·ROlil~U~O!I,-G._t." ~,><l";:a..oIllt!M( ... IUIo ,S.roI,, "-'l"'B

"1!.loI;P'f«i1;WI'p",b1.""I~llm"SS'N"_~ "P""I"'~' !'.dIm...",...

C o or o " . .. . hI~r.!bhi".ColMot:~H~~I.....dJlllJbrll'>t.,., ...w•.:IUliIil:ililll

Bo a I ettu ra !

r : " I P P

Page 3: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 3/60

Page 4: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 4/60

Page 5: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 5/60

 

P ISTAS DE IXADAS POR BACTER IAS .

VERMES DE LABORATOR IO E AGUAS-V IVAS

EST IMULAM A BUSCA PELA V IDA ETERNA .

Tude 0 que e vivo metre. A mexlme e do clesslco te-

atrat 0Auto da Comp3dedda. de Arlano Suessuna.

mas nao e precise ser urn genio literano para enun-

c ia -l ao 5 6 tattou combiner a ccisa com um a aqua-

viva conhecida peto nome cientifico de Turr i top!5i!5

nutricula. Nos uttirnos anos. a crietura qetatmcsa.

que mede apenas uns POIJCOScentimetres. virou

uma praga em varies oceanos. Em geral. as aquas-

vlvas passarn por urn rapldo envelbecimentc apes

atceocer a maluridade sexual e se reproduzir, masnao a I nutricul.;. Bxpertmentos em Laborat6rio

mostraram que todos os individuos do blchc, apes

urn tempo de vida acutta, espcnteneemente rever-

tern ii i forma que ttnham quando [ovens [que e urn

ceupc. au sela, um tl.lbo tlxc com tentacutos, pare-

cld c c om ume arlemonal. De ix e-me frls ar ls so , c as e

vcce einda este]e meic contuse. Nenburna, palo que

se sebe, murre de morte rnorrida. Zero.

Naopense que a 3gLJa-viv<l e uma excecac com-

pteta. Em condicdes idea is, as bacterlas tambem

sao potencletmente lmcrtels - contlncam a fazer

sua divisao sem parer, sem quelquer- sinal de an-

velhecimento. Esses dados matucoe suqerem que

n<10M nada de Intrinsecamente inevitavet n3 mor-

taueeee. Qualquer urn esta sujeito a "motte mate-

de". ligada aacidentese predadores. mas e pcssfvetconceber modos de barrar os processes tentos que

levam 21 0 envelhecimento e a morte natural.

SUBPRODUTO

Um des clenttstas que mats botarn M nessa ldela e 0

britenlcc Aubrey de Grey, geronlologisla da Unlver-

sldade de Cambridge. Ao menos parte do que sa-

bemos scbre it biologia do envetheclmento esta do

lade de Grey. Ao centreric do que se ve em reLa~ao

21 0 crescimentc e ~ maturacac, que e um processo

prcgremaoc petos genes, 0 envelhecjmento perece

ser 0 ecumutc de erros aleaterlos no crqenlsmo.

mjnendo a capacidade do corpc de se consertar, ateque ete finetmente acaba dando peu.

'.f; por iS50 que temos de adotar uma estrateqia

de dividir e ccnqulster". arqumenta Grey. Ele ex-

plica que, quando somes jovens, 0 corpc consegue

conlrabalancar cs erros que se acumulam com

precesses naturals de "conserto". "Em vez de len-

tar rmoectr que tals danos surjam, coisa que seria

muilo mais ccmpucada. temos de fazer com que <:IS

mudancas ccntlnuem sendc lnotensfvas". afirma.

Ccnslderendc que as dancs se acumuLam em

3 Irentes dtstiotas - no ni .....L cas celutas. que nao

se dlvidem meis, no das croteinas. que se acur-w-

lam como sa fosaem "lixc texico", e no do DNA,

que sofre mutacdes indesejadas -, Grey pro poe

urn tipo de etaque diferente para cada inimigo. N-o

caso do "esgctamento" de cetclas indispensavels.

as ternoses celelas-tronco, I:apazes de essurnir a

funl):3o de qualquer- tecldc do orqanismo. pcderiam

servir como pecas de repcslcao. Virus mndllicados

fariam um passele pete DNA, censertendc 0 mate-

rial qenetico quando houvesse fathas. E bactertas

especializadas ficariam encarreqedas de navegar

pete organismo e digerir restoe prctelcos texieos.

Alem da abordagem 5ugerida pete brltenlcc.

estudcs mais apurados sobre a agl,la-v!va "Irnortal"

certamente nos reservam surpresas. Ospesqutsa-

ceres ja sabem que urn de SeIJ5 pnncipais truquee

para rejwenesce- envclve 0 fen8meno ccnhecmo

como transdiferenclaceo. ou seje. a arte de tazer

uma celula edulta ja especietizada em determi-

nada r v n c a o . voltar a adcutrjr a ....ersatltldade que

tinhe quando alnda era uma cetuta-tronco. E ctaro

que, se nao qalsermos todos vlrar urn bando de

8enjamins Buttons, ve l ser precise Intervir com

multo cuidadc num mecanisme tao fundamental

da ....da muttlcetutar, 0 premio de quem ccnsequlr

fazer i550 e a tonle da jUlfenlud@, verssc 2.0. •

Page 6: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 6/60

www.cine-master.bloqspot.com j

 

A CONExAo DIRETA ENTRE 0 CEREBRO hLJ'.': 0 E AS MAaUINAS

NAO E MAIS FIC~AO CIENTiFICA. ELA 56 P""c SA DE UMA TURBINADA.

EM JANE IRO DE 2008 , uma rrecece emericene. urn

roM jspon@seumcientistabraslleiroC-auS<lramsen-

saceo rrumdiet. A proeze foi fazer 0 cerebra cia pe-quene primate guiar 05 passes de urn encrcide do

outre lade do rrumdo via in te rn et. C i nco anos ente s. 0

m en to r d oe xp er ir ne nto . M i gu ~1Nicolelis. d a Un iv e r si -

dade Duke IEUAI. fizere dues outras rnacacas mover

urn b race ro bd ticc s o co m 0 p en se rn en to . N ic ole lis

nee e o unico neurocientista dedicado a s chemadasinterfaces cerebro-mequina. mas e certamente um

dos erpoentes ceeee area, que pretence dar vide ec

q ue an tes so era possivel ria fio ;a o - oe dbcrques.

A ideia. nasses eeteqios iniciais do usn cia tee-

n olo q ia , e qUE' pegscas ernputadas ou peralisedes

supe-,E'm suas Iimitecbes tlsices, pe!o rnenos per-

cielmente Como 0 sucessc inicial -de Nicotetis de-

rnonstre. 0 concaito em si nao E o l ao c or no uc eo o .

Braces e pemas naD se mexem sozinhos: oependem

de cornancos c nu nd cs d o c ere brc p ara a lu ar. M e s-

rnc quando a conexso cerebral com 0 carpo e inter-

rcrnpide. GS neurdnics especialiaedcs em mexer us

m errrbrus ccn rin uem Iii A n cs pter-a s tdv ida-c!e eletrice

d as celu le s q ua nd o a pe ss oe p erts e em ce m exe r. o s

cientlstes conseouem manoar esse sinal para um

computador. que 0 traduz em movimento.

Foi issc 0 que ccrnprcvcu john D onogh ue, da

Unlversidade Brown, nos EUA ovtrc noms de dee-

teque na pesquisa de interface-s cerebro-maquins

Em 2006, e te e sev s coleqas flz erem u rn te trepleqi co .

rom eletrodcs irnptantaoos no cere bro. mover um

cursor ne tela do computedor, Sao avances preli-

minares: einde felts multo para que cs clbcrquss

humancs v irem r ea tidade. A l.gur'ls desafi cs Sa\) teoc-

nclcqicos ('Iej .. a infag,Jfiw). outros exiqern maier

conhecimento sobre 0 cerebro hurner,o. Antes. de

tude, if precise acumutar uma imensa quantidade

0:'; : 'S~~5 ce e- d :ed e- d e- muitos. multos neuroolcs

ce v~~;:""'e3S:!3 cerebro. ate decifrer C I Ur.'9l,l~gem

eletr-cs .: . .2' ::-a'1da O O S movimentos humanosD e-c ~ - _-= -:-2 :meuo isso e m d ois p acien tes tetr a-

pl&9 cos c ,e 'lllE-MCOm eletrcdcs dentro da cebece.

Jil Q rilih..'"-::;;::. -trs.e crasileiro conta com parcerias

com .iii..!_l- -'i-cec.tals. entre eles n Slrio-Libanes. em

S80 Peele .• 2S5e-S locals. medicos ccletem e-SSE'S si-

nals duee-ne C -urgia.srla::;quais pacientea com mal

de Park r " I o S O r " ' o recebem irnplentes de estimulacac

cerebra l pre-er -da ltecnica indicede f10S cesos q reves

dessa dee-cal. Nos dois cases, a montanha de dados

segue pars urn sof_st icado prccessamentc. que bus-

ca pad roes associadcs a cada qesto hurneno

MAPA MENTAL

o sequododesafio E o con sequ ir q ue 35 pessces c ri em

uma representecso mentet do membra cibernetico-

uma especie de mapa l,Iirlual da protese 1'10 cerebro.

D e ce rta fo rm a. ro de rn un do j'; lsz isso q uan do us a

rnuito urn instrurnento. como urna chave de Ieoda

au um viclec - 0 [ 1 - duro e tomar essa conexac elqo

diretc. Pars isso, 0 a.oarelho preclsa envier eo ce-

rebro eeees sobre poslcac e presseo 10 e quiv etente

do nosso sentido natwat do tetol. algo que 0 corpo

faz ccntinuamente sern perceberrncs. Na protese

i nt at iq a n te . i sso e ta ra fa p ara ~ b io en q en be ris . E n -

tretanto. cabe ace neurccientistas deeccbrir como

e para cnde rnandar eSS8S intormacoes de forma

que 0 c ere bro a s in cc rp ore . I ez en d oo e p rc te se urn"

extenseo mental do corpo. S6 essim atquem com

o brace direito cbernetico, par exemplo. vei sentir

de novo a terce de urn bom ape r tc de m -ilo. P erece

co rn ptic sd o. e ra alm ente e . M as. pelo qalcpe das

peequisae nos ulthncs 10 enos. 8 prezima decade

l ou mencs l delle r-es reservar boas surpresas. •

Page 7: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 7/60

Page 8: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 8/60

 

V IS IONAR IOS QUEREM PRESERVAR

o CORPO DE PESSOAS QUE ACABARAM

DE MORRER PARA TRAZE -LAS DE VOLTA

DAQU I A DECADAS OU SECULOS

Pere judeus, cristacs eomuculmenos. todas as pes-

sees que ja mcrrerem estao em "stand by", espe-

ranee a ressurreicac dos rnortos, mas urn grupo

de 167 detuntcs nos EUA [e mais alguns espalha-

dos por Quiros tuqares do mundo! resotveu nao

debar a possibftidade nas maos de Deus. 0 ccrpo

lrueirc Icu. em algum cases. so a cabecel desses

sujeitce fci submetido a ternoeraturas de quasi!

200 graws CeLsius neqativcs, equivalentes as donilrogenio na forma liquida, pete baqateta de US$

1 50 mil. A esperan~a de tais pesacas e que, ness-ascondi~oes. seu cerebrc e orgaos sejam preserve-

dos, de forma que eles ccssam vcttar ;it v~d. como

se tivessern dcrmldc um longo 50110. 0 plano d a

urn »timc rotelrc de fic~aocientffice. l'rHils.ser~ que

tern alguma chance de dar cerro?

A respcste curta ~ um senorn "njin sabemcs",

com uma boa dose de r ... lclsmc ernbutlda na

trase. Muitos medicos e bi610gos ccnsloerern esse

tipo de tentetiva de ressurn;oi~ao como char-lata-

nismo, e os problemas tecnleos a ser enfrentedcs

sao gigantescos. Mas, ac manes em princlpio. c

raciodnio de quem detende a colocacac de racern-

defunlos na geladeira tez eentide.

A razao ersee e simples. "Pete que sabemos.

tudo 0 que os seres humanoa sao, sua ccnsclen-

cia, rnemcrias e sentimentcs. depende da base

tisica do cerebro para extstlr". dlz 0 pslcelcge Paul

atccrn. da universidade Yale [~UAJ_ A elrna. lao

rmpcrter-re para muitas religi.aes. pede al~ exlst lr .

mas, no minimo, depend ... do cerebro para Iunclo-

n ar; S ea b as e ffs ica da n os sa co ns cle ncle p ude r s er

preservada e "reiniciatizede". como ee faz com urn

ccrnputador . entac a logicOi se lo rna inescap~vel'

slrn a re ssu rre ic eo te cn otcq ic a e pooss iveL

M OR TE C ER EB RA L. PERD NU MUCHU

Talvez voce esteja se perquntando, mesmo as-sim. se nao e meio perda de tempo conqelar lou

"preserver cncqemcarnente", como prefer-em us

adeptos da prancalume pessoa que teve morte ce-

rebrat. Segundo os defensores da enogenla. como

Benjamin P. Best. da Q119americana Cryonics Ins-

titute. e importante tembrar que. mesme quando

a ativiuade cer ebral cease, a morte esta longe de

ser urn Iendmeno Insranteneo. Como sabemos

pete expenencie com transptentes de 6rgilOs, as

celutas de varies partes do corpo ccntlnuem vlvas

por varies horae: ate cs neuremes do cerebrc so

"mcrrern" de vez, passando pelo procesec con he-

cido como epcptose. ou rnorte celuiar programa-

de. apos perlcdcs bern tcnqes de tempo

Alem cisso. as orqanizacoes de crtoqenla

dlzem ccnsequlr evltar dance a s cetutes. como a

formacao de crlstais de gelo. usando substencias

anticongelantes, as quais impedem que 0 gelo se

accmute de forma danese encuento. ao mesmc

tempo, garantem a temperatura batxa necessaria

a preservacao do ccrpo. Tudo 1550pode ate estar

correto, mas e importante Lembrar que n a o 50 os

neurcnics do seu cerebro que permitem 0 tunctc-

namento da mente. 0 tipo e a quantidade de CO K

nexoes entre etes tarnbem sao essenctels. Peteque sabemos hoje. essas [JJnS-XQE!S, ou sinapses,

sao Icrrnedas per moleculas orqanicas retatva-

mente votateis, Ialvez incepeaes de sobreviver ate

a forma mals detlcada de ccnqetam ...nto.

E clare que os entuslastas da criogenia nao se

deixem veneer per- iS50. Eles apcstem no desert-

volvimentc de rcbbs microscopiccs , t:apazes de

viajar pete crqaniernc e cerrlqlr eceisquer falhas

em sinapses e outros detslhes celulares. per-mo-

tindo uma ressurrelcao eern susroe para 05 detun-

te a c cn qe la do s lIe -ja m a rs '3(")b~ i5'30 na pagina 58}.

Ainda e cedo para dlzer se etes tern raziio •

www.cine-master.bloqspot.corn j __ __ __

Page 9: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 9/60

Page 10: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 10/60

 

FRAUDE au ANOMALIA Pi:lril os ceucos. todos

supostos cssns de telepatia ecabam cetncc em u

desses cateqcrias. Ecs estudos do cerebre ere ag

nao ccrroboreram qoatquer expectetiva de que s

possaet projetar os !lOSSOS proprjos pensemenrcs

oa mente de outros OL J ceptar 0 que este na cebe

atheie - der ini~ao ctessica de telepatia. P ete rn en o

f iao sern lima ajudinha substanciat cia tecnolopia

E a chamads "tectepatie" como ccstcrna

definida per seus entusiaseas. Estudos series te

mostreco 00 potencial desse ideia.As pesqul sas cduzidas peto grupo do brasileiro Miguel Nicotehs.

Universidade Duke [EUAI, mostrarn Que d a para u

cornputadores para "deccdificer' sinais cerebrei

que indiqcern mcvirnento.Iazendo com que rnacac

consigam movirneruar breccs roboticcs com 0

rebrc como se tcssem parte de seu corpo {{eia m

sccre iS5rJ na ~por t l lg~m sobre ciborg l . lesJ.

E urn des resultados mais irnpressionantas

cape do . pericoico cientfficc Neuron. no fim do e

passadc. Um grupo de pesquisadores [eponese

USOlJ enaqens de ressonanoa rregnetke para. c

base netes. reconstruir com impressionante crece

imagens que estavem sencowstas naquele r-omenr

per voluntaries humano,;-, J~ neste ane. pesquisa

dares da Universidade Vanderbilt, nos EUA. ccns

per rnais que pcuca gerote tenha

enendo a onda do'S-oqL.lecedores

s ole re s p ara 0 choveiro. T cda a

com id a q Ui: VOte consorne. tcda

en erp le q ue voce gasla e 0 mero

fate de que voce [em urn ptanete

onde morar - essas colsas sao

Page 11: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 11/60

 

m sn eira de ler um a im agem q ue urne pessoa hsv ia

vista. mas nao estava mais cbservendo no memento

d a teitura. per resscnencie m agnetica. Em surna: a

tecnica permit iu identrticer d e que irnaqem a pessoa

estava se lembrando naquele memento - com 8G%

de preciseo Imuitc melber do qlJe quetqoer experi-

menlo de tetepatia de supostos parancrmais]

MEMOR IA DECOOIF ICADA

E o s p es ou is ac cre s e sp era rn m .. thcrar einde mais

seu'S resultados, "Pcderncs cotetar rnais cades de,magen s ce rec re is . desen vc lv e r r ne todos rn e lbo re s

para obtenceo de imagensde alta resolvcao e tenter

ceccomcer rnemcrias de imaqe ns rru ntc d rfe re nte s

entre si". efirrna Frank Tong, urn des autores do es-

tude americana. A in da as sim , e le o es te ca q ue ume

leitura complete do que S8 pas-sa na mente ainde este

be rn lo nqe d e aecntecenA s rm aqens que detecteram

estavern no cO,L , ,: ' ;: v i sua l !regiEHJ. cerebral npeoe o S

percepcao consciente da v isa 01. m as ternbrances de

e vemos a ntiq os . p er e xempto . estariam coduicadas

de forma diferenlQ no cerebro e nee poderiam ser

e ce ss ad as c om a mesme te citid eo e d e o utr as

A "teclepatia" esta num comecn auspicioso, r-es

arnda e urn caminho incerto e qlJe telvez cheque ape·

nas a urn becc sem safde - asaim como eccnteceo

com a ideia tracncionel de t et ep et ia "rrustica".

esse usc seconceric de enerqa

s olar, com o pcdem cs com prov ar

Simples-mente clhando para 0

mundo ao nosso redor. Mas que

tal se a genie tesse direto a foote?

Ese a nossa especre usa sse I)Sot

e/cu cutres estretee gal~u:ia atcra

como g ig an te sc as tome de s?

importantes revietae oentulces

do mundo, a emerlcana Science,

ha SO ;InOS. S eu prin cipal m en tor,

o flslco e matemauco britenico

Freeman Dyson, empresta

seu nome eo cOllceilo, qu e e

a humanidede tern aumentedo

expcnenciatmente seu consurnu

de energia, da queima de

p oucas ton eta ses de grav elos

po rano na Pre-H isto ria 1 1

ccnstrucbc de glgantescas

u ..mes etetrlcas rIO seculo

20. O ra, se os seres humenos

realrnente se espalharern pelo

sistema solar e oetos sistemas

Page 12: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 12/60

 

Como Iazer isso? Eis a qU1:-5t.30

D epots oa prcpcs ta ln lcle t da

"estera". enoenbaircs, tenricos e

ate escritcres de fic~.3o cientifica

se pcserern a quebrar a cebeca

ria ten ta tive de pro per U r T 1 0 1 forms

v i av e l d e c o to c ar 0 p la ne em

pralics. 0 po nte em ccm um em

tcdes as variant@$jil imaginadas

e o U50de um grande c:onjutl lo de

au peto mencs a maier parte,

do estrc. Fora esc. Q desecordc

lm pere en tre cs teu ric os .

o que perece quese certc e queaerie ebsurdemente compucacc

ccnstnnr ern e esfera so ud a em

tome de coita~a ca estreta. 0

problema n a G e nem 0 calor, jil

que Of > proponentes desse versac

tetam nurna cesca co m raio d e '1

U A le rn a unldade a:;trorlQmica

nao leria'irller=r;:ao gravilacion

significaliva com a esrreta em

interior - oU.5eja. precisaria

motores que a memjvessern

luger 0 tempe rode. sense (o

o risco d e tro rnb ar co m 0 a st

essas e outras , acrectta-se q

melhor jei tc de realizer 0 scr

o a e str ete-to rre ce e nv olv e a

Page 13: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 13/60

 

0::w rc.

UU

-0:'3U 'W"-O:f-t::UUWU)

" ' = >Q_U)

"-0: U)f-WU)o::

UJ,

U)U)

:;:(0f-:EO::ww>Ow

Zo~UJ

Z'U1U1

00

o:Eur

Wo

U10WQ_

f-W

= > : : J

20

~"-o:

'"1UJ01J)

o .-0 :0

2~00::zu.w-

0ULU

00

EXTINCAO E P AR A S EIuIP RE . di z urn velho ditedo am-

t uen ta ti s ta . Desde que d in es recriad cs p or rn eic de

biotecncloqia arerroriaerem pete primeiravez as tetas

do cin em a ria s e n e P a r q u B co s OiflOSS.3Ums, eSS2i

c er te ze c om ec ou a e sb cr ce r, = 0 m enos na irn a gina~ao

do pub li co . Ressu sci ta r ti ra ncs sau rc s a inoa e f ic c; ao

cientetce. pcrque e muito diffeR que 0 DNA resista a

65rnilboesdeenosoumaisde reaczesqurrmcas.mas

cutres cr iaturas faotas t ices . oesecerecoas h a menos

te m po , te lv e z a ie de r.ao estejem pero io es. Q ue tet ce-

velqer lim mamute-tencsc. cu baler L Ima botmhe com

um neandertal? Pois a possibilidade ~ bern real.

QLJ€ a diga S teph en S ch us ter e s eus cole g as da

Universidade Estadual da Pens itcenia IEUA I. Em no-

vembro do ano passado. eles publicerarn dadcs sobre

a recuperecao de 70% do qencrna - 0 c on ju nto d o

DNA - de mamutes que rnorrerarn hi 20 mil enos.

J a0-

s ue co S v en te P ae bo . junto com s ua e qu rp e doInstitute Max Ptaock de Antropoloqia Evotunva [Ale-

manna]. oeve dlVulgarem breve a sequencia de DNA

dos neandertais. ce ultimos boeninideos Ianceetreis

cu primos proximos do homeml a oeseperecerern da

Terra, he mews 30 mil anos E spec ie s q ue ee e xttn -

guir.:Jm ha rnenos tempo. como a belfss ima quaqa

uma prima da zebra com cotoracac averrnelhada. ou

o to bc-d a-tasm am a. um a v erse o rn sr sup ialla par en -

tada ao canguruJ dos cses. ternbem tem boas eben-

ces de ter seu DNAdecifrado a partir de exemclares

de muse us. os quais einca tem material qeoeticc.

MUTA t;OES E MAES DE ALUGU EL

~ dam qU€ obter 0 qenome resolve s o mete de do

p rcb tems. Pa ra ccrnecar . 0 DNA ten de a s e cu eb rs r

em inurnercs pedactnhoa com 0 tempo. etem de sofrer

degradao;aa - na pratica. as "tetras" qulmicas que 0

cornpoem acebern sendo trocadas OU f ieam irreco-

nheciv eie .lfrnaqm e que v oce escrev eu a patav ra BA TA

ideia e conhecida como "enxarne

de Dyson". mas eta tern outra

desvanlagem seria, A jnteracao

gra 'titac:iollal entre 0 gra{1de

ndmero de s ate -L itE s p od eria te ve r

a trequentestrcrnbeoas, difkeis

de evltar; Por rsso. urn tercero

c cn ceitc .e " eo ure d e D Y 50 n··

propoe equipar os satell ites em

tome da estreta com giganteseas

vetas Iisso mesmo. como as

e a seoonde "pemioha' do B surniu. A pelavra acaba

virando PATA. E mais ou menos isso.l Per isso. e pre-cisc userproqramas de computador para interpreter

as dados e "cbutar" qual e CIteitura correta

Mesrno que 05 cientistas estejem bastante con-

fiantes em r e r e c e c a sequencia ccrreta do qenoma,

transforrner os cades num bicho de carne e esse en-

votveurna serie de ccmpncecoes. 0 jeito mais direto

de tezer issc seria siotetizar cs cromossomos [as esp

truturas enovetedas que gl.lardsm 0 DNAI de tinade

e spec le . c rte r um nucleo c elu la r tambem s in te nc c

para abrLga-los e inserir tude isso I"u;movule de ume

especie O linda v iva aperen teda ao bicho. Na prance.

trata-se de-uma forma de ctonaqern. 0 problema eque n.ao estamos nern pertc de ccnsequir sietenzar

cromos som cs e n ucte os d e a n im als e . m e sm o cue a

tecnolcqia j i l : est ivesse dominada. se ri a p re ci se cut- e

ctune para estirnar 0 oumero correto de cromossc-mol'. do bicho Erros pcderiern ser catastrcficos para

o ernbriao e para sua aaarada mae de etuquel.

POI"COlusa de tcdas eases pedras no cemiehc.

Schuster cl z que seria mais lacil. por exemplo, dar um

jeito de "martwtizar" urn ernbriaode elefante. usendc

tecnicas de maniputa~aogenelica par-a alterer 0 DNA

nos pontes em que ete difere do pertencente a seu

prime extlnto. A diferenr;a qenetica entre as especies ede so 0.6%.o que nao quer dizer que seie mcleza. sao

18 milhiies de "tetras" de DNA para mooiftcer ..

Esqueca par urn instente. pcrern, eseas chetices

tecnicas. Antes de salr per at ressuscl tsnoo espe-

cies extintes, lernbre-se de que. em rnuitos cases. 0

ambiente em que etes lIiviam nao €xisle mals, multo

menos os qrupos de criaturas iguais IlOS quais etes

deveriern viver. Portantc. einca que urn dia ccnsiqa-

mos operar esse tipc de ressurretcso - e naca indica

que tat coisa seja trnpossfvet -. latvez seja bom per-

gunlar S8 ternos 0 direito de tazer isso mesmo. •

Com lese. cs ectetores

de en ergia tlcarlarn s em pre

na mssrna pceleec.

Se voce este echendo Dyson

doidao, salbe que ele propos

a idele. Qriginalmenle.

como form .. de buscar

<:ivi l iza~QE'5 ETs evaocedes.

que iii teriarn leito suas

Page 14: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 14/60

 

o ACOMPANHAMENTO DE INTERA t;;OES

COMPLEXAS ENTRE TREMORES AUMENTA

AS CHANCES OE SABER QUANDO E ONDE

A PROX IMA CATAsTROFE OCORRERA .

Se 0 capricho des deuses ainda pvdesse ser in-

vocadc como a causa de fencmencs naturals, as

terrernctcs estariam no tope da tiste. apeser de

urna empta rede de sensores sfsmicos e de muita

pesquise nas areas de nsco, desestres como 0 que

"'tinglu a [talia em abrtt deste ano, matendc cuase

300 pessoas, ccntinuam ocorrendo. A lmpressjio equo!'"0 unico jeito de encerar a pcssibitidade de urn

terremctc e construir predins Gue reslstem aos

trerncres e estar sernpre preperadc para 0 pier;

Ou sera que nao? Apesar- des dihculdades,

muitos geologos ecreditam que d a para melbcrar- a

capacidade atual de prevlsae, quI" permite apenas

urn tempo curto de preperaeie para a catestrote.

"Hole \lDCe conseque fazer previsoes que pcdem

v artar d e alg um as h eres a urn dia de antececencte.

mas sempredentrc de uma falxa de probabjl tdaces",

diz Joao Willy Correa Rosa, prctessor-edjuntc do

Laboraterto de Geotlsice Aplicada da UnB [Univer-

sidade de Brasilia), Um dos entreves para refiner

eases resultados tern a ver co m a grande varia«;ao

dos processes que desencadelarn terremotos em

cada lugar do pteeeta. 0 tipc de frk~ao I: ten sao en-

tre as varies l~rl11a~ijesrcchcsee acab a unpecrndo

que cs resultados de estudos numa regiao sejem

plenamente generalizados para outra.

E FE IT O D OM IN O

Sao'iBrias as ferrarnentas hoje utiLizadas para ten-

tar saber quando urn terremoto dos gran des val

accntecer. Uma delas e a ocorrencia des chama-

des tore-shocks lpre-choques", em irlglesl, abates

retativemente pequencs qUE!! pcdem suqerlr que

ume catastrcte se eprcxirna. "Eles inclcam que a

tetne geologica fa regiao de ecccnrro entre masses

de ro cha qu e o rigina 0 terremetol esta comecendc

a uberar energia em escal a menor antes do abalo

principal". diz Rosa. 0 problema e que nao exlstenada de essenctetmente "pre" nos foresnocks: sua

presence nao necessariernente proWl que urna sa-

cucldela vai arrasar a re-giao,Outre posslvet Indica-

tlvc de Ire-mores series e 0 eurnento da ernissao de

radonlo. urn ga s redloetlvo facllmente detectavet

que surge a partir de attereecee em roches que

contenoam u r e m o , '·0 terremotc vern do rcmpi-

mente de roches abelxo da superticie. rsso acaba

tevandc a produ~ao de radonlo", e>:ptica 0 geologo

Joao Carlos Dourado, que e pesquisadorda Unlver-

sidede Estedue! Peuuste lu-espl de RioClaro,

A cbave para refinar a quatldade das prevlsbes

vel ser a cornpreensac des tnteracses entre 05 ter-

remotes sucessivos ao Longo do tempo, apcsta Ross

S _ Stein, qeotisico da Equipe de Risco de Terremotos

do Servit;o Geologico d05 EUA, Stein e seus cole gas

enatiserem tremores seguidos em verios locals da

California e do Japao e cheqaram 3 ecnctusbc de

que exlste urna "transference de estresse tigada

aos terremotos que ecebam ccorreneo na mesma

talh; gsologica ou em falhes vii'inhas

G ro ss o mod o. d iz Stein, 0 que eccntece e que

o estresse etas rccbas lib...redo num determinado

tremor nac deseparece totatmente apos a mexida

de terra, mas e percialmente transferido para ou-tras areas, pouco a pouco. Dessa mane ira, cada

terremoto eo mesmo tempo diminuiria 0 risco de

novcs tremores em algumas reqlces e aumentaria

essa probabilidade em cutras. Anafisendo a histdrle

ccs terremctos em cede pedacc da Terra, serla pos-

sillet portanto, monlar um mapa detathado de ris-

co, ajvdando 05 governas- a prever orrde 0 proximo

grande desestre occrrera. Com 0 rncnitcramentc

online de dados sismlcoa e ate 0 USI;!de GPS, a es-

perenca e que a preclsao cresce- "0 rncnitoramentcde GPSjiil perrnite que VOte detecte mcvimentacces

muito pequenas do solo", etirma Dcuradc. •

www.cine-master.blosot.com

Page 15: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 15/60

 

lena delas scbreviva para gerar um novo lumQr' . di zOswatoo Keith O kamoto . pro fessor da d isc ipline de

Neuro lc qia 'E x pe rim en ta l d e U n iv ers id ad e Federal

d e S a o Paulo {U n ife sp ! e e stu do so do te rn a,

"" E as celutas-trcoco cencerfqenas possuem cer-

tee caracteristicas qve as eiudern a rosistir 01 0 trata-

memo. Etas l'@mmais ceneis de Ions, estruturas

de membrana cetuter que tbes perrnitem bombeer

para fore ca celuta os meoicarnentos. E conseqcem

reperar eeu DN A com mais fac itidade. J a que a ra-

d ioterapia meta as celu tes do tumor cecsaooo denos

ao seu DNA, esc da msls uma vantaqem as celulas-

tron co" etirrn a 0 p es quts .. dcr de U oifes p.

Os pes qu is ed ore s e ste c €5 t1Jdan do em p-cfun -

didade as cetutes-trcnco tumoreis. identificando al-

te ra cs es q en etic as que as tomarn urricas. U rne ve l:

q ue eSse perfil esteja tracede com preclsao, vai ser

pcssfvel proietar substencias que as ataquem de

fo rm a d ire ta . £ relv ez a rnaior es perance de etirrun ar

o cancer em sec ninbo e evitar seu retorno.

M as { ' l a o - pense que essa e a (m ica poss ic ihdade

e ser exptoraca por c ieo tis tes e medicos. S abe-se

cede vez m eis sobre 0 perfil qenet icc cas eetulas

cencercsas. j e q u e a tt er acb es ateatcrles no DNA des

seres humencs sao- essenctais para que um tumor

surja e se desenvolva. Se for possfvel rastrear 8Srnotacdes iniciais, aquelas qu~ cornecam a t rans-

fcrrnar uma celula normal em uma cetu ta cance-

rose. teremcs urn rneio de inlervir na doenca muito

antes de eta se tornar urn problema sene. Pessoas

"destinedas" a desenvclver urn tumor nc flrn da vlca

pcdereo ser tratadas ainda na juventude - e escaper

des p lo re s e te itc s d es sa o ce nc e lao tem ida. _

_t~)(lo_Reir'la\do JOSe Lopes

A DETECCAO PRECOCE DAS CELULAS -MAE DOS TUMORES E DE MUTACDES

PER IGOSAS PODE TORNAR A DOEN t;:A CO ISA DO PASSADO . .

o CANCER DE IXOU DE SER UMA SENTEN (:A o emorte ceria nas ul t imBs decades Iecnicas que per-

mirern a deteccao de turrores em suas fases iru cie is .

c iru rq ia s e med ic emen to s a gre ss lv os , ma s e fic az es .

es tso eiudando cede vez mars pessoas a sobrev iver

a esse tipo de doenca. Ernretanto. esses avances

ainda nao sao suticiemes para eftrmer que enccn -

trarnos uma cure para 0 cancer. Os medicos eindaPQL.lCO odern Iezer se a m otestta " reso lv er" v cttar

mesmo epos 0 tumor origina l. E , quando eta se es-

cet-ra p er Q uiro s 0f9aos, 0 risco d-e morts cresce

rrwitc. E preciso ec+er urn jeitc de eltminar, de uma

vez par tocas, as risccs de O J dcenca retcmer e. de

pretersnca. sprencer a dete-la quando ainda caLJ-

SOu poucc estraqo no orqarusmo humane.

U m des cermnhosrnais prom isscres neese bcsce

erwclve as chamades celulas-troncc tumorais. einda

pouco conbecldes des medicos e bi6 logos. Como as

celutas-tronco norms is, elas tarnbem tuncionem

como "ancestreis" de cut-es celutee. qarentinco a

p ro tire ra ca o d es sa s d es ce nd en te s, M a s, em v ez d e

d ar o rig em a tecd cs saud ev eis e necessencs. como

o eaogue ou os nerves. etas acebam servlndc de

eombusbve t pa ra 0 cancer. Nao se sabe se eras. em

sua origem , sao apenes cetutas ncrmais , as quais

vcttern para u rn e ste dc n pr im itiv o "" q ue e I ev cr av el a o

cancer, ou se sao celc las -trcn co de um determ inadc

tec ico que ecabarn saindc des trilhos.

o RETORNO DO V I LAO

~A recl dl va {o retorno d o lumorap6s su a ,etirada in;-

c i a i l e trequente pcrque eerie precise r na -ta r to de s

as cetctes-tronco turncrais. Mas basta que uma cen-

Page 16: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 16/60

 

CLONAGEM

HUMANA

09 )j

e o bte r 6 vu lo s h umenos n es sa q va ntid ad e e u rn p ro -

cessc ccmpticedc e ootorcsc para a rnulher - pcu-

cas se candidatanem a doadoras. Pier emde. apenes

eotrs 2 e 3% des geslao ;:5es d e clo nes term lrern em

n as cim en to. O s fetes q ue n ao v ioq am rrw ite s v eaee

cotocarn ern risco a vida da mae, as que chegam a

nescer sclrern de gig.anlismo, sistema de detesa doo rqao ism o m uito trace e env elheclm ento p reco ce

_IE~ t .O_R.L

R ISCOS DE SAUDE PARA A MAE E 0 BEBE szo PROVAVELMENTE 0 UN ICO

OBSTAcULO PARA A PRODU~AO DE UM CLONE HUMANO HOJE .

COP IAS D r T ODO TIPO DE MAMiFERO j. s sefrem

d es Ia bo ra to no e d o rrumdo . in clu siv e d o B ra sit. A s

p4:'5S0aS nern prestern rnais ateneao quando urn

f ei to desses e aounciado [Ate em D ub ai. p era is c

finencetro des Emirados Arabes. pesquisedores

censequiram ctonsr cma femes de dromederio, 0

ram ose cam etc de um a s6 corcove. A rdeia e crier

supercametcs de corrida ou produtores de leite.]

Mas h a uma excet;:iio nesea galeria de clones: pri-

rnatas - rrernbros do subgrupo 03 0 qual pertencem

cs ceres humenos Per motives n -ao multo bern com-

preendidos, os cien tis tes r1ao conseguiram tezer c o -pies gene!icas de macecos. e ninguem ainda tentou

a s eric clon ar um a pe ss oe , S e dep en cer ap en es de s

problemas tecnkcs. porern. e 56 coesuc de tempo.

ISSD po rque nao tem os razac para acred itar qU€

o DNA de primates como nos v a se comportar de

maneira tSQ diferente asstrn para impedir a clooa-

gem de tundcnar. 0 prccesso. em finhas gera~s, Ja

e i rnuuo bern conhecido. Q ncclec de uma celula

adults, contendo tcdas as intorma~oes geneticas

n ec es sa rie s a "ccnstrucao" de um orqanismo. e co-

to cadc no inter io r d e um CM Jlocujo nucieo , per sua

vez , le i p re vie mente arrenced c. U m estunuio etetrko

"convence" 0 mlcleo adullc <l s e fL ln d~ ra o owto e,ao m eSI110 tempo . reproqrema 0 d ito -cuio . d e m a-

neira que ete se "convenes" de que e um ~mbriao 1"10

ccr re cc d e se a d ese nv clv irn en to .

E bem poss lvet que tude issc acon teca de acordc

corn 0 sc ript actma em bumsnos. meses .d if rcu ldedes

etkes e que nac pcdem sar desprezedas. Prtmeiro.

a clonaqem hcje e multo ineficente. Ceoteras de

owlo s s ao n ec es se rio s p ara u rn u nfC \J n as cim en to .

FO RA DE C ONT RO LE?

"Eu nee se! se a gente algum d ia sera cspsz de tezer

o ccntrote direto desses problemas da ctooaqem de

'orma precise". <liz a bioloqe Lygia da Veiga Pereira.

pesquisedcra da USP e estudiosa da reproqrameceo

qene ti ce que to rna 0 nascimento de c to ne s possee t

A princroe! raiz dos problemas de saude dos clones

tern a ,re r com esse rep rcqramacao . Cetulas no r-

rn eis p re cis am d e m src ec ze s q ufm ic as e sp ec ia is ,

que ntcrrnem "

°ernb rfec. po r exernplo . sob re o s

gen es q ui:' ete nerdou do pal e de mae, R econstrctr

- es se sma rc ec be s p erd ic as p ete c lo re pe rn e mu lto

comet caoc tcomo uma mesa de scm". ccrnpara

Pere ra o-:.eprecise mexer em tentos bctcezinhos

difere~'es cara obter urn scm born qll€ e muito dificil

eprenee- C''"nO tazer esse acerto."

'vaca (I sse; impede que urn clone bumano nescs

logo w,,!s -ena'TIentesigllificaql,lemuitosofrimento

sera -eeesseno para que ele v enha ao rnondo . •

Page 17: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 17/60

Page 18: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 18/60

Page 19: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 19/60

 

PROPR IEDADES MALUCAS . M AS COMPROVADAS DA TEOR IADA RELAT IV IDADE E DA MECAN ICA QUANT IC I>. FAZEM COM QUE IDAS

AO FUTURO OU AO PAS5ADO NAO SEJAM 56 FIC r;:AO C IENT iFICA .

V IA JAR NO TEMPO E M O LE ZA . D iftc il e nao viajar

110 tempo. Note que. enquanto I e este (rase. voce

es te v iO llj8 ndo no tempo - mais ou rnencs doi$ se~

quncos na d!re~ao do futuro. para ser exatc.

Ah. , ! I i na o vale? Vale sim. Porque. desde que

A lb ert E in ste in d es en vo we u s ua T een a d e R ela tiv i-dade. s abem os q ue 0 tem po n ao e 0 pan e de fun do

sobre 0 q ual s e de se nrotem O-S e ve n los do U niv ets o.

Em vel O i5 50, ele li S IJm8 dim en sao, parecida em e$-

sencie com as Iredlcicnais profundldade. altura e

1~'9IJ["8 que tcdcs ccnhecemos no dia-e-dia.

De mesma forma que pocemos endar para em

lado ou para 0 outre em uma dimenseo especial,

tambern e pcssfvel "cammhar" pete tempo. Ocorre

que. cilerentemente do que se verlfica nas outras

drrnsnsoes. no lempo nao podemos escother em

que d ire9s-o ev ancar Parece q ue es tam os pres cs

o esee tluxo , ijnexoravelm-snl€ arrastados rumo ac

rjjlllT o. nurn rltm o defirudo 'Ii ccnstante.

Mas sera?

A prcprla tecria de Einstein suqere que h.cime-

n eir as d e r namp uta r esse arrastc O !" fC!2IU,na pre tice .

c que cherreriemcs de viagens na o convencionars

cetc tempo - ou seje. indo de um ponte a outre sem

necessaria mente ter de passer por todos as pontes

entre eles. que e o que- nos interesse aqui.

V~ajarpara 0 futuro e. 1 1 1 3 verdade. bere simples.

Beete ecelerar . 110 espaca para. teha-ranl. ace~

terer no rarrrpc. A r ela tiv id ad e d em cn str a que, eo

correrrnes em grande velocidede. aLgumas ccises

estrenhas acontecem coooscc. Nos besicerneoteefinerncs" no sentidc do rnoviment(l, ficamos mais

pesedcs e. 0 mars importente para < I discussac

desta reportagem. 0 tempo passe mats devaqar

pere nos. de forma muito sunt. mas real.

Sim, acredite se quiser. mas 0 tempo passe

mais d ev ap ar para I) Rubinho Barnchetlo ne pista

do qv e para os escactaceres na erounenceoe Ipen-

sendo bern, issc talvez e);;ptique rnuita coisal. 56

que a diterenca. nesse case, e pentezhesimatrnente

pequena. Na prance. a diferen~a e inexistente.

Ocorre que, ao viejarrncs em ritmos que ccmecem

a Sf' comparar a velocidade de tuz, esse discrepan-

cl a comet;Ba se tcrner msls l 'Io tal ,re~ , dendo origem

a urn exempto classico da via gem para 0 futuro.

conhecico como peredoxc dos gemeos

Imagine dcis jovens gemeos identicos. Um de-

les e recrutado para ser astronaeta e fezer urn vee

experimental em uma nave da Nasa cepez de atm-gir 50% da velccidaoe de tur. Ele parte. vai ate Alta

Centeuri {aestrela mete proxima do sistema solar.

SI POt,lCOSanos-luz daqui] e - volta, noma v iaqem de

16 enos. Quando rstoma. a svrprese se u irmao

gemen jil f. um idose. a beira ds morte. enquamoete erw euieceu epenas 0 tempo da vlaqem

o qw: eccntecee loi que, enquento 0 tempo

passave rnais devaqar- para 0 irmao astronauta. 0

que licou na Terra erwethecia no dtrnc normal. Oal

a discrepencia impressionante entre os qemeos.

q ue p od e s e-v ere. g ros so m od e. como u rn e v ia qem

do irrnao estroreute rurnc an luturot

Claro, eceterar uma espaconeve a 5D%da ve~

toc icede de tuz a inda nao este 30 etcence da N ess

- cere meoos com 0 orcamento atual da agencia

especiet ernericane -. mas nan h e nada que irnpeca

isso de econtecer; A Iisica dita que a velocidade

maxima ocssfvet no Universe e .a da Iuz lcerce de

300 mil km/sl. mas naca versa sobre redo 0 que

fo r a ba lx c d is so . E n tre ta nto . a siwa~ao se cornplica

rn uito rne is quando falemcs de v ie -jar' rumc eo pas~

SO ldo.A i a ccisa ben -a m esm o a irnpcssibittdade.

ON DE A POReA TORCE 0 RABO

Ha rruntos arqemenrcs. de ffsica pesade. que su-gerem a icv iabitidede de vct ter ao pas sedo. P odem os

c ita r. s o para cornecc de conv erse. que umaviagem

essirn viola ria a5 leis de conservacao de materia e

enerqia e que provave tmente exiqiria a reet izacao de

ume travessi a mais repida que a luz para econtecer

Entretento. us cientislas ii i enccntraram. usen-

do a propria I ec ria d a R e la liV Fd ad e. rneios de driblar

e ss as d ific utd ad es e Imaq in er- re eq cin as d o tempo

que. pete me -r es em p ri nc lp io . t unc io ner ism .

o principal fen8meno candidate <l d..r origem

a uma mequma do tempo e . 0 buraco de minhoca.

Primo exotica do ccnnecidc buraco negm, urn bura-

www.cine-master.blogspot.com

Page 20: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 20/60

 

texte Sebadcr NoglJeiro

www.cine-master.blogspot.com

co de m in hcca seria lim a especie de fence especial

que Ugasse dcis ,pOIHOS dlstentes e descontfnuos

d o e sp ac o-te rn po . C as e a lg o e ss im p ud es se e xis tir.

ele conectaria instanteneamente dois tugares. po-

tencialrnerae rnuito distantes do UniVH$O

Oeo rre que . pela T eo rla d e R elatlcld ade . nao eso a velocldede que altere 0 ritmo de peseeqem do

lempo. A cresercs de materia e enerqia ternbem

rnodifica como a tempo passe. Na preuce. ester

num av iao a 10 km de a lt it ude fa z . COrT I qu e 0 tempo

passe snais repido do que ester I'lO chao - colada

~ masse cia Terra. Ou. em terrnos s.inda rnals cor-

riqueiros. se voce dormir aqarrado eo despertacor.

a masse ag;egada podere perrmtir que voce accrde

um tiquinho mais tarde para e - treoather.

RIlM050lFERENTES

Ora. seurn burecc de roinhoca conecter dcis pen-

tos com dlstrlbuicae diferente de ITlaSSa, 0 tempe

passera em ritmos diferemes nes cues pontes.

Portanto. 0 que era epenas urn etetho pete especc

se lorna tembern om stathc pete tempo!

Tudo rescbtdo entao? Quase. 0 unico IgranJe

problerna e que. para urn burecc de minhoea ees-

tir. ate precise de 31gD que cs fisicos chaf!"iarr ce

materia exotica - substance q...e teria oensrcaae :::~

enerqia neqativs. Desnecesseric dizer que :-s : ~--

tistas nonce ve-arnelqo parectdc. 5H§ a;or-a _ eve

talvez sugere que a natureza "prefira- c ; : ~ es-es

viaqens eo passado nunca ocorrerr E ~:-" - :~-

rnctlvo: etas pcdem geroir paradn.x[]$-vs-A rnelhcr coise para poder enterce- ess

era e assistir 80 clessico filme de ~::.::. ;:-: -

De Voira para 0 Fuluro Nee. 'aar- =J. Fox) volta 1'10 passado e quaee

de se epeixenarem. 0 que geral"'~ s. -

Mas, se Marty deiaasse de e~ - " -

vollar no tempo. e sf s-eus peis se ---

corn issc eta voltaria a €xisli" :-

e... v o ce entendeu 0 lamanh"

No titme, Marty CORSe? -

pedir 0 peradoxo. Mas 05 c e

ccrrer riscos e irneqmar cue ~

deva berrer episddics ecrno esse. que elirninariam

a clara relecao entre causa e efeito enstente "0

Universe. Sintetizandc esse pensaroentc. 0 lam rs

fisico bril€mic:o Stephen HaWKing crioo 0 que e e

chama de Conjecture de Prctecao Cronol6gica.

urns supcsta lei ffsiceque impedine absurdos como

o peredo ao enfrentado po r M artv M cFty.

Para 0 ffsico neozetandes MatI Visser, eta laz

tcoo 0 sentido. Visser estuda a possitnbdade da

existencia de burecos de rninboce e descobnu que

orne quentidade bern pequena de materia €)(otica

jil pcderie manter urns dessas pas-sagens abertas

o resultedc traz urns perspective otirnista. em se

tratando de uma substencia que mnquem nunce

vtu, quanta mence 'IOce precisar. melhor. Mesrno

assirn. ele na~ acredlta realmente que seja pes-

s iv e l v i aj ar rumo ao pessado . -ELJsou to telrrente a

favor da Ccnjectura de Prorecso Cronoloqice e de·

fen dc q ue s eja elev ade a urn P nn cfpto de Protet;so

Crcno loq ice ". a fi rme Q pesquisedor;

Firn da historla. e nte o? T elv ez nao. Ocstern 00

:l~O cs fisteas. h a ccrses multo estranhas aconte-

cando na natureza que nos fazem pensar a respeito

co teme. Seberncs que. pera ceca pertlcuta ~ seja

ern proton, Lim neutron. urn etetron. seja qualquer

octra -, existe urns- amlparncuta equivatente: anti-

_ , ton, antineutron, positron. e assim per d iante.

o lisicc americanc Richard Feynman, um des

- ers brllhentes do secvto passado. desenvolveu

-ta serie de diag-ramas para interpreter a a~ao

cessas per-tfcutes e ;- entlparticutes e fez uma cons-

iila~a(J mtriqente: as antlparffcutes se comportam

.:etemente como sa fossem pertfcutas. 56 que via-

(i no S€nlido ccntraric do tempo - como se es-

.;ssem caminbando do futuro para 0 pass acto.

Sera que etas realrnente estao fezendo IS50?Ou

- a enes urn efeitc bizarre da i.sica cuannca? As

puntas sequem sem resposta deboitive cia parte

ends. Mas e clare que. mesmo que partku-

.esem viajar para Ires no tempo lassirn como

eparecer a deseparecer do nadal. iS50 nao

a zer que Many McFly o u seu am igo inv ento r,

Emrnen Brown. possam... •

Page 21: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 21/60

 

SALAM AN DRAS R ECO NSTR OEM

SUAS PAT INHAS QUANTA5 VEZE5

FOR NECESsAR IO . QUEM D ISSE

QUE A GENTE TAMBEM NAO PODE?

Proteses para pesscas que tiverarn brecos ou per-

nas emputados estao eeda vez rnais avaneadas e

enclentea - nao e incomum que- as meis moder-

nas permttam ate que 0 usuarlc pratique espcrtes

cnm pkcs -, mas e c ta rc q ue e ta s n a Q se compararn

ao original. Alguem que nveese a chance de ver seu

membra cortado crescer de novo certamente con-

sideraria 0 tete um milagre. E, no entanto, criatu-

res (ujo ccrpc Ii ! ccnstruido com base em principios

quase ldenticcs acs ncssos cperam esse prodigio

como quem chupa urn scrvete. Urn exempto: as sa-

tamandras. as prlrnas caudadesde ra s esapoEi. Voc.e

code ccrtar as pates detas ouantee vezas qclser.

porque ncvos membros semore 'lao o;urgk Esperar

q ue e ss as me sma s c ep ac ca oe s s ejam " ub era da s"

em seres humanos seria soehar derrels?

N ilo para K en M un eoka. profess or de bioLogia

molecular e celular de Unjversidade Tulane IEUAj.

Junto com varies cclecas, Munecka tern estudado

em detelhes como salarnendras e (Jutras crlaturas.

como girinos e ate fetes de mamlteres, conseguem

recriar total cu parciatmente seus membros. etrabathc elnda esta num patemer tecricc, mas sua

principal conctusao e bastante "'5p~ran~osa; tedos

nos pa recemcs ter ao menos 0g erme e ee se super-

poder, Ele s6 precise de urna turbinada

NA PONTA OOS DEDeS

o maior indicia disso e que, embora pouce gente

sajba, as seres humancs s.ao cepazes de substituir

a ponte de dedcs cortados, desde que naD haja ne-

nlurrna intervencsc agressfva no machucado, como

lrnplantes de pete. E clare qU09 isso nao sa cam-

para . a capec idade des sa lamendras . E' ° trabelnade Muneoka e compentna tern mostradc, em d eta -

thes , como e tas conseguem. Quando.a p ata d e u rn a

salamandra e d ece pe da . tu de c om ec a d e um [e lto

mais ov mencs igualao que se ve entre pesscas , 0

sangue estanca e forrna-se uma especie de " ce sc a

de machucado".Apartir d af.e c ots a mud a d e figura.

o passo seguinte do anffbio e construfr. na reqleo.

o chamado blastema, uma especle de "embriac

de membrc" cuic desenvctvimentc espelha. em

grande parte, a form,"~aooriginal de peta dela.

Os stores principals desse processc parecem

ser cs chamaoos fibroblastos, urn tipo de celula

que tembem participa de cure natural de ferirnen-

tos em seres humanos. A difereru;a entre nos e as

ealamandras, no enlanto, e que cs fibrobtastcs que

sao recrutados para 0 toco de membra detas pare-cern adoulrir uma fei~ao prtmjtjva, atlvendc genes

que norrnetmente 56 funclcnam durante 0 desen-

votvimentc embrtonarto. lssc permlte que eles se

torr-em versetels, prcduaindc tcoc tipc de tecldo,

como cartllaqens e OS505. a que ajuda a remcntar

c rnembrc perdido. Outre ponte lmpcrtante e que

essas cetutas trocarn rnenseqens entre sl. de forma

que "sabem' com precisao em que parte do resto

de membro estao. Nao h a risco de uma pata corte-

da na altura do cotoveto. digamos, crescer de novo

como se estivesse ccmecando a partir do ombro.

Entiio, quat0

problema com cs mamfferos?Parte da resposta parece ser- lerdeza. Estudcs

com embrices de camundongos revelem que eles

sao capazes de formar blastemas. mas 0 fazem de

forma tenta. 0 que impede e reqeneracec comptete.

Outre problema e que 05 nbroblastos de animals

como nos tendem a crocunr grandes cuantlcades

de matri:z extracelutar luma especle de cimento

biclcqicol, que ecaba encessando a reqenerecac e

fermando urns cicatria. Portanto, 0= pesquisadcres

ja sabem 0 que tazer. E precise Behar meneiras de

ativar cs gen.es "primitives" do locac ria arnputecao

assim que 0 ferimento eccntece. Etes esperam tee-

tar a ideia daqui iii uns 5 ou 10 enos. •

Page 22: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 22/60

 

d e e ng en h an a ta o rru ra bc te nte : a a de qu ac ao d e um

p lane ts in te i ro as recess idades humanas. tomando-c

habitevel. t: ; 5 50que def ine c c cncei tc de t er ra fc rma -' tao. 0 qual. provavetmente. @ 0 unico carnmho para

que a ncssa especie consiqa colonizer cutres ereas do

sistema solar elem do nnsso planetinba natal - sem

Ie ta r. c lare. n os o utros es t-es q ue n os es pe rem em

reqtdes m ere cistantes d e V ia Lectea

o problema e consecuir epoio pol itico e recursos

e co ndmlco s p ara e ss e tip o d e p ro je to . S e iii explora-

c;aoespecial de hoje pareee care. o s p ro je te s d e ter-

ra.forma~~o cheqam a urn patamer bern maie alto

e preclsariam de urn eslorro coojunto rnundial sem

oreceoentes. P ar is so . e eu b criz cn te m ais provavel ede veries decades au ate de secutos no futuro.

QUEM SE HAB IL lTA ?

lssc posto. quem sao os candidates no sistema solar?

Urna raoida passada de olhos pete noasa vilir.han~a

cosmica mostra que a c ois a este meic Ieia. Marte emesmo 0 menos ruim des candidates. pete visto.

Menor que a Terra. mas na~ multo. frio pra burro.

mas nao m uitc m eis que 05 piores luqares de A n-

ta rtid a. M a rte p re crs en e d e 3 c ois es : e nq ro ss er s ua

atmosfera. m od ificar a composicao deta e ficar m aisquente. Doter 0 ptaoete com armenos rarefeito ajuda-

ria a e vira r a p erd a de agua para 0 espacc Ii crcteqeria

o astra de lorrnas nocivas d€ radiacao solar.

Pa ra comece r 0 pmcesso. existem dcis qrsndes

cer runh os. 0 p rim eiro eerie " reb ocer " aqua e m eta no

de outros locais do sistema solar l como 0 cinturao

de Kuiper. cheic de pequencs astros feitos de qeto.

e as luas d e S atu rn o. q ue p cs sv ern rn eta no O J rcocl

e bcmbaroesr Marte com essas substenctas. Tantoa

agua quantc a meteno. quando veporizedos. sao po-

tentes qases-estcfa. au seja. ajudam a reter 0 calor

qeraco pela IU ld o So l nee prcxhnid ad es d a so pertkie.

iquatnnho <1 0 d rcxi dc de car bone e rn itid c pere s esca·

pamentos des carros. que tanto preocupa a humani-

dade ho je . Uma estralegia rnencs bracal, E ' lalvez mars

esperta. envclve minerar 05010 marcianc Ii! usar seus

compcnentes para pmduzir periluorncarbonos IPFCsl.

substancias que tambem sao qeses-estcfa poderosis-

Page 23: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 23/60

 

sunos. Esse e a proposta de Chris McKay. cientista do

Centro de Pesquises Ames. da Nasa. McKayestima

que O J fase inicialde terrafcrmeceo rnarciana dure uns

100 enos. Conforrne 0$ PF Cs co mecarem a esqueo tar

a etmosfere de Marte. qvantidades constdersveis de

gas carbonico presas nas celctas cclares, na forma de

gelo seco , \ lao vo tta r pa ra 0 e r e po ten ci eli za r 0 pro-

cesso. Tudo iaso levaria a outro efe ito m ulto cesejado.

a pres en ce d e aqua n e fo rma H quid a.

Nesse pcnto. ialllez,a tosse possfvst a intrcducac

de mkro-organismos de origem terrestre - besice-

mente danooacterias e algas rnkrosccpices. com

cspacidede para transtorrner 0 gas carbonico em

oxiqenio. A grande incoqnl ta, porern. erwolve a im-

portac;ao de nitroqeruc para a atmosfera rnarciena

Esse gas, que e 0 rnais abundanta no nossn planela

le qu iv ale a me is de 70% da nossa atmosfera), ajuda

a estebilizar reecces quimicas e evitar que o o x i q e m c

saia d o contrcte po r aqul. T alv ez seja possfv el traze-

(0 d o sistem a so lar exterior. 0 prccessc redo levar ia

dezenas de milhares de enos, mas pmduziria a[go

inestimavet. um novo lar para a vida terrestre. •

Page 24: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 24/60

 

SE 0 CEREBRO ABR IGA 0 QUE SOMOS , CR IAR COP IAS V IRTUA IS DELE

PODE SER 0 PASSAPORTE PARA UMA CONSC IENC IA INDESTRUTiVEL .

"ESTE CORPO NAO TE PERTENCE MA IS ", alqvem

poderta the dizer, quando 0 upload de SUo rnente

ern urn mba for concloidc corn sucesso. nurnaespecie de reencarnsceo cibernetics que podera

toma-to imort.aL Maluquice? E so uma cuesteo de

deixar 8 imaginao:;;~o Iluir 8 sepoir 0 recicclnio de

alquns cientistas que acreditam que urn oia. ainda

rnuito distil nte. 0 transplante de mente sera viavel

J a dB para perceber que tazer 0 upload da

me rota inteira pao.-a uma rnaqeine sera fichinhe se

ccmperado ac download do sistema que- rode em

ncasu cerebro e cujas especiticacoes ainda mal

ccnhecemo s. Se bern que este uL tJmo detalhe reo

preocupa n ernericeno Ray Kuraweil. um dQ5 rneis

lmpcrtaotes teorlccs de essunto. S e-gun do de, nao

s ere p re cis e d ecitra r to do 0 f un c ic n eenen to men -

tel pera pooer cople-to . 0 grande deseflc e a co ola

em 5 01 , 0 1. ] m elb er. a Ierrernente que d .sra. co ree de

reproduair lietmente 0 emaranhado oirtemico de

redes neureis do cerebro humane; em pedes de in-

teligencia art if icial de computedores.

R EENGENHAR IA POSTUMA

Ume dessas possiveis ferramentas eoa ressonancia

magl'letica JR M). N ao .g que temos hoie, mas u rn a

b ern rn ats s cfis tlc ad a. q ue -re ve le a a rq uite tw a n eu -

ra l. a le 0 ru ve t mctecuter. E la po de rle s er us ad a de

lerma in \fas~va cu n ao iriv as -iv a. N o p(imQiro C3S0 ,t ra ta -s e de u rn p rc cec ir nen tc p os t mo rr em , em q U E ?

Ie tia s lil)is s~m i'l'" d o c ere bro s ariam e sc en ea de s

D ep ois . a s in lcrrn aco es s eriam in te qra das p ara a

construciio da rede artificial. e a men-te do fajecdo

c ere br a p re c.s a eS i..r m tactc. e n in guem saba em

quoS circunstencias vai morrer; Urn aciderae que

cause perde parcial au total do cerebro ou uma

doenca neuredeqenerativa des mais graves. como

o mal de Alzheime r, po. exempto. pcderiam arrui-

nar- us planes do cendidato ao transplante

Per isso. us metcdos nsc mcesivos devern ser

preferfveis. Alern do meia, com 0 sl)jeito vivo. 0

cerebrc em . 8 t ; : , a O eerie escaneedc. 0 que rnelhorar-

is a quelldad e d a cecta. H an s M o ra ve c. o e U n iv er-

sidede Carnegie M ellon IEU AI. descrev e urne cene

desse l ipo em se u livre I - Iomens eoRoMs . Voceesta

ccn scle nte n um e s ela de opers ~.§ o e urn ro-bO .q u e

ternbern ~ um eqoipernento de RM. esceneia :<;~u

ce re bro e .;10 mesmo tem po e scre ve 0 programs

qu~ ~ uma rep lica do seu tuncionernento mental

[lssc "ode o erncrar algumas heres. mas 0 qu e eu m temp in ho oesses diente ce grande prornesse da

imortatidade'il. 0 proqrarne e entao instatado e tes-

tad o no m co rnputeo or. Sua mente esta ocpuceca e

o r \ lbO-CLrurgiao checa se \ , . o c : e esta setisteito.

Supondo que esteja tudo certo. sua mente arti-

ficial pede ser Iransfer~da pare urn endroide ~3te l~

etes sereo identicos a nos . ou quasel. Reste saber

c que sera teito de voce em carne e osso. Opcao

1 :: crsoensa- 0 corpo e cwtrr as delfcias da imor-

te lldade com o um cibo rque. Op~ao 2 : esperar oeta

m nrte n atural para s o depois us ar 0 b ac k u p men -!al. - neste case, tude 0 que passer per sew cersb rc

depcis. de ccpia sere perdido, mas isso pod", Ira zcr

ccnnitcs de i ds n ti oade. Nem e p rec is e d ize r que as

impticeeoes eticas do trensptante de mente. SIl urn

di a for realizadc. serao gig<m legc:as •

Page 25: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 25/60

 

A TEO R IA DA RELAT IV IDADE

e e es te ete in lle xiv el: n ed e p ed e

viajar maia Fapido que a tuz. A

veloctdade maxjma permit.da

no Ilrtjverso seriarn ce teis 300

mil km/s. e clhe que ecmente

partfcvlas scm masse lcernc as

que ccrnpeem a luz] pcdertam

cheqar L a . Alberl Einstein cheqcu

a esse ccnctusec ao ecoeuee-

matena e enarqra. como cues

faces de mas-rna maeda, na

versao de sua leo ria ccncebida

Page 26: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 26/60

 

o PROJETO MA IS AMB IC IOSO DA C IENe ~ : ; _ = ~ ~"ODUZ IR ENERG IA

IM ITANDO AS FORNALHAS DO SOL AQU '.!~ = = = - ! _

COLO CAR UM PEDA ':;:O DO SOL NUMA CAIXA nao

parece uma idela la rnujtc esperta, MOI~ pede muito

bern Iuncicnar - afinal. ninouern prcrnete invesnrIJS$ 6,5 bilhoes num proieto achandc qUE' ele vai dar

chabu. como file-ram os parses qu~ estac tentando

construe- 0 prirneirc reator econcmicemente viilVel

de- tusao nuclear ria cidede frencesa de Cederecbe

Conhecid o com o lie" o aperelho dev e fleer p ro nto

em 20 1 B e mcstrer se lisle a peoe recriar Q processo

de g -e rs .; so de e re rp la des estretas a qu i n e T erra .

o Iter e so urn cos pianos mirabotentes pari

cooptar a enerqia esteler. mas conte com 0 diteren-

cia l de ter as bases teoricas e expertm enta is rn a is

sotidas. A f ' \ . . J s a o nucleer e 0 processc 11 0 quat C IS I O- Sr

tretas tazem "qruoar" .,HomQS uns nos ounos . pro-

d ua in dc a tcmo s rn eis pesados l o u seja, com maior

quaruioade de protons e neutrons em seu rurcleol e

quantidades cclossais de enerqia. Urn punhadc de

lebcratorics planets afore ja COJ1s-egI JIU f ezer esc e

co ntro ler ev eo tcs d e to see em d herentes escatas.

DANDO LUeRO

o problema. real, portanto. e tazer a coisa dar tucro.

0 1 . . J seje , o bte r c ia fu sa c nuclear m ais en erq la do q ue

a qasta par~ inicla-ta. a objetivo do pessoel do lter.

per example, 8 ter um fucro enerqetico equivalents a

a m Hlvezes a enerqia que inicialiea 0 rea tor:

a qasto enerqetico iniciat e eltresimo p{lrque nao

da para simplesrnerue colorer dois nuclecs a to rn i ccs

um do ledo do outre e esperer que eles se juntem

nurn s o , a s protons . oerucules de cerqe positive

que "rnorem no nucteo. tendem a s€ etaster - tal

como no mundo cas pessoes. sa-o s o os cpcstos, e

~ se atraem. Per lssc. 0 prirne'rc

:: ec.ecer os atomos que serao fusions-

des __ "::_= - ~ - _ ~ .ama rnistura de deuterio e tntio,d . 0 0 : 0 : : -0: :- _- e; -::eternento qui-nice hidmg~niD qw:

o ; a , c ~ - - a-ec.iedas pSi IO l ~!;<;.a - S l ~ f a . ~

- ::a -- -a case des 100 mithoes de qraus eel-

S ol '5 ass. - ::"'""0 uma especie de "[euta" mecnetica

'I.e c-e-ce :5 etcmos num €spa-;:o confioaco. taz

COr'" • _ . = : :"S etcmcs de deuteric e trftio Iiquern tao

p!"6~ rrcs _ -e de s Q uiros [csrca de 1 m etre d iv idido

pcr " ~ -Ies! quO!a repulsao deixs de ser dorni-

nen:e :.. ~ di5t~nci3 ridrcuta. quem mends Ii ! a

force m .. - ea- forte I t a . E!U sei qml 0 nome 4 hOr,j·1I8LJ.

resporea e; por manter oa ruicleos atbmico .. we-

50'>_ A 'crra nucleer forte taz os atornosqruoar -

E!

promo. a magic-a do interior das estreles esta feita.

G';_,j~ndl)deuterio e tntic grudam urn riO outre. 0

resuttedo e 0 sur qimento do e te rnentc q lJ im ic o' betic.

de neutrons lpartfculas de nucteo etdrnico. come os

protons. mas cliJa carga e neutral e de ouantidades

cevaleres de enerqia - milhoes de vezes superiores

as enerqies de ume reacso quimica comurn ,

o pessoel do Her planeje "convencer" os etc-mos de deutertc e iritio a s-e juntar corn a ajuda de

correntes etetrices poderosas. ernissbes de rJidio e

rnicro-cnoas e uma iILie~ao de jatos de hidroqenio na

mjstl!Jrs. tude para rranslorrnar 0 interior do reetor

em pla sma, 01,1g .e s s upe ra quec id o. Tud c indica que a

cberneda "fusso- a quente" e rnesmo 0 lJnico [eito de

tazer a ccisa tuncioner -algumas pesquises rnostra-

ram a POS51biLic: lad€de "tuseo a frio". mas 0 processo

e incapaz de prcduzir mais ererqie 00 que desperde

e . p crta ntc , d ev e 'Set i f i u W eccnorn icamente. •

no universe. A reorta de Einstein

/ demonstra que. quentc mars que suqere urn .. manelra de mats rapldes que a luz

;/;. nos apruximames ca vetecloeee dribtar a tecrle de Elnsteln e em vlotar a retatlvldace.

% ria lu~.maier fica a nossa masse. viajar meis rapjdo que Elluz. 0 C-ome? Eae. em ..ez de

e rnais enerqia e . necessaria para truque e user as prcprleoeoes eceterer a neve toucamente.

% ecelerer ainda mals de enerqia infinite, esse ~ 00fun do ~~t~~:S9t;~i~S~:i~:.t~~~~~~~s':ara ~~~~:t:~:~~s~~:~~::~:~t~

: % \leto~~~~:i~: ~~~~~e :~ : :~~a j Q g O N ~ : ~ : ; ~ ~ O~ s ~ : ee : K : ~ ~ O de qu~. sequndo a teona. nac perccmda. memputenoo

:: .:: : Iicena inFinile! e e:.: i-gir iOienerqta Miguel Alc:ubierre, lnsplraoo e So 0 tempo que e relative; < I : : ; dimensdes do E!SPilo;.O?

/ infinite P O I , C 1 sequir acelerendo. pete serle de TV )ortlada nas as dimensdes eececieis Perece urn truque totetrrtente

;/; Como ainda nao inventaram Estr .eias, em 1994 ete radiqiu urn - ccrnprimentc, altura E! lore ..do. dito de ..!XI maneir a.

/';- nenhurna lonte esrudc. pubtleeoc no concenuaoo pro!undid03de - t03mbern sse. mas pocena Iuncioner.

Page 27: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 27/60

 

>I A r O M O s NA PANELA

a dis lim cia perccrrida pcceria

se r g igant f' 5c ;; I . Na prenca. lsso e

viagem mais rapidiil que a luz. 0

ustco menceno demonsirou que

lssc pederia set teitc sam vinlar

nenhuma lei de Ilslca. Mas exigiria

3el:istilm;iade'·mOlleriaex6tica··

uma Hpotetfca substencla que te-te

a prcpriedade de ler deoaldade

de energia neqatlva. E ssa mesma

subs tancia tarnbem e exjgida para

prepriedade - e por esc. na

pdlicSl, viajar mais rapido que

cartes cistentes do espercl a tuz continua tao lrnpcssfvet

Pete que sabemos, cs buracos quanta na epoca de Einstein.

:e rmnbcca nao sao uma violCl(:30 Mas. ac rnenos. ha de

CIa -etarotdede. Fensmencs CO ':"l'"'>O cor-v ir que a chance de

cs ccreccs de rnlnhcce temcem encontrar algum tipQ de

~- • ram ' I, IOOS eparemerneete

~:. S _ ozas que os 300 mil krr- s neqatjva perece mais

~; _ a-tenteres". Lam~nl~~·... pw...ve t do que a

ce-e :s eetuslastes dacoloni:a-:i::: de obrerurnsfonte

±- ~ e-sc, nenhum tipc de -'3f¥""3 •

Page 28: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 28/60

 

o MELHOR CAM INHO PARA TORNAR

OS ROBOS MENOS BURROS

TALVEZ SEJA ENS INA -LOS A V IVER

EM SOC IEDADE - IGUALZINHO A NOS .

Em 2 0 en os , as m aouin as s erac capazes de-faaer

tude 0 que 0 hcmem pede fazer", dlsse 0 psiceloqc

arnerlcanc H.A. Simon. um dQS picneircs da in-

teLigencia artificial flAl. Mas !SSO foi em 1965. Pre-

visoes desse tipo ainda sao comuns, s6 que sua

reetizacao sempre e . . diad a para urn futuro mels

ou menos proximo. Afinal, as sonhadas maqulnas

intetigentes sao mesmo possiveis?

Para muitos especiatistas, 0 ideal segue firme

e forte. mas e preclso corrtqlr a rota. pels iii IAtern

telhadc oe sua prcmesse besica: construlr urn

sistema inteLigenle de ccrnpetencla peret, Para

etcencar esse objetlvo. e precise que ete sa com-

porte de forma autonoma e ftexfvet em emolentes

dlnarnlcos e imprevlslvels. Em outras palavras, a

inteUgencia soclat leu erncclonatl ti l 0 novo norte

edotadc peta IAe pela robet lca no eeeute 21.

A guinada rumo a rcbse "sociaveis" val na con-

tramaode uma t endenc la que do rn lnoues pesqul sa s

nas ultimas Mc.adas: 0 desenvolvimenlO de ccmpo-

n en te s q ue imitam 0 ccrpc e 0 ccmpcrtarnento hu-

mane. Reconbecime-tc de YOZ , de luz e imaqens e

sistemas que perm ~e"""a tomada de declsdes sao

exernptos cnssc. Nik: tc: perda de tempo, clare. Es-

sas peces de IA perrt-eisr-t n0550 cotidiano Iautoma-

~ao industrial, logisliUi de transpcrtes. softweres,

games e tc .l. m as e h era de integra-las e fazer as

rrequjnes aprender regras soda is, comportar-se

de acordo com elas e, Inctusjve, snbverte-tas, como

tambem e proprio de quelcuer aer humane.

MAaU iN A S ES pmTAS

Alguns reese cnados per Dane Ftcreano. do lnstl-

tutc Federal de Tecnologia de Sufca. jo 3 sao capezes

de ajudar cu s acan ear s eus s em etban tes . 0 cten -

tiste se inscirco numa estr ateqie da natureza. Os

primeiros rubes receberem 30 genes [codiqos de

pr()grama~aol que cs instrl.llam a s e rn ov im en ta r

conforme a luz do ambiente. no qual bavia fontes de

alimento ou de "veneno" [que carregavam ou des-

carregavam suas baterias. resoecttvamentel. En-

I'ao o s gen es dos q ue s e rn cs treram rn ais aptos em

obter-enerqle foram recornbinedes para dar erlgern

a descendentes. e ass im suces slvern en te. N a 5 0·

gera~ao, alguns detes, epresentedos eo mundo em

2008, n ao apena s indicaram as fcntes d e a dmen -

10 ja ccnhecides iii aigulls colegas cornu tambem

jtunirern cutrcs, dlreclcnande-os a.te 0 veneeo.

E lb o t e cu tr c re pre se nte nte d a n cv ece ra ca o d e

robes espertlnbos-. um chetbot, na verdede. lsto e,

u rn ch at ro bd tic o. E le ficou tamoso no ana passadc

ao pertlciper de - urn concurso na Universidade de

Reading (Reina Unidol baseadc nurn princfplo do

maternatico brjt~nicoAlan Turing 11912-19541. No

teste de Turing, [urados humanos trocam mensa-

gens simuttaneamente com uma maquina e uma

pessce. s em s ab er quem e . quem. S e n aa puderem

fazer a distinc;ao, 8 int~lig~ncia artlficlal e com-

parsvet a humane. 0 IrOl1iCOElbot confundiu 3 dos

12 jurados e tevou 0 orsmro. Seu grande Irunfo tel

conseguir improvisar piadinhas.

A maqulna 100% lnteligente (segundo 0 teste

de Turing] alnda deve consurnlr algumas decades

de pesquise, (I que nee impede a reeotcac de cer-

tas orevrszes tuturistas. A mals exotica vern do

brilanico David Levy, eo-or do l ivre Love and Sex

with Robots (200'7, inedito no Brasil]. Segundo ell",

em 2050 as pesscas estarse lazendo eexc com

androides e ate se casandc com etes. Nao perece

multo excltante. mas, se cheqarmcs mesmo a

esse ponte, tall/ez esses iobo$ sirvarn pete menos

como estepe numa ncite sot~tarja... •

Page 29: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 29/60

Page 30: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 30/60

 

<-. ,

g _Ot})e!)0 .3we!)

0 : :0 ~__J

j0: :E-wCOt})0 &wO::

~:;)

OW

OZ

«(j)_JZ-:;)

LL(!)

«_j

tJ)::EWLLJf--N

Z-«0

:: E 0 : : '

0«f--f--

0 : : < 1 1

«0(_)Q_

W<!

(j)W

00erO-0u

CO

:: E:;)

u«: : ; :

o N BO A-N OIT E C IN DER ELA", !aO tem idc n as bela-

des mondc afcra. ialvez seja substitudo no futuro

per um ingrediEmt~bern rneis periqoso. que vai in-

teresser muitc a quem qeer se aprcveitar da vitima

po r lo og os p erfod cs . E stemcs fa te nd c d e uma pocac

doamordeverdade. baseede nos detalhes bioqulmi-

cos meis pro fu nd os das em ccoe s h uman as e prcn ta

para prcd cnr paixo es ,nstant~ neas. au quase.

A pos sib ifid ace d es se p la no msqu la ve tic c ra i d e-

fendida recentemente pete pesquisador arnericanc

L arry Y oun g. de U oiv ers ica de Emory. n crn artiq o n a

p re stiq io sa r ev isla c ie ntl fica britanica N ature. YOU f1 9

ja tern ate os nomes deelquns possfveisinqrecientes:

c s h ormbn io s v as op re ss in e e o xltc clre , e nc cn tra dc s

em h umao os e em v arie s ou trcs m arn llercs .

CO ISA DE RATO

A h ls tM ta d e d es cob erta d es sas s ubs ten cies e lud e a

eotender per que etas 5.30 candida las a inqreoiente

auvo de errerracao para 0 emor; Aentocina e Iibera-da no organismo em suuacaes como parte. eleite-

mente materna e culdadc de bebes em mamiferos,

fortetecendo a [igao;:o3 o entre mae e I ii ho te .

A oxrtocina mteraqe co m 0 centro de prazer do

cere bro. fa ren do comque 0

bicho em qoestao sementenha motivado a edoter 0 compcrtarnento "ca-

nnhosc H _ E l a t amb e rn o S co nb ecid a co mo 0 hormdruo

da contiaora, 0 que ja tevou ate algumas pessoas

a sugerirern 0 IJSO da cxitccina ne forma de spray

durante neqociacbes diptcmericas, ern especial as

q ue en volv em parse s qll€ norrnalmente SiS'odeiem

Hm aqine qua rnarav ilba isso Ie r- te pera isreetenses e

patestinos. S6 s en e p- ecis o e viter a p articip aceo d e

d ip loma la s g ra vid as n ee neqoc ia co es , p crq ue a c xi-

tccina tarnbern [evaeo inkic do trabalho d€ parte ..J

Ora, o s c ie n tls ta s desccbr ir am 1 ; 1 0 e stu da r d ue s

e sp ec te s p rc xim smen te a pa re nta da s d e e rc an az es[rattnhcs do campo do hemisreno norte]. que a oxi-

tccioa faz com que a ferneCl de urna des especies de

rcedcres erie urn forte elo ccrn seu macho. lsso aeon-

Ieee na especie de arqenez que e naturatrnente n e tac contrerio da outre especie. que normatmente eprcrruscua. 0 hormcnio tambem e liberado em seres

hurnanos durante 0 ate sexual, em especial quando

cs s eics e a v agin a s ac es tlm uledo s. pro va vetm erue

como mecanisme P=r..l eumentar 0 elo emocionat

entre cs parceiros (e derrubando o mito de que "sexc

sem amor" e totatmente possfvell

VEZ DOS MACHOS

vo l tandc0105 nOSSQS

arq ere aes. cs pe sq olsed oreetambem descobrirem que os machos da especie

rncnoqerna desees roedcres p05s-uem urna variante

especuica do recept-or da vascpressma. substartcta

qu im icamsn te semetban te a oxi toci ea . Esse va ren te

do receptor da vascoressj-a. que tuncione como

um a "tech acura" q ufm ica q ue perm its 0 en caixe do

hcrmdnie nes cetutes. fez com que assa subslancia

luncicne de maneira especltica no sistema nervoso

dos bicbos. levando ec cornpcrtamento tiel.

Ora.0mais maiucc e que esse mesrno prccesscparece accntecer em seres humancs. Estudos qene-

llGOSfeitos com hcmens mostraram que, sa 0 sujeitocarregar u rn a v ers ;:;o " es tito e rq an az" d o receptor da

vascpressine. tera muito rnais chances de ser um

sujeilo casado e bom rnartdo do que as rapezes que

nao pcssuern essa versac do receptor.

N a o e inconcebivet. portantc. que ocorre a c-ia-

~ao d e uma p oo ;ao d o arn cr cap az d e- r nan ip ular esse

bpo de varisvet do sistema nervosc des eeres burna-

n os , fazen de as pes soas s e apelxon a- pelos mem-

bros do seeo OPOS tO ' m els proximo. R esta saber se

e pcssfvet taler esse "arnot" curer lndetinidarnenta.

O u talvez seje epen as um a q uestso de dose: basta

que 0 parceirc ou perceire rlunca se esouecarn demisturar 0 IreGO naquela sua bebrdmhe,.. •

Page 31: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 31/60

 

e razcavel penser que ssu cereb ro con s iq e p rcces -

sa, urna fo rma rudknentar d e tincuaqem . atqo ja

suqerldo em estudos com estcrninhos, ecredaoas

pete canto, essas eves europeies parecem reconbe-

c er a re cu rs iv id ade. um des p rin cip als c cmpon en te s

gramaticais cas l irlgU3S humanas. que descreve . a

forma como encalxamcs ume frese dentro da outre

como na sentence compride que voce aceoa de lee

jnvestiqer a linguagem <m irnal no contexte de

habilidades cogoitivas mais arnplas. sem querer

rc rce- tc s a tater do . / lOSSO jeito. tern s€ most redo UITJ ,

cerrurrbe.mels p rom is s or ado tado pe jc s c len ti sta s .(1 0

que talvez um dia ab ra poss ibilidades de cornuoice-

~ao que Ievemem cents caracterfsticas e timila.;6es

de cada especie - inclusive a ncssa. lssc poroue

C"lO$SS lin gua gem ta o c or np le ae lalvez seJe lima llrtu-

1a:0;60para erueoder 0 que as animais pod-emter a

nos e e e r de forma eparenternente mals simples .•

_l iO l I :!o_Luc i.a ll i: ll C ! lr i" i! i3 . ..e

SABEMOS QUE ELES "CONVERSAM " ENTRE S I. RESTA SABER

SE ESSE PAPO PODE MESMO SER COMPARADO A NOS SA L lN GU AG EM .

SE utJi O IA PUDERMOS CONVERSAR com os an i-

m eis. n ee delle ser P O tmete d e n ad a p are cid o com

a lingua ofidicqlcta que Harry Pott-er usa para faler

com s erp en te s, Em compensacso. quando esse dfa

cheqar, os onrneros bichos com os quais trocere-

mas um a ideia sereo bern m eis s im paticos do que

cob ras . como golfinhos, dies, mec aco s o u rn esmc

a v e-s . M a s, a te tao prectsemos ter pectencla.

A comunicacac bomem-enimet e um essuntc

cientificarnente ccntro versc. E ntre o s eno s 60 e a oalquns estudos de grande visibilidade suqeriram

que e ta e ra p cs siv el. 0 g olfln ho Pe te r s e o cte bu ta oueo perecer ccmpreender reqras besrcas de smtexe e

qram atica e ate im itar- a sam de certas petavras em

ingles. Depois v e lo a q or ila K ck o, q ue a pe re ntem en te

entence cerce de 1 000 qestos da Unqua americana

d e s ln ais . Em amb os o s ca se s. SUf-ge a r nesma c rf ti -

ca: cificutdade de reprodl,Jziras resultados, a maio-

ria n.:iopublicada em r e v is ta s d enHfi ca s.

50 HUMAN05?

A lgl)l"Is especietis tss ccnccrdem "Com 3 ideia del .. n -

dida pete tinguista americana Noern Chomsky. se-

gundo a qual seria in (itit pesqutser a tin gC la gem -dO.5

b ic ho s p o rq ue s o es o urnaoo e seriem d Na-0 06 de till

bab lli dade . Ass jm , as ceres de 2DOpelecres 'supos ts -

rnenle compreendidas par Rico. ce o que vern sendc

estudedo no Instiruto Max Planck de Antropologia

Evclutiva em Leipzig [Alemanhal, oemonstranern

apenes que ete foibern condisicnaco

Mas multos oiscoroem. Talvez nao seja coin-

ciddncia que Rico pertenca il l race border collie. que

ocupe 0 Iuqar rnais alto no ranking de inteligencia

canine. D e tate. quando as pesquisas se ccncereram

n a c oc nk ec a njrn al, c s re su lta do s mudas v ez es s ur-

preendem. e habilidades. que estariam na raiz oa

tinguilgem eperecem Cartes eottmhos usam urn

upc espeoet de assobio como sa fossa um nome

"pessca" para "cbarner" individuGs de seu grupo.

Mecs co s- pre qo s. q ue c ertamente n ao s ao o s p rime -

tes mO IlS in tetiqentes, enteodern 0 vatcr do dinheiiC

E a inteligencia das aves e e que mais rem lm-

pressionedc as cientistas nos ultlmos ancs. Basta

citer- 0 celebre pil:pagaio cmze efricenc Alex. que

rrtorreu em 2007, ave que nomeeva certes Gores e

tormas, coohecia ceres de 150 peta.ras e entendia

o conceito de zero , entre outras -ecen-as. Se esses

bichcs tern alqum gril'J de compree-eec simbelica

Page 32: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 32/60

www.cine-master.blogsRot.com

Page 33: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 33/60

Page 34: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 34/60

 

SE IS D IM ENSOES ESPAC IA IS ALEM DAS 3 QUE S "EMOS

PODEM ESTAR ENROLAD INHAS NO INTER IOR ~t_ JO DO COSMOS,

ESPERANDO PARA SER DETECTADAS PELOS PE "Q ADORES .

E ATE omen, D E A CR ED IT AR . eo v er alquem pu~

lando de parequeeas ou mesmo caindo de boca no

chao. depois de urn rnero trcpeco. M as a verdaoe eque a q ravidade e a force meis fraco re d a n atu re za .

"Frecote?". perqunta-se intrigado 0 leiter; A res-

posta e Simples, Basta observer a force gravitacfo-net que i3 T erra m teira - 0 p laneta tceo ! - execce

sobre uma bclinha metetlca. Com urn simples ima.

. e posswet feeer essa bctinha Ilutuar no er. com-

perrsand o a force 91O'1vitacional para baixo com uma

fOf~a maqnetica para cims. U rn pequenc ima sai na

Irente centra ur n planets i nt ei ro . Ccnv enci d o?

A !e a~',tude bern. A terce qravnecicnet e mes-

mo tracore. apesar de ser chamede de "force". 0

que na verdace deixa 05 ctentistas desconsotados

e que eles n a o sabem per que diabos isso aeo n-

tece. De tones as fcrees ccnhecdas na natureza. a

qravidade e a mals trace. E. quando tetemcs trace.

quererncs dizer 118 verdade "rncuuuuito mars irQCS··- urn pentethes imo de in tensidade das outras

Ta. mas isla reporteqern na o devie ser sabre

outras dimsnsoes? 0 que. afmal. LIma coisa tern

a v er co rn a D utra? Pois c . estarnos coeqando Iii

uma das ideias dos, f isic()s para explicer per que a

gravidade e t a o ruels frace que todo 0 re sto s uq ere

que. encuentc as cutras forces de natureza transi-

lam imeiremente pelas 3 dlmensdes espaciais que

percebemos. a force gravi tacional --..aza- pars urn

ccnjunto de O~tr8S dimensoes. ilivisiveis a sensibi-

lidade humane. 0 que percebemos dele 1 " 1 0 coticia-

no eceberia sende orne tracso cniruiscute do total.

U NIVERSO M ALUCO

Se evccar dimensces edicionais pera explicar

parece urn qotpe de deeespero des eientistes. equese 1550 meamo. Mas. ccnvenharnos. nurrta coise

pelc menos eles tern razao: ctaramenre. nesse as-

suoto de fcrcas. ha.algo de erredo com 0 Umverso.

QlJ melhor, com 0 eotendlrnentc Que temos dele

Tanto e verdace que temcs dues qrendes teo-

rias hoje ne ffslca- uma e a mecaniea quent lca.

que exphce todes as ro rca s Que atuam no ambito

rn icroscopicc - entidaues inv is lv-eis a clhc nu. mas

tao pcderosas que 'ecem coises como. por exem-

pto. qrudar particulas I..mas nas cot-es para forma!"

etcrnoe. reunir etomo s em m olecutas e em ftir eer-

las fcrmas de redracac Acutra e a Teena da Rela-tiv idade, q ue exptlca unic::a e la o somente a q ravi ..

dade. per ume abcroaqem totatrnerue dtlerente

B or n, b ete ztn h a. entac. Ternes 2 teorias e 4 for-

cas - a qravidade. a eletromaqnetismo e as rorces

nude-ares forte e treca [rnenos ccnhecidas e que

na.o v ern multo ac ceso equtl .. Podemcs v iv er com

isso. n-ao? Ate pooenamos, se 0 Universe nao apre-

sentesse algumas circunstancias b ize rras - como

is civenciades ne proxirnidede des buracos neqros.

La . para entendermos 0 que este accntecendo

precisernos user simulterearnente as eqvacces de

r eta tiv idade ; } da meca,nice quantica.

D e ta IM E !: e ta s neo se casam nem or psu. Quando

v oce junta as cues para tazer 0 c elc ulo . c cm e cam

a aperecer UI1S numeros intinttcs - sintome de quetern alquma ccrsa erreda cern o entendimentc do

fenomeno. ja que nao faz muito sentrdc voce user

ruimeros finites e salr um resultado infinito ..

H a Quem diga que a cieocia e necesseriamente

urna visao aproximeds e irnperleita do mundo. e

que teremca de ccnviver co m 0 fate de que cs dois

pilares de ffsica modema r"lao 59 falam. Assim. nao

haveria urne chance de unilicar todas as torcas da

natureza numa teoria. "Eu jil escrevi artiqos pre-

cisemente a defender a posslbltidede de nac haver

unifica~ao ". afirma 0 Iisico ocnuques Jcao Maguei-

jo. do Imperial Colleqe de Londres. "Nao h a rezeo

nenhurne peta qual tem de hav er unificclI;:ao:

M iS nem todos os ffsrccs tern esse atituce con-

torrn a da E tel de ume ten tativa de conciliar etetiva-

mente a teorie quant icO) e a relatividede que nasce-

ram as suoercordes. que- cem lnhem [un tmhas com

a tdeia da existencie de o utre s d im en sc es .

DEZ D IMENSOES E UNS QUEBRADOS

as tecricos das corces. entre os quais 05 marcres

delenscres 5-30 os amencanos Brien Greene s Mi-

chie Kako, postularn que toda essa ccnfusao pede

ser esplicada se as paruculas de materia lprctons.

www.cine-master.blogs~ot.com

Page 35: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 35/60

 

cutres universes. Iisicemente desconectedos do

nosso. Esses seriarn. naturatmente. dimensbes uch eb ite ve is q ua nto as n os sa s. E te lv ez s eje p cs siee t

rnesmo visiter as dimensbes espacisis enrclades

do n cs so U niv ers e. es ceoan co de urn d ..s tin o h er-

roroso que nos esperaria se ticessemos por aqoi!

Os c ie ntis ta s h oje a nte ve em dais p cs s fv eis d es -tines finals para 0 Cosmos como 0 connecemos.

Ceso a expenseo continue se aceterandc. como

hoje. tererncs urn final "trio ". com a diluio;:aocom-

pleta de judo que existe. at e sobrar apenas om mar-

d e p artlcv ta s e te rn en ta re s n um v ac uo . M a s e xis te a

chance de que a expansac do Urnversc seja cor-tide

110 futuro e tenha inlcio um proceSSQ de rever sse

em que 0 C osmos in tes -c com ece e im plcdir; E ss e

final "quente" cutrninene nurn big crunch. um bi-g~

bang as avesses. do quet neda podena escaper.

Bern, neda que estivesse nes nosses 3 di-

rnensdes habltuats, pete menos. Mas. para MichieKa !l; lJ , que tr abat ha na Un~ \I l': !r si dadeda C ioede de

Nova York, caso 0 nosso Universe esteje para rnor-

rer nurre implosi~lO.aqui -8 zithbee de enos. talvez

pcssarncs m enipular as Io rcas da netweze para

expandirrros as clmensces enrotedes enos ebri-

garmos L a , Assun. esoerarremos num Iuqar sequrc

pela cornoactecec nnet do Umverso Ibig crunch] e

a rercmaoe de expaosao [urn novo big-bang!) para

voltarrncs a habitat as dimensoes que nos conb .. ~

cernes la o bern {lei;; mais sobre (JuU~s maneiras de

escapar do JurZQ Final na repo(tagem numew 2BJ_

Claro, tudo isso pessarie. em primeho (l.1gar.

pela decifracjic da versao correte oe Teeria ees Su-

percordas. que explicasse 0 Universe em que vive~

mos. e da confinna.;ao e;:p~rimenlal de que esses

dimensces adicionais enroladas reelrnente existem.

Desnecesserio cizer que estemes Ionqe disso. em"

b ora , ca se o s cie ntis tes ten bam rn uita s o-re , 0 -iie e~

tersdor de parncutas rscem-inauqurado ne Europa.

o LHC, pcssa dar pistas de cnde podero estar essas

dimensces enrctadas lao tf rnioas e rnisteriosas __S~

isso tude see para voce como Ioucure complete,

nao se income-de tanto. Alinel. para Q ciencia do irn-

pcssfvel. tude ecebe s enco posswet •

neutrons etc,l. que ho -je tratarncs como "pcntl-

nhos". sem temenhe nenhum. sejam na verdade

mmuscutas cordas. que vibram num espaco rnul-

tidimensicnet. Alem des 3 cirnerrsoes que conhe-

ce rn es tra dicio natm en te, h av eria m eis 6 , s ern con-

tar 00 tempo ltratedo tarnbern cornc urns dimeflsao,

desde 0 advento cia Tecria de Retatividaoel

Ah, IiI. Mas cade esses o rrn efis oe s to de s? S e-

gundo cs tisico e pernderio s d esee teo rie. etes es-

tariam enrotedes sobre 51 rnesrnas. de uma Forma

lao compacta que neeses experimentos aluais sao

Incapazes de sends- las. Bern ccnveruente. nao?

Mas eles reatrnente acreoitem nisso. E. ceo-

venbemos, com esse esquema. eles c;onseguem

explkar as caracte ristices d es partlculas conheci-

das hoje. Ao compcrtamemo do-pr6~n. per exem-

p te , c orre sp on ds um pad re o d e v i bre ce c e sp ec ffic o

de corda. perecido com as notes de urn viotino. Ao

etetron. a rnesme coisa. E assim por dianteo problema e q ue as cern es envclvides oesse

teoria sao extrernarr-ent e ccmplicaoas, e·ele aqcra

nenhwna p r e v i s e o r-ove. q U E ! :ja n ao es teja n e rete-

tividade ou ne mesanice quentica. emergiu delas

O u s era . p er o ra , E o apenes um a cbre de t iccao. Mas,

enquanto u c c e o , reetrnente e Ieeclneote.

VAMO BATE BRANA

Enquanto os parndartos desss versao da consti-

IlJ i~ ao d o U ru ve rs o n aG c cn s eq uem obte r p re vis ce s

praticas para experirnentcs. Ii!i[e~ cnam versces

variadas da teoria. com as mars mcrfveis consequen-

'las. 0 que h a de mais -ncderno nesaas pesquisas

ja nem fala de cordas. mas de branas lcontraoac

de "membranes"]. Sertem e;t eeees qVevibrerlam

em dues d irnensces. cer-e se fcssem ler.;ois sem

espessure. v ib rance "a -c- zonta t e n a v e rt ic al . E

tela-sa oe dimensoes 01 ': ~ .tes .nteires em fo rma de

branss. Alguns tecncns escecvlam que a ccussc

de dues brenaa tar-a sa -r-a- 'estadc em liO$-SOUni-

v erso com o 0 lamosc b g~[ja~g - a grande oE!xpl{ l$BO

que terla dado criqeo- e ~~a materia e enerqia

existentes hoje noCosr- Segundo eesa visijo. ebern nossaet que e star" .....eesees adicicnais em

www.cine-rnaster.blogspot.com

Page 36: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 36/60

 

o PROCESSO E M AIS COM UM

DO QUE SE IM AG INA ENTRE AN IMA lS .

RESTA SABER 0 QUE ACONTECER IA

SE FOSSE INOUZIOO EM HUMANOS

Com ell:ce~ao da Virgem Maria, que e urn caso um

bocado difkil de certjtlcar com a ajuda dOlcier'lda

moderna, nao ha casas de seres humanos que te-

nham gerado tithes sern se utrlizar de reproducdo

sexuada. 0 rneamc accntece com 05. mamiferos.

neeses perentes meis prexlrncs no remo animal.

1550 na o significa, co ntuco , que a partenoqenese.

ou nasdmento virgem. seja urna completa lrnpossl-

b ili dade. Pe te contrarlo eta e tio com um em tantostipos de crteturas - insetos, setamandras, legartos.

tubarces e outras - que e 0 casn de perguntar sa

o crqenjsmc humane nec preelsana apenee de um

empurrsoainhc para operar esse tipc de maqlca

M OT IV OS V AR IA DO S

A partenoqenese accntece par motives diterentes

em blchos dlferentes. Ume expllcacac prcpcsta para

o fencmeno n05 dragi'if!-"'i-de-kQmodo, cs lagartoes

de babe t6xic:amulto temidcs na Indonesia, e queela podeejudar determinadaespecte a colonizarno-

vos ambientes. Imagine uma temea de dragao-de-

komodc que .:.:.:jnra. foi parer numa ilha deserta.

tevada petc r-e. 56 :. bichc ccnsequlsse produzir

descender-es sa-r I..fY1 macho- por parte. ganharia

uma cha ~[ .. re " T ' l _ ; : ; ~ : e " sua linhagem viva

o case ac :iragao-de-komodo e interessante

para mcstrar etqumas ccismhas retacicnadas ill

partencqenese que 'lao contra 0 senso comum. E

verdsde que, em geral, a mae s6 con segue produzir

bebes de urn unlcc sexo per esse prccessc. M as 0

sexc especiticc vei depender de detalhes genetlccs

de cada especle. M.i3mffems. por exempto. deterrnl-

nam 0 s exo d e s eus tlth ote s p er m eic dQ S crem es -

somos X e Y. Merunas carreaam dois cromossomos

X. enquantc meninos sao Xi. No caso des draqoes-

de-kcrncdo. a coisa se lnverte - ce machos e que

sao 0 sexo com dois cromossomcs lquels. Por isso,

as. memaes partencqenencas do repttt 50 pod em

dar origem a filhates do sexc masculine.

Isso quer dizer que, se a ccise fosse natural

em humanos. as maf'5 5:6 poderlarn dar crlqem

a meninas. Que existe uma possibilidade de issc

acontecer foi demonstrado em 2007 peta equipe de

Elena Revazova, cientlsta da emoresa calitomlane

tntemationat Stem CeUCorporation. 0 truque deles

tel, grosse modo, "ccnvencer" urn cvutc humane a

"echer" que ete tinha side tecundado, ccm o i3 ajuda

de substencles que imitam 0 arnbiente uterino

quando os espermatozc inee es.tao pe r pe rt o.

A intencac dectaraoe desse tipc de pesqulsa

nao tern nada e ver cern uma lmltacao de NessaS en hcra , 0 q ue as de ntls ta s o ue rem e usar 0 6vulo

para produ:zir urn embriac que serviria de fonts

para cetutas-trencc ernbrtonerias. as quais tim po-

tencial para tratar uma enerrne gama de doences

deqenerativas. Nuita gente duvida que sene pos-

sivet fazer urn embnac como esse vingar, porque

ete nao carrega genes de origem paterna que sao

essenciais para 0 desenvctsimentc ccrretc do tete.

Se issc e urn empecilho pClr<l que 0 procedimen-

to seja reelizadc hoje, ninguem qarante que, com

o avanco da biologia molecular, M pesqutsadcres

consigam, no futuro. acertar "no brace" 0 DNAdoernbriao oriundo de partenogenese, deforma a imi-

tar as rnarcaczes qenetlcas oriundas do pai.

Um tithe pertencgeneticc seria apena!io 0 clone

de seu genitor? 0 enqracedc e que a resposta rnais

carreta e "nao". 0 que econtece e que. duraete a

producac cos ovules. ocorre urn "embaralhamento'

natural dos genes da muther. lnduzlndo crrerences

q en etic as p eq ue na s. m a s im p urta nte s, e ntre c DNA

no ce-pe deta e 0 DNAque CIS celutas sexuais ear-

regam. POorsso, quem esalver lnteressedc em pro·

duzi r copi es qenetlcas de sf m esm o deve preferir c

metoda jii consaqrado pete ovethinha Dolly. •

www.cine-master.blogspot.com

Page 37: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 37/60

 

o U N IV ER SO E TAD CERTIN HO que a qente ate

desconfie. Para os. reuctosos que consideram que 0

CaS inO S tci criacc grcu;as. a urn proetc d iv in o. is so

nao ~ nenhuma surpresa alin al. D eus e seb io. Jtl os

cientistas. ernbcra pO.5sam acreditar num Criador.

ten tam Jr s tem dessa deia a en tender as raeoes r r wsices por tres dL)S rnecanismos cdsrnicoa Alinal. per

que 0 Universe esta iao chelc de g~la~ias, esrretas

e ptanetes. em ve z de ser um imenso vazio? Por

que as leis cia natureza parecem ser tao adequa-

das ao surqimento cia compteddaoe e de v ida? U ma

das hipoteses favorites pari;! tenter expllcar lsso nas

ullimas decades deixa de lade a visao de que este

00550 universe ii l tude 0 que ha . Segundo esse ideia.

a ordem ccsmica s6 r a a sentido se imaginarmos uni-

versos paretetos - e talvea ale infinites universes

paratetos - pipocendo par todos as lados.

"Ha? Como esstrn?". d~r:3voce . Calma, 0 settc

de uma co ise pare o u tre e menos torcauo do qu e

pereceO problema cientrf icc que a lcele de unh..er-

50S paralelos 1 { J u de urn Multille,so. como tarnbem

e - ccrrhecidaltenta resolver e Q da sintonizacao pre-

cisa do ncsso Cosmos , E xis ts uma lis ta peqoere de

caracterfstices tundamenteis do Universe. des quais

cepende 0 surqimento e a continuicade da vida na

Terra [e em outree tuqeres tembem. S€ eta existirl.

S ao ccisas s im ples . com o a in tensrdede de grav idade.

221/

VIDA ET-

A PROXIMA DECADA SERA A

C HAN CE D E D ESC OBR IR P ISTA S D E

SER ES V IVO S E M PLAN ETAS FO RA

DO NOS SO S IS TE MA S OLA R.

a massa Ipesol des eletrons e de cutras pe

cu a quantidade da atracao entre cs ccmpc

do ruicleo des atcmos. variecbes rr-inuscul

o uetcu e- urn s de ss es graflde;as torneriam

a exi~lencia de qoatquer eoisa que 1';3 lesse

ser vrsta no Universe. Ou as astrelas nac se

riam. au queimerem seu cornbusuvet rapidc

ou nee formeriern elementos mais complex

helio. 'E ai. nede de Terra - e reoe de vida

Ccntuoo. como eu estou escrevendo es

e voc~ est':' tendo 0 dito-cujo, pars-cs que tir

sorte qrende e cbeqarncs ate aqui depois de

bithoes de anos de hisioria ccemrce. Para a

un ic a exp ti ca ceo para esse tate improvevet e

prim6rdios do Universe. Deus feria "qir-adc

toes" de cede para metro ccsmicc de forma

sintcnizendoc Cosmos para prcduzfr estretas

plexidade e vida. MC!~~er~ que roao heveria

pucarso natural para a smtcrua fina do Un i

Os Hsicos ate que estso ten lando echa-t

a coisa anca meio dilicit Se tosse posslvel

que os vetores eas qrandezas essenciais lo t

relative d e - cede perticu ta . a in tens rdade da

de etc.l d epe nde m UI'IS cos cutros e tem um

ur-ica e lcqica de ser. estaria resclvidc 0 pro

o U n iv ers e e assirn pOique esse € 0 un ico

urn Universe set. Accotece que, ape58r de

DISCOS YOADORE5, $e eexistem, nunca deuerem

conli~\lei':i de SUiiSlJi:;ita5

P ete '1iS I(J , se cv is erm os a

vide extraterrestre, temos

lamar a iniciatjva. A boa nque, pel.:tprimeira vez ne

eparelhcs dasenvotvidcs

Page 38: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 38/60

 

incessantes. ninquern acbou ainda esse principio

unificador; as vetores des qrandezas do Universe

continuam parecendo erbitrarics. E precise achar

outre carr-lebo para explicer a sintcnie line.

VIVA A INFLAI'AO

Urna grande pista. derivada d e observecoes do-Uni-

verse Ieites com tetescopios. insptroo os ustees a

usar cs universes peretetos como urna sarda. De

eccrdc com 0 tlsico arnericeno Leonard Susskind.

da Universrdade Stanford, esse pista e a inftacso

c cs rn otc qic e. u rn a c as v ie ce s ma is e ce ita s s ab re c s

m em en tos in ic ia isdo C 05m (lS , Logo depots do famosc

big-bang, "Logo depois" e apelido. alias. Pecue um

segun-do e ocivide pete nurnaro 10 sequido por35 ze-

ros: Ioi ness€ intervale in imaginavelmenle pequeno

de tempe que a inllat;:ao ccsrnotoq ica. um a expensao

viclenta do espacc. teria acoruecido.

o principal indicio da inttecac e simples: 0 Uni-

verso e uniforme demais. Embora 0 sistema solar

parece um lugar cheic devariedade. quando a qente

observa as estruturas de tarqe escata do Cosmos,

como as qataxias e aqtomeraccs de gala)lias, todas

as reqibes do espaco sao muito perecides - quem

v iu uma v iu rcdes. Alem disso. a chamade redie-

homem, alguns jil no espaco, prcximos orbitam estretes a

cutros a ser tencadcs eo tongo da ce-ca de (. anos-luz de- nos. INa

proxima decada, terac a chance nossa vlzmbence esp;;lcl;;ll, podp

de bvscer Indrccs da preseoce de ate ser que Marte cu alquma cas

seres vivcs em outrcs planetas lues de j(lpUer e Sall.lrno, como

pete universe efcra Europa I! Til~, reservem algumas

Como as perspectivas de ter surpreses. mas as ambierrtas nv."

sucessc nesse bpc -iJe r msseo I s sao tao extremes que ~ mel _

centro do sistema solar parecern nao espersr rruntc.]

urn bocado baixes. as I:'SfOn;:05

dos pesquisadorcs estac se S E I o t INVENTAR

concemrendo no'Schemados Se a come lor. nao da para

ptanetas exirasscteres - os rna is q -e-e- twentar muito. Os un

p-.3me~rQS confiilvels sobre

a cresenca de vida se reterem

3S r r aturas que conhecemos

P -tsntc. a methor pedida ec--xurar sistemee esteteres com

__ • gurar. ;:oesque ac menos

-anrem a . cia Terre. A parte

_ _ iminar desse servlco esta

-ec reeuzede par um sereme

__ ...ceu com partlclpa~ao

terra. 0 Corol, lan~ado em

e Q americano Kepler. que

- u para G espaco nesre ano.

www.cine-master.blogspot.com

A mi~Q initial desses doi5

e slmptesmente achar otanetes

terrestres. ou seja, cujo tamanhe

nao ultra passe multo 0 nossc

e que sejam (armadas per

roches. como a Terra, Tembem

e importante que as cbservacces

tentern determ iner a dist~nc:i;:t

do ptaneta em re!EI~5o.l estrele

m~e. pcrqce issc mdrcara 5e ete

es ta na ch am ade zon a hebltevet.

a Iabe de proximldade na quat eposs fvet en ccn trar agua uqvida

e " M . ! IS ' , , ·& lWMM1

Page 39: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 39/60

 

10 equivalerue a apenes , c en te sim o de m ile -s i

grau Cels ius em temperetura l dependendo cia

d o e sp ac o p era s q ua l voce o r- e. ts so E o esou is u

que areas muito dis tan tes do Universe deveriar

adquir ido c ara cte ns tic es e te rn pe ra tu ra s b em

rentes umes das cutras conlorme 0 Cosmos cr

Para os defensores da inllacao. 0 melhor je

expficee isse e justarnente a tortacso. 0 Unw

nenem terla tido wne lase de crescimentc la

cinaoa. super ior a v elo od ao e d e tu r. q ue n ao

tempo de diferencas signif i . :at iv3S epereceremOk. mas a que isso tern a ver com 05 univ

paretetcs? Eque os calculos des fisicos indica

n utu ac ee s s ells n urn a regiao rn uito p eq ue na

sa do espacc Icram suficientes para deseoca

a Innacao cosmotcqica. Nada impede que re

vizinnas. tao pequenas e censas quanto a orig

tenham scfrldo uma expanseo sernethente.

crescimentc teria side tarnanho, que algum as

Des do e sp ac e fic aram p era s ern pre fo ra d o c

devisso des outras. para t cdos os e fe it os . sa o o

universes". explice L e cnard Sussk ind.

Trocando em nuudca. podertamos pensa

Multlverso Como uma imensa bclha de sebao

q ue no s s op ro s I'e se s in lla cio na ria sl d en trc d

lha qerariam bclhaa-lilhas, as quais podem ass

tarn en hos e form es ditere ntes d a both a-m ae

-7 Iconslcerada mdlspensavet

~ v idal. A tecraca para lssc esimples: e o p as sa r na freate de

sua estrete 10 cbemadc trans itol.

c pteneta extressotar indul

urna mmuscute d im in ui.;: ao d a

lum in os idade do estrc, que os

telescopios especieis sa o capazes

de detectar se estiverern cth en do.

Espera-sa que 0 Ccrct eo

Kepler, aohm de sues rmssees.

proeuzam urna especte de "tis te

n egra- de regioes da gal;€u:ia

MEtO PIXEl

N ao escere um soperpos ter

do s bcrnenzlnoos verdes: as

eneqens va o te- um a re so tu ce e

D er win I euro pe ul d ev em ussr

tecnicas avenceces. como 0 USCl

de rrnnifrotas de tete;;c6pio$

espedais. para cbter imagens

ojretas cos p taner as t er re s tr es

fora do sistema solar. COiS;3 que

e muno ditki! de tazer com 05

ins trum en tcs de r,oJc

once a presence de planetas

r oChOS0 9n a a o rta h~bilavel d e

s ue s e stre te s e qrand e. E a partir

dease lista q U E ' a ccise deve

esquen tar de vez. U rn pcucc

depots ce 2015 Ie data exate

alnda esta sujeit-a a negoda~6es

9 mud3n t; -< lS de c rc e rn ent cl .

a N asa II;! o il A ge nc ia E sp ec ia l

£uropei~ p~al1ejam rnandar para

o eS~i1~C1miss.o!!l" elnde mats

ambj l ; : iosas. 0 T erre stria l P la ne t

F inder ITPF. emencanol e 0

www.cine-master.blogspot.com

ridlcuia, sendo pouco rretbore

que urn po nunho . po r causa

distancfas enormes e 03 lui:

tenue reuettca pelos cteneta

Mas mesmo iSM sera ume

re su ee cs o "h is to ric ;), p crq ve

esse ~iquinho de tuz Iriiilr~

inrcrrnecdes sobre 0 tlpo de

etm cstera dQ S ptanetas . 0 qu

pede ser urn indjeic ccoriavet

<i respeitQ de presence de v id

neles. Nao astamos falandn

apenas da presence de vapor

Page 40: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 40/60

 

se desprender dele. 0 importarue. diz Susskind. E o

que nada qerente que 85 diierentes fasesde inflclf;:ao

prcduaam as m asrnas Ieis da Hsica em cede urna das

bclhes. Em al-guns universes. 0 espaco eo tempo

sstarao queae vezios. urna chalice cornpleta. outros

s eta e e in de mais terteis ern vida do que 0 r10SS0_ 0

importante e que, com urn numero posaivelrnente

in fin ite d e u niv ers es , a chance do e pa re cim en to de

leis ccsmices "certinhes". como as nossas. vir a urna

cer teza matemat ica "Estatisticamente. as regioes do

Multiverso sao tames que alguns lugares sao espe-

ciais 0 suficiente para permilir a vida, e e n ete s q ue

a vida este' afirma 0 Hsico americana.

P AR TO C E LE ST IA L

Apesar de logics. desse visao . tester diretemente e

i de ie de u rn Mu lt iv er so e u rn bocedo difcil. Uma das

formes mais eleqentes de tenter fazer-isso este liqe-

da a uma variacao da bipctese bolada por Lee Smo-

lin, do Institute Peri meier de Hs ic a T e c rt ca {Canada]

Smolin propbe que os universes dao "cria' !: que

existe uma especie de setecec natural entre etes.

Como? A chave este nos buracos negros, aposra

o tlsico. As concicoes no interior des bureccs negros

- uma rnassa gigantesca concentreda nom trecho

ntlnuscuto do especo -Iembre multo a estrmada pa-

ra 0 in ic io d a fa se inlladonaria durante 0 biq-banq.

d'agua ou de OXtgenlo. embora

essas ccrsas ebvremente eejam

im p o rta nte s. I al v ez voce ache

enqracacc. dada a etuet enea

em bfen tatis te e ale ecoxiita

no mundo, mas 0 tater mae

Impcrten te da atmosfe ra de

urn local com vida Ia.L\I'e-2eja 0

cesequitfbrtc - no sen ttdc de que

e - t a posse! componentes que, se

oependesse de recn;:aes quimicas

nee vivas, teriam se misturado

e emraoc ern equilibrio M

Smolin pro poe que as buraeos negros, por terem

es5.aS conorczes e serem regjoes confinedas do es-

pace. na verdade sao novas "bolhas' do Muttiverso

canoe origem a universos-bebes. Ora, p ara q ue u rn

Universe seje "Iertit". ete prectsa ter muitos bura-

cos n ec ro s e tre ns rru tir e ss e eapacidade para s eu s

universos-filhos. A tendencie. portentc. e que cs

universes com meier cerectdeee de se reproduzir

ecebem superando em ncmero cs universes estereis

no con ju ruo do Mcltiverso. Esse e a setecao natural

ccsrn ica - e 0 motive de v iv err nc s n urn L ugar lao afi-

nadinho e Iavorevel a vida sene apenas urn subpro-

dulo dele. Pcrtanto. n~Q s.omos improvave is centre

do Multiverso. e pcdernos ser ole a regra

A ideia e tescrrente e, sequndo Smolin. passfvel

de ser teeteda. Seria precise investlqee ae 0 nosso

Cosmos, com as leis que tern. reatmente rnaximiza

a prQduc;ao de buracos neqros. Iembem serta Ieqal

enccntrar um mecanismo para a ·'transmlssao de

genes" c osmic a - e fin al. universes nao tern DNA.

Todas essas i de ie s aind.a vee dar rn urto p an o p ra

manga. ale poeque rlin9u~rn~linda conseguiu pensar

num jerto pratico de detecter diretemente cs outros

cosmos. Se]a como for. parses que estamcs a cami-

nho de descobrir que a natureza nao-soe mais astra-

nha do que irnaqinamos mas quase mais esquisite

do que nossa especie Ii ! cepez de imaqiner; •

muito tempo. Um example disso

e a esquisilissima ocorrencia

simuitanea de oxiqenio e rnetanc

ne atmcs tere de Terra. E rn

condi~oes nao Drqanit:iO~,050dois

devenam fer r1!'<lgidQpera termer

.gas carbonico, 0 qual, enrse.

fie-ana estavet . Mas 0 rnetanc e Q

oligenio acabam sendo repcsros

ncessanternente par ptentes e

nectcr as que Iazem rctcssmtese

'!no" bacterias metanogenicas.

escec.vamente.

Se caracll"rislicas oesee «pc

forem detectadas na atmosfera

de ctanetas na nosY ga13xia.

restara escotber cs mats

pmm1550~5, I" m'IIS proxirnos

para 0 env io de uma sonde

nao tnpulada,. como as que

andamcs pare Ma,le hoje em

La A viagem pede demcrar

ecaees. au ate secclos, mas

0; ac menos. seremcs a

e eceo respcn sev et par dar 0

ace inl[::iat ne5sa jornada •

Page 41: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 41/60

 

EM A BR IL DE 2004, 1Jm filh ote de cem un don qo di-

leren te de tcocs os que ja t inhern pisado n a T erra

nasceu no Japao. A pequena Kaguya thole jil taleclca:

ro ed cre s v iv em p ou col era fkh a de d ua s maes e n.:io

lmha pai. Pesquieadores consequiram manipolar ge-

n etic am en te o s 0 11 '1 )(0 5e dues feraees para que urn

de-las "echesse" q ue ere esperm atozcide. S e depen der

do potencial des cetutas-tronco. Kaguys pede mcitc

bern g.enhar compaofua humans alqurn die.

Todo mundo ja oU \liu taler ao menos um pouqui-

n ho d es se s cetulas. cuja verseo rnais lamosa sao as

celutas -troncc ernbrionerias . extrefdes de em bribes

cescartedos por clfnicas de tertitizacao. Ale poucc

tempe arras . as celutes -trcnco embnonenas eram as

da pele dc seu brace aos oeuronioe no mtenor d

cerebra . Por -issc . etas pode riam a iucer a recon

orgE lOs e c ure r cce nce s. M es . ao e stud ar como

celulas fun cicn em . o s cien tlstas d esco brlram q

p ars " cc rw e nc er" cetulasja e sp ec ie tiza da s. p re se

no o rg an ismo de seres humanos edultcs. avclter

o estado emcncnsric. Esse tipc d€ celula. ccnb

p ete s iq te in gte se de- iPS [ce lu les- t rcncc pluripcten

induzidas l, trsz poss ib ilidades ainda m ais m atuc

"Cern 0 adven to das iPS . e lnevhevet im aq in

cnaceo de em brices de pessoas do rnesmc sex

clam que is -so vai gerar urn debate enco rnoito

complexo do que 0 que edete em lama des ce

trunco embricnartas. avah a 0 biclcq o S teven s K a

Rehen, que estude as cetutas iPS ne Univers

Federal do R io de Janeiro {U FR JI, A fina l. se ete

Page 42: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 42/60

 

tcmem para 0 estado embricnario. issc siqnifica que

podem prooezir ouetcuer cutro tlpo de celuta - inclu-

sive espermetoaoides. mesrno se 0 dceoor oriqinal for

moth er. cu cw lo s, s e 0 d oa do r o ng ln al for h orre m

REFAZENOO 0 PROGRAMA

Mas Mume ccmpticacao edtciona ' '-oo:"tantissima

A qcestac e que 0 embr ieo . para se ceserwolver direi-

tinbo. precise "saber" que certos genes possuem s6a verseovinde do pai atwada, I"'nq_a"'~c C5 de origem

materna estao dest iqados . e v ic e- ver se " serece que,

q ua ndo a s c elu te s adultas sao r ep rog ramadas , e ta s

perdern ess e tico de rn arcacac N ao sebem os se es-

perrnetozcides prodcaidos assjrn ...aoecqu rir urna

marcacao masculina" explica Peber- O...tro pi3SS0

crucial envolve dividir pete meraoe 0 -r-a'erial gene-

ticodas celutes. Do ccnirerio, em vea de qaohar duas

copiee de cada gene, como tooas as passoas normals.

n ernbriao ficeria com ~ copes - e invjavel.

Enquanto homens gays poderiam gerar tanto

rnenines ouantc meoinos, um casal de lesbicas te-

ria d e s e co nte ntar a pe na s com meu in as . E genetica

beeice. tcces as mulheres prectsem cerreqer dues

cdpias do crcmossomo X, e por i550 toccs os seus

ovutos s6 possvern cromossomos X tembem. Jtl 05homens carregam um cromcssomo Xe outro Y, 0 que

fa z c om Que sev s e soe rmercco ce s Ie ta lv ez . n o futuro.

seus ovulosl pcssibititem tcdo tipo d e combinacao. E

precise entender muilo melhor a biologia de nossa

especie antes de poder arriscer esse tipc de ousadia

biotecnoloq ca no tutcrc. Masa mere chalice tecrica

de 5uc::eS50 i~o i'lStigante e estarrececcre. •

Page 43: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 43/60

 

ALTERACOES QU fM ICAS , Ffs lCAS E

BIO L6G I'CAS NO AMB IENTE DO PLANETA

POOEM COLOCAR 0 PODER DAS

TEMPESTADES A NO SSA M ERCE ,

Sao Pedro na lila do desemprego? Perece mels

uma decuelas tfplcas amcatras de arrogsnda xu-

mana, mas 0 tate e que <I noasa espeele ja interfere

de muitas maneiras nao ptaneladae no dtme. Os

combustiveis que quelmamos levarn ao aumento da

temperatura daTerra, as tlcrestas que deixam de

existir par nossa causa estae por trea de rnudancas

severas n05 pad-des de cnuve. e por ai vai. Pode

ser que urn dos jeitos de ccnsertar esse lista con-

siderevet de besteires eeje assumir urn papel mais

auv o na regula-rao d o currie d e p lan eta.

De certc modo, tentanves mciptentes de ccntrcte

cllmaticc ja acontecern desde Q cornecc do secutc

20. com a pratca ccnhecida como "semeadura de

nuvens't.A tecnice lorna partido do tete de que, para

se fcrmarem. as nuvens de cnuva precsarn de uma

quantidade conslderavet de aerossols - partlcutas

em sus pe ns ac no ar, Em linhas gerais 0 que accn-

tece e que as qcticutes cte aqua se ccndsnsam em

torno des aerossels e cheoam a fcrmsr cristais de

geto, ale que etcancarn uma massa crltka e des-

pe-:'?fn"a forma de cbuve.0 temaehc das particu-

las e ':'_3 -luantidade relative no ar sao importantes.

pe-ece 1. jOH:, se hcuver urn excessc de aercssois no

ar. as ~~. _ .. las ou crlstals de geLo nunc.:! chegam

ac tem",:~":-crtttcc e. por lsso. aceba nao chovendoHo!p _T'T"' ; ; das substancias mels usadee como ·'5e-

mente ce cnuve' e o iodetode prate. bcmberdeadcnaetmestera com aejuoe de avtbes.

F UR AC OE S D EB I:L AO OS

5e 0 esumutc as chuvas naLj. perece a colsa rnals

sensecienel do munde, que tal meter um Juracao

no bercc? A pro posta vern sendc deteneide pete

climatoLogista amencanc Ross N. Hoffman. da em-

presa 'Atmospheric and En..ironmental Research.

Hoffman exptfca qLJeeventos cljmatlccs extremes.

como os furacoes, sao qcvernados pete tamoaa tee-

ria do cacs. 1550nao significa, no entente. que eles

sejam desordenadcs: entre os nsrecs. a teorta do

cacs se refere a tencmenos que sao muito tnttuen-

clades par pequenas rnudancas em sues ccncrcaes

iniciais - euerecoes mirtuervtae podem tever a re-

percussces giganleseas no futuro proximo

"lsso lorna a previsao do tempo multo difieil.

Mas, ao mesmo tempo. pode ser e cbave para con-

seguir 0 controle que estamos buscandc. Nessa

primeira tentative de influenciar um turacac sirnu-

lado modificando Ligeiramente 0 estadc iniciat dOl

ternpestade, por exempto, mostrou-se muito bern-sucedlda". afirma 0 pesqulsadcr amerlcano.

lsso siqnltlca que, se lor posslvet mudar llgel-

rernente a temperatura cia superffcte do mar, euja

umidade em evapo-acso atimenla 05 turactes, a

ameaca serla debetade - colsa que pcderla ser

tentada com a ajuda de satelites. Dutro para metro

a ser meniputadc seri.. a propria evaporacac, ocr

meio de uma capa de oleo bicdeqredavet.

Em tempos de aquectmentc global, a manipu-

lar;:ao climetica mais urqente prevavetmente equalquer uma que ajude IIdiminuir a temperatura

da Terra. 0 britanico Andy RidgweU e seus ccleqas

da Unlversldade de Bristol prcpfiem uma solucao

l iteraLmente verde: usar levcuree de cereals para

manipular 0 albedo da Terra. ou seja, a capacldede

d o p la ne ta de re fle tjr - a 1 02 :e o S ol. Ou;;.nto rnalo r a

preporceo retletida menos aTerra esquente.

P are ce multo d iffc il d e co ns ee ulr, rn es Ie ve nd o

em ccnte que uma variabilidade neturat ne rettetivi-

dade das plantas exisre ern tcdo tlpo de tevcuee - e

nos ' limos tssc nocase do trig-o,da cevena, domitho

e do sorgo, a que significa que deve accntecer com

todas as especles -, trocer-plantes menos rettetlvas

por meis reftetlvas pcderla dar certo (om tcdas astavouras e em todos os tugares", diz Ridgwell, •

Page 44: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 44/60

 

··PRO BLEM A CO M O BES tDAD :E: urn dja v Qoce val ter

o seu" pod eria eer urn otimo slo gan p ara 8S cempe-

nhas d e saad e pub lica d o future. N§o que IS SO Iosse

adienter rrunto, clare . E rnbo ra muita qente alnaiso fra co m <I fe lts d e c cr nid a. 0 tete e que a o terta ex-

cess iva de ca lo ri es e urn desefic m uiro m ats seric. e

v ei m atar ced e VEl m ais genie ao 101190 o es te s ec ulo .

Rec crn en da r e lim ertta ca o rn a i s s ao da ve l ~ v id a me-

n os s ed en te ri a naoestci resolvendo 0 problema. Q

je ito te lv ez s eja m te rv ir n os meceru smos bas ic os que

contrclem 0 armezenemento de - energi~ no corpo

Veneer a cbesidade pates rnetcdos coovencro-

reis eo especetrr.ente cornpliceda porque estamos

briqartdc com milhoes de enos de evotocxo. Desde

te mp os im em oria is ate um 01.1ocie secutos.etras. os

seres burr-enos e seue an tepassedos v iv iam debeixoda erneaca da escassez. A regra era comer o maximo

pcssfvel, ja que nmquern sabia quando ume refeiceo

r e- te e ste rie a dispos it;:io nova m e rite. C orn a quan ti-

dade ebs urd a de gord ura s, p ro te fn as e c erb oid ra tc s

o as p ra te le ire s d os s up errn erc ed os d e h cje , 0 perigo

de morrer de tome foi para 0 espaco. mas ncsec

orqanisrnc ne o tee tempo de "deseprender" sua

maniadearmazenar c maximo possfvelde cetorias.

Res utte do . s eja b ern -cmdc eo p ta ne ta do s fofinhos.

A n ac es sid ede d e c orn er c em eis es te tao encreveda

no DNA. q ue . pa ra m uita s pe ss oa s. n en hurrt tipo de

in in rma!j:ao sobre dietas , exerccios e 0 perigO ' do di-

abe te s e d es o oe rc as c ard fe ce s e capaz de sup rim ir

o desejo inccnsciente par comlde gorda.

o MELHOR 005 OO IS MUNDOS

Pa ra eases cormldes incorrig~veis. 0 jeito e procurer

estreteqras de erneqracirnento que nao dependarn

de ror~a de vcotade do peclente. Muitcs medica-

mentes dispol1iveis no rnercedc J3 fazern i550, mode-

rancio 0 apetite da pessea. mas etes qeralrneote

.eva-n a urna serie de efeitcs ccteterele cornocrte-

mentals e at e psiquiatr icos. como ansiecsde e irr ita-

;30. Para contornsr iS50.pesquisadores do Institute

0 ': ; Pesqu isas Scripps. n a C atifc rrria , es tao cc rn ecen -

Jo 0 re ste r em arsmais 0 q ue , pa ra to dcs cs efe rtos ,

sena ume v acrna contra a o b esid ede. 0 ab o d etes e O J

qreline, urn hOff'rlOnio estimulador do apetite. A rdeia

e · .grudar·· .e substanc!a a urn pedaec d e proteina

de bacteria . de forma que 0 orqan ismo recorrheca 0

conjunto como urn corpc estranhc e desenvofva an-

ti co rpos con tra e le . d irn in uin dc o S v on ted e de come r

do gordinho em qoes tao. A van tagern e que a vaclns

prcvsve lr ne rr te t er ia e fe ito r ap ida rnen te revers ive t

Mas 0 que os pesquisadores realment€- score-rlem enccntrar e alguma scbstancia que permita a

ieqestac de catenas sem multo ccntrcle e. ac mes-

m o tem po, lm peca q ue 0exces se de atmentecso se

transfurrne em ecum u t- o d e g ord ur a. ESS6 tipu de es-

trateqia imitaria. de certa rnenerra. 0 crqaoismo de

P<"5g0BS cu a nim a's com rn ete bc tis rn c repido, que

na<l tern problem a n a bora de eeroer peso

Caneidatos a esse fum;ao nao tattam. A equipe

de J os eph B es ha rs e. d e U niv ers id ede de Wisconsin

IEUAI , esta eetudaodo 0 N octumin , u rn ge ne liq ad o

tanto a etlmemacao Q uanta eo fBl6gio bioi6g ico de

mamfferos . Cemundonqos cuja verssc d o N o ctu rn in

foi desuqada conrinusram fioinboe mesrno ap6s

uma dleta attamente celcrice. 0 mesmc acontece

Com me-cores sem 0 gene MGAT2. que a juds a as -

sim ilar a qordure da d te ta . d iz C.hi -L iang Er ic Yeo, da

Un iv ers ld ad e da Califo rn ia em Sa o Francisco. Resta

saber-qua i serao os ete itce de longo prazo de-sse tipo

de abordagem ern seres humanos. •

B IOLOGOS PROCURAM A MOLECULA MAGICA QUE PERM IT IRA

QUE AS PESSOAS COMAM A VONTADE SEM ENGOROAR .

www.cine-master.bla

_te~lo_:Relnaldo Jose Lopes

t.corn

Page 45: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 45/60

 

~1tl'xto_F!'.l.

ABASTECER 0 POSSANTE NAS ONDAS 00 MAR? A LJN ICA BARRE IRA

REAL E A LOG IST ICA , AF IRM AM PESQU ISADORES .

COMBUSTlvEIS FOSSEIS, cornoa qasoline e a diesel,

sa o 0 pesadelo des que tentam ecaber com o eque-cimento global. E 0 pier e que, apesar da profusao

de lo rm as r en ov a ve is de enerqia po r ai, as perspec-

livas de subsntuir todcs 05 ccmbustfeeis derivados

do parroteo do mundo por atcoot. bern menos agres-

sivc para 0ctima, nao sao multo enimadqras. Como,

eotso. manter 05 carrcs rodando sern uma bagun~

ctirnetica q en ere tle aca e s ern q ue to do m und o fique

a pe? Para atguns pesquisadcres e empresanos. a

rasposta e s ur -p ie s. E nc ha 0 tan que co m aglIa.

Com agua e aLgumas coismhes mais. clero. De-

serwclver maneiras de prccessar a agU8 como com-

b us tfv el p ed e s er0

carninbc rneissimvles

e bare topara a chemada econcmia do hjdrog.en~o, ria qua!

esse gas, ceja q ueim a proouz a pnipria aqua. seri a

uma fonte pouco one-rosa e ernbientetmerrte segura

de ene rg ia , 0 ic np re ss ions n te e Que ja e ns tem v srio s

mode-losexperimentais de como fazer 01 coisa.

Mas, se 0 Interesse e user a aqua para tabncer

hidroqeruo, porque nao usar 0 dito-cc]o de forma

direta? Primelrc. porque 0 92S. muito Lew'. quase

nao eparece em sua forma livre na etrncstere de

Terra. Em segundo luger. as caracterfst cas flsicas

e qutmkas do hidrogeoio tornam 0 see a-maze-

namento. na forma pura, um verdedeirc pesadelo.

Justameote por ser POl)CO dense. ele exig~ ssp .. cos

irnensos para ser guardado na forma gasosa. a (laO

serque seja comprimido ou. methcr <linda, res friado

ale clrer lfq uidc. M as 0 processc de _rquera~ao exige

I)fii g as to e quw ale nte a 40% c ia ener q' a mspor fv e t

no prcprto hldrogenlo, atrapathendo a viebil icade

econcm ica c ia co is a . Alem do rra s . ete e absurda-

mente In llama \le l. S e V (lce a cb a e rr- a c na tice te r d e

destiqar Q catuter pertc daa bon-bas de g as olin a. e

porque nunca imaqinou a t-abs c~ -a de ~~guram;:;t

que urn peste de hidrogenio:) .. <e :: fate de a agLla

[avir returalrnente nafcrroa .:J::i3-: c.c-tento.euma

vaetaqem encrrne. seja para: a-+are-emento nos

tanques des cartes. S€ja pare 0 ermazenameeto e

d ls trtb ulc ac em g ra n d es c en tra ls e pOS IO$ .A a 'gue .com o todcs s abem os des de 0 ensinc fundamental.

e tcrmada par dois atomos de hidroqenio e urn de

o.xigimio.Como "quebra-la" para obter 0 precioso

hidroqenic? Com bore. aposta Iereq Abu-Hamed.

pesquisador da unwersidade de Minnesota IEUAI.

o SE GR EDO D O BO RD

Trabalhando em perceria com ciennstas do lrretiuno

Cientiflco Weizmann, em lsreel. Abu-Hamed crioo

ur n sistema simples em que c bo ra. e lerneo to que

reaue viclentemente com a 3g\.J3.arrarce os atemos

de hrdrogeliio do U quido. D epois disso. o gas pedeser q ueim ado num m otor d e ccmbcstec in te rn s, f1ao

muito cijerente d o - que exlste em cerrcs movidos a

qesolina ou a ekoot. a subprcduto dessas resltoe;f

qUi'micas e 0 e xido de bcro. compos -to q ue ecce s et"

reciclaoo de form a in defin id a. rn an ten do o s is tem a

bastente susteraavet, seje econorrticamente. seja

emblentelmente. Abu-Hamed e companhia cal-

culern que. para funcionar com tranquilidede, urn

cerro desse modeto teria de csrreqar 45 litros de

aqua e 18 kg de boro. tevendo a producao de 5 kg

de hidrogenio. 0 pacote teria 0 mesmo "CQn~E6do de

e ne rq ia " d e um ta nq ue d e gasolina co m 40 Iitrcs.

Usando princfpics bestante perecidos e uma es-

rrutora urn pouco meis comoncaoe. a empress au-

tomobuistlca Da.1mlerChrysler construiu urn cerro-

cc nc eito le qu ete s ch eio s d e tre sc ura s q ue a pa re cem

em exposicoesl chernado Natrium. 0 biehinho. em

v ez de b cro . usav a ecole. o utr e e le rn en tc quimi"o

com mania de errencer hidrogen~o de .sgua. 0 pro-·

jato acebou n 80 indo em 'rente. m as o v efcuto tun -

cionava bern. A jncognila eo se havera interesse de

investldores para crier aisfemas de errnazenementc

e dislrrbui.;:ao de combustiveis para esse tee de

vefcuto. ou se outros mcdetos de carte sustentavet

vao v ingar . A idera. eo rnencs. e bern cievel. •

www.cine-master.blogspot.com

Page 46: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 46/60

 

O RG AN IS MO S T RA NS GE NIC OS J a virerern carne de

vace no mundode hoie. de tao comuns. Soja com DNA

de bacteria. porcuiohos com genes de agua-viva - E l

heta E o cornpride. Alguns des blc lcqcs meis brjlhantes

do mur-do. como 0 americano Craig Venter. urn cce

responsevels peta decifracac do qencma humane,

ecbam que esta na hera de deusr essa mesmice de

lade e ser meis cusadc. VO!nlere 0 principalarauto de

biotoq ia s in tetica - 0 plano de crier novas seres vivos

preticernente do zero Jl=S bancadas de labcreteric

Que rque clare 0 que a qente quer cizer com "do

zero". runquern esta falenro em subsntuir a v id a que

existe hoje par rcbozinhos que se reproduzern. nem

em crier seres VfV05 sem nenhum

pontoern corrwmccmos qoe

ccnhecernos. 0 plano por

lras da btotoq ia s in te-

tlce e - customizar'

mos. digamos. Em vez de inserir um ou dcis gimes

de interesse na cnatura qoevei se tomertraosqenica.

a intencao e montar D DNA intelro em tebcretcrio. as-

co ib en cc 0 c on jurr to d e c ara cter istka s m ais ed eq ua dc

ace oese ioe do "c ria cc r". P en se - n os concureoores.

imagine fcrrnater seu disco rigido e depois Inserir

urn sistema cceractonat tc tat rnente novo e cheio de

Iuncionaudades tnteressantes na sua rnaquine.

Venter e ccm penh ia apostam que esse eetrateq ia

reotcet poce ser (jlil para todo upc de ccise. Ficando

s o n as propostes mccestas, com rnkro -c r qen is r nos I e ,

bern meis comcrcacc criar snimsis cu plantas sintetl-

cosl. eerie possfvet crier seres prcdutores de enerq le.

recictadores de detritcs [imagine qUE' beleza seria urns

bacteria "comedcra" de ptasticol e muito meis

MIN IMAL ISMO

Antes d e atin qir e sse o bje tiv o , Iip re cise co nhe ce r co m

precezo. per exernplo. 0 que os cientistas a s v ez es

Page 47: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 47/60

 

chamsrn de "qencrna mmimc" - oconjonto essencial

de i ns tr ucces qenet ic es semo qual n enhu rna celu ta ecepez de scbrevlver A estretegia para cescobnr isso

um tanto tosce. e peqar urn microbia e i r d et et an do

seus genes, um a urn: enquanto a criatura contirwar

v iva . e sinal d e que 0 gene nao e la o crucial.

Em junho de 2007. Ven ter e 0 pesscerde seu cen-

tro de pesquisas [que leva a nada modesto nome de

Institute J. Craig veoeerl obtiv era rn u rn a va nc o irn -

pressionante (veia 0 infogrilfiwJ. Etes epetrderam 0

processo de trensplante de qeocrna. 0 nome diz quase

tudo- a equipe conseguiu fazer com que 0 cor-junto

do DNA de urna bacteria substitursse a tctebdede do

genoma de o utre b acteria . pertenceo te a o rne escecle

d ife re nte . 5 6 te rn u rn p ro blem in h a; n ern e te s s abem

com total precisac como fo ram capaz es c is so .

No f uturo . pode-se imaginar q ue a c ne ce o d e u rn

rmcro-orqarusrnc artificial erwolvera. em pnmei ro tu -

gar, a s in re tize ce o do q en crn a m ln lm c lo s re qu is ite s

b as lc os d o s istem a, d ig am o sl. sequida da producjc de

um con jun tc de DNA con tendc tocas as carac te ri sti cas

de in teresse des pesquisadcres. E sse pacote prectsara

serjuntedo num crcmosscmo (a estrutura enovetade

queabriga 0 material q en etic ol e t ranslerido paf'a urns

celuta becteriena. Ccnfcrrne os biclcqoe stnteticos

evencare rn . e ies pcderac ate u ti li ze r m ic robi os ma le

ccmpleecs para sves criacces.teis corr-ces levedures

{ flJ n gosque, en tr e out ra s cols as .a judam a Ier rn enta r

o paol . a s q ua is p cs sv em v arie s c rcmc ss omos o rq a-

n iz ad cs em u rn nucleo. igualzinho a n os .

Q u an do e ss e fu tu ro c he ga r. a s co ns eq ue nc ia s

e co ne rm ce s v ao e qu iv ale r a uma v ersac turb inada do

Que aeon I eee agora com os t rensqerucos. Hoje, as

ernpresae de bioteenologia cobram "direitos autorais-

peto u sa de dete rm in ada v arte dede de p ta nta g en s-

ticamente modificada; se a b io lo gla sinte tlca v inqar.

eles poderao exigir esse grana pete usa de especies

nov inhas em fo lha que criaram em laborato r io •

Page 48: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 48/60

 

COM CONHEC IMENTO PREC ISO DAS LE IS

DA FIS ICA E QUANT IDADES DESCOMUNA IS

DE ENERG IA . TALVEZ SEJA V IA vEL

ESCAPAR DO JU iZO FINAL .

o Universe este se expandlndo em ritmo muito

aceteradc neste exatc memento. Ainda nac se pode

direr com certeza cnde lssc vii parer, mas 0 destl-

no mais prcvavet do Cosmos nao e nada aqradevet.

Trata-se do charnadc big freeze. 0 "grande conge-

Iamento" no qual a materia e a energla das qalaxies

ficarao tao dltufdas que 0 Unlverso. por asslrn dizer.

cornecare a morrer de veuic. Em a lg un s tr il ho e s deenos. diz 0 Iisko Michio Kaku, da Universidade da

Cidade de N o v a York, "0 Universe estara cada vez

male escurc, frio e solitario. As terreeratcras vao

despencar. as estrelas esqctarac seu ccmbustivel

nuclear, as galaxia5 !laO mais ilumin..rao as ceus".

Parece 0 lim, certo? D a ate para lmeqlner urna fuga

do sistema solar quando 0 ncsso SoLbater as bolas,

mas escaper do big freeze o J § . pedir demeis.

N.ao para Kaku, no entente. 0 ffslco e futuroloqo

de origem japcnesa e urn dos majs ardorosos de-

ten sore s de p os sib ftid ad e d e e sca car 0 10 im d o Uni·

verso de alguma meneira. Para issc. a civiliz ao;:aohumane - au seja Iiique t ipo de dvil iza-::~o descen-

dente deta aparecer ao tonqo de bllhdes de arms -

tera de ccnhecer em detethee a5 leis qu.:o r~gem 0

funcionamento do Cosmos, eprender a menfpula-

las e ainda contar com uma enorme dose de sorte.

UM LUGAR PARA CHAMAR DE LAR

o maior de tOd05cs qolpes de sane envolve nada

menos que a exletencia de alqurn cutru Universe

para 0 qual fugir, uma posslbllidade que, para as

fiskcs teciricos. este ficendc cede ve z mars forte

(veja 01 repQrtagem scere ~niYl: 'r .5o.5 paratelos ne

pag, 46, para enrender 0 porqueJ. A chamada hipo-

tese do Muttlverso propae que" ncssc Universe eume especte de "bolha" ccsmlca, enquanto uma

enorme quantldade de outras areas do Muttlversc

tembem estao pass-ando per nasclmento ou expan-

sao. Outre jeito de Imaqinar a (E!1.a~aoentre 0 eossoe os dernais universes e pensar- em fulh as de papel

paraLelas umas a s cutres. para ir de urn universe a

cutro . dev e-se "furar" 0 espac;:n 10 q ual. na verda de,

esta fora do espacc-ternpo que conhecemcsl

o problema e que nada consegue atravessar a

"distancia" que separa as Hhas ccsrnicas. 01.1.mais

preclsamente. nada, exceto a gravidade - segundo

os Hsiccs teertcos. essa rorca poderia atuar entre

reqldes separadas do Muttlversc. Portanto. parece

raaoevelmente clare 0 que uma civitiza.;.-ao evanca-

da precise Iezer para e5capar do Juiac Fin at: crier

uma anomatia qravltacloeal tao podemse quo! etaabriria uma brecha entre universes dlterentes.

Esse anomalia p rovave tme rr te s er ia u rn a ver sao

des buracos de rnlnhoca. estruturas teoricas que

tambem sao Importantes para especutacces sobre

a vieqem no tempo. Urn buraco de mlnboca e tie-

sicamenle urn tunel conectando duas rt!gioes dis-

taotes do especo-ternpo. Lernbra-se oas fulhas de

papel da comperacao actma? Imagine que, na ver-

dade, etas sao fothas de bcrracha. e voce atunda a

de c ir na ate encostar parte d ete n a de baixo

Para construir uma passagem desse upo. Kaku

estima que seda preciso manipular a dlta energiade Planck, equivalente ac controte enerqetlco de

urna qalaxia inreira. Apenas uma cMliza.;ao que

sobrevlvesse e prosperas5e por bilhdea de enos.

alcenceria tat nivel de scflstlcacac. Pcrem. urna vez

aplicada esse enerqle eo espaco-tempo, qualquer

coisa e pcssfvet. Em tal nivet de enerjjta, a reeli-

dade tcma-se instevel e ftuida, parecida com Q que

era durante 0 blq-banq. de menelra que um rombo

condualncc do nOSS()Universe a outre aoqutre uma

probabi'lidade ccnslderavet. E possivet qUoli!, rnesmc

que na o exlstarn outrns unlversos, 855a iniciativa

erie um novo pedacc do cosmos. Serle a chance demigrar para l a - e cumecar- tuoo de novo •

Page 49: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 49/60

 

o TELETRANSPORTE, HOJE, E UMA REAUDADE.

Pe lo mencs .se voce for uma perncu la . V a l i 3 . pede a le

ser urn aloma gord8o. qUOl rola. Mas, se voce e uma

pessoa. e - bem possfvel que jamaia seja transportedc

Instentenearnente . .a la cepitac Kirk

Claro. ha ralao p8ra ctimisrno.Ate outre dia. nao

Iafartarnos sequer de teletrenspcrtar partkutas. E.

quando 0 fen6meno qu~ hoje ~ usado para reatizar

es se "maq ia qugn ti ca " fO I descritc pets primeira vez.l a pete prrmeira metade do secuto pessado. fci visto

com ceticiemo peres majores mentes, Albert Eins-

le'l1 chamou a neqocio de "acso fentasmaqorica adistancia" so para tirar um sarro da ideia.

Mas, em 1997, urn qrupo de cientistas do lnstrtuto

de Innsbruck. ne SUI~a, cemonstrou que 0 Ienomeno

qcannco conhecido como "entretscamento", em que

dues pertfcuta s podern tar s eus des tin es Iiq ados ,

e real. E Io! par rneio dele que a eqoipe reeliaou 0 -

exoerimentc que ticou conhecidc como "Beam me

up. Scotty" l'Leve-me para cirns. Scotty"]. expres-

sao corriqueirarnente useda na serie de TV lor-nada nas Est,elas quando alquern requisltave ser

tetetransportadc de volt-a a especcnave. Usando 0

en tr etacamen tc . e ta s consaqc ir sr n t ele tr an spcr ta r

urn te to n - crna p a rtfcuta d e luz , De lapara d. rnui-

tos experimentos em varies partes do. murdo loram

conduzidos. oernonstrendc a eletividade da tecnica

para teletransporte quantico. Ja fizerarn com Ieixes

inteiros de Iotons. ja fizerem com urn proton lpri-

metra partrcota com masse. quI" "mora- no nucteo

cos atomcsl. e Q ultimo feito, realizadc no lim do ana

pas sado . e nv clv eu u rn e to rn o dos pes ad 6e s.

FAUSTAO ATOMICO

o qtcriosc etomo a ser tetetrensoorteoo 1 0 ; a iterbio

teem nade menos que 70 protons em seu nucteol.

Mas a distancie entre trenaporter urn alamo gordao

e urn ser bumanc e gi'9antesc::a. E a ra.z~o para issc

I! ! que cbjetcs grandes, ernbcra cornpostcs de par-

ticulas. ccmportam-se de forma diferente. sequindo

as regr.as da cbernada lisice ctassica

'0 teletranspcrte quantico ocorre quando. dois

estados entrelecados de dues partlculas estac alta-

mente correlacicnadcs. de modo que e pcsslvel usar

Page 50: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 50/60

 

a lnte racac cern um a partkute para afe te r a outre" .

exptice 0 u stc c L aw re nc e K ra us s. d a U oiv ers ld ad e

E sted ual d o Arizona. "M as e ssa co rre ta ca o q uan tice emu it o I ra .g i! . E p or is s o qu e pessca s e ou rr os objetcs

macroscopicos eqem de forma clessica e nee como

ne mecanica cuantica . · Em outras patavras. serie

necessaria medir os estedcs de todes as perticutas

q ue form am uma cadeira - ou ume pessca - e con -

seguir q ue n 80 h aja n en hum a perturbacec n ess aquantidade astroncmica de est ades quanticcs.

Po r isso . o s cientistas ccnsid eram . pete m enos

por 'Ora . rnuito imprcvavel que IIavanco des pes-

qurses cutmine com 0 teletranspctte de objetos de

grande porte. Mas pcdemos Iazer urn exercicio de

im a9 ina~ ao e pensar que urn d ia cheqarem os te. A i.

ca be ra a p er qu nte : 0 te le tr an sp cr te q ua ntic o e rea l-

mente trensoorte ou e oi l destruiceo de um cbjeto e a

reconstruceo de urns repl ica em outre Lugar?

~ impcrtente nola, que. com as -ecrncas usades

J- io je ,epenas as in fo rm sr ;o es .c Or ti c as em 'ada par-

tkute s.ao transpcrtedee. Ou sera. cere transporterom aloma de iterbio. e precise ie- oct-o atcmo de

iterbio, que recebere .os caractenstices do pnrneiro.

Po rtanto . !lao sao as pe-uco tes em si que d esapere-

cern nom lugar e reeparecem. mas s o a informa~aa

que elas ccntern Ii que vie]a de urn ponte a outre,

Entao, a . p er qu nta b as lc a qUE! dev em cs no s Iazer

para en tender tude issc R rnais profunda. 0 que so-

mas? Somos cs atcmos que nos ccmpoern. 00 scrnos

a s m torm acces q ue e ss es etomos contem? 0 filo-

soto Prcnaro H a[)tey . rescce r ia Zarnble e r ed ic ac ona Australia. pensou Ionqarnente sobre a questeo.

E. para ele , a que conte e a inlo rm 8yH o. Afio al. v oce

einda e 0 mesrno "voce" que existiu quando voce era

crienca. muuo embers muitas des sues pertfcutas de

entao tenham se perd ido . e voce tenha agregado mui-

tee rners durante seu cresclrnento. 0 q ue m an te rn

voce como IOOce serie e t-r 'o rrnacao . m ats au rnenos

consterue e ftulda 010 longo de tcdo Q processo.

Mas. clero. esse e apenas urna das ccnclusoes

possfveis. Nee h a neda de err-ado em atitudes como

a do D r: M cCoy. que. na s a ve otv ra s d e Jornada n<JS

Es l re l a s ,sempre temia 0 tetetrensporte

epreferta

elternanvas ccnvencioneis de tccornocao.. •

Page 51: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 51/60

 

71 PEQUENA GRANDE IDE IA

COMO A NANOTECNOLDGjA MUDARIA 0 MUNDO.

Robss minuscules. menores que um a bacteria. cons-

Irurndo carros. pontes Ii: cidaees irueiras: exercitos

d e s ubmarin os rn ic ro sc op ic os n av eq an dc p elo in te -

ricr do corpo humane to curando dcences. Cenarios

mtrabolantes desse tipo sao 0 sonho'dourado dos

defensores da nanotecnologia, urn ramo da cien-

cia q ue busca a m en iputectc prscisa de objetos do

tamenhc de alamos. na escala des nanornetros [1

nenorretro equjvale a 1 metro di-vidido cor 1 bilheo. Epequeno pra danarl. Se a tecnice se tornar tao con-

fiavel quento a eng en haria civil e hoje. a humarudade

val se beneficier de urna revlravctta recnotoqica de

daixer a Revclucao Industrial ea internet nochinelo.

A questac 13:da mesmo para lazer isso?Ainda e rnuito cede para urns resposta definitive.

mas algumas tendencies ja estao se desenhando.

A rnais irnportente. di z R ic ha rd J on es . d o D e pa rta -

mento de Plsica e Astronomia da Universidade de

She ffi eld [Rei ne U r ucol. e q ue n ao d a pa ra cons trui r

maqulnas de dirnensdes nencmetricas slrr-ptesmen-

te usando pecinhes minuscules de metal e ptasuco.

No ernbiente do rnurtc peoueno. usar ess e tipo de

material e estnnura e recerta para 0desastre - v o c eja vai en lender 0 cercus. A rnethor receita, argu-

menta Jones em seu livroSoft Machine.srMaquinas

Mo le s" . a in da s em versao em portuques l. e copier as

ce tu tes v i vas . as quai s. a flo at. te rn ve st a e xper ie nci a

- vns t. bithoes de anos - na erte de ccnstrulr r n a -o otn as n en os co pic as . S e e ss a p os s ib ilid ad e v in q ar,

00 ceu e 0 limite, come YOC~ conlere a seguir:

7IGENTE QUE SE FAZEM BUSCA DAS MAQUINA5 QuE PfWCR1AM.

U rn dos s on hos des pes qcis adcres q ue traba

co rn neoctecnc tcp te e 0 d e e ria l' a rte te to s c e

de replica- iii si masmcs. A ideie e que esse ti

sparelbo. urna vez fabriredc, seria capaz de

sozinbo. as rnaterias-primas necessaries

c on s tru ir c utra s c dp ra s d ele . I S$ o aumenta rra

nenciatmente a ef iciencia d e to do trpc de proc

industrial.

"Na pratica. a propria palaore 'construceo'

inadenuada 0 prccessc se6a male parecido

encber urn tanque de nutnentes e esperar

prcduto cresce L a centro". exotica Jones

A ccn tece q ue cs seees vivos J a sao mesrre s

tipc de tecnice. a chemada seU-assembly["autom

taqem"]. Na verdade, ete nao depende de nen

ti pc de inte recec "mteuqente entre as p eca s d e

membrana cetutar. par exernpto. 0 Que aconte

que a propria e stru tu ra d as m cte cu ta s q ue s ao

dundas Iaz cern que etas autcrnaticarnente se e

«em e mcntem 0 "aperelho cetuter' desejado. P

nisso como urn conjunto de pecas de Lego que

atreides urnas petas outras por uma especie d

para mon la r uma c as a c u L Ima via o. A d lfe re nc a

e a aflrudade qujmice a estruturat entre as pec

nao - 0 rn aq n etis rn o. q ue ta z 0 service.

Em te rm cs blolcqicos. esse tipc de processo

b ern rapid ini1 0 - afinal. em co nd czes id eals. as

terias c on se guem dob ra r sus popul.a.;a.o em

d e 1 0 mmoto s. Com e tq uma sorte . e ss e v elc ct

recorda tsivez possa ate ser melhorada.

Page 52: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 52/60

 

www.G:ine-master.blogspot.com_~ __

lIU NIDOS V E,NCER EMOS

aoscs MINUSCULOS AGINDO JUNTOS.

uutra caoeooeoe in te re ssan te sari s a ~ t L . . i a ~ a o des FLI -

turos oanoaperethos como uma especie de "enxeme'

- u rn ccn jun to dee r tet s tos m inU5C l )Losque poder iem

Intereqc entre 51para realear cetermlnede terefa. tal

como as ab elhas de uma cclrre .a . E tes ficariam em

fcrmecae para aqtr como guindaste nurn momenta e

q an he riar n o utr e configura~ao para fcrm arurna pon-

te " instantanea" no m om enta sequlnte . d igam os

Para que esse bpc de feito se tome possfvet. ~

c la ro Qu e u r n d os e lemen to s c ru cia is sene a s in e-

l iz ac;:ao e ntre as p eq uen as neno maquin as. para q ue

alas conseguissem se coordener de forma encez

N a o p ere ce m uitc p re va ve t q ue etas racern i5S0 52-

fetando pOI" ondas de radio - ao menos pete que

se pede prev er. nao h a tecnlca cepaa d e e nc ol he r

comoonentes eletranicos tantc essirn aarn qUE' eles

s up era qu ec am e tra vem.

Tabez 0 rnels lIiavel seja penser em eencms-

quinas conjuqadas que funcicnem rnais ccmo LJm~

9 05m3 m eleav el do q ue com o urn en xs rn e. N es se

case . a c hance do s - ci e( lli st .s s seri3 cepiar 0 siste-

r na de s ; f1 a li z- s~i iomo le cu la r que J a € xis te e n tr e a s

celutas qve se unern para estancar 0 sanque de

um ferlm en to . per exem pto. C om a ajoda de esLr-

rn uto s q ufm ic os e sp ec ac cs 0 1,,1ille rn ud an ca s d e

tem pe ratura, as ccm pcn en tes n an cs cop iccs p o-

deriarn adquirir "compcnernentos" e formes uteis

e r ev er sjv eis. E sse a bo rd aq em . darn. precisaria de

muito re fin am en to em le bo ra tc rio p ara q ue Q pro-

cessc accntecesse nU(TI.3velocidede superior a da

que se v e em s is temas b io lo gi co s .

Page 53: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 53/60

 

A "IRMA GEMEA" DA MATER IA QUE TODOS

CONHECEMOS, SE DOMAOA , COLOCAR IA

OUTRAS FONTES DE ENERG IA NO CHINELO

"Alra~ao explosive' perece nome de tllme de acao

de quinta cateqorla, mas descreve ii i pedei.;:ao 0 que

eccntece quando a rnaterla encontra sua irrna re~

belde. Sim, as pecas t)asicas qu~ compdem 0 uni-

verso - particulas como os p r o o o M . e eletrons. por

exempto-. possuem versdesidentlcasoe si prdpnas,

excetc pete dlferenca crucial do "slnet trocado". secs protons tem carqa posltlva, 05 anti pro to n s te rn

carga negativa. J ,a cs etetrcns. negativos, tern como

"gemeos" os positrons. Celcque 05 dais membros

desses pares junttnboe e 0 resultado Ii ! uma ex-

ptosac de fazer carr 0 queixo. Seria lima mao na

roda para os nossos lnteresses e ne rc eu cc s - iSSG

se for pcssfvel controtar a conttaqrecac. ctero.

Como voce pede imaginar. multa gente este

tentando ccnseguir lssc. 0 desatlo e dupto. Alem

da dlllculdede tecnica de so permitlr . a expLosa .o

quando nos queremcs que eta accntece [em tese,

qualquer conteto entre materia e antlrnater!e e Sll-

ficiente para qerer trrna mlcrobornbal. tembem h a l 0

problema de prcduztr antlmateria em quantidades

suficientes para que ela slrva de aLguma cclse.

ACELERANOO

o processc basfco de producao de antimatena ja eeonhecido. A maier Fonte de antiprotons e positrons

hoje sao 05 eceleradcres de partlcutas. rnaqulnasgiganteseas como D re(;entement€: if13ugurado

Grande C oliso r d e Hedeons ILHCl.que fica na I rOI1-

tetra entre a Franca e B Sulce. Tudo 0 que os tlslcos

precisarn fazer e eceterar pretons comuns ate que

etes akencem uma vetccidade anrssrrna Depots. 05

protons sao bombardeadcs contra urn atvc. a que

Leva a uma chuva de partlcutas. entre etas algumas

de antirneteria. 0 prccesso e t.ao lnetlclente que 0

laboretoric eurcpeu Cern, respensavet por geren-

dar 0 UiC, gastou US$ 20 mitbces em 2004 apenas

para prcdczir alguns trdio nes;ma!; de grama de an-

tlmaterle. E a materia-prima mais cera da Terra.Para ecltar que- eaaaa entipartfcutas sejam ime-

c ia tamen te des rr uf das . e precise usar uma e s pe cfe

de "ermaditba maqnenra". quI" impede que os ate-

mos de anttmateria toquem as paredes do recep-

tacula cnde esteo guardados. 0 grande sonhc dos

fekos e encontrar maneiras de realizer enccntros

control ados entre atomos de entfmetene e de ma-

hkia.A exotosac derlvada doenccntroseria teocede

para fora por uma especie de exaustcr. crtendo, na

pratlce. urn foguete de anlim ..teria extr ernamente

potente. De acordo com Gerald Smith, pesquisador

de Universidade do Eetedo da Pensltveola IEUAI. '*m"igramas de p ositro ns. se riar n su flc le nte s para

lever urn roqoete cia Terra O J: Marte em semanas

Para ermazenar 05 positrons par tempo suticiente.

Smith prcpde a cria~ao de urn ccntelner repleto de

nitroge1'1io e helle liquidcs. em temperatures tao

baixas que as lnteracdea entre "s substancfes e a

entimatena nao produamam explesdes.

Smith tambem espec::ula quI" a . eflclencla e 0

custc da producao de anti materia poderiam ser

melhorados se os cientistas pudessem ccnstrurr

aceteradores de partlculas vottados para esse lim.

ja que 05 aceler adcres de hoje tcram projetados

ccmo instrumentos de pesquisa. Mas pode ser

que, no futuro distante. ern vez de tazer antimale-

ria. possamcs minera-la. E que. soegunda 05 fisicos

teertccs. 0 universe nasceu com quantidades urn

poucc dfferentes de materia e antimeteria. com

pequena van taqem para a primeira. A r na te n a te ria

anlqultedc a meier parte da anumaterre. mas algu-

mas "scbras" pedem ester perdides pete Cosmos .

"R edes" m eenencee. a bordo de sondes nao trlpu-

Ladas. poderiam capturer as scbras r::aso Iossern

detectaoas par causa da r-eeracac com 05 etcmos

comuns. Em vee de uma corrida do ouro, terfamcs

uma corrida da antimateria espacc atcra, •

Page 54: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 54/60

 

EXTRA IR OX IGEN IO D IRETAMENTE DO L lQU IDO J A E POSS iVEL -

FALTA 56 RESOLVER ALGUNS PROBLEM INHAS TECN ICOS .

NO mSTANTE AND D E 1962,0 esptoreoor Ii! cineasta

trances Jacques Ccusteeu. que criou preticemente

sczinho 0 gerl-l;ro do e dccurnenterics submarines.

profetizou Q surpimente do Homo i S I~ tJ 3 !'i cu s - seres

humanos com branquias cirurqicamente imptenta-

des no pescoco. Como todos sa Demos. na o rctou.

Ninquem .olinda tern ideie de como realizer LIma

modficaceo t~o pro funda no 01"90l"li5mO humano , e

poucas P85S085 seriem euficienternente imbe.., di-

go, c :o ra jo s s- s S ponte de se submeter a esse ripe de

op erac eo . M as 1 i3 0 pe os e q ue e ss e e 0 lim do son hc

de eoeotacao [qLJ-2seJ totet eo emoien te motbado. E n-

qenhocas c e verios t ipos poderiem extreir oxigen io ca

ag ua d cce c u s etq ad a e d ar total a uto nomie a nossa

especie quando cisi tassemos as profvndezes.

nntes de conhecer f:ssas prcpostas aperente-

mente rn.eLUC-95,110entente, vemcs cclccer alguns

pinqos nos is. Emborae molecule de agua seja corn-

peste de um etc-node oxigenio Ie octs oe hidrogenio.otero'. nao e a carte-cera que os pesquisadores oue-

rem obter o preciosc qes: "quebrar" a substancia em

seus ccnstituirues e to rn ic cs e xi qlr la e nerq la dema ls .

Se urn die tiverrnos branquias ertiliciais disponiveis

no rnercedo. etesvsc funcicner-mais ou me-nos como

as. br.§nqu~;:!s d05- petxes e cot-es bicbos aqueticos,

cepturandc 0 er que este naturatmente cisscteido no

Uquidc e Ievardo-o ate nossos putmoes

TRANSPORTE AT iVO

Ditoassim. ale que par-ece simples - e. de certa

forma. e simples mesrnc. Espe r- irnentos classicos.reitcs duran te os en os 6 0 nos EUA pet e eng£ :- n he ir o

qufmicowatter Robb e pete tisioloqista Charles Paga-

nelli, consequirarn tezer com que urn hamster e IJm

caozinhc scbreclvessem per te-mpo indeterminadc

"respirando aqua. 0 truque fo i cerca- (IS b ic ho s c om

uma membra na semipermeevel. leita de silicone

que deixou 0 er dlssolvioc no llquido passer. bar r- an-

do. ao mesmo tempo. a eque propriemente dite. 0

problema e eve, nesse tipo de oranquia, 0 nfvel de

oxigenio Fl'J e r e ca be s e es ta billza nd c em 1 6% . C om o

i'l prcpcrcsc do g a s nc ar normal e de 21%. pe:=.soa:=..

qua reepirarern a quantidede diminulda de oxiqenio

po....empe prclonqedo ficarac com 0 raeocfnic pre-

judicedo. 0 que e L J m bccadc periqcso.

o mteressente rnesrno seria dar urn jei10 de Ira-

z er a ti v am ent e 0 o;.;ige(1io para as nerinas do cam-

didato e peixe. sem deperoer da difusac passive de

ar pelas rnemoranas da "branquia". Nesse case.como sempre, vale a pena copier a natureza - para

aer mais exato. 0 sistema qU8" 0 nosso orqsnismc

usa pare trensportar oxiqenio em sau interior { v e l a

o in fo g r a tic o l_ Pesquisado ....s nos EUA ~ no .Japac

p ro le re re rn u rn tip o d e rn emb r- a na d up la , q ue u sa ria

comocerreceoor de piano 1. 1 hernoglobilla. "Subst§ncia

do sanque que tern grande efinidade quunlca com 0

o;';'9i}nio. Ne 1'"parte de membrane, a hemoqlobina

"aqarreria" 0 go3&e 0 carreqeris Cile a 2a rnelade da

br§ nquia artificial. Nest .. pedaco do aparelho. urn

estfrnulo eletrlco feria as rnelecutes de herncqlobina

setter 0 oxigel1ro. que enteo pcderla ser livrementerespiredo pete mercutbador em questao.

A ideia e boa - tao boa. alias. que seu grande de-

teirc e ser boe oemels . 0 que acontece e que, quanto

rnais fL J ndo alquem desea naqua, rnais periqc so Sii:

tome respirar otiogeniopUID_A apelli3s 9 metres de

protundsiade, por exernplo. LJ gas s~ tome texico. OL I

seja. E o precis e dar urn jeito de en cber as bren quias

artiticiais (om rutroqenio Iprillcipai componente do

er terrestrel, e naa apenas cxiqeruo. S6 que. cuanto

maier a profundidade. maier a tendenc.a do nitre-

genio de sa manter dissolvido na aqua

Per tude is-so.0 mais prcvevel e que a ~OlU~80definitive para as braJlquias artificieis seje. ironice-

mente. algum tipo de Uqurdo que P05Sa:ser inalado

Edstem substancles que. ne forms uquida. conse-

quem CCI,tE!.gOlr bern 0 o: .c igenio eopoderi-Olm ser "res-

piraveis" pela nossa especie. possivelrnenta atraves

da garg<lrIt<l_ Com liqu ides. nao r . . 8 0 problema de

per de de o ttr cc enc . 0 Que rnenter ia 0 e r d issc lo ido

em estedo de equittbrio. como o da atmosfera. Quem

conseqoir combiner a extracao de oxigerlio da equa

com esse tipc de Uouido I"€'spiravd flnalrnente rea-

lizara -0 scnho das branquias prcprias. •

Page 55: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 55/60

 

www.cine-master.blogspot.com

Page 56: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 56/60

 

OS Fis lCOS ESTAo APRENDENDO A

CONSTRU IR MATER IA lS QUE FOR (:AM A LUZ

A FAZER TANTAS CURVAS QUE OS OBJETOS

COBERTOS POR ELES FICARAo INV IS [VE IS .

Harry Petter pede Sf' der- ao luxe de receber urn

manto de inliisibiLidade como heran.;:a de familia.

mas e clare que, na vida real. as coisas sao urn

pouquinho rnais ccmpucacas.a cce notiaa e que os

methores fisicos, quimicos e engenheiros de mate-

riels do mundo estao quebrando a cebeca neste ex-

ato momento para saber como se tornar invislvel.

E, po r lncrfvet que pareca. etes esUio tendo const-

deravel sucessc. usance tecn lcas scfis tfcadas para

conseguir "curvar" certos tipcs de luz.

Esses tecnlcas se baselem num principle sim-

ples: a lux mude a velccldade de sua prcpeqacao

quando passe de urn meio pera outre. E taclt perce-

ber i550 quando voce cclcca urns caneta dentro de

urn cope d'.j.gu3 . A ~mpr~ssao de que a ceneta es ta

"quebrada" tern a ver com 0 tate de que a vetoci-

dade da propaga~ao de Iua muda quando eta passa

do ar p-ara .O J agua, que e urn meio mals dense do

que os gases que ccmpbem a atmosfera. 0 chama-

do indice de relr a~~o e urna rnedid a dessa mudance

de velucidade de luz. N a crerice. ele indica o quanta

os raios de Iuz "entortam" ao pessar do ar pare a

agua ou da agua para 0 vidro. 0 indke de refracac eimportante na buses por lnvlsjbltldade porque, case

losse pcssivet criar urn material no qual ele e nega-

tlvo. 0 que accnteceria ne pratica e que a tuz. em

vez de penetrer no novo meio, ficeria dandc vcttes

ao redor dele, 0 que n8 1verdede e a defini~ao fisica

de Irwlslbllldade urn objeto que a luz nBo toea. Ate

pouco tempo etras, ecredlteve-se que 1"55of'" tipo de

material los chameccs metamaterlalsl serla im-

possivel de ser fabricado_ SE!ri~

SEJA MAIS NEGATIVO

o primeiro grande avenco velo em 2006, quando

pesqulsadores da unlversldade Duxe lEVA] cons-

truiram urn metarnatenal lnvlsfvet a mtcro-ondas.

que nao passe de urn lipo de onda luminosa. "Oscien tis tas da D uke irnpiantararn clrcuttos etetrlccs

em feixas de cobre que ficavam organizadas em

drculos achatados e ccncdntriccs , Iembrandc as

reslstencies de um ferne etetricc", ccnta 0 tisicc

Michie Kaku, da Unlversidade da Cidade de Nova

York. "0 resultado Ioi uma miswre de ceremica,

refton. ttbra e metal. as lmplentes no cobra per-

mitem tercer e ceneliaer 0 camtnhc da radiiil,ao de

micro-ondas de maneira espeofica". diz ele.

Como nerthum ser vivo enxerqa a IUl na felxe

do micro-onuas. a utitidade desse par;;.fernalia

eorneremente como prova de prjncfpio. Urn 005

qrandes problemas oaqur para a Irente tern aver

com a fabrica~a.(l de matertet. E que os detalhes da

superficie do metamaterlat tern de ter djmensac

ccrnpatfvet com 0 comcrfrrentc da cnda tumlnose

que sa quer curvar. Como 0 cornprimentc de onde

das mlcro-ondas e de 3 centrrnetros, basta que eSo-

ses detalhes sejam menores que tssc. Mas a Iuz vi-

sivel possu; comprirnentoe de onda de nenometrcs.

O U s eja. da ordem de 1 metro dividldo per 1 biU1ao.

E preciso aprender a ccnstruir 0 metemeteriat com

detalhes desse tamanhinho ridicule.

Per enquanto, os pesqctseoores estso tazendc

issc com tecnkas usadas para fabricar chips de

computador; Em 2007, equces do Departamento de

Energia americana e da Universidade de Karlsruhe.

na Alemenha, monteram urn meternaterial que ti-

nha iodice de refrecjio neqetlve para a falxa verma-

lha do espectrc da luz vlefvel. Foi urn 9010-;:0, mas

e'nda e preciso tcmar cs objetoe inv'9iveis a todos

os epee de lUI! visivel. Talvez se j< ' l pos s ive l faaer is -so

com a ejusa de varies cernades de metamateriais-.

Outro detathe e lazer com que a pessoe coberta

pete "manto" tambern seje capaz de enxergar. Sa-o

desafics encrrnes, sern ouvtda nenhuma. mas a

base do crcjetc Harry Potter j ; i 1 i est~ tancada •

Page 57: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 57/60

Page 58: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 58/60

 

"a u I D~DO COM 0 QUE VOC~ DESEJA :'

e provevelmente urn dos roelhores ccnsethosdo mur-do. mas e le nao par-ecemulto conslnceete

para algumas das mentes rneis brilhentes

d o planets. S ujeito s co mo 0 c ie ntis ta d e

compu fay8o Hans Mo ravec. -0 flJtLJrotogista

Ray Kurzweit e 0 Iitcsotc N ick Bostrom

estao na linb a de frente do cnamedc

trensurnenism c. urn movimen tc

c ieou fic o e n c s e n c c lc orn u rn s re vi sta

o nlin e tc da m cd er no sa l ( :lJjo o bjetiv c r reicr

e . como 0 nome jil dlz. poss ibiuter a

I ran sfo rm ao ;a o c om ple te d a c on dica c hu ma ne .

Trocendo em rniedos: esses cares querern nos

translormar em deuses e dizam saber como fazer 1550.

Imagine 0 usa coojunto de rrwites des

tecnologias Ieturistas que \l'O(€- enccntrou nes

peqmes oeste revista. Ctoneqem "trensptante de

mente" au recrucas antienvelhecimento para evitar

a d ecrep itud e d o seu co rpo : co nexo es av ancecas

cereorc-maquns para unir sua mente a rodos

oe ccmputedcres do mundo: enerqles attemetivas

poderoslssimes que- nos permuern cotonizaro espaco . d e preterenc!e acco lades a euerscees

qenences que facimem O J sobrevlvencle do

orpen isrnc humane em arnoien tes multo diterentes

d es q ue e)(~ st~m n e T err a . C om o o s d eu se s o gre -g os ,

serramcs fmortais e eternamente jcvens.

E muito cede pare dizsr 5B BSSS plano graJldro~o

tero atgurna chance de dar certo. Por encueruo.

a principal crltica cienufice aos trensumanistas

e que etes ecbestimam derneis 8comptexidade

dos seres vivos: e mctto dinci l alterer- detefhes

da biologia de urn animal como nos sam que heje

eleuos colaterais em mithoes de outrcs pormenores

do nosso organismo. Mas esse E o urn obstacuto mencr;

o v erd ad eiro p ro ble ma e qu e difiCllrnenle

a s c a ra c ten st ic a s ceflnldcres d e nOS$<!hl)msnidsde-

f'lOSSOSsonhos. aspirecoes, e lo s emo cio re e

e espiritueis - ~obrevi\leriam.s UiTJ.smudanca lao

reciset de nosse netureze, Ser super-hurneno eerie

apenee uma forma de ser nao-hurnenc - 01,1ate

cesurneno. Desse scntc de vista, ouso dizer que tebez

a imcrtatidade «srce seje me-nos legal do que perece .•

VALE A PENA TENTAR MANIPULAR

A EVOLUcAo DA NOSSA PROPRIA

ESPECIE?_~~~~~~~~_I

_lexto_R L

Page 59: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 59/60

Page 60: Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel

5/12/2018 Superinteressante 285 2009 05 a Ciencia Do Impossivel - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/superinteressante-285-2009-05-a-ciencia-do-impossivel 60/60