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Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Segundo o Relatório de Brundtland (1987), sustentabilidade é "suprir as necessi- dades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas". Enfim, a sustentabilidade é o termo da vez, estampado em jornais, revis- tas, campanhas publicitárias... O fato é que para um empreendimento humano ser sustentável, temos que relacionar todos os comportamentos e atitudes, tendo em vista quatro requisitos básicos: ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Dentro dos aspectos que envolvem a sus- tentabilidade, a conscientização da vida e o respeito ao próximo também são essenciais para construir um mundo melhor. A verdade é que as organizações políticas e empresariais que direcionam toda eco- nomia formal ainda estão com o pensamento atrasado, focado na exploração dos recursos naturais, maior produtividade e lucro, sem medir as conseqüências para tais resultados. Com o consumo da vida, reservamos (ou temos planos de reservar) grandes áreas de ambientes naturais da Terra como reservas naturais e manter suas capacidades em sustentar as espécies. Mas qual será o futuro da nossa espécie? Pode a terra sustentar a população humana indefinidamente em expansão numa alta qualidade de vida? Em que grau os valores humanos são compatíveis com os valo- res naturais? Podem os ecossistemas manejados servir a algumas das mesmas funções que os ecossistemas naturais? Ou as reservas naturais permanecerão em total contraste com os ambientes completamente alterados e dominados por huma- nos e suas espécies domesticadas? Essas são apenas algumas das indagações levantadas pelo professor de biologia Robert E. Ricklefs, autor da obra A Economia da Natureza. O fato é que uma biosfera sustentável é improvável enquanto a população humana continuar a crescer dessa forma exploratória, arruinando os recursos naturais. A verdade é que as soluções existem para a maioria dos problemas ambientais e são relati- vamente simples via engenharia e ecologia. No entanto, o grande desafio dessa geração é proporcionar a informação científica necessária para desenvolver um consenso social, construir um compromisso político e informar a sociedade sobre as questões relativas ao ambiente para sua devida conscientização. Desse modo, a sustentabilidade tornou-se a questão-chave para a sobrevivência da raça humana, para quem ainda deseja desfrutar de alguma qualidade na vida e gostaria de preservar o planeta Terra para as futuras gerações. O desenvolvi- mento sustentável é um processo dinâmico destinado a satisfazer as necessida- 42 BIKEACTION Conheça o caminho para um mundo melhor por meio do transporte sustentável. TEXTO: ANDRE PIVA FOTOS: ANDRE PIVA E BICICLETADA FLORIANÓPOLIS Sustentabilidade 86 ok ht.qxd:EPIC 53 Qk 10/5/07 2:16 PM Page 2

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Robert E. Ricklefs, autor da obra A Economia da Natureza. O fato é que uma nos e suas espécies domesticadas? socialmente justo e culturalmente aceito. Dentro dos aspectos que envolvem a sus- aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. qualidade de vida? Em que grau os valores humanos são compatíveis com os valo - sustentável, temos que relacionar todos os comportamentos e atitudes, tendo em

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Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos

aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.

Segundo o Relatório de Brundtland (1987), sustentabilidade é "suprir as necessi-

dades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir

as suas". Enfim, a sustentabilidade é o termo da vez, estampado em jornais, revis-

tas, campanhas publicitárias... O fato é que para um empreendimento humano ser

sustentável, temos que relacionar todos os comportamentos e atitudes, tendo em

vista quatro requisitos básicos: ecologicamente correto, economicamente viável,

socialmente justo e culturalmente aceito. Dentro dos aspectos que envolvem a sus-

tentabilidade, a conscientização da vida e o respeito ao próximo também são

essenciais para construir um mundo melhor.

A verdade é que as organizações políticas e empresariais que direcionam toda eco -

nomia formal ainda estão com o pensamento atrasado, focado na exploração dos

recursos naturais, maior produtividade e lucro, sem medir as conseqüências para

tais resultados. Com o consumo da vida, reservamos (ou temos planos de reservar)

grandes áreas de ambientes naturais da Terra como reservas naturais e manter suas

capacidades em sustentar as espécies. Mas qual será o futuro da nossa espécie?

Pode a terra sustentar a população humana indefinidamente em expansão numa alta

qualidade de vida? Em que grau os valores humanos são compatíveis com os valo -

res naturais? Podem os ecossistemas manejados servir a algumas das mesmas

funções que os ecossistemas naturais? Ou as reservas naturais permanecerão em

total contraste com os ambientes completamente alterados e dominados por huma -

nos e suas espécies domesticadas?

Essas são apenas algumas das indagações levantadas pelo professor de biologia

Robert E. Ricklefs, autor da obra A Economia da Natureza. O fato é que uma

biosfera sustentável é improvável enquanto a população humana continuar a

crescer dessa forma exploratória, arruinando os recursos naturais. A verdade é

que as soluções existem para a maioria dos problemas ambientais e são relati-

vamente simples via engenharia e ecologia. No entanto, o grande desafio dessa

geração é proporcionar a informação científica necessária para desenvolver um

consenso social, construir um compromisso político e informar a sociedade

sobre as questões relativas ao ambiente para sua devida conscientização.

Desse modo, a sustentabilidade tornou-se a questão-chave para a sobrevivência

da raça humana, para quem ainda deseja desfrutar de alguma qualidade na vida

e gostaria de preservar o planeta Terra para as futuras gerações. O desenvolvi-

mento sustentável é um processo dinâmico destinado a satisfazer as necessida -

42 BIKEACTION

Conheça o caminho para um mundo melhor por meio dotransporte sustentável. T E X T O : A N D R E P I V A F O T O S : A N D R E P I V A E B I C I C L E T A D A

F L O R I A N Ó P O L I S

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des atuais sem comprometer a capacidade de gerações futuras de satisfazer suas

próprias necessidades, já alertava o biólogo Robert Ricklefs, no recente trabalho da

Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.

O desenvolvimento sustentável não deve colocar em risco a atmosfera, a água, o

solo e os ecossistemas que mantêm a vida na Terra. É um processo de mudança

no qual o uso de recursos, programas econômicos, desenvolvimento tecnológico,

crescimento populacional e estruturas institucionais estão em harmonia e elevam o

potencial atual e futuro de progresso humano.

Talvez os ensinamentos do líder religioso, advogado e notável pacifista indiano

Mahatma Gandhi possa dar uma luz nessa jornada. A natureza da vida pode ser

entendida por meio dos sete pecados do mundo, que interpretados como virtudes

ganham um novo significado, tais como riqueza com trabalho, prazer com consci -

ência, conhecimento com caráter, comércio com moralidade, ciência com huma -

nidade, política com princípios e religião com fé.

De acordo com os princípios acima, temos que considerar um detalhe fundamental

para compreender a sociedade humana ou os sistemas sociais. Somos organizados

em redes, como as próprias redes biológicas. O doutor em física e teórico em sis-

temas Fritjof Capra, autor de diversos livros como O Tao da Física, O Ponto de

Mutação e A Teia da Vida, aborda profundamente as relações sociais à ciência,

fazendo metáforas sobre os comportamentos humanos e o sistema biológico.

Um exemplo da sociedade em rede é a internet. Agora e sempre, nos reunimos em

redes de comunicação, redes sociais... E por que não nos reunirmos para alcançar

uma solução global? Em suas reflexões em As Conexões Ocultas, Capra determina

que a sociedade humana é formada por diversas estruturas e significados, presen -

tes em diversos contextos. Desse modo, as características inter-relacionadas são

essenciais para a compreensão da realidade social. Ou seja, ele quer dizer que

tudo na vida funciona como um ciclo, em que todas as coisas, ambientes, pensa-

mentos e atitudes estão relacionados nesse sistema. O próprio sentido da palavra

significado indica o fenômeno sistemático: uma idéia, transmitida à mente, exige

ou permite uma interpretação, segundo o dicionário Webster’s. O mesmo dicio -

ná rio define a interpretação como uma concepção feita à luz das crenças indivi -

duais, de um juízo ou de uma circunstância.

Simplificando os pensamentos acima, para interpretar alguma coisa e agir da

maneira correta, nós situamos tal coisa dentro de um determinado contexto de

conceitos, crenças, valores ou circunstâncias. De modo que para compreender o

significado de alguma coisa, temos que relacioná-la com seu passado e seu futu -

ro, pois nada tem sentido em si mesmo.

Portanto, antes de dar procedimento ao tema sustentabilidade, é necessário fazer

uma reflexão sobre as atuais condições do sistema social mundial. Até aqui sabe-

mos que a nova economia imposta por instituições financeiras, como o Banco

Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a Organização Mundial do

Comércio (OMC), está gerando conseqüências sem precedentes para o meio

ambiente, além de gerar um aumento da desigualdade e exclusão social e uma

pobreza e alienação cada vez maiores. A nova economia, presa somente ao

dinhei ro, mais conhecido como capitalismo, põe em risco e destrói inúmeras

comunidades. Através da biotecnologia mal-pensada nas conseqüências (alimen-

tos transgênicos), violou o valor sagrado da vida e busca transformar a maior

riqueza da Terra, a biodiversidade, em monoculturas para interesse de poucos.

Além disso, transforma a ecologia em engenharia e a própria vida em mercadoria.

Enfim, a criação de uma eco-economia dependerá de uma visão global comparti -

lhada, diz o americano Lester Brown, um dos mais influentes pensadores do

mundo. Brown fundou o Worldwatch Institute (1973), organização não-governa-

mental responsável pela publicação anual do Estado do Mundo, considerada a

bíblia do pensamento ecológico. Ele acredita que, embora o esforço para criar

uma economia sustentável pareça monumental, quase todos os componentes

desse objetivo foram alcançados, porém por países variados. A China, por exem-

plo, começou a controlar o crescimento populacional. A Dinamarca proibiu a

construção de usinas elétricas a carvão. Israel implantou tecnologias para elevar a

produtividade hídrica. A Coréia do Sul cobriu suas colinas e montanhas com

árvores. A Costa Rica pretende mudar toda a energia para fontes renováveis. A

Alemanha reduziu os impostos sobre renda, compensando-os com aumentos

sobre energia. A Islândia desenvolve um projeto para se tornar a primeira econo-

mia mundial baseada no hidrogênio. E os holandeses estão mostrando ao mundo

como construir sistemas de transportes urbanos que dão à bicicleta o papel cen-

tral no aumento da mobilidade e na melhoria da qualidade de vida urbana. O

desafio agora é cada país juntar todas as peças de uma eco-economia.

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"Temos construído cidades mais para a mobilidade do carro do que para a felicidade das crian -

ças", disse Enrique Peñalosa, no artigo La Ciudad y La Igualdad. A frase do ex-prefeito de Bogotá

(Colômbia), que em seu mandato humanizou a capital com a construção de mais de 300 km de

ciclovia, retrata perfeitamente o sentido da sustentabilidade nos meios de transporte. O transporte

sustentável se enquadra em diversas alternativas que diferem da tendência do veículo individual.

O objetivo dos transportes sustentáveis – bicicleta, patins, skate, transporte coletivo – busca pelo

equilíbrio social, ambiental e econômico, numa iniciativa de gerenciar os impactos sociais e

ambientais causados pelo sistema de transporte.

Na teoria, é tudo maravilha; na prática, a realidade é outra. No Brasil, por exemplo, o cenário é de

completo descaso com a população. Falta incentivo político no cumprimento das leis que exigem

a construção de ciclovias em novas vias de trânsito, falta respeito aos ciclistas e pedestres, falta

bicicletários, falta segurança no trânsito. Enfim, são necessários inúmeros aspectos para construir

uma sociedade mais justa, segura e humanizada. E será que existe uma luz no fim do túnel?

Felizmente sim. Se outras cidades pelo mundo conseguiram progredir na questão do transporte

sustentável, ainda existe esperança.

A campanha mundial do Dia Sem Carro é atualmente a principal bandeira dos cicloativistas para

conquistar seus direitos em busca de uma mobilidade sustentável. É um movimento por um

transporte público melhor, por menos poluição na cidade, por menos engarrafamento, por mais

respeito ao pedestre, por mais ciclovias, por cidadania e segurança no trânsito. No entanto, o

importante é não ficar restrito apenas a uma data simbólica, e sim invadir as ruas com a sua bici-

cleta e reivindicar por mais respeito e segurança. “Quando se fala em mobilidade, o alerta tem de

ser feito. Os malefícios causados pelo automóvel na coletividade são bem maiores que os benefí-

cios que ele proporciona a seus proprietários individualmente”, escreve Zé Lobo, do Transporte

Ativo, no blog da organização. Outro forte argumento a favor do uso da bicicleta é que a magrela

é o segundo meio de transporte mais rápido nas cidades, perdendo apenas para a moto, como já

ficou comprovado em vários desafios intermodais (deslocamentos simultâneos de um ponto a

outro com diversos meios de transporte, entre eles ônibus, moto, carro, bicicleta, metrô).

O documento The Urban Environment, pela Royal Commission on Environmental Pollution, do

Reino Unido, publicado em março, identificou uma teia de problemas maléficos causados pelos

automóveis nas cidades. Cabe ressaltar que desde que Londres instalou pedágios no centro da

cidade, em 2003, o número de ciclistas triplicou. O diagrama foi traduzido para o português pela

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Transporte Ativo. Nesse cenário caótico e aparentemente sem saída da dependência dos auto mó -

veis, a bicicleta apresenta-se como uma alternativa viável para mobilidade nas cidades. É uma

forma de transporte individual ecologicamente limpo, silencioso e que ocupa pouco espaço

urbano. Além disso, ainda melhora a saúde e aproxima as pessoas.

“A verdade é que em grandes metrópoles o trânsito caótico parece ser um problema insolúvel

pela proporção que atingiu. Em outras cidades, a situação é menos dramática. Medidas podem

ser tomadas antes que a situação fuja ao controle”, relata Denir Miranda sobre o projeto Melhorias

e Incentivo ao Uso da Bicicleta como Meio de Transporte, elaborado pela Prefeitura de Montes

Claros (MG), com apoio e consultoria técnica da Transporte Ativo. “O projeto prevê as seguintes

medidas: rotas e sinalização específica para bicicletas, campanhas de educação dos ciclistas, 350

vagas em bicicletários modelo inglês, ruas de tráfego exclusivo para bicicletas uma vez por mês

(medida pioneira no Brasil). Com a recente implantação de um moderno sistema de transporte

coletivo e com medidas de valorização e incentivo ao uso da bicicleta, Montes Claros mostra que

as soluções existem e podem ser adotadas preventivamente. A cidade coloca-se voltada para seu

horizonte, em busca de um futuro melhor para todos”, reflete Denir Miranda.

Freqüentemente, subestimamos a importância de ações pessoais e escolhas como consumidores na

formação da nossa sociedade. Instituições, negócios e governos são orientados para responder por

estímulos externos. Você pode iniciar esse estímulo e estar no centro da mudança. O mundo é mode-

lado através do acúmulo de escolhas pessoais e de decisões diárias de indivíduos como você. Reserve

um tempo para examinar como você e sua família estão vivendo e o que estão comprando. Verifique se

os padrões de sua vida são condizentes com os valores de desenvolvimento global sustentável, dando

ênfase, obviamente, à mobilidade sustentável com o uso da bicicleta, patins, skate ou a pé.

Enfim, como dito anteriormente, existem soluções para todos os problemas da sociedade, basta ini-

ciativa política e conhecimento para fazer a coisa certa no lugar certo. Por isso é cada vez maior o

número de cidades que estimulam o uso da bicicleta como meio de transporte. Paris, Amsterdã,

Londres, Oslo, Berlim, Barcelona, Bogotá e Pequim seguiram esse caminho mais humano para

transporte. Por que não fazer do Brasil o próximo?

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Qualquer cidadão que se preze tem que lutar por seus interesses. Por isso,

associe-se às entidades locais e entre nessa campanha em prol do trans-

porte sustentável. Por conta disso foi criada a União dos Ciclistas do Brasil

(UCB), entidade que representa os usuários de bicicleta no país, que tem

por finalidade fomentar todas as formas de utilização da bicicleta, em espe-

cial como meio de mobilidade. A idéia da UCB nasceu no Fórum Brasileiro

de Mobilidade por Bicicleta (FBMB), inicialmente idealizado durante a reali -

zação do Fórum Social de 2005, em Porto Alegre. Mas a consolidação da

UCB acontece oficialmente no terceiro encontro nacional dos cicloativistas.

O evento ocorrerá nos dias 24 e 25 de novembro, no Rio de Janeiro.

Mountain Bike BH (Belo Horizonte, MG): www.mountainbikebh.com.br

Transporte Ativo (Rio de Janeiro, RJ): www.ta.org ou blog.ta.org.br

ABC (Blumenau, SC): www.abciclovias.com.br

Viaciclo (Florianópolis, SC): www.viaciclo.org.br

Rodas da Paz (Distrito Federal, Brasília): www.rodasdapaz.org.br

Mobilciclo (Curitiba, PR): www.mobiciclo.org

UCB (União de Ciclistas do Brasil): www.uniaodeciclistas.org.br

Rua Viva: www.ruaviva.org.br

Bike Brasil: www.bikebrasil.com.br

Apocalipse Motorizado: www.apocalipsemotorizado.blogspot.com

Bicicletada: www.bicicletada.org

Escola da Bicicleta (São Paulo, SP): www.escoladabicicleta.com.br

Aqui estão alguns exemplos de mudanças simples no estilo de vida que

podem gerar alguma diferença:

• Diminua seu consumo de recursos. Conserve água. Utilize lâmpadas de

baixa voltagem que economizam energia. Compre refrigeradores e ar condi-

cionados que não sejam prejudiciais à camada de ozônio.

• Esteja ciente do crescimento populacional global, nacional e regional.

Com isso em mente, planeje o tamanho de sua família.

• Desfaça-se de modo apropriado das substâncias nocivas usadas em casa.

Por exemplo, use uma garrafa pet para guardar o óleo de cozinha e dispense

em local apropriado. Utilize guardanapos de algodão laváveis. Recicle latas

de alumínio, vidros, jornais, além de outros produtos domésticos.

• Alimente-se de mais vegetais e frutas e em menor quantidade de carne.

Dê preferência para produtos locais.

• Faça mais exercícios. Em curtas distâncias, vá a pé ou de bicicleta.

• Mantenha seu jardim de modo a favorecer o surgimento de pássaros,

insetos, mamíferos e plantas. Elimine o uso de pesticidas. Plante árvores e

arbustos. Cultive verduras em sua propriedade.

• Peça sacolas de papel no supermercado ou leve a sua própria sacola ao

fazer compras.

• Não adquira animais raros ou em extinção ou qualquer produto feito de

pele de animais selvagens, como couro de répteis, marfim e corais.

• Não fomente a indústria do diamante, responsável por verdadeiras chaci-

nas no continente africano.

• Aproveite o tempo livre para elevar sua própria consciência acerca dos

problemas globais e converse com outros interessados no assunto.

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