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Tendências 2019 Entrevista com engenheiro e professor de finanças Mauro Braga sobre o panorama para 2019. Pag. 8 Mar-Abr 2019

T e n d ê n c i a s 2 0 1 9‡O-ABRIL2019.pdfExecutiva de Negócios – Rita Capistano DIRETORIA REGIONAL SÃO PAULO ... LIGHT, Spirax Sarco e EMAQ Engenharia. Sócio da WM Treinamento

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T e n d ê n c i a s  

2 0 1 9

Entrevista com engenheiro e

professor de finanças Mauro

Braga sobre o panorama para

2019. Pag. 8

Mar-Abr 2019

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Expediente DIRETORIA EXECUTIVA

Vice Presidente Institucional – Laerte Farina Vice Presidente Executiva – Lisley Pólvora

Coordenador do Conselho Deliberativo – José Eduardo B. Barros

Conselheiro Deliberativo – Fernando F. Moura Conselheiro Deliberativo – João Paulo Monetti

Executiva de Negócios – Rita Capistano

DIRETORIA REGIONAL SÃO PAULO André Gurgel – Superintendente de Compras

BM&BOVESPA Eduardo Heinemann – Sócio da Capital Executivo

Soluções Empresariais Cleide Freitas – Diretora – QUANTA Soluções em

Comunicação Júlio Pinheiro – Ger de Contratação –

EMBRATEL TELECOM

DIRETORIA REGIONAL RIO DE JANEIRO Anderson Cotias – Ger. de Sup. Brasil Wilson

Sons Filipe Barroso –

Wladimir Salles – Sócio da WM Trein e Consultoria

DIRETORIA REGIONAL RIBEIRÃO PRETO

Marcus Vinicius da Silva Silvano

COMITÊ DE COMPRAS Eduardo Heinemann – Diretor Comitê SP

Wladimir Salles – Diretor Comitê RJ

1

Av. Paulista, 726 – 16° andar - Bela Vista – São Paulo - SP – 01310-910

(11) 3774-0046 e (11) 3774-0045

Editorial

Lisley Pólvora

VP Executiva CBEC

Boa leitura!

Olá compradores!

Esta é a primeira edição de 2019, ano que

começou com muitas tragédias no mundo e

me faz pensar: O que virá pela frente?

Teremos fôlego para chegar em 2020? 

Sim, teremos. Sou uma pessoa extremamente

positiva, e sempre busco o melhor de cada

situação.  Acredito que o melhor é a união,

a colaboração com o próximo e

sempre retribuir com gratidão ao

 universo, mesmo diante

das dificuldades, pois tudo

retornará favorável a você.

Nós aqui do CBEC buscamos diariamente

boas práticas em compras, para tanto nesta

edição trouxemos uma entrevista com um

especialista sobre Tendências 2019.

E matérias muito especiais sobre

Sustentabilidade, logística, gestão de

fornecedores e um depoimento muito

interessante sobre desafio e oportunidade. 

Espero que questões levantadas nesta edição

sejam úteis para você traçar estratégias

em compras  que sejam benéficas

ao seu negócio.

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Índice

Parceiro CBEC: USCS - Pós-Graduação Gestão Estratégica de Compras - Turmas abertas

3

23

07

13 CBEC em ação! Cursos abertos, in company e filiação

GESTÃO: Gestão de Fornecedores um case de sucesso no Pará.

Sustentabilidade: Qual o caminho da sustentabilidade  em compras?

08 Economia - Entrevista: Tendências 2019

15 Logística: As principais tendências em Supply Chain e Logística em 2019

20

Parceiro CBEC: Achieve cursos de inglês

24 Profissionais de Compras Expatriados - Desafios e Oportunidades

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QUAL O CAMINHO DA SUSTENTABILIDADE

EM COMPRAS?

Sustentabilidade tornou-se, nos últimos tempos, objeto de discussão, nas

mais diversas áreas, saindo do meio acadêmico e dos círculos técnicos,

tendo, finalmente, chegado ao ecossistema empresarial.

Especialistas, como Julianna Antunes, já faz algum tempo, propagam os

benefícios que a sustentabilidade corporativa pode trazer para os negócios,

inclusive quanto ao retorno sobre o capital investido.

Apesar do avanço nas discussões, quando olhamos para o cenário no Brasil,

percebemos que ainda persiste uma visão equivocada do que seja

sustentabilidade de fato, reduzindo-a, como destaca Antunes(1), a: “gestão

de projetos sociais/ambientais, comunicação da sustentabilidade,

elaboração de relatórios, engajamento interno e coisas do tipo”. Mas,

como esclarece a autora, sustentabilidade é mais que isto.

O Cenário atual

Após a COP-21, realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em

Paris, assistimos a um crescente esforço internacional, no sentido de

Wladimir Salles Especialista em Cadeia de Suprimentos|Consultor| Professor| Sócio na WMTC

SUSTENTABILIDADE

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desenvolver estratégias, de combate ao aquecimento global, buscando

eliminar (talvez reduzir fosse o verbo mais adequado) seus principais

causadores, como, por exemplo, os gases gerados, pelo uso intensivo dos

combustíveis fósseis.

Entretanto, quando olhamos para o cenário corporativo, percebemos as

organizações com uma alta inércia na construção de um processo de

sustentável, capaz de impactar o modelo de negócios, através de mudanças

significativas, como a passagem da manufatura para a prestação de

serviços, por exemplo. Ou seja, apesar de continuar fabricando bens, a

organização terá seu foco concentrado ou seu core business na prestação de

serviços, ao que muitos autores denominam de servitização da indústria.

Para que a sustentabilidade tome corpo dentro das organizações é

fundamental que todos percebam que este é um tema de toda a companhia e

não de um Departamento específico. É por isto, que muitos especialistas,

como a acima citada, defendem que, face a característica de

transversalidade da sustentabilidade, não deveria existir um único Setor

responsável pela sua gestão, pois ela deve estar presente em todo as ações

e processos da empresa.

Quais são as perspectivas?

Para mim a sustentabilidade irá avançar como uma das ferramentas

principais para a gestão dos negócios, pois episódios como o ocorrido em

Minas Gerais, não deixam dúvidas que as empresas não podem mais pensar

na estratégia do negócio, sem considerar os impactos nos stakeholders e

mei

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meio ambiente, sob pena de verem sua reputação e talvez a própria

continuidade do negócio em cheque.

Mas, não há como pensar que possamos fazer isto, sem o devido retorno

financeiro, pois é para isto que as empresas existem.

O envolvimento de todos as áreas, na construção de um modelo de negócio

sustentável, que garanta o desenvolvimento mercadológico, com retorno

financeiro, totalmente integrado com as demandas sociais e ambientais, é a

única forma que enxergo de alcançarmos um patamar de desenvolvimento,

sem que tenhamos que conviver com situações como a que estamos

vivenciando no Brasil, diante da tragédia causada pelo rompimento da

barragem de rejeitos da Vale.

Sustentabilidade e a área de compras

Ao pensar a sustentabilidade de forma estratégica, como foco de todas as

áreas, percebemos que algumas possuem maior potencial para ajudar no

desenvolvimento do processo sustentável.

Por mais de uma vez, ouvi dos responsáveis pela gestão da sustentabilidade,

em companhias de grande porte, ser a área de compras uma das que

possuem maior poder de impactar a construção do modelo de negócio

sustentável, em suas organizações, por entenderem que não há como

atingir tal objetivo, sem o envolvimento dos fornecedores. A área de

compras, por ser gestora natural da cadeia de fornecimento, precisa assumir

o papel de envolvimento dos fornecedores no processo.

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O que um time de compras deve fazer para colocar a sustentabilidade, como

base da estratégia de todas as ações desenvolvidas?

Sem a presunção de esgotar o tema, até porque, temos muito a aprender,

vou me ater a pontos aos quais tenho dedicado minha pesquisa.

O primeiro ponto é a GESTÃO DE RESÍDUOS NA CADEIA DE VALOR, que

foi objeto de outro artigo, no qual destaco sua importância, uma vez que esta,

“permeia todo o processo produtivo, desde de a geração das matérias-primas

até o fim do ciclo de vida do produto, causando problemas de escassez ou

esgotamento de recursos naturais e contribuindo significativamente, para o

aumento da poluição e da degradação ambiental, principalmente em função

do descarte inadequado de rejeitos, ao longo de toda a cadeia de valor”.

O outro ponto que destaco como fundamental é GESTÃO DE

FORNECEDORES, de forma estruturada, baseada na parceria e no diálogo

constante, pois não dá para pensar em um processo sustentável, sem

garantir que toda a cadeia de fornecimento esteja alinhada, na busca

constante do atingimento dos objetivos estratégicos da instituição.

Somente com uma base de fornecedores comprometida com a estratégia de

sustentabilidade, a área de compras poderá ter foco no desenvolvimento de

soluções de compras sustentáveis.

Fonte: 1. https://www.linkedin.com/pulse/porque-o-business-usual-est%C3%A1-detonando-corporativa-julianna-antunes/. 2. https://www.linkedin.com/pulse/qual-sustentabilidade-sua-empresa-pratica-julianna-antunes/?published=t

Sobre o autor: Wladimir Ferreira Salles é mestre em Engenharia de Transportes (com ênfase em Logística Integrada), pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), MBA em gestão de negócios pelo IBMEC Business School do Rio de Janeiro e graduado em engenharia mecânica. Sua experiência profissional inclui cargos de gerência e supervisão nas áreas de supply chain, logística e produção, tendo atuado em organizações como USIMECA, LIGHT, Spirax Sarco e EMAQ Engenharia. Sócio da WM Treinamento & Consultoria. Diretor Regional do CBEC, Co-Autor do livro Gestão de logística, distribuição e trade marketing. Professor convidado da Fundação Getúlio Vargas

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Por Mauro Braga INTELIGÊNCIA EM COMPRAS: Qual a sua visão sobre a economia brasileira, no momento?

T E N D Ê N C I A S 2 0 1 9Entrevista:

ECONOMIA

MAURO BRAGA: No momento e focando somente o Brasil, ainda não me

permito ter visões muito otimistas sobre a economia brasileira. Apesar de

pessoalmente acreditar que as intenções da atual equipe econômica do

Governo brasileiro estão sendo direcionadas para o que deve (e tem) de ser

feito, já se nota que não haverá o implemento de novas medidas sem que haja

uma articulação política correta e convincente para a formação de uma base

sólida para se poder avançar nas reformas cruciais e no implemento de novas

políticas, e não só as econômicas, mas todas aquelas que efetivamente

contribuam para a melhoria das expectativas internas e externas sobre o nosso

potencial.

Creio que vamos ter de aguardar um pouco mais para nossa visão se

acostumar ao nevoeiro em que nos encontramos. Os mais de 10 milhões de

votos de vantagem obtidos pelo novo Governo conferem legitimidade ao

mesmo para propor as medidas que foram anunciadas previamente. No

entanto, esse mesmo Governo terá de mostrar à população, de forma rápida,

que a nova forma de negociação propalada durante a campanha e a expressiva

renovação parlamentar havida serão vetores suficientes e efetivos para a

implantação de seu programa de Governo.

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INTELIGÊNCIA EM COMPRAS: O aspecto mais crítico da crise já

passou?

MAURO BRAGA: Entendo que os efeitos e os aspectos econômicos que

geraram nossa crise ainda vão perdurar um bom tempo, mesmo que as

reformas anunciadas sejam efetivadas. Para mim, um dos grandes

problemas com a nossa cultura é o imediatismo de resultados cobrado por

nossa sociedade. Isso se reflete em quase todos os setores produtivos.

Não há como falarmos de forma isolada sobre a economia brasileira. Se

olharmos para fora vamos ver as duas maiores economias do mundo atual

em conflitos comerciais, a Inglaterra em confronto com o MCE, vizinhos

nossos da AL em posições extremadas, enquanto alguns asiáticos ganham

espaço na produção de determinados bens e serviços de maior valor

agregado. Devemos lembrar também que a Austrália e a Nova Zelândia tem

se desenvolvido de forma bem interessante, tornando-se importadoras de

mão-de-obra qualificada que procura ambientes com melhores condições de

IDH que o nosso.

INTELIGÊNCIA EM COMPRAS: Como você analisaria as propostas de

retomada do crescimento apontadas pelo Governo e as direções

indicadas?

MAURO BRAGA: 2014 até agora, destacam-se a variação negativa do PIB

- até o fundo do poço em 2016 -, e uma retomada lenta e pequena de lá

para cá. Mesmo após os resultados positivos, mas pouco significantes, após

o primeiro trimestre de 2017, na minha visão ainda estamos em um período

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de sérios riscos e de equilíbrio estrutural pouco estável. Há que se retirar a

sobrecarga que existe nas costas dos Governos, reforçar as estruturas para

o futuro, e auxiliar, com responsabilidade e com seriedade, a recuperação de

vários setores que ainda podem se tornar competitivos à nível mundial.

Para isso, entendo como corretas e aguardo com anseio pela Reforma

Tributária – acabando com o inferno para o empreendedor que tenta investir

corretamente, e retirando subsídios fiscais não justificáveis para setores que,

no fundo, só sobrevivem por conta disso.

A já encaminhada Reforma Previdenciária já é consenso em boa parte da

sociedade, mas entendo que ainda é tímida ao excluir determinados setores.

Todos nós, infelizmente, teremos de pagar o preço por decisões equivocadas

do passado.

Insisto ainda em uma tecla que tem sido muito preocupante: há a

necessidade de maiores e melhores investimentos na educação de base!

Eles são fundamentais para que possamos passar a ter competitividade à

nível mundial no médio e no longo prazo.

INTELIGÊNCIA EM COMPRAS: A crise econômica vivenciada no Brasil

levou a um alto nível de desemprego e à retração em novos

investimentos. Quais são as saídas para essa crise?

MAURO BRAGA: Não resta dúvida que a saída está na retomada do

crescimento. Para isto, torna-se fundamental a aprovação das propostas de

reforma tributária e previdenciária. Além disto é preciso que o cenário político

possa indicar a retomada da estabilidade, perdida aos longos dos últimos

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anos, com os sucessivos episódios que geraram um clima de indefinição e

insegurança econômica, jurídica e institucional.

Se conseguirmos transmitir aos investidores nacionais e internacionais um

mínimo de segurança, talvez possamos, em breve, voltar ao mapa de

investimentos internacionais.

INTELIGÊNCIA EM COMPRAS: Qual a influência desta mudança de

Governo para o setor de compras/suprimentos?

MAURO BRAGA: Vejo que haverá enormes alterações para as áreas de

compras/suprimentos das empresas. Só a diminuição proposta para o

tamanho do Estado já levará à um redirecionamento enorme e vultoso na

lógica e na logística delas.

Caso as mudanças propostas pelo Governo venham a ter resultados positivos

no médio prazo, a participação das empresas privadas tomará boa fatia do

Governo Empreendedor, que costuma ser pesado, ineficiente e caro. O

empreendedor privado não deverá contar com proteções governamentais

indevidas, eu espero.

De qualquer forma, para sobreviver nesta nova lógica, o empreendedor

privado deverá investir pesadamente em novas tecnologias, visando não só a

melhoria no fornecimento de produtos e serviços, mas também deverá

possibilitar aos seu clientes e fornecedores acessos maiores e de maior

abrangência às suas informações, sob o risco de ter sua credibilidade posta

em jogo.

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Por outro lado, a sustentabilidade de qualquer negócio estará constantemente

sendo posta à prova. Sob o ponto de vista ambiental, a velocidade inovadora

impõe não só a nossa capacidade de reciclar e tratar adequadamente os

produtos obsoletos. Deveremos pensar sempre na forma de exploração

socioeconômica de nossas riquezas, Na atualidade, não dá mais para varrer a

sujeira para debaixo do tapete. Creio que a natureza é bem maior do que o

Ser Humano e cobra seu preço no tempo em que ela acha justo. Ou

aprendemos com nossos erros ou, não muito longe, alguns poucos

sobreviventes de nossa espécie estarão destruindo a Lua, Marte ou sei lá que

outros planetas e galáxias.

A área de compras/suprimentos terá um papel fundamental no processo de

implementação de processos empresariais sustentáveis e que agreguem valor

aos produtos finais, tanto no aspecto financeiro como no socioambiental.

Sobre Autor: Mauro Braga é Engenheiro Civil, com experiência profissional nas áreas de construção civil,

transportes, análise setorial, análise de investimentos (corporate e project finance) e RH, tendo trabalhado em

empresas como BNDES, CST e SIDERBRAS. Mestre em Administração e MBA em Finanças pelo IBMEC/RJ.

Graduado em Engenharia Civil pela PUC-Rio. Professor convidado em cursos de pós-graduação de Finanças

da FUNCEFET, UGF e UniverCidade. Professor de Análise Setorial no Curso DSc. Sócio consultor

na WM Treinamento & Consultoria Ltda (/wmtc.com.br/)

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CBEC em açãoAcreditamos que o desenvolvimento do

ecossistema de compras, é fortemente impactado

pela capacitação dos profissionais, que nele 

atuam, os quais devem estar atualizados com as principais ferramentas de

gestão, de forma a obterem os melhores resultados no processo de aquisição,

alinhados com os objetivos estratégicos do negócio.

O CBEC, objetivando a melhoria constante da facilitação do relacionamento

com o mercado, disponibiliza dos canais para atendimento das demandas de

profissionais e empresas, quanto a capacitação das equipes:

• Cursos abertos

• Treinamento in company

Os treinamentos in company, possuem como diferencial a possibilidade de

atendimento a características específicas do mercado de atuação da empresa

contratante, podendo serem customizados qanto ao conteúdo e o tempo de

duração. Além disso, podem ser desenvolvidos projetos especiais, que

atendam a necessidades apontadas, pelo cliente.

Todos os cursos disponíveis em nossa trilha de capacitação disponível em:

https://cbec.org.br/cursos/, podem ser apresentados no modelo in company.

Associados CBEC têm desconto especial em todos os cursos, para se filiar ao

CBEC é muito simples.

Associado empresarial: taxa anual de R$ 2.000,00 e todos os colaboradores

tem desconto nos cursos e na pós-graduação, proposta en nosso

site: https://cbec.org.br/beneficios-para-os-associados/

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Curso In Company Gestão Tributária realizado na empresa

Ciplan  dia 23/02 em Brasilia/DF para equipe de compras.

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As principais tendências em

Supply Chain e Logística em 2019

As principais tendências já estão batendo a nossa porta há anos, mas nem todos

têm percebido ou têm olhado para essas tendências imaginando que estão em

um futuro distante. A verdade é que essas tendências já fazem parte do dia a dia

de muitas empresas.

Como está sua empresa? Preparada para incorporar as tendências?

Internet das coisas (IoT)

Supply Chain e Logística talvez seja os setores mais afetados pelo IoT. A

tecnologia trouxe facilidades e ao mesmo tempo agilidade para muitos

consumidores. Ao comprar um produto é trivial saber quando irá chegar, qual a

empresa que está fazendo o transporte, qual o status do pedido, quando foi

entregue e até quem recebeu o produto. Isso é possível devido à grande

quantidade de informação e de tecnologia aplicada que permitem dizer até o

posicionamento exato de um caminhão.

Em 2019, é esperada uma grande ampliação desses serviços com o objetivo de

otimizar a gestão de frete e melhorar a estratégia das empresas para

maximização dos lucros. Temos inúmeras empresas startups apostando nas

oportunidades encontradas entre IoT, Supply Chain e Logística.

Dentro das fábricas, existe um grande potencial a ser explorado. De acordo com

a CNI, o Brasil tem cerca de 700 mil indústrias, que somam mais de 5 milhões

Por Luiz Carlos Roque Junior Coordenador de Suprimentos e Logística IBMP - Instituto de Biologia Molecular do Paraná

LOSÍSTICA

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de equipamentos. As máquinas em uso no país têm, em média, entre 15 e 20

anos. Além disso, 95% delas não são conectadas à internet. (OLHA A

OPORTUNIDADE !!)

Transporte autônomo

Ainda parece muito distante.... Será? O que dizer da Vale, que em um mês

conseguiu aumentar em 26% o volume de minério transportado com caminhões

sem motoristas, guiados à distância a partir de centros de controle. Os ganhos

gerais permitem um aumento de 15% da vida útil dos equipamentos, o consumo

de combustíveis e os custos de manutenção devem diminuir 10% e o desgaste

do pneu deve ser 25% menor.

Indústria 4.0

O principal assunto dos últimos anos ... E já está acontecendo! Abaixo, algumas

empresas que já estão investindo nesta nova indústria.

• A Vale através de investimentos em Internet das Coisas, Advanced Analytics,

Machine Learning, Inteligência Artificial e aplicativos móveis, entre outras

inovações tecnológicas.

• A Bosch se tornou mais flexível e respondeu melhor as demandas do mercado.

Entregas realizadas no mesmo dia da compra!

Para operações logísticas que não estão preparadas isso significa muitas vendas

perdidas. Esse processo, conhecido como Same day delivery, comum em outros

mercados, busca atender os clientes mais exigentes e o foco no cliente é vital.

Temos que lembrar que os clientes estão em busca de transparência,

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acessibilidade,conveniência e velocidade de entrega a custo baixo. Para

tanto, gerenciamento de risco, sistemas automatizados e parcerias

estratégicas são fundamentais.

Sustentabilidade

Com a necessidade da redução da emissão de carbono e lixo plástico, a

busca por cadeias de suprimentos sustentáveis é inevitável, tornando-se

um grande desafio para as organizações. Como o caso do canudo de

plástico - o que fazer com toda a cadeia de suprimentos que produz,

distribuir e vende?

Ações como as da Ambev mostram como todos os pontos aqui abordados

estão interligados. A empresa anunciou em 2018 o uso de 1.600

caminhões elétricos em sua frota, como também a meta de usar energia

renovável em 100% das cervejarias até 2025.

Gestão de Riscos e compliance

No mundo cada vez mais conectado, com cadeias de suprimentos cada

vez mais longas e complexas, faz-se necessário o uso de tecnologia para

monitoramento em tempo real e tomada de decisões de forma preventiva.

Alterações na legislação, mudanças na Receita Federal e aprovação da

Lei Anticorrupção empresarial (Lei nº 12.846/2013) são itens críticos para

as empresas que não estão adaptadas. O uso de softwares é fundamental

devido ao imenso volume de informações que surgem a todo momento. A

gestão de riscos é como o efeito borboleta! Você pode não saber, mas

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sua cadeia de suprimentos tem grande

chance de ter uma ruptura a qualquer

momento.

A busca por talentos

Mais de um terço das empresas brasileiras

enfrentam dificuldades para contratar, seja

por carência técnica, falta de experiência

ou ausência de perfil comportamental!

Estar atento às tendências na cadeia de

suprimentos e logística é estar um passo à

frente da concorrência. E não é preciso

comprometer o orçamento da empresa!

Cada organização deve avaliar o seu

contexto e, somente após uma análise

estratégica, deve buscar a implantação das

inovações. Analise a sua empresa e o seu

mercado, e se for preciso, contrate uma

consultoria.

Somente dessa forma você saberá o

momento de fazer cada investimento sem

que isso comprometa o orçamento da sua

empresa.

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REFERÊNCIAS https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,vale-comeca-a-operar-a-primeira-mina-do-pais-com-caminhoes- autonomos,70002496527 https://www.baguete.com.br/noticias/20/08/2018/bosch-adapta-industria-4-0-no-brasil https://www.baguete.com.br/noticias/20/08/2018/bosch-adapta-industria-4-0-no-brasil https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN1L51K8-OBRBS https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/eu-estudante/tf_carreira/2018/10/14/tf_carreira_interna,712613/o-enigma-da- escassez-de-talentos.shtml

Sore o autor: Luiz Carlos Roque Junior é especialista em Logística com mais de 12 anos de experiência em gestão logística, operações e suprimentos. Mestrando em Ciência, Gestão e Tecnologia da Informação (UFPR), MBA em Gerência de Sistemas Logísticos pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Engenharia em Logística e Operações Lean pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Engenharia de Produção pelo Centro Universitário Internacional UNINTER e graduado em Logística pelo Centro Universitário Internacional UNINTER Atuou como professor em Curso Técnico de Logística. Atualmente, Coordenador de Suprimentos e Logística no Instituto de Biologia Molecular do Paraná – IBMP e Consultor de Logística e Suprimentos na Empresa MCSL.

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Em meados de 2000, surgiu o PDF - Programa de Desenvolvimento de

Fornecedores no Pará durante a expansão da refinaria de alumina,

Alunorte, localizada no munícipio de Barcarena, distante cerca de 112km

de Belém.

Na ocasião, os fornecedores locais pleitearam mais acesso à área de

compras para participar com efetividade das oportunidades de negócios

oriundos da expansão, e ao mesmo tempo havia um ponto de atenção

relacionado à qualificação da gestão desses fornecedores segundo os

gestores e compradores da refinaria.

GESTÃO DE FORNECEDORES  UM CASE DE SUCESSO NO PARÁ!

GESTÃO

Por Marcel Moraes de Souza – Executivo de Gestão REDES/FIEPA www.redesfiepa.org.br

Para minimizar a problemática, a Vale, que na

época era CVRD - Companhia Vale do Rio

Doce, trouxe e implantou no Pará e Maranhão a

metodologia do PDF (Programa de

Desenvolvimento de Fornecedores), que tinha

como objetivo preparar/qualificar os fornecedores locais para atender as

demandas e oportunidades da expansão da Alunorte e das demais plantas

industrias ligadas a Vale. Para formalizar o trabalho foi firmado um convênio

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Turmas em São Paulo e

São Caetano do Sul!

de cooperação técnica com a FIEPA - Federação das Indústrias do

Estado do Pará, para a coordenação e execução do programa.

O principal indicador de mensuração de resultados é compras locais,

onde cada mantenedora tinha o compromisso de informar o que

comprava de material e serviço no Pará e Brasil. Iniciou-se com o índice

de apenas 19% de compras locais e, hoje, atingiu-se o patamar de mais

de 50% após 18 anos de atuação local.

Em 2011, o PDF se transforma em REDES - Inovação e Sustentabilidade

Econômica, com o objetivo de dar continuidade no fortalecimento das

compras locais e também adotar soluções e serviços mais adequados

com as exigências do mercado e mantenedoras.

Durante todos esses anos de atividades, reuniões, visitas técnicas,

auditorias em fornecedores, percebe-se que cada vez mais os

fornecedores impactam significativamente na competitividade de qualquer

organização, seja indústria, varejo, comércio. Porém, as políticas de

gestão de fornecedores aparentemente não acompanham na mesma

velocidade as transformações mercadológicas e as tendências

contemporâneas de relacionamento entre parceiros.

Ainda é praticado o que o mercado denomina de canibalismo entre

empresas, que visa somente o menor preço a qualquer custo, pressão ao

fornecedor para cumprir atividades não previstas em contrato,

pagamentos a longíssimo prazo, fazendo com que o fornecedor local

“financie” as empresas de maior porte, falta de comunicação entre

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Turmas em São Paulo e

São Caetano do Sul!

as empresas de maior porte, falta de comunicação entre gestores das

grandes empresas ocasionando prejuízos na gestão do contrato para os

fornecedores, contratação de profissionais de compras com pouca

experiência e qualificação, falta de investimento em capacitação das

lideranças das empresas locais, processos de tomada de preço com

pouca transparência, entre tantos outros cenários que nos deparamos no

dia a dia.

Apesar da experiência do Pará ter

avançado em percentual de compras

locais, há a necessidade de ser rever a

política de gestão de fornecedores como

um fator de extrema importância, já que isso aumenta a competitividade no

ambiente empresarial. Valorizar as relações comerciais, rever processos e

políticas internas, analisar as tomadas de decisões que influenciam

impactam a curto prazo, mas que logo em seguida deixam um rastro de

fatores negativos como, parceiros e fornecedores falidos, relacionamentos

institucionais desgastados e imagem negativa da empresa são apenas

alguns indicadores de quanto é importante estruturar uma política de gestão

de fornecedores aderente as melhores práticas de governança e as

tendências de mercado.

A melhor solução pode ser adotada com medidas simples e muito eficazes,

como o respeito mútuo, negócios onde todos ganham e uma comunicação

transparente e de parceria real.

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Fazia algum tempo que esse sonho de viver no exterior me acompanhava.

Nada de concreto, uma vontade grande e só. Sempre estudei idiomas pelos

mais diversos motivos: curiosidade, necessidade de carreira, etc, e,

coincidentemente, desde 2013 vinha tentando aprender o idioma alemão.

Eu já havia visitado diversos países como EUA, Itália, Franca, Bélgica e

Alemanha, sendo que este último foi o que mais me impressionou com sua

organização, suas belas estradas, paisagens e um povo que em nada se

parece com a ideia geral que se tem (pelo menos que eu tinha) de que o

alemão é muito sério, sisudo e sem jogo de cintura. Não é assim. Pois bem,

em 2014 surgiu uma oportunidade de passar dois anos na Alemanha. Uma

oportunidade profissional para a minha esposa e, para mim, uma espécie

de sabático. Não pensei duas vezes. Organizei a (vasta) documentação

exigida pelo consulado, preparei tudo com muito cuidado – principalmente a

minha saída da posicao que ocupava como Gerente Geral de Suprimentos

numa empresa líder de mercado – e em 2015 partimos rumo a outro

continente, outro país, outra cultura.

Profissionais de Compras Expatriados - Desafios

e OportunidadesPor Fabio Tardin – Senior Procurement Manager FACTSET www.factset.com

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Deixamos amigos, família, o Rio de Janeiro e toda uma vida pessoal e

profissional para começar do zero. Ok. Afinal, eram apenas dois anos, mas

ainda assim doeu. E como.

Logo na chegada vieram as surpresas boas e as nem tão boas assim –

nada é perfeito. O idioma foi, e ainda é, a principal barreira. Mesmo com

fluência em inglês, é natural que as empresas busquem profissionais que

dominem o idioma local – você imagina uma empresa no Brasil contratando

alguém sem fluência em português? Após seis meses de imersão, muitas

aulas intensivas de alemão e muitos quilômetros rodados de norte à sul por

esse belíssimo país (a Alemanha é muito subestimada em termos

turísticos!), resolvemos prolongar essa estadia indefinidamente.

Intensifiquei as buscas por uma recolocação e entrei em contato com o

consulado brasileiro em Frankfurt. Para nossa surpresa, Brasil e Alemanha

possuem um acordo bilateral de Previdência Social, que permite que o

tempo trabalhado no Brasil conte para a aposentadoria na Alemanha e vice-

versa. O valor da aposentadoria será proporcional ao total de contribuição.

financeira, mas só de não perdermos os anos trabalhados no Brasil, mais

de 20 no meu caso, já é uma grande coisa.

Com o currículo atualizado para o padrão alemão, parti em busca de uma

posição que agregasse oportunidade de aprendizado e, também, de aplicar

minha experiência como gestor. Vindo do Brasil e, principalmente, do

ambiente corporativo onde havia passado os últimos anos, foi um choque:

gestão na Alemanha é bem diferente.

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Aqui, os gestores são muito operacionais. Os cargos aos quais concorri e a

posição que atualmente ocupo possuem um alto componente operacional.

No início, isso me pareceu um retrocesso, mas junto com tanto operacional

vem também uma independência maior do que eu já havia experimentado.

Os profissionais são mais livres para atuarem e, quando somamos à essa

independência a curiosidade e inciativa comuns a nós brasileiros, o

resultado é de deixar os alemães boquiabertos (risos). Portanto, se, por um

lado, questões culturais e idiomáticas nos impõem dificuldades, a alta

padronização dos processos de compras em geral e a alta complexidade do

mercado brasileiro em particular nos permitem transitar com facilidade,

independente do ramo de atuação.

Assim, se você estiver pensando em passar uma temporada trabalhando

em outro país, meu conselho é: vá! Se prepare, invista na sua formação!

Lembre-se de que você competirá por vagas junto com profissionais locais,

aculturados, com networking local, domínio do idioma e etc. Se organize e

busque contato com empresas especializadas em lidar com expatriados. No

fim do dia e apesar da saudade, a experiência vale muito à pena!

Sobre o autor: Fabio Tadin Mais de 20 anos de experiência em grandes organizações dedicadas à negociação, sourcing estratégico, gerenciamento de contratos, planejamento de demanda de serviços e materiais estratégicos, incluindo commodities, bem como liderança de equipes de Procurement e Supply Chain. Foi diretor voluntário no CBEC no período de 2014 a 2018, responsável pela identificação, suporte e disseminação das melhores práticas operacionais e estratégicas em Procurement. Coletar, organizar, analisar e divulgar os resultados para as afiliadas do CBEC, em conjunto com o IFPSM, destacando o papel do CBEC como referência para profissionais da área. Especialidades: negociação, liderança, sustentabilidade, Lean Six Sigma, gestão de Suprimentos e Supply Chain.

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Estamos investindo no

relacionamento com os

grupos de interesse da área

de compras em canais como

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Instagran e WhatsApp para

divulgação de suas ações,

bem como treinamentos e

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interativo.

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