46
CRISTINA FERNANDES GARBINO TABAGISMO & ADOLESCÊNCIA Canoas, 2009

TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

CRISTINA FERNANDES GARBINO

TABAGISMO & ADOLESCÊNCIA

Canoas, 2009

Page 2: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

1

CRISTINA FERNANDES GARBINO

TABAGISMO & ADOLESCÊNCIA

Trabalho de Conclusão apresentado para a banca

examinadora do Curso de Ciências Biológicas do Centro

Universitário La Salle - UNILASALLE, como exigência

parcial para obtenção do título de Licenciado em

Ciências Biológicas, sob orientação da Profª Drª

Alessandra Marqueze.

Canoas, 2009

Page 3: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

2

TERMO DE APROVAÇÃO

CRISTINA FERNANDES GARBINO

TABAGISMO & ADOLESCÊNCIA

Trabalho de conclusão aprovado como requisito parcial para obtenção do grau de

licenciatura do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário La Salle –

UNILASALLE, pelo avaliador:

Profª Drª Alessandra Marqueze Unilasalle

Canoas, ____/____/2009.

Page 4: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

3

A meu marido e filho pela paciência e compreensão nas horas que abriram mão de momentos de convívio, que sofreram a minha ausência quando o dever e o estudo me chamavam, e aos meus pais que recebi o dom mais precioso do universo: a vida, e a maior herança que se pode deixar para um filho: o conhecimento. Amo todos vocês!

Page 5: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

4

A Profª Drª Alessandra Marqueze que quando deveria ser professora foi mestre, muito mais que mestre, amiga. Dedicou seu tempo e sua experiência para que a minha formação fosse também um aprendizado de vida, fazendo-me acreditar que sou capaz de criar e ousar, meu respeito, gratidão, carinho.

Page 6: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

5

"Quando amamos e acreditamos do fundo de nossa alma, em algo, nos sentimos mais fortes que o mundo, e somos tomados de uma serenidade que vem da certeza de que nada poderá vencer a nossa fé. Esta força estranha faz com que sempre tomemos a decisão certa, na hora exata e, quando atingimos nossos objetivos ficamos surpresos com nossa própria capacidade." Paulo Coelho”.

Page 7: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

6

RESUMO

O presente trabalho teve o objetivo de avaliar a incidência do tabagismo

entre adolescentes no ensino médio na cidade de Canoas. Foi aplicado um

questionário padronizado individual não identificado a fim de traçar um perfil dos

estudantes com idade entre 14 e 18 anos completo freqüentadores das escolas da

rede pública e particular nas seguintes instituições de ensino: Instituto Estadual

Educacional Dr.Carlos Chagas, Escola Estadual de Ensino Médio Barão do

Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim,

Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle Niterói.

Segundo os resultados obtidos 86% dos entrevistados não apresentam o hábito de

fumar, a principal influência para o tabagismo foi devido a seus amigos (46% nas

escolas estaduais e 33% nas escolas particulares) e dos 137 adolescentes 74% nas

escolas particulares e 72% nas estaduais afirmam que as escolas e professores não

abordaram nenhum assunto a respeito dos malefícios do cigarro.

Palavras chaves: Tabagismo – Adolescente – Saúde – Escola estadual - Escola particular - Questionário

Page 8: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

7

ABSTRACT

The present work is objective investigation of the smooching adolescents in the teach

medium of the Canoas city. Application of the questions to obiter profile of the

students with 14 and 18 years old in the public school and private school: Instituto

Estadual Educacional Dr.Carlos Chagas, Escola Estadual de Ensino Médio Barão do

Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim,

Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle Niterói. The

results evidence of the 86% students doesn’t smooching. In the smooching students,

the principal influence from to friends(46% public school and 33% private school) and

thus 137 adolescents 74% in the private school and 72% public school speak to

school and teachers doesn’t speak about to maleficent of the smooching.

Key-words: smooch – adolescents –health- public school- private school -questions

Page 9: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

8

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................9

1.1Fisiologia.............................................................................................................10

1.1.1 Sistema Circulatório .........................................................................................10

1.1.2 Sistema Respiratório ........................................................................................12

1.1.3 Sistema Nervoso ..............................................................................................13

1.2 Tabaco................................................................................................................14

1.3 Tabagismo .........................................................................................................15

1.3.1 Efeito no SNC...................................................................................................15

1.4 Doenças relacionadas ao tabaco .....................................................................15

1.5 O Tabagismo e os adolescentes ......................................................................17

2 OBJETIVO .............................................................................................................18

3 METODOLOGIA ....................................................................................................19

4 RESULTADOS & DISCUSSÃO .............................................................................21

5 CONCLUSÕES ......................................................................................................29

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................34

REFERÊNCIAS.........................................................................................................35

ANEXO A – Modelo do questionário que será entregue aos alunos.........................37

ANEXO B - Declarações de comparecimento nas escolas.......................................39

Page 10: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

9

1 INTRODUÇÃO

Atualmente o tabaco é considerado a droga mais utilizada e disseminada no

mundo, tornando-se um dos mais graves problemas de saúde pública mundial e um

dos principais causadores previsíveis de morte (PINTO & RIBEIRO, 2007). Hortense

e cols. em seu artigo publicado na Revista Brasileira de Enfermagem em 2008,

aponta que o número de fumantes no mundo fica em torno de 1,25 bilhões,

correspondendo a cerca de 47% da população masculina e 12% da população

feminina. E que no Brasil estes números ficam em torno de 1,2 milhões de mulheres

fumantes e 16,7 milhões para os homens.

Exceto a desnutrição e a miséria, nenhum outro fator de risco como o fumo foi

tão evidenciado pelo mundo científico, como o causador de milhões de mortes

evitáveis e incalculável sofrimento, na história da espécie humana (MURRAY e

LOPEZ, 2000).

Os prejuízos causados à saúde pelo hábito de fumar são amplamente

conhecidos, sendo o seu controle considerado pela Organização Mundial da Saúde

como um dos maiores desafios da saúde pública no mundo atual. O controle do vício

tabágico pode fazer mais pela saúde do homem e sua expectativa de vida do

qualquer outra ação preventiva isolada (Horta e cols. 2001).

Segundo Horta e cols. (2001), uma vez que as maiorias dos adultos tabagistas

iniciam a fumar na adolescência, campanhas antitabágicas devem ser

especialmente dirigidas para essa população. Conseqüentemente, a identificação

Page 11: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

10

aqueles grupos de adolescentes que apresentam maiores risco de consumir tabaco

é de importância para o desenvolvimento e a implementação dessas campanhas.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's) abordam o tabagismo como um

dos principais problemas de saúde da sociedade e que esse assunto deve ser

trabalhado transversalmente por fazer parte da vida social de crianças e jovens para

o conhecimento dos malefícios que tabaco acarreta.

Os PCNs que são referências para o Ensino Fundamental e Médio de todo o

país e cujo objetivo é garantir a toda criança e jovem brasileiro, mesmo em locais

com condições socioeconômicas desfavoráveis, o direito de usufruir o conjunto de

conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício da cidadania,

afirma que:

“... as doenças cardiovasculares, típicas de países desenvolvidos, vêm ganhando crescente importância entre as causas de morte, associadas principalmente ao estresse, a hábitos alimentares impróprios, ao tabagismo compulsivo, à vida sedentária e à ampliação da expectativa de vida...”

“Em suma, convive no Brasil a antiga necessidade de implantação efetiva de ações básicas para a proteção da saúde coletiva e a exigência crescente de atendimento voltado para as chamadas doenças modernas.”

Conforme descrito pelos PCNs, frente ao aumento progressivo das doenças

modernas, este trabalho justifica-se pela necessidade de se levantar dados a

respeito dos jovens tabagistas com o fim de implantar ou aprimorar projetos de

contenção a este vício, pois, pode-se observar que há uma grande desinformação

das instituições públicas de ensino a respeito do tabagismo entre seus próprios

alunos e a grande maioria não tem dados específicos a este respeito. Por não

conhecerem o perfil destes jovens a aplicação de projetos torna-se bastante ineficaz.

1.1 Fisiologia

1.1.1 Sistema Circulatório

O coração está dividido em quatro cavidades: átrio direito, átrio esquerdo,

ventrículo direito e ventrículo esquerdo (TORTORA; CRABOWSKI, 2006).

Page 12: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

11

Segundo Costanzo (2005), os vasos sangüíneos são de três tipos básicos:

artérias, veias e capilares. As artérias são vasos de parede espessa, que saem do

coração levando sangue para os órgãos e tecidos do corpo. A pressão exercida pelo

sangue contra a parede das artérias é o que denominamos pressão arterial. Em um

adulto com boa saúde, a pressão nas artérias durante a sístole ventricular – pressão

sistólica ou máxima – é da ordem de 120 mmHg. Durante a diástole, a pressão

diminui, ficando em torno de 80 mmHg; essa é a pressão diastólica ou mínima.

As artérias coronárias constituem-se nos primeiros ramos emergentes da aorta

e são responsáveis pela irrigação do músculo cardíaco. A coronária direita se

encarrega da irrigação do átrio e ventrículo direitos, da porção posterior do septo

interventricular, dos nós sinusal e atrioventricular e, ainda, de parte da parede

posterior do ventrículo esquerdo. A coronária esquerda é responsável pela irrigação

da parede ântero-lateral do ventrículo esquerdo, átrio esquerdo e da porção anterior

e mais significativa do septo interventricular. Como a irrigação dos ventrículos é

muito mais preponderante do que a dos átrios, quase sempre a descrição se refere

aos ramos ventriculares. As veias são os vasos de paredes menos espessas que

chegam ao coração trazendo o sangue dos órgãos e tecidos. Além disso,

diferentemente das artérias, as veias de maior calibre apresentam válvulas em seu

interior, que impedem o refluxo de sangue e garantem sua circulação em um único

sentido (GUYTON; HALL, 2002).

Berne e cols. (2005) citam que os capilares sangüíneos são vasos de pequeno

calibre que ligam as extremidades das arteríolas às extremidades das vênulas. A

parede dos capilares possui uma única camada de células, correspondente ao

endotélio das artérias e veias. Quando o sangue passa pelos capilares, parte do

líquido que o constitui atravessa a parede capilar e espalha-se entre as células

próximas, nutrindo-as e oxigenando-as. As células, por sua vez, eliminam gás

carbônico e outras excreções no líquido extravasado, denominado líquido tissular. A

maior parte do líquido tissular é reabsorvida pelos próprios capilares e reincorporada

ao sangue. Apenas 1 a 2% do líquido extravasado na porção arterial do capilar não

retorna à parte venosa, sendo coletado por um sistema paralelo ao circulatório, o

sistema linfático, quando passa a se chamar linfa e move-se lentamente pelos vasos

linfáticos, dotados de válvulas.

O trabalho cardíaco produz sinais elétricos que passam para os tecidos

vizinhos e chegam à pele, através das células condutoras: nodo sinoatrial

Page 13: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

12

(marcapasso), nodoatrioventricular, feixe de His e sistema de Purkinje. Assim, com a

colocação de eletrodos no peito, podemos gravar as variações de ondas elétricas

emitidas pelas células condutoras do coração. O registro dessas ondas pode ser

feito numa tira de papel ou num monitor e é chamado de eletrocardiograma (ECG)

(COSTANZO, 2005).

1.1.2 Sistema Respiratório

O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões, que são

dois órgãos especializados nas trocas gasosas, e uma bomba que ventila os

pulmões, composta pela parede torácica, pelos músculos respiratórios, que

aumentam e diminuem o tamanho da cavidade torácica, e pelos tratos e nervos que

ligam o cérebro aos músculos. Em repouso, o ser humano normal respira 12 a 15

vezes por minuto. Seis a oito litros por minuto (ou 500 ml de ar por incursão

respiratória) são inspirados e expirados. Esse ar mistura-se com os gases presentes

nos alvéolos e, por difusão simples, o O2 entra no sangue dos capilares pulmonares,

ao mesmo tempo em que o CO2 entra nos alvéolos. Dessa forma, 250 ml de O2

entram no corpo por minuto e 250 ml de CO2 são eliminados. Quantidades mínimas

de outros gases (ex.: metano produzido pelos intestinos) também são detectadas no

ar expirado. Álcool e acetona são expirados quando presentes em quantidades

significativas no corpo. Na verdade, já foram identificadas mais de 250 substâncias

voláteis diferentes no ar exalado pelos seres humanos (GUYTON; HALL, 2002).

Para Berne e cols. (2005), os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com

aproximadamente 25 cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana

serosa denominada pleura. Nos pulmões, os brônquios ramificam-se profusamente,

dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente

ramificado de bronquíolos é chamado árvore brônquica ou árvore respiratória. A

base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que

separa o tórax do abdômen, presente apenas em mamíferos, promovendo,

juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado

logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma.

A ventilação pulmonar subdivide-se em: inspiração e expiração. A inspiração,

que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura do

Page 14: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

13

diafragma e dos músculos intercostais. A expiração, que promove a saída de ar dos

pulmões, dá-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos

intercostais (COSTANZO, 2005).

Segundo Guyton e Hall (2002), a respiração é controlada automaticamente por

um centro nervoso localizado no bulbo. Desse centro partem os nervos responsáveis

pela contração dos músculos respiratórios (diafragma e músculos intercostais).

Impulsos iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial do córtex cerebral podem

afetar a respiração. Em condições normais, o centro respiratório (CR) produz, a cada

5 segundos, um impulso nervoso que estimula a contração da musculatura torácica

e do diafragma, fazendo-nos inspirar. O CR é capaz de aumentar e de diminuir tanto

a freqüência como a amplitude dos movimentos respiratórios, pois possui

quimiorreceptores que são bastante sensíveis ao pH do plasma. Essa capacidade

permite que os tecidos recebam a quantidade de oxigênio que necessitam, além de

remover adequadamente o gás carbônico.

1.1.3 Sistema Nervoso

Segundo Guyton & Hall (2002), o sistema nervoso, juntamente com o sistema

endócrino, provê a maior parte das funções de controle do corpo. Em geral ele

controla as atividades rápidas, como as contrações musculares, eventos vicerais

que se alteram rapidamente e mesmo a secreção de algumas glândulas endócrinas.

O sistema nervoso é inigualável dentro da vasta complexidade das ações de

controle que pode desempenhar, pois pode receber literalmente milhões de

informações a partir de diferentes órgãos sensoriais e depois integra todas elas para

determinar a resposta a ser dada pelo corpo.

Este sistema é dividido em dois subsistemas principais: (1) o sistema nervoso

central (SNC) e (2) Sistema nervoso periférico (SNP). O SNC é constituído pelo

encéfalo, um dos maiores órgãos do corpo humano pesando cerca de 1,300g,

composto de aproximadamente 100 bilhões de neurônios e pela medula espinhal

que está localizada no interior do canal vertebral da coluna vertebral cuja parede é

essencialmente um anel ósseo que a protege. Basicamente o SNC integra e

correlaciona muitos tipos diferentes de informação sensitiva, sendo também fonte de

pensamentos, emoções e memórias. A maioria dos impulsos nervosos que estimula

Page 15: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

14

a contração muscular e a secreção glandular se originam nele (TORTORA &

GRABOWSKI, 2006).

O SNP, constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, inclui todo o tecido

nervoso localizado fora do sistema nervoso central. Este tecido nervoso forma uma

rede ramificada de nervos, com tal extensão que, dificilmente, pode haver um único

milímetro cúbico de tecido no corpo que não possua terminações nervosas. Um

nervo periférico se constitui de um grande número de feixes de fibras nervosas que

podem ser classificadas em dois tipos quanto a sua funcionalidade: fibras aferentes,

cujo objetivo é transmitir informações sensoriais para a medula espinhal e para o

encéfalo e as eferentes que transmitem as informações originadas no sistema

nervoso central de volta para a periferia, especialmente para os músculos

esqueléticos (GUYTON, 1988).

Portanto, de acordo com Guyton & Hall (1998), pode-se afirmar que o plano

geral do sistema nervoso se constitui de duas partes: a divisão sensorial, onde a

maior parte das atividades do sistema nervoso é iniciada, pois emana dos

receptores sensoriais, quer sejam eles receptores visuais receptores auditivos,

receptores táteis ou outros tipos de receptores e a Divisão Motora que desempenha

o papel final mais importante do sistema nervoso que é o de controlar as várias

atividades corporais. Isto é feito controlando a contração dos músculos esqueléticos

por todo o corpo, a contração dos músculos lisos dos órgãos internos e a secreção

das glândulas exócrinas e endócrinas em muitas partes do corpo; estas atividades

são chamadas coletivamente de funções motoras do sistema nervoso e os músculos

e as glândulas são chamados de efetores, porque desempenham as funções ditadas

pelos sinais nervosos.

1.2 Tabaco

O tabaco é uma planta cujo nome científico é Nicotiana tabacum, da qual é

extraída uma substância chamada nicotina. O tabaco pode ser fumado na forma de

cigarros, charutos ou cachimbos (CARLINI e cols. 2001). Seu uso surgiu

aproximadamente no ano 1.000 a C., nas sociedades indígenas da América Central,

em rituais mágico-religiosos. (CEBRID - Centro Brasileiro de Informação sobre

Drogas Psicotrópicas).

Page 16: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

15

Os termos tabacum e tabaco vêm do nome de um tipo de junco vazado que era

usado pelos nativos americanos para inalar o fumo. Nicotiana vem do nome de um

médico francês, Jean Nicot (1530-1600), que introduziu a planta com sucesso na

França. Nicot estudou a fundo os efeitos da nicotina e a recomendava como uma

substância que “curava - tudo” (Cunha e cols. 2007).

1.3 Tabagismo

Tabagismo é uma toxicomania (consumo compulsivo de substâncias

psicoativas) causada pela dependência física e psicológica da nicotina. O tabagismo

é considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a principal causa de

morte evitável em todo o mundo.

1.3.1 Efeito no SNC

Os principais efeitos da nicotina no Sistema Nervoso Central são: elevação leve

do humor (estimulação) e diminuição do apetite. A nicotina é considerada um

estimulante leve, apesar de um grande número de fumantes relatar que se sentem

relaxados quando fumam. Essa sensação de relaxamento é provocada pela

diminuição do tônus muscular (CARLINI e cols. 2001).

1.4 Doenças relacionadas ao tabaco

A fumaça do cigarro contém mais de quatro mil substâncias químicas, muita

das quais podem contribuir para os efeitos reforçadores positivos do tabaco (Cunha

e cols. 2007). Dentre as principais, citamos a nicotina, o monóxido de carbono e o

alcatrão (CARLINI e cols. 2001).

A nicotina, componente do cigarro, é transportada pelo sangue até o cérebro,

onde excita os neurônios. Estes produzem o estimulante dopamina, um dos

responsáveis pela dependência. A carência do corpo em relação à nicotina reforça

os vínculos psicológicos que estabelecem entre o fumante e o ato de fumar, fazendo

com que muitos tenham dificuldade em abandonar o vício (Matos, 2000).

Page 17: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

16

O alcatrão é constituído por diversas substâncias comprovadamente

carcinogênicas, os hidrocarbonetos policíclicos, as aminas aromáticas e

nitrosaminas (CARVALHO, 2000).

O monóxido de carbono, devido a sua grande afinidade com a hemoglobina,

interfere no transporte do oxigênio para os tecidos (CARVALHO, 2000).

Alguns estudos atuais mostram resultados alarmantes e chega a comparar o

tabagismo a uma pandemia, infecção contagiosa de grandes proporções, já que

cerca de 5 milhões de indivíduos vão a óbito no mundo por doenças relacionadas ao

tabaco e destes, 140 mil são somente mortes relacionadas a doenças

cardiovasculares (ALMEIDA & MUSSI, 2006). Segundo Marcopito e cols. (2007), o

tabagismo é tido como principal fator de risco para doença coronariana, hipertensão

arterial sistêmica, acidente vascular encefálico, bronquite, enfisema e câncer; diz

também que no Brasil o número de mortes ocasionadas por estas doenças

relacionadas ao tabaco chega a 200 mil por ano.

Destes problemas acima citados, merecem ser destacados os seguintes:

1. Câncer: o tabaco constitui o mais importante fator isolado previsível do

câncer, responsável por cerca de 30% de todas as mortes devidas à

neoplasia maligna. Está relacionado com 90% dos casos de câncer de

pulmão, pois no fumo são identificados de 60 a 70 componentes

cancerígenos (JARDIM & OLIVEIRA, 2007).

2. Doenças vasculares: aproximadamente 25% dos casos de mortes por

moléstias cardiovasculares estão associadas ao tabagismo, pois a nicotina é

responsável pelo aumento da liberação de catecolaminas e o

desenvolvimento de obstrução vascular e, o monóxido de carbono reduz a

oferta de oxigênio para os tecidos (JARDIM & OLIVEIRA, 2007).

“....a nicotina contribui para a contração das artérias e outros vasos sanguíneos. Com isso, aumenta a probabilidade de obstrução desses canais por um coágulo, dando origem a um acidente vascular. O maior diâmetro das artérias também reduz o fluxo do sangue dirigido à periferia do corpo, o que pode causar sérias complicações circulatórias.” (MATOS, 2000. pág. 66).

3. Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC): cerca de 85% a 90% dos

portadores de DPOC são fumantes. O número de pacientes com esta doença

têm aumentado em proporções alarmantes. Nos últimos 30 anos, a

Page 18: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

17

freqüência aumentou na ordem de 600%. O tabaco possui diversas

substâncias irritantes que desencadeiam uma resposta inflamatória crônica

dos brônquios provocando uma limitação ao fluxo aéreo. Além disto, provoca

um desequilíbrio proteaseantiprotease responsável pela destruição do

parênquima pulmonar (JARDIM & OLIVEIRA, 2007).

O tabagismo é uma doença, que pode ainda acarretar outras doenças. Segundo

Menezes e cols. (2002), a eliminação total do tabagismo levaria à prevenção de 54%

do câncer de esôfago, 71% do câncer de pulmão e de 86% do câncer de laringe.

1.5 O Tabagismo e os adolescentes

No Brasil, 30 milhões de indivíduos com 15 ou mais anos de idade são

fumantes regulares. De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, cerca de

370 mil jovens entre 10 e 14 anos e 2,3 milhões entre 15 e 18 anos, fumam com

regularidade. No território nacional, as mortes causadas pelo uso do tabaco

correspondem a 200 mil a cada ano (INCA 2007).

A adolescência é a fase de maior risco para o início do hábito de fumar, pois os

adolescentes são mais suscetíveis às influências do meio em que vivem. O início do

tabagismo vem ocorrendo cada vez mais freqüente e precocemente. Os jovens

começam a fumar em resposta a influências sociais de amigos, pais e familiares

fumantes e pela publicidade do uso do cigarro (VIEGAS, 2004).

Estudos evidenciam que 90% dos fumantes iniciaram esse comportamento até

os 19 anos e 50% dos que já experimentaram um cigarro se tornaram fumantes na

vida adulta (CINCIPRINI e cols. 2004).

A respeito dos adolescentes, Pinto & Ribeiro (2007), afirmam que os jovens

consumidores regulares de tabaco possuem sérias tendências a se tornarem adultos

fumantes e que é nesta faze da vida em que se encontra o grupo de maior risco para

iniciação do tabagismo. No entanto, para que seja evitado este consumo por jovens,

foram criadas algumas leis para evitar este consumo indevido de tabaco, ou

qualquer outra droga, por jovens, um exemplo disto é o Estatuto da criança e do

Adolescente, artigo 81, inciso III, diz que “... é proibida a venda a criança ou

adolescente de produtos cujos componentes possam causar dependência física ou

psíquica, ainda por utilização indevida”.

Page 19: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

18

2 OBJETIVO

Este trabalho tem o objetivo avaliar a incidência de adolescentes tabagistas

traçando um perfil dos mesmos, através da aplicação de um questionário.

Page 20: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

19

3 METODOLOGIA

Foi utilizado um questionário padronizado individual não identificado com 19

questões sendo que 11 destas são de respostas afirmativas ou negativas e oito de

múltipla escolha. Este questionário tem relação à Saúde, mais especificamente

sobre o tabagismo, com linguagem adequada, perguntando sobre experimentação

de cigarro, fumo habitual, por qual motivo começou a fumar, tabagismo entre pais,

irmãos e amigos, diálogo sobre tabagismo no ambiente familiar, a partir das quais se

procura traçar um perfil dos alunos tabagistas freqüentadores das escolas de rede

pública e particular de ensino médio. Este questionário foi respondido por todos os

escolares presentes em sala de aula no momento da visita, simultaneamente, foi

entregue uma fotocópia para cada aluno que preencheram em aproximadamente 10

minutos, de forma individual com a presença do professor (ANEXO A). Foram

respondidos 153 questionários, 16 destes foram excluídos por terem sido

preenchidos de forma inadequada.

A pesquisa foi realizada no Município de Canoas, RS em seis escolas nos

primeiros anos do ensino médio, três públicas e três particulares. Participaram do

estudo estudantes com idade entre 14 e 18 anos completos no período de 11 a 30

de março de 2009 nas seguintes instituições de ensino: Instituto Estadual

Educacional Dr.Carlos Chagas, Escola Estadual de Ensino Médio Barão do

Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim,

Colégio Ulbra Cristo Redentor,Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle Niterói.

Page 21: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

20

A aplicação desta metodologia constituiu em obter dados sobre o tema

tabagismo do ponto de vista dos alunos e, assim ter conhecimento da prevalência de

adolescentes usuários de tabaco. Foi uma metodologia adequada para

levantamento de dados e, portanto qualificou os alunos tabagistas e traçou um perfil

destes com relação ao consumo de tabaco.

O questionário foi adaptado a partir de COELHO, Talita Regina (2005), PINTO,

Denise da Silva & RIBEIRO, Sandra Aparecida (2007) e HORTA, Bernardo Lessa,

CALHEIROS, Paulo, PINHEIRO, Ricardo Tavares e cols. (2001).

Page 22: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

21

4. RESULTADOS & DISCUSSÃO

Com base na análise dos questionários aplicados nas escolas estaduais e

particulares podemos observar que houve um predomínio do sexo feminino 52% na

escola estadual e 59% na escola particular (Fig.1). No estudo de Pinto & Ribeiro

(2007) foi observado também a prevalência de adolescentes do sexo feminino em

ambas as instituições (61,6% na escola pública e 56,2% na escola particular). Este

resultado se dá tanto nas Escolas Estaduais como nas Escolas Particulares

(Tabelas I, II e III).

Figura 1 – Percentagem de alunos do sexo feminino e masculino.

Alunos Entrevistados

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

Masculino Feminino

E. Estadual

E. Particular

59%52%

41%

48%

Page 23: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

22

Quanto à escolaridade de todos os pais foi verificado que 21% possuem o

ensino fundamental, 45% o ensino médio e de 34% o ensino superior (Fig. 2).

Figura 2 – Percentual da escolaridade dos pais

Verificou que a diferença de escolaridade dos pais no ensino fundamental é

de 37% de escola estadual contra 5% para pais de alunos de escola particular,

esta diferença também aparece quando se referente ao ensino superior 56% para

pais de alunos de escola particular contra 13% para pais de alunos de escola

estadual. Quando se analisa a porcentagem de pais que cursaram o ensino médio

51% para Estaduais e 39% para particular nota-se a diferença muito clara do

poder aquisitivo dos pais.

Figura 3 – Escolaridades dos pais de alunos de escolas estaduais e escolas particulares.

Escolaridade dos Pais

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

E. Fundamental E. Médio E. Superior

E.Estadual

E. Particular

39%

13%

56%51%

5%

37%

Escolaridade dos Pais

21%

45%

34% E. Fundamental

E. Médio

E. Superior

Page 24: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

23

Tabela I – Resultados obtidos entre alunos das Escolas Estaduais

Escolas Estaduais:

I.E.E.Dr. Carlos Chagas

E.E.E.M. Barão do

Amazonas

E.E.E.M. José de

Vasconcelos Jardim

Total

Dia da entrevista: 11/3/2009 11/3/2009 11/3/2009 Turno: Manhã Manhã Manhã Total de alunos: 23 27 21 71 Sexo Masculino: 9 15 10 34 Sexo Feminino: 14 12 11 37

Quantos alunos por idade: 14 anos 1 aluno 3 alunos 10 alunos 14 15 anos 9 alunos 7 alunos 7 alunos 23 16 anos 5 alunos 8 alunos 2 alunos 15 17 anos 6 alunos 8 alunos 1 aluno 15 18 anos 2 alunos 1 aluno 1 aluno 4

QUESTIONÁRIO

INFORMAÇÕES PESSOAIS

1- Qual a escolaridade de seus pais? Ensino Fundamental 7 8 11 26 Ensino Médio 14 13 9 36 Ensino Superior 2 6 1 9 2- Sua mãe fuma atualmente? Sim 3 4 3 10 Não 20 23 18 61 3- Seu pai fuma atualmente? Sim 10 8 5 23 Não 13 19 16 48 4- Seus amigos próximos fumam? Sim 9 11 11 31 Não 13 16 10 39 Não respondeu 1 0 0 1 5- Seus pais conversam com você a respeito do tabagismo? Sim 16 15 11 42 Não 7 12 10 29

QUEM JÁ EXPERIMENTOU CIGARRO, MAS NÃO FUMA.

6- Quantos anos você tinha quando experimentou pela primeira vez? 14anos ou menos 8 7 6 21 Entre 15 e 16 anos 1 5 1 7 Entre 17 e 18 anos 0 0 0 0 7- O que o levou a experimentar o cigarro? Curiosidade 8 8 6 22 Curiosidade e amigos 1 0 0 1 Propaganda 0 0 0 0 Para se parecer mais velho 0 1 0 1 Com os pais 0 0 0 0 Amigos 0 3 1 4 Ídolos 0 0 0 0 8- Você se sente incomodado quando outras pessoas fumam perto de você? Sim 14 17 12 43 Não 5 6 3 14 Não respondeu 4 4 6 14

Page 25: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

24

SE VOCÊ FUMA RESPONDA AS QUESTÕES A SEGUIR.

9- Com que idade experimentou o seu primeiro cigarro? 14anos ou menos 5 2 3 10 Entre 15 e 16 anos 1 2 0 3 Entre 17 e 18 anos 0 0 0 0 10- Com que idade você começou a fumar? 14anos ou menos 4 2 2 8 Entre 15 e 16 anos 1 2 1 4 Entre 17 e 18 anos 1 0 0 1 11- O que o levou a fumar? Curiosidade 2 1 0 3 Curiosidade e amigos 0 1 1 2 Propaganda 0 1 0 1 Para se parecer mais velho 0 0 0 0 Com os pais 0 0 0 0 Amigos 6 1 1 8 Ídolos 0 0 1 1 12-Seus pais sabem que você fuma? Sim 4 2 0 6 Não 2 2 3 7 13- Porque você fuma? Diminui a ansiedade 1 1 1 3 Raiva ou frustração 2 1 1 4 O cigarro relaxa 1 2 1 4 Se sente com mais energia 0 0 0 0 Hábito 2 0 0 2 14- Já tentou alguma vez parar de fumar? Sim 3 1 2 6 Não 3 3 1 7 15- Quando tentou parar de fumar, sentiu alguma dificuldade? Sim 0 1 1 2 Não 3 0 1 4 16- Você acredita que o cigarro é ruim para a saúde? Sim 5 4 3 12 Não 0 0 0 0 Não respondeu 1 0 0 1

INFORMAÇÕES SOBRE A ESCOLA

18- A sua escola alguma vez já apresentou alguma palestra a respeito dos malefícios do cigarro? Sim 6 9 5 20 Não 17 18 16 51 19- Algum Professor já falou com a turma a respeito do tabagismo em suas aulas? Sim 8 16 8 32 Não 15 11 13 39

Page 26: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

25

Tabela II – Resultados obtidos entre alunos das Escolas Particulares

Escolas Particulares:

Colégio

Ulbra Cristo Redentor

Colégio

Espírito Santo

Colégio La Salle

Niterói

Total

Dia da entrevista: 20/3/2009 25/3/2009 30/3/2009 Turno: Manhã Manhã Manhã Total de alunos: 23 25 18 66 Sexo Masculino: 11 9 7 27 Sexo Feminino: 12 16 11 39

Quantos alunos por idade: 14 anos 11 alunos 9 alunos 7 alunos 27 15 anos 12 alunos 16 alunos 11 alunos 39 16 anos 3 alunos 2 alunos 2 alunos 7 17 anos 3 alunos 0 aluno 0 aluno 3 18 anos 0 aluno 1 aluno 0 aluno 1

QUESTIONÁRIO

INFORMAÇÕES PESSOAIS

1- Qual a escolaridade de seus pais? Ensino Fundamental 0 1 2 3 Ensino Médio 12 6 8 26 Ensino Superior 11 18 8 37 2- Sua mãe fuma atualmente? Sim 4 3 4 11 Não 19 22 14 55 3- Seu pai fuma atualmente? Sim 2 2 3 7 Não 21 23 15 59 4- Seus amigos próximos fumam? Sim 6 5 6 17 Não 17 20 12 49 Não respondeu 0 0 0 0 5- Seus pais conversam com você a respeito do tabagismo? Sim 12 19 8 39 Não 11 6 10 27

QUEM JÁ EXPERIMENTOU CIGARRO, MAS NÃO FUMA.

6- Quantos anos você tinha quando experimentou pela primeira vez? 14anos ou menos 2 4 7 13 Entre 15 e 16 anos 0 0 0 0 Entre 17 e 18 anos 0 0 0 0 7- O que o levou a experimentar o cigarro? Curiosidade 1 3 6 10 Curiosidade e amigos 0 0 1 1 Propaganda 0 0 0 0 Para se parecer mais velho 0 0 0 0 Com os pais 0 1 0 1 Amigos 1 0 0 1 Ídolos 0 0 0 0 8- Você se sente incomodado quando outras pessoas fumam perto de você? Sim 8 10 12 30 Não 4 3 3 10 Não respondeu 11 12 3 26

Page 27: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

26

SE VOCÊ FUMA RESPONDA AS QUESTÕES A SEGUIR.

9- Com que idade experimentou o seu primeiro cigarro? 14anos ou menos 0 2 3 5 Entre 15 e 16 anos 1 0 1 2 Entre 17 e 18 anos 0 0 0 0 10- Com que idade você começou a fumar? 14anos ou menos 0 2 2 4 Entre 15 e 16 anos 1 0 1 2 Entre 17 e 18 anos 0 0 0 0 11- O que o levou a fumar? Curiosidade 0 2 0 2 Curiosidade e amigos 0 0 2 2 Propaganda 0 0 0 0 Para se parecer mais velho 0 0 0 0 Com os pais 0 0 0 0 Amigos 1 0 1 2 Ídolos 0 0 0 0 12-Seus pais sabem que você fuma? Sim 0 1 2 3 Não 1 1 1 3 13- Porque você fuma? Diminui a ansiedade 0 0 0 0 Raiva ou frustração 0 0 1 1 O cigarro relaxa 1 0 0 1 Se sente com mais energia 0 0 0 0 Hábito 0 2 2 4 14- Já tentou alguma vez parar de fumar? Sim 0 0 1 1 Não 1 2 2 5 15- Quando tentou parar de fumar, sentiu alguma dificuldade? Sim 0 0 0 0 Não 0 0 1 1 16- Você acredita que o cigarro é ruim para a saúde? Sim 1 2 3 6 Não 0 0 0 0 Não respondeu 0 0 0 0

INFORMAÇÕES SOBRE A ESCOLA

18- A sua escola alguma vez já apresentou alguma palestra a respeito dos malefícios do cigarro? Sim 4 9 4 17 Não 19 16 14 49 19- Algum Professor já falou com a turma a respeito do tabagismo em suas aulas? Sim 4 16 4 24 Não 19 9 14 42

Page 28: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

27

Tabela III – Resultados obtidos entre as Escolas Estaduais e Particulares.

ESCOLAS:

ESTADUAIS

PARTICULARES

TOTAL

Total de alunos entrevistados: 71 66 137 Sexo Masculino: 34 27 61 Sexo Feminino 37 39 76 Quantos alunos por idade:

14 anos 14 43 57 15 anos 23 12 35 16 anos 15 7 22 17 anos 15 3 18 18 anos 4 1 5

QUESTIONÁRIO

INFORMAÇÕES PESSOAIS

1- Qual a escolaridade de seus pais? E. Fundamental 26 3 29 E. Médio 36 26 62 E. Superior 9 37 46 2- Sua mãe fuma atualmente? Sim 10 11 21 Não 61 55 116 3- Seu pai fuma atualmente? Sim 23 7 30 Não 48 59 107 4- Seus amigos próximos fumam? Sim 31 17 48 Não 39 49 88 Não respondeu 1 0 1 5- Seus pais conversam com você a respeito do tabagismo? Sim 42 39 81 Não 29 27 56

QUEM JÁ EXPERIMENTOU CIGARRO, MAS NÃO FUMA.

6- Quantos anos você tinha quando experimentou pela primeira vez? 21 13 34 14anos ou menos 7 0 7 Entre 15 e 16 anos 0 0 0 Entre 17 e 18 anos 7- O que o levou a experimentar o cigarro? 22 10 32 Curiosidade 1 1 2 Curiosidade e amigos 0 0 0 Propaganda 1 0 1 Para se parecer mais velho 0 1 1 Com os pais 4 1 5 Amigos 0 0 0 Ídolos 8- Você se sente incomodado quando outras pessoas fumam perto de você? 43 30 73 Sim 14 10 24 Não 14 26 40 Não respondeu 21 13 34

Page 29: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

28

SE VOCÊ FUMA RESPONDA AS QUESTÕES A SEGUIR.

9- Com que idade experimentou o seu primeiro cigarro? 14anos ou menos 10 5 15 Entre 15 e 16 anos 3 2 5 Entre 17 e 18 anos 0 0 0 10- Com que idade você começou a fumar? 14anos ou menos 8 4 12 Entre 15 e 16 anos 4 2 6 Entre 17 e 18 anos 1 0 1 11- O que o levou a fumar? Curiosidade 3 2 5 Curiosidade e amigos 2 2 4 Propaganda 1 0 1 Para se parecer mais velho 0 0 0 Com os pais 0 0 0 Amigos 6 2 8 Ídolos 1 0 1 12-Seus pais sabem que você fuma? Sim 6 3 9 Não 7 3 10 13- Porque você fuma? Diminui a ansiedade 3 0 3 Raiva ou frustração 4 1 5 O cigarro relaxa 4 1 5 Se sente com mais energia 0 0 0 Hábito 2 4 6 14- Já tentou alguma vez parar de fumar? Sim 6 1 7 Não 7 5 12 15- Quando tentou parar de fumar, sentiu alguma dificuldade? Sim 2 0 2 Não 4 1 5 16- Você acredita que o cigarro é ruim para a saúde? Sim 12 6 18 Não 0 0 0 Não respondeu 1 0 1 17- Quantos cigarros você fuma por dia? 10 ou menos 9 5 14 20 3 1 4 30 ou mais. 1 0 1

INFORMAÇÕES SOBRE A ESCOLA

18- A sua escola alguma vez já apresentou alguma palestra a respeito dos malefícios do cigarro? Sim 20 17 37 Não 51 49 100 19- Algum Professor já falou com a turma a respeito do tabagismo em suas aulas? Sim 32 24 56 Não 39 42 81

Page 30: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

29

No que se diz respeito ao consumo de tabaco, verificou-se que dos 137

adolescentes questionados apenas 19 eram fumantes 14% (fig.3). Esse resultado se

assemelha ao de Horta e cols. (2001) em seu estudo foi observada uma taxa de

11% de adolescentes tabagistas.

Figura 4 – Percentual de alunos fumantes e não fumantes Conforme Horta e cols. (2001) os resultados da ocorrência de adolescentes que

fazem uso do cigarro são de 14,6% na escola publica e 7% na escola particular. Os

resultados adquiridos nessa pesquisa são de 18% nas escolas estaduais e 9% nas

escolas particulares ficando bem próximo dos resultados dos autores citados

anteriormente (Fig.5).

Figura 5 – Percentual de fumantes e não fumantes de escolas estaduais e escolas particulares.

Não fumantes X Fumantes

0%

20%

40%

60%

80%

100%

E. Estadual E. Particular

Fumante

Não fumante

9%

91%82%

18%

Não fumantes X Fumantes

14%

86%

Fumante

Não fumante

Page 31: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

30

Quando se refere à curiosidade de experimentar o cigarro (Fig.6) as meninas

(34%) são mais curiosas que os meninos (26%), mas são mais os meninos (15%)

que se tornam fumantes do que as meninas (13%).

Figura 6 – Percentual de meninas e meninos que já experimentaram e que continuaram a fumar.

Os fumantes alegam que a principal influência para o tabagismo atual foi devido

a seus amigos (46% nas escolas estaduais e 33% nas escolas particulares), seguido

pela sua própria curiosidade (23% nas escolas estaduais e 33% nas escolas

particulares (Fig.7). Nesta analise Horta e cols. (2001) o tabagismo atual foi devido a

curiosidade (62,1% da escola pública e 73,1% da particular), seguido pela influencia

dos amigos (29,3% da escola pública e 19% da particular).

Figura 7 – Percentual dos estudantes fumantes atuais de acordo com a principal influência para o fumo.

Influências

23%

8%

46%

8%

33% 33%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

Curiosidade Propaganda Amigos Ídolos

E. Estadual

E. Particular

Meninas X Meninos

34%

13%

26%

15%

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

35%

40%

Experimentou Fuma

Meninas

Meninos

Page 32: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

31

O perfil escolar se demonstrou bastante deficiente tanto nas escolas estaduais

como nas particulares com relação ao tema Tabagismo. Segundo os dados obtidos

com os alunos constatou-se que as escolas não proporcionam qualquer tipo de

programa de combate ao tabagismo. Dos 137 adolescentes 74% nas escolas

particulares e 72% nas estaduais afirmam que as escolas não apresentaram

nenhuma palestra ou debate a respeito dos malefícios do cigarro.

Figura 8 – percentual de escola estadual e particular que apresentou alguma

palestra sobre Tabagismo.

Escola X Tabagismo

28%

72%

26%

74%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Sim Não

E. Estadual

E. Particular

Page 33: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

32

Em relação à abordagem do assunto pelos professores, não foi citada uma

disciplina especifica, foi questionado qualquer professor de qualquer disciplina.

Conforme pode ser observado no gráfico abaixo, os professores pouco têm

abordado o assunto tabagismo em sala de aula, isso pode demonstrar uma pouca

preparação, falta de informação ou indiferença frente a este assunto.

Figura 9 – Percentual de professores que já abordaram o assunto tabagismo em sala de aula.

Professores X Tabagismo

41%

59%

Sim

Não

Page 34: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

33

5 CONCLUSÕES

Através dos dados obtidos podemos concluir que:

� A maioria dos adolescentes destas escolas não apresenta o hábito de fumar;

� Nas escolas Estaduais prevalecem adolescentes tabagistas;

� Entre os adolescentes que são tabagistas prevalece o sexo masculino;

� A iniciação ao uso do tabaco, nos adolescentes, deve-se à influência de amigos;

� As escolas e professores não abordam este assunto com os adolescentes.

Page 35: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

34

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

� Para uma análise de resultados mais precisa será necessário uma coleta de

dados mais abrangente;

� Investigar se existe relação entre os adolescentes fumantes atuais e não

fumantes com a autopercepção do rendimento escolar;

� Investigar se há relação entre o início do tabagismo e o meio escolar.

Page 36: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

35

REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Aline Farias de & MUSSI, Fernanda Carneiro. Tabagismo: conhecimentos, atitudes, hábitos e grau de dependência de jovens fumantes em Salvador. Rev. esc. enferm. USP, vol.40, no.4, p.456-463, Dez. 2006. BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N.; KOEPPEN, Bruce M.; STANTON, Bruce A. Fisiologia. 5.ed. Rio deJaneiro: Elsevier, 2005.

Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais apresentação dos temas transversais, saúde / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1998.

CARLINI, Elisaldo Araújo.; NAPPO, Solange Aparecida José.; GALDURÓZ, Carlos Fernandes.; NOTO, Ana Regina. Drogas psicotrópicas - o que são como agem. Revista IMESC. nº. 3 - outubro – 2001. pp. 9-35. CINCIPRINI, P.M.; HECHT, S.S.; HENNINGFIELD, J.E.; MANLEY, M.W.; KRAMER, B.S. Tobacco Addiction: Implications for Treatment and Cancer Prevention. In: INISTÉRIO DA SAÚDE. VIGESCOLA. Vigilância de tabagismo em escolares. Rio de Janeiro: INCA, 2004.

COELHO, Talita Regina. Perfil do adolescente fumante de uma escola do ensino médio e fundamental do município de Cascavel – PR. 2005. 70 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) Fisioterapia. Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Cascavel, 2005.

COSTANZO, Linda S. Fisiologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2005.

CUNHA, Gilmara Holanda da, JORGE, Antonio Rafael Coelho, FONTELES, Marta Maria F., SOUSA, Francisca Cléa F., VIANA, Glauce Socorro B., VASCONCELOS, Silvânia Maria Mendes. Nicotina e tabagismo. Revista Eletrônica Pesquisa Médica, vol. 1, nº. 4 p. 1-10 , Out. – Dez. 2007

Page 37: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

36

GUYTON, Arthur C.. Fisiologia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1988.

GUYTON, Arthur C.; HALL, John E.. Fisiologia humana e mecanismos das doenças. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.

GUYTON, Arthur C.; HALL, John E. Tratado de fisiologia médica. 10. ed. Rio de Janeiro Guanabara-Koogan, 2002.

HORTA, Bernardo Lessa, CALHEIROS, Paulo, PINHEIRO, Ricardo Tavares e cols. Tabagismo em adolescentes de área urbana na região Sul do Brasil. Rev. Saúde Pública, vol.35, nº. 2, p.159-164, Abr. 2001. HORTENSE, Flávia Tatiana Pedrolo, CARMAGNANI, Maria Isabel Sampaio & BRETAS, Ana Cristina Passarella. O significado do tabagismo no contexto do câncer de laringe. Revista Brasileira de Enfermagem, vol.61, no.1, p.24-30, Jan./Fev. 2008.

JARDIM, JR; OLIVEIRA, JCA. Tabagismo. Pneumoatual. Disponível em http:// www.pneumoatual.com.br. Acessado em: 10 de setembro de2008. MARCOPITO, Luiz Francisco; COUTINHO, Ana Paula; VALENCICH, Dalva Maria de Oliveira; MORAES, Marco Antonio de; BRUMINI, Rodolfo; RIBEIRO, Sandra Aparecida. Exposition to smoking and attitudes: comparison between inquiries applied to adult population in São Paulo City, 1987 and 2002. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2007, vol.89, n. 5. MATOS, Carlos Eduardo. Uma droga chamada cigarro. Revista Nova Escola, n. 138, dezembro 2000. pág. 66. MENEZES, A.M.B.; HORTA, B. L.; OLIVEIRA, A.L.B.; KAUFMANN, R. AC.; DUQUIA, R.; DINIZ, ALESSANDRO; MOTTA, L. H.; CENTENO, M. S.; ESTANISLAU, G.; GOMES, L. Risco de câncer de pulmão, laringe e esôfago atribuível ao fumo. Revista Saúde Pública, vol.36 nº 2, p. 129- 34, 2002. Ministério da Saúde. Ações nacionais integradas para prevenção e controle do Câncer - INCA. Disponível em: www.inca.gov.br Ministério da Saúde. Organização Mundial da Saúde (OMS). Portal da saúde. Disponível em: www.saude.gov.br MURRAY, C.J.; LOPEZ, A.D. The global burden of disease: a comprehensive assessment of mortality and disability from diseases, injuries and risk facors in 1990 and projected to 2020. In: MENEZES, A. M. B. E ACHUTTI, A. Fumo ou saúde/ direitos ou deveres?. Jornal de Pneumologia, vol.26, nº6, 2000.

Page 38: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

37

PINTO, Denise da Silva & RIBEIRO, Sandra Aparecida. Variáveis relacionadas à iniciação do tabagismo entre estudantes do ensino médio de escola pública e particular na cidade de Belém - PA. Jornal Brasileiro de Pneumologia, Set./Out. 2007.

VIEGAS, C.A.A. (org). Diretrizes para a cessação do tabagismo. Jornal Brasileiro de Pneumologia, v 30, suplemento 2, p. 2-76, agosto. 2004.

TORTORA, Gerald J.; GRABOWSKI, Sandra R. Fundamentos de anatomia e fisiologia. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

Unifesp - Universidade Federal de São Paulo. Centro Brasileiro de informações sobre Drogas Psicotrópicas. - CEBRID. Disponível em: www.unifesp.br.

Page 39: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

38

ANEXO A – Modelo do questionário que será entregue aos alunos

Idade: Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Escola: ( ) Pública ( ) Privada

INFORMAÇÕES PESSOAIS

1- Qual a escolaridade de seus pais? ( )Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Ensino Superior 2- Sua mãe fuma atualmente? ( )sim ( )não 3- Seu pai fuma atualmente? ( )sim ( )não 4- Seus amigos próximos fumam? ( )sim ( )não 5- Seus pais conversam com você a respeito do tabagismo? ( ) Não ( ) Sim

SE VOCÊ JÁ ESPERIMENTOU CIGARRO ALGUMA VEZ RESPONDA AS QUESTÕES A SEGUIR.

6- Quantos anos você tinha quando experimentou pela primeira vez? ( ) 14anos ou menos ( ) entre 15 e 16 anos ( )entre 17 e 18 anos 7- O que o levou a experimentar o cigarro? ( )curiosidade ( )propaganda ( )para se parecer mais velho ( ) com os pais ( )amigos ( ) ídolos 8- Você se sente incomodado quando outras pessoas fumam perto de você? ( )sim ( )não

SE VOCÊ FUMA RESPONDA AS QUESTÕES A SEGUIR.

9- Com que idade experimentou o seu primeiro cigarro? ( ) 14anos ou menos ( ) entre 15 e 16 anos ( )entre 17 e 18 anos 10- Com que idade você começou a fumar? ( ) 14anos ou menos ( ) entre 15 e 16 anos ( )entre 17 e 18 anos 11- O que o levou a fumar? ( )curiosidade ( )propaganda ( )para se parecer mais velho ( ) com os pais ( )amigos ( ) ídolos 12-Seus pais sabem que você fuma? ( )sim ( )não 13- Porque você fuma? ( )diminui a ansiedade ( )raiva ou frustração ( )o cigarro relaxa ( ) se sente com mais energia ( )hábito 14- Já tentou alguma vez parar de fumar? ( )sim ( )não 15- Quando tentou parar de fumar, sentiu alguma dificuldade? ( )Sim ( )Não 16- Você acredita que o cigarro é ruim para a saúde? ( )Sim ( )Não 17- Quantos cigarros você fuma por dia? ( )10 ou menos ( )20 ( ) 30 ou mais.

INFORMAÇÕES SOBRE A ESCOLA

18- A sua escola alguma vez já apresentou alguma palestra a respeito dos malefícios do cigarro? ( ) Não ( ) Sim 19- Algum Professor já falou com a turma a respeito do tabagismo em suas aulas? ( ) Não ( ) Sim

Page 40: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

39

ANEXO B - Declarações de comparecimento nas escolas

Page 41: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

40

Page 42: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

41

Page 43: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

42

Page 44: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

43

Page 45: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

44

Page 46: TABAGISMO & ADOLESCNCIA · Amazonas, Escola Estadual de Ensino Médio José Gomes Vasconcelos Jardim, Colégio Ulbra Cristo Redentor, Colégio Espírito Santo e Colégio La Salle

45