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Mostra de Curtas, Festival de Música, publica- ções lançadas na Feira do Livro de Porto Alegre e trabalhos artísticos disseminados pela Escola, informam que a arte faz parte do DNA pedagógico do João e prenunciam a Mostra Cultural, prevista para o dia 10 de novembro. www.joaoxxiii.com.br - 2018 Outubro Primavera das artes no Colégio João XXIII Primavera das artes no Colégio João XXIII MOSTRA CULTURAL VEM AÍ! Será na manhã do dia 10 de novembro, na Escola! COMPAREÇA!

também, empatia, curiosida-de para captar possíveis sig-nificados de suas originais formas de comunicação. Ou seja: implica tentar entender aquilo que não é dito ou o que é

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Mostra de Curtas, Festival de Música, publica-ções lançadas na Feira do Livro de Porto Alegre e trabalhos artísticos disseminados pela Escola, informam que a arte faz parte do DNA pedagógico do João e prenunciam a Mostra Cultural, prevista para o dia 10 de novembro.

www.joaoxxiii.com.br

- 2018Outubro

Primavera das artes no Colégio João XXIII

Primavera das artesno Colégio João XXIII MOSTRA CULTURAL VEM AÍ! Será na manhã do dia 10 de

novembro, na Escola! COMPAREÇA!

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MOSTRACULTURAL2018

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FALA, JOÃO - Jornal do Colégio João XXIIIEdição Outubro - Fechamento 07/11/2018

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL JOÃO XXIIIPresidente: Laura Maria da C. Eifler SilvaVice-Presidente: José Alencar LummertzDiretora Financeira: Andrea Tabajara Bichinho TrajanoDiretor de Obras e Patrimônio: Alexandre Ozorio KloppemburgDiretora Jurídica: Aline Carraro PortanovaDiretor de Comunicação / Editor: Joao Batista Santafé Aguiar - Reg. Prof. 4826/DRT-RS

COLÉGIO JOAO XXIIIDiretora Geral: Anelori LangeVice-Diretora Geral: Maria Tereza CoelhoSupervisora Pedagógica: Mirian Zambonato

Reportagens e Redação: Rosina DuarteAssessoria de Imprensa e Colaboração: Luana Dalzotto de Castro AlvesDiagramação e Editoração: D. MedeirosFotos: Audiovisual João XXIII.Revisão: Profa. Carmen Lucia Pacheco de Araújo

InfantIl1. “Narrativas no cotidiano na Classe-Bebê: experiências da vida na escola da infância”.

•  CBB

•  Escadaria do refeitório

2. “Monstros: brincadeiras, Invenções e criações das crianças” e “Consultório veterinário: um cenário afetivo de relações, brincadeiras, investigações e descobertas”.

•  MB

•  Refeitório

3. “Pequenos e grandes animais marinhos: brincando e descobrindo oceano”.

•  MD

•  Refeitório

4. “O que vem depois dos ralos: percursos e mistérios...” e “Escolas das formigas”.

•  MF

•  Refeitório

5. “Projeto cantinho da bicharada: espaço de afeto, aprendizagem e múltiplas experiências”.

•  MH 

•  Salas 305/306 ou, se chover, em frente a biblioteca

Todas as atividades aqui contidas se darão no Colégio João XXIII, com exceção daquelas que estiverem nas caixas azuis.

Programação

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MOSTRACULTURAL2018

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6. “Detetives investigadores: pesquisas, descobertas, criações e brincadeiras”.

•  NB

•  305/306

7. “Corpo Humano”.•  ND

•  Salas 305/306

8. “Observando o mundo através do microcópio”.

•  NF

•  Salas 305/306

9. “As crianças da NH e as suas Ideias Magníficas”.

•  NH

•  Salas 305/306

10. “Ressignificando o meliponário: espaço de aprendizagens, brincadeiras e cuidado”.

•  NJ

•  Salas 305/306 ou, se chover, em frente a biblioteca (se chuva)

JoãozInho legal11. Estação: Jogos gigantes e Oficina de brinquedo.

•  TURNO INVERSO, Joãozinho Legal 

•  Quadra Verde

1º ao 5º ano12. “Cantigas de todos os tempos... Do meu, do seu, do nosso!” e “Exposição do Caderno de Cantigas”.

•  1º ano

•  Etapa de 1º ao 5º ano

•  Horário da Apresentação: 10h30min

•  Visitação da Exposição: das 8h30min às 11h30min

13. Pictionary from A to Z.•  1º ano

•  Etapa de 1º ao 5º ano

14. Sessão de autógrafos do livro POEMUNDO & Sarau Poético.•  2º ano

•  Será no dia 11/11, na Feira do Livro de Porto Alegre.

15. Uma ação capaz de mudar o nosso entorno.

•  3º ano

•  Lateral do Ginásio da Escola

•  Horários por turma:

 ɰ 3º ANO B – 8h30min

 ɰ 3º ANO D – 9h15min

 ɰ 3º ANO F – 10h

 ɰ 3º ANO H – 10h45min

16. A day full of emotions: How Are They Feeling?

•  3º ano

•  Etapa de 1º ao 5º ano

17. Impressões do João - Um estudo de campo inspirado em Monet.

•  4º ano

•  Entrada da Escola

18. “Você se lixa para o lixo?” Uma reflexão que é um presente para o futuro.

•  4º ano

•  Entrada da Escola

19. Mapa interativo do Rio Grande do Sul: para aprender, se divertir e descobrir nomes curiosos de municípios.

•  4º ano

•  Entrada da Escola

20. My made-up Transport.•  4º ano

•  Entrada da Escola

21. CORDEL em Múltiplas Linguagens – Língua Portuguesa, Arte, História e Música.•  5º ano

•  Será no dia 11/11, na Feira do Livro de Porto Alegre.

A Mostra Cultural do Colégio João XXIII reúne uma coletânea de trabalhos e projetos pedagógicos da Escola nas diversas áreas do conhecimento e cam-pos de experiência. Convidamos a comunidade escolar a conhecer o resultado de mais um ano

de trabalho, resumido em uma manhã de exposições, relatos e vivências de aprendizagem.Junte-se a nós no dia 10 de novem-bro, das 8h30min às 11h30min e en-tenda porque o João é humano, forte, diverso e ÚNICO.

Toda produção cultural do ano prestigiada em um dia

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22. ENIGMAS DE LÓGICA - Matemática.•  5º ano

•  Espaço das Bandeiras

23. “África: pessoas, festividades, cultura e tradição” - Um projeto de Arte, História e Língua Inglesa.

•  5º ano

•  Sala de Música

24. Um PLANETA que é notícia! - Ciências.

•  5º ano

•  Sala de Música

25. Virtual Museum Tour – Língua Inglesa.

•  5º ano

•  Sala de Música

26. Práticas Pedagógicas Complementares: IDEIAS E INVENÇÕES – Propostas para uma trilha ecológica e divertida na Escola.

•  5º ano

•  Sala de Música

27. Práticas Pedagógicas Complementares: IDENTIDADE CIDADÃ – Preconceito e Discriminação.

•  5º ano

•  Sala de Música

28. Práticas Pedagógicas Complementares: CIBERCULTURA E ÉTICA DIGITAL – Netiqueta e segurança online.

•  5º ano

•  Sala de Música

29. Uma gincana traduzida em imagens “GINCANA SOLIDÁRIA” - Tessitura coletiva.

•  1º ao 5º ano

•  Entrada da Escola

6º ao 8º ano30. A prestação de Música: Tantas vidas em canção.

•  6º ano 

•  Pátio central - 8h30min

31. Exploplaneta.•  6º ano

•  Sala 404

32. Mogli – menino lobo.•  6º ano 

•  Pátio central

33. Mitos animados.•  6º ano 

•  Pátio central

34. Stopmotion – um dia no João.•  6º ano 

•  Pátio central

35. Autorretrato.•  7º ano

•  Pátio central

36. O que contribui para o seu sucesso?•  7º ano

•  Pátio central

37. A tua vida em meu olhar.•  7º ano 

•  Pátio central

38. Slam com Bruno Negrão e estudantes do 7º ano.

•  7º ano 

•  Pátio central

39. O que pode um corpo na música? Apresentação de Música.

•  7º ano 

•  Pátio central - 9h45min

40. O que pode um corpo? Pintura em paineis.

•  7º ano 

•  Pátio central

41. Possibilidades e vivências corporais na dança.

•  7º ano 

•  Pátio central

42. Sessão de autógrafos do livro “A vida que a gente não vê”.

•  8º ano 

•  Pátio central - 11h

43. Matemática nas ruas do mundo.•  8º ano 

•  Pátio central

44. Apresentação de música - Boemia Rapsódia.

•  8º ano 

•  Pátio central

45. Boca de Rua - Uma conversa real.•  8º ano 

•  Pátio central

46. Performance “Ficam os sapatos para não esquecer delas”.

•  8º ano 

•  Pátio central

9º ano e ensIno MédIo47. Exposição de fotos de natureza (photo + nature).

•  1ª série EM

•  Sala 403

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48. Jogos pelo Planeta (jogos com materiais reciclados, a serem doados para turmas de Edu. Infantil, 1º e 2º anos).

•  9º ano EF 

•  Entrada da Escola 

49. Um olhar artístico e reflexivo sobre o país.

•  9º ano EF

•  Muro próximo ao Ginásio 

50. Projeto de Bem com a Vida “comida saudável”.

ɰ Receitas

ɰ Testes de composição química dos alimentos

•  9º ano EF

•  Entrada da escola

51. “Viagem ao centro da célula” Uma análise comparativa dos diferentes tipos celulares.

•  1ª série EM

•  Pátio central 

52. Celebração da voz humana: um encontro literário.

•  9º ano, 1ª série e 2ª série 

•  Sala de estar

53. “Sociedade dos poetas vivos” - Mãos e mentes criativas na produção poética.

•  9º ano e EM

•  Entrada da escola 

54. Clube de Química: Plástico de leite – Galalite.

•  9º ano, 1ª série e 2ª série EM

•  Pátio central

55. Bolhas de Sabão.•  9º ano, 1ª série e 2ª série EM

•  Pátio central

56. Criptografia.•  9º ano 

•  Parede externa da biblioteca 

57. Teorema de Pitágoras.•  9º ano

•   Parede externa da biblioteca 

58. Adivinhar idades.•  9º ano

•  Parede externa da biblioteca

59. Scrapbook - Geometrizando o cotidiano através do olhar artístico.

•  9º ano

•  Pátio central

60. XVI Mostra de Curtas - “Uma escola de cinema”.

•  1ª série EM

•  Pátio central em frente a sala 403

61. Física Music Awards (FMA).•  9‘ ano e 1ª série EM

•  Pátio Central

DEZ A DEZ - “CIÊNCIA PARA A REDUÇÃO DAS DESIGUALDADES”

62. A (in)visibilidade de um arroio.•  2ª série EM

•  Pátio central, em frente as salas 403 e 404

63. Alternativas de despoluição de baixo custo para rios e canais - basicamente o Arroio Dilúvio - através dos exemplos do Canal Paco, nas Filipinas e do Canal Cheonggyecheo, na Coreia do Sul.

•  2ª série EM

•  Pátio central, em frente as salas 403 e 404

64. Arroio Dilúvio: histórico do local e processo de urbanização.

•  2ª série EM

•  Pátio central, em frente as salas 403 e 404

65. Arroio e Cidadania: as histórias (não)contadas dos moradores do Dilúvio.

•  2ª série EM

•  Pátio central, em frente as salas 403 e 404

66. Contra a gentrificação: uma proposta de inclusão da população de baixa renda em regiões valorizadas nas proximidades do Arroio Dilúvio, Porto Alegre.

•  2ª série EM

•  Pátio central, em frente as salas 403 e 404

67. Desenvolvimento sustentável: cisternas 3.0.

•  2ª série EM

•  Pátio central, em frente as salas 403 e 404

68. Educação Ambiental: a necessidade da transformação.

•  2ª série EM

•  Pátio central, em frente as salas 403 e 404

69. O impacto do descarte incorreto de fármacos no Arroio Dilúvio.

•  2ª série EM

•  Pátio central, em frente as salas 403 e 404

70. O impacto do Arroio Dilúvio na comunidade portoalegrense.

•  2ª série EM

•  Pátio central, em frente as salas 403 e 404

71. Processos históricos e biodiversidade da bacia hidrográfica do Arroio Dilúvio.

•  2ª série EM

•  Pátio central, em frente as salas 403 e 404

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Artigo

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O que dizem as crianças

A exposição “Crianças e Infâncias no João XXIII” apre-sentada na entrada da Edu-cação Infantil dá visibilidade aos pensamentos, opiniões e desejos das crianças sobre suas vivências no cotidia-no da Escola. “Tornar públi-ca esta escuta faz parte de uma concepção pedagógica de infância que considera as crianças seres pensantes e ativos cujas vozes precisam e merecem ser ouvidas”, ex-plica a coordenadora pedagó-gica da etapa Marcia Valiati.

Para Marcia, é muito im-portante comunicar à crian-ça o valor atribuído às suas ideias, garantindo-lhes vez e voz na Escola enquanto lugar de relação e educação em que se constroem iden-tidades, cultura e cidadania.

Crianças são cidadãs do presente e não um “vir a ser” e precisam ser ouvidas como tal, lembra a coordenadora, acrescentando: “O pensa-mento pedagógico se revi-gora quando cultua uma se-creta aliança e cumplicidade com a infância real. Busca-

mos chegar perto da criança por meio de uma escuta em-pática que reconhece a sua alteridade, respeita o que ela é, pensa e quer nos dizer por meio de uma multiplicidade de linguagens”.

Este “chegar perto” exige sensibilidade por parte dos educadores para ouvi-las atentamente em suas singu-laridades e diferenças. Exige, também, empatia, curiosida-de para captar possíveis sig-nificados de suas originais formas de comunicação. Ou seja: implica tentar entender aquilo que não é dito ou o que é dito em um gesto, um de-senho, um jogo fantástico ou em uma única palavrinha. É estar aberto a manifestações fora da lógica dos adultos, ca-pazes de causar estranheza e também fascinar.

Marcia não tem dúvidas: é preciso construir uma pe-dagogia humana de infân-cia com crianças desejosas de que, pela escuta de suas vozes, sejam elas o ponto de partida e de chagada da Edu-cação Infantil.

Admiração pelas coisas do mundo“ O maior valor que os museus podem ter para o pú-blico infantil é a possibilidade de neles expandir sua imaginação e, assim, investigar cada vez mais os sentidos dos objetos expostos e, nessa perspectiva, o museu estimula o sentimento de admiração pelas coisas do mundo.”

Alessandra Oliveira, Museu: um lugar para a imaginação e a educação das crianças pequenas

Com a intenção de proporcionar tal vivência às crianças das turmas de Maternais e Níveis Multiidade, a equipe da Educação Infantil organizou uma visita ao Museu de Ciências e Tecnologias da PUCRS, espaço que suscitou a fruição, a curiosidade e a interatividade das crianças frente a um rico e estimulante acervo nos di-ferentes campos do conhecimento.

Desde o momento da saída do ônibus da Escola às vivazes explorações no Museu, compartilhamos, en-quanto educadores, a alegria e o entusiasmo das crian-ças e reafirmamos a importância de apoiar seu olhar sensível e investigativo frente à vida, encorajando aquilo que o senso de maravilhamento da infância inaugura: “ o sentimento de admiração pelas coisas do mundo “ .

Marcia Valiati, coordenadora pedagógica da Educação Infantil

Fotos: Arquivo João XXIII

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Você pode verificar todos os depoimentos clicando aqui.

Vozes infantisA voz das crianças não se

expressa apenas em som. Dese-nhos, pinturas, móbiles, frases transcritas sem filtro pelas pro-fessoras – entre outras formas de expressão - traçam, com clareza, um retrato da Escola visto sob a ótica infantil. Confira:

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entardeceres multicoloridos. Ainda no 4º ano, em parceria com as professoras regentes, as crianças fizeram releituras das obras de Lucas Levitan e com elas homenagearam seus pais. Ex-aluno da esco-la, o artista desenha “inter-venções” bem-humoradas em fotos (leia entrevista com

Galeria de arte Levitan na próxima edição do FALA, JOÃO).

Igualmente alinhadas com a proposta artística, reflexiva e interdisciplinar, as turmas de 5º ano desenvolveram máscaras partindo do estu-do sobre o significado e a im-portância destes objetos na cultura africana. Conforme a professora de Arte, o proces-so de confecção em grupo foi longo: planejamento (projetos desenhados), etapa de pape-lagem (para dar o “corpo” da

Os trabalhos artísticos produzidos pelos estudantes dos 2º, 3º, 4º e 5º anos do Co-légio João XXIII ao longo de 2018 poderiam render uma rica exposição sobre múltiplas linguagens de arte infantil. No 2º e no 5º ano, primorosas ilustrações foram produzi-das para o livro “Poemundo” e para os folhetos de cordel a serem lançados na Feira do Livro de Porto Alegre. No 3º ano, os estudantes foram apresentados pela professo-ra de Arte Clarisse Normann à obra de Frans Krajcberg - pintor, escultor, gravador e fotógrafo nascido na Polônia, naturalizado brasileiro e fale-cido em 2017.

Comprometido com a pre-servação do meio ambiente, trabalhava basicamente com restos de madeira das quei-madas na Amazônia. “De suas belas esculturas, quadros-

-objetos, pinturas e fotografias ecoam gritos de denúncia por um equilíbrio ambiental e pelo fim do extermínio de nossas florestas” escreveu Clarisse na descrição do projeto. Em suas homenagens, as crianças o re-trataram e reproduziram seus sábios conselhos. “Os alunos se sensibilizam muito quan-do estudam este artista e se motivaram com a proposta de ver seus trabalhos pela escola, ajudando na conscientização destes aspectos socioambien-tais - por um lado tão básicos, mas que ainda são tão neces-sários e latentes em nosso dia a dia”, revela Clarisse.

O 4º ano, por sua vez, imortalizou cenas de um re-canto do pátio que será edi-ficado em breve. A gurizada pintou telas retratando cenas em vários momentos do dia e com diversos climas: manhãs luminosas, tardes chuvosas,

Eduardo E., Davi S. e Beatriz H., todos da 4D, imortalizando cenas de um recanto que será edificado em breve

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“As patas dos dinossau-ros parecem com a dos avestruzes” descobriu, admirado, um dos alunos da professora do 1º Ano H, Melissa Klein, enquan-to folhava uma revista de Ciências disponível na cantina da Escola. Os animais pré-históricos, aliás, despertaram o in-teresse de toda a turma, o que colaborou na ex-ploração inicial do proje-to investigativo sobre os dinossauros. Uma aula de paleontologia aconte-ceu na tarde do dia 10 de setembro quando, para surpresa geral, as crian-ças ouviram os geólogos Andrea Sander e Bruno Horn explicarem o pa-rentesco dos “dinos” não só com o avestruz, como também com pequenas e inofensivas galinhas possuidoras de patas se-melhantes. A lição paleontológica foi

planejada pela profes-sora junto com a turma e conduzida pela equipe do Museu de Geologia do Serviço Geológico do Brasil, vinculado ao Ministério das Minas e Energia. Para não ficar a apenas na teoria, Andrea e Bruno trouxeram ré-plicas de unhas, patas e até fezes fossilizadas. O próximo passo,é realizar um estudo comparativo entre o organismo dos dinossauros e o das aves com o corpo humano, buscando semelhanças e diferenças. E, claro, des-cobrir se também somos parentes distantes deles. Os estudantes farão, ainda, uma vista ao Mu-seu de Paleontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), onde aprofundarão o es-tudo sobre esses animais primitivos, porém tão presentes nas suas vidas.

Pegadas de dinossauros no João

9

máscara), confecção de papel machê para modelagem dos relevos (nariz, boca, orelhas, entre outros), tempo de seca-gem, pintura de fundo (tinta acrílica), estudo de cores e grafismos (canetas posca), acessórios (argolas, cabelo, entre outros).

“Trabalhamos a arte como forma de expressão, como um espaço potencial de experiên-cia, do inusitado do sensível e da cultura estética. As múlti-plas linguagens no Colégio

João XXIII nivelam a essência da nossa concepção, da pro-posta de uma abertura de um espaço que promove a cons-trução de crianças e jovens que olham e vêem o mundo com muitas e variadas ‘lentes’, ou seja: são capazes de ler e dizer do seu mundo”, resume a coordenadora pedagógica do 1º ao 5º ano, Ianne Godoi Vieira. E conclui: “O trabalho realizado na Escola, envol-vendo a arte, nunca deixa de impressionar e sensibilizar”.

Isabela P. e Bernardo P., da 4H, também retratam o cantinho que vai se transformar em mais salas

Pedro N., Arthur B. e Enzo D., do 5º G, pintando máscaras africanas

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Daniel Munduruku – graduado em Filosofia, História, Psicologia, mestre em Antropologia Social e Doutor em Educação – receberá, no dia 13 de novembro, uma das mais respeitadas distinções literárias do país: o Prêmio Fundação Bunge, já conferido a auto-res como Jorge Amado e Hilda Hilst. Dois meses antes, o escritor de ori-gem indígena esteve no Colégio João XXIII conversando com os estudantes do 4º ano.

O encontro com Munduruku aconte-ceu no dia 4 de setembro, quando o autor falou sobre sua obra “Memórias de um Índio – uma quase autobiografia”, assim como sobre a filosofia de vida e a cultura de seu povo. “Temos um carinho muito especial pelo trabalho de Daniel. Há pelo menos 10 anos, o 4º ano trabalha com textos do escritor em aula”, revelou a co-

Autor indígena Daniel Mundurukuconversa com estudantes do João

ordenadora pedagógica da etapa Ianne Ely Godoi Vieira.

Nascido em Belém do Pará, o escritor pertence ao povo Munduruku. Em seus livros, aborda a questão do respeito e da tolerância em relação ao outro e a impor-tância da cultura indígena na formação da sociedade brasileira. “A nossa cultura mostra que não somos donos de nada e, sim, somos parte de alguma coisa. Como a natureza. Não somos donos de uma ár-vore, mas somos parte dela”, explicou. Ainda sobre a relação do povo indígena com a natureza, Daniel acrescentou: “A floresta nos ensina a observar e a ficar atentos. Para conviver com a floresta temos que estar 100% inteiros”.

Daniel começou sua conversa com as crianças saudando e ensinando algumas expressões no seu idioma. Falou, tam-bém, sobre o significado do “encontro”

para o seu povo. “O verdadeiro encontro é aquele em que a gente aprende e saí-mos melhor dele. Infelizmente, na nossa história, tiveram muitos desencontros e hoje, aqui na escola, podemos fazer um reencontro e olhar uns para os outros”, disse. “Me sinto lisonjeado e agradeci-do por este momento com vocês. Mi-nha surpresa em ver vocês lendo o livro ‘Memórias de Índio – uma quase auto-biografia’ foi grande, porque o escrevi pensando num público com um pouco mais de idade. E saber que vocês estão curtindo e compartilhando a leitura com as famílias me deixa realizado”.

A mãe do aluno Antônio Feltes, do 4° H, dividiu a leitura com o filho e resolveu comparecer ao bate-papo. “Eu li umas par-te para a mãe e ela quis assistir a atividade também”, contou Antônio. O menino ficou particularmente impressionado com os

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O que aprendi... Mais do que aprender algumas pala-vras em munduruku e peculiaridades históricas sobre a cultura indígena, as crianças mostraram-se particular-mente sensibilizadas com a filosofia de vida dos povos originários.

conselhos do avô de Daniel, Apolinário: “Não devemos nos importar com as coisas pequenas. Todas as coisas são pequenas”.

A leitura do livro está entre as ativi-dades do “Projeto Desvelar”, que propor-cionará, ainda, ao 4º ano uma viagem de dois dias e uma noite para as Missões. Os estudantes conhecerão as ruínas de uma povoação Guarani catequizada por padres jesuítas e massacrada durante a disputa pela região entre portugueses e espanhóis.

“No João XXIII, os estudos envolvem diferentes modalidades de trabalho e olhares sobre um mesmo tema”, expli-ca a Coordenadora Pedagógica do 1º ao 5º ano, Ianne Godoi Vieira. No caso pre-sente, a cultura indígena é desvelada por meio da Literatura, da reflexão, do conta-to com os representantes dessa cultura, assim como de suas histórias e crenças.

“Uma formiga guerreira sozinha não presta para nada, mas juntas são muito fortes”

“Fazer silêncio não é só com a boca,

mas também fazer os pensamentos

irem embora”

“Os olhos são as únicas partes do

corpo que não mentem”

“Se o tempo atual não fosse bom, não

se chamaria presente”

“O medo é um alerta”

A turma 4D, da professora Letícia Meirelles, com o autor Daniel Munduruku

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“A primeira vez” vence XVI Mostra de Curtas

série de EM – começou com uma primo-rosa retrospectiva de todas as edições da Mostra.

No texto de abertura, os estudantes destacaram a importância do cinema, nesses tempos de exposição excessiva à mídia. “O cinema é coletivo e essencial no ambiente escolar por quebrar barreiras e desenvolver inteligências que vão além das impostas para o vestibular”, desta-cou João. E Clara completou: “Assim, para nós (...), é um privilégio vivenciar, no ambiente pedagógico, essa experiên-cia (...). Ainda mais considerando a época conturbada pela qual estamos passando (...) de divergências e desrespeito”. E ela encerrou sua fala com a frase do Educa-dor Paulo Freire, mais atual do que nun-

Verdadeira história de amor entre o ci-nema e a literatura a “XVI Mostra de Cur-tas: Uma escola de Cinema” do Colégio João XXIII aconteceu no dia 4 de outubro quando foram premiadas as seguintes produções: “A primeira vez”, (melhor fil-me e melhor roteiro), “Noite do Almiran-te” (júri popular e trilha sonora), “Branco Escarlate” (melhor figurino), “A mulher no espelho (fotografia), Amália Garcez (me-lhor atriz), Pietro Alberto Boscolo (melhor ator), entre outros destaques (confira lista completa nesta edição).

Desde o surgimento da Mostra, 157 filmes já foram realizados pelos partici-pantes, no caso estudantes da 1ª série do Ensino Médio. A noite – apresentada por João Boeira e Clara Stark, ambos da 2ª

João Boeira e Clara Stark, mestres de cerimônia da Mostra de Curtas 2018

Equipe do curta vencedor da Mostra pelo juri oficial: Ana Clara Tittoni, Ana Laura Pretto , Maria Clara Lisbôa, Maria Eduarda Marques, Maria Fernanda Pinho, Santiago Fagundes, Sofia Kiefer, Vitor Pires, Wesley Gomes.

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ca: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. As pessoas mudam o mundo”.

Projeto multidisciplinar, a Mostra conta com a coordenação pedagógica de Mirian Zambonato e orientação educa-cional de Silvia Hervella, envolvendo os componentes curriculares de Literatura, Língua Portuguesa, Redação, Arte, Lín-gua Inglesa e Língua Espanhola, repre-sentados pelos professores Ibirá Souza Costa, Eduardo Rosa Almeida, Aline Bra-ga de Lima, André Luis da Rocha, Helena Rocha Cesar, Letícia Finkenauer e Jana-ína de Pinho Silveira.

Os protagonistas, entretanto, são os estudantes. Eles atuam, dirigem e de-sempenham todas as funções na pré-

-produção, produção e pós-produção cinematográfica. Assim, vivenciam a experiência do trabalho coletivo de forma lúdica e criativa, circulando por diversas áreas do conhecimento, exer-citando a resolução de problemas, o gerenciamento de conflitos e a com-preensão das diferenças. Para isso, são preparados em aula orientados por pro-fissionais ligados à produção cinema-tográfica, como cineastas e roteiristas. Além disso, contam com um manual ela-borado pela equipe pedagógica e com a colaboração dos familiares.

Presentes no evento, duas estudan-tes da 2ª série e integrantes da equipe do filme vencedor do ano passado –“Pai contra mãe” – tiveram uma ideia que

O cinema é uma arte democrática

O texto de abertura da Mostra de Curtas - lido pelos apresenta-dores João Boeira e Clara Stark, ambos da 2ª série de EM – resu-miu com precisão o que signifi-ca, para os estudantes, partici-par do projeto. Confira:

João: “O cinema, antes de tudo, é uma arte democrática, forma-dora do indivíduo crítico, na qual absolutamente todos podem compor e compartilhar histórias e olhares diferentes do mundo. Essa forma de expressão vem se tornando cada vez mais pre-sente, viva e, principalmente, livre, revolucionando a forma como nos comunicamos e pro-duzimos cultura. (...) O cinema é coletivo e essencial no ambiente escolar por quebrar barreiras e desenvolver inteligências que vão além das impostas para o Vestibular/ENEM (...) O cinema é essencial, também, para uma educação analítica, sensível e crítica, em um mundo em que o individualismo ameaça nossa coletividade humana”.

Clara: “Assim, para nós, estu-dantes do Colégio Joao XXIII, é um privilégio vivenciar, no ambiente pedagógico, essa ex-periência de produção audiovi-sual. Ainda mais, considerando a época conturbada pela qual estamos passando, de eleições, de divergências e de desrespei-to, é muito gratificante ver as temáticas tão reais e represen-tativas abordadas nos curtas. Projetos assim nos apontam um caminho possível para uma educação transformadora. E agora, para encerrar, uma frase de Paulo Freire: Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas mu-dam o mundo”.

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pretendem levar aos organizadores. Isis Rospide e Julia Dutra, ambas da 2C, que-rem propor a transmissão do conheci-mento entre os próprios colegas, ou seja: quem já produziu curtas, pode ajudar quem está produzindo. Dicas, alertas, atalhos e outros conselhos seriam muito úteis, acreditam.

Pais, mães, avós, irmãos, irmãs, pri-mos, primas, tios, tias, madrinhas e pa-drinhos compareceram em massa na Mostra. Entre os presentes, o fotógrafo Eduardo Tavares – pai de Olívia Tavares, integrante da equipe do “Último encon-tro” – não escondia o orgulho por ter aparecido nos créditos como “assador”. Ele explicava que boa parte das cenas foram filmadas no seu sítio, a “Quinta das Tarântulas” e, para alimentar a gurizada, ele próprio encarregou-se do churrasco.

Usando chapéu de palha marinho do personagem Barba Azul, Rogério Ferrei-ra, pai de Giovana, também era só sorri-sos. E Maria da Glória Correa confessou estar emocionada ao ver o filho Leonar-do Corrêa Suffert participando a Mostra como um dia fizeram seus irmãos mais

velhos Francisco e Fernanda Piazza. Ela estava surpresa com o crescimento e profissionalismo do evento, comparan-do-o com as primeiras edições, ainda bem amadoras. “Tenho 26 anos de João”, esclareceu.

Com direito à torcida organizada e emoções a flor da pele, os familiares assistiram aos nove filmes exibidos em sequência. O trabalho dos estudantes passou pela avaliação do seguinte júri: a professora de Arte Clarisse Normann, o cineasta Gabriel Mayer, o diretor de cena Arion Engers Moreira, o designer e mem-bro da equipe de Comuni-cação da Escola Patrick de Medeiros, e o cineasta e pai de ex-aluno do João XXIII Guilherme Castro. Encer-rada a noite, observando o entusiasmo contagiante a sua volta, os membros do júri, Arion e Rodrigo, con-versavam sobre algo singu-lar identificado na produção dos curtas. “Eles fizeram

uma releitura e atualizam os textos originais. Por exemplo: em certos con-tos sobre a violência contra a mulher, a vítima é apresentada também como culpada, mas os estudantes consegui-ram tirar essa culpabilidade”, chamou a atenção Rodrigo.“Alguns historiadores dizem que a parte mais importante da cultura é a que não se fala. Pois isso aconteceu aqui: os participantes con-seguiram dizer o que não era falado nos contos”, resumiu Arion.

1. A QUEDA DA CASA DE USHER Baseado no conto homôni-mo de Edgar Allan Põe.

SINOPSE: Usher (Thiago Claas) está doente e envia uma carta a seu amigo (Vi-nícius Roque), que resolve visitá-lo. Este, ao chegar lá, percebe que Madeline (irmã de Usher - Mariana Ferrer) também está enferma e à beira da morte. O que mais poderia piorar para os Usher?

2. A MULHER DO FARMACÊUTICO Adaptado do conto homôni-mo de Anton Tchekhov.

SINOPSE: Marcela (Ana Laura Leão), farmacêutica, entediada, triste e mal-ama-da pelo marido Oscar (João Ernesto Lucena), recebe uma surpresa quando uma dupla visita sua farmácia.

3. A MULHER NO ESPELHOBaseado no conto homôni-mo de Virgínia Woolf.

SINOPSE: Idolatrada por uns, odiada por outros. Isabela Tyson: filha, atriz, amante, vizinha, amiga, companheira, inimiga, morta.

4. A PRIMEIRA VEZAdaptado do conto “O primeiro beijo”, de Clarice Lispector.

SINOPSE: Uma menina tími-da e uma menina confiante; um menino nervoso e uma menina segura; uma menina solitária e seus conflitos in-ternos. Todos habitam uma mesma cidade, mas cada um vive uma história de amor diferente. Retrata as aven-turas destes personagens e as sucessivas mudanças que essas paixões provocam na vida de cada um deles.

MELHOR ATRIZ: AMÁLIA GARCEZ

MELHOR ATRIZ COAD-JUVANTE: FRANCESCA FRACCIOLI

MELHOR ROTEIROMELHOR FOTOGRAFIA

MELHOR FILME (Juri Oficial)

16ª

Confira todas as equipes participantes clicando aqui.

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Palavra de artista“A personagem que eu interpre-tei e que me deu a premiação de melhor atriz é minha filha. Minha e da diretora Marina Becker. Eu faço teatro e amo interpretar. Desta vez eu me transformei mesmo. Ajudou o fato de que eu estava irritada porque a gente assumiu muitas tarefas no fil-me e chegamos a ficar 15 horas gravando. Mas deu certo. Eu ganhei”

Amália Garcez (“A mulher no espelho”)

“Eu tive que fazer muita coisa, me inspirei em mim nos dias que estou mal-humorado. Aí peguei esse ar sério para fazer um psi-copata com cara de comportado. Foi muito legal”

Pietro Boscolo (“O Barba Azul”)

5. BRANCO ESCARLATEAdaptado do conto “O Con-trabandista”, de Simões Lopes Neto.

SINOPSE: Quando as sire-nes da polícia foram ouvidas pelos convidados da festa, ninguém se surpreendeu. A festa indesejada foi pior do que Aurora poderia imaginar. Sentada no salão destruído, ela encara seu vestido bran-co e suas mãos tingidas de escarlate.

6. FOMEAdaptado do conto “Um artista da fome”, de Franz Kafka.

SINOPSE: Greta (Laura De Leon) entra em conflito con-sigo mesma e sua vida muda drasticamente.

7. NOITE DE ALMIRANTEBaseado do conto homôni-mo de Machado de Assis.

SINOPSE: Deodoro (Thiago Padoa), um marinheiro, e Gilda (Mirela Müller), uma dona de casa, apaixonam--se de forma arrebatadora e fazem juras de amor eterno antes da partida do maru-jo. Até quando dura uma promessa? Pode um amor tão recente perdurar à dis-tância?

8. O BARBA AZULAdaptado do conto homôni-mo de Charles Perrault

SINOPSE: Barba Azul conta a história de Bernardo Blue (Pietro Boscolo), um homem extremamente rico, que, após o assassinato da mãe (Maluah Mello), adquire um estilo de vida suspeito. Até que ponto Bernardo iria por seus ideais?

9. UM ÚLTIMO ENCONTROBaseado no conto “Venha ver o pôr do sol”, de Lígia Fagundes Telles.

SINOPSE: Dois ex-namora-dos, Raquel (Paula Mendes) e Ricardo (Vicente Seewald) se reúnem para um último encontro que irá mudar a vida dela para sempre.

MELHOR FILME (Júri Popular)

MELHOR ATOR: PIETRO ALBERTO BOSCOLO

MELHOR ATOR COADJUVANTE: CÁSSIO FONSECA

MELHOR FIGURINO

MELHOR TRILHA SONORA

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Neste ano as atividades que anteciparam o IV Torneio de Xadrez envolveram os es-tudantes de diversas formas. Inicialmente foi oportunizada uma aula sobre – Movimen-tos Especiais e Xeque-Mate- com o enxadrista Adroildo José Martins, pai do estu-dante do 1° ano do ensino Fundamental.

Essa aula abordou táticas e estratégias que podem ser utilizadas no xadrez. Os estu-dantes tiveram a oportunida-de de visualizar os movimen-tos e tirar dúvidas sobre as jogadas. No mesmo momento

também podiam jogar com os colegas e treinar o movimen-to das peças.

Em outra perspectiva, a vivência de um grupo signi-ficativo de jovens de 6° ano a 2ª série do Ensino Médio, com um enxadrista cego, revelou-se humanitária, pois a postura de respeito e de aprendizagem demonstrada pelos jovens foi emocionan-te, percebida, inclusive, pelo enxadrista. Por ser deficiente visual, Adroildo José Martins, o enxadrista premiado e reco-nhecido internacionalmente, viu no esporte a possibilida-

de de inclusão. Ele disse: “o Xadrez como qualquer es-porte, precisa de renovação e a iniciativa da escola faz isso ao incentivar seus alu-nos.” Os estudantes dos 5°s anos participaram a tarde da aula e também jogaram com o enxadrista, trocando ideias e construindo novas jogadas.

O 4º Torneio ocorreu em 3 de outubro, com arbitragem profissional da ONG Embrião. Houve a participação de 26 alunos de 5ºano à 2ª série do ensino Médio e busca desen-volver habilidades cognitivas e relacionais dos estudantes,

tais como raciocínio lógico, concentração, criatividade, respeito e cordialidade. Foi uma tarde agradável em que os alunos exercitaram, para além do jogo de xadrez, a vivência de um Torneio, uti-lizando o relógio durante o jogo, aprendendo regras ofi-ciais e demonstrando uma postura de esportista durante a competição.

Maria Fernanda HennemannPsicóloga

IV Torneio de Xadrez:Desafios e estratégias em movimento

Antes de acionar os relógios para o início das partidas, os competidores se cumprimentam. No primeiro plano, João Paulo e Benjamin, ambos do 7º ano.

Artigo

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Curiosidades do tabuleiro• O Xadrez é disciplina escolar obriga-tória na Romênia e as notas em Mate-mática dependem em 33% do desem-penho no Xadrez.

• No xadrez existem precisamente 169.518.829.100.544 quatrilhões de maneiras de jogar apenas os dez pri-meiros lances. Para os 40 lances se-guintes de um jogo inteiro, o número é estimado em 25 x 10 elevado a 115 po-tência. O número inteiro de átomos em todo o universo é apenas uma pequena fração desse resultado.

• O campeão nacional absoluto mais jovem de todos os tempos e de todas as modalidades esportivas é um joga-dor de Xadrez. Trata-se do peruano Jú-lio GrandaZuñinga, campeão nacional aos seis anos de idade.

Fonte: site “Tabuleiro de xadrez” (link)

Feminino:• Cecília S. Dornelles

• Giovana Soletti Vicari

• Layza Prestes

• Letícia Lehsten

Vencedores do Torneio

Masculino:• Rafael Gandolfi Lanzini

• Vinicius Castañeda Baptista

• João Paulo Zalamena Correia Lima

• Enzo Lazaretti

A supervisora pedagógica Mirian e a estudante Giovana V., uma das vencedoras do IV Torneio de Xadrez

O árbitro Josué Aguiar com os competidores Franco (de costas) e Ícaro (de frente), ambos do 5º ano

Os participantes do IV Torneio de Xadrez junto com o arbitro e profissionais da Escola que planejaram o evento

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Linguagens e Práticas Sociais 7º e 8º – que lida com teatro. Trabalharam, então, a sensibilização e a consciência corpo-ral por meio da dança urbana, capaz de atrair também os meninos. As atividades, inclusive, ganharam o auxílio luxuoso do bailarino João Filipe Johnson, estudante do 2º ano Ensino Médio no João, encar-regado de fazer oficinas para o 7º ano. Conforme a coordenadora pedagógica da etapa, Rosa Maria Limongi, o projeto traduz o cotidiano dos jovens no am-biente escolar.

Os conteúdos abordados em cada componente são variados e se com-plementaram. Enquanto nas aulas de

O que pode um corpo

Ciências da professora Neyla Manica o foco foi a sexualidade, nas de Portu-guês (Raquel Luz) e História, (Patricia Dionysio) os adolescentes traduziram seus mundos nos manifestos poéticos apresentados nos Slams. Os jovens também construíram infográficos nas classes de Matemática (Luciano Stro-pper) e Inglês (Matheus Moura e Maiara Viegas), incursionaram no mundo do hip-hop nas aulas de Música (Mateus Chaves) e fotografaram uns aos outros para compor um painel de silhuetas com a orientação das professoras de Artes (Luciana Pacheco, Marisa Borges e Claudia Lottermann).

Uma batalha aconteceu no pátio do João, em 17 de setembro. Mas foi uma batalha de poesia. Nesta data, o recreio virou Slam por conta do projeto “O que pode um corpo”, do 7º ano e que envol-ve os seguintes componentes curricu-lares: Português, Matemática, História, Geografia, Ciências, Música, Língua In-glesa, Educação Física, Artes e Práticas Pedagógicas.

O projeto começou com a iniciativa da professora Fabiana Lisboa, de Educa-ção Física. Preocupada com a excessiva fixação dos adolescentes com a estética do corpo, procurou sua colega Daniela Dutra – de Práticas Artes Cênicas 5º e 6º;

O estudante João Filipe, da 2ª série do EM, conduzindo a aula de street dance para a gurizada do 7º ano

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Poetry slam (traduzido literalmen-te do inglês, “batida de poesia”) é uma competição em que poetas leem ou re-citam um trabalho original ou, mais ra-ramente, de outros. Estas performances são, em seguida, julgadas por membros selecionados da plateia ou então por uma comissão de jurados. Em outras palavras, trata-se de uma batalha de poesias autorais ocorrida quase sempre nas ruas, sendo consideradas um ativis-mo cultural, pois os temas tendem a ser instigantes ou provocativos tratando do preconceitos e das regras calcificadas na sociedade.

O Slam foi criado nos anos 1980 em Chicago, nos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que a cultura hip-hop tomava forma, mas só chegou ao Brasil mais tar-de, nos anos 2000. O campeonato ZAP, Zona Autônoma da Palavra, foi o primei-ro, trazido pelo Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, um Coletivo Paulistano de Teatro Hip-Hop. Em novembro de 2016, a Flupp (Festa Literária das Periferias), no Rio de Janeiro, sediou o primeiro cam-peonato de poesia falada internacional da América Latina, o Rio Poetry Slam. A competição recebeu slammers de 16 países diferentes e teve como campeã a poeta paulistana Mel Duarte, autora do livro “Negra Nua Crua”. Atualmente os eventos se alastraram pelo país – in-cluindo Porto Alegre – sendo São Paulo o campeão em realizações do gênero. Na capital paulista existe, inclusive, um Slam Interescolar.

Fontes: Nexo jornal (link) e Wikipedia.

Ativismo cultural em forma de poesia

Manifesto Uma coisa que me abala, é o preconceito

as pessoas hoje em dia não tem mais respeito

o negro, chamam de bandido

isso está errado, pois o único bandido é o prefeito

Dizer que no Brasil está tudo certo

aí você é que está errado

pois a facada em um candidato a presidente,

é mais importante que a crise de seu estado

O racismo não pode ser algo que decola

pois um negro é morto saindo da porta

de sua escola

a mãe desesperada chora

porque mais uma alma inocente vai embora

Mais uma coisa chata é preconceito

com a mulher

que não tem a liberdade de fazer

o que quiser

o machismo, para mim, é uma coisa que

na minha cabeça esquenta

pois é o medo do homem da mulher

que o enfrenta

Pedro Henrique, 7C

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Festival de Música 2018foi do erudito ao funk

Educacional – nos bastidores, o Festi-val joga todos os seus holofotes sobre os participantes. As crianças e os ado-lescentes são os protagonistas inques-tionáveis, tendo liberdade para escolher repertório, acompanhantes e arranjos.

Vivaldi marcou encontro com Ludi-mila, Cazuza, Caetano Veloso, Luiz Me-lodia, Adoniran Barbosa, Clara Nunes, Mulamba, Chico Buarque, Reginaldo Rossi e grupo ABBA no Festival de Mú-sica 2018, ocorrido em uma noite cálida e sem vento (16 de outubro) no pátio da Escola. Foi uma verdadeira festa em homenagem à diversidade de gostos, opiniões e pensamentos. Até o java-li Pumba subiu ao palco – na pele de Guilherme Sager, integrante do grupo “Leão da Meia Lua”, que executou do tema do filme “Rei Leão”. O repertório predominantemente nacional e a pre-sença marcante de vozes femininas pautaram o evento.

Simbolicamente, um dos grupos vencedores (categoria banda cover da modalidade Juvenil) apresentou-se com o nome: “Primavera delas”. Até mesmo a apresentação da noite ficou a cargo das meninas, no caso Flora Lan-nes (8º ano do Ensino Fundamental), Paula Mendes e Maria Clara Lisboa (1ª série do Ensino Médio). Entretanto, na lista de vencedores os meninos também a ganharam destaque (confira nesta mesma edição).

Apesar de contar com a organização dos professores de Música Marcello So-ares, Mateus Chaves, Estêvão Grezzelli, Bob Bopsin e Ana Maestre – além da Coordenação Pedagógica e Orientação

As crianças e os adolescentes são os protagonistas inquestionáveis

Luiza, Mykelly, Clara e Cecília, todas do 9º ano, no palco do Festival

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A grande surpresa deste ano ficou por conta da predominância de músicas cantadas na língua mãe, o Português. “Nesta faixa de idade é comum uma tendência ao rock alternativo, mas aqui tivemos até MPB” constatou o violonis-ta, compositor e professor universitário Thiago Colombo. Para ele, que estudou em uma escola onde era o único aluno músico, é reconfortante apreciar uma “saudável relação com a música” ente crianças e adolescentes.

Ele se referia à naturalidade com que estudantes das três faixas – Infantil (5º e 6º anos), Infanto-Juvenil (9º ano a 2ª série do Ensino Médio) e Juvenil (9º ano a 2ª série do Ensino Médio) subiram ao

Jurados: • Harvey Marques – Músico da Banda “Nenhum de Nós” - Pai da aluna Maria Eduarda de Mello Marques 2ºF.

• Jorge Hugo Souza Gomes – Músico da Banda Jottagá&Fróide, e do espetáculo dos Beatles “The Besouros” – pai da aluna Giórgia Alba Souza Gomes 2ºF.

• Thiago Colombo - Músico, instrumentista, professor universitário e compositor. Premiado em vários festivais, com vários álbuns gravados.

• Frederico Ritter - Pai do Cristiano da 1ª série do Ensino médio. Músico e compositor. É um apaixonado pela música e multinstrumentista.

palco, competindo, mas também cola-borando na apresentação dos colegas como instrumentistas ou vocalistas. A presença de alguns competidores com nível de educação avançadas também soma sem criar desníveis entre os par-ticipantes.

Eclético por natureza, o Festival 2018 trouxe um verdadeiro catálogo de gêneros e atitudes. Aconteceu tanto uma declaração de amor em forma de canção (“Sobre amor”, você, composta por João Pedro Abarno) até uma decla-ração de voto por parte das meninas do “Primavera é delas”, que pediram a pla-téia para “não deixar o ódio tomar conta do País”.

Mariana, Ângela, Letícia, Maurício, Giovana e Eduardo, uma das 34 atrações desse ano

Os veteranos Guilherme e João Pedro, da 2ª série do EM, ...

...e Leonardo e Ana Clara, da 2ª e 1ª série do EM, respectivamente

Cecília, Amanda e Ângela, da banda The Cover, uma das ganhadoras de 2018

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Vencedores

Faixa inFanTil

Banda Cover:1. The Cover2. Carol & Verdi

Cover instrumental:1. Pedro Winter2. Ângela Moymann

Composição Original:

Dark Light com a canção

O Tempo Passou

Confira a lista completa das atrações clicando aqui.

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Faixa inFanTO Juvenil

Banda Cover:

1. Heróis Contra O

Tempo

2. CollorFull Division Solo Cover:1. Clara Baracat2. Maria Eduarda Ferreira

Faixa Juvenil:

Banda Cover:

1. Primavera Delas

2. Rick Sanchez´s

Project

Solo Cover:

1. Nathália Ross

2. Isis Rospide

Composição Original:1. João Pedro Abarno com a composição Sobre amor, Você2. Ana Clara Tittoni com a com-posição Jogo das Sombras

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fala.joaoxxiii.com.br

Confira as edições anteriores do Fala, João em: