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5/9/2018 Tapete Vermelho Resenha Pronta e Corrigida 2 - slidepdf.com
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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL UNIFICADA CAMPOGRADENSE
RESENHA
TAPETE VERMELHO
RESENHA DO FILME : TAPETE VERMELHO
FICHA TÉCNICA: TÍTULO ORIGINAL:TAPETE VERMELHOGÊNERO: COMÉDIADURAÇÃO: 1:40 hrANO DE LANÇAMENTO: 2006ESTÚDIO: LAPFILME PRODUÇÕES CINE. LTDA.DISTRIBUIDORA: PANDORA FILMESDIREÇÃO: LUIZ ALBERTO PEREIRAROTEIRO: LUIZ ALBERTO PEREIRA E ROSANEPOMUCENOPRODUÇÃO: IVAN TEIXEIRA E VICENTE MICELIMÚSICA: RENATO TEIXEIRAFOTOGRAFIA: ULI BURTINDIREÇÃO DE ARTE: CHICO DE ANDRADEFIGURINO: CAROL LI E DAVID PARIZOTTIEDIÇÃO: JÚNIOR CARONE
ELENCO: MATHEUS NACHTERGAELE (QUINZINHO)
VINÍCIUS MIRANDA (NECO)
GORETE MILAGRES (ZULMIRA)
ROSI CAMPOS (MARIA) AÍLTON GRAÇA (MANÉCHARRETEIRO)
JACKSON ANTUNES (GABRIEL)
DÉBORA DUBOC (SEBASTIANA)
PAULO GOULART (CAMINHONEIRO)
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CÁSSIA KISS (TIA MALVINA)
CACÁ ROSSET (DONO DE CINEMA)
YASSIR CHEDIAK (SEU RENATO)
FERNANDA VENTURA (BENEDITA)
MANOEL MESSIAS (ADÃO)
ANDRÉ CECCATO (GUMERCINDO)
MARTHA MEOLA (D. ROSA)
CACÁ AMARAL (SEU MARCOLINO)
CID MAOMÉ (ZÉ PIRAMBÊRA)
DELMON CANUTO (ALBERICO)
DUDA MAMBERTI (TURCO DO ARMARINHO)
JOSÉ ANTÔNIO NOGUEIRA (ICO)
ZÉ MULATO (VIOLEIRO NO BAR DO ICO)
CASSIANO (VIOLEIRO NO BAR DO ICO)
PAULO BETTI (APARÍCIO)
ALUNOS: MILENE ALVES CHARDELLIROBSON LEITE CALASANS DOS SANTOS
CURSO: PEDAGOGIA
TURMA: 1ª – NOTURNO
PERÍODO: 1º (PRIMEIRO)
JUNHO/ 2011
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Caipira
Caipira é uma denominação tipicamente paulista. Nascida da primeiramiscigenação entre o branco e o índio. "Kaai 'pira" na língua indígena significa, o que vive afastado, ("Kaa"-mato ) ( "Pir" corta mata ) e ( "pira"- peixe). Também o cateretê, inicialmente uma dança religiosa indígena, naqual os Índios batiam palmas, seguindo o ritmo da batida dos pés, deuorigem a "catira". A catira passou a ser um costume de caboclos,antigamente chamados de "cabolocos". Com o avanço dos brancos em
direção ao Mato Grosso e Paraná a cultura caipira foi junto, levada principalmente pelos tropeiros. Hoje o termo "Caipira" generalizou-se sendo para o citadino uma figura estereotipada. Mas esse ser escorregadioe desconfiado por natureza, resiste às imposições vindas de fora. Tem umaespécie de cultura independente, como a dos Índios. Infelizmente algunsintelectuais passaram de modo errôneo a imagem do caipira. Hoje as festas"caipiras" que se encontram nas cidades e nas escolas não passam decaricaturas de uma realidade maior. Foi criada uma deturpação do que o povo brasileiro possui de mais profundo e encantador em suas raízes. "A primeira mistura", a pedra fundamental. O falar errado do caipira não é proposital. Permanecendo ele afastado das cidades, mantém no seu dialeto,muito conhecimento, que o homem da cidade já perdeu, com sua prosperidade aparente.
TAPETE VERMELHO
A história de nossa cultura brasileira está quase que completamente, pautada em lendas
e contos passados de boca em boca por nossos ancestrais. Ancestrais esses que trazem
em sua formação uma cultura bastante miscigenada.Quem em sua infância nunca ouviu falar da mula sem cabeça, do saci, do
curupira, do lobisomem e de outras personagens que marcam bem o cotidiano de todos
nós, seja no campo ou na cidade. Lendas e contos antigos fazem parte de nosso
cotidiano.
A estória de um “caipira” chamado Quinzinho, que vive com sua mulher
Zulmira e seu filho Neco, começa rodeada de elementos do nosso folclore.
Em um pedaço de chão do interior de São Paulo, mais precisamente em umsitiozinho “mal arrumado” e de ar bucólico, Quinzinho lembra com saudosismo de
quando era criança e, seu pai, gostava de levá-lo ao cinema para ver os filmes do artista
Mazzaropi. Certa vez, seu pai, o fez prometer que, quando ele tivesse (Quinzinho) um
filho,também o levaria cinema para assistir a um dos filmes de seu ator predileto,
Mazzaropi, e que isso de veria ser feito no dia do aniversario dessa criança.
Disposto a cumprir com a promessa e levar Neco para assistir o filme,
Quinzinho então avisa a mulher que ela deve se preparar para a viagem, que seria longa
e divertida. Na bagagem Quinzinho levaria um pouco de comida e água, seu filho, sua
esposa Zumira e o burro Policarpo. Zulmira não concorda muito com a idéia, mas acaba
cedendo à vontade do marido.
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Antes de sair para sua aventura, Zulmira, é chamada para benzer a vaca de seu
vizinho, que estava triste e não dava muito leite. Imediatamente a benzedeira acata ao
pedido e faz o seu trabalho.
De malas prontas, burrinho arrumado, filho contente e feliz e mulher
“emburrada” a aventura a caminho da começa.
A trupe faz então sua primeira parada na casa de seu Marcolino, onde eles
passariam a noite. Depois do jantar, seu Marcolino, convida Quinzinho para uma roda
de viola, bem debaixo do clarão da lua. Enquanto Quinzinho “proseia” no quintal com
os amigos, a esposa de seu Marcolino sabendo das qualidades de “benzedeira” de
Zulmira reclama com ela e diz que seu filho chora de fome todas as noites, sendo que
ela tem bastante leite no peito. Esperta, Zulmira logo desconfia e diz que já sabe o que
fazer só que ela teria que ficar no quarto do casal à noite, atrás do armário esperando a
hora certa de agir. A esposa de seu Marcolino concorda e, quando a noite vai alta uma
cobra entra no quarto silenciosamente se rastejando pela janela, vai a te o seio da esposa
de seu Marcolino e começa a roubar seu leite. Zulmira consegue pegar a “mardita”
cobra . e a despacha na mata depois de rezar a São Tantão, pedido que ele devolva o
mal para quem o enviou ao casal. No dia seguinte, quando estão de partida, gritos são
ouvidos vindo da casa dos empregados. Todos correm para ver o que é. Para surpresa de
todos, a cobra, que Zulmira despachou na mata estava no quarto da empregada, e ela
gritando desesperada encima da cama. Zulmira olha de lado e só comenta com a mulher
de seu Marcolino “não te disse”.
A família parte com destino a cidade em busca de um cinema que, nos dias de
hoje, passe o “tar firme do Mazzaropi”. No caminho, eles conhecem o Mané
Charreteiro, um sem terra, ao qual fazem amizade e pegam uma carona para mais
adiante. Mané os deixa em um local bem próximo à cidade. Na cidade, eles encontram
um turco que lhe indica um local onde pessoas como eles (caipiras ou jecas) costumam
se encontrar. Quinzinho ri do jeitão fanfarrão do turco falar, mas não chega a ofendê-lo,
pois seus “modos” simples disfarçam o riso.Já é noite quando resolvem parar. Um coreto abandonado da cidade servirá de
local para pousada nesta noite. Quinzinho então pede a mulher e ao filho que o espere
ali, pois ele iria ver o tal local onde “violeiros” se encontram e tocam as “modas”
durante à noite.
Chegando lá ele encontra dois violeiros tocando suas modas e fica encantado
com o ambiente. Mas chega ao local um violeiro famoso. Quinzinho fica entusiasmado
e vai até ele puxar “uma prosa”. Durante a conversa, o violeiro, pergunta a Quinzinho seele queria tocar viola igual a ele, ser famoso e ganhar muito dinheiro. Entretanto, para
que isso acontecesse, ele teria que ir à uma encruzilhada e fazer um pacto com o “tar”, o
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Diabo. Após alguns segundo relutante, Quinzinho topa o trato. Os dois saem da venda
onde estão e seguem para a encruzilhada. Quinzinho começa a ouvir coisas estranhas e
quando olha para o pé do violeiro só consegue ver duas patas de bode chamuscando o
asfalto e arranhando em fogo. Sem pensar duas vezes Quinzinho corre o mais que pode
para fugir daquela imagem horripilante e encontrar logo sua família.
No dia seguinte, Quinzinho e sua família (Zumira, Neco e Policarpo)
continuam a sua busca. Sem dinheiro para muita coisa, na hora do almoço, eles param
próximos a um lago e pescam uns peixes. Enquanto Quinzinho assava os peixes,
aparece do nada uma figura sertaneja, chamado Gabriel.
O sertanejo pede licença para ficar com eles naquele momento. A família
consente a presença dele. Quinzinho fica curioso para saber o que o estranho carrega
dentro de uma cesta de vime. Gabriel diz que é uma encomenda para um violeiro e
mostra para ele o que tem dentro da cesta, um filhote de cobra coral. O estranho explica
que aquele filhote fazia parte de uma simpatia e que, quem a fizesse certo se tornaria um
grande violeiro. Quinzinho fica encantado com a estória, mas olha com desconfiança os
pés de Gabriel, que tira as botas para se refrescar.
Depois de se certificar que os pés do sertanejo são humanos, Quinzinho fica
aliviado e ouve a proposta dele. Gabriel diz então que lhe ensinaria a simpatia para se
tornar um grande violeiro. Quinzinho reluta em aceitar, mas com a insistência do filho
ele acaba aceitando a proposta. O violeiro Gabriel vai embora e esquece suas botas.
Quinzinho vai atrás dele para devolver, mas para sua surpresa, Gabriel some como
fumaça.
No dia seguinte, sem dinheiro, Quinzinho e a família param em uma praça.
Sem saber o que fazer para arrumar dinheiro, ele saca da sacola sua viola. Para sua
surpresa seus dedos deslizam na viola arrancando dela um suave e arrojado som. As
pessoas que vão passando deixam em sue chapéu alguns trocados. Com isso ele e a
família conseguem se alimentar.
Já no restaurante, Quinzinho, conhece um homem de nome Aparício. Dizendoque era primo de Mazzaropi, este o enrola os deixa em um assentamento do
“MST”( Movimento dos Sem Terra) dizendo que ali todas as noites passavam filmes
do seu herói. O sujeito vai embora levando o burrinho Policarpo e todas as coisas da
família, menos a viola, que Quinzinho faz questão de pegar.
Quinzinho encontra Mané Charreteiro no acampamento, e pergunta a ele se a
noite eles passariam um filme. Charreteiro responde que sim, mas que não era o tipo de
filme que ele estava esperando e que, mesmo assim ele iria gostar.
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Durante a exibição do filme, já de madrugada a policia invade o acampamento,
mata Mané Charreteiro e prende Quinzinho. No meio da confusão seu filho Neco é
levado pela policia para São Paulo, onde mais tarde é abandonado.
Depois de esclarecer o mal entendido de sua prisão na cadeia, Quinzinho é
liberado e encontra sua esposa aos prantos. Zulmira conta então que a policia levou
Neco para a capital. Quinzinho manda a esposa ir para a casa de seus parentes e que o
espere lá, pois ele iria buscar o filho.
Quinzinho segue viagem rumo à Aparecida do Norte para pedir a santa que ele
consiga ter seu filho de volta, oferecendo em troca sua viola como sacrifício. A santa
atende e Quinzinho consegue achar seu filho Neco.
Mas para sua surpresa o melhor da aventura estava por vir. Quinzinho
consegue em uma igreja, que antes era um cinema, algumas latas velhas com um filme
de Mazzaropi. Feliz da vida, Quinzinho vai a um cinema e pede para passar um dos
filmes que ele conseguiu, mas resposta do gerente é negativa. Revoltado com toda
aquela situação, Quinzinho se irrita, e se acorrenta em uma pilastra do cinema, dizendo
que só sai quando assistir o filme com o menino. Seu ato causa repercussão na mídia,
que vai cobrir a reportagem. O dono do cinema quando fica sabendo, vai correndo
atender nosso amigo, mas, Quinzinho, como não era bobo, faz uma exigência. Só aceita
sair se colocar um “tapete vermelho” para que ele possa passar. Seu pedido é aceito e
Quinzinho e sua família assistem ao filme.
Depois de toda essa aventura, Quinzinho volta a sua terra com a família,
prometendo um dia retornar à Aparecida do Norte para pagar a promessa.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Falar sobre ser ou não “caipira”, não é fácil para algumas pessoas, principalmente
quando essas mesmas pessoas nasceram na cidade grande. Mas não é difícil quando setem alguma proximidade do mundo do “caipira”.
E o que é ser caipira?
Ser “caipira” não é simplesmente morar em uma região onde a maioria das pessoas tem
o sotaque arrastado, lento, carregado de maneirismos locais. Ser “caipira” é ser original,
simples e sábio. É saber conviver em harmonia com as “coisas” da natureza e delas tirar
sua sobrevivência. Ser “caipira” é saber quando vai chover, quando vai dar sol, quandoterá boa época para colheita, quando não terá. E saber tudo isso com uma precisão
“cientifica”, que para alguns, é inexplicável. Lógico que não se explica o convívio entre
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homem e natureza assim de uma hora para outra. È preciso conviver com estes
elementos e com o mundo do que chamamos hoje de “caipira”.
Entretanto em nosso país de vasta dimensão continental e com uma multiplicidade de
sotaques enorme, ainda tem gente que insiste em usar o termo “caipira” no sentido
pejorativo. E os sotaques cariocas e baianos, são feios? Não. Trata-se de uma forma de
identidade. Então, por que não usar o sotaque mineiro? Isso é vergonhoso? Pois isso
pode ser visto na maioria das produções brasileiras de televisão.
O músico, Renato Teixeira, descreveu o que é ser caipira. “É um estilo de vida, baseado
na simplicidade e valores morais”.
A professora da UFU - Universidade Federal de Uberlândia - Márcia Helena de Lima,
fez um estudo de mestrado sobre as características inerentes ao “caipira”. Márcia diz
que, “A partir do respeito e da valorização dos fazeres e pensares na diversidade, seja
no campo ou na cidade, gostaria de convidá-los a refletir sobre: as vantagens de ser
caipira e a formação de valores, pois é importante que as pessoas reconheçam as suas
origens, independente do espaço em que nasceram e cresceram, de maneira que
compreendam os elementos que constituem sua formação individual e social”.
A professora cita ainda algumas características do caipira, dentre elas, é importante
destacar algumas:
prioriza a valorização do solo como principal fonte de trabalho esubsistência, pois isto significa a chance de uma vida mais digna;
valoriza o saber popular, construído a partir das histórias dos grupos
sociais a que pertencem;
reconhece que o Brasil possui duas faces antagônicas, a dos que comem e
dos que não comem, em um país urbanizado, que depende do campo para
obtenção de sua produção alimentícia;
vivencia a construção de valores sólidos, como a solidariedade, ocompanheirismo, a amizade e a lealdade, entendendo que é mais difícil
construí-los no cotidiano competitivo da cidade;
valoriza a tradição familiar, reforçando o respeito aos modos e costumes
oriundos dos ensinamentos do pai e da mãe.