52
Técnicas Básicas de Higienização Hospitalar Validação da Limpeza do Ambiente Enfª Milene O. F. de Vargas Graduação em Enfermagem pela UNISINOS Enfermeira do Controle de Infecção do Hospital Nossa Senhora da Conceição Email: [email protected]

Técnicas Básicas de Higienização Hospitalar Validação da ... · PDF fileEmail: [email protected]. Limpeza Remoção de sujidade depositada em superfícies inanimadas utilizando-se

  • Upload
    lamanh

  • View
    218

  • Download
    2

Embed Size (px)

Citation preview

  • Tcnicas Bsicas de Higienizao Hospitalar

    Validao da Limpeza do Ambiente

    Enf Milene O. F. de VargasGraduao em Enfermagem pela UNISINOS

    Enfermeira do Controle de Infeco do Hospital Nossa Senhora da Conceio

    Email: [email protected]

  • LimpezaRemoo de sujidade depositada em superfcies inanimadas utilizando-se de meios mecnicos (frico), fsicos (temperatura) ou qumicos (saneantes).

    APECIH, 2004; ANVISA, 2012.

  • DesinfecoProcesso fsico ou qumico que tem o objetivo de destruir microrganismos patognicos de superfcies, atravs do uso de soluo desinfetante.

    ANVISA, 2012.

  • Limpeza HospitalarCompreende a limpeza, desinfeco e conservao das superfcies fixas e equipamentos;

    A frico a chave para o sucesso da limpeza, pois remove detritos e microrganismos.

    APECIH, 2004.

  • Porque limpar?Contribui com a reduo da possibilidade de transmisso de infeces oriundas de fontes inanimadas. Superfcies como reservatrio de germes.

  • Porque limpar?Limpeza o elemento primrio e eficaz nas medidas de controle para romper a cadeia epidemiolgica das infeces;

    Visa garantir aos usurios uma permanncia em local limpo e com menor carga de contaminao possvel.

  • Enxoval

    Superfcies

    Ar

    Reservatrios/ Fontes

    Sola F. Angela. Simpsio APECIH 2013.

  • Superfcies contaminadas

    PIDAC, 2012.

  • Superfcies contaminadas

    PIDAC, 2012.

  • Sobrevivncia no ambiente

    Adaptado de Hota B. Clin Inf Dis, 2004; Kramer, SchwebwI, Kampf. BMC Infect Dis, 2006.

    Germe Sobrevivncia no ambiente

    Acinetobacter spp. 3 dias a 5 meses

    Pseudomonas aeruginosa 6 horas a 16 meses

    Escherichia coli 1.5 horas a 16 meses

    Klebsiella spp. 2 horas a > 30 horas

    Serratia marescens 3 dias a 2 meses

    Enterococcus spp. (VRE ou VSE) 5 dias a 4 meses

    Staphylococcus aureus (MRSA ou MSSA) 7 dias a 7 meses

    Clostridium difficile (esporos) 5 meses

    Mycobacterium tuberculosis 1 dia a 4 meses

    Influenza vrus 1 a 2 dias

    Rotavrus 6 a 60 dias

  • Classificao de reas hospitalaresreas crticas onde h risco aumentado de transmisso

    de infeco, onde se realizam procedimentos de risco, com ou sem pacientes, ou onde se encontram pacientes imunodeprimidos.

    reas semicrticas locais ocupados por pacientes com doenas infecciosas de baixa transmissibilidade e doenas no infecciosas.

    reas no-crticas todos os demais locais de estabelecimentos de assistncia sade no ocupados por pacientes, onde no se realizam procedimentos de risco.

    ANVISA. RDC n 50, 21 de fevereiro de 2002.

  • Superfcies crticas e no-crticas

    Limpeza e desinfeco de superfcies crticas (frequentemente tocadas) deve ser realizada com maior periodicidade.

    Limpeza e desinfeco de superfcies no crticas no necessita cuidados especiais mesmo em ambientes de pacientes detectados com germes multirresistentes.

    Siegel JD, Rhinehart E, Jackson M and HICPAC, 2007; Guideline for Isolation Precautions. CDC, 2007.

  • Superfcies que necessitam ser desinfetadas...

    Superfcies altamente tocadas, como maanetas, interruptor de luz, campainha, pia de higienizao de mos, etc.

    Superfcies prximas ao paciente, como mesa de cabeceira, mesa auxiliar, poltrona, etc.

    CDC. Guideline for environmental infections control in healthcare facilities. MMWR 2003.Siegel JD et al. Am J Infect Control 2007.

  • Superfcies que necessitam ser desinfetadas...

    Superfcies com presena de matria orgnica, pois podem favorecer sua disperso no ambiente

    Aps seu ressecamento, representam risco potencial de contaminao pelo ar;

    Quando in natura, por contato direto e indireto.Remoo mecnica seguida de desinfeco

    da superfcieSehulster, Chinn, Arduino. CDC, 2003;Guideline for Isolation Precautions. CDC, 2007.

  • Limpeza X Desinfeco

    A reduo da carga microbiana da superfcie com o processo de limpeza apenas com detergente de 80%.

    Ayliffe GAJ, Collins, Lowburry, BMJ 1966.

    No houve diferena nas taxas de infeces hospitalares na limpeza de pisos com detergente ou desinfetante.

    Rutala, W.A; Weber D.J. Clin Infect Dis 2001.Dettenkofer et al., Am J Infect Control, 2004.

  • Processos de limpezaLimpeza concorrente

    Limpeza realizada diariamente, em todas as unidades dos estabelecimentos de sade com a finalidade de limpar e organizar o ambiente, repor os materiais de consumo dirio (como sabonete lquido, entre outros) e recolher os resduos. Inclui limpeza de superfcies horizontais, mobilirios, corredores, pisos e instalaes sanitrias.

    APECIH, 2004; ANVISA, 2012.

  • Processos de limpezaLimpeza concorrente- Periodicidade: reas crticas: 3x/diareas semicrticas: 2x/diareas no-crticas: 1x/dia

    ANVISA, 2012.

  • Processos de limpezaLimpeza terminal Limpeza completa e minuciosa, incluindo todas as

    superfcies horizontais e verticais, internas e externas do ambiente. realizada na unidade do paciente aps alta hospitalar, transferncias, bitos ou internaes de longa

    durao (deve ser programada).

    APECIH, 2004; ANVISA, 2012.

  • Processos de limpezaLimpeza terminal

    - Periodicidade:reas crticas: semanalreas semicrticas: quinzenalreas no-crticas: mensal

    ANVISA, 2012.

  • A frequncia de limpeza das superfcies pode ser estabelecida para cada servio de acordo com protocolo da instituio;

    ANVISA, 2012.TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.

    Processos de limpeza

  • Sistematizao dos processos de limpeza Sentido unidirecional de limpeza (no realizar movimentos de vaivm);

    De cima para baixo, dos fundos para a sada; Iniciar do local menos contaminado para o mais contaminado;

    ANVISA, 2012.TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.

  • Sistematizao dos processos de limpeza

    Utilizar dois baldes de cores diferentes - um balde para detergente/desinfetante e outro para gua limpa;

    Desprezar solues dos baldes a cada trmino de local de limpeza;

    ANVISA, 2012.TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.

  • Sistematizao dos processos de limpeza Nunca varrer superfcies a seco

    favorece a disperso de microrganismos; Proceder varredura mida ensaboar,

    enxaguar e secar;

    ANVISA, 2012.TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.

  • Boas prticas em limpeza hospitalarProceder frequente higienizao das

    mos;

    TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.HINRICHSEN, S.L. et. al. Biossegurana e Controle de Infeco: Risco Sanitrio Hospitalar, 2004.

  • Boas prticas em limpeza hospitalarNo utilizar adornos (ex. anis e pulseiras);Manter unhas curtas e limpas;

    TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.HINRICHSEN, S.L. et. al. Biossegurana e Controle de Infeco: Risco Sanitrio Hospitalar, 2004.

  • Boas prticas em limpeza hospitalar Manter cabelos presos ou curtos; Profissionais do sexo masculino devem estar

    barbeados;

    TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.HINRICHSEN, S.L. et. al. Biossegurana e Controle de Infeco: Risco Sanitrio Hospitalar, 2004.

  • Boas prticas em limpeza hospitalar No deixar os panos de molho: devem ser

    descartados ou encaminhados para o processamento de roupas;

    Todos os equipamentos devero ser limpos a cada trmino da jornada de trabalho;

    No utilizar aspiradores de p em reas assistenciais;

    TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.HINRICHSEN, S.L. et. al. Biossegurana e Controle de Infeco: Risco Sanitrio Hospitalar, 2004.

  • Sempre sinalizar os corredores para evitar acidentes;

    Dividir os pisos ao meio, deixando um lado livre para o trnsito de pessoal;

    ANVISA, 2012.TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.

    Boas prticas em limpeza hospitalar

  • O uso de Equipamento de Proteo Individual (EPI) deve ser apropriado para a atividade a ser exercida;

    ANVISA, 2012.TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.

    Boas prticas em limpeza hospitalar

  • ANVISA, 2012.TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.

    Boas prticas em limpeza hospitalarEPIs: Luvas;

    Mscara; Avental; culos de proteo; Calados de proteo.

    Uso do uniforme somente no local de trabalho;

  • ANVISA, 2012.TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.

    Boas prticas em limpeza hospitalar

    Cuidados especiais com as luvas:

    Devem ser lavadas e desinfetadas aps o uso;

    Devem ser de uso exclusivo em atividades de limpeza e/ou coleta de resduos.

  • ANVISA, 2012.TORRES, S.; LISBOA, T.C. Gesto dos Servios: Limpeza, Higiene e Lavanderia em estabelecimentos de Sade, 2008.

    Boas prticas em limpeza hospitalar

    No tocar em superfcies com as mos enluvadas

  • Produtos saneantes Utilizar somente produtos com registro especfico

    para limpeza hospitalar no Ministrio da Sade; Notificado ou Registrado na Anvi