TECIDO CONJUNTIVO ÓSSEO

Embed Size (px)

Citation preview

UNIVERSIDADE PAULISTA UNIP INSTITUTO DE CINCIAS DA SADE FARMCIA-BIOQUMICA CAMPUS MANAUS

ADRIVANE RODRIGUES DE SOUZA DANEWESLEY CARVALHO FREITAS DIENE AMORIM LIMA DIOGO FREDERICO ROCHA SILVA SILVANA TAVARES DA COSTA

O tecido sseo possui um alto grau de rigidez e resistncia presso. Principal componente dos ossos, sendo que este apresenta vrios tipos de tecidos: fibroso, reticular, cartilaginoso, adiposo, sangue e tambm fibras nervosas, alm do tecido sseo que o predominante. Possui uma matriz rgida formada de fibras colgenas e sais orgnicos

A extrema rigidez do tecido sseo resultado da interao entre o componente orgnico e o componente mineral da matriz. A nutrio das clulas que se localizam dentro da matriz feita por canais. Composta de vrios tipos celulares: osteoblasto, ostecito e osteoclasto

FUNO O tecido sseo tem a funo de sustentao e ocorre nos ossos do esqueleto dos vertebrados. um tecido rgido graas presena de matriz rica em sais de clcio, fsforo e magnsio. Alm desses elementos, a matriz rica em fibras colgenas, que fornecem certa flexibilidade ao osso.

A estrutura microscpica de um osso consiste de inmeras unidades, chamadas sistemas de Havers. Os canais de Havers comunicam-se entre si com a cavidade medular e com a superfcie externa do osso por meio de canais transversais ou oblquos, chamados canais perfurantes (canais de Volkmann).

TIPOS CELULARES As clulas sseas ficam localizadas em pequenas cavidades existentes nas camadas concntricas de matriz mineralizada.

Quando jovens, elas so chamadas osteoblastos (do grego osteon, osso, e blastos, clula jovem) e apresentam longas projees citoplasmticas, que tocam os osteoblastos vizinhos.

Os osteoblastos sintetizam a parte orgnica da matriz ssea, composta por colgeno tipo I, glicoprotenas e proteoglicanas.Concentram fosfato de clcio, participando da mineralizao da matriz.

Quando a clula ssea se torna madura, transforma-se em ostecito (do grego osteon, osso, e kyton, clula), e seus prolongamentos citoplasmticos se retraem, de forma que ela passa a ocupar apenas a lacuna central. Os ostecitos originam-se de osteoblastos, quando estes so envolvidos completamente por matriz ssea.

Os ostecitos esto localizados em cavidades ou lacunas dentro da matriz ssea. Destas lacunas formam-se canalculos que se dirigem para outras lacunas, tornando assim a difuso de nutrientes possvel graas comunicao entre os ostecitos. Tm um papel fundamental na manuteno da integridade da matriz ssea.

Alm dos osteoblastos e dos ostecitos, existem outras clulas importantes no tecido sseo: os osteoclstos (do grego klastos, quebrar, destruir). Essas clulas so especialmente ativas na destruio de reas lesadas ou envelhecidas do osso, abrindo caminho para a regenerao do tecido pelos osteoblastos.

Os cientistas acreditam que os ossos estejam em contnua remodelao, pela atividade conjunta de destruio e reconstruo empreendidas, respectivamente, pelos osteoclastos e osteoblastos.

A formao do Tecido sseo A ossificao formao de tecido sseo pode se dar por dois processos.

Ossificao IntramenbranosaO tecido sseo surge aos poucos em uma membrana de natureza conjuntiva, no cartilaginosa.

Ossificao EndocondralUma pea de cartilagem, com formato de osso, serve de molde para a confeco de tecido sseo. Nesse caso, a cartilagem gradualmente destruda e substituda por tecido sseo.

Classificao Tecido sseo esponjoso ou lacunar ou reticulado e o Tecido sseo compacto ou denso. Essas variedades apresentam o mesmo tipo de clula e de substncia intercelular, diferindo entre si apenas na disposio de seus elementos e na quantidade de espaos medulares.

Tecido sseo esponjoso ou lacunar ou reticulado (Tecido sseo primrio) Apresenta espaos medulares mais amplos, sendo formado por vrias trabculas, que do aspecto poroso ao tecido. Na formao dos ossos, o tecido sseo primrio o que aparece primeiro. Depois, vai gradualmente sendo substitudo por tecido sseo secundrio. Numa pessoa adulta, o tecido sseo primrio existe apenas nos alvolos dentrios

Tecido sseo esponjoso

Tecido sseo compacto (Tecido sseo secundrio) Praticamente no apresenta espaos medulares, existindo, no entanto, alm dos canalculos, um conjunto de canais que so percorridos por nervos e vasos sangneos: canais de Volkmann e canais de Havers. Por ser uma estrutura inervada e irrigada, os ossos apresentam grande sensibilidade e capacidade de regenerao.

Crescimento nos ossos longos

Nesses ossos, duas regies principais sofrero a ossificao: o cilindro longo, conhecido como difise e as extremidades dilatadas, que correspondem as epfises.

A ossificao endocondral ocorre na formao de ossos longos, como os das pernas e os dos braos. Nesse processo, os osteoclastos desempenham papel importante. Eles efetuam constantemente a reabsoro de tecido sseo, enquanto novo tecido sseo formado.

Os osteoclastos atuam como verdadeiros demolidores de osso, enquanto os osteoblastos exercem papel de construtores de mais osso. Nesse sentido, o processo de crescimento de um osso depende da ao conjunta de reabsoro de osso preexistente e da deposio de novo tecido sseo.

Considerando, por exemplo, o aumento de dimentro de um osso longo, preciso efetuar a reabsoro de camada interna da parede ssea, enquanto na parede externa deve ocorrer deposio de mais osso. O crescimento ocorre at que se atinja determinada idade, a partir da qual a cartilagem de crescimento tambm sofre ossificao e o crescimento do osso em comprimento cessa.

Remodelao sseaDepois que o osso atinge seu tamanho e forma adultos, o tecido sseo antigo constantemente destrudo e um novo tecido formado em seu lugar, em um processo conhecido como remodelao.

Em um adulto saudvel, uma delicada homeostase (equilbrio) mantida entre a ao dos osteoclastos (reabsoro) durante a remoo de clcio e a dos osteoblastos (aposio) durante a deposio de clcio. Se muito clcio for depositado, podem se formar calos sseos ou esporas, causando interferncias nos movimentos. Se muito clcio for retirado, h o enfraquecimento dos ossos, tornando-os flexveis e sujeitos a fraturas.

O uso de aparelhos ortodnticos um exemplo de remodelao dos ossos, neste caso, resultando na remodelao da arcada dentria. Os aparelhos exercem foras diferentes daquelas a que os dentes esto naturalmente submetidos. Nos pontos em que h presso ocorre reabsoro ssea, enquanto no lado oposta h deposio de matriz. Assim, os dentes movem-se pelos ossos da arcada dentria e passam a ocupar a posio desejada.

O crescimento e a remodelao normais dependem de vrios fatores:

Suficientes quantidades de clcio e fsforo devem estar presentes na dieta alimentar do indivduo; Deve-se obter suficiente quantidade de vitaminas, principalmente vitamina D, que participa na absoro do clcio ingerido; O corpo precisa produzir os hormnios responsveis pela atividade do tecido sseo:

O hormnio de crescimento (somatotrofina), secretado pela hipfise, responsvel pelo crescimento dos ossos;

A calcitonina, produzida pela tireide, inibe a atividade osteoclstica e acelera a absoro de clcio pelos ossos;O paratormnio, sintetizado pelas paratireides, aumenta a atividade e o nmero de osteoclastos, elevando a taxa de clcio na corrente sangunea; Os hormnios sexuais tambm esto envolvidos nesse processo, ajudando na atividade osteoblstica e promovendo o crescimento de novo tecido sseo.

Com o envelhecimento, o sistema esqueltico sofre a perda de clcio. Ela comea geralmente aos 40 anos nas mulheres e continua at que 30% do clcio nos ossos seja perdido, por volta dos 70 anos. Nos homens, a perda no ocorre antes dos 60 anos. Essa condio conhecida como osteoporose.

Outro efeito do envelhecimento a reduo da sntese de protenas, o que diminui a produo da parte orgnica da matriz ssea. Como conseqncia, h um acmulo de parte inorgnica da matriz. Em alguns indivduos idosos, esse processo causa uma fragilizao dos ossos, que se tornam mais susceptveis a fraturas.