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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA GRADUAÇÃO ENGENHARIA MECÂNICA TECNOLOGIA DA USINAGEM TORNO MECÂNICO BELO HORIZONTE - 2015

Tecnologia Da Usinagem

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Trabalho sobre Usinagem com ênfase em tornos.

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TECNOLOGIA DA USINAGEMTORNO MECNICO

TECNOLOGIA DA USINAGEMTORNO MECNICO

ALUNOS: Felipe Augusto; Fernando Castro; Jean Roger; Leonardo Felisberto; Rafael dos Santos Flores.

Trabalho apresentado para avaliao na disciplina de Tecnologia da Usinagem, do curso de Engenharia Mecnica, turno noturno, do Centro Universitrio UNA ministrado pelo professor Warley Lopes Moreira.

CENTRO UNIVERSITRIO UNAGRADUAO ENGENHARIA MECNICA CENTRO UNIVERSITRIO UNAGRADUAO ENGENHARIA MECNICA

BELO HORIZONTE - 20156

RESUMO

Devido no disponibilidade do laboratrio para as atividades prticas da matria de Tecnologia da Usinagem, foi proposto um trabalho sobre as mquinas industriais utilizadas no processo de usinagem. A turma do 7 perodo do curso de graduao em Engenharia Mecnica do Centro Universitrio UNA foi dividida por temas. O presente trabalho abordar sobre o torno mecnico. Ser apresentado um pouco da histria da mquina, e tambm os tipos e processos envolvidos, alm de exemplos prticos para o melhor aprendizado e exposio da matria.

LISTA DE FIGURAS

Figura 1- Torno cermica7Figura 2-Torno de vara.8Figura 3-Torno de fuso9Figura 4- Componentes bsicos de um torno convencional.10Figura 5-Torno universal10Figura 6-Torno revolver11Figura 7-Torno vertical12Figura 8-Torno copiador13Figura 9-Torno automtico.13Figura 10-Torno CNC15Figura 11-Usinagem de ultra preciso no LMPUFSC: (a) torno; (b) espelho usinado16Figura 12-Velocidade de avano/corte.17Figura 13-Avano no torneamento.17Figura 14-Velocidades no processo de torneamento.18Figura 15-Ferramentas mais usuais para torno.20Figura 16-Operao de faceamento.21Figura 17-Comprimento total pea para torneamento21Figura 18-Ferramenta curva para facear lateralmente.21Figura 19-Ferramenta curva para facear desbaste.22Figura 20-Torneamento cilndrico externo.22Figura 21-Ferramenta reta para desbaste.22Figura 22(a). Rosca triangular (b). Rosca quadrada (c). Rosca trapezoidal23Figura 23-Ferramenta para tornear furo passante.23Figura 24-Ferramenta para tornear furo no passante.24Figura 25-Operao de recartilhamento.24Figura 27-Intervalo de mxima eficincia.28Figura 28-Vista frontal e lateral da pea projetada.29Figura 29-Geometria pea projetada.29Figura 30-Tolerncias e acabamentos pea projetada.30

LISTA DE EQUAES

Equao 1-Velocidade de corte.17Equao 2-Velocidade de avano.18Equao 3-Rotao/tempo.18Equao 4-Profundidade de corte.19Equao 5-Potncia de corte.19Equao 6-Tempo total de usinagem.25Equao 7-Velocidade de mxima produo.26Equao 8-Custo de produo total por pea.26Equao 9-Custo de mo-de-obra.26Equao 10- Custo da ferramenta.27Equao 11-Custo da ferramenta por vida.27Equao 12-Custo da mquina.27

SUMRIO1 INTRODUO72 HISTRICO73 TIPOS DE TORNO93.1 Tornos convencionais103.2 Torno revlver113.3 Torno vertical113.4 Torno copiador123.5 Torno automtico133.6 - Tornos com comando numrico (CNC)144 PROCESSO E FERRAMENTAS164.1 Parmetros do processo164.1.1 Velocidade de Corte (Vc)164.1.2 Avano (f)174.1.3 Velocidade de avano (Vf)184.1.4 Rotao RPM (n)18

4.1.5 Profundidade de corte ()194.1.6 Potncia de corte (PC)194.1.7 Potncia mnima de corte (Pm)204.2 Principais operaes no processo e Ferramentas204.2.1 Faceamento214.2.2 - Torneamento externo224.2.3 Rosqueamento224.2.4 Furao234.2.5 Recartilhamento244.2.6 - Outros Tipos de ferramentas245 FATORES ECONMICOS255.1 - Velocidade de mxima produo265.2 Custos265.3 - Velocidade de mnimo custo285.4 - Intervalo de mxima eficincia286 EXEMPLO PRTICO297 ANEXOS A318 ANEXOS B329 REFERNCIA BIBLIOGRFICAS321 INTRODUOO Torno mecnico uma mquina-ferramenta utilizada na confeco de peas das mais variveis espcies de superfcie de revoluo, seja interna ou externa, uma vez que uma pea usinada atravs dos movimentos de avano e translao. Tal forma de execuo permite usinar qualquer obra que tenha seo circular ou combinaes de tais sees como pinos, polias, eixos, rocas e etc.Alm de tornear, a mquina-ferramenta permite abrir rasgos ou entalhes, golas e ressaltos, facear, roscar, furar, alargar, recartilhar, enrolar molas, usinar superfcies planas, esfricas, cnicas e perfiladas. O torno tambm pode ser empregado no acabamento de peas.2 HISTRICOO uso do Torno foi identificado por arquelogos na fabricao de cermicas acerca de mais de 3000 anos de existncia.

Figura 1- Torno cermicaNa figura acima possvel observar os conceitos do torno e ter uma ideia de como era o funcionamento desta mquina. As mos do operador so as ferramentas utilizadas na confeco do vaso cermico lhe dando formas na medida em que se avanam para cima e para baixo. Desta forma, temos possvel visualizar o que um movimento de avano. O operador pode utilizar diversas ferramentas, como esptula, buril, entre outras, para moldar a pea, da mesma forma que no torno moderno. A perna faz o torno girar, dando o movimento de rotao pea, o que permite junto com o movimento de avano, trabalhar os conceitos da geometria de revoluo, dando-se assim o formato final do utenslio cermico.Com esses conceitos bsicos de torneamento, foram surgindo ao longo da histria diversos tipos de tornos.O Torno de vara tratava-se de uma corda enrolada na pea, com uma das pontas fixada em um galho ou uma vara, e a outra ponta enrolada em uma tbua ou pedal. O trabalho era realizado quando a o galho subia e puxava a corda fazendo a pea girar. Este Tornoera de fcil montagem, permitindo aos arteses se deslocarem facilmente para lugares onde houvesse a matria prima necessria para trabalharem.

Figura 2-Torno de vara.O torno de fuso e o torno de Leonardo da Vinci, possibilitavam uma rotao contnua, ocasionando assim no aumento de produtividade.Leonardo da Vinci tambm contribuiu para a evoluo dos tornos. Ele teve a ideia de utilizar a fora inercial para movimentar a pea usinada. Um dos tornos que ele desenvolveu utilizando este conceito foi o torno a pedal. Este torno consistia em um pedal, do tipo mquina de costura, que movimentava uma roda e com a fora inercial gerada, movimentava o material usinado.O Torno de fuso formado por uma polia e uma correia que movimenta o fuso. So necessrios pelo menos dois operadores neste tipo de torno, pelo menos um para movimentar a roda e um outro operador para moldar a pea. Este tipo de torno permite trabalhar com materiais maiores e mais resistentes. Analisando que a polia motora tem um dimetro bem maior do que o fuso (polia movida), a rotao da polia movida ser bem maior que a polia motora. O aumento de rotao permite que materiais mais duros sejam usinados.

Figura 3-Torno de fuso

Por volta do sculo XVII, com a inveno da mquina a vapor de James Watt, o ingls Henry Moudslay fez uma adaptao desta inveno criando ento o torno a vapor. Ainda no sculo 18, Joseph Whitworth e Henry Moudslay foram responsveis por modificar e criar acessrios no torno. Criaram um porta ferramentas, excluindo a necessidade do operador de segura-la com as mos, permitindo a usinagem de materiais mais duros e de forma mais precisa. Automatizaram o torno com polias escalonadas para variar a rotao e o recambio, e fuso para avanos automticos. A partir da foram surgindo variaes de tornos como o torno paralelo, vertical, de placa, revolver, universal e CNC.3 TIPOS DE TORNOA classificao de um torno pode ser feita em funo de diferentes fatores, tais como tipo, grau de automatizao, controle ou comando da mquina. Este ltimo o mais aplicado, dividindo os tornos em convencionais (universal, revlver, vertical, copiador, automtico), e de comando numrico ou controle numrico computadorizado mais conhecido como CNC. (DINIZ, 2008). 3.1 Tornos convencionaisOs tornos convencionais vo desde tornos com simples mecanizao de algumas funes, tais como avano longitudinal e avano transversal, at tornos com alto grau de automao em que todas as funes so automticas, inclusive funes de carga e descarga de peas. Este alto grau pode ser conseguido mediante o emprego de dispositivos e comandos mecnicos, eltricos, hidrulicos e pneumticos. Este tipo de automao chamado automao rgida que fornece mquina alta produo e eficincia, mas com baixa flexibilidade e mudanas na produo. Dentre os tornos convencionais esto os tornos: universal, revlver, vertical, copiador, semiautomtico, automtico e especial. Os componentes bsicos de um torno convencional podem ser resumidos atravs da Figura 4 que mostra os subsistemas do torno universal (FERRARESI, 1977). Figura 4- Componentes bsicos de um torno convencional.Os tornos universais so os mais comuns. No oferecem grandes possibilidades de produo devido dificuldade que apresenta na mudana de ferramenta.

Figura 5-Torno universal3.2 Torno revlverO torno revlver surgiu da necessidade de reduzir o custo da produo em srie (grandes ou pequenas), isto , produzir o maior nmero de peas no menor tempo possvel. Sua principal caracterstica a utilizao de um dispositivo especial em forma de torre giratria que emprega vrias ferramentas (varia de 4 a 12) convenientemente dispostas e preparadas para realizar as operaes em forma ordenada e sucessiva o castelo revlver. A finalidade permitir que sejam usinadas vrias peas iguais, de modo igual, utilizando uma srie de ferramentas que sero aplicadas sem a remoo da pea e sem alterao de colocao de ferramenta. Podemse efetuar as operaes de torneamento, furao, alargamento e rosqueamento. Construtivamente, os tornos revlver so semelhantes aos tornos comuns, com a diferena de o barramento ser mais curto e apresentar o castelo (ou torre) portaferramenta.

Figura 6-Torno revolver3.3 Torno verticalO torno vertical semelhante ao torno de placa, diferindo apenas na disposio do eixorvore, que vertical. J a fixao de peas (grandes dimetros e pesos excessivos) mais simples e exige menos esforo (maior comodidade). Por ter um eixo apoiado em mancais altamente resistentes, estes consomem maior potncia. Alm disso, a expulso de cavacos mais difcil; entretanto, no caem sobre o barramento. Em geral constitudo por castelo (magazine) para vrias ferramentas, com avanos longitudinais (vertical) e transversais. Pode ter mais de um carro portaferramentas o segundo para cargas leves e torneamento simultneo (operaes externas, internas e faceamento). Caracterizase pelo corte lento gerando cavacos com grande seo transversal. Peas de formato irregular no precisam ser cuidadosamente alinhadas antes de se aplicarem rotaes elevadas (como em operaes horizontais).

Figura 7-Torno vertical3.4 Torno copiadorO torno copiador permite obter peas com a forma de slidos de revoluo de qualquer perfil. Para tanto, necessrio que a ferramenta execute dois movimentos simultneos translao longitudinal e translao transversal em relao pea que se trabalha. Sob o ponto de vista funcional, o torno copiador poderia ser considerado um torno semiautomtico j que ao inserir o prottipo e a pea a ser usinada, a ferramenta movese automaticamente seguindo o perfil at o fim. empregado, geralmente, para a produo seriada de peas que tenham perfis cnicos, esfricos ou complexos. O torno semiautomtico aquele em que h a necessidade de o operrio substituir uma pea acabada por outra em estado bruto no final de uma srie de operaes realizadas sucessivamente de forma automtica. A diferena entre o semiautomtico e o automtico que o segundo produz uma pea a partir da matriaprima (barra, vergalho etc.) movimentada com avano automtico. O semiautomtico apropriado especialmente para a usinagem de peas fundidas, forjadas ou estampadas.

Figura 8-Torno copiador3.5 Torno automticoO torno automtico se caracteriza por realizar todas as operaes (desde a matriaprima at a pea final) sucessivamente, uma aps a outra, de forma automtica. O campo de aplicao se d na produo seriada de pequenas peas torneadas, quase sempre a partir de uma barra cilndrica de metal. A diferena fundamental entre o torno revlver e o automtico est no sistema de comando: no primeiro, os movimentos que caracterizam as diferentes operaes de corte dependem do acionamento do operador para executar cada uma delas; no segundo, a sucesso de operaes se d automaticamente. Existem diferentes tipos de tornos automticos, cada um com suas caractersticas particulares; a escolha deve ser feita baseandose nas possibilidades que as ferramentas tm de efetuar certos movimentos para realizar um ciclo de trabalho conveniente, em relao s exigncias de forma, dimenses, etc. Os tornos especiais so aqueles destinados a operaes especficas. Como exemplo, temse o torno detalonado, usado no corte de dentes de fresas e machos, na qual se exige um perfil constante.

Figura 9-Torno automtico.3.6 - Tornos com comando numrico (CNC)O comando numrico um equipamento eletrnico capaz de receber informaes por meio de entrada prpria, compilar estas informaes e transmitilas em forma de comando mquina-ferramenta, de modo que est sem a interveno do operador realize as operaes na sequncia programada. Os tornos com comando numrico diferemse basicamente dos tornos convencionais, uma vez que no necessitam de acessrios que proporcionem o controle dos movimentos da mquina, tais como gabaritos, cames, limites etc. e at mesmo a interferncia direta do operador. Estes movimentos so comandados atravs de dados de entrada, que determinam os movimentos a serem executados, proporcionando ao equipamento e pea uma condio bastante favorvel, quando comparado com torno convencional, alm do que, so maiores as garantias de uniformidade de qualidade de pea para pea e de lote para lote. Os componentes bsicos de um torno com comando numrico so: Parte mecnica: mquina operatriz propriamente dita, incluindo as unidades motoras, hidrulicas e pneumticas e ainda, os sistemas de refrigerao, lubrificao, transportadores de cavaco e outros. Interface eletroeletrnica: componente que distribui e comanda os diversos elementos da mquina (motores principais do eixorvore, motores de bombas hidrulicas) e tambm a abertura e fechamento de vlvulas solenoides atuantes em sistemas hidrulicos e pneumticos. Comando eletrnico: equipamento (comando numrico) que recebe as informaes em seu painel e atua na interface homemmquina que, por sua vez, transmite mquinaferramenta as operaes requeridas. Atua nos motores de avano atravs de outra unidade de fora de comando, prpria para estes motores, que so os responsveis pelo movimento dos carros.

Figura 10-Torno CNCEm um torno com comando numrico, todas as suas funes so programveis, sendo sua funo principal programar o movimento relativo entre a ferramenta e a pea. O projeto e a construo so de altssima rigidez e solidez, proporcionando qualidade e tolerncias timas. Como os movimentos so programveis, podese obter alta repetitividade de peas com nenhum erro ou interrupo, ou mesmo sem a interveno do operador da mquina. Os tornos comandados por computador, denominados CNC (comando numrico computadorizado), permitem tambm sua integrao com outros computadores e mquinas, aumentando sua capacidade de trabalho e diversificao, ou seja, flexibilidade fator que vem sendo fortemente exigido dentro das indstrias atualmente.O centro de torneamento um torno com posicionamento de fuso programvel (3 eixo) e com ferramenta programvel em movimento na direo Y (quarto eixo), de forma que podem ser realizados complementamente os processos de furao, fresamento ou roscamento em superfcies de revoluo. A usinagem de ultra preciso pode ser chamada de micro usinagem, nano-usinagem ou at mesmo usinagem com ferramentas de diamante. O torno de ultra preciso (Fig. 11.a) usado principalmente na produo de peas mecnicas bem como elementos pticos transmissivos e reflexivos (Fig. 11.b), quando se necessita de alta preciso na escala submicromtrica e, inclusive, na nanomtrica. O projeto e a fabricao de um torno de ultra preciso, bem como seu real desempenho, dependem diretamente do comportamento esttico e dinmico de seus componentes. Algumas caractersticas funcionais so fundamentais: preciso de giro, rigidez elevada, repetitividade dos movimentos e capacidade de carga. Mancais aerostticos so adequados para projeto de cabeotes e guias lineares. Na usinagem de ultra preciso, pequenos nveis de vibrao e variaes trmicas como os introduzidos pelo ambiente e pelo prprio processo de usinagem tm influncia direta na qualidade da superfcie usinada.

Figura 11-Usinagem de ultra preciso no LMPUFSC: (a) torno; (b) espelho usinado

4 PROCESSO E FERRAMENTAS4.1 Parmetros do processo4.1.1 Velocidade de Corte (Vc) a velocidade perifrica da ponta da ferramenta na pea. Normalmente obtida atravs de tabelas dos fabricantes de ferramentas. A seleo da velocidade de corte depende, basicamente, de trs fatores: material da pea, material ou classe da ferramenta (pastilha) e taxa de avano escolhida.

Figura 12-Velocidade de avano/corte.

Equao 1-Velocidade de corte.

4.1.2 Avano (f) o deslocamento que a ferramenta de corte ou a pea faz em uma volta da pea ou da ferramenta. O avano por rotao ou curso, medido no plano de trabalho. O avano mximo que pode ser utilizado depende dos seguintes fatores: potncia da mquina, estabilidade, material da pea, formato e tamanho da pastilha, raio de ponta, quebra-cavacos, classe e ngulo de posio. Outro fator muito importante o acabamento superficial exigido. Comece verificando as recomendaes para o quebra-cavaco escolhido. Prossiga verificando se a combinao avano/raio de ponta ir alcanar o acabamento superficial esperado (tabela de acabamento superficial terico). A taxa de avano mxima dever ser sempre menor que o tamanho do raio de ponta. Avanos muito pequenos, normalmente, resultam em um fluxo de cavacos ruim e uma vida mais curta.

Figura 13-Avano no torneamento.4.1.3 Velocidade de avano (Vf) a medida do deslocamento que a ferramenta faz por unidade de tempo.

Figura 14-Velocidades no processo de torneamento.

= = = Equao 2-Velocidade de avano.Onde: Vc = Velocidade de corte (m/min);D = Dimetro da pea (mm);

Avano por volta (mm/rot);

;

= avano por faca z = nmero de facas.4.1.4 Rotao RPM (n) o tempo durante o qual a ferramenta remove cavaco. Sua expresso vem da velocidade de Avano:

= = (min)Equao 3-Rotao/tempo.

4.1.5 Profundidade de corte ()Tambm conhecida como largura de penetrao da ferramenta em relao pea, medida perpendicularmente ao plano de trabalho. A profundidade de corte mxima, depende dos seguintes fatores: potncia da mquina, estabilidade, material da pea, formato e tamanho da pastilha, raio de ponta, quebra-cavacos, classe e ngulo de posio. Comece com o tamanho da pastilha para obter uma indicao inicial e prossiga com as recomendaes para o quebra-cavacos escolhido. A profundidade de corte mxima ser o resultado dessas duas informaes. A profundidade de corte mnima nunca dever ser menor que o tamanho do raio de ponta.

= p = (mm)Equao 4-Profundidade de corte.

4.1.6 Potncia de corte (PC)A partir do clculo da fora de corte e da velocidade de corte, a potncia de corte pode ser definida pela equao abaixo:

PC =Equao 5-Potncia de corte.Onde:PC = Potncia de corte (cv)Fc= Fora de corte (Kgf)Vc = Velocidade de Corte (m/min)

4.1.7 Potncia mnima de corte (Pm)Aps o clculo da Potncia de Corte podemos definir a potncia mnima que dever ser fornecida pelo motor: Pm = ( PC / ) dado em (cv)Onde: 60% < < 80% mquinas convencionais > 90% mquinas CNC4.2 Principais operaes no processo e FerramentasPara a usinagem de peas com preciso e rigor, necessrio dispor do tipo exato de ferramenta do torno, com um gume de corte afiado e bem apoiado, amolado especialmente para o material que se vai trabalhar, e ajustada devida altura. Em seguida, esto apresentadas algumas ferramentas mais usuais para torno:

Figura 15-Ferramentas mais usuais para torno.

4.2.1 FaceamentoA operao de facear normalmente feita antes de se fazer qualquer outra operao na pea. Essa operao de facear serve para preparar uma face de referncia, a fim de se poder marcar um comprimento como mostra as figuras 16 e 17 (FREIRE, 1975).Figura 16-Operao de faceamento.

Figura 17-Comprimento total pea para torneamento Figura 18-Ferramenta curva para facear lateralmente.

Figura 19-Ferramenta curva para facear desbaste.4.2.2 - Torneamento externoO torneamento cilndrico uma das operaes bsicas do torneiro mecnico. Trata-se de uma operao muito executada em quase todos os trabalhos de tornearia. A maneira mais simples de ser efetuada quando a pea est presa na placa universal ou na de castanhas independente. Para abrir uma rosca ou para ajustar um eixo num mancal, etc., faz-se o torneamento cilndrico, como mostra a figura 20.

Figura 20-Torneamento cilndrico externo.

Figura 21-Ferramenta reta para desbaste.4.2.3 RosqueamentoProcesso de usinagem cuja a funo produzir rocas internas e externas. um dos processos mais complexos deusinagem, por se tratar de um sistema padronizado com normas tcnicas indispensveis para a sua construo, a padronizao de um determinado sistema prev o dimetro do parafuso, o passo em milmetros o nmero de fios por polegada, o seu perfil, a profundidade do filete enfim, todas as caractersticas necessrias (Nova Mecnica Industrial, 1973). Desse modo, podemos construir qualquer pea rosqueada, alguns tipos de roscas e ferramentas so mostrados abaixo nas figuras 20 (a), (b), (c).

Figura 22(a). Rosca triangular (b). Rosca quadrada (c). Rosca trapezoidal4.2.4 FuraoQuando preciso furar peas cilndricas, as dificuldades aparecem. Embora seja possvel furar uma pea cilndrica com a furadeira, isso requer dispositivos especiais de fixao, alm do fato de ser difcil estabelecer seu centro para fazer o furo (FREIRE, 1975).Figura 23-Ferramenta para tornear furo passante.

Figura 24-Ferramenta para tornear furo no passante.4.2.5 RecartilhamentoRecartilhar no torno produzir sulcos paralelos ou cruzados, com uma ferramenta chamada recartilha, sobre um material em movimento, mostrado na figura abaixo.

Figura 25-Operao de recartilhamento.Executa-se o recartilhado em peas para que as mesmas que tiverem superfcies rugosas, isso vai ajudar no seu manuseio, porque a rugosidade evitar que a pea escorregue da mo do operador. 4.2.6 - Outros Tipos de ferramentas

5 FATORES ECONMICOSDentro do processo de usinagem existem vrios fatores que vo influenciar economicamente o trabalho. Para diferentes parmetros de corte adotados, a velocidade de mnimo custo e a velocidade de mxima produo so extremamente importantes. A princpio devem ser observados os tempos de corte. Segundo (DINIZ, 2008) o ciclo de usinagem de uma pea pertencente a um lote de Z peas constitudo diretamente das seguintes fases:1. Colocao e fixao da pea;1. Aproximao e posicionamento da ferramenta;1. Corte;1. Afastamento da ferramenta;1. Inspeo (se necessrio) e retirada da pea;Tomam parte indiretamente no ciclo de usinagem as fases:1. Preparo da mquina;1. Remoo da ferramenta para sua substituio;1. Recolocao e ajustagem da nova ferramenta.Cada uma das fases acima vai ser denominada como segue:

O tempo total de usinagem de uma pea, dentro do lote de Z peas, ser:

Equao 6-Tempo total de usinagem.

5.1 - Velocidade de mxima produoA velocidade de corte para mxima produo aquela que, para um par ferramenta-pea com avano e profundidade de corte determinados e constantes, acarreta no menor tempo de produo:

Equao 7-Velocidade de mxima produo.Onde: X e K so valores da frmula de Taylor para o par de ferramenta-pea em questo.5.2 CustosSegundo (DUTRA, 2011) custos so gastos relativos a bem ou servio utilizado na produo de bens ou servios, tudo que influencia diretamente na produo de determinado produto. Podem ser decorrentes do processo propriamente dito, ou no diretamente envolvidos com o processo. Para efeito de anlise de custo da produo de uma pea temos:

Equao 8-Custo de produo total por pea.Parcelas dadas por:

Equao 9-Custo de mo-de-obra.

Equao 10- Custo da ferramenta.

Equao 11-Custo da ferramenta por vida.

Equao 12-Custo da mquina.

5.3 - Velocidade de mnimo custoA velocidade de mnimo custo aquela que, para um par ferramenta-pea com avano e profundidade de corte determinados e constantes, acarreta no menor custo de fabricao.O custo mnimo se d em um ponto de equilbrio entre as despesas de mo-de-obra e mquina, que diminuem com o aumento da velocidade de corte, e as despesas relativas ferramenta, que crescem com o aumento da velocidade de corte:5.4 - Intervalo de mxima eficinciaO Intervalo de mxima eficincia assim denominado, pois compreende o espao entre a velocidade de mnimo custo, e a velocidade de mxima produo a fim de se obter valores economicamente viveis. A figura abaixo mostra as curvas de custo total de usinagem e tempo total de confeco contra a velocidade de corte

Figura 27-Intervalo de mxima eficincia.A partir da interpretao do grfico observa-se que: quanto mais prximo da velocidade de mnimo custo, obtm-se um tempo de produo elevado em um custo inferior. J prximo velocidade de mxima produo, o tempo de corte mnimo, porm o custo aumenta.As condies de contorno do processo devem estar pr-estabelecidas baseadas no tipo de operao, potncia da mquina, rigidez do sistema, qualidade da pea, etc.

6 EXEMPLO PRTICO Com intuito de demostrar na pratica os processos de usinagens, foi projetado uma pea, Figura 28, onde o projeto completo se encontra nos Anexos A.

Figura 28-Vista frontal e lateral da pea projetada.A princpio o planejamento do processo para usinagem da pea segue uma sequncia lgica de etapas propriamente dito no item (5.3 Planejamento dos processos), onde se pode iniciar observando sua forma geomtrica, encontros de rebaixos, furos, chanfros e sua principal forma, como mostra a figura 24 abaixo:

Figura 29-Geometria pea projetada.O prximo passo para analise so as tolerncias e acabamentos, observando sempre as tolerncias de forma e acabamento superficial, como mostra a figura 25 abaixo:

Figura 30-Tolerncias e acabamentos pea projetada.Assim podendo dar inicio aos clculos dos parmetros j dito no item (5.1-Parametros do processo). Para melhor visualizao foi feito um cronograma de fabricao, detalhando todos os parmetros para construo da pea, o mesmo se encontra nos Anexos B.

7 ANEXOS A8 ANEXOS B9 REFERNCIA BIBLIOGRFICAS

FERRARESI, D. (1977). Fundamentos da usinagem dos metais. So Paulo: Edgard Blcher.

TELECURSO 2000 Profissionalizante Mecnica: Processos de Fabricao; vol. 2, Editora Globo.

MECANICA INDUSTRIAL, 1973 Torneiro Mecnico; vol.5, Edies Fortaleza.

DINIZ, Anselmo Eduardo; MARCONDES, Francisco Carlos; COPPINI, Nivaldo Lemos. Tecnologia da Usinagem dos Materiais. 6 Edio. So Paulo, Artliber,2008.

FREIRE, J, Tecnologia Mecnica Torno Mecnico, Volume 3, Livros Tcnicos e Cientficos, 1975.

DUTRA, Bruno Leme. Elaborao de um sistema de custeio para a formao do custo do servio de usinagem em uma pequena empresa. 2011. 52f. Trabalho de Graduao Universidade do Estado de Santa Catarina. Joinville, 2011.

MAGALHES, Svio Borba. Anlise econmica da influncia do fluido de corte no torneamento cilndrico externo do ao inox 304L. 2013. 48f. Projeto de Graduao Universidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro 2013.