Teste Asa Prof 3

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10ano lp

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Mdulo | 10 |

| Teste de Avaliao Mensagem (1) |

Nome: N.Turma:Classificao:Professor:Enc. de educao:

GRUPO I

A ASA, 2013 | PerCursos Profissionais Portugus 3

L com ateno o texto.

Antemanh1

O mostrengo que est no fim do marVeio das trevas a procurarA madrugada do novo dia,Do novo dia sem acabar;E disse: Quem que dorme a lembrarQue desvendou o Segundo Mundo,Nem o Terceiro quer desvendar?

E o som na treva de ele a rodarFaz mau o sono, triste o sonhar,Rodou e foi-se o mostrengo servoQue seu senhor veio aqui buscar.Que veio aqui seu senhor chamar Chamar aquele que est dormindoE foi outrora Senhor do Mar.

Fernando Pessoa, Mensagem, Coleo Poesia, Edies tica

Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1.Identifica duas associaes antagnicas presentes na primeira estrofe do poema, relacionando-as com o ttulo do texto.

2.Prope uma justificao para o recurso ao discurso direto, na primeira estrofe do poema.

3.Define a relao entre o mostrengo e o senhor, apresentando, para cada um deles, dois traos caracterizadores.

4. Apresenta duas razes que justifiquem o facto de este poema pertencer terceira parte da Mensagem O Encoberto.

B

Por meio destes hrridos perigos, / Destes trabalhos graves e temores, / Alcanam os que so de fama amigos / As honras imortais e graus maiores.

Lus de Cames, Os Lusadas (Canto VI, est. 95, vv. 1-4)

Num texto entre 80 a 130 palavras, e apoiando-te nos conhecimentos que possuis sobre a obra pica camoniana, comenta a afirmao supracitada.

1Antemanh A madrugada do dia seguinte

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Mdulo | 10 |

GRUPO II

L o texto seguinte. ASA, 2013 | PerCursos Profissionais Portugus 3

Em meados de maio, passa a estar disponvel nas livrarias a edio portuguesa da revista literria Granta. Portugal junta-se assim rede mundial do magazine da nova escrita e o jornalista Carlos Vaz Marques, diretor da revista, falou Agenda Cultural sobre o projeto que, no prximo dia 24, vai ter festa de lanamento em Lisboa.Como surgiu a ideia de trazer a Granta para Portugal?Ter comeado quando descobri haver no Brasil uma edio da Granta, o que me levou a pensar ser possvel editar a revista fora da lngua inglesa. Simultaneamente, a Brbara Bulhosa, da editora Tinta-da-China, j me tinha desafiado no sentido de virmos a editar uma revista literria e, quando eu chego do Brasil entusiasmadssimo com aquela descoberta, comemos a projetar a hiptese de fazer uma Granta portuguesa. Entretanto, o tempo passou e no falmos mais no assunto mas, em 2012, a Brbara vai ao Rio de Janeiro e conhece, por um mero acaso, o editor internacional da revista, o norte-americano John Freeman. Pode-se dizer que, a partir da, comeou a ser vivel concretizar a ideiaBeneficiando do processo de internacionalizao da revistaQue ter comeado h uns anos, presumo que com a Granta em lngua espanhola. Agora, h mais uma srie delas, nomeadamente a chinesa, lanada em abril deste ano, e a turca, que ir sair tambm este ms. Se juntarmos s edies j referidas, a italiana ou as nrdicas, vemos estar a formar-se uma famlia global Granta.De que modo que esta globalizao pode ser importante para os autores portugueses? Em muito, garantidamente. A constituio desta famlia global implica a circulao dos textos pelas vrias edies internacionais, abrindo caminho a que mais escritores portugueses cheguem a outras lnguas, a outros leitores e a outras latitudes. tambm nosso objetivo vir a fazer uma edio com autores portugueses que possa ser replicada integralmente na Granta de lngua inglesa, semelhana do que foi feito num nmero que fez um best of de 20 jovens escritores brasileiros.E, no panorama literrio portugus, que relevncia poder ter a Granta? Acredito que possa vir a ser muito relevante, porque a Granta desafia os autores a escrever sobre um tema, algo que a maioria gosta, se bem que seja necessrio um empurro para isso. Ao lanarmos o desafio estamos a funcionar como um carburante, um estmulo externo criatividade sobre isso, ocorre-me sempre a resposta dada por Cole Porter quando lhe perguntaram o que a inspirao: o telefonema do produtor. Assim, e j nesta primeira edio, temos textos excelentes que certamente nunca existiriam se no os tivssemos encomendado aos autores.[] este nmero inaugural inclui inditos de Fernando PessoaFoi uma circunstncia feliz. H uns tempos, quando entrevistei o Jernimo Pizarro [investigador colombiano, especialista em Pessoa] perguntei-lhe quantos inditos ainda existiriam no esplio pessoano, tendo respondido que uma grande parte da poesia inglesa nunca foi tocada e nos mais de 30 mil papis encontrados talvez s metade tenha ainda sido tratada. Mais tarde, voltmos a falar e desafiei-o a indicar-me se existiria matria entre os inditos que se poderia enquadrar no esprito da Granta. Apareceu-me ento com cinco sonetos inditos e mais trs que tm uma leitura diferente da que at agora conhecamos.Como tema para esta edio, o Eu. E Pessoa era um homem de mltiplos EusO Pessoa, sendo provavelmente o autor da literatura universal que mais radicalmente tratou a questo do Eu, acaba por ser um excelentssimo representante do tema. Mas, o Eu pareceu-me ideal para comear, no s pelas potencialidades do tema como pela identidade que propomos afirmar na revista, isto , cada texto publicado efetivamente obra de quem o assina no sentido da afirmao de aspetos subjetivos e no ligados a questes de grupo.

http://www.agendalx.pt/artigo/granta-portugal - .UeWusdL2bbM[ltimo acesso: 16/7/2013; texto adaptado e com supresses]

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1. Seleciona a opo correta.

1.1.A ideia de Carlos Vaz Marques editar uma Granta portuguesa resultou...a) da vontade de dar a conhecer escritores portugueses. ASA, 2013 | PerCursos Profissionais Portugus 3

b) da vontade de divulgar inditos de Pessoa.c) da descoberta de uma edio da revista no Brasil.d) de um convite de Brbara Bulhosa.

1.2.De acordo com o entrevistado, a internacionalizao da revista Granta ter-se-ia dado com uma edio em lnguaa) portuguesa, variedade do Brasil.b) espanhola.c) portuguesa, variedade europeia.d) inglesa.

1.3.No contexto em que surge, o nome carburante (linha 28) sinnimo de...a) incentivo.b) motivo.c) impedimento.d) objetivo.

1.4.O complexo verbal Ter comeado (linha 6) traduz uma ideia de...a) certeza.b) obrigao.c) permisso.d) probabilidade.

1.5.O grupo preposicional desta famlia global (linha 20) desempenha a funo sinttica de...a) complemento do nome.b) complemento oblquo.c) modificador do nome restritivo.d) complemento direto.

1.6.Na frase E, no panorama literrio portugus, que relevncia poder ter a Granta? (linha 25) a palavra sublinhada um...a) pronome relativo.b) quantificador interrogativo.c) determinante interrogativo.d) quantificador relativo.

1.7.A expresso no s pelas potencialidades do tema como pela identidade (linha 43) configura uma lgica... a) comparativa. b) aditiva.c) disjuntiva.d) causal.

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Mdulo | 10 |

2.Responde de forma correta aos itens apresentados.

2.1.Indica o tempo e o modo verbal da forma tinha desafiado. (linha 8)

2.2.Identifica o antecedente de aquela descoberta. (linha 9)

2.3.Transcreve a orao subordinada adjetiva presente no excerto seguinte. ASA, 2013 | PerCursos Profissionais Portugus 3

Assim, e j nesta primeira edio, temos textos excelentes que certamente nunca existiriam se no os tivssemos encomendado aos autores. (linhas 30-31)

GRUPO III

Num texto bem estruturado, com um mnimo de 200 e um mximo de 300 palavras, apresenta uma reflexo sobre a importncia da arte como fator de divulgao da cultura de um povo.Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo a dois argumentos, ilustrando cada um deles com um exemplo significativo.

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COTAO

GRUPO IA1. 20 pontos ASA, 2013 | PerCursos Profissionais Portugus 3

2. 15 pontos3. 15 pontos4. 20 pontos

__________ 70 pontos

B 30 pontos__________ 30 pontos

GRUPO II1.1. 5 pontos1.2. 5 pontos1.3. 5 pontos1.4. 5 pontos1.5. 5 pontos1.6. 5 pontos1.7. 5 pontos2.1. 5 pontos2.2. 5 pontos2.3. 5 pontos__________ 50 pontos

GRUPO III 50 pontos__________ 50 pontos

Total ________________ 200 pontos

| Proposta de correo do Teste de Avaliao Mensagem (1) |

Mdulo | 10 |

GRUPO I

A

1.Uma leitura analtica da primeira estrofe do poema permite-nos identificar duas associaes antagnicas, trevas (verso 2) e novo dia (versos 3-4), que se relacionam com o ttulo. ASA, 2013 | PerCursos Profissionais Portugus 3

Assim, considerando o significado de Antemanh como correspondendo ao momento que faz a passagem da noite para o dia, portanto o equivalente madrugada de um novo dia, percebe-se a relao entre as duas associaes antagnicas anteriormente assinaladas. No fundo, d-se conta da passagem de uma era turva, obscura, para outra repleta de luz.2.Na primeira estrofe, o recurso ao discurso direto surge com o objetivo de aproximar a situao relatada da realidade. Desta forma, o leitor apercebe-se no s do contedo do enunciado assim como da entoao que foi dada.3.Ao longo da composio potica, apercebemo-nos de uma relao hierrquica entre o mostrengo e o senhor. Por um lado, o mostrengo apresenta-se como uma figura que dominada pelo Homem, da ser apresentado como servo (verso 10) do seu senhor (verso 11). Em contrapartida, o seu interlocutor assume uma posio de superioridade, facto comprovado com a designao que lhe atribuda. No entanto, curioso observar que este mostrengo que est no fim do mar (verso 1) surge com a inteno de acordar aquele que foi outrora Senhor do Mar (verso 14), ou seja, Portugal, que se encontra num estado de adormecimento profundo, esquecendo-se da sua misso, a de desvendar o Terceiro Mundo (verso 7).4.A descrio de um Portugal letrgico e a misso da construo de um novo imprio remetem--nos para a terceira parte da Mensagem O Encoberto.Com efeito, aquele que est dormindo / E foi outrora Senhor do Mar (versos 13-14) vive na indolncia que Pessoa define em Nevoeiro. Nada faz lembrar a grandeza da expanso martima, do Mar Portugus, tudo aponta para a indefinio e para o sono (Faz mau o sono, triste o sonhar, verso 9); sendo assim, preciso partir para a conquista de um novo mundo, o Terceiro (verso 7), que far nascer o Quinto Imprio, imprio cultural e lingustico, imprio cuja origem a inteligncia potica e a lngua portuguesa.Em suma, os aspetos referidos so logo anunciados no ttulo do poema e na relao antittica entre a noite, as trevas, e o novo dia, metfora da mudana que se anseia para Portugal.

B

Os versos transcritos da obra pica camoniana Os Lusadas remetem para a conceo de heri defendida pelo poeta renascentista.Assim, os que merecem esse ttulo so aqueles que para cumprirem um sonho, em nome da ptria e do rei, passaram por hrridos perigos, por trabalhos graves e temores. Estes sero elevados ao plano dos deuses, merecendo as honras imortais e graus maiores. O empreendimento martimo, protagonizado por navegadores intrpidos, fez com que estes bichos da terra recebessem o prmio merecido na simblica Ilha dos Amores. A mitificao do heri foi, ento, uma das preocupaes de Cames, ao cantar a glria de um povo batalhador, personagem real de uma epopeia que se sobrepe s de imitao, pela veracidade dos factos relatados. 120 palavras

GRUPO II

1.1. c); 1.2. b); 1.3. a); 1.4. d); 1.5. a); 1.6. c); 1.7. b).2.1. Pretrito-mais-que perfeito composto do indicativo.2.2. (de) haver no Brasil uma edio da Granta (linha 6).2.3. que certamente nunca existiriam.

GRUPO III

(Resposta de carter pessoal.)