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Danilo Silva de Abreu – 10541055-5
A Teoria Geral da Administraçãoe suas Abordagens
Rio de Janeiro, 2007.
INDICE
Introdução 03
Abordagem Clássica 04
Abordagem Humanística 07
Abordagem Neoclássica 09
Abordagem Estruturalista 12
Abordagem Comportamental 14
Abordagem Sistêmica 17
Abordagem Contingencial 21
Conclusão 22
Bibliografia 23
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INTRODUÇÃO
Este trabalho visa resumir de modo básico e claro os conceitos que
envolvem a Teoria Geral da Administração e suas respectivas abordagens –
Clássica, Humanística, Neoclássica, Estruturalista, Comportamental, Sistêmica e
Contingencial – tendo por base o livro recomendado pelo professor Evandro e
outras fontes de pesquisa que serão mencionadas na bibliografia deste.
Partindo da moderna premissa de que ‘’ Administração é o ato de trabalhar
COM e ATRAVÉS de pessoas para realizar os objetivos tanto da organização
quanto de seus membros’’, tem-se a noção do aspecto global que o tema exerce
na sociedade histórica e atualmente.
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ABORDAGEM CLÁSSICA
A origem da Abordagem Clássica da Administração está nas
conseqüências geradas pela Revolução Industrial, sobretudo no crescimento
acelerado e desorganizado das empresas, e na necessidade de aumentar a
eficiência, competência e qualidade das organizações no sentido de obter melhor
rendimento possível dos seus recursos e fazer frente à concorrência e competição
que se passavam entre as empresas.
Dividiu-se em duas vertentes:
- Administração Científica (Frederick Winslow Taylor, americano).
- Teoria Clássica (Henry Fayol, europeu).
A Administração Científica, ou Taylorismo, surgiu tendo como enfoque a
Produção. Taylor percebeu que um operário médio produzia menos do que era
potencialmente capaz com o equipamento disponível. Concluiu-se que o operário
não produzia mais, pois seu colega também não produzia. Surgia então a
necessidade de criar condições de pagar mais ao operário que produz mais.
Através de seu livro “Shop Management” (algo como
“gerenciamento de loja”), Taylor defendia pontos de vista como o de
que o objetivo de uma boa administração era pagar salários altos e ter
baixos custos unitários de produção, ou ainda de que os empregados
deveriam ser cientificamente colocados em serviços ou postos em que
os materiais e as condições de trabalho sejam cientificamente
selecionados, para que as normas possam ser cumpridas. Itens que hoje
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em dia são tão vitais para a Administração como o Oxigênio para nossa
respiração. Taylor foi pioneiro em sua tarefa, haja vista o colapso no
qual se encontravam as empresas no início da Revolução Industrial. Ele,
engenheiro norte-americano, conseguiu acompanhar a evolução dos
mercados, detectando como problema principal a falta de planejamento
das empresas.
Num segundo momento, Taylor concluiu que a racionalização do trabalho
do operário deveria ser acompanhada de uma estruturação geral da empresa. Via
a necessidade premente de aplicar métodos científicos à administração, para
garantir o alcance de seus objetivos de máxima produção a mínimo custo. Essa
tentativa de substituir métodos arcaicos e sem fundamento pelos métodos
científicos em todos seus sentidos recebeu o nome de Organização Racional do
Trabalho (ORT), cujos principais aspectos eram a seleção científica do trabalhador
– levando em conta suas aptidões para exercer determinada função -, planos de
incentivo salarial, trabalho em conjunto, divisão de planejamento para gerentes e
execução para operários, definição de cargos e tarefas, atividades de supervisão,
busca da eficiência e padronização dos métodos e processos de trabalho. Ou
seja, Taylor com a sua ORT foi o primeiro a definir um método, um caminho, uma
diretriz para que as empresas passassem a terem resultados como conseqüência
de planejamento.
Henry Ford, fundador da Ford Motor Co. é o principal seguidor das idéias de
Taylor. Ford criou o primeiro carro popular, plano de vendas, estabeleceu pisos
5
salariais e definição de jornadas de trabalho, além de produzir desde a matéria
prima até o produto final acabado.
Assim como Taylor, o engenheiro educado na França Henri Fayol foi o
maior teórico da perspectiva clássica, introduzindo as funções da administração
aplicadas e aceitas no mundo todo e redigiu os Princípios Gerais da
Administração. A diferença é que Fayol era apenas um teórico, enquanto Taylor
“pôs a mão na massa”.
Fayol tinha como princípios a Especialização do Trabalho, a definição de
Autoridade e Responsabilidade, Disciplina e Unidades de Comando e de Direção,
Subordinação do interesse individual ao interesse geral, remuneração do pessoal,
centralização, hierarquia, ordem, estabilidade do pessoal, iniciativa e união. Seu
enfoque era Gerencial, com ênfase na estrutura da organização.
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ABORDAGEM HUMANÍSTICA
A Teoria das Relações Humanas surgiu nos Estados Unidos como
conseqüência imediata das conclusões obtidas na Experiência em Hawthorne,
desenvolvida por Elton Mayo e seus colaboradores. Foi basicamente um
movimento de reação e de oposição à Teoria Clássica da Administração. Teve
como base a necessidade de humanizar e democratizar a administração,
libertando-a dos conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e
adequando-a aos novos padrões de vida do povo americano e de
desenvolvimento das chamadas ciências humanas, principalmente a psicologia e
a sociologia.
Em linhas gerais, a experiência de Hawthome foi um estudo de quanto e
como fatores como ambiente influenciavam a produtividade dos trabalhadores. Foi
observado que o nível de Produção é resultante da Integração Social e não da
capacidade física ou fisiológica do empregado (como afirmava a teoria clássica),
mas por normas sociais e expectativas que o envolvem. É a capacidade social do
trabalhador que estabelece seu nível de competência e de eficiência. Quanto mais
integrado socialmente no grupo de trabalho, maior seria a sua disposição de
produzir; ainda verificou-se que Os trabalhadores não reagem isoladamente como
indivíduos, mas como membros do grupo. O grupo que define a quota de
produção. O grupo pune o indivíduo que sai das normas grupais; os indivíduos
dentro da organização participam de grupos sociais e mantêm-se uma constante
interação social. Relações Humanas são as ações e atitudes desenvolvidas pelos
contatos entre pessoas e grupos. Cada indivíduo é uma personalidade
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diferenciada que influi no comportamento e atitudes uns dos outros com quem
mantém contatos. É exatamente a compreensão da natureza dessas relações
humanas que permite ao administrador melhores resultados de seus
subordinados.
Após o domínio da Teoria das Relações humanas por cerca de mais de
uma década, ao final dos anos 50, entrou em declínio, passando a ser
intensamente criticada, a tal ponto que suas concepções passaram a ser
profundamente revistas e alteradas. As principais críticas a essa teoria
englobavam a oposição radical à Teoria Clássica, ênfase nos grupos informais,
enfoque manipulativo das relações humanas e parcialidade das conclusões.
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ABORDAGEM NEOCLÁSSICA
A Teoria Neoclássica surgiu da necessidade de se utilizarem os conceitos
válidos e relevantes da Teoria Clássica, excluindo-os dos exageros e distorções
típicos de qualquer teoria pioneira e adequando-os com outros conceitos
igualmente válidos e relevantes oferecidos por outras teorias administrativas ao
longo das três últimas décadas.
Algumas características marcantes: a ênfase na parte prática da
Administração, a reafirmação relativa (e não absoluta) dos postulados clássicos, a
ênfase nos primeiros clássicos de Administração, a ênfase nos resultados e
objetivos e, sobretudo, o ecletismo aberto e receptivo.
O ponto fundamental da Teoria Neoclássica é o de ser a Administração
uma técnica social básica. Isto leva à necessidade de o administrador conhecer,
além dos aspectos técnicos e específicos de seu trabalho, também os aspectos
relacionados com a direção de pessoas dentro das organizações.
A Teoria Neoclássica surgiu com o crescimento exagerado das
organizações. Uma das respostas que procurou dar foi a respeito do dilema
centralização versus descentralização. Boa parte do trabalho dos neoclássicos
está voltada para fatores que levam à decisão de descentralização, bem como às
vantagens e desvantagens que a descentralização proporciona.
A Teoria Neoclássica enfatiza as funções do administrador: O
Planejamento, a organização, a direção e o controle. No seu conjunto, essas
funções administrativas formam o processo administrativo.
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Basicamente, o Planejamento se divide em Estratégico, Operacional e
Tático. O Estratégico (longo prazo) consiste no planejamento do rumo de
uma organização e de todos os seus componentes. Foca a missão da
organização em termos de sua principal atividade. Seus resultados
incluem diretrizes amplas e gerais para a seleção de áreas de atividade
ou mercados nos quais se deve adentrar ou se retirar. Já o Operacional
(curto prazo) resume-se a cronogramas específicos em rotinas diárias.
Por fim, o Tático (médio prazo) analisa alternativas à realização da
missão; os resultados normalmente são alvos de oportunidade dentro da
indústria ou do mercado.
A organização é uma atividade básica da administração: serve
para agrupar e estruturar todos os recursos – sejam humanos ou não
humanos – para atingir os objetivos predeterminados. De todos os
recursos o elemento humano é o mais importante. Por meio dela, as
pessoas são agrupadas para melhor realizar em tarefas inter-
relacionadas e para melhor poderem trabalhar grupalmente. Uma das
técnicas relacionadas com a organização é o organograma, - gráfico que
representa a estrutura formal da empresa - onde aparecem claramente
a estrutura hierárquica e seus órgãos competentes, os canais de
comunicação que os ligam e os nomes dos ocupantes dos cargos.
A direção está relacionada com a ação, como colocar-se em marcha, e tem
muito a ver com as pessoas: está diretamente relacionada com a atuação sobre
os recursos humanos da empresa. Dirigir também é interpretar os planos para os
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outros e dar as instruções sobre como executá-los em direção aos objetivos a
atingir, sendo a nível global, departamental ou operacional. Tem como princípios
gerais de administração a definição de unidade de comando, delegação, amplitude
de controle e do princípio da coordenação ou das relações funcionais.
Por fim, o controle pode ser exercido como função coercitiva (delimitativo),
como sistema automático de regulação ou como função administrativa. É usado
basicamente para padronizar o desempenho, proteger os bens da organização,
padronizar a qualidade de produtos e serviços e medir desempenho dos
empregados. O controle deve contribuir para identificação dos desvios em tempo
para permitir a ação corretiva (Garantia do objetivo). Com a definição dos padrões,
facilita-se a aceitação por parte de quem executará as tarefas. O controle somente
se justifica quando indica providências capazes de corrigir os desvios apontados
ou verificados em relação aos planos.
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ABORDAGEM ESTRUTURALISTA
Tem como principal vulto Emil Maximillian Weber, - Max Weber - alemão.
Foi um intelectual alemão e um dos fundadores da Sociologia
A Teoria da Burocracia desenvolveu-se dentro da administração ao redor
dos anos 40, principalmente em função dos seguintes aspectos favoráveis a ela,
detectados por Weber:
- O desenvolvimento de uma economia monetária: Na Burocracia, a moeda
assume o lugar da remuneração em espécie para os funcionários, permitindo a
centralização da autoridade e o fortalecimento da administração burocracia.
- O crescimento quantitativo e qualitativo das tarefas administrativas do
Estado Moderno.
- A superioridade técnica – em termos de eficiência – do tipo burocrático de
administração: serviu como uma força autônoma para impor sua prevalência.
Para Max Weber a burocracia é a organização eficiente por excelência e
para conseguir esta eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e
nos mínimos detalhes como as coisas devem acontecer.
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Dentre as Razões que Weber viu para explicar o avanço da burocracia
sobre as outras formas de associação, destacavam-se a extrema racionalidade
em relação ao alcance dos objetivos da organização; a precisão na definição do
cargo e na operação, pelo conhecimento exato dos deveres; certa rapidez nas
decisões, pois, em tese, cada um conhece o que deve ser feito em todo e
qualquer caso, por quem e as ordens documentos e processos tramitam através
de canais pré-definidos; Unicidade de rotinas e procedimentos, o que favorece a
padronização, redução de custos e de erros, pois os procedimentos são definidos
por escrito; redução do atrito entre as pessoas; e confiabilidade, pois
absolutamente tudo está previsto.
As causas das conseqüências imprevistas da burocracia – hoje sinônimo de
ruindade e lerdeza, assim por alto - existem basicamente no fato de que a
burocracia não prevê a chamada organização informal que existe em qualquer tipo
de organização, nem se preocupa com as diferenças individuais entre as pessoas,
o que necessariamente introduz variações no desempenho das atividades
organizacionais.
Tais problemas são: Internalização das Normas; Excesso de formalismo e
papelório; Resistência a mudanças; Despersonalização do relacionamento;
Categorização das decisões; Superconformidade às rotinas e procedimentos;
Exibição de sinais de autoridade; e Dificuldades com clientes.
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ABORDAGEM COMPORTAMENTAL
Originou-se das ciências comportamentais. É com a abordagem
comportamental que a preocupação com a estrutura se desloca para a
preocupação com os processos e com a dinâmica organizacional, isto é, com o
comportamento organizacional. Registra a mais forte ênfase das ciências do
comportamento na teoria administrativa e a procura de soluções democráticas e
flexíveis para os problemas organizacionais. Assim como na Teoria das Relações
Humanas prevalece a ênfase nas pessoas, porém dentro de um contexto
organizacional.
O movimento comportamental ou behaviorista surgiu como evolução da
Escola das Relações Humanas, que recusava a definição de que a satisfação do
trabalhador gerava de forma única a eficiência do trabalho. A percepção de que
nem sempre os funcionários seguem comportamentos exclusivamente racionais
ou essencialmente baseados em sua satisfação exigia a elaboração de uma nova
teoria administrativa.
A Teoria Comportamental defendia a valorização do trabalhador em
qualquer empreendimento baseado na cooperação, buscando um novo padrão de
teoria e pesquisa administrativas. Bastante influenciado pelo desenvolvimento de
estudos comportamentais em diversos campos da ciência, como a antropologia, a
psicologia e a sociologia. Aderindo e adequando para a administração conceitos
elaborados originalmente dentro de tais ciências, pretendia-se gerar uma visão
mais ampla do que motiva as pessoas para agirem ou se comportarem do modo
que o fazem, particularizando as situações específicas do indivíduo no trabalho.
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Maslow, psicólogo americano, apresenta uma teoria da motivação, na qual
as necessidades humanas estão organizadas e definidas em níveis, numa espécie
hierarquia de importância e de influência. Essa hierarquia de necessidade pode
ser visualizada como uma pirâmide. Na base da pirâmide estão as necessidades
mais baixas e no topo as necessidades mais elevadas.
Necessidade de auto-realização: Auto-realização, Auto-desenvolvimento e Auto-satisfação.
Necessidade de estima: Orgulho, Auto-respeito, Progresso, confiança, necessidades de status, Reconhecimento, Apreciação, Admiração pelos outros.
Necessidades Sociais: Relacionamento, aceitação, afeição, amizade, compreensão, consideração.
Necessidade de Segurança: Proteção contra perigo, doença, incerteza, desemprego, roubo.
Necessidades Fisiológicas: Alimento, repouso, abrigo, sexo.
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A Teoria Comportamental procura demonstrar a variedade de estilos de
administração que estão à disposição do administrador. A administração das
organizações em geral está fortemente condicionada pelos estilos com que os
administradores dirigem, dentro delas, o comportamento das pessoas. Por sua
vez, os estilos de administração dependem extremamente das convicções que os
administradores têm a respeito do comportamento dentro da organização. Essas
convicções delimitam não apenas a maneira de conduzir as pessoas, mas
também a maneira pela qual se divide o trabalho e se organizam as atividades.
Para a Teoria Comportamental todos os níveis hierárquicos são tomadores de
decisão relacionados ou não com o trabalho, sendo a organização um complexo
sistema de decisões.
Decisão é o processo de análise e escolha, entre várias alternativas
disponíveis, do curso de ação que a pessoa deverá seguir. Toda decisão envolve
necessariamente seis elementos: o tomador de decisão, os objetivos, as
preferências, a estratégia, a situação e os resultados.
Já o Desenvolvimento Organizacional é uma consequência prática e
operacional da Teoria Comportamental caminhando para abordagem sistêmica,
cujo grande vulto foi teórico Leland Bradford. Representa a fusão de duas
tendências no estudo das organizações: o estudo da estrutura de um lado, e o
estudo do comportamento humano nas organizações de outro, integrados através
de um tratamento sistêmico. Os diversos modelos de D.O. consideram
basicamente quatro variáveis: o meio ambiente; a organização; o grupo social, e o
indivíduo - ressaltando as motivações, atitudes e necessidades.
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ABORDAGEM SISTÊMICA
A curiosidade e a necessidade de se verificar a maneira pela qual eram
estruturadas as organizações trouxeram contribuições significativas para a busca
da eficiência. Pretendendo avaliar de que maneira os sistemas organizacionais e
administrativos eram estruturados e quais mecanismos eram necessários para
que funcionassem como o previsto, matemáticos e sociólogos encontraram um
ponto comum na investigação de como as organizações funcionavam como
sistemas.
O primeiro autor a desenvolver essas idéias foi Norbert Wiener (1864-
1964). Wiener foi o matemático, pesquisador do Instituto de Tecnologia de
Massachusetts e trabalhou na criação de mísseis dirigidos. Em seu livro ele define
a cibernética como o estudo da regulação e controle em sistemas, com ênfase
sobre a natureza do feedback. Além disso, a cibernética trata dos métodos pelos
quais os sistemas e seus subsistemas utilizam o seu próprio output para aferir o
efeito e realizar os ajustamentos necessários. O processo fundamental de output,
feedback e ajustamento é o tema central da cibernética.
Coube a Anthony Stafford Beer, nascido 1926, quem transforma de fato a
cibernética em instrumento prático da Administração. Define a cibernética como a
ciência da organização eficaz, sua tese fundamental postula que as organizações
são como pessoas; têm um “cérebro” e um sistema nervoso central. Para ele,
muitos dos problemas empresariais repousam na incompreensão clara de como
seus sistemas funcionam. Assim, a raiz do problema está na maneira pela qual os
sistemas se criam dentro das organizações.
17
Até que Ludwig von Bertalanffy (1901-1972) concebeu o nome de Teoria
Geral dos Sistemas no início da década de 1920, criando em 1954 a Societyfor
General Systems Research.
A Teoria Geral dos Sistemas tem por finalidade identificar as propriedades,
princípios e leis característicos dos sistemas em geral, independentemente do tipo
de cada um, da natureza de seus elementos componentes e das relações entre
eles. De acordo com o autor, existem certos modelos ou sistemas que,
independentemente de sua especificidade, são aplicáveis a qualquer área de
conhecimento. Tais modelos impulsionariam uma tendência em direção a teorias
generalizadas. Assim, como princípios gerais que na verdade, são idéias
vinculadas ao desenvolvimento e ao surgimento da automação e da cibernética,
Bertalanffy propõe uma nova teoria cientifica, a Teoria Geral de Sistemas, que tem
leis semelhantes às que governam sistemas biológicos. A teoria de sistemas
possibilitou, por exemplo, a unificação de diversas áreas do conhecimento, pois
sistema é um conjunto de elementos em interação e intercâmbio com o meio
ambiente. Um sistema pode ser definido como um conjunto de objetos ou
entidades que se interrelacionam mutuamente para formar um todo único.
Há dois tipos de sistemas: fechado e aberto. Uma distinção importante para
a teoria da organização é a classificação das organizações nesses dois sistemas.
Um sistema fechado é aquele que não realiza intercâmbio com o seu meio
externo, tendendo necessariamente para um progressivo caos interno,
desintegração e morte. Nas teorias anteriores da Administração, a organização
era considerada suficientemente independente para que seus problemas fossem
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analisados em torno de estrutura, tarefas e relações internas formais, sem
referência alguma ao ambiente externo, pois as atenções estavam concentradas
apenas nas operações internas da organização, adotando-se, para isso, enfoques
racionalistas. Um sistema aberto é aquele que troca matéria e energia com o seu
meio externo. E, como diz Bertalanffy, a organização é um sistema aberto, isto é,
um sistema mantido em importação e exportação, em construção e destruição de
componentes materiais, em contraste com os sistemas fechados de física
convencional, sem intercâmbio de matéria com o meio.
Considerando a perspectiva de sistema aberto, podemos dizer que um
sistema consiste em quatro elementos básicos: Objetivos; Atributos; Relações de
interdependência e; Meio ambiente.
Alguns elementos dos sistemas são:
- Diretrizes, objetivos, planos, projetos, metas;
- Entrada (input), saída (output), processamento, meio externo, variáveis
endógenas, interface, ambiente externo, variáveis exógenas;
- Laços positivos (amplificadores) e laços negativos (estabilizadores);
- Sensor, medidor, controle, correção, retroação, homeostase, regulador,
servomecanismo, cibernética de Segunda ordem;
- Ruído, entropia, anti-sistema, redundância,
Os sistemas organizacionais podem ser ainda divididos em três níveis:
Técnico: parcelamento de tarefas; Organizacional: coordenação do parcelamento
das tarefas e; Institucional: responsável pelo relacionamento entre a organização e
o meio ambiente.
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Na abordagem sistêmica das organizações, estas são vistas como sistemas
sociotécnicos estruturados. Essa abordagem apresenta vários aspectos de
interesse. As organizações são analisadas como sistemas abertos, relacionados
com outros sistemas, com os quais trocam informações. São sistemas dinâmicos,
em constante adaptação e mudança, buscando o equilíbrio (homeostase). Como
sistemas que são, estão sujeitos a receber insumos (inputs), analisá-los e liberá-
los como resultados (produtos/ serviços – outputs). Em função desses produtos, o
sistema é então retroalimentado (por feedback) segundo suas necessidades. Cria-
se então um ciclo, que podemos representá-lo como na figura abaixo. A
compreensão dos processos administrativos foi auxiliada pelo enfoque sistêmico,
na medida em que este demonstra um aspecto de organização ainda não
abordado. Ele oferece uma visão moderna e abrangente, mostrando a parte formal
da organização (técnico) e também aspectos grupais (social). Fornece assim
meios de analisar as organizações com seu atual estágio de desenvolvimento e
complexidade.
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ABORDAGEM CONTINGENCIAL
A Teoria Contingencial tem origem em pesquisas feitas para verificar quais
os modelos de estruturas organizacionais mais eficazes em determinados tipos de
indústrias. A estrutura de uma organização e o seu funcionamento são
dependentes da sua relação com o ambiente externo.
Com a Teoria da Contingência muda o foco da gestão de dentro para fora
da organização, com ênfase no ambiente e nas necessidades do ambiente sobre
a dinâmica das organizações; não há nem “a melhor maneira” de se organizar -
tudo depende das características ambientais significativas para a organização - e
nem nada de absoluto nas organizações ou na teoria administrativa. Tudo é
relativo, tudo depende. (relação funcional: ‘se, então’).
A abordagem contingencialista tem como pressuposto básico o de que não
há nenhum caminho universalmente aplicável para um problema em
administração, mas a situação determina a melhor abordagem do problema
organizacional. Ainda, há outra premissa: a de que não se atinge a eficácia
organizacional seguindo um único e exclusivo modelo organizacional.
Características que a definem, basicamente: eclética, incerta, sistema
aberto, flexível, relativista, situacional, de forte ênfase no ambiente e também na
tecnologia. Nessa visão, o administrador é alguém funcional, organizado, com
perspectiva, bastante voltado para pesquisa, informatizado, inovador, criativo,
altamente competitivo, dinâmico, socializado, preocupado com meio ambiente, e
constantemente em busca do sucesso.
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CONCLUSÃO
Através deste trabalho de pesquisa, conclui-se que cada teoria surgiu em
resposta a algum problema empresarial próprio de sua época, e de certa forma,
atenderam de certo modo e apresentaram soluções aos problemas encontrados.
Umas perduraram por mais tempo que outras, relacionando-se às novas
necessidades que viriam. De certo modo todas as teorias administrativas são
aplicáveis às situações de hoje. Alguns conceitos ainda sobrevivem na
administração atual.
22
BIBLIOGRAFIA
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria geral da administração, São Paulo: Makron Books, 1996.
TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de administração cientifica. São Paulo: Atlas.
Enciclopédia Larousse Cultural.
23