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DESENVOLVIMENTO NORMAL DA CRIANÇA
Ft. M. Lourdes M. Partika
Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo
CRESCIMENTO
“O Crescimento é um fenômeno complexo, bem sincronizado com um padrão
hierárquico, que organiza os diferentes tipos e taxas de crescimento em diversos tecidos e órgãos em vários indivíduos através do
tempo”
CRESCIMENTO
• Microcrescimento
• Macrocrescimento
CRESCIMENTO
A partir do nascimento, a estatura aumentará 350% e o peso 20 vezes, fêmur e tíbia triplicarão em comprimento e a coluna
dobrará em tamanho.
• Gasto energético
DESENVOLVIMENTO INTRA-UTERINO
• Primeiro Trimestre
- organização e desenvolvimento dos sistemas (ritmo acelerado)
• A partir do 3˚ mês
- adulto em miniatura
OBS: O comprimento aumenta rapidamente em 6 meses e o peso nos últimos 3 meses.
CRESCIMENTO
• Ocorre de forma acelerada até os 5 anos (igualdade entre MMII e tronco)
Aumento de aproximadamente 42 cm
CRESCIMENTO
• Ocorre de forma acelerada até os 5 anos (igualdade entre MMII e tronco)
Aumento de aproximadamente 42 cm
• Após 5 anos, velocidade de crescimento diminui até chegar a puberdade (crescimento maior de MMII 2/3)
CRESCIMENTO
• Ocorre de forma acelerada até os 5 anos (igualdade entre MMII e tronco)
Aumento de aproximadamente 42 cm• Após 5 anos, velocidade de crescimento diminui
até chegar a puberdade (crescimento maior de MMII 2/3)
• Na puberdade novo aumento do crescimento (0,5 cm por mês ou 6 cm ao ano e relação invertida)
CRESCIMENTO
MeninosBarras sup (cresc tronco)Barras inf (cresc MMII)
MeninasBarras sup (cresc tronco)Barras inf (cresc MMII)
CRESCIMENTO
• Perímetro cefálico
- 35 cm ao nascimento
- Aumento de 12 cm no 1˚ ano
PUBERDADE
• 10 anos (meninas) e 12 anos (meninos)
• Aumento dramático da estatura
• Mudança nas proporções dos segmentos do corpo
• Mudanças na morfologia global
• Desenvolvimento das características sexuais
PUBERDADE
• Pico de crescimento
Meninos: 13 a 15 anos de idade óssea
Meninas: 11 a 13 anos de idade óssea
• Meninas alcançam a estatura final de 2,5 a 3 anos após a menarca
DIAGRAMA PUBERAL
PESO
Meninos
• Nascimento: 3 a 3,5 Kg
• 5 anos: 18 a 20 Kg
• 10 anos: 30 Kg
• 17 anos: 60 Kg
• Maturidade esquelética
Meninos: 63 Kg e 1,74 m
Meninas: 56 Kg e 1,66 m
ESTUDO RADIOLÓGICO
Idade Cronológica X Idade Óssea
Determinantes de idade óssea:mãos, cotovelo, pelve e joelhos
ESTUDO RADIOLÓGICO
Métodos para verificar idade óssea
• Atlas de Greulich e Pyle
• Atlas de Sempé e Pavia
• Método de Tanner e Whitehouse
• Método de Sauvegrain
Método de Sauvegrain
Relação entre o fechamento da apófise do olécrano, o sinal de Risser e a idade óssea
(Atlas de Greulich e Pyle)
CRESCIMENTO DO MEMBRO INFERIOR
• Os MMII crescem mais que o tronco
• Fêmur cresce mais que a tíbia (tíbia 80% do fêmur)
CRESCIMENTO FEMORAL
• Nascimento: possui 9 cm
• 0 a 5 anos: cresce 15 cm
• 5 anos a puberdade: 2 cm ao ano
• Final do crescimento: 45 cm
CRESCIMENTO TIBIAL
• Nascimento: possui 7 cm
• 0 a 5 anos: 13 cm
• 5 anos até puberdade: 1,3 ao ano
• Final do crescimento: 35 cm
OBS: Crescimento de tíbia e fíbula são interdependentes, sendo necessária uma
harmonia perfeita
CRESCIMENTO TIBIAL
CRESCIMENTO DO JOELHO
• O joelho é responsável por 2/3 do crescimento do MMII
• Do nascimento à maturidade, o joelho cresce cerca de 40 cm nos meninos (25 cm fêmur e 15 cm a tíbia) e 35 cm nas meninas (22 cm no fêmur e 13 na tíbia)
CRESCIMENTO DO JOELHO
Meninas
Meninos
CRESCIMENTO DO PÉ
• O pé é o primeiro elemento do sistema músculo-esquelético que começa a crescer na puberdade e também o primeiro a parar de crescer
• O grande crescimento do pé ocorre meses antes da puberdade
Previsão da Discrepância do Comprimento dos Membros
• Multiplicação da discrepância por um fator
- 1 ano (multiplica a discrepância por 3)
- 4 anos (multiplica por 2)
- 5 anos (multiplica por 1,8)
- 9 anos (multiplica por 1,4)
CRESCIMENTO DO MEMBRO SUPERIOR
• Semelhante ao MMII
• Nascimento: 20 cm (úmero 7,5 cm 3 ulma 6,5 cm e mão 6 cm)
ALTERAÇÕES COMUNS DO CRESCIMENTO
• Defeitos torcionais da marcha
• Desvios angulares dos joelhos e da tíbia
• Pé plano
DEFEITOS TORCIONAIS DA MARCHA
• Comum de 1 a 10 anos
• “Marcha de Periquito” (rotação interna)
• “Marcha de Carlitos” (rotação externa)
FISIOLÓGICO X PATOLÓGICO
DEFEITOS TORCIONAIS DA MARCHA
• NORMAL
Ângulo do passo de 18˚
• Crianças > 2 anos com alteração
OBSERVAÇÃO POR 2 ANOS
DEFEITOS TORCIONAIS DA MARCHA
• PATOLÓGICO
Após 4 anos de idade, presença de alteração do ângulo
DEFEITOS TORCIONAIS DA MARCHA
• “Marcha de periquito” (ROT INTERNA)
- Torção femoral interna
- Torção tibial interna (se não houverem outras deformidades, a remissão da alteração da marcha é espontânea)
- Metatarso-varo residual
DEFEITOS TORCIONAIS DA MARCHA
• “Marcha de Carlitos” (ROT EXTERNA)
- Torção femoral
- Torção tibial (normalmente regride espontaneamente)
- Deformidades em valgo dos pés
JOELHOS VAROS
FISIOLÓGICO
• Normal no RN (envolve fêmur e tíbia)
• Radiografia: eixo anat. 10 a 15˚ até 3,5 anos
• Regride espontaneamente nos
primeiros 2 ou 3 anos de vida
JOELHOS VAROS
PATOLÓGICO• Tíbia vara de Blount (ângulo metáfiso-diafisário > 11˚)• Trauma• Infecção• Doenças hereditárias
Difícil diferenciação em crianças novas
JOELHOS VALGOS
FISIOLÓGICO• Normal entre 2 e 7 anos
• Radiografia: limite de normalidade de 10˚
JOELHOS VALGOS
FISIOLÓGICO• Normal entre 2 e 7 anos
“Knock Knee in children” Morley, 1957• Radiografia: limite de normalidade de 10˚• Distância intramaleolar até 10 cm• Obesidade• Cansaço nas pernas e dificuldade para deambular• Pronação do pé
JOELHOS VALGOS
PATOLÓGICO
• Sequela de fratura
• Infecção
• Raquitismo
• Desequílibrio muscular…
PÉ PLANO POSTURAL
• Até 3 anos, criança apresenta maior grau de mobilidade no pé
• Criança apresenta “cansaço”, queda fácil e frequënte
• O pé plano postural é flácido
Patologias Ortopédicas da Infância
• Pé cavo - 4 a 5 anos até a puberdade
• Luxação Congênita do Quadril• Doença de Legg-Calvé-Perthes
- 2 a 16 anos• Doença de Osgood-Schlatter
- pré-adolescencia• Doença de Sever (apófise do calcâneo)
- 5 a 11 anos• Epifisiolise Proximal do Fêmur
- Adolescência
Referências Bibliográficas
TACHDJIAN, M.O. Pediatric orthopedics. Philadelphia, London, Toronto, WB Saunders Company, 2002.
CAMARGO, O.P.A. Ortopedia e Traumatologia: Conceitos Básicos, Diagnóstico e Tratamento. São Paulo, Editora Roca, 2004.
HEBERT, S.; XAVIER, R. Ortopedia e Traumatologia: Princípios e Prática. São Paulo, Editora Artmed, 2003.
MORRSSY, R. T.; WEINSTEIN, S. L. Ortopedia Pediátrica de Loveel e Winter. São Paulo, Editora Manole, 2001.
BRUSCHINI, S. Ortopedia Pediátrica. São Paulo, Editora Atheneu, 1998.