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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS CAMPUS OURO BRANCO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO BACHARELADO EM ADMINSTRAÇÃO OURO BRANCO NOVEMBRO DE 2017

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO BACHARELADO EM …€¦ · propõem uma estrutura para análise da cadeia de suprimentos de serviços, baseada na observância das gestões de capacidade,

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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA

E TECNOLOGIA DE MINAS GERAIS

CAMPUS OURO BRANCO

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

BACHARELADO EM ADMINSTRAÇÃO

OURO BRANCO

NOVEMBRO DE 2017

Page 2: TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO BACHARELADO EM …€¦ · propõem uma estrutura para análise da cadeia de suprimentos de serviços, baseada na observância das gestões de capacidade,

CRISTIANE NOGUEIRA GONÇALVES MENDES

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO SETOR DE

SERVIÇOS: ESTUDO DE CASO EM UM RESTAURANTE DA

REGIÃO DO ALTO PARAOPEBA.

OURO BRANCO

NOVEMBRO DE 2017

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CRISTIANE NOGUEIRA GONÇALVES MENDES

GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS NO SETOR DE

SERVIÇOS: ESTUDO DE CASO EM UM RESTAURANTE DA

REGIÃO DO ALTO PARAOPEBA.

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado ao Instituto Federal de Minas

Gerais - Campus Ouro Branco, como parte dos

requisitos exigidos para conclusão do curso

Bacharelado em Administração.

Aprovado em 22 de novembro de 2017.

Professor Orientador: Me. Gérber Lúcio Leite

OURO BRANCO

NOVEMBRO DE 2017

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Elaborada por Márcia Margarida Vilaça – CRB-6- 2235

M538g

Mendes, Cristiane Nogueira Gonçalves

Gestão da cadeia de suprimentos no setor de serviços: estudo de caso em

um restaurante da região do Alto Paraopeba. / Cristiane Nogueira Gonçalves

Mendes. – 2017.

16 p.; il.

Orientador: Profº Gérber Lúcio Leite.

Trabalho de conclusão de curso (graduação) - Instituto Federal de Minas

Gerais, Campus Ouro Branco, Curso Bacharelado em Administração, 2017.

1. Cadeia de suprimentos. 2. Serviços. 3. Lacunas. 4. Clientes

5. Restaurante I. Mendes, Cristiane Nogueira Gonçalves.

II. Instituto Federal de Minas Gerais, Campus Ouro Branco. III.Título.

CDU: 658.788

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Gestão da cadeia de suprimentos no setor de serviços: estudo de caso em um

restaurante da região do Alto Paraopeba.

Cristiane Nogueira Gonçalves Mendes – Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de

Minas Gerais -IFMG Campus Ouro Branco ([email protected])

Gérber Lúcio Leite - IFMG Campus Ouro Branco ([email protected])

Resumo: O presente artigo tem por objetivo apresentar uma análise da estrutura da

gestão da cadeia de suprimentos de um restaurante e detectar a existência de lacunas, por

meio de uma correlação entre o modelo da cadeia de suprimentos de serviços, as dimensões

da ferramenta SERVQUAL, as forças que dirigem a concorrência na indústria e as cinco

lacunas que levam a prestação dos serviços ao fracasso, a fim de averiguar a influência

causada nos serviços prestados pela empresa. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo

de caso qualitativo, de caráter descritivo, em um restaurante situado na região do Alto

Paraopeba. O resultado da análise demonstrou que de fato a existência de lacunas na gestão da

cadeia de suprimentos influencia a prestação dos serviços, pois refletem diretamente na

satisfação dos clientes.

Palavras-Chave: Cadeia de Suprimentos, Serviços, Lacunas, Clientes, Restaurante.

1. Introdução

A gestão da cadeia de suprimentos tem um papel muito importante para garantir a

eficiência dos serviços prestados. Ellram, Tate e Billington (2004 apud BRANSKI; JR, 2010),

propõem uma estrutura para análise da cadeia de suprimentos de serviços, baseada na

observância das gestões de capacidade, de demanda, de relacionamento com o cliente, de

relacionamento com o fornecedor e de entrega do serviço.

Uma cadeia de suprimentos bem gerida permite uma produção aperfeiçoada, com a oferta

do serviço certo, na hora certa, aliado ainda à satisfação dos clientes. Segundo os autores

Chopra e Meindl (2011), o cliente é parte integrante da cadeia de suprimentos, pois a mesma

representa todas as partes direta ou indiretamente ligadas à realização dos pedidos do

consumidor.

A efetiva gestão desta cadeia por proporcionar resultados positivos acerca da adaptação

dos serviços em relação às expectativas dos clientes, consequentemente aperfeiçoa os

resultados da empresa. Para Chopra e Meindl (2011), as decisões acerca da cadeia de

suprimentos ocasionam impactos na receita gerada, pois possui grande influência no sucesso

ou fracasso da organização.

O setor de alimentação fora de casa é um ramo que está continuamente em crescimento.

Segundo o SEBRAE (2017), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (ABRASEL),

constatou que este setor, gera cerca de 450 mil oportunidades de empregos por ano. Ainda

segundo o SEBRAE (2017), embora seja um setor que cresce a cada ano, o mesmo requer um

planejamento adequado, pois exige uma busca constante pela qualidade dos serviços

ofertados.

Tendo em vista a importância do segmento da empresa em estudo e a relevância da

gestão da cadeia de suprimentos nos serviços prestados, tornou-se pertinente a seguinte

investigação: Quais são as possíveis lacunas existentes na gestão da cadeia de suprimentos de

um restaurante que influenciam na prestação dos serviços? Tal inquirição foi respaldada pela

definição do objetivo geral de averiguar a existência de lacunas na gestão da cadeia de

suprimentos de uma empresa do segmento, sendo este norteado pelos seguintes objetivos

específicos: investigar a estrutura da gestão da cadeia de suprimentos de um restaurante,

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identificar quais são as possíveis lacunas existentes na gestão da referida cadeia e analisar a

influência destas nos serviços prestados pelo empreendimento.

2. Fundamentação Teórica

Neste tópico serão apresentadas teorias e abordagens acerca do tema gestão da cadeia de

suprimentos no setor de serviços, tendo por principais pontos de estudo temas como conceitos

e ambientes de serviços, análise estrutural da indústria, logística e cadeia de suprimentos.

2.1 Serviço

O serviço caracteriza-se por atividade econômica que agrega valor e gera benefícios aos

clientes, em decorrência do alcance de uma mudança desejada. Embora o processo que o

envolva possa estar ligado a um produto físico, o mesmo pode ser considerado um ato ou

desempenho de essência intangível (LOVELOCK; WRIGHT, 2002). Segundo Fitzsimmons e

Fitzsimmons (2014, p.4) “Um serviço é uma experiência perecível, intangível, desenvolvida

para um consumidor que desempenha o papel de coprodutor”. Para Kotler e Keller (2006), o

serviço, também pode ser definido como um ato ou desempenho essencialmente intangível,

ainda que esteja ou não ligado a um produto concreto.

Lovelock e Wirtz (2006), afirmam que o setor de serviços cresceu e se tornou bastante

representativo na economia, sendo responsável por grande parte da criação de novos

empregos. Ainda segundo os autores fatores tais como políticas governamentais, mudanças

sociais, tendências de negócios, avanços na tecnologia da informação e a internacionalização

estimulam a transformação da economia de serviços.

De acordo com Fitzsimmons e Fitzsimmons (2014), os serviços são imprescindíveis para

a atividade econômica e o avanço de qualquer sociedade, representando assim a força vital de

uma economia globalizada. A figura I retrata categoricamente o papel dos serviços na

economia:

Figura I: Papel dos serviços na Economia

Fonte: Adaptado de Fitzsimmons e Fitzsimmons (2014)

Segundo Kotler e Keller (2006), os serviços possuem quatro características principais:

a) Intangibilidade: não podem ser tocados, vistos, sentidos e nem experimentados antes

de serem obtidos;

b) Inseparabilidade: são produzidos e consumidos concomitantemente;

c) Variabilidade: dependem de quem os realiza, onde e quando são fornecidos;

d) Perecibilidade: não podem ser armazenados.

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2.1.1 Qualidade de serviços

A qualidade em serviços é consequência do resultado da comparação do que foi ofertado

aos clientes, em relação as suas próprias expectativas (FITZSIMMONS; FITZSIMMONS,

2014). Segundo Lovelock e Wirtz (2006), para capturar a perspectiva dos clientes em

relação a variados aspectos da qualidade, fora desenvolvido por Parasuraman, Zeithaml e

Berry um instrumento de pesquisa e medição denominado SERVQUAL. Ainda segundo os

autores esta ferramenta inclui cinco dimensões, que em sua forma básica contém 21 itens de

percepção, o qual podem ser aplicadas em um amplo espectro de setores de serviços. Sendo

elas:

a) Tangíveis: refere-se à aparência dos elementos físicos (instalações, equipamentos,

materiais, funcionários);

b) Confiabilidade: refere-se à capacidade de cumprir com o que foi prometido, com

desempenho preciso, digno de confiança;

c) Responsividade: refere-se à prestimosidade para com os clientes e à agilidade na

prestação dos serviços;

d) Segurança: refere-se à competência, credibilidade e à capacidade de isenção de

perigo, risco ou dúvida;

e) Empatia: refere-se à capacidade de entender os clientes, oferecer-lhes atendimento

individualizado, à cortesia e simpatia dos funcionários.

Fitzsimmons e Fitzsimmons (2014), afirmam que a principal função desta ferramenta é

identificar as tendências da qualidade em serviços por meio de pesquisas periódicas com os

clientes, auxiliando a administração a identificar as dimensões que se encontram em nível

superior ou inadequado.

Sempre que um serviço é executado, a qualidade do mesmo é testada (KOTLER;

KELLER, 2006). Para Fitzsimmons e Fitzsimmons (2014, p.11) “A avaliação da lacuna entre

o serviço esperado e o percebido é um processo rotineiro de retorno de informação do cliente,

praticado pelas principais empresas de serviços”.

Segundo Kotler e Keller (2006, p.406) “Parasuraman, Zeithaml e Berry formularam um

modelo de qualidade dos serviços que destaca as exigências mais importantes para a prestação

de serviços de alta qualidade”. A figura II demonstra as cinco lacunas que levam a prestação

de serviços ao fracasso:

Figura II: Modelo de qualidade dos serviços

Fonte: Adaptado de Kotler e Keller (2006)

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As elucidações de Kotler e Keller (2006) ajudam a compreender o modelo explicitado na

figura II:

a) Lacuna entre a expectativa do consumidor e as percepções da gerência: os gestores

nem sempre compreendem exatamente o que o cliente deseja;

b) Lacuna entre as percepções da gerência e as especificações da qualidade dos

serviços: os gerentes são incapazes de estabelecer um padrão específico de

desempenho, mesmo compreendendo o que os clientes desejam;

c) Lacuna entre as especificações da qualidade dos serviços e sua entrega: pode ocorrer

quando os funcionários denotam incapacidade ou recebem orientações conflitantes

acerca de como ouvir e atender agilmente os clientes.

d) Lacuna entre a entrega dos serviços e as comunicações externas: as expectativas dos

clientes são afetadas por propagandas distorcidas e que não condizem com o que foi

dito pelas comunicações externas;

e) Lacuna entre o serviço percebido e o serviço esperado: ocorre quando a qualidade do

serviço não é percebida pelo consumidor.

2.2 Análise Estrutural da Indústria

Para diagnosticar as influências competitivas e as estratégias potencialmente disponíveis

para empresa, é imprescindível efetuar uma análise da estrutura industrial. A concorrência de

uma indústria não é uma questão de casualidade, está enraizada em suas estruturas

econômicas básicas (PORTER, 2004). Ainda segundo o autor, o grau de concorrência

depende de cinco forças, que em conjunto determina a potencialidade de lucro final da

indústria. Essas forças são demonstradas na figura III:

Figura III: Forças que dirigem a concorrência da Indústria

Fonte: Adaptado de Porter (2004).

Porter (2004) nos traz as seguintes explanações:

a) Entrantes potenciais: refere-se às ameaças e barreiras de entrada. Está relacionada ao

anseio de novas empresas ganharem o mercado quando entra em uma indústria, o

que consequentemente pode resultar na queda de preços e rentabilidade.

b) Rivalidade entre empresas existentes: refere-se à disputa por posição entre os

concorrentes rivais, por meio de estratégias de preços, publicidade, inclusão de

produtos, ampliação dos serviços e garantias. Tal disputa pode incitar a retaliação ou

demandar esforços para conter a rivalidade.

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c) Pressão dos produtos Substitutos: Os produtos substitutos são aqueles que embora

não sejam exatamente os mesmos, desempenham a mesma função de outros da

indústria. Podem ser identificados por meio de pesquisa, exigindo maior atenção os

que são produzidos por indústria com o lucro elevado ou os que estão sujeito a

tendências do seu trade-off de preço-desempenho. Eles diminuem os retornos

potenciais de uma indústria, conduzindo os preços a um teto em que as empresas

podem fixar com lucro.

d) Poder de Negociação dos Compradores: relaciona-se com a competição dos

compradores na indústria, que influenciam a queda dos preços, na barganha por mais

qualidade ou serviços.

e) Poder de Negociação dos Fornecedores: relaciona-se ao poder o qual os fornecedores

exercem sobre os participantes de uma indústria, de forma ameaçadora, no que tange

a redução da qualidade dos bens e serviços e aumento de preços.

2.3 Logística

Para Ballou (1993 apud CAMPOS; BRASIL, 2013), a logística pode ser definida como a

área responsável por estudar a forma pelo qual a administração, por meio de planejamento,

organização e controle efetivo das atividades de movimentação e armazenagem, poderá gerir

melhor rentabilidade nos serviços de distribuição dos produtos aos seus respectivos clientes e

consumidores.

As empresas que compreendem o papel estratégico da logística geram para si uma

significativa vantagem competitiva, estruturando assim modernas cadeias de suprimentos ou

abastecimento (VITORINO, 2012). Segundo Campos e Brasil (2013), a logística também está

intimamente ligada à cadeia de suprimentos, por meio dela o serviço ou produto final, chega

até o consumidor, na hora e lugar certo, com o custo justo e dentro dos padrões de qualidade,

possuindo grande influência no bom andamento e competitividade da cadeia, pois atua na

sincronização e controle das atividades de armazenamento, transporte e distribuição.

2.4 Cadeia de Suprimentos

A cadeia de suprimentos inclui todas as partes envolvidas na recepção e realização dos

pedidos dos clientes, tendo por objetivo maximizar o valor geral gerado (CHOPRA;

MEINDL, 2011). Scheideggeret al. (2015), afirmam que por meio das relações integradas e

coordenadas entre os seus componentes, a cadeia de suprimentos envolve todo o fluxo

financeiro, de atividades e informações, desde o fornecedor do fornecedor, até o cliente do

cliente, a fim de ofertar produtos e serviços de melhor nível possível. Robles (2016, p.29),

também afirma que “As cadeias de suprimentos lidam com a solução do paradoxo entre o

melhor nível de serviços aos clientes, com a agregação de valor logístico aos produtos, e a

necessidade de agregar valor aos investimentos dos acionistas”

Bertaglia (2016) define a cadeia de abastecimento como um conjunto de processos

exigidos para adquirir materiais, agregando-lhes valor, disponibilizando-os na hora certa, no

lugar certo e quando os clientes e consumidores desejarem. Ainda segundo esse autor, devem-

se considerar todos os aspectos relevantes do processo, de forma ágil e sem comprometer a

qualidade ou satisfação dos clientes, para assim garantir a efetividade do gerenciamento da

referida cadeia. Segundo Laurindo e Teixeira (2014), para os processos ocorrerem conforme o

planejado é imprescindível o acompanhamento dos mesmos.

2.4.1 Cadeia de Suprimentos de Serviços

Ellram, Tate e Billington (2004 apud BRANSKI; JR, 2010), desenvolveram uma

estrutura para análise e gestão da cadeia de suprimentos de serviços, conforme modelo

demonstrado na figura IV:

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Figura IV: Modelo de cadeia de Suprimentos de Serviços

Fonte: Adaptado de Ellram, Tate e Billington (2004 apud BRANSKI; JR, 2010)

As explicações de Lélis (2012) ajudam a compreender os tópicos envolvidos no fluxo

apresentado na figura IV:

a) Gestão da capacidade: envolve controle acerca do quanto de proteção à empresa

necessitará caso ocorra uma demanda incerta e até mesmo do quanto à capacidade de

produção deverá ser ampliada antes ou depois da mesma se tornar certa. Para tomar

decisões relacionadas à capacidade produtiva da empresa à gerência deverá analisar

as dimensões estratégicas de dimensionamento das reservas de capacidade, do

momento e o tamanho da expansão da produção, vinculando a tomada de decisões

aos processos e cadeias de valor da empresa.

b) Gestão da demanda: envolve a compreensão da gerência em relação à demanda por

seus serviços e produtos, a fim de criar estratégias para supri-las.

c) Gestão do relacionamento com o cliente: envolve o controle do percentual de

pedidos recebidos corretamente, do tempo para completar a colocação de um pedido

e a própria satisfação do cliente. No processo de relacionamento com o cliente a

organização deve procurar estabelecer uma relação que facilite a condução dos

pedidos.

d) Gestão de relacionamento com o fornecedor: envolve o controle do percentual de

entregas pontuais do fornecedor, do percentual de defeitos em serviços e materiais

comprados, dos custos dos produtos e serviços, dos níveis de estoque de suprimentos

e dos componentes comprados. No gerenciamento de um restaurante a entrega

pontual e a qualidade dos produtos e serviços são consideradas pontos fundamentais

para a escolha do fornecedor.

e) Gestão de entrega do serviço: Envolve o controle do percentual de pedidos

incompletos enviados, do percentual de pedidos enviados pontualmente, do tempo

para atendê-los, do percentual de serviços malfeitos ou de itens devolvidos, da

satisfação dos clientes com o processo de atendimento do pedido, dos níveis de

estoque de bens em processo e produtos acabados.

f) Gestão do fluxo de caixa: Quanto menor a defasagem de tempo entre o pagamento

pelos serviços e materiais necessários para produzir um serviço ou produto, em

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relação ao recebimento do pagamento do cliente, melhor será o fluxo de caixa. A

situação ideal é aquela em que o cliente paga pelo serviço.

3. Método de Pesquisa

A pesquisa foi realizada por meio de um estudo de caso, de caráter descritivo, em um

restaurante situado na região do Alto Paraopeba. Por motivo de não autorização da

proprietária acerca da divulgação do nome do empreendimento, o mesmo foi tratado na

pesquisa pelo nome fictício de “CBC”. Gil (2010) diz que o estudo de caso trata-se de uma

modalidade de pesquisa, cujo planejamento tende a ser mais transigente, pois permite explorar

situações da vida real de limites que ainda não estão claramente entendíveis, bem como

descrever situações do contexto em investigação. Ainda segundo o autor, as pesquisas

descritivas podem ser formuladas com o propósito de detectar relações entre variáveis, mas o

seu principal objetivo é a descrição das características de uma determinada população.

Quanto à abordagem, a pesquisa utilizou de informações qualitativas. Cordeiro, Molina e

Dias (2014), afirmam que nas pesquisas qualitativas os fatos são observados de maneira a

privilegiar o contato direto com o contexto em análise, de forma que os discursos pesquisados

sejam representados com qualidade.

As informações foram coletadas da seguinte forma: para melhor compreender a estrutura

da cadeia de suprimentos do restaurante, foi realizada entrevista semiestruturada com a

proprietária do estabelecimento, com perguntas relacionadas às forças que dirigem a

concorrência da indústria. Para analisar a qualidade dos serviços ofertados tanto pelos

fornecedores, quanto pela empresa e identificar as lacunas existentes na gestão da cadeia de

suprimentos, foram aplicadas entrevistas com a proprietária do estabelecimento e oito clientes

que frequentam o restaurante CBC. As questões utilizadas foram adaptadas da ferramenta

SERVQUAL desenvolvida por Parasuraman, Zeithaml e Berry, apresentada por Lovelock e

Wirtz (2006), considerando as suas cinco dimensões: tangibilidade, confiabilidade,

responsividade, segurança e empatia. As entrevistas foram transcritas de forma a preservar

fielmente o discurso dos entrevistados.

As informações qualitativas foram examinadas por meio da técnica de análise de

conteúdo, por meio de comparações realizadas entre as cinco lacunas do modelo de qualidade

de serviços adaptados de Kotler e Keller (2016), as cinco dimensões da ferramenta

SERVQUAL apresentadas por Lovelock e Wirtz (2006), e o modelo de cadeia de suprimentos

de serviços de Ellram, Tate e Billington (2004 apud BRANSKI; JR, 2010). Efetuou-se

também uma correlação com as forças que dirigem a concorrência na indústria, apresentadas

por Porter (2004).

A análise do conteúdo foi apresentada em forma de narrativa. Segundo Diehl e Tatim

(2004), esta técnica tem por objetivo avaliar os textos levantados, seja por transcrição de

depoimentos ou por análise de documentos existentes, a fim de procurar identificar as

relações entre eles e interpretar os dados coletados.

4. Análise dos Resultados

A análise da cadeia Suprimentos iniciou-se pela avaliação dos fornecedores. Foi

verificado que existem grandes diferenças de produtos, que o Restaurante CBC opta pelo

melhor custo benefício e que este fornecimento é sempre confiável, fomentando o suporte da

Gestão da capacidade elucidada por Lélis (2012) e o modelo de cadeia de Suprimentos de

serviços desenvolvido por Ellram, Tate e Billington (2004, apud BRANSKI e JR, 2010).

A grande diferenciação de produtos reduz o poder de barganha do fornecedor. Esta

constatação pode ser evidenciada pela grande oferta de produtos, com baixo custo de

mudança de fornecedores e aquisição de mercadorias de várias fontes. Ressalta-se ainda, que

o restaurante CBC não realiza estoque pela facilidade de suprimentos dos insumos.

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No que diz respeito à gestão de relacionamento com os fornecedores, pôde-se verificar

que é satisfatória, sendo comprovada pela análise das cinco dimensões da ferramenta

SERVQUAL.

Na dimensão tangibilidade, verificou-se que os equipamentos e materiais utilizados pelos

fornecedores são modernos. Como exemplo, a proprietária do restaurante cita que as carnes

sempre chegam em caminhões refrigerados e em perfeito estado de conservação. Foi relatado

também que os demais insumos são transportados com aparente segurança, que os

representantes dos fornecedores são bem apresentáveis e que as instalações são atrativas.

Através da entrevista foi apercebido que os fornecedores cumprem o que prometem ao

restaurante e quando ocorre algum tipo de problema os mesmos tem interesse em resolver,

fomentando assim a dimensão confiabilidade.

No que se refere à responsividade, foi possível averiguar que os representantes e

fornecedores são ágeis, capacitados e que na maioria das vezes já reconhecem as demandas do

Restaurante CBC.

A proprietária afirma que é muito bem atendida por seus respectivos fornecedores, que

eles demonstram conhecimento acerca dos produtos e que se sente segura ao negociar com os

mesmos.

Quanto à dimensão empatia, a proprietária diz que consegue se sentir uma cliente

importante para os seus fornecedores, que os mesmos oferecem horário de atendimento

conveniente e que sempre procuram oferecer novos produtos ao Restaurante CBC.

Após a avaliação dos fornecedores, o próximo passo foi a análise setorial da empresa em

estudo. Foi constatado que o Restaurante CBC atende a um variado segmento de clientes:

funcionários públicos, comerciantes, estudantes, bancários e turistas em geral. A proprietária

afirma não considerar importante vender um volume grande de produtos para um só cliente,

pois acredita que quanto mais consumidores atingir, mais abrangente será a publicidade do

empreendimento. A oferta de atendimento a um heterogêneo segmento de clientes evidencia o

baixo poder de barganha dos compradores.

O empreendimento além de oferecer a opção self-service por quilo ou não, disponibiliza

também um amplo cardápio de fast-foods, o que favorece a baixa influência dos produtos

substitutos. Por se tratar de um setor que cresce continuamente, o anseio de novas empresas

ganharem o mercado, eleva a influência de novos entrantes potenciais e a rivalidade entre as

empresas já existentes.

Na análise do restaurante CBC, foram aferidas as influências das forças que dirigem a

concorrência da indústria apresentadas por Porter (2004), sendo apresentadas resumidamente

na tabela I as suas respectivas influências:

Tabela 1. Influência das forças que dirigem a concorrência da Indústria

Fonte: elaborado pelo autor (2017).

Forças Influência

Entrantes potenciais Alta

Rivalidade entre empresas existentes Alta

Poder de Negociação dos Fornecedores Baixa

Poder de Negociação dos Compradores Baixa

Substitutos Baixa

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Devido ao baixo poder de barganha dos compradores a defasagem entre o pagamento dos

serviços e materiais é positiva, pois o recebimento das vendas em sua maioria é realizado a

vista e o pagamento dos fornecedores é realizado a prazo, corroborando com a afirmação de

Lélis (2012), sobre a gestão do fluxo de caixa.

No que concerne ao relacionamento do estabelecimento com seus clientes, foi possível

identificar a existência de algumas lacunas através da análise das cinco dimensões da

ferramenta SERVQUAL.

Em relação à tangibilidade, todos os clientes entrevistados afirmaram que as atendentes

do restaurante são bem apresentáveis e que o ambiente está sempre limpo. Um deles relata

inclusive que as instalações remetem a um lugar aconchegante e acolhedor. Nem todos

concordaram que os materiais e equipamentos utilizados são novos e modernos, mas

admitiram serem funcionais. Essa observação relaciona-se com a lacuna que apresenta a

discrepância entre o serviço percebido e o serviço esperado, conforme demonstra o modelo de

qualidade de serviços adaptado por Kotler e Keller (2006).

No que tange a Confiabilidade, os clientes entrevistados foram unânimes ao afirmar que

confiam nos alimentos que consomem no estabelecimento. Reconhecem também que o

restaurante realmente cumpre com o que promete e que quando ocorre algum tipo de

problema a empresa se dispõe a resolver. Como exemplo um deles relata que teve um

problema com seu cartão no momento do pagamento e que até que a situação pudesse ser

resolvida, a atendente gentilmente se prontificou a anotar o consumo do dia, mitigando os

efeitos da defasagem da gestão do fluxo de caixa apresentada por Lélis (2012).

Quanto a responsividade, segundo os clientes entrevistados, as atendentes demonstram

estar sempre dispostas a ajudar. É relatado que o atendimento geralmente é ágil, ocorrendo

porém, atrasos nos horários de grande fluxo de atendimento. Tal ponderação reporta às

gestões da capacidade, demanda e entrega do serviço explicadas por Lélis (2012) e também à

lacuna entre as especificações da qualidade dos serviços e sua entrega apresentada por Kotler

e Keller (2006).

Em relação à segurança, todos os clientes entrevistados concordaram que se sentem

seguros no estabelecimento e que tanto a proprietária quanto os funcionários transmitem

muita confiança.

Na dimensão empatia, verificou-se que, embora o restaurante nem sempre saiba

identificar exatamente o que os clientes desejam, o estabelecimento se esforça para conhecer

melhor as preferências de seus consumidores, inclusive procura desenvolver e implantar

novos produtos para melhor atendê-los. A maioria concorda que o horário de atendimento é

conveniente ao público. A observação dos clientes entrevistados ao mesmo tempo em que

alude a lacuna entre a expectativa do consumidor e as percepções da gerência descrita por

Kotler e Keller (2006), na identificação do que o cliente deseja, explana também de forma

positiva à Gestão da demanda elucidada por Lélis (2012).

O quadro I demonstra sinteticamente a análise das informações, correlacionando as cinco

lacunas do modelo de qualidade de serviços adaptados de Kotler e Keller (2006), ao modelo

de cadeia de suprimentos de serviços de Ellram, Tate e Billington (2004 apud BRANSKI; JR,

2010) e às cinco dimensões da ferramenta SERVQUAL de Parasuraman, Zeithaml e Berry,

apresentada por Lovelock e Wirtz (2006).

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Quadro I. Influência das Lacunas.

RESTAURANTE CBC

LACUNAS CADEIA DE SUPRIMENTOS DE SERVIÇOS

INF

LU

ÊN

CIA

S

DIMENSÕES SERVQUAL

Ges

tão

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Seg

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Em

pa

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Lacuna 1

Lacuna 2

Lacuna 3

Lacuna 4

Lacuna 5

LEGENDA

INFLUÊNCIAS DE MAIOR DESTAQUE Forte

Moderada

Fraca

Fonte: Elaborado pelo autor (2017).

5. Considerações Finais

Tendo por base o presente estudo de caso, foi possível apurar que a existência de lacunas

na gestão da cadeia de suprimentos de fato influencia a prestação dos serviços, pois refletem

na satisfação dos clientes.

Embora o empreendimento estudado tenha apresentado uma relação satisfatória com seus

fornecedores, foi possível identificar lacunas na relação da empresa com seus clientes no que

se refere às dimensões tangibilidade, responsividade e empatia. Tais lacunas estão

relacionadas às discrepâncias existentes entre o serviço percebido e o serviço esperado, as

especificações da qualidade dos serviços e sua entrega e também à expectativa do consumidor

e às percepções da gerência. Elas evidenciam pontos de melhoria nos elos da cadeia

relacionados à gestão do relacionamento com o cliente e as gestões da capacidade, demanda e

entrega do serviço da empresa.

A análise realizada denota que os objetivos da pesquisa foram alcançados, bem como

também a problemática respondida. Apesar de ter sido identificado algumas lacunas que

repercutem nos serviços prestados pelo Restaurante CBC, pode-se dizer que o

empreendimento possui um padrão de qualidade atendível.

O estudo demonstrou que para garantir a efetividade da cadeia de suprimentos é

imprescindível o acompanhamento dos elos das gestões que a compõem, de modo a evitar a

existência de lacunas que possam levar a prestação dos serviços ao fracasso. O conhecimento

acerca da estrutura da cadeia e das forças que moldam a concorrência na indústria o qual o

negócio está inserido é importante para atingir as dimensões da qualidade de forma eficiente.

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Portanto, conclui-se que mesmo se tratando de um estudo de caso, a pesquisa é

significativa, pois além de oportunizar a empresa analisada a possibilidade de providenciar

medidas preventivas e corretivas na gestão de sua cadeia de suprimentos, oferece suporte a

novos estudos acerca da relevância de que a adequada gestão desta cadeia é fator fundamental

para o sucesso da prestação dos serviços de um empreendimento. Por sua vez, a acadêmica,

além de ter ampliado seus aprendizados no que se refere ao tema em estudo, pôde aliar os

seus respectivos conhecimentos a real prática de uma organização.

Referências

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APÊNDICE – ROTEIROS DE ENTREVISTA SEMIESTRUTURADA

UTILIZADOS NA PESQUISA

Roteiro de entrevista semiestruturada aplicada à proprietária do Restaurante

CBC em relação às forças que dirigem a concorrência da indústria:

FORNECEDORES:

1. Há diferenças de produtos? Você pode comprar diferentes produtos?

2. Existem produtos que podem ser substituídos?

3. Há custo na mudança de fornecedores?

4. Os produtos adquiridos estão concentrados em poucos fornecedores?

5. É importante e necessário comprar um volume muito grande em um só fornecedor?

6. Os fornecedores tem interesse de fornecer diretamente o seu produto?

CLIENTES:

1. 7. Há diferenças de produtos no ramo da alimentação?

2. 8. Existem produtos que podem ser substituídos pelos os do seu restaurante?

3. 9. Há custo na mudança do Cliente caso o mesmo troque de restaurante?

4. 10. O seu restaurante concentra um segmento grande de clientes?

5. 11. É importante e necessário vender um volume muito grande em um só cliente?

Roteiro de entrevista semiestruturada aplicada à proprietária do Restaurante CBC

em relação aos seus fornecedores, adaptado as cinco dimensões da ferramenta

SERVQUAL:

DIMENSÃO TANGIBILIDADE

1. Os equipamentos/materiais utilizados pelos fornecedores aparentam ser novos

e/ou modernos?

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DIMENSÃO CONFIABILIDADE

4. Quando os fornecedores prometem algo ao restaurante eles realmente cumprem?

5. Quando ocorre algum problema os fornecedores tem interesse em resolver?

6. O restaurante confia nas mercadorias fornecidas por seus fornecedores?

DIMENSÃO RESPONSIVIDADE

7. Os fornecedores demonstram agilidade?

8. Os fornecedores muitas vezes já sabem até do que o restaurante precisa?

9. Os fornecedores são capacitados e estão sempre dispostos a ajudar?

DIMENSÃO SEGURANÇA

10. Os fornecedores transmitem confiança ao restaurante?

11. O restaurante sente-se seguro ao negociar com seus fornecedores?

12. Os fornecedores são corteses?

13. Os fornecedores demonstram ser bem informados sobre os produtos?

DIMENSÃO EMPATIA

14. Os fornecedores oferecem atenção individualizada ao restaurante?

15. Os fornecedores procuram oferecer novos produtos ao restaurante?

16. Os fornecedores oferecem horário de funcionamento conveniente ao restaurante?

17. O restaurante consegue se sentir um cliente importante em relação aos seus

fornecedores?

2. As instalações dos fornecedores (limpeza, espaço físico) possuem aspecto

visualmente agradável?

3. Os fornecedores têm boa aparência (limpeza, uniforme, aparência física)?

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Roteiro de entrevista semiestruturada aplicada aos clientes do Restaurante CBC,

adaptado as cinco dimensões da ferramenta SERVQUAL:

DIMENSÃO TANGIBILIDADE

DIMENSÃO CONFIABILIDADE

5. O restaurante cumpre com o que promete ao cliente?

6. Quando os clientes tem algum problema, o restaurante demonstra sincero interesse

em resolver?

7. Como cliente, você confia nos alimentos que consome neste restaurante?

DIMENSÃO RESPONSIVIDADE

8. Os atendentes demonstram agilidade?

9. Os atendentes informam ao cliente quando o serviço será realizado?

10. Os atendentes estão sempre dispostos a ajudar ao cliente?

DIMENSÃO SEGURANÇA

11. Os atendentes transmitem confiança aos seus clientes?

12. Os clientes sentem-se seguros em se alimentar no restaurante?

13. Os atendentes são gentis com os clientes?

14. Quando perguntado, os atendentes demonstram conhecimento acerca dos produtos

(alimentos)?

1. Os equipamentos do restaurante aparentam ser novos e/ou modernos?

2. As instalações físicas do restaurante (limpeza, mesas, decoração, fachada,)

possuem aspecto visualmente agradável?

3. Os atendentes têm boa aparência (limpeza, uniforme, aparência física)?

4. Os materiais utilizados no restaurante (copos, pratos, talheres) são visualmente

agradáveis?

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DIMENSÃO EMPATIA

15. O restaurante oferece atenção individual aos seus clientes?

16. O restaurante conhece as necessidades/desejos específicos dos clientes?

17. Os funcionários demonstram se esforçar para compreender melhor as preferências

dos clientes?

18. O restaurante oferece horário de funcionamento conveniente aos seus clientes?