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FAMEV - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária Graduação em Medicina Veterinária Curso de Parasitologia Veterinária Ordem Pseudophyllida Família Diphyllobothriidae 1

TRABALHO DE PARASITOLOGIA

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Page 1: TRABALHO DE PARASITOLOGIA

FAMEV - Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária

Graduação em Medicina Veterinária

Curso de Parasitologia Veterinária

Ordem Pseudophyllida

Família Diphyllobothriidae

Cuiabá - MTMaio 2010

RAFAEL ARRUDA CORRÊA

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Trabalho apresentado ao Curso de

Medicina Veterinária UFMT - Universidade

Federal de Mato Grosso. Para a disciplina

de: Parasitologia Veterinária . Sob a

orientação da professora:

Prof. Richard de Campos

Pacheco

Departamento de Ciências

Básicas e Produção Animal -

FAMEV / UFMT

Cuiabá - MTMaio 2010

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CLASSIFICAÇÃO Filo:Plathyhelminthes Classe:Cestoda Ordem:Pseudophyllidea Família:Diphyllobothriidae Gênero: Diphyllobothrium spp.

Diphyllobothrium spp.

Diversas espécies de Diphyllobothrium são conhecidas por

infectar seres humanos, porém o D. latum é dos mais freqüentes.

Outros como D. pacificum, D. cordatum, D. ursi, D. dendriticum,

D. lanceolatum, D. dallia, e D. yonagoensi  são menos freqüentes.

Aspectos Morfológicos

Escólice com botrídias não conectadas no ápice.

Poro uterino próximo e posterior ao átrio genital, ambos na linha mediana da face ventral da proglote.

Testículos numerosos e nas laterais da proglote.

Útero mediano em espiral simples.

Ovário lobulado, mediano e na margem posterior da proglote.

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Hospedeiro Intermediário

Homem, cães, ursos e outros mamíferos com hábitos de pesca.

Hospedeiro Definitivo

Micro crustáceo dos gêneros Cyclops, Diaptomus ou Daphnia,

primeiro HI

Peixes de água doce ou salgada segundo HI se infectam pela

ingestão dos micro crustáceos parasitados com larvas procercoides.

Ciclo de vida (Figura 1):

O Diphyllobotrium spp se instala no intestino delgado onde ataca à

mucosa, podendo chegar até 10 metros de comprimento, com mais de 3.000

proglotes. Ovos são liberados pelas proglotes e eliminados nas fezes do

hospedeiro. Sob condições apropriadas, os embriões contidos nos ovos

(aproximadamente de 8 dias a várias semanas) desenvolvem-se em

coracídios, saindo dos ovos. Os coracídios, depois de ingeridos por crustáceos

(Cyclops e Diaptomus), transformam-se em larvas procercóides. Os peixes

ingerem este crustáceo que contêm a larva, onde esta migra para o músculo do

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peixe, desenvolvendo-se larvas em plerocercóides. A transmissão pode

ocorrer, quando um peixe de maior tamanho se alimenta de um peixe de menor

tamanho contaminado. A infecção em humanos ocorre quando são ingeridos

peixes crus ou mal cozidos que contêm a larva infectante e no intestino do

homem atinge o estágio adulto. Os ovos aparecem nas fezes de 5 a 6 semanas

após a ingestão da larva. Outros mamíferos e aves podem ser infectados.

 

Figura 1 - Ciclo de vida do Diphyllobothrium latum

Fonte: CDC (http://www.dpd.cdc.goc/dpdx)

Importância em saúde publica

Difilobotríase doença intestinal de longa duração, causada por

um cestódio, podendo persistir no intestino humano por mais de 10

anos. A maioria das infecções é assintomática. Nas infecções

sintomáticas apresenta um quadro de desconforto abdominal,

flatulência, diarréia, vômito e perda de peso. Anemia megaloblástica por

carência de vitamina B12 pode ocorrer. Infecções severas podem

resultar em obstrução intestinal ou do ducto biliar com sintomas tóxicos.

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O agente causal é um cestóide, sendo conhecido como um dos

maiores parasitas intestinais do homem e como a tênia do peixe.

Ocorrência - a doença ocorre em áreas onde é comum a ingestão de peixes

de água doce ou salgada, crus ou mal cozidos. No Peru foram identificados

casos devido à ingestão de peixes de água salgada, pelo D. pacificum. Na

América do Norte há identificação de focos endêmicos em populações de

esquimós, provenientes do Alasca e Canadá. Nos Estados Unidos, a

difilobotríase é rara, porém, há registros de infecção na região dos Grandes

Lagos. Recentemente os casos de contaminação são relatados mais na Costa

Oeste. No Estado de São Paulo e no Brasil não havia registro de casos

autóctones até o ano de 2003. Notificações recentes feitas por laboratórios

particulares e públicos, serviços médicos e pacientes à DDTHA/CVE-SES/SP,

mostram a existência de mais de 20 casos autóctones ocorridos no município

de São Paulo, no período de março de 2004 a março de 2005, associados à

ingestão de sushis e sahimis, em restaurantes com culinária japonesa, sendo o

salmão importado o principal alimento suspeito (ver o Boletim Epidemiológico

Paulista - BEPA, n.º 15, de março de 2005, disponível no site do CVE -

http://www.cve.saude.sp.gov.br). Entretanto, não foi possível, ainda, descartar

a transmissão por peixes da costa brasileira.

Reservatório – o principal reservatório da doença são os seres humanos

infectados, que eliminam ovos nas fezes, bem como cães, ursos e outros

mamíferos piscívoros.

Período de incubação – caracteriza-se por um período de 5 a 6 semanas,

desde a ingestão dos ovos até a eliminação do agente pelas fezes.

Modo de transmissão – não há transmissão direta pessoa-a-pessoa.

Hospedeiros definitivos eliminam os ovos no meio ambiente enquanto

abrigarem tênia no intestino e a contaminação se faz através da ingestão de

peixes crus, defumados em temperatura inadequada ou mal cozidos.

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Medidas de controle - Evitar consumir pescados crus, defumados em

temperatura inadequada ou mal cozidos, os quais devem ser consumidos bem

cozidos. O congelamento do peixe cru, durante 24 horas a -18 º C ou a

irradiação do produto inativam o parasita. O congelamento a -20 º C, por 7

dias, é também um procedimento recomendado para inativar, não apenas o

parasita da difilobotríase, mas as outras parasitoses de peixes assegurando a

proteção do consumidor de sushis/sashimis ou outros pratos da culinária

japonesa a base de peixes crus.

Gênero Spirometra

Spirometra mansonoides

Ciclo Biológico

os ovos não embrionados são eliminados pelo tocostomo das proglotides grávidas e vão ao exterior junto com as fezes do HD – gato. Para a continuação do ciclo, os ovos devem ser depositados na água, para o embrionamento. Depois de algumas semanas, na dependecia da temperatura, o embrião ciliado deixa o ovo pela abertura do opérculo, nada ativamente e morre se não for ingerido por um microcrustaceo – Cyclops. O coracidio, atingindo o intestino do microcrustaceo, atravessa a parede intestinal, graças a seus acúleos, e chega a cavidade celomática, originando a larva procercoide.

O 2º HI se infecta pela ingestão de microcrustaceos com larvas procercoides.

Um vez digeridos, as procercoides, agora livres, perdem seu apêndice esférico e, atravessando a parede intestinal, migram até atingir o tec. Muscular ou subcutâneo do 2º HI originando a larva plerocercoide.

O HD se infecta ao ingerir anfíbios, repteis ou mamíferos contaminados com larvas plerocercoides e em 20 os helmintos atinge a forma adulta e tem inicio a eliminação dos ovos com as fezes do gato.

Importância em saúde publica

Migrando as lavar podem causar sintomas diferentes dependendo da localização final no hospedeiro. Larvas se pode localizar qualquer lugar, incluindo tecido subcutâneo, mama, órbita, trato urinário, a cavidade pleural, pulmão, vísceras abdominais e do sistema nervoso central. A migração no tecido subcutâneo geralmente é indolor, mas quando larva resolver no cérebro ou na coluna de uma variedade de sintomas neurológicos podem ocorrer,

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incluindo fraqueza, dor de cabeça, convulsões e sensações anormais na pele, tais como dormência ou formigueiro.

Se o ouvido interno está envolvido, o paciente pode sentir vertigem ou surdez. Ocasionalmente, proliferum larvas pode causar lesões proliferative no tecido infectado, com plerocercóides múltiplas presentes em um único local.

Medidas de controle - Educação sanitária do população, assim como evitar o uso tópico de carne crua de rã em determinadas afecções cutâneas, método de cura usado no oriente e entre índios sul-americanos. Evitar a ingestão de águas paradas, geralmente com uma população muito grande de Cyclops que constituem alimento dos peixes.

Diferença Entre Esses Dois Generos

Há dois aspectos que diferem o Pseudophyllidae do Cyclophyllidae. Em 1º lugar o escolex não possui ventosas e, em vez disso, tem dois sulcos longitudinais ou bótrias que se achatam, formando órgãos de fixação. Em 2º lugar a casca do ovo é espessa, castanha e operculada, e o coracidio qe emerge após a eclosão é uma oncosfera com um embrióforo ciliado para movimentar-se na água.

Eliminação Dos Ovos

Cyclophyllidea: Seus segmentos grávidos em geral saem d forma intacta dos estróbilos e são eliminados com as fezes. No ambiente, os ovos são liberados por desintegração do segmento ou através do poro genital.

Pseudophyllidae: Seus ovos são eliminados de forma continua pelos poros genitais dos segmentos grávidos fixados do estróbilo, saindo nas fezes.

Referências bibliográficas

Parasitologias para ciências farmacêuticas USP - Universidade de São Paulo/ Disciplina BPM-0201

Disponível em <http://lineu.icb.usp.br/~farmacia>acessado 14/05/2010

Drª. Elisama dos Santos Monteiro Silva* CRN/3 –; Difil obotríase: A Tênia do Peixe

Disponível em <5393http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_8017/artigo_sobre_difilobotriase:_

a_tenia_do_peixe>acessado 14/05/2010

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Danilo de Souza Maltez, aluno de Medicina Veterinária da Faculdade Metodista,MANUAL DE DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ÁGUA E

ALIMENTOS;Diphyllobothrium spp./DifilobotríaseDisponível em <http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/hidrica/IF_Diphy.htm> acessado

em 15/05/2010

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