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Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Política Ambiental
Água – Fonte de Vida
Trabalho de Fontes de Informação Sociológica
Cláudia Filipa de Almeida Capitão
Coimbra, 2008
Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
Política Ambiental
Água – Fonte de Vida
Trabalho de avaliação contínua realizado no âmbito da disciplina de Fontes de Informação Sociológica sob a orientação
de Paulo Peixoto
Cláudia Filipa de Almeida Capitão
Nº de Aluno: 20080963
Coimbra, 2008
Índice
1. Introdução ................................................................................................................................. 1
2. Estado das Artes ........................................................................................................................ 2
2.1. Água – Fonte de Vida ......................................................................................................... 2
2.2. A Água e o Ambiente – O Preço do Desenvolvimento ....................................................... 4
2.3. Políticas Ambientais ........................................................................................................... 6
2.4. Água como Energia Renovável ........................................................................................... 8
3. Descrição pormenorizada do processo de pesquisa ................................................................. 9
4. Ficha de Leitura ....................................................................................................................... 11
5. Avaliação de uma página Web ................................................................................................ 15
6. Conclusão ................................................................................................................................ 17
7. Referências Bibliográficas ....................................................................................................... 18
8. Anexos: Anexo 1 – Página da internet Anexo 2 – Texto de suporte da ficha de leitura
1
1. Introdução
No âmbito da cadeira de Fontes de Informação Sociológica, optei pela realização
de um trabalho académico e, assim, por fazer regime de avaliação contínua. Escolhi
para tema Política Ambiental e como subtema, a água.
“A História da água é a História da Humanidade”, esta expressão dita por José
Pinto Peixoto retrata o que irei falar ao longo deste projecto (Peixoto:1989).
A água tem um papel muito importante na nossa vida e é nosso dever, dever de
toda a humanidade, reconhecer o seu valor. Temos direitos e deveres sobre ela.
Ao longo do trabalho irei focar principalmente os seguintes pontos: a
importância da água e o que ela nos proporciona, a forma como a água está inserida no
ambiente, irei falar sobre o progresso tecnológico, o desenvolvimento da humanidade e
as consequências que este provoca sobre o ambiente. Por fim, irei finalizar a fazer
referência às políticas ambientais presentes nos dias de hoje e às energias renováveis,
pois são uma boa opção para o atraso da extinção de alguns combustíveis fósseis
necessários para a sobrevivência humana.
2
2. Estado das Artes
2.1. Água – Fonte de Vida
“A água é um dom divino da Natureza”, tal como disse Leonardo da Vinci.
Em qualquer forma de vida que possa existir a água é essencial, torna-se assim o
recurso natural mais importante na Terra.
Para vivermos necessitamos de ar, precisamos de respirar. A água é tão
indispensável quanto o ar. Ela está presente em todas as actividades humanas, está
presente na vida humana, com da saúde ao desporto, da qualidade de vida à cultura…
Não podemos sobreviver sem ela, tal como diz José Pinto Peixoto (1989:11).
De acordo com Germano da Fonseca Sacarrão, a vida começou provavelmente
no mar. O autor referencia que a concentração salina no nosso sangue se assemelha à da
água do mar (1982:14).
A maior parte do nosso corpo é composto por água. É formado por água 50% a
75% do peso do nosso corpo. O autor referenciado acima, defende que “Um Homem
que pese 80Kg. tem de água em regra cerca de 50-55 kg.”. Referindo seguidamente que
esta percentagem varia por exemplo com a idade e a quantidade de gordura (1982:16).
Também o cérebro é quase todo constituído por água. A redução da quantidade de água
no organismo conduz em regra à morte. Podemos morrer 10 vezes mais depressa com a
falta de água do que com a falta de comida. Compreende-se então que a vida não seja
possível sem água. Germano da Fonseca Sacarrão afirma então, depois de todos estes
ideais, que “Devido provavelmente às suas propriedades invulgares ou únicas a água é a
fonte de vida.” (Sacarrão, 1982:19)
A água é um factor essencial, esta criou uma história, criou um mundo, culturas,
interveio no desenvolvimento do homem. A água está em nós e em tudo. A vida na
Terra existe porque se desenvolveu a água neste planeta. Sem ela torna-se impossível
qualquer tipo de vida, pelo menos quanto à vida terrestre. Assim foi considerada por
3
Tales de Mileto como o “princípio de todas as coisas”. Ela é indispensável quanto à
existência de ecossistemas, de animais e de plantas.
A água suscita agora sentimentos diferentes na humanidade, José Pinto Peixoto
refere que estes sentimentos oscilam entre a exaltação, hossanas e o desespero, pois a
água existe no mundo de várias formas. Esta pode se tornar um grande inimigo, hostil e
mortífero, refere assim o autor do livro “A água e o Ambiente” (1989:11). A água pode
destruir habitações, culturas… tal como nos deu a vida, pode-nos tirá-la. Tudo pode
destruir.
Lavoisier descobriu em 1783 que a água era composta por dois elementos: o
oxigénio e o hidrogénio. Esta tem três estados físicos, o estado líquido, sólido e gasoso.
Esta faz parte de um ciclo hidrológico. José Peixoto define-o como “a circulação que
nunca acaba, da substância água, nas suas três fases, sobre a Terra inteira.” (1989:13).
A água, tal como referencia a Carta Europeia da Água, “é um património
comum, cujo valor deve ser reconhecido por todos. Cada um tem o dever de a
economizar e de a utilizar com cuidado.” (Peixoto, 1989:167).
Em suma, tal como afirma um Paulo Magalhães e Nuno Gomes, “ a água não
está nas torneiras nem nas garrafas. A água está na vida, num céu azul, nas nuvens, no
solo, no ar que respiramos e em nós.” (2003:4).
4
2.2. A Água e o Ambiente – O Preço do Desenvolvimento
“Hoje em dia, o ser humano apenas tem ante si três
grandes problemas que foram ironicamente
provocados por ele próprio: a super povoação, o
desaparecimento dos recursos naturais e a
destruição do meio ambiente. Triunfar sobre estes
problemas, vistos sermos nós a sua causa, deveria
ser a nossa mais profunda motivação.”
Jacques Yves Cousteau (1910-1997)
Ao longo das últimas décadas tem se registado um grande desenvolvimento ao
nível da agricultura, da exploração mineira, da indústria, dos transportes, do urbanismo,
do nível de vida. Diz José Pinto Peixoto que a factura é paga pelo ambiente. Todo o
desenvolvimento humano conduz à entropia, ou seja, “à deterioração do ambiente com a
poluição da atmosfera, das águas, dos solos e dos campos.” (Peixoto:1989:143).
O desenvolvimento levou à poluição química e orgânica da atmosfera, o homem
provoca assim uma elevada taxa do aquecimento global. Tudo isto origina
consequências muito graves, como a fusão dos gelos polares e o aumento do nível
médio das águas do mar. “ A diminuição da concentração do ozono poderia permitir que
a radiação ultravioleta atingisse o globo, com todos os perigos inerentes.” (Peixoto,
1989: 144). Quanto à qualidade da água, a poluição directa da água é a mais perigosa
pois, devido às actividades humanas, pode gerar vários problemas, como problemas
sociais.
A poluição da água origina vários problemas na qualidade do ambiente. A água
que consumimos pode passar de pura a uma água suja, cuja composição se modifica, e
assim, fica menos adequada ao consumo. A precipitação ácida é outra realidade de hoje
devido às substâncias químicas lançadas nas águas e na atmosfera.
5
Esta é uma realidade muito presente nos dias que correm, “Se há uma década
quase não se falava em Ambiente, é difícil, actualmente não deparar, pelo menos seis
vezes ao dia com a palavra ambiente”, refere João de Quinhones Levy (1992: 28). Hoje
toda a comunicação social está altamente empenhada no assunto, são jornais, revistas,
televisão etc., é um assunto grave, que preocupa toda a população mundial.
O ambiente faz parte de nós, ele permite-nos viver. Não podemos destruí-lo pois
a nossa vida depende dele tal como ele depende de nós.
6
2.3. Políticas Ambientais
Várias políticas têm sido apresentadas ao longo das últimas décadas. As Nações
Unidas têm organizado Cimeiras, mas isso não se tem mostrado suficiente. A defesa do
Ambiente está presente nas nossas vidas, como cidadãos.
Como cidadãos temos deveres a cumprir para que o Ambiente não se torne
ainda mais degradado, tal como referencia na Constituição da República Portuguesa.
“Proteger e valorizar o património cultural do povo português, defender a
natureza e o ambiente, preservar os recursos naturais e assegurar um correcto
ordenamento do território”, este é um dever do Estado português (C.R.P: art. 9).
“Todos têm direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente
equilibrado e o dever de o defender.”; “Promover o aproveitamento racional dos
recursos naturais, salvaguardando a sua capacidade de renovação e a estabilidade
ecológica, com respeito pelo princípio da solidariedade entre gerações”; “Promover a
educação ambiental e o respeito pelos valores do ambiente”. Estes são os deveres
apresentados pela Constituição da República Portuguesa, em que, tal como o Estado
tem dever de preservar a qualidade do ambiente em Portugal, nós, a população
portuguesa devemos também cumprir deveres, tentando assim preservar a qualidade de
vida da humanidade (C.R.P.VII Revisão Constitucional 2005: art. 66).
A nível mundial, têm sido realizadas várias conferências sobre o Ambiente
principalmente pela O.N.U. Por exemplo, a Conferência das Nações Unidas para o
Ambiente e Desenvolvimento realizada no Rio de Janeiro em 1992 teve como objectivo,
encontrar uma forma de conciliar o desenvolvimento tecnológico e económico com a
preservação do Ambiente. Como referencia um artigo da Infopédia, “A presença de 117
chefes de Estado (a maior reunião de líderes de sempre) comprovou o interesse posto ao
mais alto nível político na defesa do planeta.”, ou seja, a Conferência, também
conhecida como ECO 92, significou finalmente o despertar do mundo para o problema
do aquecimento global com que actualmente nos deparamos (In: Infopédia, 2008).
“A Declaração do Ambiente e Desenvolvimento da Cimeira do Rio produziu 27
princípios fundamentais tendentes a salvar a Terra dos perigos provocados pelo
7
desenvolvimento industrial e económico”. Foram várias as medidas impostas aos
estados, entre elas salientavam-se a redução da emissão de dióxido de carbono que
sejam responsáveis pelo buraco do ozono (In: Infopédia, 2008).
Contudo, nem todos os países têm vindo a cumprir os princípios fundamentais
para a preservação do ambiente focados pela Cimeira. Esta realidade levou à realização
de mais conferências.
Ao nível da água também têm sido criados fundamentos e realizadas várias
campanhas. Um deles é a Carta Europeia da Água proclamada em Estrasburgo em 6 de
Maio de 1968 pelo conselho de Europa. Alguns dos princípios fundamentais da Carta
são:
“Não há vida sem água. A água é um bem precioso, indispensável a todas as actividades humanas.”; “Os recursos de águas doces não são inesgotáveis. É indispensável preservá-los, administrá-los e, se possível, aumentá-los.”; “Alterar a qualidade da água é prejudicar a vida do homem e dos outros seres vivos que dependem dela”; “A qualidade da água deve ser mantida a níveis adaptados à utilização para que está prevista e deve, designadamente, satisfazer as exigências da saúde pública.”; “A manutenção de uma cobertura vegetal adequada, de preferência florestal. É essencial para a conservação dos recursos hídricos.”; “A boa gestão da água deve ser objecto de um plano promulgado pelas autoridades competentes.”; “A água é um património comum, cujo valor deve ser reconhecido por todos. Cada um tem o dever de economizar e de a utilizar com cuidado”; “A água não tem fronteiras. É um recurso comum que necessita de uma cooperação internacional”.
Em suma, a Carta Europeia da Água defende que não há vida sem água, ela é
essencial e por isso o Homem depende dela, temos de preservar os recursos de água
reconhecendo o seu devido valor. Temos deveres, e estes devem ser compridos com
cuidado. Desperdiçar água é abusar de um património que pertence a todos nós, e que
nos é tão indispensável quanto o sol, quanto o oxigénio.
8
2.4. Água como Energia Renovável
Chamamos uma energia de renovável quando não podemos atribuir a esta um
fim, como por exemplo a energia solar, o vento, o mar…etc.
As principais vantagens da utilização deste tipo de energias residem no facto de
não serem poluentes, e de ainda podermos poupar os recursos esgotáveis da Terra.
Os principais problemas que se colocam na instalação de mecanizações para o
aproveitamento das fontes de energias renováveis são os elevados custos e a falta de
sensibilização por parte da população e dos municípios.
Num país como Portugal, onde não existe fontes de combustíveis fósseis (fonte
de energia esgotável), o aproveitamento das Energias Renováveis deveria ser uma
prioridade nos objectivos da política ambiental portuguesa.
Portugal reúne muito boas condições para o aproveitamento das energias
renováveis como por exemplo os Recursos Hídricos. Neste país o aproveitamento dos
cursos de água para a produção de energia eléctrica, é o melhor exemplo de sucesso. As
zonas costeiras portuguesas têm condições bastante favoráveis para o aproveitamento da
energia das ondas. A melhor forma de aproveitar a energia hídrica dos oceanos é
aproveitar o grande movimento das marés.
Os Recursos Renováveis têm sido aproveitados principalmente através da
construção de barragens. O funcionamento é simples, caracteriza-se pela conversão da
energia mecânica existente num rio (por exemplo), em energia eléctrica.
9
3. Descrição pormenorizada do processo de pesquisa
Numa primeira fase foi apresentado à turma um leque de opções de escolha para
o tema do meu trabalho. Ao inicio decidi propor outro tema de trabalho ao professor, no
qual foi aceite. Algum tempo depois, quando iniciei a procura de fontes para a
realização do projecto, reparei que existia pouca informação sobre o tema. Depois de
tentar em várias bibliotecas, decidi desistir do tema, pois apenas encontrava romances.
Seguidamente, olhando novamente para os temas apresentados pelo professor, o
assunto que me chamava mais a atenção era “ Política Ambiental”. Ao escolher o tema,
comecei no momento a pesquisar sobre o assunto no Google. Deparei-me com um novo
problema. Para trabalhar com “Política Ambiental” teria que construir um projecto
muito complexo e longo devido à diversidade do tema, então subdividi o assunto,
ficando como título do projecto “Política Ambiental; Água – Fonte de Vida”. Escolhi
este tema porque além da água ser extremamente importante na vida terrestre, a
humanidade actualmente depara-se com um grave problema, o aquecimento global.
Como principais fontes de pesquisa recorri, sobretudo, aos livros e à internet.
As principais palavras-chave que utilizei foram: “Política Ambiental”, “Politica
Ambiental Água”, “Água”, “Ambiente”, “Cimeira”, “Constituição Portuguesa”, “Carta
da água” e “Energias Renováveis”. Deste modo realizei a minha pesquisa a partir do
catálogo da Biblioteca da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, da
Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra e da Biblioteca Municipal de Viana do
Castelo.
Utilizei a pesquisa simples (“opção assunto”), a palavra-chave que me levava a
encontrar mais informação era “ambiente”, mas devido à grande abertura da palavra tive
que especificar mais a minha pesquisa, assim utilizei na maioria das vezes “ “ambiente
– água” ou “política ambiental – água”.
Quanto à Internet o meu grande motor de pesquisa foi o Google. Obtive imensos
resultados, visto isto, entrei sempre nos sites mais fiáveis, como sites oficiais. Incidi
grande parte da pesquisa sobre a Internet pois considero a Internet uma grande
ferramenta de trabalho.
10
Recorri à Internet para encontrar a Constituição da República Portuguesa, a Carta
Europeia da Água, documentos sobre as Cimeiras da ONU, informação sobre as
energias renováveis e, por fim, uma pequena biografia sobre o autor João Pinto Peixoto.
Em suma, tentei sempre que o processo de pesquisa fosse o mais pormenorizado
possível pois, este tema tem uma imensidão de informação disponível. Distinguir o que
era relevante do que era irrelevante foi sem dúvida o mais complicado.
11
4. Ficha de Leitura
Título da publicação: A Água no Ambiente
Autor da obra: José Pinto Peixoto
Local onde se encontra: Biblioteca Municipal de Viana do Castelo
Data de publicação: Abril, 1989
Editora: Secretaria do Estado do Ambiente e dos Recursos Hídricos
Título do capítulo: A Água e o Ambiente: O preço do Progresso e do Desenvolvimento
Cota: BMVC A 663 P43a2
N.º das páginas do capítulo: 141 - 159
Assunto: Os custos ambientais do Desenvolvimento, Vertente da água
Palavras – chave: Água; Ambiente; Poluição; Homem; Recursos.
Data de leitura: Dezembro de 2008
Notas sobre o autor:
“José Pinto Peixoto (1922- 1996) é um dos mais destacados geofísicos e
meteorologistas portugueses. Do seu trabalho destacam-se alguns dos primeiros estudos
sistemáticos da circulação global na atmosfera, e em particular do ciclo global de água
na atmosfera. Nasceu em 9 de Novembro de 1922 na aldeia de Miuzela, no distrito da
guarda. Estudou no liceu Gil Vicente, em Lisboa, e em 1944 terminou a licenciatura em
ciências matemáticas na faculdade de ciências da universidade de Lisboa. Em 1945
realizou um estágio no instituto geofísico infante d. Luís, vindo a ingressar, no ano
seguinte, no recém-criado serviço meteorológico nacional. Pinto Peixoto publicou
vários livros de divulgação, sobre temas ligados ao clima e ao ambiente. Quando
morreu, em 6 de Dezembro de 1996, deixou publicados mais de 50 artigos de
investigação.” (in: wikipédia 2008).
Resumo
A humanidade nos dias hoje tem um grande problema para resolver. O
desenvolvimento e o progresso tecnológico têm vindo a provocar vários impactos sobre
o ambiente e as águas do planeta. A poluição, que é cada vez maior, tem provocado
efeitos negativos sobre a população, as chuvas ácidas são cada vez mais uma realidade.
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O Homem preocupa-se agora em arranjar uma forma de aproveitar os recursos da Terra,
pois com o nível de desenvolvimento, cada vez mais são necessários os combustíveis
fósseis, por isso existe uma nova política, o aproveitamento dos recursos naturais como
forma de energia renovável. Mas, o aproveitamento dos Recursos Hídricos não têm
apenas vantagens, uma das desvantagens é por exemplo a deterioração do ambiente que,
por vezes, é irreparável.
Estrutura
Os custos ambientais do desenvolvimento e do progresso
O desenvolvimento e progresso verificado na humanidade tem vindo a destruir o
ambiente. Produzir mais máquinas, as grandes vias de comunicação, a utilização
excessiva da água, explorar mais minas, tudo isto são factores que estão a conduzir o
ambiente ao aumento da entropia, ou seja, deterioração do ambiente com a grande nível
de poluição atmosférica.
A elevada poluição química e orgânica da atmosfera começa a originar chuvas
ácidas e nevoeiros poluídos. O efeito de estufa, que é uma realidade muito actual,
provoca um aquecimento generalizado da Terra, que posteriormente leva à fusão dos
gelos polares e ao aumento do nível médio das águas do mar. O aumento do buraco de
ozono traz perigos iminentes à vida na Terra. Esta grande poluição atmosférica provoca
efeitos imediatos na água, gerando graves problemas de qualidade. A poluição das
águas resulta também do lançamento de resíduos estranhos, e que assim modificam a
sua composição.
Interferência do Homem no ambiente e nos recursos hídricos
“O Homem criou um ambiente construído, próprio.” O Homem impôs-se no
mundo, construiu o seu habitat que exerce uma influência sobre a paisagem que o
rodeia. O ambiente que antes era natural, é agora construído, com grandes
desenvolvimentos urbanos e, por exemplo, estruturas de aproveitamento de água.
As florestas têm um grande papel no ciclo hidrológico. Elas aumentam a
intersecção, favorecem a infiltração. Protegem a qualidade da água aumentando
substancialmente a sua pureza.
13
A poluição da água
Com o elevado desenvolvimento da indústria passaram a ser lançadas
substâncias nas águas e na atmosfera, tudo isto levou ao aparecimento da chuva ácida.
Juntando ainda a poluição causada pelos derrames de petróleo nos portos nos oceanos,
cada vez mais as águas estão degradadas e impróprias para consumo.
A precipitação ácida
A precipitação ácida é um dos principais problemas ambientais. Envolve grandes
territórios, a sua extensão aumenta de ano para ano, tanto quanto ao território envolvido
como a actividade da chuva ácida. Durante séculos o Homem tem vindo a alterar a
composição da face do Globo e a química da atmosfera.
Podemos descrever precipitação ácida como a soma de todas as deposições de
materiais químicos da atmosfera na superfície do Globo. Existe também fontes naturais
que a provocam, como os vulcões. Mas, sem dúvida a actividade do Homem supera de
longe a contribuição natural.
Os principais danos causados pelas chuvas ácidas são a afectação dos lagos e
rios, os estragos nas florestas e os danos em construções e monumentos. A precipitação
ácida constitui sem dúvida, um problema ambiental muito importante no mundo,
principalmente no ambiente aquático.
Em Portugal, no que diz respeito às chuvas ácidas, não é, para já, preocupante.
14
O impacte da utilização da água sobre o ambiente
O aproveitamento dos recursos hídricos tem vários impactos no ambiente,
algumas vezes contribui para a deterioração irreparável do ambiente. As barragens têm
se constituído como um trauma os cursos de água.
Tem que se ter em consideração os aspectos ecológicos, tentar preservar as
espécies e os aspectos fisiográficos é uma questão importante. Apesar de tudo isto, o
aproveitamento dos recursos naturais traz muitas vantagens.
Meteorologia, Hidrologia e contaminação das águas
O aquecimento e o arrefecimento das águas, estão condicionados pelas
condições meteorológicas. Parte da poluição da água é causada pela atmosfera, e assim
transportada pelos rios. “Os meteorologistas e os hidrologistas contribuem para o estudo
e controlo das águas de uma forma decisiva”, estas são as palavras de um grande
meteorologista português.
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5. Avaliação de uma página Web
A página da internet que escolhi para efectuar uma avaliação foi:
http://www.sonae.com/channelDetail.aspx?channelId=6D0F4047-9DE2-4FC0-B64C-
673C44EB8A1C.
Escolhi esta página pois, no meu entender, parece ser uma fonte fiável. Este
pertence à empresa SONAECOM, em que anuncia que está a preparar uma gestão eco-
eficiente para reduzir os impactos ambientais produzidos pela empresa. A minha
escolha pareceu-me boa opção, pois a Sonaecom está a desenvolver uma política que
todas as empresas deveriam seguir.
A página contém tudo sobre a empresa em questão, quem são, os seus projectos e
os seus elementos.
Este site mostra-se ser acessível e de fácil compreensão podendo assim ser
consultado por qualquer pessoa. Está totalmente escrito em português, o que facilita a
sua compreensão, mas, se o leitor quiser ver o site em inglês, também tem essa
possibilidade.
Em termos de imagem, não apresenta desenhos animados, o design é atractivo,
apresenta uma linha bastante simples. As cores são neutras, não cansando a vista ao
leitor. A imagem que está apresentada no cimo da página varia com os movimentos que
faz no site. Nunca é uma imagem elaborada, são toda elas simples, apelando ao
ambiente.
O site não tem autor identificado e exprimem-se em nome institucional. O link da
empresa é curto e intuitivo. Os instrumentos de pesquisa são eficazes, as ligações estão
activas e pernitentes. Não tem qualquer tipo de publicidade, tem uma redacção clara e a
informação é exacta e objectiva. Se pretender imprimir algo, a página contém a
hiperligação de impressão rápida.
Em suma, fazendo uma análise geral ao site, concluo que dentro de os vários sites
que visitei, este foi o que me chamou mais a atenção dado o design e a quantidade de
informação que a empresa apresenta sobre si. A minha escolha caiu sobre este site pois,
admirei a política adoptada pela Sonaecom e o modo com que iam concretizar o seu
projecto. Achei importante apresentar o site como um grande exemplo da actualidade.
16
Este site não teve grande relevância para a realização do trabalho, mas, como já
referi, decidi escolher pois é de louvar a política ambiental utilizada na empresa.
17
6. Conclusão
Ao longo do trabalho procurei dar a conhecer o tema de uma forma precisa,
tentando focar sempre o mais importante.
O principal problema que encontrei durante a realização dos textos foi a repetição
das ideias. Em alguns livros que encontrei, os autores repetiam várias vezes as mesmas
ideias e, transpor essas ideias para o trabalho foi bastante complicado. Encontrei
também algumas dificuldades na realização da ficha de leitura.
No final desde trabalho, percebi que muito pouco se tem feito para melhorar o
estado do ambiente, tanto a nível nacional como internacional.
A água tem uma extrema importância na vida Humana, e cada vez mais está
poluída. A poluição, tanto a nível atmosférico como a nível da água, está cada vez a
aumentar e a trazer graves consequências, como a chuva ácida.
As Energias Renováveis são um novo futuro, uma nova esperança, pois, além de
serem menos poluentes que os combustíveis fósseis, podem substituir energias
imprescindíveis ao ser humano.
Concluído, vivemos num mundo ode tudo nos parece simples, e por vezes
achamos que este mundo nunca terá fim. Mas, o nosso próprio planeta tem vida e cabe-
nos a nos cidadãos tentar fazer com que a sua vida seja a mais longa possível.
18
7. Referências Bibliográficas
Fontes impressas
Levy, João (2002), 10 anos de política ambiental; O movimento do Pião. Lisboa:
Oficina do Livro.
Magalhães, Paulo e Gomes, Nuno (2003), Fotografia da Água. Porto: Planeta Vivo.
Peixoto, José (1989), A Água no Ambiente. Lisboa: Secretaria de Estado do ambiente e
dos Recursos Hídricos.
Sacarrão, Germano (1982), “A importância da água para a vida” in Germano Sacarrão
(org.), A bio-ecologia da água. Lisboa: SEARN, 13-24.
Internet
AGENEAL (2008), “Energias Renováveis”. Página consultada em 27 de Dezembro de
2008. Disponível em:
http://www.ageneal.pt/content01.asp?BTreeID=00/01&treeID=00/01&newsID=8
Assembleia da República (2005), Constituição da República Portuguesa. Página
consultada em 28 de Dezembro de 2008. Disponível em:
http://www.cne.pt/dl/crp_pt_2005_integral.pdf.
Carta Europeia da Água (1968). Página consultada em 28 de Dezembro de 2008.
Disponível em: www.inag.pt/inag2004/port/divulga/pdf/OCiclodaAgua.pdf.
Confagri (2004), “As Cimeiras Internacionais do Ambiente”. Página consultada em 26
de Dezembro de 2008. Disponível em:
http://www.confagri.pt/Ambiente/AreasTematicas/DomTransversais/Documentos/doc3
4.htm
Cousteau, Jacques Yves. Página consultada em 28 de Dezembro de 2008. Disponível
em: http://www.rudzerhost.com/ambiente/.
19
EBS da Madalena (2008), “Carta europeia da água”. Página consultada em 27 de
Dezembro de 2008. Disponível em:
http://www.eccn.edu.pt/alunos/henrique_catarina/carta_europeia.htm.
Infopédia (2003-2008), “Cimeira da Terra”. Porto: Porto Editora. Página consultada em
28 de Dezembro de 2008. Disponível em: http://www.infopedia.pt/$cimeira-da-terra.
Rodrigues, Alexandre (2008), “Cidades ignoram política ambiental” in Estadão. Página
consultada em 26 de Dezembro de 2008. Disponível em:
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081213/not_imp293187,0.php
Wikipédia (2008), “José Pinto Peixoto, wikipédia a enciclopédia livre”. Página
consultada em 26 de Dezembro de 2008. Disponível em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Pinto_Peixoto
Imagem da capa
http://www.brasilescola.com/imagens/geografia/agua1.JPG