Transformación de Conflictos. Lederach

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  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    EL PEQUEO LIBRO DE

    T r a n s f o r m a c i n

    d e o n f l i c t o s

    8111

    I

    y

    '

    :

    :

    ;

    ^

    ? 9

    W , r

    -

    U na presentacin clara de los

    entadores por un pionero

    este campo

    J O H N P A U L L E D E R A C H

    t

    .66

    3 p

    IB

    1

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    T R A N S F O R M A C I O N D E C O N F L I C T O S

    Es te p l an teamien to , c l a ramen te p resen tado , p ropo-

    ne un acercamiento esperanzador y prc t ico a l con-

    f l ic to - ese e terno di lema de la s i tuacin humana.

    John Pau l Lede rach e s in t e rnac iona lmen te r eco-

    noc ido por su pensamien to y acc in innovadores en

    re lac in con e l conf l ic to en todo s sus n ive les l i n te r -

    pe r sona l , de f acc iones en e l s eno de comunidades o

    de nac iones en con t i enda .

    En este l ibro, e l autor explora por qu la "transfor-

    marin de conf l ic tos" es ms apropiada que la "reso-

    lucin"

    o e l

    "manejo"

    de l conf l i c to , aunque se r ehsa

    a de ja rse l levar hac ia un idea l i smo imprac t icable .

    La Transformacin de Conf l ic tos es una idea de

    p ro fu n do a l cance . Pone r l a en p rc t i ca , d i ce Lede -

    rach , r equ ie re t an to de " so luc iones como de cam-

    bios sociales" . No se in te r ro ga s im pl em en te cm o

    t e r m i n a m o s a l g o i n d e s e a b l e ? S i n o c m o a c a b a m o s

    con a lgo des t ruc t ivo y cons t ru imos a lgo deseable?

    Cmo l id i amos con c r i s i s i nmed ia t a s pe ro t ambin

    con la s i tuacin a largo plazo? Qu discipl inas ha-

    cen pos ib le e st e pe ns am ien to y acc iona r? .

    J o h n P a u l L e d e r a c h

    a c t u a l m e n t e s e d e s e m p e a

    como acadmico de l Ins t i t u to Joan Kroc de Es tud ios

    sobre Conf l i c tos de l a Un ive r s idad de Not re Dame

    ( E E U U ) , y c o m o A c a d m i c o E m r i t o d e l . P r o g r a m a

    de Trans fo rmac in de Conf l i c tos de l a Eas t e rn Men-

    noni te Univers i ty (EEUU), con ml t ip les escr i tos

    p roduc to de sus ms de 20 aos de l abor en Cen t ro

    Amr ica , Sur Amr ica , As ia , fr ica , As ia Cent ra l y

    N o r t e A m r i c a .

    5 A 1 3 7 1 3

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    L o s P E Q U E O S L I BR O S D E J U ST IC I Y C O N S T R U C C I N DE P a z

    Otras publicaciones de la Serie

    El Pequeo Libro de Justicia Restaurativa

    p o r H o w a r d Z e h r

    El Pequeo Libro de Sanidad del Trauma

    p o r C a r o l y n Y o d e r

    L o s P e q u e o s L i b ro s d e J u s t i c i a

    y

    C o n s t r u c c i n d e P a z

    presen tan de manera a l t amente acces ib le , concep tos y p rc t i -

    cas c laves dentro de los campos de la jus t ic ia res taura t iva , la

    t ransformacin de conf l ic tos y la cons t rucc in de la paz . Son

    escr i tos por l deres en es tos campos , y es tn d iseados para

    qu ienes t raba jan d i rec tamente e s tos t emas , pa ra e s tud ian te s , y

    para cua lquiera con in te rs en la jus t ic ia , la paz y la resoluc in

    de confl ic tos .

    Los Pequeos Libros de Jus t ic ia

    y

    Construcc in de Paz

    son un e s fue rzo co labora t ivo de l Programa de T rans fo rmac in

    de Conf l i c tos de l a Eas te rn Mennoni te Unive rs i ty (Howard

    Zehr, Editor General de la Serie) y la editorial Good Books

    (Phyl l i s Pe l lman Good, Edi tora Genera l .

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    EL PEQUEO LIBRO DE

    Transformacin

    de Conflictos

    J O H N P UL LEDER CH

    ooksood

    G o o d B o o k s

    I n t e r c o u r s e , P A , 1 7 5 3 4

    8 0 0 / 7 6 2 - 7 1 7 1

    w w w . g o o d b k s . c o m

    http://www.goodbks.com/http://www.goodbks.com/
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    Agradecimientos

    Escr ib i r E l Pe qu e o Libro fu e m s d i f c i l de 10 qu e pa rec er a . T \1ve ayu-

    da a lo l a rgo de es te cam ino , por 10 qu e en p r im er lu gar des eo ex ten de r

    mi s ag rad ec i mi en t o s a Ho ward Z eh r p o r s u co n cep t u a l i zac i n d e e s t a Se r i e

    d e Peq u e o s L i b ro s y an i m arm e a p a r t i c i p a r en e l la . Pe ro s o b re t o d o , p o r

    h ab e r d ad o e l p r i mer i mp u l s o p a ra ay u d a rme a v i r a r d e u n t ex t o v e rb o s o

    a uno ms concre to . Aprec io l a exce len te ed ic in y fo rmato que [ l a vers in

    en ing ls ] de es te t ex to rec ib i de Phyl l i s Pe l lman Good . No podr a l eerse

    tan b ien s in su conse jo y sugerencias . Tuve un gran impulso con l as g rf icas

    g en e rad as p o r e l co mp u t ad o r g rac i a s a mi s b u en o s ami g o s d e l Co n s o rc i o

    s o b re Res o l u c i n d e Co n f l i c t o s d e l a Un i v e r s i d ad d e Co l o rad o , en e s p ec i a l

    d e He i d i y Gu y Bu rg es s . E n e s p ec i a l , t u v e l a mag n f i ca o p o r t u n i d ad d e q u e

    las y los es tud ian tes de l curso 2002-2003 de l a Maes t r a de l Ins t i tu to Kroc

    ( U n i v e r s i d a d d e N o t r e D a m e ) l e y e r a n m i p r i m e r b o r r a d o r y t o m a r a n t o d o

    un d a de c lase para mejorar y c la r i f i car los concep tos . Sus ideas y sugeren-

    c ias se en cu en t ra n a 10 l a rgo y anc ho de es ta pu b l ica c in .

    Qu i s i e r a a s mi s mo ex t en d e r u n a n o t a e s p ec i a l d e ag rad ec i mi en t o a J o h n

    y G i n a M ar t i n -Smi t h p o r p e rmi t i rme s u ca s a en Ned e r l an d , Co l o rad o , d o n d e

    pude ver los lamos to rnarse de verdes a amar i l los , a 2 .600 m. sobre e l n ive l

    de l mar , mien t ras escr ib a es te t ex to .

    F i n a l men t e , r eco n o zco q u e n i n g u n o d e mi s e s c r i t o s t en d r a l u g a r s i n

    e l apoyo pac ien te y e l a l i en to de mi fami l i a , espec ia lmente de Wendy , con

    q u i en h e t o mad o mu ch o s ca f s d i s cu t i en d o l a s i d eas q u e h a l l a r n en e s t e

    l ib ro y cmo dec i r l as mejor .

    F o t o g r a f a d e l a p o r t a d a : H o w a r d Z e h r

    D i s e o : D a w n J . R a n c k .

    T t u l o o r i g i n a l e n i n g l s :

    The Lillle Book of Conflict Transformation

    2 0 0 3 G o o d B o o k s , I n t e r c o u r s e , P A 17 5 3 4 , E E U U

    I S B N 9 7 8 - 1 - 5 6 1 4 8 - 3 9 0 - 7

    T r a d u c c i n u l c a s t e l l a n o : M a . d e l o s n g e l e s A l b a O l v e r a y M a r a L u c a Z a p a t a

    E d i c i n d e la v e r s i n c a s t e l l a n a : A m a n d a R o m e r o M e d i n a

    A d a p t a c i n d e d i s e o

    l a v e r s i n c a s t e l l a n a : R o c o P a o l a N e m e N e i v a

    C E N T R O C R I S T I A N O P A RA J U S T I C I A , P AZ Y A C C I N N O V I O L E N T A - J U S T A PA Z

    Av. Cal le 32 No 14 - 42 (57+ 1) 287 3968, Bogot , Colombia

    C o r r e o e l e c t r n i c o : j u s t u p a z @ j u s t a p a z . o r g

    S E C R E T A R I A D O N A C I O N A L D E P A S TO R A L S O C I A L / C A R IT A S C O L O M B I A

    C a r re r a 5 8 No 80 -87 (57+ 1) 43 7 7150 , B ogo t , C o lom bia

    C o r r e o e l e c t r n i c o : s n p s c o l @ c a b l e . n e t . c o

    C A T H O L I C R E L I E F S E R V I C E S - C R S / C O L O M B I A

    C al l e 71 No 11 -10 , o f i c i na 401 (57+ 1) 217 7942 , B ogo t , C o lom bia

    C o r r e o e l e c t r n i c o : p r o g r a m a c o n j u n t o @ c r s c o l o m b i a . o r g . c o

    2 0 0 9 G o o d B o o k s , I n t e r c o u r s e , PA 1 7 5 3 4 , E E U U

    I S B N : 9 7 8 - 9 5 8 - 9 8 1 3 7 - 1 - 3

    I m p r e s o e n B o g o t , C o l o m b i a

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    Indice

    1. Transform acin del conflicto? 3

    2. El lente de la transform acin de conflictos 7

    3. Definiendo la transform acin de conflictos 15

    4. Conflicto y cambio 26

    5. Conectando resolucin y transform acin 32

    6. Crear un mapa del conflicto 38

    7. Las estructurasproceso como platafo rm as

    para el cambio 45

    8. Desarrollando nue stras capacidades 53

    9. Aplicacin del marco 68

    10. Conclusiones 76

    11. Notas a pie de pgina 80

    12. Seleccin de lectura s 81

    13. Otros libros de John Paul Lederach sobre el tem a 82

    14. Acerca del autor 83

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    1 .

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    w

    ;Transformacin del conf l ic to?

    ot ra forma de encubr i r los cambios que rea lmente se

    neces i tan?"

    Su preocupac in co inc id a con mi propia exper ien-

    c ia y pe rspec t iva . E l sen t ido ms profundo de mi vo-

    cacin y e l marco ter ico que da cuenta en gran par te

    de es te l ibro provienen de un contexto de fe arra igado

    en e l marco t i co- re l ig ioso Anabaut i s t a /Menoni ta . Es ta

    perspect iva ent iende la paz como int r nseca a la jus t i -

    c ia ; enfa t iza la importancia de cons t rui r re lac iones y

    es t ruc turas soc ia les rec tas mediante un respe to i r res -

    t r ic to de los derechos humanos y la vida . Y, aboga por

    la novio lenc ia como una forma de v ida y de t raba jo .

    Por 10 tan to, la pr eo cu pa ci n de m is coleg as de Lati-

    noamr ica e ra ce r te ra . Mi t raba jo de apoyo para encon-

    t rar respues tas cons t ruct ivas a l conf l ic to violento en

    Cent roamr ica y o t ros lugares , me l l ev a convencerme

    cada vez ms de que mucho de lo que vena hac iendo

    era buscar un cambio cons t ruc t i -

    vo . De ah que l a " t rans formac in

    de conf l ic tos" parec a expresar

    es te s igni f icado mejor que

    resolu-

    cin ogestin de confl ictos .

    En los 90, cu an do p art icip en la

    fundac in de l P rograma de Trans -

    formacin de Confl ic tos de la

    Eas-

    tern Mennonite University [EM U],

    tuv imos ex tensos deba tes ace rca

    de los t tulos y los trminos.

    Resolucin

    era mejor cono-

    c ido y ampl iamente aceptado en los c rculos acadmicos

    y pol t icos dominantes . Transformacin parec a demasa-

    do cargado de valor para algunos, muy ideal is ta para

    otros, y l igero y de la Nueva Era para otros ms. Al final,

    nos quedamos con la te rminologa de la transformacin.

    El confl icto

    e s nor m al e n

    las re lac iones

    h u m a n a s ,

    y e l confl icto

    es un motor

    de l c am bio

    4

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    Cremos que s te era ms preciso y cient camente af n ,

    adems de of recer una vis in clara .

    Para m, la

    transformacin de conflictos

    es un concep-

    to prec i so porque es toy compromet ido con es fuerzos de

    cambio cons t ruct ivo que abarcan y t rascienden la resoki-

    cin de problemas especcos. Expresa sol idez cient f ica

    porque se basa en dos real idades vericables: el confl ic-

    to es normal en las re laciones humanas , y adems , es un

    motor de cambio. El concepto de

    Transformacin

    of rece

    una vis in clara e impor tante porque nos l leva a enfocar

    el horizonte hacia el cual nos queremos dir igir - la cons-

    t ruccin de relaciones y comunidades saludables tanto a

    nivel local como global . Este objet ivo requiere cambios

    reales en nues t ra forma actual de relacionarnos .

    Pero cont ina l a pregunta : rea lmente qu s ignica

    transformacin?

    D ur an te la d cad a pasad a, o a lgo m s , la term inolo ga

    refe ren te a la t r an s form aci n se fu e hac iend o cor r i en te ,

    tanto ent re c rculos act ivis tas como en los acadmicos .

    Hay enfoques que abordan l a mediac in de l conf l i c to

    de sde la t ran sfo rm ac in , as com o en las discipl inas m s

    am pl ias qu e es tu dia n la paz y el conf l ic to. De he cho , en

    la ac tua l idad formo par te de dos programas acadmicos

    de pos tgrado que ut i l izan es ta terminologa: e l Ins t i tu-

    to Joan B. Kroc para Es tudios Internacionales de Paz

    [Joan B. Kroc Institute for International Peace Studies) d e

    la Univers idad de Not re Dame y e l Programa de Trans -

    formacin de Conf l i c tos de l a

    EMU.

    A pesar de ello, la

    t r ans formacin de conf l i c tos todava no es una escuela

    de pensamiento . Creo , con todo, que l a t r ans formacin

    del conf l ic to cons t i tuye una or ientacin integral o un

    marco que , en l t ima ins tanc ia , demanda un cambio

    f undament a l en nues t r a f o r ma de pens a r .

    5

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    ;Transformacindel conflicto?

    Lo que aqu p resen to es mi manera de en tender es te

    marco basado en una lec tu ra p rop ia , en mi p rc t ica y

    en mi labor docen te duran te los l t imos 15 aos . Es te

    Pequeo Libro no es e l p lan teamien to def in i t ivo ; mi

    c o m p r e n s i n e v o l u c i o n a c o n s t a n t e m e n t e i m p u l sa d a

    por exper iencias de la p rc t ica y la docencia .

    Mi en foque va t an to en pa ra le lo como convergen te

    con e l t rabajo de o t ros au tores , aunque no puedo ex-

    p lorar todas es tas conex iones en es te l ib ro . No qu iero

    que se asuma que mi pun to de v is ta par t icu lar sobre la

    t ransformacin del conf l ic to es super io r a l de qu ienes

    usan t rminos d i fe ren tes o a l de aque l lo s que p re f i e ren

    e l t rmino resolucin. En es te Pequeo Libro mi in ten-

    c in es ocuparme de la tens in crea t iva en t re temas de

    reso lucin y t ransformacin con e l f in de fo rmular su

    comprens in ; no pa ra desac red i t a r e l t r aba jo de qu ie -

    nes p ref ieren usar o t ros t rminos .

    Mi p ropsi to aqu es agregar una voz a la d iscus in

    actual , en la bsqueda por lograr un mejor en tend -

    mien to en l a s r e l ac iones humanas .

    6

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    El lente de la

    transformacin de

    conflictos

    n los espac ios co t id ianos , con f recuenc ia exper i -

    m e n t a m o s e l c o n f l i c t o c o m o u n a i n t e r r u p c i n d e l

    cu r so na tu ra l de nues t r a s r e l ac iones . No tamos o sen t i -

    mos que a lgo no e s t b i en . De r epen te , nos encon t r a -

    m o s m s a t e n t o s a c o s a s q u e h a b a m o s d a d o p o r h e c h o .

    En es te sen t ido , l as re lac iones se vue lven compl icadas ;

    no t an f c i l e s y t r anqu i l a s como a lguna vez fue ron .

    Ya no aceptamos las cosas t a l como se nos presentan

    a pr imera v i s ta . En lugar de e l lo , gas tamos t i empo y

    ene rg a i n t e rp re t ando y r e in t e rp re t ando lo que s ign i f l -

    can . N ue s t r a co m unica c in se t o rna d i f c il y nos dem an-

    da un e s fue rzo ms i n t enc ionado . Nos r e su l t a ms com-

    p l i cado e scucha r l o que r ea lmen te nos e s t n d i c i endo - a

    menos , c la ro es t , que es tn de acuerdo con nosot ros o

    n o s o t r a s . No p o d e m o s c o m p r e n d e r f c i l m e n t e q u e s l o

    que r ea lmen te p re t ende l a o t r a pe r sona .

    Nues t ra propia f i s io loga cambia en la medida que

    nues t ros s en t imien tos pasan de l a moles t i a a l a ans i e -

    7

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    El lente de la t ransformacin de conf l ic tos

    dad, e incluso a l pleno dolor . En dichas s i tuaciones , con

    f recuenc i a expe r imen tamos una sensac in c rec i en t e de

    afn , que nos l l eva a un sent imiento cada vez ms pro-

    fundo de f rus t r ac in , y que se i nc remen ta a med ida

    que e l conf l i c to avanza , espec ia lmente s i no se v i s lum-

    bra un na l ce rcano.

    Si a lguien no involucrado en la s i tuac in preguntara ,

    "en qu consis te es te conf l ic to?" , podr amos t raducir

    nues t ras expl icac iones a una espec ie de " topograf a" de l

    conf l ic to o un mapa de re l ieve con sus picos y val les .

    Los picos son 10 que vemos como los desaf os ms s ig-

    n i f i ca t ivos de l conf l i c to , f recuentemente con nfas i s en

    e l ms rec ien te , e l que es tamos esca lando en e l mo-

    m e n t .

    Con f r ecuenc i a , i den t icamos l a mon taa que e s t a -

    mos e sca l ando en e l momento como e l p r inc ipa l p ro -

    blema con e l que es tamos l idiando, es deci r e l meol lo

    del conf l ic to . Los val les representan los f racasos , la in-

    capac idad de negoc ia r so luc iones adecuadas . Y la v i -

    s in de l a montaa en su to ta l idad -e l cuadro comple to

    que representa e l pa t rn de nues t ras re lac iones - con

    f recuenc i a apa rece vaga y d i s t an t e ; de l a mi sma mane-

    ra que se di f icul ta tener una vis in de una cordi l lera en

    su tota l idad cuando se escala un pico espec f ico.

    Este m ap a d e la topo graf a del conf l ic to i lus t ra nu est ra

    tend en cia a ver e l conf l ic to en foc nd olo en los pro ble m as

    emergen te s de l momento . Ded icamos nues t r a ene rg a a

    reduc i r l a ans iedad y e l do lor mediante l a bsqueda de

    una so luc in a los problemas emergentes s in t ener en

    cuenta e l mapa ms grande del conf l ic to en s mismo.

    Tambin tendemos a ver e l conf l ic to como una ser ie de

    desaf os y f racasos -pi co s y va l les- s in un s ent ido real de

    las causas subyacentes y las fuerzas en conf l ic to .

    8

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    El propsi to de este l ibro es indagar de qu manera

    el enfoque t ransformativo del confl icto aborda estas ten-

    dencias, y en qu pu ed e d i feren ciarse de las persp ect ivas

    de la reso luci n o la gestin del conflicto. Qu es lo q ue

    busca la t ransformacin de confl ictos y qu considera

    bsico para desarrol lar una respuesta al confl icto?

    Para iniciar , vamos a explorar las diferencias entre

    los t rm inos

    mirar yver

    M irar es po ne r o l lama r la a ten-

    cin en a lgo . En e l lenguaje co t id iano con f recuencia

    decimos: "Podras mirar aqu por favor?" o "Mira eso "

    En o t ras palabras , mirar requiere len tes que a t ra igan

    nuest ra a tencin y nos ayuden a es tar conscien tes de

    algo. Por el otro lado, ver signif ica mirar ms al l y a

    p ro fund idad . Ver es buscar persp icac ia y en tend imien-

    to . En el len gu aje cot id iano dec imo s, "ves 10 q ue quie-

    ro decir?" Entender es el proceso de dar sent ido. Y dar

    sen t ido requ ie re en focar con ms p rec i s in .

    La transformacin del conflicto

    es una forma de

    mirar , pero tambin de ver.

    La t ransformacin del conf l ic to es ms que un con-

    junto de tcnicas espec f icas ; es una forma de mirar ,

    pero tambin de ver . Tanto para mirar como para ver se

    requieren len tes . En es te sen t ido la t ransformacin de

    conf l ic tos sugiere un conjunto de len tes a t ravs de los

    cuales veamos el confl icto social .

    Podemos pensar en es tos l en tes como un con jun to

    especial izado de anteojos. Por primera vez en mi vida

    es toy usando len tes de graduacin progres iva; con es tos

    9

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    E l lente de la t ransfor m aci n de con f l ic tos

    anteojos tengo t res t ipos de lente en uno solo. Cada uno

    t iene su propia func in . Un len te , o segmento de l en te ,

    me ayuda a enfocar obje tos que se encuent ran a gran-

    des dis tancias y que, de ot ra manera , ver a borrosos . El

    segundo len te me permi te ver c la ras l as cosas que se

    encuent ran a una d i s tanc ia media , como la panta l l a de

    la computadora . El l t imo, en la par te infer ior , v iene

    siendo el lente de aumento, que me ayuda a leer un l i -

    bro o a ensar ta r e l camo en e l anzue lo . Es ta metfora

    de los lentes apl icada a l conf l ic to sugiere var ias impl i -

    cac iones de l en foque t r ans fo rma t ivo en l a comprens in

    del confl icto.

    Pr imero , s i t ra to de usar e l segmento de mayor au-

    ment para ver a dis tancia , e l lente no me s i rve . Cada

    lente o segmento del lente t iene su funcin, cual es en-

    focarse en un aspec to espec f ico de l a rea l idad . Cuando

    se enfoca una par te de la real idad, los ot ros aspectos

    se d i fuminan . Es to se ev idenc i a de una manera impre -

    s ionante a l mi ra r , por e jemplo , a t ravs de una cmara

    con te lefoto o la diaposi t iva de una bacter ia por un mi-

    croscopio: en la medida en que se enfoca una par te de

    la imagen, ot ras se vuelven borrosas . Los aspectos de la

    rea l idad que quedan fuera de foco s iguen a l l , p resen-

    tes , pero no son c laros . De igual manera , e l lente que

    usamos para ver e l conf l ic to podr c lar i f icar a lgunos

    segmentos o aspec tos de l a rea l idad , mient ras o t ros se

    vue lven bor rosos . No podemos e spe ra r que unos l en -

    tes senci l los hagan ms que aquel lo para lo cual es tn

    hechos , y no podemos a sumi r que aque l lo que en focan

    sea l a to ta l idad de l panorama.

    Teniendo en cuenta que n ingn len te es capaz de

    en foca r todo a la vez , nec es i t am os m l t ip les l en tes pa ra

    ver d i fe rentes aspec tos de una rea l idad comple ja . Es to

    10

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Confl ic tos

    recuerda el viejo proverbio ruso, "s i todo lo que t ie-

    nes es un martil lo, todo lo que vers sern clavos". Por

    tanto , no podemos esperar que unos lentes senc i l los

    enfoquen todas l a s d imens iones e impl icac iones de un

    confl ic to.

    Mis t re s l en tes se mant ienen jun tos en un mismo

    marco de anteojos , s iendo cada uno dis t in to ; pero cada

    uno debe es tar re lacionado con los dems, s i se ha de

    mantener la unidad de las d iversas d imens iones de la

    rea l idad. Neces i to cada lente para ver una porc in par-

    t icular de la real idad, y necesi to que es t en relacin

    con los dems para ver la total idad. Esta es la ut i l idad

    de encontrar lentes que nos ayuden a t ra ta r aspec tos

    especf icos del confl ic to, y que al mismo t iempo nos

    br inden un medio pa ra t ene r una v i s in comple ta de l

    p a n o r a m a .

    El panorama comple to es a lgo as como un mapa:

    nos ayuda a ver un ampl io conjunto de obje tos loca l iza-

    dos en d i ferentes par tes y ver cmo se conectan ent re

    s . En este l ibro sugiero tres lentes que pueden ayudar a

    crear un mapa in tegra l . Pr imero, neces i tamos un lente

    para ver la

    situacin inmediata.

    Segundo , neces i t amos

    otro para ver ms a l l de l problema que se presenta ,

    e nc a mina do a l o s patrones ms p rofundos de re lac in ,

    incluyendo el contexto en el cual e l confl ic to hal la su

    expres in. Tercero , neces i tamos un

    marco conceptual

    que mantenga es ta s pe rspec t ivas un idas y que nos pe r -

    mi ta conec ta r e l p rob lema emergen te con los pa t rones

    ms p rofundos de re lac iones . Dicho marco puede apor -

    tar en una comprensin global del confl ic to, a la vez

    que c rea una p la ta forma que pe rmi te aborda r t an to los

    temas emergen tes , como los cambios requer idos en e l

    n ive l de los pa t rones ms profundos de las re lac iones .

    11

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    El lente de la t ransformacin de confl ictos

    L o s l e n t e s d e l a t r a n s f o r m a c i n d e l

    c o n f l i c t o m u e s t r a n :

    la situacin inmediata

    el contexto y los patrones subyacentes

    un marco conceptual

    Perm tanme dar un e jemplo: En casa , a lgunas veces

    nues t ra fami l ia t i ene an imadas d i scus iones acerca de

    las t a reas de l hogar como lavar p la tos . Per fec tamente

    podemos en f r a sca rnos en pe l eas que pa recen su rg i r de

    la nada por a lgo que es t e r r ib lemente prosa ico . El con-

    fl icto se centra en algo concreto y especf ico: la pi la de

    platos sucios . Sin embargo, la energa susci tada sugiere

    que a lgo ms profundo es t en juego. De hecho, lo que

    est en juego en es ta disputa va mucho ms a l l de de-

    c id i r qu in lavar los p la tos , porque es tamos negoc ian-

    do es la naturaleza y la cal idad de nuest ras re laciones ,

    l as expec ta t ivas que tenemos unas personas de o t ras ,

    l a s i n t e rp re t ac iones de nues t r a s i den t idades como ind i -

    v iduos y como fami l ia , nues t ro sen t ido de au tova lora-

    c in y cu id ado po r cada u na de l as de m s person as , y la

    na tura leza de l poder y e l p roceso de toma de dec i s iones

    en nuest ra re lacin. S , todo es to es t en una pi la de

    platos sucios

    Estas preocupaciones es tn impl c i tas en las pregun-

    tas que nos hacemos: "Quin los va a lavar esta noche?

    Quin los lav de l t imo? Quin los lavar en el futu-

    ro?" Com o pod em os ver , es to no es cuest in slo de t ras-

    tes sucios . Los pla tos ocasionan una pelea porque nos

    mues t ran cosas de nues t ra re lac in - s i podemos ver ms

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  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Confl ic tos

    all o detrs de los platos sucios hasta alcanzar los patro-

    nes y cuest iones subyacentes o en curso en la s i tuacin.

    Podramos slo p lantearnos la pregunta , "Bueno

    quin lavar los platos sucios es ta noche?" Si encon-

    t ramos una re spues ta , nues t ro p rob lema es t re sue l to .

    Y en muchas ocas iones , dada la fa l ta de t iempo o de

    un verdadero inters en ir ms al l del asunto, es to es

    exac tamente lo que hacemos : iden t i f i camos una so lu -

    c in rpida a l problema. S in embargo, cas i s iempre ,

    es ta solucin rpida no explora e l s ignificado ms pro-

    fundo de lo que es t suced iendo en nues t ra s re lac iones

    y en nues t ra famil ia . Y s i es te n ive l ms profundo per-

    manece s in tocarse , se genera una energa que af lora

    nuevamente en e l prximo episodio de p la tos suc ios ,

    la s iguiente pi la de ropa sucia , o esos zapatos que se

    encuentran t i rados en e l p iso .

    Los lentes de la t ransformacin de conf l ic tos nos su-

    gieren mirar ms al l de los platos sucios para ver e l

    contexto de las re lac iones en cues t in y luego mirar

    nuevamente l a p i l a de t ra s te s . E l enfoque t rans format i -

    vo no se conforma con soluc iones rpidas que respon-

    dan a l problema inmedia to , s ino que busca crear un

    marco que aborde e l contenido, el contexto y la estructu-

    ra de a relacin.

    La t rans form ac i n , com o enfo que , a sp i ra a c rea r p ro-

    cesos de cambio construct ivo a t ravs del confl ic to. Es-

    tos p rocesos b r indan la opor tun idad de aprender sobre

    nues t ros pa t rones de conduc ta y aborda r e s t ruc tu ras

    re lac inales , a la par que nos dan soluc iones concre tas

    a problemas emergentes . Un e jemplo grac ioso? S , s i

    10 n ico qu e ve m os so n plato s sucios . No, s i los platos

    suc ios son una ventana que nos permite mirar la v ida ,

    e l csec imiento , las re lac iones y la comprens in.

    13

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    ;Transformacindel conflicto?

    L o s m a r c o s u b i c a n :

    el contenido

    el contex to

    la estructura de las relaciones

    Cmo c reamos es to s l en tes? Empezaremos de -

    n iendo ms c la ramen te lo que queremos dec i r con e l

    t r m i n o transformacin de conflictos. Para el lo vamos a

    exp lo ra r de qu manera es te en foque en t i ende e l con -

    f l ic to y e l cambio . Regresaremos despus a la ta rea ms

    prct ica de cmo desarro l lar y ap l icar un marco t rans-

    formativo al confl icto social .

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    Definiendo la

    transformacin de

    conflictos

    j p r o p o n g o l a s i g u i e n t e d e f i n i c i n :

    L a t r a n s f o r m a c i n d e c o n f l i c t o s e s

    visualizar y responder

    a los flujos y reflujos d e l o s c o n f l i c t o s s o c i a l e s

    c o m o oportunidades vitales

    pa r a c r e a r

    procesos de cam bio constructivo

    q u e reducen la violencia e

    incremen tan la justicia

    e n la interaccin directa y en las estructuras socia-

    les

    y r e s p o n d e n a l o s p r o b l e m a s d e l a v i d a r e a l

    e n l a s relaciones hum anas.

    El s igni f icado y las impl icac iones de es ta def in ic in

    se rn ms f c i l e s de en tender s i ana l i zamos los e l emen-

    tos que es tn escr i tos en curs ivas . Imaginemos la t rans-

    fo rmac in de conf l i c tos como una pe r sona en un v i a j e ,

    compues ta pr cabeza , corazn , manos y p i e rnas .

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    D ef in iendo la t ransform acin de conf l i c tos

    Cabeza

    La cabeza hace re fe renc ia a l a perspec t iva concep-

    tual del conf l ic to - cmo pensamos acerca de s te y ,

    por l o t an to , cmo nos p repa ramos pa ra ap rox imarnos

    a l . En la cabeza e nc on t ram os las ac t i tudes , percep c io-

    nes y o r i en t ac iones que l l evamos a l a t r ans fo rmac in

    crea t iva de conf l ic tos . En nu es t r a def in ic in usa m os los

    t r m i n o s

    visualizar y responder.

    Visualizar es algo act ivo, un verbo. Esta accin re-

    quie re una perspec t iva y una ac t i tud in tenc iona les ,

    y l a voluntad de c rear y a l imentar un hor izonte que

    nos br inde un props i to y una d i recc in hac ia l a cua l

    or ien ta rnos .

    Una pe r spec t iva t r ans fo rma t iva se cons t ruye a pa r -

    t i r de dos fundamentos :

    La capacidad de visualizar el confl icto posi t iva-

    men te , como un f enmeno na tu ra l que c r ea po-

    tenc ia l para c recer cons t ruc t ivamente , y ,

    La voluntad de responder de maneras que op t imi -

    cen ese potencia l para e l cambio posi t ivo.

    E l en f oq ue t r ans fo rm a t ivo r econ oce que e l conf li c to

    es una d inmica normal y cont inua en las re lac iones

    humanas . Ms an , e l conf l i c to

    t rae consigo e l potencia l para un

    cambio pos i t ivo .

    Por supuesto, e l cambio posi -

    t ivo no s iempre se da . Como to-

    d o s s a b e m o s m u y b i e n , m u c h a s

    veces el confl icto l leva a ciclos

    p ro longados de dao y des t ruc -

    cin. Pero la clave para la t rans-

    fo rmac in e s t en a sumi r una

    El enfoque

    trans format ivo

    reconoce que

    el confl icto es

    u n a d i n m i c a

    n o r m a l y

    cont inua en

    las re lac iones

    h u m a n a s .

    16

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    predisposicin activa de ver en el confl icto su potencial

    ca ta l izador de crecimiento .

    Responder sugiere que la vis in debe conducir a la ac-

    c in , aprovechando la opor tunidad que se presenta . La

    incl inacin es por inv olucrarse . Responder r econoce que

    el en te nd im ien to m s p r o f un do p rov ien e de p rocesos de

    aprendizaje a par t ir de experiencias de la vida real .

    A m b o s f u n d a m e n t o s -

    visualizar y responder -

    im -

    pl ican c ier to n ivel de t rabajo de "cabeza" , rac ional .

    Es to s r ep r e sen tan n u es t r a f o r ma d e p en sa r y o r i en -

    ta rnos cuando nos ap rox imamos a lo s conf l ic tos que

    ex p e r imen tamo s en n u es t r a s v id as , r e l ac io n es y en l a

    c o m u n i d a d .

    El flujo y reflujo:

    Con f recuenc ia vemos e l conf l ic to

    en t rminos de su aumen to y d i sminuc in , su esca la -

    da y su desescalada, sus picos y valles; de hecho, f re-

    cuen temen te en focamos un p ico o un va l le espec f ico ,

    una i terac in o repet ic in en par t icu lar de un ep isodio

    conf l ic t ivo . Una per spec t iva t r ans fo rmat iva , ms que

    enfocarse en un pico o un valle , v isualiza la cordil lera

    comple ta .

    Qu izs se r a de ayuda cambiar aqu nues t ra met -

    fora por una menos es t t ica . Una o la de mar , en su

    f lujo y ref lu jo sob re la costa, i lustra el fe n m en o d e

    crec imien to y d i sminuc in . Pero en vez de en focar se

    es t rechamente s lo en la o la que se levanta y se rompe

    en la cos ta , la t ran sfo rm ac in de conf l ic tos em pieza con

    una comprensin de los patrones ms amplios , e l f lu jo

    y ref lu jo de energ as , t iem po s e incluso de es tac io nes

    completas , en e l enorme mar de las re lac iones .

    E l mar como met fo ra sug ie re que hay un r i tmo y

    un pa t rn en los mov imien tos de nues t ras r e lac iones

    cot id ianas . A veces los 'movimientos del mar son pre-

    1 7

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    D efin iendo la t ransform acin de conf l ic tos

    decibles , t ranquilos e incluso, relajantes. Eventos, es-

    t ac iones y c l imas se combinan pe r id icamen te pa ra

    c rea r g randes cambios mar inos que a fec tan todo a su

    al rededor .

    U n e n f o q u e t r a n s f o r m a t i v o b u sc a c o m p r e n d e r e l

    ep isod io par t icu lar de un conf l ic to , no de manera a is -

    lada , s ino inmerso en e l pa t rn ms genera l . E l cambio

    comprende t an to e l n ive l inmed ia to de lo s p rob lemas

    emergen tes , como e l de lo s pa t rones y p rob lemas ms

    ampl ios . E l mar es t en constan te movimien to , f luye y

    es d inmico . Al mismo t iempo t iene condic in y fo rma

    y p u e d e t e n e r u n p r o p s i t o m o n u m e n t a l .

    Corazn

    El corazn es el centro de la v ida en el cuerpo huma-

    no . F s icamente , genera e l pu lso que sos t iene la v ida .

    F igura t ivamente , es e l cen t ro de nues t ras emociones ,

    in tuiciones y v ida espir i tual . Es el lugar de donde par-

    t imos y a donde regresamos en busca de gu a , sus ten to

    y direccin. El corazn const i tuye un punto de in icio

    y de retorno. De este centro surgen dos ideas para la

    t rans fo rmac in de con f l i c to s :

    Relaciones humanas: b ilogos y f s icos sealan que

    la v ida en s misma se encuen t ra menos en la sus tancia

    f s ica de las cosas que en las conexiones y relaciones

    en t re e l las , an cuando sean poco v is ib les . De manera

    similar , en la t ransformacin de confl ictos, las relacio-

    nes son centrales . Como el corazn en el cuerpo, los

    conflictos fluyen de las relaciones y regresan a ellas.

    Las re lac iones t ienen d imensiones v is ib les , pero tam-

    b in t i enen d imens iones menos ev iden tes . Pa ra es t imu-

    lar e l po tencia l pos i t ivo inheren te a l conf l ic to , debemos

    con cen t ra rno s en l as d im ens ion es m en os v is ib les de la s

    18

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    re laciones , en vez de hacer lo exclus ivamente en e l con-

    ten ido y l a sus tanc ia de l p le i to que es f recuen temen te

    mucho ms v is ib le . Las cues t iones sobre las cuales la

    gen te d i scu te son impor tan tes y requ ie ren respues tas

    creat ivas . S in embargo , las re laciones representan una

    red de conexiones que forman e l contexto ms ampl io ,

    e l eco-s is tema humano desde e l cual surgen y se da

    vida a temas par t icu lares .

    Regresando por un momento a nues t ra imagen de l

    mar, s i por s sola, una ola representa el pico de los pro-

    blemas visibles en la escalada del confl icto social , las

    relaciones son el f lujo y ref lujo del oleaje. Las relacio-

    nes - visibles e invisibles, inmediatas y de largo plazo

    - son e l corazn del proceso t ransformador .

    Oportunidades vitales:

    e l t rmino

    "vitales"

    ap l icado a

    una s i tuacin de conf l ic to nos recuerda muchas cosas .

    Por una parte, esta expresin sugiere que la vida nos

    plantea confl ictos, y que el confl icto es una parte na-

    tura l de la exper iencia humana. Por o t ra par te , asume

    que e l conf l ic to crea v ida , de la misma manera que los

    lat idos del corazn en el cuerpo crean el f luir r tmico de

    la sangre , que nos mant iene v ivos y en movimiento .

    El conflicto es una oportunidad un regalo.

    El confl icto f luye de la vida. Como he enfat izado

    antes , ms que ver e l conf l ic to como una amenaza, 10

    p o d em o s en t en d e r co m o u n a fu en t e d e o p o r t u n i d ad es

    para c recer e incremen tar l a comprens in de noso t ras

    y nosot ros mismos, de las o t ras personas y de nuest ras

    estructuras sociales. Los confl ictos en todos los niveles

    de las re laciones , son la manera en que la v ida nos ayu-

    19

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    Definiendo la t ransformacin de conf l ic tos

    da a hacer un a l to , a evaluar y tomar conciencia . Una

    mane ra de conoce r r ea lmen te nues t r a human idad e s

    reconocer e l regalo del conf l ic to en nuest ras v idas . Sin

    l , la v ida ser a una topograf a p lana y montona de lo

    mismo de s iempre , y nues t ras re lac iones se r an in for tu -

    nadamen te supe r f i c i a l e s .

    El conf l ic to tambin crea vida: a t ravs del conf l ic-

    to respondemos , innovamos y cambiamos . E l conf l ic to

    puede en tenderse como e l motor de l cambio , lo que

    m an t ien e las re lac iones y as es t r uc tura s soc iales ho-

    nes tas , v ivas y respondiendo d inmicamente a l a s nece-

    s idades , a sp i rac iones y c rec imien to humanos .

    M a n o s

    Nos r e f e r imos a nues t r a s manos como e sa pa r t e de l

    cuerpo capaz de const rui r cosas , de tocar , sent i r y a l te-

    rar la forma que toman los obje tos . Las manos nos acer-

    can a la prct ica . Cuando decimos "manos a la obra" ,

    s ignif ica que es tamos cerca de donde e l t rabajo se de-

    sa r ro l la r . Dos t rminos de nues t ra de f in ic in hacen

    re fe renc ia a es te pun to :

    Constructivo:

    es te t rmino puede tener dos s ign i f ica -

    dos: Pr imero, en su ra z es un verbo: const rui r , dar for-

    ma y moldear . Segundo, es un adje t ivo: ser una fuerza

    pos i t iva . La t rans formac in abarca ambas ideas . Busca

    en tend er , no neg ar o evitar, la rea l id ad de q ue e l conf l ic-

    to soc ia l con f recuenc ia desa r ro l la pa t rones v io len tos y

    des t ruc t ivos . La t rans formac in de conf l ic tos pe rs igue

    e l desa r ro l lo de p rocesos de cambio que exp l c i t amente

    se centren en crear lo posi t ivo a par t i r de lo negat ivo

    o 10 di f c il . Pr om ue ve un a ma yor c om pre ns in de los

    pa t rones re lac ina les y es t ruc tura les subyacen tes , a l a

    par que cons t ruye so luc iones c rea t ivas que mejoren las

    2 0

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    relaciones. Se incl ina por af i rmar que esto es posible ,

    que e l conf l ic to es una opor tunidad.

    Procesos de cambio:

    pa ra e l enfoque t r ans format ivo ,

    son claves los

    procesos de cambio,

    c o m o c o m p o n e n t e

    t r ans formac iona l y fundamento de cmo e l conf l i c to

    puede pasar de ser des t ruc t ivo a a lgo cons t ruc t ivo. Es te

    cambio slo se puede hacer cul t ivando la capacidad de

    ver , comprender y r e sponder a los p rob lemas que van

    surgiendo en el contexto de las relaciones y los proce-

    sos de cambio en curso. Cules son los procesos que el

    conf l ic to por s mismo ha generado? Cmo se pueden

    al terar estos procesos u otros ya iniciados, que l leven al

    conf l ic to en un a di recc in con s t ruc t iva? En foca rse en el

    proceso es c lave de la t ransformacin de conf l ic tos .

    La t ransformacin de l conf l ic to g i ra a l rededor de

    los aspectos dinmicos del confl ic to social . Al centro

    de l enfoque t r ans format ivo yace una convergenc ia de l

    contexto re lac ional , u na v is in de l conf l ic to com o opor-

    tunidad y e l a l iento de procesos de cambio crea t ivo.

    Es te enfoque inc luye una manera episdica de ver e l

    confl ic to, s in que est impulsado por el la . El confl ic-

    to es pe rcib ido de nt ro del f lujo y ref lu jo de la red de

    re l ac iones . Como veremos , una l en te t r ans format iva

    observa la generac in de "pla taformas" crea t ivas como

    mecanismo para abordar temas espec f icos , a l a vez que

    opera tambin para e l cambio de pa t rones de la es t ruc-

    tura social .

    Piernas y p ies

    Las pie rn as y los p ies rep res en tan la pa r te con la q ue

    p i sam os t ie r r a , dond e todas nues t r as jo rn ad as in i c ian su

    marcha . Como las manos , s te es un punto de acc in,

    do nd e los pen sam ien to s y la t idos ca rd acos se t r adu cen

    2 1

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

    27/88

    De fin iendo la t ransform acin de conf l ic tos

    en r e spues ta , d i r ecc in y ve loc idad . La t r ans fo rmac in

    de confl ic tos ser a slo utopa s i fuera incapaz de tener

    respues tas a los desaf os , neces idades y rea l idades de

    la vida real .

    La v i s in t r ans fo rma t iva

    en t ra a dos pa rad o jas r e fe ren -

    tes a l lugar donde se pers igue

    eje cu tar la accin y pla nte a las

    s igu ien te s p regun tas : Cmo

    enf ren tamos e l conf l i c to de

    maneras t a l e s que se r eduzca

    la v io lenc ia y se incremente

    la just ic ia en las re laciones

    h u m a n a s ? Y c m o d e s a r r o -

    l lamos la capac idad para unas

    in te r re lac iones cons t ruc t ivas ,

    directas, cara a cara y, al mis-

    mo t i empo , abordamos los

    cambios s i s tmicos y es t ruc-

    tura les?

    Reducir la violencia e incrementar

    la

    justicia: la trans-

    formacin de conf l ic tos cons idera la paz cent rada y

    arraigada en la cal idad de las re laciones. Estas re a-

    c iones t i enen dos d imens iones : nues t r a s in t e racc iones

    ca ra a ca ra y , l a fo rma en que e s t ruc tu ramos nues t r a s

    relaciones sociales , pol t icas , econmicas y cul turales .

    En este sent ido, la paz es lo que las Nuevas Ciencias

    1

    l l aman "es t ruc turas-proceso" : un fenmeno que es s i -

    mul t neamente d inmico , adap tab le , y cambian te , y

    ms aun , t i ene una forma, props i to y d i recc in que lo

    configuran. Lejos de ver la paz como un "estadio f inal"

    es t t ico , l a t ransformacin de conf l ic tos conc ibe la paz

    como una cua l idad en cont inua evoluc in y desar ro l lo

    En lugar de ver

    la paz como un

    estado

    final

    esttico, la

    t r a n s f o r m a c i n

    de confl ictos

    concibe la

    p a z c o m o

    una cua l idad

    en cont inua

    evoluc in y

    desarrol lo de las

    re lac iones

    2 2

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

    28/88

    El Pequeo Libro de Transformacin de Confl ic tos

    de las re laciones . El t rabajo por la paz, por tanto, se

    carac ter iza por los es fuerzos in tenc ionales , or ientados a

    a tender e l na tura l f lu jo y re f lu jo de l conf l ic to humano a

    t ravs de enfoques nov io len tos , que aborden los t emas

    y mejoren la comprens in, la equidad y e l respe to en

    las re laciones .

    Para reducir la v io lenc ia se requiere que ident i f ique-

    mos los t emas emergen tes y con ten idos en un ep i sod io

    del conf l ic to y , tambin, sus pa t rones y causas subya-

    centes . Para e llo de be m os a bo rda r e l tem a de la jus t ic ia .

    Al hace r e s to , debemos proceder de manera equ i ta t iva

    encaminada a l cambio sus tan t ivo . Las pe rsonas deben

    par t ic ipar y tener voz en las dec is iones que afec tan sus

    v idas . Adems , debern tomarse en cuen ta los pa t rones

    que generan la in jus t ic ia para cambiar los , tanto en e l

    nivel de las re laciones como en el de las es tructuras .

    Interaccin directa y estructuras sociales:

    como se su-

    g i r i an te r io rmente , neces i t amos desa r ro l l a r capac ida -

    des pa ra v i sua l iza r y compromete rnos con los p rocesos

    de cambio en todos los niveles de las re laciones: in-

    te rpersonales , in te rgrupales , y soc io-es t ruc tura les . Un

    conjun to de capac idades se enfoca en l a s in te racc iones

    direc tas , cara a cara . Y ot ro conjunto deber enfa t izar

    la neces idad de ver , perseguir y generar cambios en

    nues t ras formas de organizar las es t ruc turas soc ia les ,

    desde 10 famil iar hasta las complejas burocracias ; de 10

    local a lo global.

    La t rans formac in de l conf l i c to sug ie re que una ma-

    e ra funda me n ta l de p romove r e l c a mbio c ons t ruc t i vo

    en todos estos niveles es el dilogo. El dilogo es esen-

    cial para la justicia y la paz, tanto en el nivel interper-

    sonal como en e l es t ruc tura l . No es s te e l nico meca-

    nismo, pero es esencia l .

    2 3

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    D ef in iend o la t ransform acin de conf l ic tos

    Tp icamente pensamos en e l d i logo como la in te -

    r acc in d i r ec t a en t r e pe r sonas o g rupos . La t r ans fo rma-

    c in de conf l ic tos co m pa r te es te p u nt o de v i s ta . M uc ho s

    de los mecanismos basados en las habi l idades bs icas

    requer idas para reduc i r l a v io lenc ia es tn a r ra igadas en

    las capac idades comunica t ivas para in te rcambiar ideas ,

    encon t r a r de f in i c iones comunes a l o s p rob lemas y bus -

    car soluciones .

    La transformacin de conflictos es

    visualizar y responder a los flujos y reflujos

    de los conflictos sociales como

    oportunidades

    vitales para crear procesos de cambio

    constructivos que reducen la violencia

    incrementan la justicia en la interaccin

    directa

    y en las estructuras sociales

    y responden a los problemas de la vida real

    en las relaciones hum anas.

    Sin embargo , desde e l punto de v i s ta t ransformat i -

    vo, se considera que e l di logo es necesar io , tanto para

    crear como para abordar l as es fe ras soc ia l y pbl ica

    donde se cons t ruyen las ins t i tuc iones , l as es t ruc turas ,

    y los pa t rones de l as re lac iones humanas . Deben c rear -

    se procesos y espac ios de t a l manera que las personas

    puedan compromete r se y conf igura r l a s e s t ruc tu ra s que

    r igen su v ida comuni ta r ia , def in idas en t rminos gene-

    2 4

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    rales . El dilogo es necesar io para dar acceso, tener voz

    e in t e rac tua r cons t ruc t ivamente en l a fo rmal i zac in de

    nues t ras re lac iones , y en la forma como nues t ras orga-

    nizac iones y es t ruc turas se cons t ruyen, se compor tan y

    r e s p o n d e n .

    En su

    corazn, l a t ransformacin de l conf l ic to se d i -

    r ige a la creacin de respuestas que se adapten al con-

    f l ic to humano a t ravs de procesos de cambio que in-

    crementen la jus t ic ia y reduzcan la v io lencia .

    25

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    4.

    Conflicto y

    cambio

    l confl ic to se da. Es a lgo normal que est cont inua-

    mente p re sen te en l a s re l ac iones humanas . Pe ro e l

    cambio se da t ambin . La comunidad humana y l a s re a -

    c iones no son es t t icas , s ino s iempre dinmicas , se adap-

    t an , cambian .

    El conf l ic to t i ene impacto en las s i tuac iones y cam-

    bia l a s cosas de muchas mane ras d i s t i n t a s . Podemos

    ana l i za r e s tos cambios en cua t ro grandes d imens iones :

    la

    personal,

    la

    relacional,

    la

    estructural

    y la

    cultural.

    E l c o n f l i c t o n o s i m p a c t a

    personalmente

    en lo relacional

    estructuralmente

    culturalmente.

    T a m bi n pode m os pe ns a r a c e r c a de e s t o s c a m bi os

    e n func i n de dos p r e gun t a s :

    2 6

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    Qu cambios estn ocurriendo

    como resu l t ado de

    un confl icto? Por ejemplo, cules son los patro-

    nes y los efectos de este confl icto?

    Qu tipo de cambios buscamos? Para responder

    a es ta segunda pregunta , neces i tamos examinar

    cules pueden ser nuestros valores e intenciones.

    Con es tas dos p regun tas en men te vamos a cons ide-

    rar cada una de las d imensiones .

    La d imens in personal del confl icto se reere a cam-

    bios en los que se ha tenido una afectacin y son de-

    seables para el individuo. Estos involucran la total idad

    de la persona, incluyendo las d imensiones cogni t iva ,

    emocional , percept iva y esp i r i tual .

    Desde una perspec t iva des -

    cr ip t iva , la t ransformacin nos

    recuerda que, como indiv iduos ,

    los conf l ic tos nos afectan tan to

    de manera nega t iva como po-

    sit iva. El conflicto nos afecta el

    b ienes tar f s ico , la au toes t ima,

    la es tab i l idad emocional , la capacidad de perc ib i r con

    precisin y, la integridad espir i tual .

    Prescr ip t ivamente , la t ransformacin representa una

    intervencin del iberada para minimizar los efectos des-

    tructivos del conflicto social y maximizar su potencial

    para e l crecimiento personal , tan to como ser humano,

    como en los niveles fsico, emocional y espiri tual .

    La d i m en s i n relacional rep resen ta cambios en l as

    re laciones cara a cara . Aqu consideramos las re lacio-

    nes afect ivas , e l poder , y la in te rde pe nd en cia , as com o

    los aspectos expres ivos , comunicat ivos e in teract ivos

    del confl icto .

    El cambio

    debe ser visto

    de forma

    descriptiva y

    propos i t iva

    2 7

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    Conf l ic to y Cam bio

    Descriptivamente, la t r ans fo rm ac i n r e f ie re la m ane-

    ra en que los patrones de comunicac in e in t e racc in

    son afectados por e l confl ic to . Mira ms a l l de la ten-

    s in en torno a los asuntos vis ibles y se enfoca en los

    cambios subyacentes producidos por e l conf l ic to ; es to

    inc luye los pa t rones de percepc in de las personas , lo

    que desean , lo que pers iguen , y la manera como es-

    t ruc turan sus re lac iones in te rpersona les a l igua l que las

    in te rgrupa les e in t ra -grupa les . El conf l ic to cambia las

    relaciones y, en un nivel ms expl c i to , genera pregun-

    tas como s tas : Qu tan cercanas o d is tan tes desean

    las personas es ta r en sus re lac iones? Cmo usarn ,

    con s t ru i r n y com par t i r n e l pod e r? Cmo se pe rc iben

    a s mismas , a las dems personas y a las expec ta t ivas

    de e l los y e l las? Cules son sus esperanzas y temores

    respec to de sus v idas y sus re lac iones , sus pa t rones de

    comunicac in y de in t e racc in?

    El aspec to prescr ip t ivo de la t ransformacin impl ica

    in te rveni r con la in tenc in de minimizar la comunica-

    c in de f i c i en te y max imiza r e l mutuo en tend imien to .

    Esto incluye t ra tar de exter ior izar expl c i tamente los

    temores re lac ina les , l as esperanzas y las metas de las

    pe r sonas invo luc radas .

    La d imens in estructural resa l ta las causas subyacen-

    tes de l conf l ic to y los pa t rones y cambios que s te pro-

    voca en las es t ructuras sociales , pol t icas y , econmicas .

    Es te aspec to cent ra su a tenc in en la forma en que las

    estructuras sociales , las organizaciones y las inst i tucio-

    nes se cons t ruyen , se mant ienen y cambian a ra z de l

    conf l ic to . Tambin se re f ie re a la forma como las per -

    sonas cons t ruyen y organizan sus re lac iones soc ia les ,

    econmicas , po l t i cas e ins t i tuc iona les para sa t i s facer

    sus neces idades humanas bs icas , asegurar e l acceso a

    2 8

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    los recursos , y tomar dec i s iones que a fec tan a grupos ,

    comunidades , y soc i edades en t e ra s .

    En e l aspec to descr ip t ivo , l a t ransformacin impl ica

    anal izar las condiciones socia les que hacen que e l con-

    f l ic to af lore y la manera en que s te afecta e l cambio en

    las es t ructuras socia les exis tentes y en los pat rones de

    toma de dec i s iones .

    Desde e l aspec to prescr ip t ivo , l a t ransformacin re -

    presenta l a in te rvenc in de l iberada para lograr un me-

    jor en tendimiento de l as causas subyacentes y l as con-

    d ic iones soc ia les que c rean y fomentan las expres iones

    vio len tas de l conf l i c to . Adems , ab ie r tamente , p romue-

    ve medios novio len tos de reduc i r in te racc iones adver -

    sas y busca minimizar -y en l t imo t rmino, e l iminar

    - la violencia . (El lo incluye la incidencia noviolenta por

    e l cambio) . Pre tender t a les cambios promueve e l de-

    sar ro l lo de es t ruc turas que sa t i s fagan las neces idades

    humanas bsicas ( jus t ic ia mater ia l o sustancia l ) a la vez

    que maximiza l a par t i c ipac in de l as personas en la

    toma de decis iones que les afectan ( jus t ic ia procesal ) .

    L a d i m e n s i n cultural se re f ie re a los cambios pro-

    duc idos por e l conf l i c to en l os pa t rones ms ampl ios

    de la v ida de l grupo, inc luyendo la ident idad y l as for -

    mas en que l a cu l tu ra a f ec t a l o s pa t rones de r e spues t a

    y conf l ic to .

    En e l aspec to descr ip t ivo , l a t ransformacin in ten ta

    co m pre nd e r de qu ma ne ra e l conf li c to a f ec t a y cambia

    los pa t rones cu l tura les de un grupo, y cmo la suma

    de es tos pa t rones compar t idos a fec ta l a forma en que

    las personas en t ienden y responden a l conf l i c to en una

    s i tuac in dada .

    Presc r ip t i vamen te , l a t r ans fo rmac in busca ayuda r

    a l as personas en conf l i c to a comprender los pa t rones

    2 9

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    Confl ic to y C am bio

    cu l tu ra le s que con t r ibuyen a l conf l i c to en su en torno ,

    y luego, a ident i f icar , promover y cons t ru i r a par t i r de

    mecan ismos y recursos p rop ios de l a cu l tu ra pa ra re s -

    ponde r y ma ne j a r c ons t ruc t i va me n te e l c on f l i c to .

    Entonces , como marco analtico, l a t r a ns fo rma c in

    busca comprender e l conf l ic to soc ia l como a lgo que

    emerge de las d imens iones personal , re lac ional , es -

    t ruc tu ra l , y cu l tu ra l de l a exper ienc ia humana y p ro-

    duce cambios en e l l a s . Como estrategia de intervencin

    l a t rans formac in opera en l a p romoc in de p rocesos

    cons t ruc t ivos con e l s iguiente rango de metas or ienta-

    das a l cambio.

    Las Metas de l Cambio en

    la Trans fo rmac in de Conf l i c tos

    Personal

    M inim izar los e fec tos de s t ruc t ivo s de l conf l ic -

    to soc ia l y maximizar su potencia l para e l e re-

    c imien to y b ienes ta r de l a pe rsona como se r

    humano ind iv idua l a n ive l f s i co , emoc iona l ,

    in te lec tua l y espi r i tua l .

    Relacional

    M in imiza r l a com un icac in de f ic ien te y maxi -

    miza r e l en tend imien to .

    Exter ior izar y t ra ba jar los tem or es y esperan -

    zas re lac ionados con los sent imientos y la in-

    te rdependenc ia en l a re lac in .

    30

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    Estructural

    E nte nd er y ab ord ar las ra ces y l as con dic ion es

    soc ia les que dan lugar a expres iones v io len tas

    o dainas del conf l ic to .

    P rom over m eca n i sm os nov io l en tos que r eduz -

    can la conf rontac in nega t iva y minimicen la

    v io lenc ia has ta e l iminar la .

    Pro m ove r e l desar ro l lo de es t r uc tura s qu e sa ti s-

    faga n las nec es ida des h u m an as bs icas ( jus ti cia

    mater ia l o sustancia l ) y maximice la par t ic ipa-

    cin de las personas en la toma de decis iones

    que afectan su vida ( jus t ic ia procesal ) .

    Cultural

    Ident i f i ca r y en ten de r los pa t ron es cu l tura les

    que con t r ibuyen a l su rg imien to de expres iones

    violentas del conf l ic to .

    Ident i f i ca r y con s t ru i r m eca nism os y recu rsos

    den t ro de l mbi to cu l tu ra l pa ra r e sponde r y

    maneja r cons t ruc t ivamente los conf l i c tos .

    3 1

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    5.

    Conectando

    resolucin y

    transformacin

    H

    e m o s e x p l o r a d o e l e n f o q u e t r a n s f o r m a t i v o c o m o

    una perspec t iva de l conf l ic to y e l cambio . Aho-

    ra, cmo se l levan a la prctica estas ideas? Al ir al

    n ive l de l o p rc t i co , no podemos de j a r comple t amen te

    de lado e l n ive l concep tua l . Debemos desa r ro l la r una

    imagen c la ra de nues t ro p rops i to -e l "panorama" .

    En o t ros t rminos , neces i tamos una v i s in es t ra t -

    g ica para va lora r y desa r ro l la r p lanes y respues tas es -

    pec cas . E l panorama nos ayuda a ve r e l p rops i to y

    la d i recc in . S in l , nos podemos encont ra r fc i lmen-

    t e r e spond iendo a una mu l t i t ud de p rob lemas , c r i s i s

    y ans i edades sob reca rgadas de ene rg a . Puede s e r que

    t e rminemos con un sen t ido de u rgenc i a , pe ro s in en t en -

    de r c l a r amen te a qu con t r ibuyen nues t r a s r e spues t a s .

    P u e d e s e r q u e r e s o l v a m o s m u c h o s p r o b l e m a s i n m e d i a -

    tos s in c rea r , necesa r iamente , n ingn cambio soc ia l que

    sea cons t ruc t ivo y de impor t anc i a .

    3 2

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    Parte de la idea de crear el panorama es ident i f icar y

    ana l iza r las m et fo ra s que nos gu an . U na bu en a man e-

    ra de empezar es comparando l as met fo ras de reso lu -

    c in y t r ans fo rmacin .

    He d icho que la transformacin de conflictos b r inda

    un a persp ect iv a del conf l ic to d i f ere n te a la de

    resolucin

    del conflicto.

    Creo que es ta reor ien tacin es tan funda-

    men ta l que cambia l a esenc ia misma de l modo en que

    miramos y respondemos a l conf l i c to soc ia l . Debemos

    anal izar es to por sus impl icaciones en la prct ica .

    Dir igirse hacia la transformacin y alejarse de la reso

    lucin s ign i f i ca que es tamos cambiando o expand iendo

    nuest ra idea gua . El lenguaje de resolucin nos ha pro

    porc ionado has ta e l momento un ampl io marco es t ruc

    tu ra l para nues t ras acc iones e in te rp re tac iones .

    La reso luc in de conf l ic tos es un t rm ino reco noc ido

    y am p l i am en t e acep t ad o t an t o en l a s co m u n i d ad es q u e

    la apl ican, como entre quienes la invest igan. Ha dol

    n ido un campo por ms de medio s ig lo . Dent ro de

    c.st

    c am po , ha y var ios en foques , fo rm as de en te nd er y de li

    niciones, algunos de los cuales se asemejan a la mancrt t

    en que es toy def in iendo una per spec t iva t r ans fo rmo

    cional . Sin embargo, en esta

    discusin en part icular , no

    es toy tan in teresado en las def in ic iones de reso lucin y

    t ransformacin como trminos en s mismos, s ino mfih

    bien en el s ignif icado o las implicaciones sugerida poi

    l as ideas que rep resen tan .

    En su nivel ms bsico, el lenguaje de resolucin

    impl ica encont rar una so lucin a un problema,

    Orut1ltt

    nues t ro pensamien to hac ia l a

    t e rminac in de

    m|1ullon

    eve ntos o pr ob lem as qu e suelen ser expericiu' imi m uy

    dolorosas. Hay un carcter definit ivo y una l inelidml

    creada en el lenguaje cuando aadimos "re" a "solucin"

    3 3

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

    39/88

    Conectando reso luc in y t ransformacin

    buscamos una conclusin. Para la resolucin l a pregunta

    gua es : cmo acabamos con a lgo indeseado?

    La t r ans fo rmac in nos conduce a l cambio , a cmo

    las cosas cambian de una forma a ot ra . El proceso de

    cambio e s fundamenta l pa ra e s t e l engua j e o r i en t ador .

    Por su na tura leza , cuando aadimos " t rans" a " formar"

    debemos con templa r t an to l a s i t uac in en cu r so como

    la s i tuacin nueva.

    Para latransformacin la pr eg un ta gua es s ta : cmo

    acabamos con a lgo indeseado y cons t ru imos a lgo que

    s deseamos?

    La reso luc in con f recuenc ia d i r ige nues t ra a ten-

    c in a los problemas emergentes . Dado su nfas i s en

    las so luc iones inmedia tas , t i ende a concent ra rse en l a

    sus tanc ia y contenido de l problema. Es to puede ex-

    p l icar por qu ha predominado la l i t e ra tura sobre l a

    tcnica de negociacin en e l campo de la resolucin

    de l conf l i c to -desde los populares pues tos de l ibros de

    aeropuer tos , has ta los cor redores de l as grandes ins -

    t i tuc iones de inves t igac in . Abreviando, l a reso luc in

    es t cent rada en e l contenido .

    Por o t ra par te , l a t ransformacin inc luye la preocu-

    pac in por e l contenido , pero cent ra su a tenc in en

    el contexto de los pat rones de

    las re laciones , puesto que ob-

    serva que e l conf l ic to es t en-

    marcado en una red y s i s te -

    ma de pa t rones re lac ina les .

    Podemos l levar es to un

    pa so m s a l l . Tan to la resolu-

    c in como l a t r ans fo rmac in

    rec laman es ta r or ien tadas a l

    proceso. No obstante , la reso-

    La pregunta

    gua para la

    transformacin

    es: cmo

    a c a b a m o s c o n

    a lgo indeseado y

    cons tru imos a lgo

    q u e d e s e a m o s ?

    34

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

    40/88

    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    lucin ve el desarrol lo del proceso centrado en la inmc-

    diatez de la relacin, all donde tienen lugar los snto-

    mas de cr i s i s y rup tura . La t ransformacin v isual iza e l

    p rob lema ac tua l como una opo r tun idad pa ra inc lu i r un

    contex to ms ampl io , exp lorar y en tender e l s i s tema de

    relaciones y patrones que dan lugar a la cr is is . Busca

    dar cuen ta t an to de lo s p rob lemas inmed ia to s , como

    del s i s tema de pat rones re lac inales .

    Esto requiere una visin de largo alcance que vaya

    ms a l l de la p reocupacin por las neces idades inme-

    d ia tas . En vez de un enfoque que es conducido por la

    cr i s i s , la t ransformacin busca ac t ivamente uno de res-

    pues ta es t ra tg ica a la misma. La pres in por resolver

    l leva a procurar al iv io de corto alcance al dolor y la an-

    s iedad , negoc iando respues tas a lo s p rob lemas de l mo-

    men t . S in embargo , e sas respues tas pueden o no de ja r

    in tocado el contexto y los patrones de las relaciones

    ms p ro fundas que fue ron l a causa de lo s p rob lemas .

    F inalmente , a cada perspect iva le aco m pa a un pu nto

    de vista del conflicto. La resolucin ha tendido a enfo-

    carse principalmente en los mtodos para des-escalar el

    confl icto . La t ransformacin involucra tanto el des-esca-

    lamiento del confl icto como el compromiso con ste , e

    incluso la escalada, en bsqueda del cambio construct i -

    vo. El cambio construct ivo requiere una variedad de ro-

    les , funciones y procesos, a lgunos de los cuales pueden

    an evidenciar la existencia de un conflicto.

    En resumen , l a t r ans fo rmac in inc luye l a s con t r ibu -

    c iones y en foques p ropues to s po r un l engua je basado

    en la resolucin, pero no se l imita a ellos. Va ms all

    de un proceso enfocado en la reso lucin de un prob le-

    ma par t icu lar o episodio del confl icto para buscar el epi-

    centro de l mismo.

    35

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

    41/88

    Con ec tando reso luc in y t rans form ac in

    U n episodio es la expresin vis ible de un confl ic to

    que surge den t ro de l a re lac in o s i s t ema , usua lmente

    de n t ro de un e s pa c io de t e rmina do de t i e mpo . Ge ne ra

    a tenc in y ene rg a a l rededor de un con jun to de p rob le -

    mas pa r t i cu la res que neces i t an re spues ta . E l epicentro

    del conf l ic to es la red de pa t rones re lac inales , que con

    f recuenc ia p roporc iona una h i s to r ia de ep i sod ios v iv i -

    dos , de los cua les emergen nuevos episodios y proble-

    mas. Si e l episodio l ibera energa confl ic t iva en la re a-

    c in, e l epicentro es donde se produce dicha energa .

    La transformacin

    aborda tanto

    el episodio como

    el epicentro del conflicto

    El enfoque en e l ep icen t ro p roporc iona una se r ie de

    pre gu nta s cen t ra le s : Cu l e s e l pa no ra m a de re lac iones

    y pa t rones en los cua les surge e l problema? Cules son

    los p rocesos de cambio po tenc ia le s y necesa r ios que

    pueden responder t an to a los p rob lemas inmedia tos ,

    como a l contexto ms ampl io que genera la c r is is? Qu

    vis in a la rgo plazo podemos esperar cons t ru i r a par t i r

    de las semil las y e l potencial en la cris is actual?

    La idea de t rans formac in of rece una v i s in ampl ia -

    da de l t iempo. Local iza problemas y c r is is dentro de

    las re laciones y el contexto social . Crea un lente para

    ver tanto la soluc in, como los procesos de cambio que

    van suced iendo . La t rans formac in sug ie re que l a c lave

    para so luc iones c rea t ivas rad ica en d i sea r u na p la ta for -

    ma recep t iva y adap tab le pa ra e l cambio cons t ruc t ivo ,

    3 6

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    que dan lugar a la cr is is y los problemas emergentes. El

    ep isod io del conf l ic to se convier te en una opor tun idad

    para abordar e l ep icen t ro de l conf l ic to .

    Reso lucin de conf l ic tos y

    t rans fo rmac in de con f l i c to s :

    U n a b r e v e c o m p a r a c i n d e p e r sp e c t i v a s

    Perspectiva de Perspectiva de

    Resolucin de Transforma cin de

    Conflicto Conflicto

    La pregunta

    clave

    . ;Cm o acab am os con algo

    ;Como acabamos con

    , . , .

    , . , , destructivo y construim os aleo

    algo indes eado . , ?

    deseado?

    El enfoque

    C entrado en el , , . . . .

    , . , Ce ntrado en la relacin,

    contenido.

    El propsito

    Llegar a un acuerdo Promover procesos de camb io

    y a una solucin al constructivo, incluyendo

    problem a emerg ente que soluciones inmediatas, pero sin

    gen era crisis. limit arse a ellas.

    El desarrollo

    del proceso

    _ , , . Visualiza el problem a eme rgente

    Esta inm erso y , . , ,

    , . , . ' , como una opor tunidad para

    construid o alrededor , , .

    , . . . resp on der a los snto ma s y, al

    de las relacione s .

    . . . , , . mismo t iempo, comp rometer

    inm ediatas, do nd e los . . ,

    r

    .

    r

    .

    . , los siste ma s en los qu e las

    sntomas de rup tura , .relaciones se encuentran

    aparecen.

    inmersas.

    Marco

    temporal

    , , , , El horiz on te pa ra el cam bio es

    El ho rizo nte es el alivio, , ,. . .

    . . . . de m edia no a largo alcanc e y es

    en el corto plazo, del

    L

    ,

    . , , . , , , intencio nalm ente una respuesta

    dolor, la ans ied ad y las , . . , , .

    .. . ., ,

    1

    a la crisis, ma s que deja rse

    dincu ltades. , . , 7

    conducir por esta.

    Visin del

    conflicto

    Visualiza el conflicto como una

    ecologa que es racionalmente

    ... . . , j j j dinm ica con reflu jos

    Visualiza la nece sidad de , . , , . ,

    n

    . ,

    , , . desesca lada del conflicto para

    des-escalar los proc esos , , . , ,

    del conflicto pro cu rar el cam bio constructivo)

    y flujos (escalada del conflicto

    para procurar el cambio

    constructivo).

    3 7

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    6 .

    Crear un mapa del

    conflicto

    l "panorama" de l a t r ans formac in de conf l i c tos

    suger ida en e l cap tu lo anter ior puede visua l izarse

    como un mapa o diagrama (Figura 1) . Este est integra-

    do por t r e s componentes p r inc ipa les , en e l que cada

    uno representa un punto a explorar en e l desar rol lo de

    la es tra tegia y la resp ue s ta a l conf l ic to . Em pe zam os con

    el pr imer punto de explorac in: La s i tuac in ac tua l .

    Exploracin 1:

    La s i tuac in ac tua l

    En la f igura 1 se visu aliza la si tu ac i n ac tua l c om o

    un con jun to de es fe ras inmersas una den t ro de l a o t r a

    y mos t radas como e l ipses . Una es fe ra e s una met fora

    adecuada pa ra ayudarnos a pensa r sobre los e spac ios

    de exploracin, s ignif icado y accin. Al contrar io del

    c rculo, la esfera t iene l mites algo laxos, como en la

    frase "una esfera de act ividad". Por tanto, la esfera nos

    invi ta a un espacio d inmico.

    Aqu la es fera de los problemas inmedia tos es t in-

    mersa en la esfera de los patrones, los cuales , a su vez,

    3 8

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    El Pequ eo Libro de Tran sform acin de C onf l ic tos

    estn inmersos en la esfera de la his tor ia . Esto nos re-

    cuerda que e l problema inmedia to es t a r ra igado a un

    contexto -en los patrones de las re laciones y las es t ruc-

    turas , todas con una his tor ia .

    Figura 1:

    El panorama de la

    t r a n s f o r m a c i n d e c o n f l i c t o s

    Exploracin2:

    El Horizonte

    de Futuro

    Exploracin 1:

    La situacin

    actual

    Problema Soluciones

    Patrones

    Relaciones

    Historia

    Sistema

    Personal

    Episodio

    Relaeional

    Cultural

    Epicentro

    Estructural

    3 9

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    Crear un mapa del confl icto

    Una parado ja c l ave de los p rob lemas emergen tes es

    la conexin en t re e l p resente y e l pasado . Los pat rones

    de "cmo se han venido dando las cosas" proporcionan

    el contexto desde el cual emergen a la superf icie los

    p rob lemas inmed ia tos de l a d i spu ta . Los p rob lemas ac-

    tuales crean la opor tunidad de recordar y reconocer los ,

    pero s tos en s mismos, no t ienen e l poder de cambiar

    posi t ivamente lo que ya ha t rascendido . El po tencia l

    para e l cambio const ruct ivo rad ica en nuest ra capaci -

    dad de reconocer , en tender y reparar lo que ha suce-

    d ido . El cambio posi t ivo requiere una d isposic in para

    crear nuev as fo rm as de in te racc in , para co ns t ru i r r e a -

    c iones y es t ruc tu ras con perspec t iva de fu tu ro .

    Regresando a nuest ra def in ic in , la inmediatez de

    los p rob lemas emergen tes y l a energ a l iberada cuando

    las personas luchan por estos, definen la expresin "epi-

    sdica" del conf l ic to . I r de los problemas emergentes

    hacia las esferas de los pat rones re lacinales e h is t-

    r icos nos conduce al epicentro del confl icto , el cual es

    s iempre capaz de regenerar nuevos ep isodios , b ien sea

    en p rob lemas s imi la res o d i s t in tos . La t r ans fo rmacin

    busca ver y entender a los dos: el episodio y el epicen-

    tro . Esto nos l leva a indagar en un tercer nivel - la Ex-

    p lo rac in Tres - ; pe ro , p r imero neces i t amos examinar

    o t ro conjunto de esferas involucradas: e l hor izonte de

    fu t u ro .

    Exploracin 2:

    El ho r izon te de fu tu ro

    El segundo punto a explorar nos ayuda a pensar so-

    bre e l hor izonte de fu turo . La imagen de un hor izonte

    puede se r un modo ap rop iado de imag inar e l fu tu ro ,

    puesto que un hor izonte puede ser v is to , pero no toca-

    4 0

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    El Pequ eo Libro de Tran sform acin de C onf lic tos

    do . Puede or ien ta r , pero impl ica un avance permanente

    en 10 cot idian o. El fu tu ro es a lgo qu e po de m os visual i-

    zar , pero no controlar .

    En nues t ro panorama , e l fu tu ro e s r ep re sen t ado

    como un conjunto de esferas , y s ignif ica que sugiere

    algo abier to y dinmico. Inmersas en es te espacio de

    compromiso y explorac in hay es fe ras ms pequeas

    -so luc iones inmedia tas , re lac iones , es t ruc turas - que in-

    volucran pos ib les caminos para t ra ta r los problemas in-

    media tos que van surg iendo, as como procesos que in-

    volucran p a t ron es re lac ina les y es t ruc tura les . Explorar

    dent ro de l hor izonte de fu turo nos t rae preguntas como

    s tas : Qu esperamos cons t ru i r? Idea lmente , qu nos

    gus ta r a ver operando? Cmo podemos abordar todos

    los niveles - tanto las soluciones inmediatas como los

    pa t rones subyacentes - de re lac iones y es t ruc turas?

    Si es tas dos ser ies de esf era s o niveles de exp loracin

    ( la s i tuacin actual y e l hor izonte de futuro) fueran los

    n icos com po nen te s de l pa no ram a globa l, pos ib l em en te

    t endr amos un mode lo de cambio l i nea l : un movimien-

    to que i r a de la s i tuacin actual a l futuro deseado.

    No obstante , es importante visual izar la imagen

    comple t a como un c r cu lo i n t e r conec t ado . Podemos

    ver esto en las energas sealadas por las f lechas. Las

    esfe ras de l a s i tuac in ac tua l generan pres in para que

    se haga algo inmediato. Son un t ipo de energa social

    que crea un impulso hacia e l cambio, como lo indica la

    f lecha que se mueve hacia delante . En e l ot ro lado, e l

    hor i zon te de fu tu ro a r r a s t r a un impu l so que apun ta ha -

    cia lo que podr a ser armado y const ruido. El hor izonte

    representa una energ a soc ia l que informa y or ien ta .

    Aqu la f lecha apunta tanto hacia atrs, a la si tuacin

    inmediata , como hacia delante , hacia la ser ie de proce-

    4 1

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    Crear un mapa del confl ic to

    sos de cambio que pueden emerger . La combinac in

    de f lechas crea un c rculo completo. En otras palabras ,

    nues t ro panorama g loba l e s un p roceso t an to c i r cu la r

    co m o l inea l, o a 10 qu e an tes no s refe r im os co m o es-

    t ruc tu ras -proceso .

    Exploracin 3:

    El desa r ro l lo de p rocesos de cambio

    Lo anter ior nos l leva a la tercera y gran exploracin:

    e l d i seo y apoyo a los procesos de cambio. Nueva-

    mente , podemos v i sua l i za r lo en l a fo rma de una es -

    fe ra con componentes in t e rnos . Es t a e s fe ra comple ta

    requ ie re que pensemos l a r e spues t a a l conf l i c to como

    el desar rol lo de procesos de cambio que a t ienden a la

    red de neces idades , r e l ac iones y pa t rones in t e rconec-

    tados con las cuat ro d imensiones : personal , re lac ional ,

    cu l tu ra l y e s t ruc tu ra l .

    Ntese que escr ibimos "procesos" en plural . Los pro-

    cesos de cambio requieren que mantengamos unidas , a l

    mismo t iempo, mlt iples iniciat ivas

    in t e rdependien tes que son d i f e ren-

    tes, pero no incompatibles. La trans-

    formacin neces i ta que ref lexione-

    mos sobre los mlt iples niveles y

    t ipos de procesos de cambio, ms

    que encaminarnos a una nica solu-

    cin operat iva. El pro ceso de cam bio

    aborda tanto el contenido del episodio, como los patro-

    nes del contexto o el epicentro. Debemos conceptual izar

    ml t ip les procesos de cambio que inc luyen soluc iones

    para los problemas inmedia tos y al mismo tiempo, pro-

    cesos que creen una plataforma para el cambio a largo

    plazo en los pa tron es de las relacione s y las est ructu ras .

    Este enfoque

    va ms

    all de la

    negoc iac in

    de so luc iones

    y construye

    algo nuevo.

    4 2

  • 7/24/2019 Transformacin de Conflictos. Lederach

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    El Pequeo Libro de Transformacin de Conf l ic tos

    En su sent ido ms ampl io , en tonces , e l marco de la

    t r ans fo rmac in comprende t r e s a spec tos a indaga r : l a

    s i tuac in ac tua l , e l hor izonte de l fu turo prefer ido y e l

    desarrol lo de procesos de cambio que los une a los dos.

    E l m ovim ien to pa ra ir de l p re s en te a l fu tu ro desead o n o .

    es una l nea rec ta . Ms b ien , s te representa un conjun-

    to d inmico de in i c i a t ivas que ponen en movimien to

    procesos de cambio y p romueven e s t r a t eg ia s de cambio

    a largo plazo, a la vez que ofrecen respuestas a nece-

    s idades espec f icas inmedia tas . La t ransformacin de

    conf l ic tos enf renta es tos re tos : Qu c lase de cambios

    y soluciones se necesi tan? A qu niveles? En torno a

    qu temas? Inmersos en qu re lac iones?

    Un marco as , enfat iza los re tos de cmo terminar

    a lgo indeseado y cmo

    construir

    algo que s se desea.

    Recordemos que e s t e en foque conec ta p rc t i cas de r e -

    so luc in que usua lmen te se han en focado en mi ra r fo r -

    mas de te rminar una " i te rac in" o repe t ic in par t icu la r

    de l conf l ic to , con una or ien tac in t ransformadora que

    obra en la cons t rucc in de l cambio en las d imens iones

    relacional y es t ructural . Por un lado, es te marco l idia

    con los problemas presentes y e l contenido de l conf l ic -

    to , buscando encon t ra r so luc iones acep tab le s pa ra am-

    bas par tes , en los que suelen ser pro 'cesos que reducen

    la violencia y e l escalamiento cont inuo del confl ic to .

    Por otro lado, es te enfoque va ms a l l de la negocia-

    cin de soluciones y se construye hacia a lgo nuevo. Por

    tan to , se requiere la negociac in de procesos de cambio

    que su rgen de una vas t a comprens in de los pa t rones

    relacinales y del contexto his tr ico.

    La t ransformacin negocia tan to las so luc iones como

    las inic ia t ivas de cambio social . El lo requiere una capa-

    cidad para ver a t