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A CAMINHO DA REGENERAÇÃO

Transição Planetária

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Algumas seitas sempre falam no fim do mundo, no final dos tempos. O Espiritismo explica que estamos vivendo um período de transição. Deixaremos de ser um mundo de provas e expiações para sermos um mundo de regeneração.

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A CAMINHO DA REGENERAÇÃO

PREFÁCIO ...................................................................................... ........................................... 03

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 04

A GÊNESE DOS NOVOS TEMPOS .............................................................................................. 05

A EVOLUÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO ................................................................................. 07

A FORMAÇÃO DA VIDA NA TERRA .................................................................................... 07

A EVOLUÇÃO ORGÂNICA ................................................................................................... 08

A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL .................................................................................................. 09

OS EXILADOS DE CAPELA ......................................................................................................... 12

VAMOS REFLETIR .............................................................................................................. ....... 14

SOMOS O QUE PENSAMOS ...................................................................................................... 15

CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................................ .. 16

FONTE DE PESQUISA ........................................................................................................... ..... 17

“Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim”

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Os novos tempos sempre foram anunciados e, através dos milênios a humanidade tem percebido

as mudanças trazidas por eles. A cada nova era vislumbramos uma transição, um período que

marca o planeta e o transforma conforme a evolução de seus habitantes. É assim que a Terra já

passou por seus primeiros estágios e ainda há de se modificar continuamente graças ao progresso

conquistado pelos espíritos que a habitam.

Ao contrário do que se possa pensar, não será a terra a mudar, mas o seu espaço fluídico moral. A

terra fisicamente, se altera pelos elementos que a compõe, mas o estágio evolutivo de mudança

são os espíritos que o fazem, no uso natural do seu livre-arbítrio.

São chegados os tempos? Para os que em nada crêem, essas palavras não têm qualquer

legitimidade e não lhes toca a consciência. Para a maioria dos crentes, elas apresentam qualquer

coisa de místico e de sobrenatural, prenunciadoras da subversão das leis da Natureza. Para

Kardec, as duas posições são errôneas: "a primeira, porque envolve uma negação da Providência;

a segunda, porque tais palavras não anunciam a perturbação das leis da Natureza, mas o

cumprimento dessas leis”.

Mas será que o Mundo vai acabar? É o juízo final? Mas se somos espíritos imortais, para onde vamos?

Allan Kardec

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A rigor, todas as leis da Natureza são obras eternas do Criador, não de uma vontade acidental e

caprichosa, mas de uma vontade imutável. "Quando a Humanidade está madura para subir um

degrau, pode dizer-se que são chegados os tempos marcados por Deus." A Terceira Revelação

não inventa a renovação social; “a madureza da Humanidade é que fará dessa renovação uma

necessidade”. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de

suas vistas, pela generalidade das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que

qualquer outra doutrina, a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo

desse movimento.

A evolução dos mundos habitados ocorre no mesmo ritmo da dos seres que habitam em cada um

deles. Os mundos habitados, segundo o Espiritismo, podem ser classificados como: Mundos

primitivos, destinados às primeiras encarnações do Espírito; Mundos de expiação e provas, onde

domina o mal entre os Espíritos; Mundos de regeneração, nos quais os Espíritos ainda têm o que

expiar; Mundos ditosos, onde o bem sobrepuja o mal e os Mundos celestes ou divinos, onde

exclusivamente reina o bem.

Neste Século XXI, o Planeta passa por um processo acelerado de transformação. É com muito

otimismo que percebemos, no tecido social contemporâneo, a gestação de vários investimentos,

envolvendo cientistas, filósofos, religiosos e educadores que se inclinam para a formulação de um

mundo renovado. Busca-se um novo conceito do homem e um novo ideal de sociedade,

alicerçados em paradigmas revolucionários da Nova Física.

O Espiritismo, na sua missão de Consolador, é o amparo do mundo neste século de declives da sua

História; só ele pode, na sua feição de Cristianismo redivivo, salvar as religiões que se apagam

entre os choques da força e da ambição, do egoísmo e do domínio, apontando ao homem os seus

verdadeiros caminhos. No seu manancial de esclarecimentos, poder-se-á beber a linfa cristalina

das verdades consoladoras do Céu, preparando-se as almas para a nova era.

Para habitarmos um mundo regenerado, imperativo se faz que o mereçamos. Para tanto, urge que

pratiquemos a caridade, não restrita apenas à esmola, mas que abranja todas as relações com os

nossos semelhantes. Assim, perceberemos que a caridade é um ato de relação (doação total) para

com os nossos semelhantes. Desta forma, estaremos atendendo ao chamamento do Cristo,

quando disse: "Amarás o senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua alma e de todo o teu

espírito; este é o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse:

Amarás ao teu próximo como a ti mesmo. - Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois

mandamentos”.

O CONHECIMENTO ESPÍRITA ABRE-NOS UMA VISÃO AMPLA E RACIONAL DA VIDA,

EXPLICANDO-A DE MANEIRA CONVINCENTE E PERMITINDO-NOS INICIAR UMA

TRANSFORMAÇÃO ÍNTIMA, APROXIMANDO-NOS DE DEUS.

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A Doutrina Espírita veio trazer a lucidez a estas mudanças, vamos fazer uma visão espírita

da “Gênese dos Novos Tempos”.

Em mensagem transmitida em 1862, constante de O Evangelho segundo o Espiritismo de Allan

Kardec, o Espírito de Verdade observa; "Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas

anunciadas para a transformação da Humanidade."

Nós diremos que decorrem os processos da transformação, indo ao encontro dos novos tempos e

que em nada irão derrogar a Lei, mas apenas dar-lhe sequência, pois a Lei do Progresso, tal como

todas as Leis de Deus são imutáveis e infinitamente justas.

A Terra é um planeta de provas e expiações, na verdade o seu habitat tem na sua gênese, um

plano onde o mal suplanta o bem, pois o orgulho e egoísmo são fatores acentuados em todo o

Orbe e, claro, daí o espectro das dores e aflições anunciadas. No entanto estas mesmas dores não

podem ser vistas com mau augúrio, mas sim, como a preparação para dias melhores. Podemos

dizer que a gênese dos novos tempos, tem alguns polos estruturais, para que ela restabeleça a

ordem da disposição moral, intelectual e espiritual de forma a fazer vencer a nova era.

Nunca fui chegado a profecias. Até porque o valor da profecia é relativo, a profecia é uma

representação do que será o futuro de acordo com o presente. Se tudo continua ocorrendo como

o previsto, a profecia se cumpre. Caso contrário, o cenário muda e o futuro é redesenhado.

Algumas seitas sempre falam no fim do mundo, no final dos tempos. O Espiritismo explica que

estamos vivendo um período de transição. Deixaremos de ser um mundo de provas e expiações

para sermos um mundo de regeneração. Inúmeras mensagens mediúnicas abordam a questão da

transição. E muitas delas afirmam que nossa próxima reencarnação não será tão cedo. Entre 400 e

700 anos. Como eu já disse, não ligo muito para essas previsões, mas isso faz algum sentido.

Neste período de transição planetária em que vivemos, a fila da reencarnação está enorme.

Bilhões de espíritos disputam vaga por um corpo físico… A estimativa é de que haja em torno de

30 bilhões de espíritos na Terra, entre encarnados e desencarnados. Há espíritos que não

reencarnam há séculos, e precisam apressar-se se quiserem permanecer no planeta. Os que não

se adequarem às novas diretrizes serão deportados.

A ideia de ficar séculos desencarnado, esperando por uma próxima experiência na matéria tem

algo de assustador. Assustador talvez não seja o termo mais apropriado, mas não encontrei outra

palavra que definisse o que seja viver tanto tempo longe da materialidade. Isto significa que

teremos que nos despojar da influência da matéria densa. Um outro tipo de vida nos espera, com

mais responsabilidades, com participação direta sobre os destinos daqueles que nos são caros e

que ficaram para trás.

Ao longo de séculos e milênios, vamos formando afeições e vínculos de toda espécie com muitos

espíritos. Formamos grandes grupos, sobre os quais exercemos influência e pelos quais somos

influenciados. Uns progrediram mais, outros menos, alguns estacionaram há tempo. Não

conseguiremos usufruir de uma condição melhor sabendo que seres de quem gostamos estão

afastados de nós por tempo indeterminado. Também não deve ser agradável constatar que

espíritos com quem não simpatizamos estão numa situação muito difícil graças, em parte, aos

erros que cometemos em relação a eles no passado.

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Que vamos demorar para reencarnar é praticamente certo. Só não sei se é realmente questão de

séculos. Por mais que isso pareça apocalíptico, é hora de abandonarmos questões vãs, mágoas,

recalques, ódio, sentimento de vingança, ambição desmedida, desejo exacerbado. Tudo o que

nos ligue à animalidade é sempre prejudicial, mas num período como o que vivemos não é só

prejudicial, é decisivo.

Não acho que corramos o risco de sermos deportados para um planeta inferior. Não que sejamos

bons. Mas é fácil perceber que a maioria está abaixo de nós, intelectual e moralmente. Isso não é

pretensão nem falta de modéstia. Se de hoje para amanhã ficassem no mundo apenas uma de

cada três pessoas, você acha que ficaria? Eu acho que sim. Nosso maior esforço será em relação

ao nosso próximo. Todos nós conhecemos pessoas que não são exatamente elevadas, mas pelas

quais temos algum sentimento que fará com que nos responsabilizemos por elas.

Não temos mais tempo para brincadeiras. Não podemos mais nos dar ao luxo de nutrir magoazinhas

ridículas. Se realmente levarmos alguns séculos para reencarnar novamente, encontraremos este planeta

mudado. Serão outros valores, outros padrões de pensamento e comportamento para com o próximo.

SERÁ UM MUNDO REGENERADO. Novos hábitos, novos conceitos nos aguardam. Em nossa próxima

reencarnação este será um planeta diferente. Melhor, mas muito diferente do que conhecemos. Até lá,

temos que aprender com as experiências em rumo…

Que cada um mude a si mesmo, na medida de suas forças e de sua Vontade. Como células de um grande

e desconhecido organismo, pode ser que às vezes não saibamos o porquê de tanta transformação. Mas

sabemos que quando mudamos, o organismo também muda.

Transformação do mundo. Não existe, portanto fim de mundo. O que existe é transformação do

mundo. O momento é de transição e aí está a causa dos distúrbios que são verificados.

Tudo no Universo é evolução, tudo se transforma para melhor. O mundo não se destrói. Muitos

pregam que Jesus falou do final dos tempos sobre o juízo final; na separação dos bons, dos maus.

Interpretam erroneamente essa passagem como se Ele pregasse o fim do mundo.

O ensino de Jesus é de clareza meridiana. Ele falou sobre a separação que está acontecendo, uns,

os que coloca à sua direita, são os que permanecerão, e os da esquerda, os que irão para um

mundo inferior.

Para os espíritas não existe o fim do mundo pregado pelos homens. Os grandes pensadores de

todos os tempos, como os Maias, sabiam disso antes de reencarnar aqui. Traziam a ideia de que

haveria essa mudança e predisseram um determinado tempo para o final do mundo, mas não do

mundo físico e sim do mundo moral. O fim de mundo, segundo Jesus, é sua transformação. As leis

de Deus são baseadas na Lei Maior que é o Amor e os Seus desígnios têm por fim a pureza e a

felicidade de toda humanidade e não a sua destruição, o que demonstraria prepotência e falta de

amor aos seus filhos. Tudo na obra de Deus é perfeito e regido pela Lei Amor, essa a razão de sua

tolerância, concedendo a todos oportunidades, tantas quantas forem necessárias, através das

reencarnações sucessivas, com o objetivo de que todos possam tornar-se perfeitos e assim

conquistarem a felicidade plena. As benesses divinas são distribuídas com justiça e cada um

recebe segundo suas obras, de acordo com a lei do merecimento.

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A EVOLUÇÃO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Allan Kardec, em toda a sua obra, procurou demonstrar que o Espiritismo nada tem a ver com o

maravilhoso e o sobrenatural, e não guarda relação com nenhum tipo de superstição. Assim, a teoria da evolução no espiritismo está intimamente atrelada à da ciência. Claro, é preciso

reconhecer que, na codificação de Kardec, está atrelada ao que se sabia de ciência de sua época, com todas as suas falhas e preconceitos (e daí advém às críticas de que Kardec era racista, e tal).

Mas, como o próprio Kardec postulou: "Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um

ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará". Assim, cabe aos espíritas a atualização da doutrina através de um contínuo estudo.

O diferencial aqui é que, no espiritismo, toda a explicação da evolução do universo, planetas e seres, se processa de acordo com a ciência, mas possui sua causa em uma inteligência (ou

inteligências), durante todo o processo. Creio que seja análoga a Teoria do Design inteligente, que é diferente da Teoria do Criacionismo e do Pastafarianismo.

A FORMAÇÃO DA VIDA NA TERRA

Acredita-se que a vida na Terra tenha surgido há cerca de 2 bilhões de anos, e, segundo a teoria que hoje prevalece (de Oparin e Müller), o primeiro ser vivo surgiu da combinação de elementos

químicos presentes na Terra primitiva.

A fim de romper as moléculas dos gases simples da atmosfera e reorganizar as partes em

moléculas orgânicas, era preciso energia, abundante na Terra jovem. Existiam calor e vapor d'água. Tempestades violentas eram acompanhadas de relâmpagos que forneciam energia

elétrica. O Sol bombardeava a Terra com partículas de alta energia e luz ultravioleta. Essas condições foram simuladas em laboratório, e os cientistas demonstraram que assim se produzem

moléculas orgânicas. Entre elas, estão alguns aminoácidos, os importantes blocos de construção das proteínas, componentes fundamentais da matéria viva.

Em seguida, na sequência que conduziu à vida, esses compostos foram levados da atmosfera pelas chuvas e começaram a se concentrar em certas áreas do oceano. Algumas moléculas orgânicas

tendem a se agarrar no oceano primitivo, esses agregados provavelmente tomaram a forma de gotas, envolvidos por fina película protetora. Denominam-se esses seres de coacervados. Essas

estruturas, apesar de não serem vivas, têm propriedades osmóticas e podem se unir, formando outro coacervado mais complexo. Da evolução destes coacervados, surgem às primeiras formas de

vida. Os primeiros seres vivos, segundo se acredita, eram heterótrofos (buscavam o alimento fora deles), habitantes das águas, unicelular e com um único sentido: o tato.

Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, escreve no livro "A Caminho da Luz" que todo esse processo admirável não foi obra do acaso, resultado de forças cegas, inconsequentes, e sim, a

consequência de um trabalho bem elaborado dos Espíritos superiores, responsáveis pelo destino de nosso planeta. Emmanuel nos informa que Jesus (ele mesmo) e sua falange de engenheiros,

químicos e biólogos siderais estiveram presentes todo o tempo, acompanhando fase a fase o despertar da vida no planeta. Não podemos também desconsiderar a presença do princípio

inteligente (que poderíamos chamar de "Deus") que, como "campo organizador da forma", deve ter exercido um papel preponderante no processo de gênese orgânica.

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Emmanuel nos diz: "E quando serenaram os elementos do mundo nascente, quando a luz do Sol

beijava, em silêncio, a beleza melancólica dos continentes e dos mares primitivos, Jesus reuniu nas Alturas os intérpretes divinos do seu pensamento. Viu-se então, descer sobre a Terra, das

amplidões dos espaços ilimitados, uma nuvem de forças cósmicas que envolveu o imenso laboratório em repouso. Daí a algum tempo, podia-se observar a existência de um elemento

viscoso que cobria toda a Terra. Estavam dados os primeiros passos no caminho da vida organizada."

Este relato, obviamente que de forma romanceada, sugere elementos da Panspermia, teoria marginalizada pela ciência até poucos anos e que sustenta que o "detonador" da vida na Terra

foram elementos provenientes do espaço (trazidos por cometas, meteoritos e nebulosas).

Nas questões 43, 44 e 45 de "O Livro dos Espíritos" (de 1857), a Quimiossíntese e a Teoria dos

Coacervados, de Alexander Oparin (de 1936), são prenunciadas pelos Espíritos, com palavras diferentes, mas com a mesma ideia.

A EVOLUÇÃO ORGÂNICA

Não mais se discute hoje a realidade do processo evolutivo. A evolução das espécies é um fato inquestionável. Através de processos múltiplos e fenômenos diversos, os primeiros seres vivos,

unicelulares e simples, foram os precursores de todas as formas complexas de vida. Mas qual o mecanismo dessa evolução? Duas teorias, agindo conjuntamente, sem se excluírem, tentam

explicar a evolução:

DARWINISMO: lançado em 1859, por Charles Darwin (No livro "A Origem das Espécies"). O

Darwinismo se baseia na seleção natural, ou seja, os seres mais aptos sobrevivem, enquanto os menos aptos desaparecem.

MUTACIONISMO: teoria que teve em Hugo de Vries seu idealizador baseia-se no conceito de mutação (toda alteração no patrimônio genético dos seres, que se transmite às espécies

descendentes). Segundo essa teoria o aparecimento de espécies novas seria o resultado de várias mutações ocorridas nas espécies anteriores.

Como o macaco se tornou homíneo até hoje é uma incógnita. Nunca encontramos realmente o "elo perdido", a espécie biológica que represente esta transição. Já chegamos bem perto, mas

ainda falta "algo". Tal vácuo dá espaço até para teorias de seres alienígenas que ficaram responsável por esta transição, com alterações in vitro e por meio de reprodução controlada

interespécies (teoria esta não de todo maluca, se formos pesquisar nas lendas dos povos antigos, como os sumérios, indígenas e asiáticos)

Mas vejamos o pensamento de Kardec, em seu tempo, numa ciência ainda fortemente influenciada pelo modelo grego em que beleza = evolução, vemos no livro "A Gênese", de Allan

Kardec, cap. 11, a "Hipótese sobre a origem do corpo humano": Bem pode dar-se que corpos de macaco tenham servido de vestidura aos primeiros Espíritos humanos, forçosamente pouco

adiantados, que viessem encarnar na Terra, sendo essa vestidura mais apropriada às suas necessidades e mais adequadas ao exercício de suas faculdades, do que o corpo de qualquer outro

animal. Em vez de se fazer para o Espírito um invólucro especial, ele teria achado um já pronto. Vestiu-se então da pele do macaco, sem deixar de ser Espírito humano, como o homem não raro

se reveste da pele de certos animais, sem deixar de ser homem.

Fique bem entendido que aqui unicamente se trata de uma hipótese, de modo algum posta como

princípio, mas apresentada apenas para mostrar que a origem do corpo em nada prejudica o Espírito, que é o ser principal, e que a semelhança do corpo do homem com o do macaco não

implica paridade entre o seu Espírito e o do macaco.

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Admitida essa hipótese, pode-se dizer que, sob a influência e por efeito da atividade intelectual do

seu novo habitante, o envoltório se modificou, embelezou-se nas particularidades, conservando a forma geral do conjunto. Melhorados os corpos, pela procriação, se reproduziram nas mesmas

condições como sucedem com as árvores de enxerto. Deram origem a uma espécie nova, que pouco a pouco se afastou do tipo primitivo, à proporção que o Espírito progrediu. O Espírito

macaco, que não foi aniquilado, continuou a procriar, para seu uso, corpos de macaco, do mesmo modo que o fruto da árvore silvestre reproduz árvores dessa espécie e o Espírito humano procriou

corpos de homem, variantes do primeiro molde em que ele se meteu. O tronco se bifurcou: produziu um ramo, que por sua vez se tornou tronco.

O tempo passou, aprendemos coisas como ecossistema, beleza só não põe mesa, a natureza não dá saltos, jacarés e ornitorrincos, estão muito bem, obrigado, nada se perde e tudo se transforma

etc. A questão evoluiu no espiritismo pelas mãos de Chico Xavier e Emmanuel, que nos esclarecem que muitas das transformações que se verificaram nos seres foram, anteriormente, promovidas

em suas estruturas perispirituais, entre uma existência e outra (ou seja, no plano espiritual!). Os Espíritos construtores, sob a supervisão de Jesus, retocavam, em vezes sucessivas, as formas

perispiríticas, e estas alterações criariam o campo magnético para as futuras mutações.

Conta ainda, que os seres atuais não tinham no princípio da vida, suas formas biológicas

totalmente definidas. Experiências múltiplas, no patrimônio genético dos nossos antepassados, coordenadas por geneticistas siderais, foram modelando aquelas formas que deveriam persistir

até os tempos atuais. A seleção natural se incumbiria de fazer desaparecer as formas primitivas inaptas. Ou seja, uma mistura de Mutacionismo, Design Inteligente e Darwinismo. Interessante.

Emmanuel volta a dizer: Extraordinárias experiências foram realizadas pelos mensageiros do invisível. As pesquisas recentes da ciência sobre o tipo de Neanderthal, reconhecendo nele uma

espécie de homem bestializado e outras descobertas interessantes da Paleontologia, quanto ao homem fóssil, são um atestado dos experimentos biológicos a que procederam aos prepostos de

Jesus, até fixarem no primata as características aproximadas do homem futuro. Os séculos correram o seu velário de experiências penosas sobre a fronte dessa criatura de braços alongados

e de pelos densos, até que um dia as hostes do invisível operaram uma definitiva transição no corpo perispiritual pré-existente dos homens primitivos, nas regiões siderais e em certos

intervalos de suas reencarnações. Surgem os primeiros selvagens de compleição melhorada, tendendo à elegância dos tempos do porvir.

A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL

Quanto à origem dos Espíritos, quase nada se sabe. Allan Kardec diz: "Desconhecemos a origem e o modo de criação dos Espíritos”; apenas sabemos que eles são criados simples e ignorantes, isto

é, sem ciência e sem conhecimento, porém perfectíveis e com igual aptidão para tudo adquirirem e tudo conhecerem. Na opinião de alguns filósofos espiritualistas, o princípio inteligente, distinto

do princípio material, se individualiza e elabora, passando pelos diversos graus da animalidade. É aí que a alma se ensaia para a vida e desenvolve, pelo exercício, suas primeiras faculdades. Esse

seria, por assim dizer, o período de incubação. Haveria assim filiação espiritual do animal para o homem, como há filiação corporal. Hoje não resta mais dúvida de que os Espíritos, em sua longa

trajetória, têm percorrido os diversos reinos da natureza. O pensamento de Léon Denis, de que "a alma dorme na pedra, sonha na planta, move-se no animal e desperta no homem", está

plenamente incorporado ao corpo doutrinário do Espiritismo.

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André Luiz, no livro "Mecanismos da Mediunidade" explica que "Temos, hoje, o Espírito por

viajante do Cosmo, respirando em diversas faixas de evolução, condicionados nas suas percepções, à escala do progresso que já alcançou". E que tal progresso, estampado no campo

mental de cada alma, vai ser condicionado por duas variantes: "o tempo de evolução, ou seja, aquilo que a vida já lhe deu, e o tempo de esforço pessoal na construção do destino, ou seja,

aquilo que ele próprio já deu à vida" No livro "No mundo Maior", André Luiz completa o seu pensamento: "Não somos criações milagrosas, destinadas ao adorno de um paraíso de papelão.

Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência, de milênio a milênio".

Assim, no reino mineral, o princípio espiritual refletiria a sua presença nas manifestações das forças de atração e coesão com que as moléculas se ajuntam em característicos sistemas

cristalográficos. No reino vegetal, mostraria maiores aquisições pelo fenômeno de sensibilidade celular. No reino animal, o princípio inteligente somaria novas aquisições refletidas nos instintos.

No reino hominal, todo esse cabedal de experiências estaria ampliado pelos novos lastros da conscientização, a carregar consigo raciocínio, afetividade, responsabilidade e outras tantas

condições que caracterizam esta fase.

REINO MINERAL

Acredita-se que antes de unir-se ao elemento material primitivo do planeta, (o "protoplasma", na

expressão de Emmanuel), dando início à vida no orbe, o princípio inteligente encontrava-se nos cristais, completando seu estágio de individualização em longuíssimo processo de auto-fixação e,

ensaiando aos poucos, os primeiros movimentos internos de organização e crescimento volumétrico.

Até hoje constitui fato pouco explicado pela ciência acadêmica, de determinadas substâncias arranjarem-se sob a forma de cristais perfeitamente arrumados segundo linhas geométricas

definidas, o que não deixa de ser uma organização, ainda que não um organismo.

"O cristal é quase um ser vivente", disse Gabriel Delanne. Naturalmente que não iremos pensar

numa inteligência própria da matéria. Todavia, o cientista Jean Emille Charon declarou que "o comportamento das partículas interatômicas revela vida incipiente".

REINO VEGETAL E ANIMAL

Após adquirir a capacidade de aglutinar os diversos elementos da matéria em sua peregrinação

pelos minerais, o princípio espiritual vai iniciar outra etapa de sua longa carreira evolutiva. Identifica-se com os vírus, logo a seguir com as bactérias rudimentares, as algas unicelulares e,

sucedendo-as, com as algas pluricelulares. O princípio inteligente passa então a vivenciar as experiências nos vegetais mais complexos, melhor estruturados, onde ele vai adquirir a

capacidade de reagir direta ou indiretamente a qualquer mudança exterior (irritabilidade) e depois a faculdade de sentir, captar e registrar as alterações do meio que o cerca (sensação) – conquistas

do princípio espiritual em seu percurso pelo reino vegetal.

Mais tarde, assinala-se o ingresso da "energia pensante", no reino animal. O princípio inteligente

vai desdobrar-se entre os espongiários, os celenterados, os equinodermos e crustáceos, anfíbios, répteis, os peixes e as aves, até chegar aos mamíferos. Neste imenso percurso, o elemento

espiritual estará enriquecendo a sua estrutura energética, aprimorando o seu psiquismo rudimentar e assimilando os valores múltiplos da organização, da reprodução, da memória, da

autopreservação, enfim, dos diversos instintos, preparando-se para a sublime conquista da razão. Afirma-se que a conquista maior do princípio inteligente em sua passagem pelos animais foi o

instinto.

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Denominam-se por instinto as formas de comportamento dos organismos que não são adquiridas

durante a vida, mas herdadas. São impulsos naturais involuntários pelos quais os seres executam certos atos de forma mecânica, sem conhecer o fim ou o porquê desses atos (como o gato

enterrar suas fezes e urina, ou certos pássaros fazerem seus ninhos de certa forma).

No entanto, em muitos animais, especialmente nos animais superiores (macaco, cão, gato, cavalo,

burro e o elefante), já se identifica uma inteligência rudimentar. Além dos atos instintivos, observam-se, às vezes, atitudes que demandam certo grau de perspicácia e lucidez. Seria uma

forma primitiva de inteligência relacionada apenas a coisas que importam à autopreservação do animal.

André Luiz diz que nos animais superiores observa-se um pensamento descontínuo e fragmentário, a partir do qual vai desenvolver-se o pensamento contínuo do reino hominal.

REINO HOMINAL

Afirma André Luiz que, para alcançar a idade da razão, com o título de homem, dotado de raciocínio e discernimento, o ser automatizado em seus impulsos, no caminho para o reino

angélico, despendeu nada menos que um bilhão e meio de anos.

Com a conquista da razão, aparecem o raciocínio, a lucidez, o livre-arbítrio e o pensamento

contínuo. Até então, o progresso tinha uma orientação centrípeta, ou seja, de fora para dentro; o ser crescia pela força das coisas, já que não tinha consciência de sua realidade, nem tampouco

liberdade de escolha. Ao entrar no reino hominal, o princípio inteligente - agora sim, Espírito - está apto a dirigir a sua vida, a conquistar os seus valores pelo esforço próprio, a iniciar uma evolução

de orientação centrífuga (de dentro para fora).

Mas a conquista da inteligência é apenas o primeiro passo que o Espírito vai dar em sua estadia no

reino hominal. Ele deverá agora se iniciar na valorosa luta para conquistar os valores superiores da alma: a responsabilidade, a sensibilidade, a sublimação das emoções, enfim, todos os

condicionamentos que permitirão ao Espírito alçar-se a caminho da evolução.

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OS EXILADOS DE CAPELA Nesse mesmo período, no planeta Capela, localizado na constelação do Cocheiro, distante 45

anos-luz de nosso planeta Terra (Arthur Stanley, físico inglês, o descreve como: “uma estrela gasosa, e de matéria tão fluídica que sua densidade pode ser confundida com a do ar que

respiramos”), terminava um ciclo evolutivo e entrava numa nova fase de evolução, o mesmo acontecendo com o planeta Terra, mas numa etapa inferior à dos Capelinos.

Era chegada a hora para o povo terrestre evoluir e crescer espiritualmente e, para isso, havia necessidade de orientação de um povo mais evoluído.

Em Capela, aqueles que não atingiram o grau de evolução do planeta acabaram sendo expurgados para o planeta terra. Esse intercâmbio é comum e são determinados pelas COMUNIDADES

ESPIRITUAIS DIRETORAS DO COSMO.

Para o povo terreno seria uma ajuda necessária e para os exilados uma empreitada angustiante,

mas necessária para evolução de cada um.

As reencarnações dos Capelinos começaram em diversos núcleos por todo o Globo,

principalmente entre os chineses que eram os mais avançados em organização e homogeneidade.

Eram espíritos evoluídos em relação aos espíritos que viviam na Terra, mas que tinham na

bagagem os erros do antigo mundo, com seus valores materiais. Foram tempos de mudanças evolutivas no planeta. Transformações climáticas e terrenas dolorosas para os homens.

Os Capelinos eram mais evoluídos e foram considerados semideuses. Trouxeram o conhecimento necessário para a sociedade primitiva terrena mudar, desde as escolhas dos núcleos, delimitações

de territórios, e regras para viverem nas comunidades.

Muitos documentos pesquisados fazem menção desses acontecimentos. Os livros de Kardec

deixam claro essa miscigenação de espíritos de outros Orbes com os primitivos do planeta.

Os Capelinos se desenvolvem e trazem novos conhecimentos para os primitivos. É início do

processo para a homogeneidade das raças, que na época não era possível devido às diferentes condições morais de todos.

Os Capelinos tinham a esperança de voltarem para a terra natal e os diversos grupos da época transformaram esse desejo como a salvação para o paraíso e que viria através de um messias.

Todos os espíritos eram orientados antes de reencarnarem, mas quando encarnados, não puderam seguir as orientações por causa das manipulações terrenas cheias de cultos exclusivistas,

adotando rituais com matanças de homens e animais, prejudicando a evolução moral.

A vinda do “Salvador” foi prevista em todos os lugares do mundo e em diversas épocas. Na

maioria das vezes sabiam que nasceriam de uma mulher virgem e que depois esse mesmo espírito seria maltratado. Até no Egito sua vinda foi registrada em hierógrafos.

Jesus encarna em plena glória do Império Romano, em um lugar localizado entre a Galiléia e Jerusalém, marcando a abertura do ciclo do comportamento dos homens em acordo com os

ensinamentos trazidos pelos enviados em outros tempos.

Infelizmente o homem não entendeu o recado e acabaram escolhendo procurar a escuridão, se

entregando aos abismos do atraso para a evolução. Mesmo avisados do que estaria para acontecer no futuro, não acataram os avisos divinos.

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Hoje, estamos no momento desses avisos e o planeta chegou à fase de transição para uma nova

etapa evolutiva. Os espíritos (encarnados e desencarnados) mais evoluídos moralmente continuarão sua evolução na Terra, em um novo céu (com a mudança do eixo polar muda a

posição das estrelas em relação a nós) e uma nova terra (os deslocamentos, afundamentos e surgimento de continentes) e os espíritos menos evoluídos, serão transferidos para um novo

planeta mais atrasado que esse para continuarem sua evolução e ajudar a outros povos daquele planeta.

Essa transformação é devido à aproximação de um astro (assunto muito polêmico entre os cientistas) ao nosso orbe, fazendo o eixo da terra mudar de posição, provocando terremotos,

erupções, deslocamentos de terra e outros eventos catastróficos. Acontecerá um despovoamento em nosso planeta e apenas um terço de todo o orbe sobreviverá.

AS REVELAÇÕES ESPÍRITAS

Nosso Mestre ou Cristo autorizou que mensageiros divinos, através da mediunidade ou encarnados, viessem a Terra trazer a verdade em diversas épocas diferentes, no auxílio da

evolução humana, provando a imortalidade dos homens e a existência da vida paralela ao nosso mundo, suas hierarquias espirituais e os diferentes tipos de mundos.

Esses princípios podem ser encontrados em vários códigos religiosos e filosóficos, adotados pelos seus seguidores como verdades divinas.

Hoje, estamos ampliando com mais clareza nossos conhecimentos. Cristo cumpriu suas promessas em nos trazer à verdade e o conhecimento, não deixando seus irmãos. (O derrame dos Dons

Mediúnicos para que a verdade seja dita). Assim, os apóstolos foram recebendo suas mensagens para repassarem aos seus guiados depois da morte de Jesus.

Emmanuel e outros Espíritos vêm preparando aos poucos o homem para que esse busque a preparação para o fim do ciclo que está se findando e para o novo mundo renovado do nosso

Terceiro Milênio.

Esse novo expurgo foi predito por Jesus Cristo, anunciado antes pelos profetas hebreus, por João,

no apocalipse e pelos emissários da Terceira Revelação.

Assim, pois, estamos no princípio das dores e um pouco mais os sinais dos grandes tormentos

estarão visíveis no céu e na Terra, não havendo mais tempo para tardios arrependimentos.

Os polos se tornarão habitáveis e a Terra se renovará em todos os sentidos e, seus novos

habitantes, serão de espíritos mais evoluídos e mais felizes. Apenas 1/3 da humanidade se encontrará encarnada. Nessa nova fase o planeta firmará um período de vida moral mais

perfeita fazendo os ensinamentos dos Evangelhos Cristãos se tornarem realidade.

Através da busca da espiritualização, superação das dores e construção de uma nova sociedade, a

humanidade caminha para a regeneração das consciências. Emmanuel afirma que a Terra será um mundo regenerado por volta de 2057. Cabe, a cada um, longa e árdua tarefa de ascensão.

Trabalho e amor ao próximo com Jesus, este é o caminho.

Capítulos do livro “Plantão De Respostas “ - Emmanuel/Francisco Cândido Xavier

NÃO HÁ MAIS TEMPO! "BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO BRANDOS E PACÍFICOS

PORQUE ELES HABITARÃO A TERRA"

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Jesus, em sua infinita sabedoria, resumiu todas as leis e todos os profetas, pois, se os Homens aplicassem apenas estes dois mandamentos, estariam cumprindo todas as leis.

Amarás o senhor teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo.

Sabemos que essa "revolução" a que se refere Kardec é o ensino e a exemplificação do amor, do bem, da fraternidade e todas as demais virtudes nascidas desses belos sentimentos, que estabelecem o Reino de Deus em nosso Espírito, adornando-o com as lindas e perfumosas flores do jardim do Evangelho.

Como almejar à cura total dos nossos desequilíbrios orgânicos e espirituais, se ainda agasalhamos

em nosso ser o orgulho, o egoísmo e todas as mazelas deles decorrentes?

Como sararmos da úlcera, da alergia desconfortável, da artrite deformante, do coração em

descompasso, se a ira e o grito de cólera ainda ecoam em nossa alma?

Como almejarmos o fim da ansiedade, da depressão e todas as distonias anímicas de múltiplas

nomenclaturas, se ainda nutrimos ódio, rancor, mágoa, ciúme, inveja, pensamentos sombrios? Como, se a excelsa virtude a mansidão cantada por Jesus em suas bem-aventuranças (Mateus 5: 5-

12) ainda não se instalou em nossos corações?

Como pretendermos ter o equilíbrio físico e psíquico vivendo em guerra com a sociedade, com o

vizinho menos evoluído, com os familiares em processo de reajuste, com o nosso grupo de trabalho? Quantas vezes até mesmo em nossas lides na casa espírita nos deixamos envolver por

sentimentos contrários àqueles que Jesus nos ensinou: mágoas, revoltas, melindres, que constituem sombras densas em nossos corações, enfermando-nos?

Como poderemos ser felizes e saudáveis, se a ganância das posses materiais nos absorvem todo o tempo e as energias? Como, se nos esquecemos da busca dos tesouros imperecíveis que não são

consumidos pelas traças, pela ferrugem e pelos ladrões? Além de se constituírem libertação das dores, dos sofrimentos, das enfermidades, os tesouros espirituais são também passaporte para as

moradas celestes, como prometeu Jesus, que partiria para nos preparar o lugar no "céu" para aquele que seguisse os seus ensinos (João 14: 1-3).

Onde buscar a saúde se, absorvemos os venenos dos tóxicos, do álcool, do tabaco, entregando-nos ainda aos excessos da alimentação, do sexo e tantos outros? Como seguir o preceito sublime

de Jesus - amar o próximo -, se não somos capazes de amar a nós próprios, mantendo vícios e paixões que desgastam a nossa harmonia orgânica?

Serão de pouca valia os recursos da medicina da Terra e do Céu, enquanto não aprendermos os caminhos de Jesus. Trilhando esses caminhos, teríamos menos necessidade de hospitais, de

hospícios, de presídios, de creches, de asilos, etc.

A grande cura proposta pelo Espiritismo deve ser o cumprimento de um sério e amplo programa de iluminação interior, apoiado na prática do bem e na vivência cristã constante.

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SOMOS CONSTRUTORES DE NÓS MESMOS

"Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta."

Chico Xavier

É comum ouvirmos que Espiritismo não é religião e sim doutrina, pois não possui em sua prática apresentações de rituais, ou guarda em sua história demonstrações de domínios de massas ou gerações. Na verdade, não julgamos estas ponderações como ofensa, pois temos a plena convicção que o Espiritismo não será a religião do futuro, mas sim, o futuro de todas as religiões, que caminharão de forma a tornar pleno o que o mestre Jesus já pregou:

"Haverá um só povo, um só rebanho e um só Pastor".

ORAÇÃO PARA SERENIDADE

Deus dê-me a serenidade para aceitar as coisas que eu não posso mudar, coragem para mudar as coisas que eu possa e sabedoria para que eu saiba a diferença: vivendo um dia a cada vez, aproveitando um momento de cada vez; aceitando as dificuldades como um caminho para a paz; indagando, como fez Jesus, a este mundo pecador, não como eu teria feito; aceitando que o Senhor tornaria tudo correto se eu me submetesse à sua vontade para que eu seja razoavelmente feliz nesta vida e extremamente feliz com o Senhor para sempre no futuro. Amém.

Reinhold Niebuhr.

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Com o conhecimento da vida universal, da nossa interdependência e impermanência em

quaisquer situações, materiais ou espirituais, entendemos um pouco mais o que Kardec define

como “inevitáveis consequências do bem e do mal”, isto é, aquilo a que chamamos “plantio e

colheita”, “lei de causa e efeito”, ou o que muitos chamam de “carma”. Fica assim bem definido o

objetivo e a utilidade prática do exercício do bem, se possível, em sua plenitude, ou seja, inclusive

a partir do pensamento – porque é faculdade de pensar, discernir e escolher que distingue o

Espírito como “ser inteligente da criação”.

Nada mais claro e prático para nos permitir compreender o de que realmente necessitamos para

a construção de uma vida, tanto física quanto extrafísica, mais tranquila, menos imprudente e

consequentemente mais feliz – porque isso é o que a humanidade em sua totalidade, encarnada e

desencarnada, mais almeja.

Com essas recomendações já temos elementos suficientes para nos precaver contra a sedução de

palavras pomposas, fisionomias beatificamente estereotipadas, textos floreados, imagens bonitas

e estéticas e tecnologicamente elaboradas; já podemos ficar mais atentos ao teor da mensagem

propriamente dito, quer falada, escrita ou visual; ao contexto que se pretende imprimir, difundir e

fazer crer e aceitar como válido. Se já conhecemos a doutrina, ainda mesmo que não de modo

aprofundado, temos a possibilidade da análise imparcial e racional, sem as injunções do

maravilhoso, do sobrenatural, do dogmático e indiscutível.

Diz-nos ainda Kardec, na Revista Espírita de janeiro de 1867: “Livres pensadores, nova designação

pela qual se designam os que não se sujeitam à opinião de ninguém em matéria de religião e de

espiritualidade, que não se julgam ligados pelo culto nem obrigados à observação de práticas

religiosas quaisquer (...). Todo homem que não se guia pela fé cega é, por isto mesmo, livre

pensador – a este título, os espíritas são livres pensadores”. Portanto, cabe-nos o dever de tudo

submeter à razão e ao bom senso, os quais, felizmente já desenvolvemos o suficiente para nos

permitir escolher aquilo que verdadeiramente nos interessa e nos fortalece para seguir a

caminhada evolutiva com mais segurança.

EU SOU O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA

NINGUÉM VEM AO PAI SE NÃO POR MIM

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FONTE DE PESQUISA

Em resumo, segundo informações dos espíritos, a Terra, assim como aconteceu com Capela, já

está vivendo um momento de transição, onde seres endurecidos não poderão mais reencarnar e

serão levados para um novo planeta, tão primitivo como a Terra já foi um dia. O mundo não irá

acabar e sim se transformar em um planeta de regeneração. O joio será separado do trigo. Na

Terra só vai permanecer quem conseguir viver o mais próximo dos ensinamentos cristãos. A

maioria dos livros falavam sobre o processo de transição, alertando-nos que a reforma íntima se

tornou mais imprescindível do que nunca e que muitos estão tendo sua "última chance".

Livros Espíritas sobre a Transição Planetária:

Mensagens do Astral – Ramatis e Hercílio Maes

Transição Planetária - Manoel P. de Miranda e Divaldo Franco

Exilados Por Amor – Lucius e Sandra Carneiro

Jornada dos Anjos – Lucius e Sandra Carneiro

O Pensamento Vivo do Dr. Inácio - Inácio Ferreira/ Carlos Baccelli

A Caminho da Luz – Emmanuel e Chico Xavier

Exilados de Capela - Edgard Armond

Jesus, o Divino Amigo - Irmão Virgilio e Antônio Demarchi

Apocalipse, uma interpretação espírita das profecias - Ângelo Inácio e Robson Pinheiro